QUESTÃO DISCURSIVA INSTRUÇÕES 1. Confira o número do(a) candidato(a), o local, o setor, o grupo e a ordem indicados na folha oficial da questão discursiva, a qual não deverá ser assinada. 2. Leia atentamente a questão. 3. Escreva com letra legível, use linguagem clara e utilize a norma culta da língua portuguesa. 4. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha oficial da questão discursiva. 5. Redija sua resposta utilizando até 15 (quinze) linhas. 6. Não serão corrigidas respostas escritas a lápis, nem respostas na folha de rascunho. Há décadas, pesquisadores alertavam que o planeta sentiria no futuro o impacto do descuido do homem com o ambiente. Na virada do milênio, os avisos já não eram mais necessários – as catástrofes causadas pelo aquecimento global se tornaram realidades presentes em todos os continentes do mundo. Os desafios passaram a ser dois: se adaptar à iminência de novos e mais dramáticos desastres naturais; e buscar soluções para amenizar o impacto do fenômeno. Em tempos de aquecimento planetário, uma nova entidade internacional tomou as páginas de jornais e revistas de toda a Terra – o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), criado pela ONU para buscar consenso internacional sobre o assunto. Seus aguardados relatórios ganharam destaque por trazer as principais causas do problema, e apontar para possíveis caminhos que podem reverter alguns pontos do quadro. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/aquecimento_global/contexto_int.html> Acesso em: 13 set. 2007. – Explique o efeito estufa como um fenômeno natural e apresente o aspecto positivo desse fenômeno. – Cite três gases que contribuem para o agravamento do efeito estufa. – Cite dois fatores evolutivos e explique como poderiam estar relacionados ao aumento do aquecimento global. ANÁLISE DA QUESTÃO DISCURSIVA A questão discursiva que envolveu as áreas de química e biologia abordou o flagrante problema do aquecimento global e suas conseqüências. O enunciado da questão foi feito a partir de um pequeno trecho da revista VEJA (veja.com, acesso em 13 de setembro de 2007). O texto apresenta o alerta feito há décadas sobre o impacto do homem no meio ambiente e os problemas que o planeta já começa a sentir em função do aquecimento global. Também aborda a necessidade de se buscar soluções para amenizar os impactos decorrentes deste fenômeno. Relata também que, em função disso, surgiu uma nova entidade internacional, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), criado pela ONU para buscar consenso internacional sobre o assunto e apontar possíveis caminhos para reverter alguns pontos. Sabe-se que o efeito estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como um fenômeno natural, é de vital importância para a manutenção da vida na Terra. O agravamento do efeito estufa pode desestabilizar o equilíbrio energético no planeta e originar um fenômeno conhecido como aquecimento global. Nesse sentido, a comunidade científica tem alertado para as conseqüências desse agravamento, sendo que o IPCC, no seu relatório mais recente, afirma que a maior parte deste aquecimento se deve muito provavelmente a um aumento dos gases de efeito estufa. Dentre os gases de estufa (óxido nitroso, dióxido de carbono, vapor d’água, metano e CFC’s) o metano é um dos piores, sendo cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono. Em escala global, o aumento exagerado desses gases provoca o aquecimento global, com conseqüências catastróficas. Por exemplo, o derretimento das calotas polares e de geleiras e o superaquecimento das regiões tropicais e subtropicais contribuem para intensificar o processo de desertificação e de proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal. Além disso, a destruição de habitats naturais provoca a extinção de espécies vegetais e animais e a migração de indivíduos em busca de novos ambientes, ocasionando assim uma seleção natural das espécies mais adaptadas às novas condições. Como esperado, a enorme maioria dos candidatos pontuou nessa questão. Também como era desejado, tanto as notas dos candidatos inscritos quanto a dos aprovados obedeceram a uma distribuição em curva de sino, sendo que a maioria dos candidatos inscritos (58%) obteve notas entre 0,8 e 1,6 e a maioria dos aprovados obteve notas entre 1,0 e 1,8 (62%). Comparando apenas as notas mais altas observa-se que 28,5% dos candidatos classificados obtiveram nota igual ou superior a 1,6, contra 17,5% dos candidatos inscritos e apenas 15% dos candidatos não classificados. Isso indica que a questão teve dificuldade média, como havia sido previsto pela banca, pois este tema tem sido muito apresentado e debatido, tanto na mídia quanto nas escolas.