Cérebro - Universidade Castelo Branco

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO.
POLO MANGARATIBA
ANATOMIA HUMANA
A2
MANGARATIBA, 10 DE JUNHO DE 2008.
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO.
MANGARATIBA, 10 DE JUNHO DE 2008.
DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA
PROFESSORA: KARYNNE GRUTTER
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ALUNA: CLÁUDIA CRISTINA BARBOSA MATRI.: 2006190030
TEMA: RELATÓRIO DE AULA DE ANATOMIA HUMANA
A Professora Karynne Grutter, no dia 01/ 03/2008, iniciou a aula de Anatomia
Humana conceituando a Disciplina. Anatomia quer dizer, cortar em partes, ou seja, o
ato ou a técnica de cortar ordenadamente um cadáver de um indivíduo da espécie
humana, para conhecer a arquitetura e a estrutura, do todo e de suas partes.Em
seguida, foram dados os seguintes temas: Sistema Esquelético Sistema Muscular,
Sistema Articular, Sistema Nervoso, Sistema Cardíaco, Sistema Respiratório e Sistema
Digestório, com os seus respectivos objetivos. Segue abaixo os conteúdos dados nessa
primeira aula:
SISTEMA ESQUELÉTICO
Além de dar sustentação ao corpo, o
esqueleto protege os órgãos internos e fornece
pontos de apoio para a fixação dos músculos.
Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo 208
ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas
articuladas, que formam um sistema de
alavancas movimentadas pelos músculos.
O esqueleto humano pode ser dividido
em duas partes:
1-Esqueleto axial: formado pela caixa
craniana, coluna vertebral caixa torácica.
2-Esqueleto apendicular: compreende a
cintura escapular, formada pelas escápulas e
clavículas; cintura pélvica, formada pelos
ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos
membros (superiores ou anteriores e inferiores
ou posteriores).
Caixa craniana
Possui os seguintes ossos importantes: frontal, parietais, temporais, occipital,
esfenóide, nasal, lacrimais, malares ("maçãs do rosto" ou zigomático), maxilar
superior e mandíbula (maxilar inferior).
Observações:
Primeiro - no osso esfenóide existe uma depressão denominada de sela turca
onde se encontra uma das menores e mais importantes glândulas do corpo humano a hipófise, no centro geométrico do crânio.
Segundo - Fontanela ou moleira é o nome dado à região alta e mediana, da
cabeça da criança, que facilita a passagem da mesma no canal do parto; após o
nascimento, será substituída por osso.
Coluna vertebral
É uma coluna de vértebras que apresentam cada uma um buraco, que se
sobrepõem constituindo um canal que aloja a medula nervosa ou espinhal; é dividida
em regiões típicas que são: coluna cervical (região do pescoço), coluna torácica,
coluna lombar, coluna sacral, coluna cocciciana (coccix).
Caixa torácica
É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas,
que são em número de 12 de cada lado, sendo as 7 primeiras verdadeiras (se inserem
diretamente no esterno), 3 falsas (se reúnem e depois se unem ao esterno), e 2
flutuantes (com extremidades anteriores livres, não se fixando ao esterno).
Membros e Cinturas Articulares
Cada membro superior é composto de braço, antebraço, pulso e mão. O osso
do braço – úmero – articula-se no cotovelo com os ossos do antebraço: rádio e ulna.
O pulso constitui-se de ossos pequenos e maciços, os carpos. A palma da mão é
formada pelos metacarpos e os dedos, pelas falanges.
Cada membro inferior compõe-se de coxa, perna, tornozelo e pé. O osso da
coxa é o fêmur, o mais longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos
da perna: a tíbia e a fíbula. A região frontal do joelho está protegida por um pequeno
osso circular: a rótula. Ossos pequenos e maciços, chamados tarsos, formam o
tornozelo. A planta do pé é constituída pelos metatarsos e os dedos dos pés pelas
falanges.
Os membros estão unidos ao corpo mediante um sistema ósseo que toma o
nome de cintura ou de cinta. A cintura superior se chama cintura torácica ou
escapular (formada pela clavícula e pela escápula ou omoplata); a inferior se chama
cintura pélvica, popularmente conhecida como bacia (constituída pelo sacro - osso
volumoso resultante da fusão de cinco vértebras, por um par de ossos ilíacos e pelo
cóccix, formado por quatro a seis vértebras rudimentares fundidas). A primeira
sustenta o úmero e com ele todo o braço; a segunda dá apoio ao fêmur e a toda a
perna.
Juntas e Articulações
Junta é o local de junção entre dois ou mais ossos. Algumas juntas, como as
do crânio, são fixas; nelas os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras
juntas, denominadas articulações, os ossos são móveis e permitem ao esqueleto
realizar movimentos.
Ligamentos
Os ossos de uma articulação mantêm-se no lugar por meio dos ligamentos,
cordões resistentes constituídos por tecido conjuntivo fibroso. Os ligamentos estão
firmemente unidos às membranas que revestem os ossos.
Classificação dos Ossos
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:
A - Longos: têm duas extremidades ou epífises; o corpo do osso é a diáfise;
entre a diáfise e cada epífise fica a metáfise. A diáfise é formada por tecido ósseo
compacto, enquanto a epífise e a metáfise, por tecido ósseo esponjoso. Exemplos:
fêmur, úmero.
B- Curtos: têm as três extremidades praticamente equivalentes e são
encontrados nas mãos e nos pés. São constituídos por tecido ósseo esponjoso.
Exemplos: calcâneo, tarsos, carpos.
C - Planos ou Chatos: são formados por duas camadas de tecido ósseo
compacto, tendo entre elas uma camada de tecido ósseo esponjoso e de medula óssea
Exemplos: esterno, ossos do crânio, ossos da bacia, escápula.
Revestindo o osso compacto na diáfise, existe uma delicada membrana - o
periósteo - responsável pelo crescimento em espessura do osso e também pela
consolidação dos ossos após fraturas. As superfícies articulares são revestidas por
cartilagem. Entre as epífises e a diáfise encontra-se um disco ou placa de cartilagem
nos ossos em crescimento, tal disco é chamado de disco metafisário (ou epifisário) e
é responsável pelo crescimento longitudinal do osso. O interior dos ossos é
preenchido pela medula óssea, que, em parte é amarela, funcionando como depósito
de lipídeos, e, no restante, é vermelha e gelatinosa, constituindo o local de formação
das células do sangue, ou seja, de hematopoiese. O tecido hemopoiético é
popularmente conhecido por "tutano". As maiores quantidades de tecido
hematopoiético estão nos ossos da bacia e no esterno. Nos ossos longos, a medula
óssea vermelha é encontrada principalmente nas epífises.
Diferenças entre os ossos do esqueleto masculino e feminino:
SISTEMA MUSCULAR
O tecido muscular é de origem mesodérmica, sendo caracterizado pela
propriedade de contração e distensão de suas células, o que determina a
movimentação dos membros e das vísceras. Há basicamente três tipos de tecido
muscular: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.
Músculo liso: o músculo involuntário localiza-se na
pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos
sangüíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contração
dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso
vegetativo.
Músculo estriado esquelético: é inervado pelo
sistema nervoso central e, como este se encontra em parte
sob controle consciente, chama-se músculo voluntário. As
contrações do músculo esquelético permitem os
movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto.
Músculo cardíaco: este tipo de tecido muscular
forma a maior parte do coração dos vertebrados. O músculo
cardíaco carece de controle voluntário. É inervado pelo
sistema nervoso vegetativo.
Musculatura Esquelética
O sistema muscular esquelético constitui a maior parte da musculatura do
corpo, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre
totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação
corporal.
SISTEMA ARTICULAR
Em todo nosso corpo temos diferentes tipos de articulações: algumas
que são bastante fortes e imóveis (conhecidas como sinartrose) e outras que
permitem movimentos por serem flexíveis (anfiartrose e diartrose).
Com relação a sua estrutura, as articulações podem ser classificadas em
fibrosa (os ossos são unidos por tecido conjuntivo fibroso), cartilaginosa (os
ossos são unidos pela cartilagem) e sinovial (possui um espaço entre os
ossos).
Nosso corpo é capaz de realizar muitos movimentos, contudo, estes
movimentos ocasionam atrito. Para amenizar este atrito, nosso sistema
articular conta com as bolsas sinoviais.
Estas bolsas agem como amortecedores do impacto entre as
articulações. Elas estão localizadas entre a pele e o osso (nas regiões onde
ocorre atrito entre estas partes), entre os tendões e os ossos, entre os
músculos e os ossos e também entre os ligamentos e os ossos.
Com o avanço da idade, a produção de sinóvia nas articulações é
diminuída, a partir daí, começam a surgir os efeitos do envelhecimento nas
articulações, que podem ser aumentados tanto por fatores genéticos quanto
pelo seu desgaste.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso controla as funções orgânicas e a integração ao meio
ambiente. Ou seja, ele não só controla e coordena as funções de todos os sistemas do
organismo como também, ao receber os devidos estímulos, é capaz de interpretá-los e
desencadear respostas adequadas a eles. Muitas funções do sistema nervoso dependem
da vontade e muitas outras ocorrem sem que se tenha consciência delas.
O sistema nervoso é dividido em:

Sistema Nervoso Central (SNC): é a porção de recepção de
estímulos, de comando e desencadeadora de respostas, formado pelo encéfalo e
pela medula espinhal, protegidos, respectivamente. pelo crânio e pela coluna
vertebral. O encéfalo apresenta três partes (cérebro, cerebelo e tronco
encefálico). O tronco encefálico também tem três divisões: mesencéfalo, ponte e
bulbo.

Sistema Nervoso Periférico (SNP): constituído pelas vias que
conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até aos órgãos
efetuadores as ordens emanadas das porções centrais, formadas pelos nervos
cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
Estrutura geral do SNC
O SNC é heterogêneo quanto à distribuição dos corpos dos neurônios e de seus
prolongamentos. As regiões onde predominam os corpos neuronais são chamadas de
substância cinzenta. Outras regiões contêm, predominantemente, prolongamentos
neuronais (em especial seus axônios). Estes prolongamentos são, muitas vezes,
revestidos por mielina, o que lhes dá coloração mais pálida, daí a denominação de
substância branca.
No cérebro e no cerebelo a estrutura geral é a mesma: uma massa de substância
branca, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta e tendo no
centro massas de substância cinzenta constituindo os núcleos (acúmulos de corpos
neuronais dentro do SNC). Na medula, a substância cinzenta forma um eixo central
contínuo envolvido por substância branca, enquanto no tronco encefálico a substância
cinzenta central não é contínua, apresentando-se fragmentada, formando núcleos.
Cérebro
O cérebro responde pelas funções nervosas mais elevadas, contendo centros para
interpretação de estímulos bem como centros que iniciam movimentos musculares. Ele
armazena informações e é responsável também por processos psíquicos altamente
elaborados, determinando a inteligência e a personalidade.
Ele é constituído pelos hemisférios cerebrais e pelo diencéfalo. Os hemisférios
cerebrais são duas massas unidas por uma ponte de fibras nervosas, o corpo caloso e
separadas por uma lâmina de dura-máter, a foice do cérebro. Cada hemisfério é dividido
em cinco lobos, quatro dos quais vistos na superfície do cérebro e correspondendo cada
um aos ossos do crânio com que guardam relações, os lobos frontal, parietal, temporal e
occipital. O quinto lobo, a insula, fica coberto por partes dos lobos temporal, frontal e
parietal.
Os hemisférios são formados por uma camada externa de substância cinzenta, o
córtex cerebral - convoluto, formando giros e sulcos - e por uma massa interna de
substância branca, na qual estão enterrados diversos grupos de núcleos, os núcleos da
base, que fazem parte do sistema motor, participando do controle dos movimentos,
facilitando e sustentando os movimentos em curso e inibindo movimentos indesejados.
A cavidade dos hemisférios cerebrais forma os ventrículos laterais e a parte rostral do
terceiro ventrículo.
O diencéfalo fica quase totalmente circundado pelos hemisférios cerebrais; sua
cavidade forma a maior parte do terceiro ventrículo. Constituído pelo tálamo, pelo
hipotálamo e pelo epitálamo.
O tálamo é centro de retransmissão de todos os impulsos sensitivos (exceto
olfato) para o córtex cerebral. O hipotálamo é local de regulação de atividades viscerais
(cardiovascular, temperatura corporal, do equilíbrio hidro-eletrolítico, da atividade
gastrintestinal e fome e das funções endócrinas), do sono e da vigília, da resposta sexual
e das emoções. O epitálamo é formado principalmente pela glândula pineal, implicada
no controle dos ritmos circadianos e na regulação do início da puberdade. É produtora
do hormônio melatonina.
Tronco Encefálico e Cerebelo
O tronco encefálico apresenta é formado por substância branca contendo núcleos
no seu interior. Divide-se em mesencéfalo, ponte e bulbo.
O mesencéfalo é responsável pelos reflexos visuais e auditivos (colículos
superior e inferior); seus núcleos e os pedúnculos cerebrais participam do controle da
postura e dos movimentos.
A ponte é centro de retransmissão de impulsos; contém núcleos de vários nervos
cranianos; e controla o ritmo e força da respiração.
O bulbo é centro de retransmissão de impulsos; contém núcleos de vários nervos
cranianos; e é centro autônomo visceral (respiração, ritmo cardíaco, vasoconstrição).
O cerebelo tem estrutura geral parecida com a do cérebro (substância cinzenta
externa e substância branca interna) e atua na coordenação motora e no equilíbrio.
Medula Espinhal
Situada no interior do canal vertebral, se continua rostralmente com o bulbo. Ela
recebe informações do pescoço, do tronco e dos membros e os controla, por meio dos
trinta e um nervos espinhais. A medula consiste em uma parte central de substância
cinzenta e outra parte periférica, de substância branca.
A substância cinzenta tem a forma aproximada da letra H. As projeções
posteriores são os cornos dorsais, os quais tanto contêm neurônios aferentes, condutores
de impulsos sensoriais periféricos, quanto dão origem às vias ascendentes, condutoras
de impulsos sensoriais para o encéfalo. As projeções anteriores são os cornos ventrais,
que contêm os neurônios motores da medula espinhal. Nas partes torácica e lombar
existem projeções laterais, as colunas laterais, que contêm os neurônios préganglionares simpáticos.

A substância branca contém fibras nervosas de trajeto
longitudinal (tratos ascendentes e tratos descendentes).
Sistema Nervoso Periférico
O sistema nervoso periférico é composto por terminações nervosas, gânglios e
nervos.
Nervos são cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por
tecido conjuntivo e que têm por função levar (ou trazer) impulsos ao (do) SNC. As
fibras que levam impulsos ao SNC são chamadas de aferentes ou sensoriais, enquanto
que as que trazem impulsos do SNC são as aferentes ou motoras. Os nervos são
divididos em dois grupos: nervos cranianos e nervos espinhais.
Nervos Espinhais
O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra
dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares
estão situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui
fibras sensoriais (aferentes) cujos corpos celulares estão no gânglio sensitivo da raiz
dorsal, que se apresenta como uma porção dilatada da própria raiz. Como o nervo
espinhal é formado pela fusão destas raízes, ele é sempre misto, ou seja, tem fibras
aferentes e eferentes. Logo após sua formação pela fusão das raízes ventral e dorsal o
nervo espinhal se divide em dois ramos: ramo dorsal, menos calibroso e que inerva a
pele e os músculos do dorso e ramo ventral, mais calibroso e que inerva os membros e a
porção antero-lateral do tronco.
Os ramos ventrais que inervam os membros se anastomosam amplamente
formando os plexos, dos quais emergem nervos terminais, de tal forma que cada ramo
ventral contribui para formar vários nervos e cada nervo contém fibras provenientes de
diversos ramos ventrais. Já no tronco não há a formação dos plexos; cada ramo ventral
segue seu curso isolado.
Nervos Cranianos
Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os
dois primeiros têm conexão com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os nervos
cranianos são mais complexos que os espinhais, havendo acentuada variação quanto aos
seus componentes funcionais. Alguns possuem um gânglio, outros tem mais de um e
outros, ainda, não tem nenhum. Também não são obrigatoriamente mistos como os
nervos espinhais. Os nervos cranianos recebem denominações próprias, bem como
também são numerados em seqüência crânio-caudal (ver tabela 1).
Terminações Nervosas e Gânglios
As terminações nervosas existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras.
Nestas últimas, o exemplo mais típico é a placa motora. Nas primeiras, as terminações
nervosas são estruturas especializadas para receber estímulos físicos ou químicos na
superfície ou no interior do corpo. Assim, os cones e bastonetes da retina são
estimulados somente pelos raios luminosos; os receptores do ouvido apenas por ondas
sonoras; os gustativos por substâncias químicas capazes de determinar as sensações de
doce, azedo, amargo, etc., na pele e nas mucosas existem receptores especializados para
os agentes causadores de calor, frio, pressão e tato, enquanto as sensações dolorosas são
captadas por terminações nervosas livres.
Enquanto acúmulos de neurônios dentro do SNC são chamados de núcleos, fora do
SNC são chamados de gânglios e se apresentam, em geral, como uma dilatação.
Sistema Nervoso Autônomo
SNC e SNP são divisões anatômicas do Sistema Nervoso. Já do ponto de vista
funcional sua divisão se faz em SN somático e SN visceral
O SN somático, formado por estruturas centrais e periféricas, tem por função a
interação do organismo com o meio externo, enquanto o SN visceral, também formado
por estruturas centrais e periféricas, é o conjunto de estruturas nervosas que se ocupam
do controle do meio interno.
Generalizando, pode-se afirmar que o SN somático cuida das atividades
voluntárias enquanto o SN visceral o faz das involuntárias.
Tanto o SN somático quanto o SN visceral possuem uma parte aferente e outra
eferente. Denomina-se sistema nervoso autônomo (SNA) a parte eferente do SN
visceral. O SNA por sua vez é dividido em duas partes: o sistema simpático e o sistema
parassimpático.
O simpático estimula as atividades que ocorrem em situações de emergência ou
tensão, enquanto o parassimpático é mais ativo nas condições comuns da vida,
estimulando atividades que restauram e conservam a energia corporal.
Em ambos, a estrutura básica é a mesma, formada pela seqüência de dois
neurônios entre o SNC e a estrutura inervada. O corpo do primeiro neurônio fica no
SNC, enquanto o segundo neurônio fica localizado perifericamente em um gânglio
autônomo.
O SNA simpático tem origem nos neurônios da coluna lateral dos segmentos
torácico e abdominal da medula. Os axônios destes neurônios, denominados préganglionares, acompanham os ramos ventrais dos nervos espinhais e fazem conexão em
gânglios próximos à coluna vertebral (gânglios para-vertebrais e pré-vertebrais), dos
quais partem as fibras pós-ganglionares. Os gânglios para-vertebrais, unidos entre si
pelos cordões interganglionares, constituem o tronco simpático, situado de cada lado da
coluna vertebral em toda sua extensão. São três gânglios cervicais (superior, médio e
inferior), dez a doze torácicos, três a cinco abdominais, quatro a cinco sacrais e um
coccígeo, o gânglio ímpar, para o qual convergem e onde terminam os dois troncos
simpáticos. Os gânglios pré-vertebrais estão situados próximos à origem dos principais
ramos da aorta abdominal.
O SNA parassimpático tem origem no tronco encefálico (nos núcleos dos n.n.
oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago) e nos segundo, terceiro e quarto segmentos
sacrais da medula. Os gânglios parassimpáticos ficam situados próximos ou mesmo na
parede do órgão inervado.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários
tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses
tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração.
Funções do sistema cardiovascular
O sistema circulatório permite que algumas atividades sejam executadas com
grande eficiência:

transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de
oxigênio e pela eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com os demais
tecidos do corpo por meio do sangue.

transporte de nutrientes: no tubo digestivo, os nutrientes
resultantes da digestão passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue.
Por essa verdadeira "auto-estrada", os nutrientes são levados aos tecidos do
corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial que banha as células.

transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das
células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los
para o meio externo. O transporte dessas substâncias, de onde são formadas até
os órgãos de excreção, é feito pelo sangue.

transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas
por certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o
funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina, por exemplo, é
produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue.
Um de seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile
no duodeno.

intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou
armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Células do
fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio, que, ao serem
quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo.

transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição
homogênea de calor pelas diversas partes do organismo, colaborando na
manutenção de uma temperatura adequada em todas as regiões; permite ainda
levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.

distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam
anticorpos e células fagocitárias, componentes da defesa contra agentes
infecciosos.

coagulação sangüínea: pelo sangue circulam as plaquetas,
pedaços de um tipo celular da medula óssea, com função na coagulação
sangüínea. O sangue contém ainda fatores de coagulação, capazes de bloquear
eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sangüíneo.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório fornece oxigênio e remove gás carbônico do organismo,
auxiliando as células no metabolismo, atuando em conjunto com o sistema circulatório.
O sistema respiratório também esta envolvido com a vocalização.
É formados pelo nariz, cavidade do nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios e
pulmões.
Nariz e cavidade do nariz
As duas cavidades por onde o ar entra no sistema respiratório são chamadas
de cavidade nasal. São separadas por uma cartilagem chamada cartilagem do septo,
formando o septo nasal. Os pêlos no interior do nariz retém as partículas que entram
junto com o ar. É composto de células ciliadas e produtoras de muco. O teto da cavidade
nasal possui células com função olfativa. Nesta região, a mucosa é bem irrigada e
aquece o ar inalado.
Faringe
A faringe pertence tanto ao sistema respiratório como ao sistema digestório.
Liga-se com o ouvido médio pelas tubas auditivas. Liga-se também com a laringe e com
o esôfago. Antes de ir para a laringe, o ar inspirado pelo nariz passa pela faringe.
Laringe
A laringe é um tubo cartilaginoso de forma irregular que conecta a faringe
com a traquéia. Situa-se na parte superior do pescoço. A laringe possui uma estrutura
cartilaginosa que chama epiglote, que trabalha para desviar das vias respiratórias para o
esôfago os alimentos deglutidos. Caso não ocorra este desvio, o alimento é expelido
com uma tosse violenta.
Na laringe encontramos as cordas vocais, que são pregas horizontais na parede
da laringe. Entre as cordas vocais há uma abertura chamada glote e é por ela que o ar
entra na laringe, provocando uma vibração nas cordas vocais e produzindo som. Na face
anterior do pescoço forma-se a proeminência laríngea, chamada de pomo de Adão, que
é mais visível nos homens que nas mulheres.
Traquéia
A traquéia é um tubo de aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 de
diâmetro e suas paredes são reforçadas por uma série de anéis de cartilagem que
impedem que as paredes se colapsem.
A traquéia bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios.
O epitélio é formado por células ciliadas e células secretoras. Estes cílios
servem para remover as partículas e microorganismos que entram com o ar inalado. O
muco produzido pelas células secretoras serve como uma barreira também.
Pulmão
Os brônquios penetram no pulmão através do hilo. Esses brônquios
ramificam-se várias vezes, originando os bronquíolos, que penetram no lóbulo pulmonar
e ramificam-se, formando os bronquíolos terminais, que originam os bronquíolos
respiratórios, que terminam nos alvéolos pulmonares.
Os pulmões possuem consistência esponjosa, que está relacionada com a
quantidade de sacos alveolares.
O formato do pulmão lembra um cone e é revestido por uma membrana dupla
serosa chamada pleura. Os dois pulmões são separados pelo mediastino, local onde está
o coração, o esôfago, timo, artérias, veias e parte da traquéia.
O diafragma é um músculo situado abaixo do pulmão, e é onde ele se apóia.
Separa o tórax do abdome e está relacionado com os movimentos da respiração.
O SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao
qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as
seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino
grosso e ânus.
A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por quatro
camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
Boca
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí
encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por
meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços,
misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.
As glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam
as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou
ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros
polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose
(dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade
bucal: parótida, submandibular e sublingual:
O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantém, na boca, um pH
neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se
transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe,
sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas (como
mostra a figura do lado esquerdo), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o
esôfago. Através do peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo
assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar
a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do
alimento para o interior do estômago.
Faringe e Esôfago
A faringe, situada no final da cavidade
bucal, é um canal comum aos sistemas digestório
e respiratório: por ela passam o alimento, que se
dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.
O esôfago, canal que liga a faringe ao
estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do
coração, e atravessa o músculo diafragma, que
separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva
de 5 a 10 segundos para percorrê-lo.
Estômago
O estômago é uma bolsa de parede
musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo
do abdome, logo abaixo das últimas costelas.
É um órgão muscular que liga o esôfago ao
intestino delgado. Sua função principal é a
digestão de alimentos protéicos. Um músculo
circular, que existe na parte inferior, permite
ao estômago guardar quase um litro e meio de
comida, possibilitando que não se tenha que
ingerir alimento de pouco em pouco tempo.
Quando está vazio, tem a forma de uma letra
"J" maiúscula, cujas duas partes se unem por
ângulos agudos.
Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este
compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e
o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade.
Segmento inferior: é denominado "porção horizontal", está separado do
duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada
pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício
esofagiano do estômago é o cárdia.
As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o
peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa
(que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se
ovóide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram
sua homogeneização.
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente
ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém
o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento
intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada
pela mastigação.
A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de
pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação
do ácido cloródrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transformase em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas.
A pepsina, ao catalizar a hidrólise
de proteínas, promove o rompimento das
ligações peptídicas que unem os
aminoácidos. Como nem todas as
ligações peptídicas são acessíveis à
pepsina, muitas permanecem intactas.
Portanto, o resultado do trabalho dessa
enzima são oligopeptídeos e aminoácidos
livres.
A renina, enzima que age sobre a
caseína, uma das proteínas do leite, é
produzida pela mucosa gástrica durante
os primeiros meses de vida. Seu papel é o
de flocular a caseína, facilitando a ação
de outras enzimas proteolíticas.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da
agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa
densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e
mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada.
Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três
dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta
em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas
dolorosas que sangram (úlceras gástricas).
A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção
da vitamina B12.
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais
e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura
estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo.
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos
poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão.
Intestino Delgado
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por
4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm),
jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro,
esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo
no intestino.
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras
porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo
pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no
duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile
oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou
emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio,
formas inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e
quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas
células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a
enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se
me tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo
quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa.
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em
oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas
específicas ao longo das cadeias de aminoácidos.
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em
enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase.
Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em
monossacarídeos (sacarose, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas que dão
seqüência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases,
resultando em aminoácidos.
No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das
paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado
pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo.
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos,
nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões,
apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a
5 milhões), chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção
intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por
sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino
delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas.
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao
fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de
gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem
passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas
substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por
uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos
linfáticos e, em seguida, para os vasos sangüíneos, onde alcançam as células
gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.
Intestino Grosso
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto à das secreções
digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou
9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam
muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente,
cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chamase ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho
consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento
intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de
enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem
absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm
água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas.
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos,
normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o
intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar
detritos inúteis, que são evacuados.
GLÂNDULAS ANEXAS
Pâncreas
O pâncreas é uma
glândula mista, de mais ou
menos 15 cm de comprimento e
de formato triangular,
localizada transversalmente
sobre a parede posterior do
abdome, na alça formada pelo
duodeno, sob o estômago. O
pâncreas é formado por uma
cabeça que se encaixa no
quadro duodenal, de um corpo e
de uma cauda afilada. A
secreção externa dele é dirigida
para o duodeno pelos canais de
Wirsung e de Santorini. O canal
de Wirsung desemboca ao lado
do canal colédoco na ampola de
Vater. O pâncreas comporta
dois órgãos estreitamente
imbricados: pâncreas exócrino e
o endócrino.
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas
denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos,
por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno,
durante a digestão.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já
trabalhados no sistema endócrino.
Fígado
É o maior órgão interno, e é
ainda um dos mais importantes. É a
mais volumosa de todas as vísceras,
pesa cerca de 1,5 kg no homem
adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e
1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície
lisa e recoberta por uma cápsula
própria. Está situado no quadrante
superior direito da cavidade
abdominal.
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o
nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas
por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos
hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o
ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega
seu conteúdo no duodeno.
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a
excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e
outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro,
cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios
a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica
muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir
qualquer inflamação no fígado, como a cirrose.
Funções do fígado:

Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras
ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;

Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as
quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de
necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são
relançadas na circulação; .

Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;

Metabolizar lipídeos;

Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores
imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e
gorduras;

Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na
desintoxicação do organismo;

Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais,
transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado
presente na bile.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Universidade Castelo Branco.Anatomia Humana, Rio de Janeiro: U.C.B. 2007.
Laurence, J. Biologia: volume único-1ª edição, São Paulo: Nova Geração, 2005.
www.afh.bio.br/sistema
www.todabiologia.com/anatomia
www.wikipedia.org/sistemarticular
www.sistemanervoso.com
www.brasilescola.com/biologia
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