Baxter.indd 1 Interações Medicamentosas de Stockley 30/11/2009 12:52:53 Baxter.indd 2 Equipe editorial Mildred Davis, BA, BSc, PhD, MRPharmS Samuel Driver, BSc C Rhoda Lee, BPharm, PhD, MRPharmS Alison Marshall, BPharm, DipClinPharm, PGCertClinEd, MRPharmS Rosalind McLarney, BPharm, MSc, MRPharmS Jennifer Sharp, BPharm, DipClinPharm, MRPharmS Equipe de produção digital Julie McGlashan, BPharm, DiplnfSc, MRPharmS Elizabeth King, Dip BTEC PharmSci Consultor editorial Ivan H Stockley, BPharm, PhD, FRPharmS, CBiol, MlBiol B355i Baxter, Karen. Interações medicamentosas de Stockley : referência rápida / Karen Baxter ; tradução: Beatriz A. Rosário. – Porto Alegre : Artmed, 2010. 644 p. ; 18 cm. ISBN 978-85-363-2161-5 1. Ação da associação de medicamentos. I. Título. CDU 615.015.2 Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922 30/11/2009 12:52:55 Baxter.indd 3 Karen Baxter BSc, MSc, MRPharmS Interações Medicamentosas de Stockley Referência Rápida Tradução: Beatriz A. Rosário Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição: Letícia Hoerbe Andrighetti Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2010 30/11/2009 12:52:55 Baxter.indd 4 Obra originalmente publicada sob o título Stockley’s Drug Interactions Pocket Companion 2008 © Pharmaceutical Press 2008 This translation of Stockley’s Drug Interactions Pocket Companion 2008 is published by arrangement with Pharmaceutical Press the publishing division of the Royal Pharmaceutical Society of Great Britain, 1 Lambeth High Street, London, SE1 7JN, UK. Esta tradução de Stockley’s Drug Interactions Pocket Companion 2008 é publicada conforme acordo firmado com Pharmaceutical Press, uma divisão de Royal Pharmaceutical Society of Great Britain, 1 Lambeth High Street, London, SE1 7JN, UK. Capa Tatiana Sperhacke Foto de capa © iStockphoto.com/FotografiaBasica Leitura final Ana Luisa Gampert Battaglin Editora Sênior – Biociências Cláudia Bittencourt Projeto e editoração Armazém Digital® Editoração Eletrônica – Roberto Carlos Moreira Vieira Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à ARTMED® EDITORA S.A. Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana 90040-340 Porto Alegre RS Fone (51) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070 É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora. SÃO PAULO Av. Angélica, 1091 - Higienópolis 01227-100 São Paulo SP Fone (11) 3665-1100 Fax (11) 3667-1333 SAC 0800 703-3444 IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL 30/11/2009 12:52:55 Baxter.indd 5 Sobre a autora Karen Baxter estudou Farmácia na Universidade De Montfort, Leicester, graduando-se em 1995, completando, então, seu ano de pré-registro em Yeovil, Somerset. Ela se mudou para Derby, onde foi residente em Farmácia por três anos, período no qual obteve seu Diploma de Clínica e MSc. Trabalhou em várias áreas clínicas antes de se dedicar à educação e ao treinamento, quando se candidatou para trabalhar na Universidade de Derby, no programa de pós-graduação em Farmácia. Karen iniciou na Pharmaceutical Press em 2001 como editora assistente de Interações medicamentosas de Stockley, trabalhando sob a orientação de Dr. Ivan Stockley e a equipe do Martindale. Ela se tornou a editora de Interações medicamentosas de Stockley em 2005. 30/11/2009 12:52:55 Baxter.indd 6 6 Karen Baxter Prefácio O que é Interações medicamentosas de Stockley – referência rápida? Stockley’s Drug Interactions (Interações medicamentosas de Stockley) é um trabalho de referência que fornece informações resumidas, precisas e clinicamente relevantes para profissionais da área da saúde. As monografias são baseadas em fontes publicadas, incluindo estudos clínicos, relatos de caso e revisões sistemáticas, e são completamente referenciadas. Interações medicamentosas de Stockley – referência rápida resume esse abrangente trabalho para criar um texto de consulta rápida. Tal trabalho fornece ao ocupado profissional da saúde acesso rápido e fácil a informações relevantes do ponto de vista clínico, avaliadas e baseadas em evidências sobre as interações medicamentosas. Este livro busca responder às seguintes questões: • Os fármacos ou substâncias em questão são conhecidos por interagir ou a interação é apenas teórica e especulativa? • Se eles interagem, o quão grave é essa interação? • Ela foi descrita várias vezes ou apenas uma vez? • Todos os pacientes são afetados ou apenas alguns? • É melhor evitar algumas combinações de fármacos ou a interação pode ser ajustada de alguma forma? • Que alternativas e fármacos mais seguros podem ser usados? Abrangência Interações medicamentosas de Stockley 2008 – referência rápida contém mais de 1.300 monografias de interação relacionadas a fármacos específicos ou grupos de fármacos. Cada monografia foi avaliada por farmacêuticos clínicos em exercício quanto à sua adequação para inclusão nesta publicação. Falando em termos gerais, as interações envolvendo anestesia, o uso específico de múltiplos antirretrovirais, o uso específico de múltiplos antineoplásicos ou antineoplásicos intravenosos e casos de ausência de interação foram omitidas. Entretanto, foram feitas exceções, em especial quando havia controvérsia sobre se um fármaco interage ou não. Todas as interações de plantas foram incluídas, visto que esta é uma área em crescimento sobre a qual temos muitas perguntas, assim, avaliamos que mesmo os dados escassos deveriam ser comentados. Todas essas interações são discutidas na seção específica sobre Medicamentos à base de plantas e suplementos dietéticos. 30/11/2009 12:52:56 Baxter.indd 7 Interações medicamentosas de Stockley 7 Monografias Seguindo o formato convencional dos produtos Stockley, as informações desta publicação foram organizadas como um breve resumo da evidência para interação e uma descrição da melhor maneira de manejá-la. As informações são baseadas na mais recente atualização trimestral de Stockley’s Drug Interactions, no momento de ir para a impressão. Os dados estão totalmente referenciados e disponíveis em www.medicinescomplete.com. Essas referências não foram incluídas nesta publicação para manter seu tamanho reduzido. Qualquer pessoa interessada em procurar nossas fontes pode consultar MedicinesComplete ou o trabalho de referência completa de Stockley’s Drug Interactions. Classificação Cada monografia tem um símbolo de classificação para oferecer uma orientação ao usuário sobre a importância clínica da interação. Essa classificação é a mesma usada nos alertas de interação de Stockley. Os alertas são classificados em três categorias diferentes: • Ação – Descreve se uma ação precisa ser tomada ou não para ajustar a interação. Esta categoria classifica desde “evitar” a “nenhuma ação é necessária”. • Gravidade – Descreve o provável efeito de uma interação não manejada sobre o paciente. Esta categoria classifica desde “grave” a “nada é esperado”. • Evidência – Descreve o peso da evidência por trás da interação. Esta categoria classifica desde “amplo” a “teórico”. A classificação é combinada para produzir um destes quatro símbolos: x Para interação que resulta em risco de vida ou em que o uso simultâneo é contraindicado pelos fabricantes. ! Para interação em que o uso simultâneo pode resultar em risco ? significativo ao paciente; assim, é necessário o ajuste de dose ou o moni­ toramento cuidadoso. Para interação em que existe alguma dúvida sobre o resultado do uso simultâneo; assim, pode ser necessário orientar os pacientes sobre os possíveis efeitos e/ou considerar o monitoramento. Para interação que não é considerada de importância clínica ou para ausência de interação. Pensamos muito sobre o desenho original desses símbolos e evitamos deliberadamente um sistema de codificação numérica ou colorida, visto que não queremos envolver qualquer relação entre símbolos e cores. Assim, escolhe- 30/11/2009 12:52:56 Baxter.indd 8 8 Karen Baxter mos de forma intencional símbolos reconhecíveis, que em teste-piloto foram compreendidos intuitivamente pelo público-alvo e profissionais da saúde. Estrutura Interações medicamentosas de Stockley – referência rápida é organizado em ordem alfabética para facilitar seu uso, com a Denominação Comum Internacional (DCB) para identificar os nomes dos fármacos. Também estão incluídas referências cruzadas com nomes aprovados pelos EUA (USANs), onde os nomes dos fármacos podem diferir de modo significativo. Consequentemente, uma interação entre o ácido acetilsalicílico e b-bloqueadores aparecerá em A e uma interação entre b-bloqueadores e digoxina aparecerá em B. Todos os inversos são referências cruzadas, assim, os b-bloqueadores estão listados em digoxina com a indicação do número da página adequado. Usamos apenas grupos farmacológicos considerados bastante reconhecidos; por isso, b-bloqueadores são usados, mas a-bloqueadores não. Em certos casos, quando sentimos que seria necessário, mantivemos grupos pouco definidos, tais como quando os simpatomiméticos, mas incluímos um índice de pesquisa básico para ajudar os leitores a localizar as informações. Assim, alguém procurando por adrenalina verá o número da página da seção de simpatomiméticos. Os grupos farmacológicos que usamos são: Agonistas dopaminérgicos AINEs a-bloqueadores Aminoglicosídeos Anfetaminas Antagonistas de receptor 5-HT3 Antagonistas de receptor H2 Antagonistas do receptor de angiotensina II Antidiabéticos Anti-histamínicos Antimuscarínicos Antipsicóticos Azóis Benzodiazepínicos b-bloqueadores Bisfosfonatos Bloqueadores de canal de cálcio Cefalosporinas Contraceptivos Corticoides Derivados do ergot Diurético Estatinas Fibratos IMAOs Inibidores da bomba de próton Inibidores da ECA Inibidores da protease ISRSs ITRNNs ITRNs Macrolídeos Medicamentos à base de plantas ou suplementos dietéticos Nitratos Opioides Penicilinas Quinolonas Simpatomiméticos Sulfonamidas Tetraciclinas TRH Tricíclicos Triptanas Vacinas Vitaminas 30/11/2009 12:52:56 Baxter.indd 9 Interações medicamentosas de Stockley 9 Agradecimentos Fora a equipe editorial, várias outras pessoas contribuíram para este livro, e a organizadora agradece a ajuda e orientação que elas forneceram. Em particular, gostaríamos de expressar nossa gratidão a Michael Evans pelo seu contínuo apoio na produção dos dados finais e desenvolvimento do conteúdo para uma versão PDA, e a John Wilson e Tamsin Cousins, que controlaram os vários aspectos da produção deste livro. Agradecemos também a Ivan Stockley, Sean Sweetman, Paul Weller e Charles Fry pelo apoio dado a este projeto. Várias pessoas dispenderam seu tempo para nos fornecer pareceres sobre o conteúdo e a estrutura dos dados, e gostaríamos de agradecê-las. Estes comentários sempre são úteis para desenvolver produtos que melhor satisfazem as necessidades dos usuários finais. Contato Ficaremos muito satisfeitos em receber o retorno de nossos leitores. Qualquer um que queira pode nos contatar no seguinte e-mail: [email protected] 30/11/2009 12:52:56 Baxter.indd 10 Abreviações AINE ALT AST AUC bpm CSM DIU ECA ECG EUA FMDAR HBPMs HIV HPB i.e. IBP IMAO INI IRMA ISRS ITRN ITRNN LCS MAO MAO-A MAO-B Mg MHRA ml mmHg mol OMS p. ex. pH PPC RNA RU SNC TFH TRH TSH anti-inflamatório não esteroidal alanina aminotransferase aspartato aminotransferase área sob a curva concentração-tempo batidas por minuto Committee on Safety of Medicines (atualmente incorporado a Commission on Human Medicines) dispositivo intrauterino enzima conversora de angiotensina eletrocardiograma Estados Unidos da América fármaco modificador da doença antirreumática Heparinas de baixo peso molecular vírus de imunodeficiência humana hiperplasia prostática benigna isto é inibidor da bomba de próton inibidor da monoaminoxidase índice normalizado internacional Inibidores reversíveis da monoaminoxidase inibidor seletivo da recaptação de serotonina inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo líquido cerebrospinal monoaminoxidase monoaminoxidase, tipo A monoaminoxidase, tipo B miligramas Medicines and Healthcare products Regulatory Agency mililitros milímetros de mercúrio mol Organização Mundial de Saúde por exemplo logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio pneumonia por Pneumocystis carinii (agora Pneumocystis jirovecii) ácido ribonucleico Reino Unido sistema nervoso central teste de função hepática terapia de reposição hormonal hormônio estimulante da tireóide 30/11/2009 12:52:56 Baxter.indd 11 Sumário Lista de interações de A a Z . ...................................................................................... 13 Índice...................................................................................................................................631 30/11/2009 12:52:56 Baxter.indd 13 A Acetazolamida Note que, embora possa ocorrer hipocalemia com acetazolamida, acredita-se que ela seja temporária e raramente tenha importância clínica. Acetazolamida + Ácido acetilsalicílico ! Pode ocorrer acidose metabólica em pacientes usando altas doses de salicilatos se eles receberem inibidores da anidrase carbônica (p. ex., acetazolamida). Os inibidores da anidrase carbônica provavelmente devam ser evitados em pacientes usando altas doses de salicilatos. Se eles forem usados, o paciente deve ser bem monitorado quanto a qualquer indício de toxicidade (confusão, letargia, hiperventilação, zumbido). Nesse contexto, os AINEs ou paracetamol podem ser alternativas mais seguras. Não se sabe se gotas oftálmicas interagem de forma similar; parece que não existem relatos sobre interação. Acetazolamida + Carbamazepina ! Em um número muito pequeno de pacientes, ocorreu aumento nos níveis séricos de carbamazepina, resultando em toxicidade, quando acetazolamida também foi administrada. A importância geral dessa interação é desconhecida, mas pode ser prudente monitorar indicadores de toxicidade por carbamazepina (náusea, vômito, ataxia, sonolência) e verificar seus níveis, se for necessário. Acetazolamida + Ciclosporina ! Existe evidência limitada de que acetazolamida pode provocar aumento rápido e marcante nos níveis séricos de ciclosporina (até seis vezes em 72 horas), podendo ser acompanhado de toxicidade renal. Os níveis e/ou efeitos de ciclosporina (p. ex., sobre a função renal) devem ser monitorados de forma rotineira, mas pode ser prudente aumentar o monitoramento se acetazolamida for iniciada ou interrompida. Ajuste a dose de ciclosporina, se for necessário. Acetazolamida + Fenitoína ? Têm sido observados grave osteomalacia e raquitismo em poucos pacientes usando fenitoína com acetazolamida. Também têm sido descritos aumentos nos níveis de fenitoína em um número muito pequeno de pacientes. 30/11/2009 12:52:57 Baxter.indd 14 14 A Karen Baxter A importância clínica dessa interação é desconhecida, mas tenha-a em mente no caso de uma resposta inesperada ao tratamento. Os indicadores de toxicidade por fenitoína incluem visão turva, nistagmo, ataxia e sonolência. Acetazolamida + Fenobarbital ? Têm sido observados grave osteomalacia e raquitismo em poucos pacientes usando fenobarbital ou primidona com acetazolamida. Uma redução marcante nos níveis séricos de primidona, com perda do controle de crise em um número muito pequeno de pacientes, tem sido descrita. A importância geral dessa interação não está clara, mas tenha-a em mente no caso de uma resposta inesperada ao tratamento. Acetazolamida + Lítio ! Existe alguma evidência sugerindo que a excreção de lítio pode ser aumentada pela acetazolamida, mas tem sido observada toxicidade por lítio em um paciente usando a combinação. A importância geral dessa interação não está clara. Tenha-a em mente no caso de uma resposta inesperada ao tratamento. x Acetazolamida + Mexiletina Grandes mudanças no pH urinário provocadas pelo uso simultâneo de fármacos alcalinizantes, tais como acetazolamida, podem, em alguns pacientes, ter um efeito marcante nos níveis plasmáticos de mexiletina. Parece que esse efeito não é previsível. O fabricante de mexiletina recomenda que o uso simultâneo seja evitado. Acetazolamida + Opioides ? Teoricamente, os alcalinizantes urinários, como acetazolamida, podem aumentar os efeitos de metadona. A importância geral dessa interação não está clara, mas tenha-a em mente no caso de uma resposta inesperada ao tratamento. Acetazolamida + Quinidina ! Grandes aumentos no pH urinário devido ao uso simultâneo de acetazolamida poderiam provocar retenção da quinidina, levando à toxicidade por quinidina. Note também que hipocalemia, a qual pode, raramente, ser provocada por 30/11/2009 12:52:57 Baxter.indd 15 Interações medicamentosas de Stockley 15 acetazolamida, pode aumentar a toxicidade de fármacos que prolongam o intervalo de QT, tais como quinidina. Monitore os efeitos se acetazolamida for iniciada ou interrompida e ajuste a dose de quinidina, se for necessário. Também considere monitorar o potássio, para garantir que ele esteja dentro da faixa aceitável. A Aciclovir Aciclovir + Ciclosporina ! Normalmente, parece que o aciclovir não afeta os níveis de ciclosporina nem piora a função renal, mas um número muito pequeno de casos de nefrotoxicidade e aumento dos níveis de ciclosporina têm sido observados durante o uso simultâneo. Espera-se que o valaciclovir, um pró-fármaco do aciclovir, interaja de forma similar. Os poucos casos em que os problemas surgiram indicam claramente que a função renal deve ser muito bem monitorada se ambos os fármacos forem administrados. Os fabricantes de valaciclovir recomendam que a função renal seja monitorada com cuidado se altas doses (mais de 4 g ao dia) forem administradas com ciclosporina. Aciclovir + Micofenolato ? Aparentemente, não ocorre interação farmacocinética significativa entre aciclovir e micofenolato. Entretanto, os fabricantes dizem que, no comprometimento da função renal, pode haver competição pela secreção atubular e concentrações maiores de ambos os fármacos podem ocorrer. Isso também é possível com valaciclovir. Existe um relato de caso de neutropenia em um paciente usando valaciclovir com micofenolato. Não é necessária nenhuma ação, mas pode ser prudente aumentar o monitoramento em pacientes com função renal reduzida. Neutropenia é um efeito adverso raro apenas do valaciclovir. Contudo, tenha em mente a possibilidade de uma interação se ocorrer neutropenia, caso micofenolato também seja administrado. Aciclovir + Probenecida Probenecida reduz a excreção renal de aciclovir e valaciclovir e, assim, aumenta seus níveis plasmáticos. É improvável que sejam necessárias alterações de dose, dada a ampla faixa terapêutica de aciclovir e valaciclovir, embora o fabricante recomende que tais alternativas possam ser consideradas à probenecido se forem administradas altas doses de valaciclovir. 30/11/2009 12:52:57 Baxter.indd 16 16 A Karen Baxter Aciclovir + Teofilina ! Evidência preliminar sugere que aciclovir pode reduzir o clearance de teofilina em cerca de 30%. A evidência parece ser limitada. Fique alerta para um aumento nos efeitos adversos da teofilina (náusea, dor de cabeça, tremor) se aciclovir for adicionado, e considere monitorar os níveis de teofilina. Ácido acetilsalicílico Ácido acetilsalicílico + Acetazolamida ! Veja acetazolamida, página 13. Ácido acetilsalicílico + AINEs ? Existe alguma evidência de que os AINEs não seletivos, tais como ibuprofeno, antagonizam os efeitos antiplaquetários do ácido acetilsalicílico em baixa dose, mas os coxibes não. Entretanto, alguns AINEs (particularmente coxibes) também estão associados com um aumento do risco trombótico/cardiovascular. Alguns estudos epidemiológicos têm demonstrado que AINEs não seletivos reduzem os efeitos cardioprotetores do ácido acetilsalicílico em baixa dose. O uso combinado de AINEs (incluindo coxibes) e ácido acetilsalicílico, mesmo em baixa dose, aumenta o risco de sangramentos gastrintestinais. A evidência que sugere o antagonismo dos efeitos antiplaquetários atualmente é insuficiente para recomendar uma mudança prática. O CSM no RU aconselha que a combinação de AINEs diferentes do ácido acetilsalicílico e ácido acetilsalicílico de baixa dose deve ser usada apenas se for totalmente necessária. Os pacientes usando ácido acetilsalicílico a longo prazo devem ser lembrados para evitar os AINEs, incluindo aqueles de venda livre. Se for usada uma dose antiplaquetária de ácido acetilsalicílico com AINEs , deve-se considerar a gastroproteção (p. ex., um IBP), especialmente quando outros fatores de risco (p. ex., corticoides) estiverem presentes. Não existe evidência clínica racional para o uso combinado de doses anti-inflamatórias/analgésicas de ácido acetilsalicílico e AINEs e tal uso deve ser evitado. Ácido acetilsalicílico + Álcool Veja álcool, página 37. Ácido acetilsalicílico + Alimento ! O alimento retarda a absorção do ácido acetilsalicílico, mas não afeta, de forma geral, a quantidade absorvida. 30/11/2009 12:52:57