O folclore e a educação

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O FOLCLORE E A EDUCAÇÃO
Adriane Cachambu,
Alda Maria Branco Carlos,
Andréia Costa Fratini,
Denise Rezes Fernandes,
Luciane G. Zachazeski,
Tatiane Rocha,
Tatiane Spolavori*
Resumo
Neste artigo, pretendemos abordar o conceito e o reconhecimento do trabalho pedagógico
baseado nas manifestações do saber popular: o folclore. Considerando-se sua contribuição
significativa para o desenvolvimento infantil, serão destacadas as influências do resgate das
brincadeiras folclóricas tanto nas práticas de letramento quanto na elucidação do trabalho
pedagógico.
Palavras-chave: Folclore. Educação. Linguagem. Letramento. Aprendizagem. Escrita.
Cultura.
1 Introdução
Este trabalho tem o objetivo de abordar o conceito e o reconhecimento do trabalho
pedagógico com base nas manifestações do saber popular, o folclore. Para um melhor
entendimento, serão discutidos seu conceito, suas características e sua relação com a
educação, tendo em vista seu caráter enquanto patrimônio cultural. Em nosso país, é antiga
a lição do aproveitamento do folclore no ensino. Os fatos folclóricos caracterizam-se pela
diversão nas atividades: os jogos, brinquedos e brincadeiras são atividades básicas
contribuem para o desenvolvimento físico, motor, emocional e social do indivíduo. A
infância é a idade das brincadeiras. Através delas, a criança satisfaz, em grande parte, seus
interesses, necessidades e desejos particulares. A brincadeira folclórica contém uma série
de valores que, através do tempo, foram sendo selecionadas de forma natural por diversas
gerações, guardando relações de ajustamento à época e ao meio.
O aprendizado dessas brincadeiras contribuirá de forma significativa para o
desenvolvimento infantil. Sua relação com a construção da oralidade e da escrita é
inevitável, pois proporciona um resgate do contexto real da criança e de seus familiares.
Neste trabalho serão destacadas as influências desse resgate nas práticas de
letramento, bem como a elucidação do trabalho pedagógico.
•
Alunas do curso de Pedagogia das Faculdades Porto-Alegrenses, sob a orientação da Profª Dra.
Márcia Amaral Corrêa.
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2 Folclore: conceito, características, relações com a educação
Considerando que as tendências pedagógicas mais recentes consideram a
importância da valorização do contexto sociocultural da criança para a sua melhor
aprendizagem, pensamos em abordar o conceito e o reconhecimento do trabalho
pedagógico com base nas manifestações do saber popular, o folclore. Para um melhor
entendimento, serão discutidos seu conceito, características e sua relação com a educação.
Para tanto, faz-se necessária a identificação do significado da palavra folclore, que
tem sua origem na língua inglesa: “folk” = povo e “lore” = conhecimento. Logo, podemos
entendê-lo previamente como o conhecimento que vem do povo, ou popular.
Atualmente, em alguns países, cultiva-se a idéia de que faz parte do folclore apenas
o que pode ser transmitido através da linguagem oral e informal, e não dentro do ambiente
escolar. No entanto, a Constituição Federal Brasileira expressa, em seus artigos 215 e 216,
o seguinte:
Art. 215: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e
acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a
difusão das manifestações culturais;
Art. 216: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira nos
quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Nesse sentido, as crenças, lendas, costumes e tradições são bens imateriais, que
compõem o patrimônio cultural; logo, estão protegidos juridicamente pelo texto
constitucional citado. Trata-se assim de bens imateriais difusos de uso comum do povo e
que podem ser protegidos pela ação civil pública através da Lei 4.3/85. A mitologia, as
crendices, as lendas, os folguedos, as danças regionais, as canções populares, as histórias
populares, os costumes populares, a religiosidade popular ou os cultos populares, a
linguagem típica de uma região, a medicina popular, o artesanato etc., fazem parte do
patrimônio cultural brasileiro, sendo representado através das manifestações folclóricas.
No Brasil, há um consenso quanto a esse reconhecimento, pois estudiosos entendem
que folclore é o conjunto de manifestações de caráter popular de um povo e constituem fato
folclórico as maneiras de pensar e agir desse povo, preservadas pela tradição popular e pela
imitação transmitidas de geração a geração. O fato folclórico tem uma série de
características próprias: a primeira é o anonimato, isto é, não tem autor conhecido, não foi
feito por alguém especificamente; a segunda característica é a aceitação coletiva, que
despersonaliza o autor. O povo, aceitando o fato, toma-o para si, considerando-o como seu,
modifica-o e transforma-o, dando origem a inúmeras variantes. Assim, uma história é
contada de várias maneiras, uma cantiga tem trechos diferentes na melodia, os
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acontecimentos são alterados e o próprio povo diz: "Quem conta um conto acrescenta um
ponto". A mesma coisa acontece com as danças, os teatros e a técnica. Tudo pode ser
modificado, porque o povo dança, mas suas danças não têm regulamento. A terceira
característica é a transmissão oral, isto é, a que se faz de boca em boca. A quarta
característica é a tradicionalidade, não no sentido de um tradicional acabado, coisa passada,
sem vida, mas de uma força de coesão interna que define o modelo do conglomerado, da
região, do povo, e lhe dá uma unidade. Sem se poder valer de outros expedientes, como
professores, escolas, imprensa, as pessoas do povo se valem da tradição, veiculada pela
transmissão oral, a fim de resolver suas situações, buscando na lição vinda do passado o
que precisam saber no presente. Por fim, a quinta característica é a funcionalidade: tudo
quanto o povo faz tem uma razão, um destino, uma função. O povo nada realiza sem
motivo, sem um determinante estritamente ligado a um comportamento, a uma norma
psico-religiosa-social, cujas origens talvez se perderam nos tempos.
A cultura popular pode intervir como elemento moderador no processo cultural,
pois dispõe de instrumentos próprios para o equilíbrio necessário ao seu harmônico
desenvolvimento, já que, como diz Carneiro (apud BRANDÃO, 1982, p. 84) “A
valorização do folclore, o reconhecimento da importância das manifestações populares na
formação do lastro cultural da nação, constituem procedimentos capazes de assegurar as
opções necessárias ao seu desenvolvimento”.
Dessa forma, é preciso uma reflexão na formação docente, bem como em sua
prática, tendo em vista que esse assunto tem suscitado dúvidas quanto a sua aplicação no
contexto escolar. Há uma falta de conhecimento por parte dos professores, diretores e corpo
docente sobre a especificidade do tema.
Normalmente esse assunto é abordado com os alunos somente em agosto, mês em
que se comemora o folclore. Essa abordagem, quase sempre superficial, embasa-se em
livros didáticos, que, na maioria das vezes, encontram-se desatualizados, demonstrando,
dessa forma, um trabalho estanque e descontextualizado da realidade.
O folclore ainda não é visto como parte da vida de todos nós. Há uma certa
resistência em aceitá-lo, pois, além de ser visto como uma curiosidade, é considerado por
boa parte dos indivíduos como um atraso. A idéia que se tem é de que o mesmo é algo do
passado, que conserva os costumes, tradições e lendas de um povo. Ele não é analisado
como um imenso leque de temas que fazem parte da nossa cultura, uma cultura que está em
constante processo de transformação.
Precisamos mudar esta realidade e partirmos do pressuposto de que o folclore é uma
cultura viva e dinâmica, que faz parte do nosso cotidiano, embora muitas vezes passe
despercebido e seja visto somente nos aspectos ligados a superstições e crendices. Ele se
estende a muito mais do que isso: podemos encontrá-lo na linguagem, nos gestos, no
lúdico, nas vestimentas, na literatura, na medicina. Seu campo é muito vasto. E é a partir
dessa amplitude que o professor deve apropriar-se do folclore e levá-lo para a sua sala de
aula.
3 A oralidade e a escrita e a abordagem do folclore nas práticas pedagógicas
Em nosso país, é antiga a lição do aproveitamento do folclore no ensino. Os jesuítas
já o aplicavam com extrema sabedoria na catequese, utilizando as danças e os cantos
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indígenas. Se analisarmos o folclore como reflexo das nossas experiências culturais,
certamente esse assunto será de fundamental importância no processo de ensinoaprendizagem, cabendo ao professor incluir nos seus objetivos e recursos didáticos os fatos
folclóricos.
Guimarães (2002) mostra a importância de trabalhar esse assunto, que engloba
diferentes áreas do conhecimento. Primeiramente há diversão nas atividades folclóricas: os
jogos, brinquedos e brincadeiras são atividades básicas que, por um lado, contribuem para o
desenvolvimento físico, motor, emocional e social do indivíduo e, por outro, podem servir
como uma espécie de laboratório onde se praticam e se aprendem as regras da sociedade
com a qual vivemos e para a qual devemos apresentar a nossa parcela de contribuição,
aprendendo a agir com um ser social que coopera e sabe competir.
Nesse sentido, pode-se fazer uma relação da abordagem de questões folclóricas com
a construção da leitura e da escrita, tendo em vista que estas podem ser consideradas,
segundo Marcuschi (2003, p. 16) como interativas e complementares no contexto das
práticas sociais e culturais. Para tanto, o autor coloca que devemos atentar inicialmente para
o uso que é feito da língua, considerando que este é o fator que determina as variações
lingüísticas.
O letramento, considerado uma prática social, está intimamente relacionado ao uso
da escrita, que é vista, além de uma tecnologia, como a manifestação formal de diversas
expressões humanas. Conforme Marcuschi (2003, p. 16), a escrita se tornou um bem social
indispensável para enfrentar o dia-a-dia, seja nos centros urbanos ou na zona rural. Além da
escrita, precisamos observar questões relativas à oralidade, pois a fala é adquirida
naturalmente nas relações sociais e dialógicas, desde o primeiro dia de vida de uma criança.
Dessa forma, Marcuschi (2003, p. 16) coloca que o aprendizado e o uso de uma língua
natural é uma forma de inserção cultural e de socialização, enquanto a escrita é adquirida
em contextos formais, na escola, tendo aí seu caráter como bem cultural desejável.
Considerando a escrita como um bem social, sabe-se que ela é utilizada em diversos
contextos, paralelamente com a oralidade: no trabalho, na escola, no dia-a-dia, na família,
na vida burocrática, nas atividades intelectuais, dentre outros. Assim, pode-se fazer uma
relação do resgate do folclore dentro das salas de aula, considerando que suas diversas
manifestações exprimem modelos de oralidade e de escrita. Portanto, cabe ao professor
realizar um trabalho reflexivo e criativo.
O trabalho pedagógico fundado em uma perspectiva folclórica pode atingir o
objetivo de sanar vícios ou problemas de pronúncia próprios da língua, além de exercitar a
memória, pondo em destaque a norma-culta e cumprindo uma função de aprendizagem e de
controle da dicção.
Existem as literaturas folclóricas, que atuam no setor da linguagem oral e escrita. A
criança é conduzida a um mundo de fantasias, no qual o espírito repousa e encanta. O conto
é um veículo educativo, usado nas mais antigas civilizações e do mesmo modo entre povos
naturais, para realce dos feitos dos seus heróis e das virtudes de seus antepassados.
Os provérbios, que representam uma condensação de sabedoria; as adivinhas, que
são testes de conhecimentos; as parlendas; os trava-línguas; os jogos; os brinquedos
recreiam e estimulam as relações sociais, reafirmando a unidade grupal.
As adivinhas são outra interessante expressão de linguagem. Elas exigem
habilidades de raciocínio e são divertidas. Atualmente ganharam o universo da cultura
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popular e aparecem sendo utilizadas em disputas nos programas de televisão e publicadas
em revistas de entretenimento.
A música também é um importante fator a ser considerado. Ela possibilita o
deslocamento do corpo no espaço e a prática de movimentos variados, o que exige
percepção espacial. As melodias agradam bastante as crianças e até muitos adultos.
Considerando esses conceitos, abordaremos de forma mais específica as cantigas de
roda, pois brincadeiras cantadas são atividades que rememoram o mágico universo da
infância no íntimo de todos nós. Essas atividades lúdicas são caracterizadas pela formação
em círculo, na qual as crianças geralmente dão as mãos, deslocando-se para uma ou outra
direção; simultaneamente, cantam uma música que pode conduzir a uma ação coreográfica.
A infância é a idade das brincadeiras. Através delas, a criança satisfaz, em grande
parte, seus interesses, necessidades e desejos particulares. Conhecer a criança em seu
contexto cultural implica observá-la no seu dia-a-dia. Como objeto do processo de
endoculturação, ela é submetida a um condicionamento pelos membros da sociedade à qual
pertence. Esse condicionamento desenvolve-se através de diferentes experiências de
aprendizagem, de forma contínua, desenvolvendo habilidades e competências necessárias a
sua atuação presente e futura.
A brincadeira folclórica contém uma série de valores que, através do tempo, foram
sendo selecionados de forma natural por diversas gerações, guardando relações de
ajustamento à época e ao meio. O aprendizado das brincadeiras pela criança propicia a
liberação de energia, a expansão da criatividade, fortalece a sociabilidade e estimula a
liberdade.
Essa forma de lazer não se restringe especificamente ao grupo infantil, embora este
desempenhe melhores condições para praticá-la. Um observador atento do folclore que o
rodeia poderá facilmente verificar que muitos atos são praticados em todas as idades.
Adultos também soltam pandorgas, pais jogam bolinhas de gude com seus filhos, adultos e
adolescentes brincam de roda, assim como crianças participam de recreações e executam
trabalhos que nos pareceriam exclusivamente de adultos (lidas campeiras e agrícolas, dentre
outros).
Quando as crianças brincam, observa-se a satisfação que elas experimentam ao
participarem das atividades. Além de seu estado de euforia e excitação, o brincar
proporciona bem mais. Através dele a criança consegue conjugar seu mundo de fantasia
com a realidade, transitando livremente de uma situação a outra. Há uma ação psicofísica
na consecução dos objetivos: no ato de brincar, a criança propõe-se a fazer algo e procura
cumprir sua proposição.
Dessa forma podemos perceber que a utilização do folclore no contexto
escolar auxilia de forma positiva a aprendizagem, além de levar os alunos à
conclusão consciente de que toda cultura tem uma dignidade e um valor que devem
ser respeitados e protegidos diante das diversas culturas que fazem parte da nossa
humanidade. É importante ressaltar que os fatos folclóricos não são estáticos; pelo
contrário, estão em constante transformação.
Dessa forma, necessitamos conhecer as características do folclore nas
diferentes regiões do Brasil. Algumas regiões possuem maior tendência a uma
origem mais detalhada. A cultura negra é mais difundida na região litorânea, pois os
negros foram marcantes na história da colonização do Brasil.
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As diversas etnias fazem com que o nosso folclore seja rico em relação aos outros
países; a miscigenação trouxe às raízes do Brasil uma beleza peculiar e muito valorizada
pelo mundo. Cada região brasileira1 possui características próprias e se difere, com suas
lendas, costumes, superstições e músicas. A região nordeste é uma dos mais ricas, com os
bumba-meu-boi do pastoril, da nau catarineta e do fandango; a ciranda; o frevo; o
maracatu; o tambor de crioula e a dança do quilombo; artesanato de rendas; bordados; a
cerâmica; a literatura de cordel; o teatro de mamulengos Na região sudeste há as congadas;
o artesanato do vale de Jequitinhonha, em Minas Gerais; e festas de Iemanjá, músicas
caipiras, festa ao Divino Espírito Santo, Domingo de Ramos e de Nossa Senhora dos
Navegantes. A região centro-oeste caracteriza-se pelas cavalhadas e o bailado
Moçambique. Para finalizar, a região sul, que sofreu a influência dos imigrantes nas
tradições das danças, artesanato e culinária, caracteriza-se pelas lendas do Negrinho do
Pastoreio, da Mula sem-cabeça, do Lobisomem, da Caipora, de Obirici, pelo churrasco,
pelo chimarrão, o arroz carreteiro, pelos CTGs, das danças gauchescas, a gaita, entre
outros.
4 Conclusão
O folclore pode ser considerado, além de uma forma de divertimento, como um
instrumento enriquecedor das práticas pedagógicas de construção da leitura e da escrita.
Visto como ações lúdicas que exigem movimentos e concentração, desenvolvem, dessa
forma, a coordenação motora e a parte cognitiva. Quando brincamos, estamos treinando o
nosso corpo e a nossa mente para enfrentar o mundo que nos espera. Os jogos, os
brinquedos e as brincadeiras folclóricas são momentos na nossa vida que, se bem
aproveitados, podem contribuir para que sejamos adultos física e emocionalmente
equilibrados, capazes de viver de bem com a vida. Assim sendo, não podemos deixar que as
brincadeiras de roda, pega-pega, esconde-esconde, que fazem parte da nossa cultura,
morram. Precisamos resgatá-las e transmiti-las às nossas crianças.
Referências
1
Lendas comuns em todo o Brasil: a Lenda do Curupira ou Caipora – essa personagem aparece como
protetora das florestas e dos animais e tem os pés ao contrário. Dizem ser originária do Sudeste, mas, na
verdade, é comum em todo Brasil, aparecendo com pequenas variações entre regiões. O Boi-Tatá é um
animal extraordinário que vive nos rios e tem os olhos de fogo. Essa lenda, apesar de muito comum entre os
índios, aparece em todo país e nas Américas do Sul e Central. A Matinta-Perera é uma misteriosa criatura,
ora pássaro ora gente, que vive nas matas. Embora, muito comum nos estados da Região Norte, é conhecida
no país inteiro, já que é uma variação da lenda do Saci Pererê e do Caipora. O Lobisomem – criatura, metade
homem e metade lobo, de acordo com a lenda se alimentava de crianças. É uma lenda européia, mas hoje é
comum em todo mundo. A Mula-sem-Cabeça é uma estranha aparição que corre pelas ruas dos pequenos
povoados assustando todo mundo. Dependendo da região, ela pode ou não ter cabeça. A Mulher da Meia
Noite é aparição na forma de uma mulher jovem e bonita, que encanta a todos e desaparece na porta dos
cemitérios. Eis um mito que ocorre nas Américas e na Europa, com relatos desde a Idade Média. O
personagem pode variar de um País para outro.
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BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1982.
CARVALHO NETO, Paulo de. Folclore e educação. São Paulo: Forense-Universitária,
1981.
FERNANDES, Florestan. O Folclore em questão. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1989.
GUIMARÃES, J. Gerardo M. Repensando o folclore. São Paulo: Manole, 2002.
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Saiba mais sobre o folclore e suas definições. Disponível em: <www.folclore.art.br>.
Acesso em: 04 set. 2004.
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