PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA POLITÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E TELECOMUNICAÇÕES LUIZ EDUARDO GORI MÁRCIA MARTINS TROSO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM PAINÉIS FOTOVOLTAICO UTILIZANDO DISPOSITIVO ÓPTICOS (LENTE DE FRESNEL) CURITIBA 2014 LUIZ EDUARDO GORI MÁRCIA MARTINS TROSO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM PAINÉIS FOTOVOLTAICO UTILIZANDO DISPOSITIVOS ÓPTICOS Projeto de Conclusão de Curso apresentado à disciplina Gestão de Projetos I do Curso de Graduação em Engenharia Telecomunicações Elétrica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Orientador: Prof. Maria Gertrudes Te Vaarwek CURITIBA 2014 LUIZ EDUARDO GORI MÁRCIA MARTINS TROSO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM PAINÉIS FOTOVOLTAICO UTILIZANDO DISPOSITIVOS ÓPTICOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Eletricista. COMISSÃO EXAMINADORA _____________________________________ Professor Me. Maria Gertrudes Te Vaarwek Pontifícia Universidade Católica do Paraná _____________________________________ Professor Dr. James Alexandre Baraniuk Pontifícia Universidade Católica do Paraná Curitiba, Janeiro De 2015 AGRADECIMENTOS A Deus primeiramente queremos agradecer, por nossas vidas, pela saúde, pois sem elas não seria possível levar a diante a conclusão deste trabalho de conclusão de curso (TCC). Queremos muito agradecer aos nossos familiares e companheiros pela compreensão e apoio dado neste momento difícil. Ao professor Me. Vilson Rodrigo Mognon (PUCPR), gostaríamos muito de agradecer, a ajuda no desenvolvimento do Datalog. Muito obrigado caro professor, por teres colaborado muito para que chegássemos a um resultado positivo. Aos professores, Dr. Ricardo Cassiano Nahben (coordenador do curso – PUCPR), professor Dr. James Alexandre Baraniuk (PUCPR) e a professora Me. Maria Gertrudes Te Vaarwek (PUCPR), queremos muito agradecer a oportunidade que nos foi dada de, poder ser postergada a data de entrega e apresentação deste TCC. Ainda a professora Maria Vaarwek, queremos muito agradecer, por ter aceitado o convite de ser nossa orientadora e ter sido muito compreensiva em todos os momentos. A todos em geral citados, queremos expressar a nossa eterna gratidão e merecido respeito, pelas diversas funções que desempenharam em nosso trabalho e nas nossas vidas. RESUMO Desde as épocas mais antigas, questões relacionadas a energia sempre inspirou estudos e pesquisas para geração de novas formas de produção de energia. Atualmente, com o desenvolvimento de grandes estudos, pesquisas e tecnologias, foram descobertas diferentes fontes alternativas de energia. Dentre as fontes alternativas destacadas, estão as fontes de energia renováveis que têm grande importância na sociedade, e por isso, tem sido foco de estudos cada vez mais aprofundado, com o objetivo de se obter maior eficiência, melhores desempenhos na produção de eletricidade e menor custo de implantação. Como alternativa de tecnologias para o aproveitamento da energia renováveis, os painéis fotovoltaicos têm sido uma forte opção para converter a energia solar em elétrica. Neste trabalho é proposto a instalação de dois módulos fotovoltaico (um concentrado e outro sem contração), com o objetivo de se obter maior eficiência na produção energia e, é proposto também, o desenvolvimento de um Datalog para fazer a leitura dos valores de potência. Na primeira parte deste trabalho de conclusão, é apresentado um estudo teórico, sobre o funcionamento dos módulos solares, ângulos de instalação dos módulos, tipos de radiação solar e fatores que influencia no desempenho dos módulos. E na segunda parte, é apresentado estudo pratico, onde, são apresentados as descrições e localização de instalação dos módulos, resultados dos valores de máximo ponto de potência – MPP medidos e a avaliação dos resultados. Palavra – chave: Energia renováveis, painel fotovoltaico, DataLog, radiação solar e desempenho dos módulos, MPP. ABSTRACT From ancient times, issues related to the energy, always inspired studies and research for generation of production energy. In nowadays, with the development of larges studies, research and technology, have been found different alternative sources of energy. Among the alternative sources highlighted, are the renewable energy sources that have great importance in society. Therefore has increasingly been the focus of further studies with the purpose to obtain greater efficiency, best performance in the production of electricity and lower cost of deployment. As an alternative technologies for harnessing of renewable energy, photovoltaic panels have been a strong option to convert solar energy into electrical. In this work, is proposed an installation of two photovoltaic modules (a concentrate and another without contraction), with the purpose to obtain greater efficiency in the energy production and is so proposed, the development of a Datalog to do the reading power values. In the first part of this course conclusion work, a theoretical study is, presented on the functioning of the solar modules, the modules installation angles, types of solar radiation and factors that influence the performance of the modules. The second part is, presented practical study, where are presented descriptions and localization of installation of the modules, results of the maximum power point values (MPP) measured and the evaluation of results. Keywords: renewables energy, photovoltaic panel, DataLog, solar radiation and performance modules, MPP. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14 2. OBJETIVOS ............................................................................................................... 16 3. Objetivo Geral ......................................................................................................... 16 3.1. Objetivo Específico........................................................................................... 16 4. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 17 5. DIAGRAMA CONCEITUAL ........................................................................................ 19 6. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 20 6.1. Conceito Geral Sobre o Sol, Radiação Solar e Geometria Angular .................. 20 6.2. Massa Do Ar ..................................................................................................... 21 6.3. Tipos de Radiação Solar ................................................................................... 22 6.4. Geometria Angular (Ângulos de incidência solar) ........................................... 24 6.5. Tipos De Células Fotovoltaicas......................................................................... 29 6.5.1. Características das células fotovoltaica .................................................... 29 6.5.2. Parâmetros Das Células ............................................................................ 30 6.5.3. Influência da Irradiação Solar e da Temperatura ..................................... 33 6.5.4. Cálculo do máximo ponto de potência – MPP ......................................... 36 6.6. Conceito Geral De Lentes................................................................................. 37 6.6.1. 7. Lentes de Fresnel e concentradores solares ............................................ 38 METODOLOGIA DO PROJETO .................................................................................. 38 7.1. Desenvolvimento e Funcionamento do Datalog ............................................. 39 7.1.1. DAC, Conversor ADC e a saída serial do micro controlador (Kit Atmega 16) 39 7.1.2. Circuito de geração do máximo ponto de potência - MPP ...................... 40 7.2. Montagem e Instalação Dos Módulos Solares ................................................ 42 7.2.1. Local de instalação dos módulos solares ................................................. 43 7.2.2. Desenvolvimento da estrutura fotovoltaica móvel.................................. 44 7.2.3. Metodologia de apontamento da estrutura ao sol ao longo do dia ........ 57 7.3. Cálculo da Energia Produzida Pelas Células ..................................................... 62 7.3.2. Cálculo da potência de saída .................................................................... 65 7.3.3. Metodologia de Instalação da Lente de Fresnel ...................................... 67 8. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS .............................................................. 68 8.1. Comportamento e desempenho dos módulos no sistema CPV e Convencional. 68 8.2. Dificuldades e problemas encontrados ........................................................... 71 8.2.1. Danificação do módulo solar após tempo de exposição ao sistema CPV em alta temperatura ............................................................................................... 71 9. PROCEDIMENTO DE VALIDAÇÃO ......................................................................... 72 9.1. Procedimento de Medição .............................................................................. 72 9.1.1. Configuração do Software Hercules ......................................................... 72 9.1.2. Extração dos dados de varredura do Datalog e obtenção dos parâmetros utilizando o Excel..................................................................................................... 74 10. CRONOGRAMA................................................................................................. 76 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 77 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 78 13. APÊNDICE A – CÓDIGO FONTE DO ALGORITMO DO DATALOG .......................... 80 14. ANEXOS A - TABELA DOS DADOS MEDIDO NO DIA 25/01/2015 ........................ 84 15. ANEXO B - TABELA DOS DADOS MEDIDO NO DIA 27/01/2015 .......................... 85 16. ANEXOS C - TABELA DOS DADOS MEDIDO NO DIA 29/01/2015 ........................ 86 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Média anual de insolação diária no Brasil............................................18 Figura 2- Princípio de funcionamento do projeto.................................................19 Figura 3- Datalog para monitorar a energia produzida pelos painéis..................19 Figura 4 - Trajetória dos raios de Sol na atmosfera e definição do coeficiente de "Massa de Ar" (AM)............................................................................................21 Figura 5 - Componentes de radiação solar.......................................................23 Figura 6 - Sentido dos movimentos da terra posicionado nos momentos de solstício e equinócio...........................................................................................25 Figura 7 - (a) e (b) Ilustração dos ângulos representando o sol em relação ao plano horizontal, Ilustração da orientação de uma superfície inclinada em relação ao plano horizontal: ângulos...............................................................................26 Figura 8 - Norte geográfico norte magnético.....................................................28 Figura 9 - Direção de instalação dos painéis solares.......................................29 Figura 10 - Módulo Fotovoltaico Policristalino....................................................32 Figura 11 - Circuito de controle do máximo ponto de potência – MPP.................41 Figura 12 – Layout da placa de circuito impresso do MPP..................................41 Figura 13 – Local de instalação das células (Terraço do Prédio) com a trajetória e a direção dos raios solar..................................................................................43 Figura 14 – Trajetória solar sobre a cidade de Curitiba.......................................44 Figura 15 – Montagem da estrutura com ângulo de 5° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................45 Figura 16 – Montagem da estrutura com ângulo de 10° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................46 Figura 17 – Montagem da estrutura com ângulo de 15° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................47 Figura 18 – Montagem da estrutura com ângulo de 20° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................48 Figura 19 – Montagem da estrutura com ângulo de 25° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................49 Figura 20 – Montagem da estrutura com ângulo de 30° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................50 Figura 21 – Montagem da estrutura com ângulo de 35° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................51 Figura 22 – Montagem da estrutura com ângulo de 45° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................52 Figura 23 – Montagem da estrutura com ângulo de 60° (a)- vista frontal (b) - vista lateral.................................................................................................................53 Figura 24 – Identificação do norte solar para instalação dos módulos FV, (a) Vista superior, (b) - Vista frontal e (c) - Marcação dos polos geográficos identificados e os ângulos azimutais..................................................................59 Figura 25 – Apontamento da estrutura em direção ao sol com a referência dos ângulos azimutais marcados na superfície.........................................................60 Figura 26 - Trajetória solar ao longo do ano para região de Curitiba - (a) gráfico polar (b) gráfico cartesiano.................................................................................62 Figura 27 – Instalação do sensor de temperatura nos módulos solar.................63 Figura 17 - Medidas de temperatura das células com sensor de temperatura ...........................................................................................................................64 Figura 29 – Área focal da lente sobre o modulo fotovoltaico.............................67 Figura 30 – Configuração da porta serial COM e sua velocidade.....................73 Figura 31 – Habilitação do Log para armazenamento dos dados da varredura feita nos módulos solares com o Datalog............................................................74 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1- Associação dos Módulos Fotovoltaicos (a) associação serie (b) associação paralela...........................................................................................31 Gráfico 2- Influência da variação da irradiação solar na curva característica IxV......................................................................................................................33 Gráfico 3- Influência da variação da temperatura nas células fotovoltaica, característica......................................................................................................34 Gráfico 4- Potência de saída de uma célula solar FV sobreposto à curva IxV…37 Gráfico 5- Curva característica IxV do modulo simulado...................................42 Gráfico 7- Fator de forma das célula solares.......................................................66 Gráfico 8- Comparativo da curva característica IxV entre os sistemas: Concentrado e o Convencional..........................................................................69 Gráfico 9- Comparativo da curva característica PxV entre os sistemas CPV e o Convencional.....................................................................................................69 Gráfico 10- Máximo Ponto de Potência em relação a curva característica IxV (a) do módulo CPV, (b) do modulo convencional.....................................................70 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Comparação da Eficiência das Células Fotovoltaicas........................30 TABELA 2 - Parâmetros das células...................................................................32 TABELA 3 – Ângulo de elevação solar e azimutal que indica a direção dos raios solares num período de 30 minutos durante o dia...............................................55 TABELA 4– Ângulo de inclinação da superfície de captação da estrutura obtida através do ângulo de inclinação da superfície de captação ideal........................57 Tabela 5 - tempo Noon, tempo de maior intensidade solar.................................58 Tabela 6. Resultados medidos e calculados com o Datalog, (a) sistema convencional e (b) sistema CPV.........................................................................71 Tabela 7 – Resultado dos valores medidos para os módulos: convencional e concentrado.......................................................................................................72 Tabela 8 – Parâmetros lidos durante a varredura dos módulos solares..............75 Tabela 9 - Cronograma para a execução das atividades do projeto....................76 LISTA DE ABREVIAÇÃO E SIGLAS CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica MME – Ministério de Minas e Energia ANEEL - Agencia Nacional de Energia Elétrica ADC – Conversor Analógico Digital DAC – Conversor Digital Analógico MPP – Ponto de Máxima Potência ou Potência Máxima de Pico VMPP, IMPP – Corrente e Tensão do Máximo Ponto de Potência 𝐓𝐚𝐦𝐛 - Temperatura ambiente FV – Fotovoltaico ICC = ISC – Corrente de Curto circuito VCA = VCO – Tensão de Circuito Aberto FF – Fator de Forma G – Radiação Incidente por Unidade de Área AM – Massa de Ar NOCT - Temperatura Nominal de Operação das Células FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisas do Estado de São Paulo. Kt – Coeficiente de Temperatura dos módulos solar CPV – Sistema Fotovoltaico Concentrado 14 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos houve um crescimento mundial muito acelerado, tanto a nível tecnológico como populacional, provocando maior demanda no consumo de energia elétrica. Neste âmbito, tem-se desenvolvido no mundo inteiro, tecnologias em grande escala para atender estas necessidades humanas. De acordo com Villalva, Marcelo Gradella (2012, p. 32) O Brasil possuía em 2009 uma capacidade de geração de energia elétrica de 105 GW. Isto representa apenas 10% da capacidade de geração de energia elétrica que possuem os países desenvolvidos. Para o país sustentar seu ritmo de crescimento e alcançar as grandes potências mundiais vai ser necessário encontrar novas fontes de energia para geração de eletricidade. As fontes renováveis alternativas, como a solar fotovoltaica e a eólica. Ainda em relação a esses aspectos, aos poucos tem-se procurado novas diferentes fontes de energia renováveis para produção de eletricidade. Segundo dados do MME (2013, p. 16), o brasil apresentou uma matriz de geração elétrica predominantemente renovável em 2012, sendo que a oferta interna de energia elétrica por fonte hidráulica neste ano foi de 76,9%. Este quadro, apesar de ter sido melhorado em relação aos anos anteriores, ainda deixa o país muito dependente de uma única fonte de energia, o que pode se tornar um problema em caso dos recursos hídrico poder se tornar escasso. Fato este que começou a ser sentido no país e o olhar sobre a implementação de projetos para a produção de energia proveniente de outras fontes passou a ser considerado de fato. Assim foram instaladas novas usinas para produção de eletricidade no brasil, o que elevou o crescimento da produção de energia, por fontes renováveis embora que em pequena escala. Segundo dados da CCEE (2014, p. 2) as usinas que mais contribuíram para o aumento na capacidade desde janeiro a novembro de 2013 foram as 15 térmicas e a biomassa (novas usinas provenientes dos leilões de energia de reserva e de fontes alternativas “538 MW”). Diminuído a dependência na produção de energia por usinas hidroelétrica o quadro baixou para 70,5%. De acordo com Villalva, Marcelo Gradella (20012, p. 34) O número de sistemas fotovoltaico conectados vem aumentando muito no Brasil e sua utilização deverá ter um salto extraordinário nos próximos anos principalmente com a recente aprovação, pela Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) da micro geração e da mini geração com sistemas distribuídos conectados em baixa tensão e alimentados por fontes renováveis de energia. Um importante passo para a inserção da energia fotovoltaico no país foi o projeto estratégico “Arranjo Técnico e Comerciais para a Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira” lançado pela ANEEL em 2011 em conjunto com empresas concessionárias de energia elétrica de todo o país. O projeto tem o objetivo de promover a criação de usinas experimentais de energia fotovoltaica interligadas ao sistema elétrico nacional, que deverão somar quase 25 MW de potência instalada. Segundo Marcello G. Villalva (2012, p.35) dadas dimensões territoriais e as elevadas taxas de irradiação solar brasileira, é razoável esperar para o Brasil um potencial de geração fotovoltaica pelo menos dez vezes superior à capacidade instalada na Alemanha atualmente. Isso representaria 200 GW de eletricidade a partir da luz do sol, ou seja, o dobro de toda a energia elétrica que se produz hoje. Refletindo sobre todas as questões anteriores e nas fontes de energia renováveis disponíveis, o estudo realizado neste projeto de conclusão de curso, é feito em cima da fonte solar por meio da tecnologia fotovoltaica. Pelo fato de ser uma tecnologia que tem crescido bastante e tem sido fortemente estudada em alguns países para que o custo de sua implantação se torne cada vez mais barata e mais eficiente, como é o caso de novas técnicas com a implementação de lentes e espelhos no sistema fotovoltaico. 16 2. OBJETIVOS 3. Objetivo Geral Comparar um estudo sobre a quantidade de energia elétrica produzida por um painel fotovoltaico comum e sobre um painel fotovoltaico aplicando dispositivos óticos (lentes de Fresnel). Avaliar a diferença de energia produzida com a segunda aplicação utilizando um DataLog que será desenvolvido neste projeto. 3.1. Objetivo Específico Os objetivos específicos do trabalho são: • Adquirir alguns materiais como células fotovoltaicas, lentes de Fresnel, aplicativo para definir as coordenadas geográficas do local. • Retirar as coordenadas de um aplicativo para informar a localidade com precisão no software a ser utilizado; • Posicionar a lente numa determinada distância e ângulo calculados para focalizar a radiação solar sobre as células solares; • Instalar as células com e sem a lente no mesmo local utilizando as coordenadas corretas; • Desenvolver um Datalog utilizando o kit AVR (ATmega 16) com o DAC, ADC e saída serial para fazer as medidas dos parâmetros do módulo solar. • Catalogar a quantidade de energia produzida pelas células num determinar período. • Descrever os comportamentos físicos das células; • Verificar se existe maior eficiência na produção de energia fotovoltaica aplicada com a lente de Fresnel; 17 4. JUSTIFICATIVA Devido ao fato do Brasil ser um país com alto índice de radiação solar e mesmo assim não ser devidamente aproveitado todo este potencial solar, pesquisas e projetos relacionados ao tema, contribuem na expansão e exploração da tecnologia fotovoltaica. Outro aspecto, é a possibilidade de se aplicar esta tecnologia com sistemas isolados, para atendimento em regiões onde não há acesso a rede elétrica (exemplos de regiões rurais muito afastadas), ou ainda em caso de ter o acesso mas com índice de falhas muito grande, podendo assim servir como alternativa para solução deste tipo de problemas e usufruir desse benefício que é a eletricidade. Desenvolver um novo método de se aplicar a tecnologia, com objetivo de otimizar o sistema diminuindo a quantidade de células e materiais utilizados, e consequentemente obter uma redução de custos na execução de projetos futuro. A figura 1 ilustra o potencial de insolação numa média mensal diária, em todo o território brasileiro. 18 Figura 1 - Média anual de insolação diária no Brasil (horas) Fonte: (ATLAS Solarimétrico do Brasil. Recife, 2000) 19 5. DIAGRAMA CONCEITUAL Figura 2- Princípio de funcionamento do projeto. Fonte: (O autor, 2014) Figura 3 – Datalog para monitorar a energia produzida pelos painéis. Fonte: (O autor, 2014) 20 6. REFERENCIAL TEÓRICO Neste tópico será estudado os conceitos básicos sobre alguns fenômenos fundamentais que ocorre no processo de conversão da energia solar em elétrica, conceitos como: irradiação, insolação, tipos de radiação, massa do ar e geometria angular. 6.1. Conceito Geral Sobre o Sol, Radiação Solar e Geometria Angular Segundo Roger A. Messenger e Jerry Ventre (2005, p. 21). O sol é composto de uma mistura de gases com predominância de hidrogénio. Como o sol converte hidrogénio em hélio em uma reação de fusão termonuclear maciça, a massa é convertida em energia de acordo com a famosa fórmula de Einstein, E = mc2. Como resultado desta reação, a superfície do sol é mantida a uma temperatura de cerca de 5800K. A energia é irradiada para fora do sol uniformemente em todas as direções, em estreita concordância com radiação de corpo negro da formula de Planck. 𝐰𝛌 = 𝟐𝛑𝐡𝐜 𝟐 𝛌−𝟓 𝐡𝐜 𝐞𝛌𝐊𝐓 − 𝟏 [ 𝐰 ] 𝐦𝟐 (𝟔. 𝟏) Onde: h = 6.63× 10–34 W*s2 (e a constante de Planck) e k = 1.38× 10–23 joule/K (constante de Boltzmann). A equação 6.1 dá origem a densidade de energia na superfície do sol em W/m2/unit. No momento em que esta energia viaja a150 milhões de quilômetros na terra. A densidade total de energia extraterrestre diminui para 1367 W/m2 e é muitas vezes referida como a constante de energia solar. Segundo Marcelo G. Villalva (2012) a luz viaja com uma velocidade constante no vácuo do espaço extraterrestre. A formula matemática apresentada em seguida relaciona a frequência, o comprimento da onda e a velocidade da onda eletromagnética: 𝐜= 𝛌∗𝐟 (𝟔. 𝟐) 21 As ondas eletromagnéticas vindas do sol podem produzir efeitos diversos sobre os objetos e seres vivos. Uma pequena parte das ondas podem ser captadas pelo olho humano e sua presença pode ser percebida de outras formas. Chama-se espectro de radiação solar o conjunto de todas as frequências de ondas eletromagnética emitida pelo sol. Todo espectro de radiação inclusive as ondas visíveis ao olho humano e as não visíveis, transportam energia que pode ser captada na forma de calor ou energia elétrica. O efeito fotovoltaico, que é a base dos sistemas de energia solar fotovoltaico para a produção de eletricidade, consiste na transformação da radiação eletromagnética do sol em energia elétrica através da criação de uma diferença de potencial, ou uma tensão elétrica, sobre uma célula formada por um sanduíche de matérias semicondutores. Se a célula for conectada a dois eletrodos, haverá tensão elétrica sobre eles. Se houver um caminho elétrico entre os dois eletrodos, surgirá uma corrente elétrica. 6.2. Massa Do Ar A radiação solar sofre diversas alterações quando atravessa a atmosfera terrestre. As características da radiação solar que chega ao solo dependem da espessura da camada de ar e da composição da atmosfera, incluindo o ar e os elementos suspensos, como o vapor de água e a poeira. A espessura da camada de ar atravessada pelos raios solares depende do comprimento do trajeto até o solo. Esse trajeto depende do angulo de inclinação do sol com relação a linha do zênite ou angulo zenital do sol, ilustrado na figura4. Figura 4 - Trajetória dos raios de Sol na atmosfera e definição do coeficiente de "Massa de Ar" (AM). Fonte: (CRESESB,2008) 22 A massa de ar é internacionalmente definida pela sigla AM (do inglês Air Mass) e calculado como: 𝐀𝐌 = Em que: 𝟏 𝐜𝐨𝐬𝛉𝐳 (𝟔. 𝟑) é o angulo zenital do sol conforme a figura 4 anterior. A distribuição de energia do espectro de radiação solar depende da localização geográfica, da hora do dia, do dia do ano, das condições climáticas da composição da atmosfera, da altitude e de diversos outros fatores. O perfil característico médio da radiação solar em uma determinada localidade varia em função da massa de ar e pode ser obtido experimentalmente. Em cada região do planeta a radiação solar sofre efeitos diferentes ao cruzar a atmosfera. A distribuição espectral AM1,5 corresponde ao comportamento médio da a radiação solar ao longo de m ano em países temperado do hemisfério norte. Esses países são aqueles localizados entre o tropico de câncer e o círculo ártico. Nos países dentro da zona tropical do planeta, situado entre os trópicos de câncer e capricórnio, os raios solares incidem com ângulos azimutais menores e por isso ficam sujeitos a massas de ar reduzidas. Por essa razão zonas tropicais são mais iluminadas e quentes do que as temperadas. A massa de ar AM1,5 e sua respectiva distribuição espectral de energia tornaram-se padrões para estudos e a análise dos sistemas fotovoltaicos, pois a tecnologia fotovoltaica surgiu e desenvolveu-se em países do hemisfério norte, principalmente na Europa e nos estados unidos. A massa de ar AM1,5 é usada mundialmente como referência e citada em praticamente todos os catálogos de fabricantes de células e módulos fotovoltaicos. 6.3. Tipos de Radiação Solar A radiação solar sofre influência do ar atmosférico, das nuvens e da poluição antes de chegar ao solo e poder ser captada por células e modelos fotovoltaicos. A radiação que atinge uma superfície horizontal do solo é composta por raios solares que chegam de todas as direções e são absorvidos, espalhados e refletidos pelas moléculas de ar, vapor, poeira e nuvens. 23 De acordo com Marcelo G Villalva (2012, p. 44) A radiação global é a soma da radiação direta e da radiação difusa. A radiação direta corresponde aos raios solares que chegam diretamente do sol em linha reta e incidem sobre o plano horizontal com uma inclinação que depende do ângulo zenital do sol. A radiação difusa corresponde aos raios solares que chegam indiretamente ao plano. É o resultado da difração na atmosfera e da reflexão da luz na poeira, nas nuvens e em outros objetos. A radiação global pode ser medida com um instrumento chamado piranômetro, que consiste em uma redoma de vidro que recebe a luz de todas as direções e a concentra em um sensor de radiação solar instalado em seu interior. Figura 5- Componentes de radiação solar. Fonte: (PINHO, et al, 2008) 24 6.4. Geometria Angular (Ângulos de incidência solar) De acordo com o site infoescola, o eixo de rotação da terra possui uma posição fixa que está ligeiramente inclinada em 23,5º em relação ao eixo de translação da Terra (movimento da Terra em torno do Sol). Isto faz com que em determinada época do ano, a luz solar incide com maior intensidade sobre o hemisfério norte e, na outra parte do ano, incida com maior intensidade sobre o hemisfério sul, caracterizando o chamado solstício. Da mesma forma, ocorre que em determinada época, a luz solar incide de maneira igual sobre os dois hemisférios, caracterizando o equinócio. Desta forma, diz-se que é solstício de verão no hemisfério sul quando a luz solar incide com maior intensidade sobre este hemisfério e, ao mesmo tempo, que é solstício de inverno no hemisfério norte, por causa da menor incidência de luz solar neste hemisfério. Assim, pode-se dizer que o equinócio é um estágio intermediário entre o solstício de verão e o de inverno em determinado hemisfério. Ou seja, o equinócio ocorre quando a incidência maior de luz solar se dá exatamente sobre a linha do Equador. O solstício e o equinócio ocorrem duas vezes por ano, geralmente nos dias 20, 21 ou 22 de junho e dezembro, no caso do solstício, e nos dias 22 ou 23 de setembro e 20 ou 21 de março para o equinócio. O momento exato de um solstício é aquele em que o sol, visto da Terra, encontra-se o mais distante possível do “equador celeste” (linha imaginária que marca o céu ao meio – como o equador com a Terra), ou seja, quando ele se encontra a 23,5º para o norte ou para o sul dessa linha. Já o momento exato do equinócio é quando o sol passa exatamente sobre o equador celeste. A figura 6 ilustra um exemplo de como ocorre esses momentos 25 Figura 6 - sentido dos movimentos da terra posicionado nos momentos de solstício e equinócio Fonte: (Dan Scientia, 2010) Segundo João T. Pinho e Marco A. Gardino (2014, p. 72), as relações geométricas entre os raios solares, que variam de acordo com o movimento aparente do sol e a superfície terrestre são descritas através de vários ângulos, dos quais estão representados na figura 7 (a) e (b) abaixo. Onde temos as seguintes definições: • Ângulo zenital (𝜃𝑍 ): é o ângulo formado entre os raios do sol e a vertical local (zênite); • Elevação solar (α): é o ângulo compreendido entre os raios solares e a projeção dos mesmos (os raios solares) sobre o plano horizontal (horizonte do observador) onde; • Ângulo azimutal do sol (𝛾𝑆 ): também chamado de azimute solar, é o ângulo entre a projeção dos raios solares entre o plano horizontal e a direção Norte – Sul (horizonte do observador). O deslocamento angular é tomado a partir do norte geográfico (0°). Sendo por convenção positivo, quando a projeção se encontrar a direita à direita do Sul (a Leste) e negativo quando se encontrar a esquerda do Sul (a Oeste); 26 • Ângulo azimutal de superfície ( 𝛾 ): ângulo entre a projeção da normal à superfície no plano horizontal e a direção Norte – Sul. Obedece as mesmas convenções do azimute solar; • Inclinação da superfície de captação (β): é o ângulo entre o plano da superfície em questão e o plano horizontal [0° 90°]; • Ângulo de incidência (θ): é o ângulo formado entre os raios de sol e a normal a superfície de captação. Figura 7 - (a) e (b) Ilustração dos ângulos representando o sol em relação ao plano horizontal, Ilustração da orientação de uma superfície inclinada em relação ao plano horizontal: ângulos Fonte: (João Pinho; Marco Galdino, 2014) 27 Segundo Marcelo G Villalva (2012, p. 57) o melhor aproveitamento da energia solar ocorre quando os raios solares incidem perpendicularmente ao modulo solar, com ângulo β=0. Isto significa que idealmente, para maximizar a captação de energia, a inclinação do módulo solar deve ser ajustada diariamente para adequar-se ao valor da altura solar naquele dia. Seguindo esta logica neste trabalho será feito também um ajuste do ângulo em intervalo de três horas porém, manualmente pelo fato do sistema usado não ser automatizado. Segundo a revista de pesquisa FAPESP (2012, p.13). Em 1831, o explorador inglês James Ross verificou que o norte geográfico e o magnético não eram iguais ao chegar ao Ártico e ver que a bússola apontava para o chão, o norte magnético (as linhas de força eram verticais e a única posição em que a agulha aquietava era na vertical). O norte geográfico resulta do movimento de rotação da Terra, enquanto o norte magnético é o resultado do campo magnético gerado pelo movimento do metal fundido do núcleo externo em torno do núcleo metálico sólido da Terra, conforme mostra a figura 8. Os dois nortes, portanto, expressam fenômenos geofísicos diferentes. Uma agulha imantada aponta sempre para o polo norte magnético e, de modo aproximado, para o norte geográfico. O ângulo entre o norte magnético e o geográfico reflete a declinação magnética do lugar e varia geralmente de 20 a 30 graus. Como o campo magnético varia com o tempo, atualmente em São Paulo a diferença entre os dois nortes é de 23 graus. Uma confusão frequente é quanto à nomenclatura dos polos. Pela convenção física, o polo magnético norte estaria situado no sul da Terra e viceversa. Para evitar essa confusão, convencionou-se chamar de polo norte magnético o polo que está próximo ao polo norte geográfico, o mesmo ocorrendo com o polo sul. 28 Figura 8 - Norte geográfico norte magnético Fonte: (Eder Molina, USP/FAPESP) Segundo site Portal Solar (Menezes, 2014) para sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica, o ângulo de inclinação igual ao da Latitude é normalmente o melhor ângulo para se instalar um painel fotovoltaico. Exemplo: A Latitude do Rio de Janeiro é 22°, portanto a melhor posição possível para um painel fotovoltaico no Rio de Janeiro é: Face Norte a 22° de inclinação. Para aqueles que não têm uma face do telhado voltada ao Norte, haverá perda, mas a perda de geração da energia solar fotovoltaica não é tão grande se o sistema for instalado nas faces voltadas ao Leste e Oeste: 1° As perdas direcionais para telhados com face Nordeste (NE) ou Noroeste (NO) variam entre 3% e 8%. 2° Para um telhado com face Leste ou Oeste, você pode perder entre 12% e 20%. 3° Nunca instale o painel fotovoltaico com face voltada para o Sul. No Brasil, devido a sua posição privilegiada em relação ao Sol, é melhor o sistema fotovoltaico ter um grau de Inclinação menor do que o da Latitude ao invés de ter um grau de inclinação maior. Exemplo: se a sua propriedade encontra-se em São Paulo (Latitude aproximada de 23°), a sua casa possui dois telhados com face norte: o Primeiro é bem inclinado, com uma inclinação aproximada de 32°. O segundo Telhado é mais plano, com uma inclinação de aproximadamente 10°. Se você tiver que escolher entre os dois, o com a inclinação menor que a latitude deve gerar mais energia, então opte pela inclinação de 10°. A figura 9 ilustra o exemplo de como instalar um módulo. 29 Figura 9 - Direção de instalação dos painéis solares Fonte:( Menezes, 2014) 6.5. Tipos De Células Fotovoltaicas Existem atualmente diversas tecnologias para a fabricação de células solares e módulos fotovoltaicos. As mais comuns encontradas no mercado são: Silício monocristalino, silício policristalino e filmes finos de silício. Neste trabalho será utilizado dois tipos de células (monocristalinas e policristalinas) com o objetivo de se fazer uma comparação sobre qual modelo é obtido a maior otimização da célula solar, no que se refere a sua de produção. 6.5.1. Características das células fotovoltaica Segundo Marcelo G. Villalva (2012), as células de silício monocristalino são as mais eficientes produzidas em larga escala e disponíveis comercialmente. Alcançam eficiências de 15 a 18%, mas têm um custo de produção mais elevado do que os outros tipos de células. As células de silício policristalinas têm eficiências comerciais entre 13 a 15%, ligeiramente inferiores as das células monocristalinas, entretanto o seu custo de fabricação é menor. A tabela 1 Abaixo é mostra a comparação entre diferentes tecnologias e diversos matérias empregados na fabricação de células que levam a obtenção de células e módulos com eficiência maiores ou menores. 30 Material da Eficiência da Eficiência Célula fotovoltaica célula em célula da Eficiência dos Módulos laboratório Comercial comerc. 24,7% 18% 14% Silício policristalino 19,8% 15% 13% Silício cristalino de 19,2% 9,5% 7,9% 13% 10,5% 7,5% Silício microamorfo 12% 10,7% 9,1% Célula solar hibrida 20,1% 17,3% 15,2% ClS, CIGS 18,8% 14% 10% Telureto de cádmio 16,4% 10% 9% Silício monocristalino filme fino Silício amorfo Dados: Fraunhofer ISE, universidade Stuttgart, 26th IEEE PVSC, NREL, UNSW, folhas de dados de vários fabricantes. Adaptada de “energia fotovoltaica – Manual sobre tecnologias, projetos e instalação”, Portugal, 2004 Tabela 1 - Comparação da Eficiência das Células Fotovoltaicas. Fonte: (O autor, 2014) 6.5.2. Parâmetros Das Células De acordo com o Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaico (2014, pg. 123, 124), a tensão equivalente em um módulo fotovoltaico associado em série é igual ao somatório das tensões parciais em cada célula, enquanto a corrente permanece constante. Assim, é possível se obter as relações das equações pela lei de Kirchhoff (lei das malhas) conforme as equações 6.4 e 6.5: Associação em Série: 𝐕𝟏 + 𝐕𝟐 + 𝐕𝐍 = 𝐕 (𝟔. 𝟒) Associação em Paralelo: 𝐕𝟏 = 𝐕𝟐 = 𝐕𝐍 = 𝐕 (𝟔. 𝟓) Com as células associadas em série consegue-se um maior valor de tensão na saída conforme mostra o gráfico 1(a) e 1(b), consequentemente os resultados serão mais precisos. 31 (a) Associação em Série (b) Associação Paralela Gráfico 1 - Associação dos Módulos Fotovoltaicos (a) associação serie (b) associação paralela. Fonte (O Autor, 2014) Para a execução prática deste trabalho, foram adquiridos dois modelos de células de fabricantes diferentes, cada com um conjunto é composto por 14 células. Porém na prática deste estudo é utilizado somente o modelo de um fabricante (Tipo1. China), conforme a tabela 2 abaixo. 32 De acordo com os parâmetros das células fornecida pelo fabricante e valores medido, se construiu dois módulos solares conforme a figura 10 (um para o modelo convencional e o outro para o modulo concentrado), associando-se seis (6) células solares em série, totalizando uma tensão máxima de 3.6V, tensão esta que poderá ser lida usando alguns módulos o micro controlador, conforme o detalhamento do projeto. Célula Dados do Fornecedor em Dados Medidos condições STD Fabricante Tipo Dimensão Tensão Corrente Potência Tensão Corrent (mm) (VOC -V) (ISC-mA) (W) (VOC -V) e Potência (W) (ISC-mA) 1.China 53x18x2,5 0.5 100 0.05 0.6 168 0.096 53x108x2,5 3.0 100 0.36 3.6 168 - 65x65 5.5 90 0.6 -- -- -- - - - - - - - Policristalina Módulo1 1.China 2.Star Solar Policristalina Módulo2 2.Star Solar Tabela 2 - Parâmetros das Células Obs. Na tabela 2 acima foi montada o módulo (com seis células em série) apenas com o modelo tipo 1(China) que ocuparia uma área de 53x108 mm2 e tensão total de 3.6v, tanto para o módulo concentrado como para o sem concentração. A figura 10 mostra o exemplo do conjunto do modulo montado. Serão instalados dois módulos desse tipo, um para o convencional e outro para o concentrado. Figura 10 – Conjunto do Módulo Fotovoltaico Policristalino. Fonte (O Autor, 2014) 33 6.5.3. Influência da Irradiação Solar e da Temperatura Característica das células com a Influência da Irradiação A corrente elétrica gerada pelo módulo solar aumenta com o aumento da irradiação solar, o gráfico 2 mostra um exemplo do efeito causado pela irradiação em uma célula solar. Gráfico 2 - Influência da variação da irradiação solar da curva característica I-V. Fonte (Manual de Eng. FV, 2014) Características Das Células Com a Influência Da Temperatura De acordo com Thiago Teixeira (2008, p.26), variações na temperatura produzem efeitos sobre parâmetros de operação de uma célula solar. Uma elevação de temperatura resulta em leve aumento da corrente de curto-circuito (ISC), reduções na tensão de circuito aberto (VOC) e na potência de saída. O aumento de ISC deve-se ao fato de que quando a temperatura do silício aumenta, ocorre uma redução do valor do gap de energia do material, tornando mais fácil a geração de pares elétron-buraco por fótons. O valor de ISC aumenta cerca de 0,07% por grau Kelvin. O valor de VOC diminui cerca de 0,4% para cada aumento de um grau Kelvin, pois o valor da tensão de circuito aberto também está relacionado ao valor do gap do semicondutor. Como o valor de corrente e tensão dependem da temperatura, o valor da potência de saída também depende e reduz cerca de 34 0,4% a 0,5% por grau Kelvin. O gráfico 3 representa, de forma gráfica, como os valores de ISC e VOC variam com a temperatura, para um conjunto de células solares que tem a corrente de curto-circuito igual a 3,50 A e a tensão de circuito aberto igual a 0,575 V operando a 50°C. Gráfico 3- Influência da variação da temperatura nas células fotovoltaica, característica I-V. FONTE (TEIXEIRA, 2014) 6.5.3.1. Desempenho elétrico dos módulos FV em função da temperatura De acordo com Joaquim Carneiro (2010, p.5). As características dos módulos fotovoltaicos são medidas (nas condições de referência, STC) pelos fabricantes e disponibilizadas na forma de fichas técnicas específicas. No entanto, em contexto de utilização real, as condições de referência raramente ocorrem. Na verdade, mesmo que um módulo FV opere num cenário que eventualmente se caracterize por uma temperatura igual a 25ºC (temperatura em que a eficiência dos módulos é aferida), a temperatura do módulo será superior. Por este motivo, muitas vezes é especificada a temperatura nominal de operação da célula (do Inglês, nominal operating cell temperature, NOCT) do módulo fotovoltaico. 35 A temperatura nominal de operação da célula é definida como sendo a temperatura atingida pelas células de um módulo quando sujeitas às seguintes condições: Intensidade da radiação solar incidente na superfície = 800 W/m2; Temperatura do ar = 20ºC, (incidência normal) Velocidade do vento = 1m/s, (modulo em circuito aberto) A temperatura nominal das células pode ser calculada pela seguinte equação: 𝐓 = 𝐓𝐚𝐦𝐛 + (𝐍𝐎𝐂𝐓 − 𝟐𝟎) ∗𝐆 𝟖𝟎𝟎 (𝟔. 𝟔) Onde, T (em ºC) é a temperatura da célula, TA (em ºC) é a temperatura ambiente definida nas NOCT´S e G (em W/m2) corresponde à intensidade da radiação incidente. Em casos de a velocidade do vento ser superior a 1m/s (conduz maiores perdas por convecção), a temperatura do módulo será inferior ao valor calculado pela equação 6.6. A influência da temperatura se manifesta mais no valor da tensão do que no valor da corrente. 6.5.3.2. Coeficientes de temperatura dos módulos De acordo com Alexandro Rocha (2014, p.8), Coeficiente (dado pelo fabricante) β de variação da tensão de circuito aberto (V OC) com a temperatura (T), teoricamente é calculado por: 𝛃= ∆𝐕𝐎𝐂 ∆𝐓 (𝟔. 𝟕) O VOC em determinada temperatura (T), pode ser calculada por: 𝐕𝐎𝐂 (𝐓) = 𝐕𝐎𝐂𝐬𝐭𝐜 . (𝟏 + 𝛃(𝐓 − 𝟐𝟓)) (𝟔. 𝟖) Alguns fabricantes também fornecem o coeficiente de temperatura especifico para o VMP (o βVMP). 36 E O Coeficiente α de variação da corrente de curto circuito e, o coeficiente de variação de potência máxima (potência de pico) do modulo em função da temperatura são calculadas conforme as equações [6.9 e 6.10]: 𝛂= 𝛄= ∆𝐈𝐒𝐂 ∆𝐓 ∆𝐏𝐌𝐏 ∆𝐓 (𝟔. 𝟗) (𝟔. 𝟏𝟎) A partir da NOCT informada pelo fabricante, pode-se calcular, com auxílio da equação 6.11, o coeficiente de temperatura (Kt) do módulo FV. 𝐊𝐭 = (𝐍𝐎𝐂𝐓 − 𝟐𝟎) ℃ [ ] 𝟖𝟎𝟎 𝐖. 𝐦𝟐 (𝟔. 𝟏𝟏) Onde: Kt = coeficiente térmico para o módulo (oC/W.m2) 6.5.4. Cálculo do máximo ponto de potência – MPP De acordo com Cristian Barbosa, Alexandre Arins (2014, p.3), para cada ponto na curva característica IxV mostrada no gráfico 4, o produto da corrente pela tensão determina a potência gerada para aquela condição de operação do módulo. Em uma dada condição, só existe um ponto na curva IxV onde a potência é máxima (MPP). Pode-se verificar no gráfico 4 que a máxima corrente fornecida pelo módulo FV é a corrente de curto circuito (ISC), porém, nesse ponto, a tensão nos terminais do módulo é de 0 V, logo, a potência fornecida é nula. Percorrendo a curva IxV no sentido crescente da tensão, observa-se uma diminuição na intensidade da corrente, porém há um aumento na potência fornecida até o ponto de MPP. Este ponto caracterizado como a curva do joelho, é o ponto na qual se pretende neste trabalho, tirar os parâmetros de tensão e corrente máxima dos módulos solar montados. 37 Gráfico 4 – Potência de saída de uma célula solar FV sobreposto à curva IxV. FONTE: (TEIXEIRA, 2008). 6.6. Conceito Geral De Lentes Segundo David Haliday, Resnick, Walker (2003, p. 36) Uma lente é um corpo transparente limitado por duas superfícies refratoras cujos eixos centrais coincidem. O eixo central comum é o eixo central da lente. Quando uma lente está imersa no ar, a luz se propaga no ar, penetra na lente, é refratada duas vezes e volta a se propagar no ar. Cada uma das refrações pode mudar a direção dos raios luminosos. Uma lente que faz com que os raios luminosos inicialmente paralelos ao eixo central se aproximem do eixo é chamado de lentes convergente, uma lente que faz com que os raios se afastem do eixo central, é chamado de lentes divergente. Quando um objeto é colocado à frente de uma lente convergente ou divergente a difração dos raios luminosos pela lente pode produzir uma imagem do objeto. Neste trabalho será utilizado as lentes do tipo convergente, porque deseja-se que os raios estejam focados perto do eixo central. 38 6.6.1. Lentes de Fresnel e concentradores solares Segundo Fernanda P. Fernandes (2011), As primeiras pesquisas na área de concentração fotovoltaica surgiram na década de 70 com a utilização de lentes de Fresnel e células de silício. Hoje, os sistemas de concentração fotovoltaica (CPV) se transformaram em uma tecnologia altamente promissora para a produção de eletricidade a partir da energia solar e um forte substituta as células de silício, inicialmente utilizadas. Tipos de sistemas de concentração. Existem três tipos de sistemas fotovoltaico concentrado que são: CPV de baixa e média concentração e HCPV. • CPV baixa concentração: solar de 2 a 100 sóis; • CPV de média concentração: usados para concentração de 100 a 300 sois; • HCPV: são sistemas de alta concentração fotovoltaica que empregam ótica composto por lentes de Fresnel que concentram a luz solar até intensidade de 300 sois. A alta concentração fotovoltaica resulta em uma área de foco diminuta desta radiação e, consequentemente, uma menor quantidade de material fotovoltaica é necessário. Esta, entre outras, é uma é uma vantagem do HCPV, perante as tecnologias tradicionais de conversão da energia solar, tornando, assim, esses sistemas economicamente mais vantajoso. 7. METODOLOGIA DO PROJETO A primeira preocupação no desenvolvimento deste trabalho, foi como seria obtido (lido) a energia produzida nos módulos solar. Por isso, a primeira metodologia aplicada no projeto, foi a de desenvolver um Datalog; seguidamente foram montados e instalado os módulos solares, foi projetado uma estrutura com diferentes ângulos sobre o qual foram instalados os módulos. E finalmente foram instalados os sensores de temperatura sobre estes módulos. 39 7.1. Desenvolvimento e Funcionamento do Datalog O DataLog desenvolvido neste projeto, é composto por um conjunto de quatro módulos de dispositivos eletrônicos, dos quais três deles estão agregados no Kit ATmega16, estes módulos são: • Conversor AD (Micro controlador “Kit ATmega16”); • DAC (micro controlador “Kit Atmega 16’) • Saída Serial (Micro controlador “Kit ATmega16”); • Circuito de máximo ponto de potência; O circuito do DataLog foi desenvolvido a partir das características do módulo solar onde a corrente máxima em curto circuito é de 320 mA e a máxima tensão em circuito aberto é de 3,6V. Durante as medições, os módulos solares estarão produzindo uma determinada quantidade de potência, e a partir dela, com ajuda do DataLog foi retirado os parâmetros: ISC, VOC, IMPP, VMPP, PMPP. Com uma tensão de referência foi controlada a corrente dos módulos solares nos valores de 0 a 320 mA. Com essa varredura feita pela variação da corrente obteve-se a curva característica IxV. 7.1.1. DAC, Conversor ADC e a saída serial do micro controlador (Kit Atmega 16) 1) O micro controlador (Kit ATmega 16): Para o Datalog foi utilizado o micro controlador ATmega 16 fornecido pela PUCPR, e dele utilizou-se o DAC, 4 canais do ADC e a saída serial. 2) Tensão de referência (DAC – Kit Atmega 16): O DAC foi configurado para gerar uma tensão de referência de 0 a 5V numa precisão de 256 níveis pois ele possui registrador de 8 bits. Utilizando um transistor NPN a corrente foi controlada proporcionalmente a tensão de referência conforme a equação programada no micro controlador: 𝐈𝐜 = 𝟑𝟐𝟎𝟎 ∗ (𝐔𝐢𝐧𝐭𝟑𝟐 _𝐭) ∗ 𝐕𝐚𝐫𝐝𝐚𝐜 𝟐𝟓𝟔 (𝟕. 𝟏) 40 A variável “Vardac” é a tensão de referência em bits, cujo valor é de 0 a 256 e o valor de 3200 é a corrente máxima que os módulos são capazes de produzir com a lente de Fresnel (320,0 mA). 3) Conversor ADC (Kit Atmega 16) A entrada do conversor ADC é composta por oito canais dos quais será utilizado quatro, dois para o módulo fotovoltaico concentrado e dois para o módulo sem concentração, onde um será para a leitura da tensão e o outro da temperatura. O ADC será programado para ler os valores da tensão (V2), temperatura (T2) do módulo não concentrado, tensão (V1) e temperatura (T1) do módulo concentrado. Abaixo se encontra as equações que permitem calcular as tensões desses módulos, conforme escrito no algoritmo de programação: 𝑽𝟏 = 𝐕𝟐 = 𝟒𝟒𝟎𝟎∗(𝒖𝒊𝒏𝒕𝟑𝟐_𝒕 )∗𝑽𝒂𝒓𝟏 𝟔𝟓𝟓𝟑𝟔 𝟒𝟒𝟎𝟎∗(𝐮𝐢𝐧𝐭𝟑𝟐_𝐭 )∗𝐕𝐚𝐫𝟏 𝟔𝟓𝟓𝟑𝟔 , 𝑰𝒄 = , 𝐈𝐜 = 𝟑𝟐𝟎𝟎∗(𝑼𝒊𝒏𝒕𝟑𝟐 _𝒕)∗𝑽𝒂𝒓𝒅𝒂𝒄 𝟐𝟓𝟔 𝟑𝟐𝟎𝟎∗(𝐔𝐢𝐧𝐭𝟑𝟐 _𝐭)∗𝐕𝐚𝐫𝐝𝐚𝐜 𝟐𝟓𝟔 (𝟕. 𝟐) (𝟕. 𝟑) 4) Saída serial (Kit Atmega 16): A saída serial será utilizada para transmitir os valores das tensões, temperaturas lidas pelo ADC e da corrente calculada proporcionalmente a tensão de referência do DAC, onde os dados serão armazenados através do software Hercules Setup versão 3.2.3. 7.1.2. Circuito de geração do máximo ponto de potência - MPP É um circuito projetado para fazer uma varredura em 256 pontos, partindo do ponto de curto circuito (máxima corrente e tensão mínima) até o ponto de circuito aberto (máxima tensão e corrente mínima), cuja finalidade é traçar a curva característica IxV de cada módulo, de forma a determinar os valores de corrente e tensão capazes de produzir um ponto de potência máxima – MPP. Neste trabalho, em função dos parâmetros e características dos próprios módulos, a curva que produz este MPP é mostrada conforme o gráfico 10, e o 41 circuito que faz o controle do MPP, é apresentado na figura 11. Onde cada circuito é composto por um amplificador operacional (AMP-OP) não inversor, um transistor, cincos resistores, quatro fontes de tensão e cada modulo usa um circuito deste tipo para o controle do MPP. Figura 11– Circuito de controle do máximo ponto de potência – MPP simulado. Fonte (LTspice IV, O Autor) Figura 12– Layout da placa de circuito impresso do MPP. Fonte (O Autor) 42 Para o desenvolvimento do circuito de controle do MPP, foi utilizado o software LTspice IV, na qual foi realizada várias simulações até encontrar um modelo ideal para os módulos. A fonte de tensão V1 em serie com o resistor R5 simboliza cada modulo solar utilizado (ver figura 10), onde a tensão do modulo é lida no ponto VCELL. O gráfico 5 mostra a curva IxV, do circuito simulado no LTspice IV. Gráfico 5 – Curva característica IxV do modulo simulado. Fonte (LTSPICE IV) 7.2. Montagem e Instalação Dos Módulos Solares Para a execução prática deste trabalho, além dos procedimentos e dos conceitos referenciados nas secções anteriores, são necessários também novos parâmetros como: procedimento de como foi feita a instalação das células, descrição do local de instalação e do período do dia que será feito as medidas. 43 7.2.1. Local de instalação dos módulos solares A instalação dos módulos foi realizada do endereço: Rua Ricardo Lemos nº304, Curitiba – Paraná, nos dias 22/12/2014 a 30/01/2015. Segundo sunearthtools (2014), a localização exata do ponto onde foi feito a instalação tem a seguinte coordenada: Latitude: -25.4080667; Longitude: -49.2630118 Devido a utilização da lente de Fresnel é necessário instalar um sistema móvel, assim a cada medida dos parâmetros obtidos com o Datalog, os módulos estarão apontados em direção ao sol. Aplicou-se o sistema móvel porque no sistema fixo os raios se concentram nos horários de maior incidência (menor ângulo de incidência) e nos horários com maiores ângulos de incidência, o foco de concentração dos raios solares desvia-se da área do módulo ocorrendo sombreamento do mesmo ao invés da concentração solar. As figuras abaixo ilustram o local aonde foi instalado os módulos com a trajetória e a direção dos raios solares focalizando sobre a estrutura em cada horário do dia conforme a figura 13 e sobre a cidade de Curitiba conforme a figura 14. Figura 13 – Local de instalação das células (Terraço do Prédio) com a trajetória e a direção dos raios solar Fonte:(Google Mapas - sunearthtools) 44 Figura 14 – Trajetória solar sobre a cidade de Curitiba Fonte:(Google Mapas - sunearthtools) 7.2.2. Desenvolvimento da estrutura fotovoltaica móvel A estrutura fotovoltaica, foi desenvolvida para um sistema móvel manual, onde, a cada instante de tempo foi reposicionada uma nova direção azimutal e elevação solar; para o melhor aproveitamento da captação de energia solar, posicionando-o no menor ângulo de incidência possível em relação a normal da superfície da estrutura. Foi projetada uma estrutura em madeira com a ajuda do software AutoCad que determinou os pontos exato de montagem para cada ângulo de inclinação da superfície de captação. As figuras abaixo ilustram a montagem da estrutura para os ângulos de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 45 e 60 graus. 45 (a) (b) Figura 15 – montagem da estrutura com ângulo de 5° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) Esta posição de instalação da estrutura, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 13:00h as 14:00h, Ver tabela 4. 46 (a) (b) Figura 16 – montagem da estrutura com ângulo de 10° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) Esta posição de instalação da estrutura, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 14:00h a 14:30h. Ver tabela 4. 47 (a) (b) Figura 17 – montagem da estrutura com ângulo de 15° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) Esta posição de instalação da estrutura, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 12:30h as 13:00h e nos horários das 14:30h as 15:00h. Ver tabela 4. 48 (a) (b) Figura 18 – montagem da estrutura com ângulo de 20° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) Conforme a tabela 4, esta posição de instalação, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 12:00h a 12:30h e nos horários das 15:00h as 15:30h. 49 (a) (b) Figura 19 – montagem da estrutura com ângulo de 25° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) Esta posição de instalação da estrutura, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 11:30h as 12:00h. Ver tabela 4. 50 (a) (b) Figura 20 – montagem da estrutura com ângulo de 30° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) Esta posição de instalação da estrutura, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 15:30h as 16:00h. Ver tabela 4. 51 (a) (b) Figura 21– montagem da estrutura com ângulo de 35° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) 52 Esta posição de instalação da estrutura, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 10:30h as 11:30h e nos horários das 16:00h as 16:30. Ver tabela 4. (a) (b) Figura 22 – montagem da estrutura com ângulo de 45° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) 53 Esta posição de instalação da estrutura, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 10:00h as 10:30h e nos horários das 16:30h as 17:30. Ver tabela 4. (a) (b) Figura 23 – montagem da estrutura com ângulo de 60° (a)- vista frontal (b)- vista lateral. Fonte (O autor, 2015) 54 Esta posição de instalação da estrutura, é a posição angular com melhor aproveitamento de energia solar no horário das 8:30h as 10:00h e nos horários das 17:30h as 18:30. Ver tabela 4. A estrutura é regulada de forma a fazer, o apontamento correto do ângulo azimutal e, do ângulo de inclinação da superfície de captação para cada horário do dia. Com isso, se obtém uma concentração efetiva dos raios solares incidente na lente de Fresnel sobre o módulo solar concentrado. A tabela 3 ilustra o ângulo de elevação solar e azimutal a cada 30 minutos num período de treze horas durante o dia (das 7:00h as 20:00h) com incidência de raios solares. 55 Tabela 3 – Ângulo de Elevação Solar e Azimutal que indica a direção dos raios solares num período de 30 minutos durante o dia Fonte:(Sunearthtools, 07/01/2015). O ângulo de inclinação da superfície de captação do módulo solar foi definido a partir do ângulo de elevação solar (tabela 3) fornecido pelo software sunearthtools (Sun Position), que é dada pela seguinte equação: 56 𝛃 = 𝟗𝟎∘ − 𝛂 (𝟕. 𝟒) β = Ângulo de inclinação da superfície de captação; α = Elevação Solar. Devido a estrutura ter ângulos de inclinação fixos, ela será instalada na inclinação mais próxima do ideal (β). Nesta inclinação a estrutura foi posicionada com o azimute a partir do norte geográfico conforme a tabela 4 para cada medida dos módulos solares. As medidas serão realizadas a partir das 08h30min até as 18:00h, foi usada equação 5.5 para determinar o ângulo de inclinação da superfície. Exemplo: 𝛽 = 90∘ − 23,79∘ = 66,21∘ 𝑒 𝛽 = 90∘ − 27,41∘ = 62,59∘ nestes horários. As medias são feitas a cada 30 minutos (ver tabela 3) e, é usado a mesma equação 5.5 para todos os horários, onde a inclinação da superfície de captação ideal (β) é aproximadamente 60º que é o maior ângulo de inclinação da estrutura. O ângulo de inclinação da estrutura será alterado manualmente nos horários conforme tabela 4. Estes valores de inclinação da estrutura, foram definidos a partir de uma aproximação dos valores de inclinação ideal (β) calculado pela equação 7.4 e, posteriormente ajustado a um valor aproximado ao que se tem disponível na estrutura projetada (ver tópico anterior). 57 Hora Elevacao Azimute 06:33:56 -0.833° 07:00:00 4.54° 07:30:00 10.85° 08:00:00 17.27° 08:30:00 23.79° 09:00:00 30.38° 09:30:00 37.02° 10:00:00 43.72° 10:30:00 50.45° 11:00:00 57.21° 11:30:00 63.98° 12:00:00 70.74° 12:30:00 77.45° 13:00:00 83.87° 13:30:00 86.58° 14:00:00 81.08° 14:30:00 74.46° 15:00:00 67.72° 15:30:00 60.95° 16:00:00 54.18° 16:30:00 47.43° 17:00:00 40.71° 17:30:00 34.04° 18:00:00 27.41° 18:30:00 20.85° 19:00:00 14.37° 19:30:00 7.99° 20:00:00 1.73° 20:12:28 -0.833° 115.39° 112.66° 109.77° 107.09° 104.56° 102.13° 99.77° 97.4° 94.96° 92.33° 89.27° 85.27° 78.72° 61.4° 333.01° 288.11° 277.87° 272.81° 269.33° 266.51° 263.98° 261.59° 259.23° 256.85° 254.38° 251.79° 249.02° 246.03° 244.7° Inclinação da Superfície Inclinação da Superfície de de Captação da Estrutura Captação Ideal (β) 90,833° 85,46° 79,15° 72,73° 60° 66,21° 60° 59,62° 60° 52,98° 45° 46,28° 35° 39,55° 35° 32,79° 25° 26,02° 20° 19,26° 15° 12,55° 5° 6,13° 5° 3,42° 10° 8,92° 15° 15,54° 20° 22,28° 30° 29,05° 35° 35,82° 45° 42,57° 45° 49,29° 60° 55,96° 60° 62,59° 69,15° 75,63° 82,01° 88,27° 90,833° Tabela 4 – Ângulo de Inclinação da Superfície de Captação da Estrutura obtida através do ângulo de Inclinação da Superfície de Captação Ideal Fonte: (Sunearthtools, Autor) 7.2.3. Metodologia de apontamento da estrutura ao sol ao longo do dia O método de como é feito o apontamento da estrutura em relação posição do sol, depende de alguns conceitos. De acordo com o software Sunearthtools segue os conceitos: 58 o Noon: tempo solar, que ocorre quando o sol está no seu ponto mais alto no céu para o dia, seja sul ou norte do observador, dependendo da latitude. o Azimute: indica um ângulo entre um ponto e um plano de referência. Este ângulo indica também a direção do sol no plano horizontal a partir de um determinado local, geralmente é a distância angular de um ponto a partir do Norte Geográfico. O Norte é definido ter um azimute de 0° e sul tem um azimute de 180°. o A altura, ou Elevação solar: é a distância angular do horizonte um ponto na esfera celeste, medido como positivo se frente ao Zenith e negativo se dirigiu para o Nadir. Para se saber a posição do sol a qualquer hora do dia, se utilizou o conceito de relógio solar, onde foi fixado uma haste verticalmente ao chão no tempo Noon conforme tabela 5, cujo objetivo é determinar o norte geográfico do observador. A sombra feita a partir da haste é o sul e o ponto oposto desta sombra é o norte (para regiões com latitude ao sul do eixo do Equador) conforme figura 25. Foi traçado um círculo com um tamanho aproximadamente igual ao da estrutura projetada. No círculo traçado é marcado também os ângulos azimutais correspondente a cada horário de medição na tabela 4 (coluna azimute). A cada medida com o Datalog foi traçado partindo-se do norte geográfico e percorrendo no sentido horário até o azimute do tempo (hora) desejada. A figura 25 mostra o exemplo de como foi feito o apontamento da estrutura em relação ao sol em cada horário. Tabela 5 - tempo Noon, tempo de maior intensidade solar. Fonte (Sunearthtools, Autor) 59 (a) (b) c) Figura 24 – Identificação do norte solar para instalação dos módulos FV, (a) - Vista superior, (b) - Vista frontal e (c) - Marcação dos polos geográficos identificados e os ângulos azimutais. Fonte (O Autor, 2015) A figura 24 – (c) mostra as marcações dos polos geográfico em azul. O norte solar foi obtido, traçando uma reta oposta a posição da sombra provocada pela haste nas figuras 24 - (a) e (b), onde o centro do eixo, foi considerado o 60 ponto onde a haste é fixada. Do centro até o final da sombra foi marcado o Sul e a posição oposta deste ponto foi marcado o Norte geográfico. As marcações em vermelho na figura 25 – (c), são os ângulos azimutais para o posicionamento da estrutura, em cada horário do dia conforme a tabela 4. Para realizar estas marcações angulares, foi utilizado um transferidor e o mesmo foi alinhado o ângulo zero apontado para o norte geográfico e os demais ângulos foram traçados no sentido horário a partir do Norte conforme tabela 4. Figura 25 – Apontamento da estrutura em direção ao sol com a referência dos ângulos azimutais marcados na superfície. Fonte: (O Autor, 2015) A figura 25 mostra o exemplo de um ajuste de apontamento da estrutura em relação ao sol. Neste horário das 14h30 do dia 28/01, o ângulo de elevação ideal da estrutura foi de 15° e o azimute geográfico foi de aproximadamente 278°. 61 7.2.3.1. Gráficos de coordenadas polares e cartesianas As figuras 26 (a) e (b), mostram a trajetória do sol ao longo do ano, na forma gráfica, onde (a) é a forma polar e (b) a cartesiana, nas datas atuais, equinócio e solstício, onde: Na carta polar a linha preta superior, marca a trajetória do sol na época de equinócio, a linha preta inferior na época de solstício e a linha em laranja marca a época do dia atual. O desenho nos gráficos (polar e cartesiano) em forma de laço, representam a posição do sol no horário de 12:00h em todo o período do ano. Os ângulos de elevação solar são representados pelo eixo vertical (de 0 a 90 graus) e o azimutal são representados pelos círculos concêntricos de 0 a 360 graus. (a) 62 No gráfico cartesiano, a linha preta superior marca a trajetória do sol na época de solstício, a linha preta inferior na época de equinócio e a linha em laranja marca a época do dia atual. Os ângulos de elevação solar são representados pelo eixo vertical (de 0 a 90 graus nos períodos com luz solar visível) e o azimutal é representado pelo eixo horizontal. (b) Figura 26 - Trajetória solar ao longo do ano para região de Curitiba - (a) gráfico polar (b) gráfico cartesiano Fonte: (Sunearthtools, 2015) 7.3. Cálculo da Energia Produzida Pelas Células Para medir e comparar o comportamento dos sistemas concentrado e não concentrado, foram instalados e equacionados sensores de temperatura, foi observado também, a potência de saída gerado pelos módulos e realizar cálculos para definir o ponto focal sobre o módulo concentrado. 7.3.1. Instalação do sensor de temperatura Conforme já abordado nas secções anteriores, os módulos fotovoltaicos sofrem influência quando são sujeitos a variações de temperatura e ou de irradiação, consequentemente altera a potência produzida pela célula e a sua 63 eficiência. Abaixo será ilustrado o procedimento de cálculo para se obter a temperatura incidente sobre o módulo concentrado e o convencional. Como o parâmetro da temperatura não foi definido no projeto como um valor constante, então é necessário que sejam considerados os efeitos que a mesma pode causar sobre o modulo solar. Para se obter a potência fornecida pelos painéis em função da temperatura, se executou os seguintes passos: 1. Foi instalado dois sensores de temperatura, um para medir a temperatura ambiente no modulo convencional, e o outro para medir a temperatura da célula no módulo concentrado. 2. Cada sensor é instalado diretamente sobre cada módulo solar. A figura 27 abaixo mostra o exemplo do tipo de sensor usado para medir a temperatura nos módulos, onde as conexões para a alimentação do sensor +VS e o GND, são feitas a partir do circuito de controle do MPP e, a tensão de saída VOUT, representa os valores de temperatura medido pelo sensor. Figura 27 - Medidas de temperatura das células com sensor de temperatura LM 35 3. A saída VOUT, é ligada na porta_B do micro controlador (ATmega 16) assim, os valores de temperatura dos dois módulos medido na saída do sensor são lidos pela serial (pelo software Hercules) por meio de um algoritmo de programação conforme abaixo: 64 Void put_16b_in_temperatura1(uint16_t vart1) //Envia os bits de leitura temperatura1 { Temp1=((44000*(uint32_t)vart1)/65536)+40; putchar((Temp1/1000)%10+48); putchar(((Temp1/100)%10)+48); putchar(44); putchar(((Temp1/10)%10)+48); putchar((Temp1%10)+48); } void put_16b_in_temperatura2(uint16_t vart2) // Envia os bits de leitura temperatura2 { Temp2 = ((44000*(uint32_t)vart2)/65536)-100; putchar((Temp2/1000)%10+48); putchar(((Temp2/100)%10)+48); putchar(44); putchar(((Temp2/10)%10)+48); putchar((Temp2%10)+48); } Através do algoritmo de programação (ver apêndice pg.76), o programa fará uma varredura dos dados medidos na célula a cada intervalo de tempo definidos e imprimirá na tela estes valores conforme o trecho do programa acima. Com os valores medidos das temperaturas e das tensões /corrente (conforme abordado na secção 5.2 (d)), é possível determinar a tensão e corrente em função da temperatura e, posteriormente determinar a potência e demais parâmetros. Figura 28– Instalação do sensor de temperatura nos módulos solar Fonte: (Autor,2015) 65 7.3.2. Cálculo da potência de saída Para se fazer a medida de potência de saída dos módulos e a sua eficiência, é necessário ter conhecimento de alguns parâmetros importantes. De acordo com Antía Garcia (2014, p.46), os parâmetros são os seguintes: Corrente de curto-circuito (ISC): É a corrente máxima gerada quando a resistência de carga é igual zero, ou seja, quando os terminais de saída da célula estão em curto circuito, conforme o gráfico 2. Tensão de circuito aberto (Voc): é a tensão máxima proporcionada pelo painel quando não há nenhuma carga conectada entre os terminais do painel e neste caso a corrente vale zero. Ponto de potência máxima (IMPP, VMPP): é o ponto em que a potência entregue é máxima, obtendo o maior rendimento possível do painel. A máxima potência de saída de uma célula pode ser calculada através da equação: 𝐏𝐌𝐏𝐏 = 𝐕𝐌𝐏𝐏 ∗ 𝐈𝐌𝐏𝐏 = 𝐈𝐒𝐂 ∗ 𝐕𝐎𝐂 ∗ 𝐅𝐅 (𝟕. 𝟓) Onde: VMPP = V1= V2 e ISC = IC, igual as tensões e corrente das equações 6.3 e 6.4, para as duas células. Os valores de corrente em curto ICS e o da tensão em circuito aberto VOC do modulo construído, se encontra na tabela 1 (secção 5.1). De acordo com Manual de energia fotovoltaica (2004, pg.67) O fator de forma (FF): é um indicador da qualidade das células solares. É definido como um quociente entre a potência MPP e a potência máxima teórica que surge como o produto da corrente de curto-circuito e da tensão de circuito aberto. 𝐅𝐅 = 𝐕𝐌𝐏𝐏 ∗ 𝐈𝐌𝐏𝐏 𝐕𝐎𝐂 ∗ 𝐈𝐂𝐂 (𝟕. 𝟔) 66 Para as células cristalinas, o fator de forma tem um valor que se situa entre 0,75 a 0,85. E as células solares amorfas este valor situa-se entre 0,5 a 0,7. Graficamente, o fator de forma pode ser determinado como a razão entre a área B e a área A (ver gráfico 7). Gráfico 7 - Fator de forma das célula solares Eficiência das células solares e dos módulos fotovoltaico: A eficiência 𝜂(eta) das células solares é o resultado da razão entre a potência entregue pela célula solar e a potência da radiação solar. Por este motivo, é calculada a partir da potência MPP (PMPP), da irradiação solar (G) e da área da superfície (A) da célula solar, como se segue a equação abaixo: 𝛈= 𝐏𝐌𝐏𝐏 𝐕𝐎𝐂 ∗ 𝐈𝐒𝐂 ∗ 𝐅𝐅 = 𝐀∗𝐆 𝐀∗𝐆 (𝟕. 𝟕) Assim como a potência produzida, a eficiência dos módulos medido, também depende da temperatura e da irradiação incidente nas células. Neste trabalho os dados de irradiação são fornecidos pelo SIMEPAR (ver anexo D), a temperatura será medida conforme já esclarecido na secção 5.5.1. Os dados de tensão, corrente, temperatura catalogado do DataLog e com os dados de irradiação, é possível determinar a potência e a eficiência de cada modulo usando as equações 7.5 e 7.7. 67 7.3.3. Metodologia de Instalação da Lente de Fresnel A lente de Fresnel utilizada neste trabalho, é composta por uma área de 0,089359m2, cuja área focal estipulada é de 0,015393m2. Para se obter a área focal, a lente ficou a uma distância de 5cm do modulo fotovoltaico, esta distância focal foi ajustada manualmente até que a área focal cobrisse por inteiro a área do modulo fotovoltaico, conforme a figura 29. Figura 29 – Área focal da lente sobre o modulo fotovoltaico. Fonte (autor,2015) Com os valores da área focal e da área da lente, se obteve uma concentração de 5,8 sois, que caracteriza um sistema CPV de baixa concentração, conforme as equações: 𝐂= 𝐀 𝐋𝐞 𝟎, 𝟎𝟖𝟗𝟑𝟓𝟗 = = 𝟓, 𝟖 𝐬𝐨𝐢𝐬 (𝟕. 𝟖) 𝐀 𝐂𝐨 𝟎, 𝟎𝟏𝟓𝟑𝟗𝟑 C – concentração solar (sois) 68 𝑨𝑳𝒆 – área da lente (m2) 𝑨𝑪𝒐 – área concentrada (m2) 8. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS Até se obter dados para análise dos resultados, foram realizados alguns dias de medições com o Datalog. Durante esses dias foram desenvolvidos procedimento de medição, calibragem do sistema, substituição de módulo solar danificado pela concentração gerando alta temperatura e coleta de dados dos parâmetros nos sistemas fotovoltaicos que serviram para análise com resultados satisfatórios. 8.1. Comportamento e desempenho dos módulos no sistema CPV e Convencional. Os gráficos abaixo ilustram as diferenças dos resultados obtidos utilizando a lente de Fresnel para um sistema CPV de baixa concentração aplicado num módulo convencional. As medidas foram realizadas simultaneamente nos dois sistemas (convencional e CPV), com os parâmetros coletados, foram gerados gráficos comparando os resultados da curva característica, máximo pontos de potência e as influências causadas pela temperatura e pelo aumento da irradiação solar. Gráfico 8- Comparativo da curva característica IxV entre os sistemas: Concentrado e o Convencional e a influência da temperatura na tensão gerada pelos módulos Fonte (O Autor, 2015) 69 PxV Convencional - PxV Concentrado 1000 Potência 100 10 1 0,1 1 10 Tensão Gráfico 9- Comparativo da curva característica PxV entre os sistemas CPV e o Convencional. Fonte (O Autor, 2015) (a) IxV - PxV - Concentrado Corrente / Potência 1000 100 10 1 0,1 1 Tensão 10 70 (b) IxV - PxV - Convencional Corrente / Potência 1000 100 10 1 0,1 1 10 Tensão Gráfico 10- Máximo Ponto de Potência em relação a curva característica IxV (a) do módulo CPV, (b) do modulo convencional. Fonte (O Autor, 2015) Os resultados foram satisfatórios, apesar de ocorrer uma queda de tensão ocasionada pelo aumento de temperatura do módulo concentrado, o ganho obtido pelo aumento da corrente foi mais relevante, fazendo com que o ponto máximo de potência permanecesse superior do que no módulo convencional. Na tabela 6 (a) e (b), segue os resultados obtidos na medição do dia 29 de Janeiro de 2015 as 18:00 h onde a diferença da temperatura foi mais significante e o comportamento dos módulos foram conforme o esperado pelo estudo teórico. (a) Dados medidos e calculados – Módulo Convencional Temperatura 1 Vca (V) Icc (A) Vmpp (V) Impp (mA) Pmpp (mW) 48,89042969 3,286 140 2,553 127,5 325,5075 FF η (%) 0,707563473 10,7641369 (b) Dados medidos e calculados - Módulo Concentrado Temperatura 2 Vca (V) Icc (A) Vmpp (V) Impp (mA) Pmpp (mW) 61,93832031 3,172 281,2 2,365 247,5 585,3375 FF 0,656232679 19,35639881 Tabela 6. Resultados medidos e calculados com o Datalog, (a) sistema convencional e (b) sistema CPV. Fonte: (O autor, 2015) η (%) 71 8.2. Dificuldades e problemas encontrados Durante as medições foram encontrados alguns problemas não previstos, que provocou maiores dificuldades, necessidade de reavaliação do esquema elétrico do DataLog e novas análises de medidas. 8.2.1. Danificação do módulo solar após tempo de exposição ao sistema CPV em alta temperatura Nos testes iniciais, não houve preocupação se os módulos fotovoltaicos aguantariam as altas temperaturas provocadas pela concentração de energia solar com o uso da lente de Fresnel. Devido a esta falta de experiência, o módulo concentrado ficou exposto num grande período de alta temperatura, o que provocou uma diminuição no desempenho de produção de energia. Durante as medições realizadas, se observou que, quando a temperatura do modulo solar, atingia um valor acima dos 60 ºC, além de haver uma redução no valor da tensão gerada pelo modulo solar, a corrente dos módulos também diminuía muito (cerca de 60%). O fato de haver uma redução nos dois parâmetros simultaneamente, a eficiência e a potência do modulo consequentemente diminuía muito. Portanto, este modulo teve de ser substituído e nas novas medidas feitas, a lente de Fresnel só foi instalada (colocada na estrutura) minutos antes de cada medição, para não provocar o superaquecimento com o uso da lente e não reduzir o desempenho do modulo. Este comportamento, foi observado apenas no modulo solar concentrado, porque este modulo sempre apresentava temperaturas maiores que no modulo convencional, chagando a atingir 81,5 °C, conforme tabela 7. Temp 1 48,33375 47,80300781 58,10878906 50,18800781 57,99648438 57,77980469 57,63578125 55,11617188 Dados medidos e calculados - Módulo Convencional Vca (V) Icc (A) Vmpp (V) Impp (mA) Pmpp (mW) FF 3,566 159,3 2,774 152,5 423,035 0,744696282 3,519 159,3 2,727 157,5 429,5025 0,766179722 3,469 159,3 2,716 156,2 424,2392 0,767698549 3,584 159,3 3,082 128,7 396,6534 0,694748159 3,524 159,3 2,929 159,3 466,5897 0,831157775 3,551 159,3 2,911 159,3 463,7223 0,819769079 3,519 159,3 2,814 159,3 448,2702 0,799658994 3,547 159,3 3,02 159,3 481,086 0,851423738 Dados medidos e calculados - Módulo Concentrado η (%) 25/01/2015 Temp 2 Vca (V) Icc (A) Vmpp (V) Impp (mA) Pmpp (mW) FF 13,98925265 10:32 69,25953125 3,161 159,3 2,339 87,5 204,6625 0,40644146 14,203125 11:10 57,56609375 3,378 159,3 2,611 89,3 233,1623 0,433294234 14,02907407 11:37 80,98613281 3,15 159,3 2,435 81,8 199,183 0,396940982 13,11684524 11:58 68,51867188 3,4 159,3 2,643 91,2 241,0416 0,445038219 15,42955357 12:27 80,43546875 3,213 159,3 2,4 95 228 0,445459623 15,33473214 12:59 81,51085938 3,304 159,3 2,538 87,5 222,075 0,421933352 14,82375 13:27 81,37296875 3,234 159,3 2,47 86,8 214,396 0,416160529 15,90892857 14:05 73,65460938 3,39 159,3 3,385 159,3 539,2305 0,998525074 Tabela 7 – Resultado dos valores medidos para os módulos: convencional e concentrado. Fonte (autor, 2015) η (%) 6,767939815 7,710393519 6,586739418 7,970952381 7,53968254 7,34375 7,089814815 17,83169643 72 9. PROCEDIMENTO DE VALIDAÇÃO Como procedimento de validação deste projeto, foi utilizado o software Sunearthtools que serviu como orientação para determinar o melhor método de orientação dos raios solares e do melhor ponto de instalação do modulo solar. Foi desenvolvido um DataLog que fará a leitura da energia produzida pelas células, em função da temperatura e da irradiação. Foram utilizados também as ferramentas LTSPICE IV, para simular o circuito usado como Datalog e a ferramenta Eagle para desenhar a placa de circuito impresso. Para geração das curvas características apresentado nos gráficos das medidas realizadas, foi utilizada o Excel, para a geração dos gráficos e cálculos de eficiência e potência. 9.1. Procedimento de Medição Durante as medições dos parâmetros dos módulos solares, foi desenvolvido um processo para facilitar e organizar os dados coletados, onde foi descrito um passo a passo do procedimento conforme abaixo. 9.1.1. Configuração do Software Hercules O software utilizado para imprimir os dados da saída serial do micro controlador foi o Hercules, com ele foi registrado e catalogado todas as varreduras feitas pelo Datalog nos módulos solares (CPV e Convencional). Ao conectar o cabo serial no computador com a saída serial do micro controlador, uma porta COM do computador é utilizada. Ao identificar a porta COM utilizada pelo computador, a mesma é configurada no software Hercules conforme figura 30. Nesta figura também mostra a configuração da velocidade utilizada pela serial do micro controlador (115200 Hz). 73 Figura 30 – Configuração da porta serial COM e sua velocidade. Fonte (autor,2015) Após a configuração da porta COM e da velocidade da serial, pressionar o botão “Open” para iniciar a leitura e impressão dos dados transmitidos pela serial do micro controlador. Ao termino da varredura, no micro controlador foi configurado um tempo de 20 segundos, tempo suficiente para preparar e habilitar a captação de dados armazenado num arquivo do tipo “txt” conforme figura 31. 74 Figura 31 – Habilitação do Log para armazenamento dos dados da varredura feita nos módulos solares com o Datalog. Fonte (autor,2015) Após o termino da varredura armazenada no arquivo do tipo “txt”, desabilitar o “Log” da mesma forma que foi habilitado, pressionando os botões “Ctrl+L”. 9.1.2. Extração dos dados de varredura do Datalog e obtenção dos parâmetros utilizando o Excel Abrir o arquivo “txt” gerado, copiar os dados obtidos da varredura e colar na planilha Excel desenvolvida para retirar os parâmetros necessário para análise do desempenho de cada módulo solar nos sistemas CPV e convencional, conforme tabela 8. Esta tabela ilustra os parâmetros obtidos dos módulos solares. A tabela do Excel original (completa) possui 256 linhas de leituras (ver anexos). 75 Tensão 1CC Tensão 2CV Corrente Temp 1CC Temp 2CV 0,541 0,541 0,541 0,541 0,541 0,541 0,541 0,541 0,541 0,403 0,403 0,403 0,403 0,403 0,403 0,403 0,403 0,403 318,7 317,5 316,2 315 313,7 312,5 311,2 310 308,7 61,88 61,89 61,9 61,86 61,91 61,97 61,9 61,95 61,92 48,89 48,97 48,96 48,97 48,96 48,94 48,95 48,96 48,94 Tabela 8 – Parâmetros lidos durante a varredura dos módulos solares. Fonte (autor, 2015) Tensão 1CC – Tensão lida do módulo solar concentrado; Tensão 2CV – Tensão lida do módulo solar convencional; Corrente – Corrente decrementada a cada leitura de 320 até 0 mA em 256 leituras do DAC; Temp 1CC – Temperatura lida do módulo concentrado; Temp 2CV – Temperatura lida do módulo convencional. Através de células formuladas no Excel, obteve-se os parâmetros da varredura conforme tabela 6 (a) e (b) ilustrada no tópico 7.1 deste documento. A cada varredura os parâmetros foram armazenados numa planilha diária conforme a tabela 7 ilustrada no tópico 7.2.1 deste documento. Os gráficos 8, 9 e 10 (a) e (b) deste documento, foram gerados com o software Excel através da planilha de varredura (tabela 8 deste documento). 76 10. CRONOGRAMA ANO 2014 ITENS Mar Proposta 7 Referência Abr. Mai Jun. Jl Ag 2015 St. Out. Nov Dez Jan Fe 15 15 Bibliográfica Correção 12 20 03 De texto Referencial 02 27 Teórico Relação 25 De matérias Compra De materiais Instalação 18 das células Avaliação do 01 protótipo em funcioname. Início e fim 02 30 da medição Análise dos 31 resultados medidos Consideraç. 31 01 Finais Apresentaç. 06 Final do proj. Tabela 9. Cronograma para a execução das atividades do projeto. Fonte: (O autor, 2015) 77 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS Estudos com novas técnicas de se obter energia elétrica através da tecnologia fotovoltaica, vem crescendo e ajudando a melhorar a eficiência na produção de energia com células solares. Os experimentos realizados neste trabalha de conclusão de curso teve grande valia ao implantar, um sistema que utiliza lente de Fresnel otimizando a eficiência na produção de energia. Com o desenvolvimento deste trabalho, foi possível se obter maior conhecimento sobre como é feita conversão de energia solar em elétrica, como é o comportamento dos módulos solares em função da temperatura e da irradiação, como devem ser instalados os módulos solares. Foi possível também, analisar e obter resultados positivos, por meio da comparação dos resultados através de gráficos e tabelas. O estudo pode ser melhorado em condições que viabiliza uma refrigeração do sistema concentrado para que não haja perdas ocasionada pelo aumento da temperatura, assim obter um ganho de eficiência e maior vida útil das células solares. 78 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA VILLALVA, Marcelo; GAZOLI, Jonas. Energia solar fotovoltaica: Conceitos e aplicações. 1° Edição. São Paulo: Érica, 2012. 224 p. HALLIDAY, D; RESNICK, R; JEARL, W. Fundamentos de Física: óptica e física moderna. 8° Edição. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2009. 355 p. MESSENGER, Roger; VENTRE, Jerry. Photovoltaic systems engineering. 2° Edição. New York, 2005. 435 p. PINHO, João T; Gardino, Marco A. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Rio de Janeiro, Março/2014. 530 p. GÁRCIA, Antía. Eficiência Energética Sobre O Aproveitamento Térmico E Elétrico Na Integração De Um Painel Térmico Com Um Painel Fotovoltaico. Curitiba, Junho 2014. P.46 FERNANDES, Fernanda. Sistemas fotovoltaico de alta concentração. abcm, Santa Catarina, v.01, n.16, p.5-9, jan. 2011. Disponível em: < www.lepten.ufsc.br >. Acesso em: 20 Abril. 2014. EPE, MME. Balanço Energético Nacional. BEN, Rio de Janeiro, p.16-17. 2013. Disponível em: < www.mme.gov.br >. Acesso em: 01 Abril. 2014. CCEE.Boletim de Operação das Usinas. Nº 001 – Janeiro/2014, p. 2. Disponível em: <www.ccee.org.br>. Acesso em: 01 Abril. 2014. WENDLING, Marcelo. Amplificadores Operacionais. UNESP, São Paulo, p.19, 2010. Disponível em: <http://www2.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/3>. Acessado em: 11 Junho. 2014. SIMONE, P; FLÁVIO; PAULO, R. SMART PLUG - Tomada Inteligente Para Controle Individual De Consumo De Energia Elétrica De Uso Residencial: Trabalho de conclusão de curso. Curitiba, p. 19-33. 2013 XBee®/XBee-PRO® ZB RF Modules Manual. [S.l]: ZigBee Alliance, 2011. Disponível em: <http://www.digi.com/hottag?ht=/pdf/ds_xbeezbmodules.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2014. 79 MOLINA, Eder. Revista pesquisa, ed. 197, p.13, 2012, USP, são Paulo. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br. Acessado em: 21 Dezembro 2014. Menezes, Francisco. Portal Solar. Maio/2014. Disponível em: <http://www.portalsolar.com.br/a-melhor-direcao-do-painel-solar-fotovoltaico. Acessado em: 21 Dezembro. 2014 Barbosa Cristian, Arins Alexandre. Revista de Extensão Cientifica, SOCIESC – REIS. Junho/2014. Disponível em: www.sociesc.org.br. Acessado em: 28 Dezembro 2014 <http://www.infoescola.com/geografia/solsticio-e-equinocio/>. Acessado em: 09 Janeiro. 2015 <http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/energia_solar/3_2.htm> Edição: Recife, Editora: UFPE, 2000. Acessado em: 09 Janeiro 2015. CARNEIRO, Joaquim, Módulos Fotovoltaico _Características e Associações.pdf. Maio 2010. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/>. Acessado em: 13 Janeiro 2015. ROCHA, Alexandre, Energia Solar Fotovoltaica Unidade III – Módulos Fotovoltaicos. Dezembro 2014. Rio Grande do Norte. Disponível em: docente.ifrn.edu.br/. Acessado: 13 Janeiro 2015 80 13. APÊNDICE A – CÓDIGO FONTE DO ALGORITMO DO DATALOG #include <stdint.h> #include <avr\interrupt.h> #include "macros.h" // Variáveis globais //---------------------------------------------------------------------------------uint16_t Vin1 = 0; uint16_t Vin2 = 0; uint16_t Vp = 0; uint16_t Temp1 = 0; uint16_t Temp2 = 0; uint16_t var1; uint16_t var2; uint16_t vart1; uint16_t vart2; uint16_t vardac; Uint32_t pot = 0; uint16_t Ic = 0; char hex[16]="0123456789ABCDEF"; //********************************************************************************** // Definições de IOs uint16_t converte (uint8_t canal); //********************************************************************************** // Inicializa portas de entrada e saída Void init_io() //Definição dos registradores; { PORTC=0x00; DDRC=0xFF; PORTB=0xFF; DDRB=0xFF; } Void uint_ADC(){ //controlador ADC ADMUX = 0x42; ADCSRA = 0x87; } Void uint_usuart() //Registrador Usuart { UBRRH = 0x00; UBRRL = 0x10; UCSRA = 0x02; UCSRB = 0x18; UCSRC = 0x86; } // Função principal //---------------------------------------------------------------------------------Int main(void) 81 { init_io(); uint_ADC(); uint_usuart(); //Chamadas das funções iniciais while(1) { for(int j=0; j<256; j++) { vardac = PORTB --; var1=0; var2=0; vart1=0; vart2=0; for(int i=0; i<64; i++) { var1+=converte(2); //concentrado var2+=converte(4); //convencional vart1+=converte(1); //concentrado vart2+=converte(3); //convencional _delay_us(10); } //Passagem dos valores a serem impressos: //putstr("\nTensao:"); put_16b_in_tensao1(var1); putchar (';'); putchar (' '); //putstr("\n"); put_16b_in_tensao2(var2); //putstr(" V"); putchar (';'); putchar (' '); //putstr("\nCorrente:"); //printa os valores de corrente put_16b_in_corrente(vardac); // putstr(" mA"); putchar (';'); putchar (' '); //putstr("\n"); put_16b_in_temperatura1(vart1); //putstr(" °C"); putchar (';'); putchar (' '); //putstr("\n"); put_16b_in_temperatura2(vart2); //putstr(" °C"); 82 putchar (';'); putchar (' '); putstr("\n"); } _delay_ms(5000); _delay_ms(5000); _delay_ms(5000); _delay_ms(5000); } } //---------------------------------------------------------------------------------void putchar(char var) { while ( !(UCSRA & (1<<UDRE) )); UDR=var; } Void putstr(char*ptr) //Encaminha a String; { while (*ptr|=0) { putchar (*ptr); ptr++; } } //Converte os valores menos significativos da variável VAR uint16_t converte(uint8_t canal) { ADMUX=0x40|(canal & 0x1F); _delay_us(10); set_bit(ADCSRA,6); while (get_bit(ADCSRA,6)); return ADCW; } Void put_16b_in_tensao1(uint16_t var1) //Envia os bits de leitura da Tensão { Vin1=(4400*(uint32_t)var1)/65536; //encontra o valor final de Vin putchar((Vin1/1000)%10+48); //Seta 2 valores de Vin putchar(44); putchar(((Vin1/100)%10)+48); //Seta valores de centena putchar(((Vin1/10)%10)+48); //Seta valores de dezena putchar((Vin1%10)+48); //Seta valores de resto } Void put_16b_in_tensao2(uint16_t var2) //Envia os bits de leitura da Tensão { Vin2=(4400*(uint32_t)var2)/65536; //encontra o valor final de Vin putchar((Vin2/1000)%10+48); //Seta 2 valores de Vin putchar(44); putchar(((Vin2/100)%10)+48); //Seta valores de centena putchar(((Vin2/10)%10)+48); //Seta valores de dezena 83 putchar((Vin2%10)+48); //Seta valores de resto } Void put_16b_in_corrente (uint16_t vardac) //Envia os bits de leitura da Corrente { //ic=(320*(uint32_t)vardac)/10; encontra o valor final de Ic Ic=(3200*(uint32_t)vardac)/256; putchar((Ic/1000)%10+48); //Seta 2 valores de Ic putchar(((Ic/100)%10)+48); //Seta valores de centena putchar(((Ic/10)%10)+48); //Seta valores de dezena putchar(44); //Envia vírgula para porta serial putchar((Ic%10)+48); //Seta valores de resto } Void put_16b_in_temperatura1(uint16_t vart1) //Envia os bits de leitura da Corrente { Temp1=((47300*(uint32_t)vart1)/65536); putchar((Temp1/1000)%10+48); //Seta 2 valores de Vin putchar(((Temp1/100)%10)+48); //Seta valores de centena putchar(44); putchar(((Temp1/10)%10)+48); //Seta valores de dezena putchar((Temp1%10)+48); //Seta valores de resto } Void put_16b_in_temperatura2(uint16_t vart2) //Envia os bits de leitura da Corrente { Temp2=((47300*(uint32_t)vart2)/65536); putchar((Temp2/1000)%10+48); //Seta 2 valores de Vin ... putchar(((Temp2/100)%10)+48); //Seta valores de centena putchar(44); putchar(((Temp2/10)%10)+48); //Seta valores de dezena putchar((Temp2%10)+48); //Seta valores de resto } 84 14. ANEXOS A - TABELA DOS DADOS MEDIDO NO DIA 25/01/2015 85 15. ANEXO B - TABELA DOS DADOS MEDIDO NO DIA 27/01/2015 86 16. ANEXOS C - TABELA DOS DADOS MEDIDO NO DIA 29/01/2015 87 17. ANEXOS D - DADOS DE IRRADIAÇÃO FORNECIDO PELO SIMEPAR