A EXCEÇÃO A Exceção Edição Especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 INFORMAÇÃO TRIMESTRAL Edição especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 É Ébola Afinal, o que é, de onde vem e como se transmite Sede Nacional – Gabinete de Planeamento e Coordenação – Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5; 1249-083 1249 Lisboa Tel: (+351) 213 913 940 / Fax:: (+351) 213 913 941 [email protected] A EXCEÇÃO Edição Especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 Muito se tem falado e publicado sobre a doença do vírus do Ébola, Ébola, mas afinal de onde aparece e como aparece este vírus? ORIGEM O vírus Ébola encontra-se se em reservatórios naturais em alguns países africanos, e embora não esteja ainda confirmado, crê-se se que os morcegos da fruta (Pteropodidae) ( ) serão o reservatório natural do vírus. A primeira referência à doença, acontece em 1976 no antigo Zaire (hoje República Democrática do Congo), com a infeção do o paciente zero. Foi em Agosto desse mesmo ano que Mabalo Lokela, diretor da escola da vila viaja para Yambuku, uma zona perto da fronteira situada junto ao rio Ébola, rio que haveria de nomear nomea o vírus pela sua proximidade ao 1º surto da doença.. Mabalo faleceu a 8 de Setembro, de um surto que resultou em 280 mortes dos 318 casos identificados. Uma amostra de sangue é então enviada ao Dr. Peter Piot que faz a descoberta e a nomeação do vírus Ébola. Foram já vários os surtos identificados desde então como o que aconteceu no Congo em 1995 no qual se identificaram 315 casos com 254 mortes; no Uganda em 2000, com 425 casos identificados e 224 mortes e no Congo em 2003 com 128 mortes dos 143 casos confirmados. Com uma taxa de letalidade de 25% a 90%, a doença por vírus Ébola é rara mas mortal. Sede Nacional – Gabinete de Planeamento e Coordenação – Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5; 1249-083 1249 Lisboa Tel: (+351) 213 913 940 / Fax:: (+351) 213 913 941 [email protected] A EXCEÇÃO Edição Especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 O vírus é da família dos Filoviridae e é uma das causas de febres hemorrágicas virais. Foram desde então identificadas 5 estirpes do vírus, nomeadas pelo local onde foram descobertas pela primeira vez: Zaire Ebolavirus, Sudan, Tai Forest, Bundibugyo e Reston. O SURTO DE 2014 Este surto é o maior registado pela OMS, tendo causado 4877 mortes e 9936 doentes até 19 de Outubro de 2014 Em Março a OMS regista o maior e primeiro surto de Ébola na Guiné. A eclosão tem sido até à data atribuída a uma criança de 2 anos que faleceu dia 6 de Dezembro de 2013. A 8 de Agosto foi declarada a epidemia como uma emergência de saúde pública internacional. Os países afetados, com transmissão disseminada, são de momento a Serra Leoa, a Guiné-Conacri e a Libéria. Em simultâneo decorre um surto não relacionado, na República Democrática do Congo (província Equateur). Existem alguns casos importados e secundários para os Estados Unidos e para a Europa que não formaram cadeias de transmissão. A Nigéria e o Senegal também foram afetados, mas atualmente são consideradas zonas livres de vírus Ébola. O fim de um surto de Ébola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado. Sede Nacional – Gabinete de Planeamento e Coordenação – Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5; 1249-083 Lisboa Tel: (+351) 213 913 940 / Fax: (+351) 213 913 941 [email protected] A EXCEÇÃO Edição Especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 ÉBOLA EM PORTUGAL Até à data não se registaram casos em Portugal sendo que o risco é, de momento, baixo, e assenta na possibilidade de uma pessoa doente viajar para o país (caso importado). A linha de Saúde 24 (808 24 24 24) está preparada para responder a dúvidas, aconselhar e reencaminhar situações específicas. Se tem sintomas semelhantes aos da doença ou contatou com alguém infetado, ligue sempre para a linha Saúde 24. MAS COMO SE TRANSMITE? Tudo indicia que os morcegos da fruta (Pteropodidae) sejam o reservatório natural do vírus e que os primatas possam ser infetados através da ingestão de frutos contaminados com vírus Ébola através da saliva dos morcegos. Depois de infetados, ocorre uma multiplicação rápida do vírus nos primatas não humanos que, se não for acompanhada por uma resposta capaz do sistema imunitário, poderá ser mortal. A exposição secundária envolve, assim, transmissão através de primatas e transmissão entre humanos e/ou com superfícies ou objetos contaminados, O vírus pode sobreviver por várias horas em ambiente seco nos materiais e equipamentos. Se as condições de humidade e temperatura forem favoráveis pode até sobreviver dias fora do organismo. Um método comum de transmissão na África Ocidental são os rituais fúnebres que envolvem contacto com o corpo de vítimas mortais através dos seus líquidos e fluidos corporais. Maior parte dos infetados, são resultado do contacto direto com paciente ou cadáveres de pacientes, sendo que estão mais expostos os prestadores de cuidados de saúde que manuseiam diretamente fluidos de doentes e materiais médicos contaminados. A propagação da epidemia tem tido como base estes métodos de transmissão. Apesar de ser apenas contagioso a partir do aparecimento dos sintomas (2-21 dias), em caso de recuperação, o vírus poderá ser transmitido pelo sémen onde permanecerá até 3 meses. Sede Nacional – Gabinete de Planeamento e Coordenação – Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5; 1249-083 Lisboa Tel: (+351) 213 913 940 / Fax: (+351) 213 913 941 [email protected] A EXCEÇÃO Edição Especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 De momento não existe cura, nem vacina preventiva. No então têm vindo a ser desenvolvidos tratamentos experimentais, como é o caso do Zmapp, e começam a ser projetados testes de uma possível vacina, a realizar já este mês no hospital de Lausanne, Suíça. Então, a infeção poderá ser transmitida de diversas formas: · Contato direto com líquidos orgânicos de doentes (como sangue, urina, fezes, sémen); · Exposição a objetos que tenham sido contaminados com secreções infetadas (agulhas por exemplo); QUAIS OS SINTOMAS? Vómitos, por vezes ensanguentados Febre alta e repentina Dores de cabeça Diarreia, por vezes ensanguentada Fraqueza e malestar geral Tosse e dificuldade em engolir Dores nas articulações O historial médico da pessoa, em particular o historial recente das viagens, trabalho e exposição à vida selvagem, são critérios importantes para se suspeitar de um diagnóstico diagnóstico de Doença por vírus Ébola. Sede Nacional – Gabinete de Planeamento e Coordenação – Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5; 1249-083 1249 Lisboa Tel: (+351) 213 913 940 / Fax:: (+351) 213 913 941 [email protected] A EXCEÇÃO Edição Especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 COMO SE PROTEGER? - Mantenha uma correta e regular higiene das mãos, lavando com sabonete/sabão/desinfetante. Evite contatos desnecessários; - Desinfete o seu meio envolvente; - Se tiver pragas, fumigue-as; - Não toque em cadáveres, nem em alguém que alguém que possa ter contraído o vírus; - Se tiver que tocar em alguém que desconfie estar infetado com o vírus, utilize sempre o equipamento de proteção individual, composto por fato completo ou bata e touca impermeáveis e descartáveis, luvas de nitrilo, perneiras, máscara ou respirador de partículas e óculos de proteção; - Observar algum sintoma suspeito em si ou noutra pessoa, comunique imediatamente, não perca tempo; - Informe-se e passe a informação! Encontre mais informações em: www.ebola.dgs.pt http://www.eboladeeply.org/ Sede Nacional – Gabinete de Planeamento e Coordenação – Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5; 1249-083 Lisboa Tel: (+351) 213 913 940 / Fax: (+351) 213 913 941 [email protected] A EXCEÇÃO Edição Especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 Informar o contactante que para estes casos, com suspeita de ébola o transporte não é permitido à cvp ou bombeiros. Informar que o doente deve aguardar em casa pelo socorro e deve evitar o contato com outras pessoas QUE VAMOS ACCIONAR A LINHA DE SAÚDE 24 Pedir ao contatante para não desligar O operador LIGA de imediato à Saúde 24 - TEL: 808 24 24 24 NO FINAL INFORMA O CONTACTANTE das instruções recebidas da linha 24 CASO O CONTACTANTE DESLIGUE O operador deve ligar SEMPRE à Linha de Saúde 24 e dar os dados que recebeu Sede Nacional – Gabinete de Planeamento e Coordenação – Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5; 1249-083 Lisboa Tel: (+351) 213 913 940 / Fax: (+351) 213 913 941 [email protected] A EXCEÇÃO Edição Especial Lisboa, 3 de Novembro de 2014 Sede Nacional – Gabinete de Planeamento e Coordenação – Jardim 9 de Abril, nº 1 a 5; 1249-083 Lisboa Tel: (+351) 213 913 940 / Fax: (+351) 213 913 941 [email protected]