Textos de divulgação científica

Propaganda
9.º ano
TERCEIRO CICLO
P
T
R
O
U
ÊS
U
G
ABEL MOTA
Índice
PARTE
LEITURA
PARTE
5
1 Textos de divulgação científica 6
ESCRITA
1 Texto escrito
PARTE
36
1 Textos literários e
Saber
Saber
Definição
Características
Características da linguagem científica
Saber fazer
Saber fazer
As três etapas da escrita
Fazer
Marcadores discursivos
Lista de verificação
2 Recensões de obras literárias 10
Fazer
Saber
2 Bibliografia
Definição
41
Estrutura
Saber
Saber fazer
Definição
Fazer
Saber fazer
Fazer
3 ARTIGOS de opinião, crÍticas
3 Comentário de um
e comentários
14
Saber
texto literário
44
A categoria dos textos opinativos
Saber
Saber fazer
Saber fazer
Fazer
Análise pormenorizada do texto
Comentário escrito do texto
4 Entrevista
20
Estrutura do comentário de um texto
Saber
literário
Definição
Aspetos importantes a ter em conta
Saber fazer
Fazer
Estrutura da entrevista
4 Guião para uma dramatização Características da linguagem utilizada
Fazer
ou para um filme
47
Saber
5 Texto argumentativo
24
Definição
Saber
Estrutura de um guião
Definição
Saber fazer
Estrutura do texto argumentativo
Fazer
Características da linguagem utilizada
5 Resumo e síntese
Saber fazer
51
Fazer
Saber
O resumo
6 Texto expositivo
29
A síntese
Saber
Estrutura de uma síntese
Definição
Saber fazer
Características da linguagem utilizada
Como elaborar um resumo
Estrutura do texto expositivo
Como elaborar uma síntese
Saber fazer
Fazer
Um exemplo
6 Sinais de pontuação e
Fazer
sinais auxiliares de escrita 55
Saber
Sinais de pontuação
Sinais auxiliares de escrita
F
azer
ISBN 978 - 9 8 9 - 6 47- 615 -1
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
35
61
textos não literários
62
Saber fazer
Fazer
2 recursos expressivos
67
Saber
Recursos expressivos ao nível fonético
Recursos expressivos ao nível morfossintático
Recursos expressivos ao nível semântico
Saber fazer
Fazer
3 Modo narrativo
70
Saber
Classificação do narrador
Classificação das personagens quanto ao
relevo
Processos de caracterização das
personagens
Contexto espacial
Contexto temporal
Estrutura do texto narrativo
Processos de construção ficcional
Analepse e prolepse
Processos de articulação das sequências
narrativas
Géneros do modo narrativo
Saber fazer
4 Modo lírico
78
Saber
Características da poesia lírica
Elementos da poesia lírica
Classificação das estrofes quanto ao número
de versos
Saber fazer
Contagem das sílabas métricas
Classificação dos versos quanto à métrica
Classificação dos versos decassilábicos
Classificação da rima quanto à
correspondência de sons
Classificação da rima quanto à natureza
gramatical das palavras que rimam
Classificação da rima quanto ao esquema
rimático
Soneto
Fazer
Índice
PARTE
5 Modo dramático
84
Saber
Características
Saber fazer
Estrutura do texto dramático
Fazer
6 Auto da Barca do Inferno
89
Saber
Vida e obra de Gil Vicente
Auto
Auto da Barca do Inferno – aspetos
essenciais
Estrutura externa
As personagens
Personagens-tipo
Personagens alegóricas
Processo de julgamento das almas
Percurso cénico
Processos de cómico
Fazer
7 Os Lusíadas
101
Saber
O Renascimento
O Renascimento em Portugal
Quem foi Luís de Camões
A obra de Camões
As motivações de Os Lusíadas
Génese do título
Fontes de Os Lusíadas
Classificação e características de Os Lusíadas
Estrutura externa de Os Lusíadas
Estrutura interna de Os Lusíadas
Planos de Os Lusíadas
Alguns seres sobrenaturais que intervêm na
ação
Narradores de Os Lusíadas
Episódios de Os Lusíadas
Fazer
GRAMÁTICA
1 Evolução da língua – 1
121
122
Saber
Introdução
Variedades do latim
Marcos históricos da língua portuguesa
Renascimento
Outras influências
Neologismos
Arcaísmos
Fazer
2 Evolução da língua – 2 126
Saber
Via popular e via erudita
Palavras convergentes e palavras
divergentes
Fazer
3 Processos fonológicos
129
Saber
Definição
Processos de inserção
Processos de supressão
Processos de alteração de segmentos
Fazer
4 Formação de palavras
131
Saber
Palavras simples e palavras complexas
Formação de palavras
Derivação afixal
Alguns prefixos e sufixos de uso frequente
Derivação não afixal
Composição
Plural das palavras compostas
Fazer
5 Classes de palavras
135
Saber
Nome
Subclasses do nome
Adjetivo
Subclasses dos adjetivos
Determinante
Quantificador
Quantificadores numerais
Pronomes
Subclasses dos pronomes
Advérbio
Subclasses dos advérbios
Locuções adverbiais
Verbo
Verbos principais intransitivos
Verbos principais transitivos
Verbos copulativos
Verbos auxiliares
Interjeições
Lista de interjeições
Preposição
Conjunção
Fazer
6 Colocação do pronome
pessoal átono na frase
147
Saber
F
azer
7 Funções sintáticas
150
Saber
F
azer
8 Coordenação
156
Saber
Definição
Classificação das orações coordenadas
sindéticas
Orações coordenadas explicativas vs.
orações subordinadas adverbiais causais
F
azer
9 Subordinação
160
Saber
Definição
Classificação das orações subordinadas
F
azer
10 Frase ativa e frase passiva 166
Saber
Formação da frase passiva
F
azer
11 Discurso direto e
discurso indireto
169
Saber
Os dois modos de reprodução do discurso
Verbos introdutores do discurso indireto
F
azer
TESTES DE AVALIAÇÃO
173
Teste de avaliação de diagnóstico
Teste de avaliação (1.º período)
Teste de avaliação (2.º período)
Teste de avaliação (3.º período)
Teste de avaliação final
174
181
187
194
201
PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO 209
português | 9.º ano
TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
SABER
Textos de divulgação científica
Definição
Os textos de divulgação científica podem
encontrar-se em jornais e revistas consagrados às
várias ciências. A sua finalidade principal é transmitir informações claras e rigorosas, de forma
breve, sobre factos, fenómenos ou experiências
do domínio científico.
Características da linguagem científica
• Clareza: utilização de frases curtas e, em geral,
sintaticamente simples.
• Rigor: devem evitar-se palavras polissémicas
ou ambíguas.
• Verificabilidade: a verdade daquilo que se diz
deve poder ser sempre comprovada.
• Universalidade: as experiências ou os fenómenos descritos devem poder ser compreendidos por todos aqueles a quem possam interessar, em qualquer parte do mundo.
• Objetividade: quem escreve deve limitar-se a descrever os fenómenos ou experiências
tal como estes ocorreram, evitando exprimir a sua opinião.
SABER FAZER
Para escreveres um texto de divulgação científica, deves respeitar alguns princípios de
construção textual que já conheces:
• delimitar a introdução, o desenvolvimento e a conclusão;
• utilizar vocabulário específico da área da realidade sobre a qual te vais debruçar;
• ser claro e coerente, organizando as ideias em parágrafos e estes em frases bem
estruturadas;
• utilizar os marcadores discursivos adequados para distinguir as diferentes ideias e as
relações entre elas.
A maior parte dos textos de divulgação científica estrutura-se do seguinte modo:
• Introdução
• Objetivos
• Materiais e métodos
• Discussão e conclusões
6
© AREAL EDITORES
1
LEITURA
LEITURA
português | 9.º ano
FAZER
1. Introdução
OS GRÃOS DE AREIA
A areia é um tipo de sedimento constituído por
pequenos grãos, que resultam do desgaste e fragmentação de rochas.
As areias não são todas iguais. Se se observar uma amostra de areia, mesmo que
não se saiba onde é que ela foi recolhida, é possível deduzir, a partir das suas características, se é uma areia marinha (areia de praia ou do fundo do mar); se é uma
areia éolica (desertos ou dunas); se é uma areia fluvial (de rio), ou se é uma areia
glaciar (gerada e transportada por glaciares). De facto, cada grão de areia pode
contar uma história: a sua composição reflete a sua origem e a sua forma de transporte, desde a sua origem até chegar ao local onde se depositou.
Assim, a história de cada areia é feita das histórias dos seus grãos.
2. A composição dos grãos de areia
A cor dos grãos é um dos principais indicadores da composição da areia:
Cores
Composição
Transparentes: incolor a cinza (eventualmente tons
Geralmente quartzo
amarelados ou alaranjados)
Cores esbranquiçadas, amarelada, rosada,
castanho avermelhado
Geralmente feldspato, ou fragmentos de conchas de
animais
Preto, castanho escuro
Basalto, magnetite (e outros óxidos de ferro), piroxenas
Cor branca ou castanha clara em grãos com forma
de escama e geralmente muito pequenos
Muscovite, biotite (micas)
Verde
Olivinas, anfíbolas, epídoto, espinhos de ouriço (grãos
alongados e estriados)
(eventualmente fragmentos de vidro)
Cor-de-rosa pálido a vermelho escuro
Granada
Cores leitosas esbranquiçadas ou rosadas
Fragmentos de conchas
© AREAL EDITORES
Uma mistura de quartzo, feldspatos e micas significa geralmente que a areia se
formou a partir de rochas graníticas, ou rochas sedimentares e metamórficas de composição mineralógica semelhante, que se encontram geralmente nas montanhas
como as serras do Gerês, da Estrela, de Montemuro, da Freita, Marvão, São Mamede,
Monchique e Sintra, entre outras.
As areias muito escuras (que podem ter ou não alguns grãos verdes) resultam
geralmente de rochas vulcânicas.
7
português | 9.º ano
LEITURA
Os grãos de areia de cores claras e brilho leitoso são geralmente fragmentos de
conchas e búzios.
No meio da amostra de areia, podem ainda encontrar-se pequenos fragmentos de
madeira e de plantas provenientes de dunas ou das proximidades da praia e fragmentos de vidro ou plástico ou redes de pesca, que resultam do lixo humano.
3. A morfologia e a textura das areias
Quando são estudados depósitos sedimentares, nomeadamente areias, são
avaliados vários parâmetros relacionados com a morfologia e a textura,
nomeadamente:
• a granulometria, que diz respeito ao tamanho dos grãos.
• o arredondamento, que avalia o grau de angulosidade (ou polimento) da
superfície dos grãos.
• a forma, que diz respeito à geometria dos grãos.
• a calibragem, que diz respeito à amplitude granulométrica dos sedimentos
(isto é, à variedade de tamanhos dos grãos).
Todos estes parâmetros estão relacionados, em primeiro lugar, com a composição mineralógica e com o tipo de rocha que lhes deu origem e, em segundo lugar,
com o efeito da ação dos agentes erosivos. Uma vez que os diferentes minerais
podem ser mais ou menos resistentes a estes agentes é importante que os parâmetros da morfologia e textura sejam avaliados a partir de grãos com a mesma
composição mineralógica.
In: http://www.cienciaviva.pt/img/upload/3_eraumavezumgraodeareia.pdf
(Consultado em 20-12-2012)
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© AREAL EDITORES
FAZER
LEITURA
português | 9.º ano
FAZER
1.Completa as frases seguintes com as palavras ou expressões que considerares adequadas, atendendo ao sentido do texto que leste.
a. Neste texto, predomina o vocabulário relacionado com…
b. O tempo verbal predominante é o…
c. A sua finalidade é…
d.O autor evita a utilização de palavras ambíguas, por isso se diz que este texto foi
escrito com…
e.O autor descreve apenas a composição, a morfologia e a textura dos grãos de
areia, por isso se diz que este texto tem…
2.
Este texto pode ser dividido em três partes.
2.1. Relaciona os títulos com o assunto que é desenvolvido em cada uma dessas partes.
3.
A. Introdução
1.Dar a conhecer de que forma os diferentes constituintes de um
grão de areia determinam a sua forma e estrutura.
B. A composição dos grãos de areia
2.Dar a conhecer os elementos que constituem os diferentes
grãos de areia.
C. A morfologia e a textura das areias
3.Dar a conhecer ao leitor, de forma genérica, os conceitos
abordados no texto.
Responde às questões sobre o texto.
3.1. O que permite afirmar que “as areias não são todas iguais”?
3.2. Que tipos de areia são mencionados?
3.3. De que fenómeno resulta a areia fluvial?
3.4.Explica o sentido da afirmação seguinte, atendendo aos conceitos apresentados no
texto:
“(…) cada grão de areia pode contar uma história (…)”
4.Acede ao portal “Ciência Viva”, através do endereço http://www.cienciaviva.pt, e realiza uma das atividades aí propostas.
4.1.Escreve um texto de divulgação científica para transmitires as conclusões da experiência levada a efeito, respeitando as características da linguagem e a estrutura deste
tipo de texto.
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4.2. Depois de revisto o texto, divulga-o na página oficial ou no jornal da tua escola.
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