L-GLUTAMINA CAS: 56-85-9 Fórmula molecular: C5H10N2O3 Peso molecular: 146,1 Sinônimos: Levocarnitina Características Aminoácido não essencial, principal produto de degradação do ácido glutâmico, usado como suplemento dietético e para regular a atividade das células cerebrais. A glutamina é o aminoácido livre mais abundante no organismo. Sua concentração plasmática é de 0,5 a 0,9 mmol/L8, e aproximadamente 80% da glutamina corporal encontra-se no músculo esquelético, sendo esta concentração 30 vezes superior a do plasma. É utilizada em altas taxas por células de divisão rápida e como veículo para transporte de nitrogênio que irá dar suporte à síntese de ureia no fígado e de amônia no rim. Funcionalmente a glutamina é utilizada pelo intestino como uma importante fonte energética, como fonte de nitrogênio amídico para a síntese de nucleotídeos e no processamento de carbono e nitrogênio oriundos de outros tecidos para posterior utilização pelo fígado e pelos rins. Através de vias metabólicas, a glutamina fornece ainda carbono e nitrogênio para a síntese de alanina, citrulina e prolina. Durante vários estados catabólicos como infecção, cirurgia, trauma e acidose, a homeostase da glutamina é alterada e suas reservas, particularmente no músculo esquelético, são depletadas. Principais funções deste aminoácido: Fundamental no metabolismo de diversos órgãos e tecidos, como rins, fígado, sistema imune e intestino. Atua na degradação proteica prevenindo a perda muscular durante momentos de estresse oxidativo (efeito anti-catabólico) recuperando o glicogênio muscular após treino. Promove síntese proteica aumentando massa corporal magra. Pode-se converter em glicose com qualquer modificação aparente nos níveis de insulina no plasma; Serve como um tratamento auxiliar no controle de peso; Manutenção das funções do sistema imunológico como fonte importante de energia para os macrófagos, linfócitos e demais células. Diminuindo a incidência de infecções, melhora o balanço nitrogenado e os parâmetros nutricionais de pacientes desnutridos em pós-operatório; Indispensável na manutenção da integridade da mucosa intestinal na qual é utilizada como fonte de energia para enterócitos e colonócitos, Promove melhora na permeabilidade e integridade intestinal. Fornece energia aos fibroblastos, aumentando a síntese de colágeno. Colabora com os aminoácidos glicina e cisteína na síntese do mais abundante anti-oxidante hidrofílico intracelular: glutationa. Indicações: caquexia, terapia nutricional para prevenir perda muscular em casos de AIDS, câncer, em pacientes cirúrgicos. Também é usada para melhorar a força e a performance em atletas e prevenir déficits imunitários. -1- IT_LGLUTAMINA_11/03/2013 Dosagem usual: na faixa de 20 a 100mg ao dia e como suplemento nutricional na faixa de dosagem diária usual de 10 a 30g. Referências Bibliográficas: Batistuzzo J.A.O., Itaya M., Eto Y. Formulário Médico-Farmacêutico. 4ºedição, São Paulo, Pharmabooks, 2011. Martindale 29ºed Rogero MM, Tirapegui JO. Aspectos atuais sobre glutamina, atividade física e sistema imune. Rev Bras Cie Farm. 2000;36:202-12. Campos FG, Waitzberg DL, Logulo AF, Mucerino DR, Habr-Gama A. Importância da glutamina em nutrição na prática clínica. Rev. Arq. Gastroenterol.1996, 33(2):86-92, abr.-jun Albertini S. M., Ruiz M. A., O papel da glutamina na terapia nutricional do transplante de medula óssea, Revista brasileira de hematologia e hemoterapia, 2001, pg 23 (1):41-47. Lopes, P.F. Efeitos da glutamina sobre a parede intestinal e sua aplicabilidade potencial em coloproctologia. Rev Bras Coloproct, 2005;25(1):75-78. Novelli, M.; Strufaldi, M.B.; Rogero, MM.; RossI, L. Suplementação de Glutamina Aplicada à Atividade Física. R. bras. Ci e Mov. 2007; 15(1): 109117. -2- IT_LGLUTAMINA_11/03/2013