A IDENTIFICAÇÃO DOS TRAÇOS FORMAIS DE PESSOA E NÚMERO NA CONCORDÂNCIA SUJEITO VERBO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Letícia M. Sicuro Corrêa (PUC-Rio/LAPAL) [email protected] Lia Martins (FEUC /MSB) [email protected] 1. Introdução Este artigo parte do pressuposto de que a aquisição de uma língua requer a identificação dos traços formais dos elementos de categorias funcionais do léxico e de suas propriedades. Toma-se como base um modelo teórico de língua, no qual esta é entendida como sistema cognitivo composto de dois elementos – um sistema computacional, visto como inerente à faculdade de linguagem dos seres humanos, que opera sobre traços formais de elementos do léxico, e o léxico, adquirido a partir da experiência lingüística (Chomsky, 1995; 2007). Entende-se por traços formais, representações abstratas de distinções de natureza conceitual ou intencional (pertinente à referência), assim como de distinções relativas a relações lógicas (argumento-predicado), as quais são expressas de forma sistemática na interface fônica da língua com o sistema sensório-motor, na morfologia e na ordem dos constituintes. Esses padrões sistemáticos e sua possível interpretação, uma vez representados no léxico, adquirem relativa autonomia, com relação à sua natureza semântica, sendo relevantes estritamente para a concordância. Note-se que o valor do gênero, número, pessoa, de um DP sujeito, por exemplo, determina o modo como a concordância sujeito-verbo se estabelece, em línguas como português, ainda que não necessariamente corresponda a gênero natural, numerosidade e pessoa do discurso, respectivamente – a mesa (gênero gramatical feminino; gênero conceitual inanimado, neutro; os óculos (número gramatical plural, um exemplar; a gente (em português), pessoa gramatical 3ª singular, pessoa do discurso 1ª plural. A criança, na aquisição da língua materna, deve reconhecer o que há de sistemático na cadeia de sons da fala, tomar essa informação como indicativa de distinções gramaticalmente relevantes, interpretá-las semanticamente, a partir do mapeamento entre enunciados lingüísticos entidades e eventos, e dissociar, quando preciso, valores de ordem gramatical e valores semânticos, baseando-se no modo como relações de concordância se estabelecem (Corrêa, 2007; no prelo). Este artigo focaliza a aquisição dos traços de pessoa e número no Português Brasileiro (PB), língua na qual co-existem diferentes formas de expressão de número (Scherre, 1994), a qual se encontra em processo de mudança paramétrica no que concerne ao sujeito nulo (Duarte, 1993), passando a admitir ou requerer sujeito lexical em contextos nos quais o sujeito nulo já foi requerido (e ainda o é, no Português Europeu (PE), como em Eu disse que eu faria isso), e à orientação da sintaxe para o tópico (Galves, 2000), o que parece afetar o modo o traço de pessoa se apresenta (Magalhães, 2006). Em Português, o traço formal de número assume dois valores – singular e plural, sendo esse último expresso por marcação morfológica (não marcado, singular; marcado plural). O número é predominantemente um traço opcional, e uma série de argumentos justifica assumir-se Num como uma categoria funcional independente (Augusto, FerrariNeto e Correa, 2005). Em estudo anterior (Correa, Augusto & Ferrari-Neto, 2005), constatou-se que crianças de cerca de dois anos, adquirindo o PB, extraem informação de número do determinante e que a presença ou ausência de flexão de número no nome não parece afetar o reconhecimento da informação relativa a número plural no DP (Determiner phrase). A completa identificação das propriedades relativas a número no PB requer, contudo, que a criança reconheça a expressão de número no afixo verbal com reflexo da concordância sujeito-verbo. Em português, informação de número no afixo verbal é veiculada na morfologia, de forma indissociada da informação relativa a pessoa. Em PB, o progressivo empobrecimento do paradigma flexional de pessoa, resulta em basicamente dois valores para esse traço, também expressos por marcação morfológica (1a pessoa, marcado; 3a pessoa, não marcado), visto que a 2a pessoa do discurso Tu tende a ser realizada pela 3a pessoa gramatical (você, o/a senhor/a) ou simplesmente a admitir o verbo com morfologia não marcada para pessoa. No que diz respeito a número, este se apresenta marcado na 1a e na 3a pessoas do plural, ainda que nessa última, a marca morfológica tenda a ser omitida na fala. Ainda no que concerne à primeira pessoa do plural marcada, a forma nominativa Nós co-existe com a expressão a gente, que tem traços de 3a pessoa singular. O quadro 1 abaixo apresenta o modo como a morfologia de pessoa/número na desinência verbal se vê reduzida no PB em contraste com o PE. Quadro 1. Pronome nominativo e afixos de pessoa/número (1a conjugação) no presente, passado perfeito e imperfeito em Português Europeu (PE) e Português Brasileiro (PB) *Esta forma é mais indicativa de tempo passado/aspecto perfeito do que de número/pessoa. Parênteses indicam possibilidade de omissão na fala. 2 Pessoa é semanticamente interpretável no DP sujeito, não sendo necessário que a criança processe a concordância sujeito-verbo para que o valor de pessoa gramatical seja interpretado, como ocorre no caso da concordância de número no interior do DP. Há, contudo, a possibilidade de sujeito nulo, quando a interpretação dos traços de número e pessoa fica circunscrita ao domínio verbal (Kato, 1999). Diferentemente das línguas mais caracteristicamente de sujeito nulo do que o PB, nesta as distinções de pessoa na morfologia do verbo são restritas, basicamente, a duas formas (marcada/não marcada). Assim sendo, cabe à criança identificar, num primeiro momento, a forma marcada como 1a pessoa do discurso, deixando a 3a pessoa gramatical como algo passível de diferentes interpretações (2a e 3a pessoas do singular; primeira, segunda e terceira pessoas do plural). Estudo longitudinal da produção espontânea com duas crianças (de 18 a 28 meses) adquirindo o PB (Martins, 2007) demonstrou que o sujeito lexical e o nulo de primeira e de terceira pessoa encontram-se presentes na fala, desde as primeiras sessões, e que há oscilação entre a forma de 1a e 3a pessoa do sujeito e do verbo quando sujeito refere-se à primeira pessoa do discurso (expressa por 1a ou 3a pessoa gramatical). Por volta dos 24-26 meses, contudo, passa a predominar a 1a pessoa gramatical para 1a pessoa do discurso (com sujeito lexical ou nulo). Note-se, contudo, que é apenas na primeira pessoa que fica evidente a concordância de pessoa sujeito-verbo de forma consistente na língua. O presente estudo visa a verificar em que medida crianças de 3 e 5 anos são sensíveis à concordância de pessoa sujeito/verbo e de onde extraem informação para interpretar o traço de pessoa em caso de conflito de pessoa entre sujeito e verbo. Visa também a verificar se crianças de 3 e 5 anos são capazes de extrair informação de pessoa/número exclusivamente com base na expressão morfológica de concordância (o afixo verbal). Busca-se ainda avaliar se a dissociação entre pessoa gramatical do discurso apresenta dificuldade para criança, no processamento da 1ª pessoa do plural. Três experimentos são brevemente relatados a seguir. 2. Experimento 1 Neste experimento, duas variáveis foram manipuladas: Pessoa (1ª /3ª) e Concordância (compatível/incompatível), dando origem a quatro condições experimentais: 1ª pessoa compatível (Eu quero esse carro), 1ª pessoa incompatível (Eu quer esse carro), 3ª pessoa compatíve (Ele quer esse carro) e 3ª pessoa não compatível (Ele quero esse carro). 26 crianças (13 de três e 13 de cinco anos de idade) foram testadas. O material consistiu de dois fantoches (Dedé e Vavá) e de brinquedos, entregues, um de cada vez, à criança (carro, bola etc.). As crianças foram avisadas de que aqueles bonecos não sabiam falar muito bem e que elas teriam de tentar entender o que eles diziam. A tarefa foi de compreensão de forma interativa. Um fantoche elogiava o brinquedo dado à criança (Que carro bonito!) e este ou o outro fantoche manifestava querer o brinquedo em questão. A criança deveria entregar o brinquedo ao fantoche que queria tê-lo. A variável dependente foi o número de respostas em que a criança entrega o objeto ao referente do sujeito da sentença. A tabela 1 apresenta as médias obtidas em cada condição. Os dados foram submetidos a uma (3x3x2) ANOVA (pessoa e concordância são medidas repetidas e idade um fator grupal), na qual se obteve um efeito principal de concordância (F(1,24) = 6,63; p = .02), com mais respostas corretas para a condição compatível do que incompatível (médias 3.35e 3.1, 3 respectivamente), revelando que as crianças são sensíveis à ruptura da concordância sujeito-verbo. Houve um efeito principal de pessoa (F (1,24) = 33,42; p < .0001), com mais respostas corretas para a 1a do que para a 3a pessoa (média (médias 3.9 e 2.54, respectivamente) e um efeito significativo de idade (F(1,24) = 6,35; p = .02) , com mais respostas corretas no grupo de 5 anos (médias: 2.94 (3 anos); 3.5 (5 anos). Não houve interação significativa. Esses resultados revelam que crianças ainda que percebam a incompatibilidade entre o traço de pessoa do sujeito e do verbo, tendem a desconsiderar a informação trazida pelo verbo no caso de 1ª pessoa mas se mostram hesitantes com relação a que elemento atribuir a informação semanticamente interpretável de pessoa – ao sujeito o ao morfema marcado no verbo, quando o sujeito é de 3ª pessoa. Apenas aos 5 anos crianças lidam mais consistentemente com seu conhecimento acerca da concordância sujeito-verbo na língua para solucionar incompatibilidade de concordância. 3. Experimento 2 Este experimento teve como objetivo verificar em que medida o número gramatical afeta a identificação do traço de pessoa correspondente a um sujeito nominativo e em que medida crianças de 3 e 5 anos de dois grupos sociais (classe A: médio poder aquisitivo e escolaridade dos pais média/alta; classe B: baixo poder aquisitivo e escolaridade dos pais) extraem informação de pessoa/número exclusivamente do morfema verbal (no caso do sujeito nulo). A tarefa experimental foi de identificação da figura correspondente ao enunciado falado. A 1ª pessoa foi fixada como alvo da compreensão em oposição à 3ª pessoa - interpretação possível dentre os distratores apresentados - e manipularam-se as variáveis número (singular e plural) e tipo de realização do sujeito (pleno e nulo). Tem-se, assim, um design 2 (idade) x 2 (grupo social) x 2 (número) X 2(tipo de realização do sujeito), no qual os dois últimos fatores são medidas repetidas e os demais fatores grupais. A variável dependente considerada foi o número de respostas correspondentes à primeira pessoa dentre três opções apresentadas.A seguir, serão apresentados um exemplo de cada condição experimental. Condição 1: pronome pleno singular O macaco disse: - O palhaço estava no circo comigo. Eu pulei corda lá. Condição 2: pronome nulo singular O tigre disse: - O urso estava na pedreira comigo. Empurrei uma pedra pesada. Condição 3: pronome pleno plural O porco disse: - Os coelhos foram à fazenda comigo. Nós empurramos a cerca. Condição 4:pronome nulo plural Maria disse - Minhas primas foram à pracinha comigo. Brincamos na areia. 4 Participaram do experimento 40 crianças falantes do PB, sendo 20 do grupo A, 20 do grupo B, divididas igualmente por idade. O material consistiu de 12 pranchas distribuídas em 4 blocos, conforme a condição experimental, com 3 estímulos-teste por condição. Cada prancha apresenta um figura com o personagem que fala ao alto, e três figuras, para escolha – uma correspondente à resposta esperada e duas outras como distratores. Considerando-se como exemplo o enunciado João disse: - Minha prima foi ao cinema comigo. Eu comi pipoca o tempo todo, tem-se a figura de um menino falando (com um balão de fala), e três figuras com ele e uma menina no cinema, sendo que em uma o menino come pipoca, em outra a menina come pipoca e na outra, ambos comem pipoca. A posição da figura alvo na seqüência foi contrabalançada. Os dados foram submetidos a uma ANOVA 2 (grupo social) x 2 (grupo etário) x 2 (número) x 2 (tipo de realização do sujeito). Houve efeito principal significativo de todos os fatores: Grupo social: F (1,36) = 19,36 p < .0001 Médias: Grupo A (médio) – média: 2,53; Grupo B (baixo) – média: 1,94, com melhor desempenho para Grupo A. Idade: F(1,36) = 26,51 p < .0001, 3 anos – média: 1,89; 5 anos – média: 2,58, obtendo-se melhor desempenho no grupo de 5 anos. O efeito de número foi significativo com mais acertos no plural do que no singular, Número: F(1,36) = 17,47 p < .001, sugerindo que a dupla marcação de número e pessoa facilita a compreensão (Singular – média: 2,01; Plural – média: 2,78). O tipo de realização do sujeito (1ª pessoa): F(1,36) = 10,44 p = .003 com mais respostas corretas para pronome pleno, (Pronome pleno, média: 2,39; Pronome nulo – média: 2,08). Houve ainda interação significativa entre idade e grupo social F (1,36)== 4,64 p< .04 (3 anos, Grupo A - média 2,33; Grupo B - média 1,45 / 5 anos, Gupo A – média: 2,73; Grupo B – média: 2,43). Grupo B singular – média:1,45; plural – média: 1,45 / 5 anos, Gupo A singular média: 2,5; plural: média 2,95; 5 anos, Grupo B singular – média: 2,1; plural – média: 2,75). Observa-se que, exceto no grupo 3 anos, Grupo B, houve vantagem da condição plural sobre a singular. A diferença entre grupos sociais é particularmente acentuada aos 3 anos na condição plural, diminuindo aos 5 anos, particularmente nesta condição. Crianças do grupo B, particularmente aos 3 anos têm dificuldade em identificar informação pertinente a número plural. Houve efeito de interação entre grupo social, idade e tipo de realização do sujeito F (1,36) = 4,83 p< .04 (3 anos, pleno grupo A – média: 2,3; grupo B – média: 2,0 / 5 anos, pleno grupo A – média: 2,7; grupo B – média: 2,55 / 3 anos, nulo grupo A – média: 2,35; grupo B – média: 0,9 / 5 anos nulo grupo A – média:2,75; grupo B - média: 2,3). Constata-se que essa dificuldade de crianças de 3 anos com número plural deve- se, particularmente, ao sujeito nulo. Podemos concluir que visibilidade na morfologia afeta o modo como pessoa e número são processados. Essa visibilidade na morfologia do verbo apresenta-se, não obstante, mais acessível às crianças do grupo A do que do grupo B. No que diz respeito à dificuldade que crianças de 3 anos do grupo B em extrair informação de pessoa em enunciados de sujeito nulo, é possível que o sujeito nulo seja menos presente no dialeto a que estão expostas, diante da alteração paramétrica no que concerne ao sujeito nulo do PB. 4. Experimento 3 Este experimento teve como objetivo verificar em que medida crianças de 3 e 5 anos diferenciam pessoa gramatical de pessoa do discurso. Fixou-se a 1ª pessoa plural do 5 discurso, visto que ser esta forma marcada mais acessível a crianças. Apenas crianças de classe média participaram deste teste. A variável manipulada foi equivalência entre pessoa gramatical e pessoa do discurso: equivalente (nós – 1ª pess pl gramatical e do discurso) e não equivalente (a gente – 3ª pessoa sing gramatical e 1ª pl do discurso). Dois grupos etários foram contrastados – 3 e 5 anos de idade. A tarefa consistiu de compreensão interativa como no Experimento 1, com a mesma dupla de fantoches. A fala partia de cada um dos bonecos de forma contrabalançada. Perguntava-se à criança a quem o objetivo deveria ser dado. Frases em que um dado personagem era nomeado como sujeito de 3ª pessoa foram utilizadas como distratoras (o Dedé quer .../ O Vavá quer...). A variável dependente foi o número de respostas em que a criança indicava ambos os bonecos. Apenas o efeito de idade foi significativo. Idade: F (1,24) = 42,12; p < .0001 (Médias 0,4 e 1 para 3 anos e 5 anos respectivamente). Observa-se que crianças de 5 anos atingiram o teto em ambas as condições. No que concerne às crianças de 3 anos, observou-se que, ainda que o número de acertos tenha sido semelhante nas duas condições, nos erros, tais condições foram diferenciadas: a escolha de um ou outro boneco como alvo para a condição não equivalente (a gente) foi aleatória, enquanto que para a condição equivalente (nós), a escolha do sujeito da fala foi significativamente acima de chance (distribuição binomial, p<.001 (19/31 para falante Dedé; 22/35 para falante Vavá). Isso indica que a informação de pessoa foi processada independentemente da informação de número, que, de um ponto de vista conceitual, parece impor demandas semelhantes em ambas as condições. 5. Para concluir Os resultados demonstram que ainda que a criança identifique a relação de concordância sujeito-verbo na primeira pessoa marcada por volta dos dois anos de idade e seja sensível à não-concordância sujeito-verbo, a interpretação de pessoa e número impõe considerável demanda na aquisição da língua. As formas marcadas mostram-se mais acessíveis na desinência verbal, mas extrair informação de pessoa exclusivamente do afixo verbal impõe dificuldades, particularmente ao grupo social B, que pode ser mais diretamente afetado por mudanças paramétricas com relação ao sujeito nulo (menor influência da língua chamada culta). A despeito de sua maior visibilidade, o processamento de número, de um ponto de vista conceitual, impõe demandas cognitivas para crianças, visto que aos três anos de idade crianças têm baixo desempenho na interpretação de número, independentemente de haver correspondência entre pessoa /número gramatical e do discurso. A sensibilidade de crianças de três anos à informação gramatical de pessoa marcada (nós) nos erros em que escolhe um dos bonecos apresentados, é indicativa de que pessoa e número, a despeito de marcação morfológica aglutinada, são processados de forma dissociada. BIBLIOGRAFIA AUGUSTO, M., FERRARI-NETO, J. & CORREA, L. M. S. 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