Guia de estudos / STUDY GUIDE

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Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2017
Guia de Estudos / Study Guide
Guia de Estudos / Study Guide
OMS
Organização Mundial da Saúde
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Guia de Estudos / Study Guide
De 14 a 17 de junho de 2017
São Paulo
www.faap.br
[email protected]
(11) 3662-7262
Conselho de Curadores
Presidente
Sra. Celita Procopio de Carvalho
Integrantes
Dr. Benjamin Augusto Baracchini Bueno
Dr. Octávio Plínio Botelho do Amaral
Dr. José Antonio de Seixas Pereira Neto
Sra. Maria Christina Farah Nassif Fioravanti
Diretoria Executiva
Diretor-Presidente
Dr. Antonio Bias Bueno Guillon
Assessoria da Diretoria
Assessor Administrativo e Financeiro
Sr. Tomio Ogassavara
Assessor de Assuntos Acadêmicos
Prof. Rogério Massaro Suriani
Faculdade de Economia
Diretoria
Emb. Rubens Ricupero
Prof. Luiz Alberto de Souza Aranha Machado
Coordenação
Profa. Fernanda Petená Magnotta
Prof. Paulo Dutra Costantin
Fórum FAAP de Discussão Estudantil - Coordenação
Prof. Victor Dias Grinberg
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CARTA DE APRESENTAÇÃO
Queridos delegados,
É com muita honra que nós, diretores da Organização Mundial da Saúde (OMS), recebemo-nos em nosso
comitê, no Fórum FAAP de Discussão Estudantil de 2017.
Nesta edição, teremos a oportunidade de discutir os problemas decorrentes de epidemias e pandemias
ao redor do globo. Iremos refletir sobre as causas, efeitos e prevenções a respeito desses problemas e
analisaremos como os Estados em conjunto podem se defender. A OMS atua em defesa da saúde e da
proteção das gerações vindouras e cabe agora a vocês, como delegados, buscarem o melhor para a humanidade. O nosso tema será “O Problema das Epidemias e das Pandemias”.
Nós, da mesa diretora, estamos ansiosos para auxiliá-los no processo de discussão em busca de soluções
para esse problema tão alarmante. Desejamos que vocês tenham um excelente processo de aprendizado
e que isso fique refletido em um estimulante debate no comitê da OMS, durante o XIII Fórum FAAP de
Discussão Estudantil.
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HISTÓRICO DO COMITÊ
A. Agir como autoridade diretiva e coordenadora do trabalho internacional em saúde;
A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi fun-
B. Estabelecer e manter uma colaboração eficaz
dada em 7 de abril de 1948, com a função de
com as Nações Unidas, as agências especiali-
ser uma agência especializada da Organização
zadas, as administrações sanitárias governa-
das Nações Unidas (ONU) para melhorar a saúde
mentais, os grupos profissionais e outras or-
de todos os povos. No período entre a Primeira
ganizações consideradas apropriadas;
C. Ajudar os Governos, mediante solicitação, a
Guerra e a Segunda Guerra Mundial, a Liga das
fortalecer os serviços de saúde;
Nações criou o comitê de higiene, entretanto,
com o fim da organização, o comitê também foi
D. Fornecer a assistência técnica adequada e,
desfeito, porém serviu de base para a criação da
em caso de emergência, a ajuda necessária a
OMS em 1948.
pedido ou aceitação dos Governos;
E. Providenciar ou prestar assistência, a pedido
O objetivo a ser alcançado pela OMS era o de
das Nações Unidas, para serviços e instala-
proporcionar um futuro mais saudável e melhor.
ções de saúde a grupos especiais, como os
Em função desse objetivo, o órgão trabalha jun-
povos dos territórios tutelados;
to com mais de 150 países-membros, possui um
F. Estabelecer e manter os serviços administra-
corpo de funcionários que atua com os governos
tivos e técnicos necessários, incluindo os ser-
e tem parcerias com diversas ONGs, buscando
viços epidemiológicos e estatísticos;
sempre proporcionar a melhor qualidade de saú-
G. Estimular e promover o trabalho de erradi-
de possível para os indivíduos mais necessitados.
cação de doenças epidêmicas, endêmicas e
outras;
H. Promover, em cooperação com outras agên-
A fim de alcançar o seu objetivo, as funções da
cias especializadas, quando necessário, a pre-
Organização são, segundo sua constituição:
venção de lesões acidentais;
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I. Promover, em cooperação com outras agências
P. Estudar e relatar, em cooperação com outras
especializadas, quando necessário, a melhoria
agências especializadas, quando necessário,
da nutrição, da habitação, do saneamento,
as técnicas administrativas e sociais que afe-
da recreação, das condições econômicas ou
tem a saúde pública e os cuidados médicos
de trabalho e de outros aspectos da higiene
do ponto de vista preventivo e curativo, in-
ambiental;
cluindo os serviços hospitalares e segurança
social;
J. Promover a cooperação entre os grupos cien-
Q. Fornecer informações, conselhos e assistên-
tíficos e profissionais que contribuem para o
cia no domínio da saúde;
progresso da saúde;
R. Ajudar a desenvolver uma opinião pública en-
K. Propor convenções, acordos e regulamentos
tre todos os povos sobre questões de saúde;
e formular recomendações sobre questões
internacionais de saúde e desempenhar as
S. Estabelecer e revisar, conforme necessário,
funções que lhe sejam atribuídas e compatí-
as nomenclaturas internacionais de doenças,
veis com seu objetivo;
de causas de morte e de práticas de saúde
pública;
L. Promover a saúde e o bem-estar materno-in-
T. Padronizar os procedimentos diagnósticos
fantil e promover a capacidade de viver harmo-
conforme necessário;
niosamente num ambiente global em mutação;
M. Promover atividades no campo da saúde
U. Desenvolver, estabelecer e promover pa-
mental, especialmente aquelas que afetam a
drões internacionais com respeito a alimen-
harmonia das relações humanas;
tos, produtos biológicos, farmacêuticos e
produtos similares;
N. Promover e realizar investigação no domínio
V. Em geral, tomar todas as medidas necessá-
da saúde;
rias para atingir o objetivo da Organização.”
O. Promover o aperfeiçoamento dos padrões
(WHO, 2006)
de ensino e formação em saúde, medicina e
profissões afins;
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O conjunto dessas operações colabora no com-
cada caso específico. A OMS busca, por meio de
bate de doenças como a gripe, HIV e malária,
um esforço comum, construir sistemas de saúde
que são transmissíveis, mas o escopo de atuação
fortes e alcançar a cobertura de saúde universal.
se estende ao desenvolvimento de procedimentos e ações relacionadas a doenças cardíacas e
Em seu histórico de atuação, o órgão possui
ao câncer. O combate a doenças em geral é uma
grandes conquistas pelo mundo. Há seis ações
das principais áreas da OMS. Os indivíduos mais
nos cinco continentes que mostram a sua capa-
vulneráveis são, segundo as pesquisas do órgão,
cidade e sucesso. A OMS ajudou a extinguir a
mães e filhos. Por essa razão, prioriza a defesa
doença bouba de Vanuatu, na Oceania, nas dé-
das gerações vindouras na tentativa de propor-
cadas de 1950 e 1960, ajudou a combater a obe-
cionar uma vida longa e saudável. As medidas
sidade infantil na Finlândia e os bebês do Peru
principais para a proteção da saúde são: a garan-
a terem acesso à comida, em um trabalho feito
tia da segurança do ar que as pessoas respiram,
na década de 1990, reconstruiu o sistema públi-
o alimento que comem, a água que bebem e os
co de saúde da Libéria após a crise do ebola em
medicamentos e vacinas de que necessitam.
2014, extinguiu a crise de poliomielite na Índia
em 2012, doença que existia no local desde 1950,
Sendo um órgão que atua em conjunto com os
e ajudou, em 2013, a combater as doenças men-
governos e Organizações não Governamentais
tais que ocorriam na Síria. Os trabalhos feitos
(ONGs), a OMS mantém um olhar atento sobre as
pela OMS possuem um longo tempo de duração,
tendências de saúde, olhando para novas amea-
uma vez que os problemas relacionados à saúde
ças e novas oportunidades para melhorar a saú-
apresentam grande complexidade e devem ser
de pública. O órgão reúne os maiores especia-
resolvidos completamente a fim de evitar uma
listas do mundo para examinar questões críticas
retomada do problema, como surtos, epidemias
de saúde, definir as melhores soluções, fornecer
e até pandemias. A OMS possui um corpo de fun-
e programar as recomendações necessárias para
cionários que auxilia o país durante todo o pro-
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cesso de solução do problema, além da ajuda da
tencial de uma patologia tornar-se epidemia e,
comunidade internacional.
talvez, futuramente, uma pandemia. Citaremos
aqui, algumas das mais mortíferas pandemias, a
Apesar do histórico de sucesso, a OMS depende
fim de contextualizar os senhores nas discussões
de suas parcerias e de seus Estados-membro. No
de saúde internacional.
ano de 2014, tivemos a crise do ebola na África,
a) Peste Bubônica
em 2015-2016, os surtos do zika vírus no Brasil.
Os problemas ganharam proporções maiores
com a globalização e deve-se dar mais atenção
Popularmente conhecida como peste negra, por
às epidemias a fim de evitar sua extensão alcan-
conta de ser a pandemia mais mortífera que
çando o patamar de pandemias.
atingiu a Europa e a Ásia no século XIV. Causada
por uma bactéria, a Yersinia pestis é transmitida
ao ser humano por pulgas contaminadas de roe-
HISTÓRICO DO PROBLEMA
dores. Como na época não existiam tratamentos
antibióticos, a doença só parou de se propagar
Infelizmente, é impossível separar as epidemias
quando as condições sanitárias melhoraram,
e pandemias da história dos seres humanos. Por
diminuindo a disseminação de ratos e, conse-
menores que sejam, os vírus, as bactérias e ou-
quentemente, das pulgas contaminadas. Estudos
tros microrganismos já foram responsáveis por
apontam que, sem tratamento, 60% dos pacien-
milhões de mortes ao longo do tempo.
tes não sobrevivem.
A Organização Mundial da Saúde, em seu rela-
b) Cólera
tório “Um Futuro Mais Seguro” (A Safer Future), publicado em 2007, alerta para a facilidade
Apesar de conhecida desde a Antiguidade, tornou-
da transmissão de doenças e o aumento do po-
-se pandemia em 1817, o Vibrio cholerae matou
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centenas de milhares de pessoas e sofreu diversas
Além disso, mais de quarenta milhões de crian-
mutações responsáveis por novos ciclos epidêmicos
ças e adultos vivem com HIV. Ainda não existe a
e pandêmicos de tempos em tempos. A contami-
cura para a AIDS, infelizmente, porém a busca é
nação se dá através da água ou alimentos conta-
intensa e financiada internacionalmente, inclusi-
minados. Atualmente, existem vacinas disponíveis,
ve por governos, a fim de melhorar a qualidade
porém ainda de baixa eficácia.
de vida de seus cidadãos.
c) Sarampo
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
O sarampo ocasionou cerca de seis milhões de
mortos por ano até 1963, quando sua primeira va-
Para que exista uma análise mais completa e
cina foi descoberta. Era uma das principais causas
complexa do problema, é necessário classificar
da mortalidade infantil. É causada pelo Mobillivi-
as doenças segundo seu âmbito de propagação.
rus e propagada por meio de secreções mucosas
de indivíduos contaminados. Com o aperfeiçoa-
a. Surto: Considera-se a existência de um surto
mento da vacina através dos anos, o sarampo foi
quando há o aumento repentino no número
erradicado em diversas partes do mundo.
de casos em determinada região. Aumento
este que supere a expectativa das autorida-
d) AIDS
des locais. Por exemplo, a dengue em algumas cidades brasileiras é tratada como surto
Desde o início de sua epidemia, cerca de trinta
por acontecer em regiões específicas.
e cinco anos atrás, a AIDS foi responsável pela
b. Epidemia: A existência de surtos esporádicos
morte de ao menos 21 milhões de pessoas ao re-
em diversas regiões caracteriza uma epide-
dor do mundo, de acordo com o relatório do Pro-
mia. Esta pode vir em vários níveis: munici-
grama das Nações Unidas para o Combate à Aids.
pal, quando se dá em vários bairros; estadual
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quando se dá em várias cidades e nacional
de Westphalia, que pôs fim, de uma vez por to-
quando se dá em diversas regiões do país.
das, à Guerra dos 30 anos. Com os tratados que
c. Pandemia: A pandemia caracteriza o pior dos
encerraram a guerra, nasceu a concepção que
cenários. Acontece quando a epidemia sai
existe hoje do “Estado Moderno”: composto por
da esfera nacional e se espalha por diversas
poder, soberania e território. As fronteiras são
regiões do planeta. Exemplo de pandemia
agregadas às ideias dos dois últimos: responsá-
é o caso da Gripe A (ou suína), que saiu da
veis por demarcar os territórios e delimitar a área
categoria epidemia para pandemia, quando
de atuação soberana de cada Estado.
a OMS passou a registrar casos em todos os
A concepção de 1638, apesar de representar o
cinco continentes.
d. Endemia: A endemia não está na esfera quan-
conceito manistream dentro das ciências sociais
titativa e, sim, na frequência. Uma doença é
e políticas, tem-se deteriorado devido a diversos
qualificada com endêmica quando passa a
fatores da atualidade. O mundo mudou muito
acontecer com muita frequência em deter-
desde a concepção do modelo de Estado. O prin-
minado local.
cipal fator e grande responsável por tamanha
flexibilização da ideia de fronteiras é a globali-
Com essas bases devidamente diferenciadas,
zação. Ninguém poderia prever, à época, que o
prossigamos para o problema.
mundo seria como é hoje.
1. A globalização
O surgimento de uma quantidade imensa de
agentes transnacionais, como indústrias trans-
1.1. A fluidez das fronteiras
nacionais e multinacionais e até organizações
terroristas, que não se limitam a um território
O conceito de fronteiras, de fato, não passa de
demarcado pelas fronteiras tradicionais, além
uma ideia construída em 1638, na chamada Paz
de instituições de cunho global, como a própria
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Organização das Nações Unidas que tenta apro-
sitivamente, a globalização permite uma maior
ximar o mundo de tal maneira que as soluções
circulação de capitais, bens e serviços, tecnolo-
se deem através da negociação, aparatos tecno-
gias, trabalho e conhecimento, que agora pode
lógicos, como os smartphones e a internet que
ser acessado mundo afora; negativamente, o
mantêm pessoas ao redor do mundo conectadas
crescimento possibilitado pela globalização gera
a uma mesma rede, possibilitando a comunica-
hábitos alimentares menos saudáveis, rotinas
ção em questão de segundos, têm relativizado a
mais corridas e estressantes.
ideia tradicional das fronteiras.
Toda essa mudança contribui para o aparecimenPela primeira vez na história, depois de 1638,
to de patologias, até então quase inexistentes,
questiona-se a prevalência do Estado Moderno.
que podem tornar-se endemias. Como exemplo,
Em meio a tantas mudanças e fluidez de relações
é possível citar o que ocorreu no México, na dé-
e ideais, surgem movimentos afirmando que o Es-
cada de 1980. Com o crescimento intensificado
tado não passa de uma construção social aceita e
de alimentos embalados importados dos Esta-
disseminada que só existe por conta da crença ge-
dos Unidos, houve um aumento considerável da
neralizada em sua existência; há outros que dizem
população mexicana obesa. A OMS já classifica a
que o conceito de Estado como o conhecemos es-
obesidade como doença epidêmica do século XXI.
taria entrando em colapso, assim como conceitos
Outra patologia que se intensificou (e se inten-
anteriores ruíram para abrir espaço para novos.
sifica) com o processo de globalização foi a de-
1.2. A saúde global
pressão. De acordo com a própria Organização
Mundial da Saúde, a perspectiva para o ano de
Tratando especificamente do tema da saúde glo-
2030 é que a depressão seja a doença mais co-
bal, a globalização, como todo e qualquer acon-
mum do mundo. O médico Shekar Saxena, do
tecimento, traz vantagens e desvantagens. Po-
departamento de saúde mental da OMS, afirma
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que a depressão já é mais comum do que outras
regiões, com diferentes sistemas imunológicos e
doenças mais temidas pela população e a classifi-
portadores de patologias específicas.
ca como uma “epidemia silenciosa”, por ser cada
vez mais diagnosticada, estar por toda parte e só
O contato, e consequentemente a difusão, au-
aumentar em termos de proporção.
mentou de maneira exponencial com o advento
das grandes navegações e a descoberta do Novo
2. A segurança sanitária
Mundo. Nesse momento, endemias convencionais e que não ofereciam perigo aos conquista-
2.1. Transmissão de doenças
dores europeus, ao entrar em contato com os
nativos americanos, por exemplo, tornaram-se,
As patologias sempre conseguiram se espalhar,
inicialmente, surtos e, em pouco tempo, epi-
seja por meio de um hospedeiro intermediário,
demias, nas civilizações preexistentes. Essa foi
tal qual a pulga dos ratos, no caso da peste bu-
uma das principais causas de morte dentro das
bônica; ou pelos próprios seres humanos, em
civilizações pré-colombianas e tribos menores na
contato com os outros.
América, mesmo que de forma não intencional,
durante o processo de colonização.
O comércio, de fato, impulsionou todo o processo
de contágio. O renascimento comercial ampliou
2.2. Segurança sanitária na
o contato humano consideravelmente reduzido
atualidade
durante o feudalismo. Os portos comerciais que
nasciam, como Flandres e Gênova, eram grandes
Vivemos um momento complexo com relação
pontos de encontro, contato e, consequente-
à segurança sanitária. Devido à, já comentada,
mente, contágio de patologias, sendo através da
fluidez e à relativização das próprias fronteiras.
proliferação de zoonoses e/ou do próprio conta-
As patologias funcionariam, atualmente, como
to entre seres humanos advindos de diferentes
um grande e maléfico agente transnacional que
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não se prende a territórios e se espalha cada vez
automedicação errônea por parte da população e
mais rápido e intensamente.
falta de investimentos na área da saúde.
A OMS, em um relatório intitulado “Um futuro
3. Tecnologia e conhecimento
mais seguro” (2007), faz um alerta sobre a velo-
compartilhado
cidade, nunca antes registrada, com que doenças
infecciosas estão se propagando, devido, princi-
O avanço tecnológico e a possibilidade de tal,
palmente, ao grande número de pessoas que via-
no século XXI, é inegável. O investimento em
jam de avião pelo mundo. Também adverte sobre
pesquisa e o compartilhamento de informações
novas doenças que estão surgindo em ritmo ace-
em pró de um mesmo objetivo funcionam como
lerado a cada ano que passa. De acordo com o re-
bons catalizadores para o desenvolvimento e a
latório, do início da década de 1970 até agora, 39
melhoria daquilo que foi criado.
novas patologias se desenvolveram ao redor do
mundo. De 2000 a 2007, foram identificadas mais
No âmbito da saúde, a tecnologia e o comparti-
de 1100 epidemias, como poliomielite, cólera e
lhamento do conhecimento adquirido podem ser
gripe aviária. À época do relatório, a pandemia
extremamente salutares. A Organização Mun-
do vírus ebola ainda não havia acontecido, po-
dial da Saúde, em uma de suas seis recomenda-
rém, já existia um alerta para com essa patologia.
ções para os governos com relação à contenção
de patologias e melhorias da própria convivên-
Nesse mesmo relatório, também é ressaltado que
cia e, também, vivência, afirma que a coopera-
outras enfermidades que já estavam praticamente
ção e a partilha de conhecimentos, tecnologias
desaparecidas, como a malária e tuberculose, re-
e materiais são peças-chave para a prevenção de
apareceram como resultado de mutações biológi-
grandes surtos. O intercâmbio de dados médicos,
cas, desenvolvendo resistência a antibióticos. Isso
habilidades, técnicas sanitárias e solidariedade
é consequência de sistemas sanitários deficientes,
entre nações mais desenvolvidas e menos desen-
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volvidas é um dos caminhos para um futuro com
que possui 11% da população mundial, mas com
maior segurança.
60% das pessoas contaminadas com HIV. Apesar
de o número de pessoas em tratamento ter aumentando consideravelmente, a AIDS ainda é a
PANORAMAS
epidemia mais latente nesse continente, sendo a
principal causa de morte entre adultos. Na África
África
Subsaariana encontram-se 67% do total de infectados com HIV no mundo e essa região concentra
O continente africano possui uma grande debili-
também altos índices de mortes causadas pelo ví-
dade quanto à manutenção de uma estrutura vital
rus. Só em 2007, a UNAIDS relatou que 75% das
mínima. Muito é noticiado sobre os problemas de
mortes por AIDS no mundo ocorreram na região.
insalubridade da região e as condições precárias
de saúde pública que fazem mais vítimas que a
Ainda nessa sub-região, concentram-se 90% das
fome, guerra e desastres naturais. Os africanos são
mortes por malária. A doença está presente em
os que mais sofrem com a eclosão de pandemias
quase todas as áreas tropicais como Etiópia e Ser-
e epidemias, cabendo ao nosso comitê discussões
ra Leoa. Várias entidades já apontaram o cresci-
razoáveis que visem, principalmente, prevenir e
mento expressivo da malária nas últimas décadas:
proteger essa população das enfermidades.
o número de casos é 4 vezes maior na década de
90 em relação à década de 70 e a taxa de mor-
Os problemas relacionados à saúde no conti-
talidade nos hospitais africanos subiu entre 2 e 3
nente africano têm grande dificuldade de serem
pontos percentuais. A malária mata uma crian-
dirimidos, bem como a manutenção de certas
ça a cada 30 segundos, principalmente crianças
medidas são relativamente dispendiosas. A AIDS
menores de 5 anos de idade, que permanecem
(Acquired Immunodeficiency Syndrome), por
sendo tratadas de forma ineficaz, mesmo com os
exemplo, ainda permanece devastando a região,
níveis alarmantes de resistências, resultando em
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sucessivas falhas no tratamento. A organização
projetos de infraestrutura na área de saneamen-
“Médicos sem Fronteiras” e outras entidades já
to básico, qualidade das regiões, criação de es-
relataram diversas vezes que o tratamento deve
colas e o acesso à informação. Mesmo a União
ser revisado e repassado para os postos de saúde
Africana tendo firmado um compromisso de
pública, por intermédio da OMS.
15% dos recursos a serem direcionados à saúde,
apenas 6 países (Botsuana, Burkina Faso, Malawi,
A esquistossomose, causada por parasitas que
Níger, Ruanda e Zâmbia) deram indícios de ma-
vivem e se reproduzem em alguns caramujos de
nutenção do acordo. Contudo, especialistas já
água doce, e a febre de lassa, encontrada prin-
apontam a insuficiência dessas incursões devido
cipalmente na África Ocidental, são doenças que
à grande defasagem do setor de saúde, sendo
ainda permanecem longe de serem erradicadas,
extremamente necessário elevar os recursos de
especialmente pela falta de conhecimento sobre
financiamento por países estrangeiros. os riscos de contaminação. Mesmo a poliomielite,
que foi amplamente eliminada de diversos paí-
Outro fator expressivo, é que a falta de profis-
ses africanos, ainda é endêmica na Nigéria, onde
sionais da saúde favoreceu o curandeirismo que
pode ser evitada pelo acesso às vacinas. Ainda
é realizado por meio de rituais, plantas e ervas
mais recente é a recontaminação pelo vírus ebola,
tradicionais. Em algumas comunidades, é co-
que exigiu considerável mobilização internacional
mum encontrar esses medicamentos sendo ven-
a fim de evitar a eclosão de uma pandemia.
didos em mercados, pois as pessoas acreditam
no tratamento e os preços são mais acessíveis.
Nesse sentido, os países africanos carecem de
Dessa forma, é importante ressaltar que essas
recursos econômicos para a implementação de
questões devem entrar na pauta de discussão,
medidas eficientes de saúde pública que não só
como formas de solucionar ou integrar métodos
incluem a construção de hospitais, mas também
alternativos.
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América Latina e América do Norte
verno de George W. Bush criou o Programa Presidencial de Emergência de Combate à AIDS, que
Essa região apresenta um extenso histórico de
envolveu não só a inversão de US$ 15 bilhões, mas
implementação de programas de saúde pública
também um trabalho de acompanhamento. Já no
a fim de melhorar a qualidade de vida da po-
Brasil, o governo adotou uma política de quebra
pulação e evitar surtos de epidemias de forma
de patentes para fornecer remédios às popula-
recorrente. Em alguns desses países, há hospitais
ções menos favorecidas, bem como contou com a
especializados, inclusive em doenças tropicais,
ajuda de ONGs e campanhas de conscientização.
para identificar as doenças de forma imediata e
Cabe ressaltar que a maior parte dos portadores
agilizar o processo de atendimento.
e os vulneráveis ao vírus da AIDS encontram-se
nas populações marginalizadas, como minorias
étnicas, pessoas de baixa renda e homossexuais.
Indubitavelmente, ao se falar de epidemias nesse continente, é impossível não abordar a questão da AIDS e seu processo peculiar de conta-
Outra epidemia bastante recorrente na região é
minação. No Equador, os números são bastante
causada pela dengue. Em 2013, a América Latina
expressivos, onde há 37 mil pessoas infectadas
contabilizou 2 milhões de casos clínicos e mais de
com o vírus em uma população de 15 milhões
mil mortes, com considerável incidência da doen-
de habitantes. Em outra esfera mais agravante,
ça no Brasil, Paraguai e Colômbia. As estatísticas
os Estados Unidos da América são um dos paí-
da Organização Panamericana da Saúde (OPS) in-
ses com o maior número de portadores do vírus
dicaram mais de 32 mil casos de dengue hemor-
no mundo e cerca de um terço das pessoas com
rágica no mesmo ano. Países como Venezuela e
AIDS na América Latina estão no Brasil.
Bolívia também emitiram alertas sobre a doença.
Esses dois países apresentaram os maiores esfor-
Contudo, a doença que mais apresenta perigo ao
ços no sentido de solucionar o problema. O go-
continente é a infecção pelo vírus zika, já que a
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solução ainda encontra-se distante dos resulta-
tão prioritária em alguns países. O sudeste asiáti-
dos ideais. O principal problema relacionado a
co é a região mais afetada pela AIDS, todavia, há
essa doença está nos casos das mulheres grávidas
grande variação no nível de soropositivos nessa
que, uma vez infectadas pelo vírus, gestarão be-
região. Camboja e Tailândia apresentaram que-
bês com microcefalia. A situação mais grave está
das na incidência da doença ao passo que Viet-
concetrada no Brasil, com mais de 91 mil possí-
nã e Indonésia, crescimentos. A Índia, por ser um
veis infectados, embora tenha apresentado casos
país muito populoso, ainda possui um grande nú-
prováveis em quase toda a região da América.
mero de infectados, apesar de ter reduzido consideravelmente em relação ao fim do século XX.
Ásia
Estima-se que a média de infectados no contiO continente asiático, dada suas proporções geo-
nente seja de 4,7 milhões de pessoas. Um exem-
gráficas e populacionais, é particularmente sen-
plo positivo é oriundo das políticas chinesas, que
sível à eclosão de epidemias, ainda mais quando
tornaram o combate à AIDS prioritário ao identi-
são levadas em consideração as dificuldades de
ficar os principais meios de contágio e introduzir
acesso à informação, muitas vezes oriundas de
medidas eficientes de combate ao vírus. Dentre
restrições religiosas e culturais, dificultando o
elas, a distribuição de agulhas e a disponibiliza-
tratamento e controle do contágio. Esses pontos
ção de preservativos em quartos de hotel.
devem ser discutidos com cautela, uma vez que
não se trata exclusivamente de saúde pública,
O número de infectados com a doença também
mas de questões identitárias e étnicas profunda-
permanece aumentando em países como Azer-
mente arraigadas.
baijão, Cazaquistão, Quirguizistão, Tajiquistão
e Usbequistão – com o último apresentando o
No entanto, o aumento no número de casos tem
maior número de contaminados da Ásia Cen-
elevado o nível de preocupação e tornado ques-
tral. O contágio ocorre principalmente pelo uso
17
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de drogas injetáveis e sexo sem proteção. Ou-
Médio com poucos casos isolados. Outros países
tro ponto importante que deve ser tratado no
com casos confirmados são Emirados Árabes, Qa-
debate concerne ao tratamento discriminatório
tar, Omã, Jordânia, Kuwait e Iêmen. Em 2015, o
destinado às mulheres em alguns países, o que
MERS provocou 20 mortes na Coreia do Sul e le-
dificulta a educação e a mudança comportamen-
vou 265 mil pessoas ao estado de quarentena. O
tal da população feminina.
primeiro caso foi registrado na Tailândia no fim
do primeiro semestre de 2015, provocando alertas
não só na região, como também na Europa.
Em outro extremo, a expansão do zika vírus nas
Américas e as similaridades dos nichos ecológicos
Caribe
do vírus na Ásia levantaram o alerta de uma nova
epidemia na região. O ranking dos países com
maior risco de surtos de zika é liderado pela Índia,
Essa é a segunda região mais afetada pela AIDS
China, Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Vietnã
no mundo. Países como República Dominicana e
e Filipinas. Esses países reúnem uma combinação
Haiti apresentam grandes números de casos da
de fatores que incluem a presença do mosquito
doença todos os anos, principalmente em razão
Aedes aegypti, condições climáticas adequadas
do turismo sexual que potencializa a difusão da
para o alastramento de uma epidemia, um alto
doença por meio do contato desprotegido. No
fluxo de viajantes provenientes de áreas afetadas
entanto, esse problema tem assumido outros
pelo vírus nas Américas, além do acesso limitado
contornos por meio de uma vontade mais ativa
a recursos para saúde pública1.
do governo e participação da sociedade. Tais medidas foram eficientes em seu contexto e podem
Ainda mais recente é a epidemia do MERS (Síndro-
ser compartilhadas com outras nações. No mais,
me Respiratória do Oriente Médio). O vírus foi de-
os surtos de cólera que atingiram o Haiti após
tectado pela primeira vez em 2012, na Arábia Sau-
o terremoto, em 2010, produziram os casos mais
dita, e desde então se manteve restrito ao Oriente
graves da região.
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Recentemente, os países caribenhos vêm sofren-
Os problemas mais acentuados desse continente
do com a ameaça de epidemia do zika vírus, o
concernem à AIDS. França, Alemanha e Portugal
qual a OMS já apontou como uma situação de
registram a maior taxa de casos da doença no
emergência, com casos detectados na Costa Rica
continente, nos quais as transmissões mais recor-
e Jamaica. Essa doença é especialmente danosa a
rentes acontecem pelo intercurso sexual despro-
mulheres gestantes, visto que há uma correlação
tegido e o uso de drogas injetáveis. Já no leste
entre a incidência de recém-nascidos com micro-
europeu, os níveis mais altos de portadores da
cefalia e o referido vírus. Por esses países esta-
doença encontram-se na Rússia e na Ucrânia,
rem localizados em zonas tropicais, a manifesta-
onde os principais processos de contaminação
ção do vírus pode ser mais vertiginosa e causar
são os mesmos da Europa Central. No entanto,
transtornos em diversas regiões, sendo essencial
as pesquisas para essa doença estão em constan-
discutir medidas preventivas de forma imediata.
te progresso, além de muitas instituições perseguirem soluções definitivas para o problema, o
Europa
governo busca a conscientização da população,
bem como fornece o tratamento e, na medida
do possível, controla a contaminação.
A Europa possui mecanismos de saúde pública
muito mais abrangentes e eficazes em relação a
outros continentes, o que auxilia na prevenção e
Nesse sentido, pelo continente ter sofrido longos
tratamento de doenças, evitando a contaminação
períodos com epidemias como a peste negra, có-
em massa. De forma mais restrita, os países-mem-
lera, tuberculose, entre outros, dado a sua condi-
bros da União Europeia possuem políticas inde-
ção econômica e preocupação histórica, a maioria
pendentes quanto à saúde, cabendo à instituição
desses países possui instrumentos de prevenção e
fazer ressalvas e compartilhar os dados com os
tratamentos avançados. Com o surto de ebola na
demais países de forma a alcançar - em conjunto -
África Ocidental e o recente surto de poliomielite
uma política apropriada de saúde pública.
na União Europeia, surgiu uma participação mais
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ativa das agências e canais envolvidos na solução
A Austrália teve um grande surto de AIDS que foi
de tais crises. Embora o risco do ebola para a Eu-
combatido por meio de campanhas de preven-
ropa tenha sido considerado baixo, a Comissão
ção, enquanto que o surto de dengue foi comba-
Europeia trabalhou em colaboração com os esta-
tido com a introdução de uma bactéria, wolba-
dos-membros no Comitê de Segurança e Saúde
chia, em mosquitos que, por meio da relação, a
para produzir pesquisas e atualizar os países em
transmitiam de geração para geração. Essa bac-
como coordenar as abordagens de prevenção
téria impede o crescimento do vírus da dengue
contra essas enfermidades. A Agência Europeia
dentro do mosquito e, assim, evita a transmissão
de Segurança Alimentar desempenhou um pa-
da doença. Mais recentemente, Tonga decretou,
pel ativo no controle da epidemia, restringindo
no início de 2016, epidemia de zika vírus com 5
alimentos com possibilidade de contaminação. É
casos confirmados e com suspeita de 265 conta-
igualmente importante o papel dos países euro-
minados. Já a Polinésia Francesa suspeita dos pri-
peus no financiamento, fiscalização e participa-
meiros casos de microcefalia associados ao zika
ção ativa nas políticas da OMS.
vírus. No entanto, as pesquisas ainda não confirmaram os efeitos dessa bactéria no combate ao
Oceania
zika vírus, sendo necessário avançar mais a fim
de coibir uma possível epidemia.
A Oceania é o menor continente do mundo, com
grande representatividade da Austrália e Nova
Zelândia, que são exportadores agropecuários e
Documento de Posição
economicamente desenvolvidos. No entanto, a
Oficial
maioria da população mora no campo, onde há
carência de informação e tratamento, potencia-
O DPO deverá ser elaborado respeitando as nor-
lizando a disseminação de doenças.
mas básicas da Associação Brasileira de Normas
20
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•
Técnicas (ABNT) que se resumem em: fonte Times
Existe investimento em pesquisa e tecnolo-
New Roman tamanho 12, recuo de primeira linha
gia e/ou grupos de cooperação internacional
de 1,25, parágrafo justificado, espaçamento en-
para auxiliar na prevenção de epidemias?
tre linhas 1,5 e notas de rodapé com fonte Times
New Roman tamanho 10 e espaçamento simples.
Tais perguntas servem apenas para direciona-
As margens do documento deverão ser de 2,00 à
mento da pesquisa. O DPO deve ser elaborado
esquerda, direita, superior e inferior.
em texto dissertativo e não em forma de perguntas e respostas.
O documento total deve estar limitado a uma
página, devendo conter no canto superior direi-
Na elaboração do DPO deve ser evitado o uso
to da folha o símbolo da ONU e o brasão de ar-
de verbos em primeira pessoa e o uso de estilos
mas do país no canto superior esquerdo. Abaixo
como negrito, sublinhado, itálico e sombreado.
das imagens deve estar presente no documento
Lembre-se de que se trata de um documento for-
um breve cabeçalho contendo o tema do comitê,
mal, portanto, não é permitido o uso de estrutu-
o nome da delegação e o nome do delegado. O
ras linguísticas coloquiais.
delegado deve assinar no fim do documento.
Não se esqueça de ater-se à política externa do
Para auxiliar a elaboração do DPO, é importante
país representado ao elaborar o documento, pois
guiar-se pelas seguintes perguntas:
incoerências entre a posição oficial apresentada
no DPO e a postura nos debates serão contabili-
•
zadas na avaliação final.
Como o seu país lida ou lidou com questões
emergenciais na área da saúde?
A prática de plágio é crime, se o plágio for de•
Se já esteve em estado de emergência, o pro-
tectado no DPO de alguma delegação, ela terá
cesso utilizado foi eficaz?
seu documento anulado e sua nota referente ao
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DPO zerada na avaliação. Assim, procure fazer o
os resultados, a eficácia entre outros termos são
documento com suas palavras para evitar proble-
fundamentais para promover uma discussão mais
mas e proporcionar uma evolução acadêmica.
coerente e – principalmente - consoante com a
realidade. Esperamos a máxima dedicação dos
senhores porque acreditamos que reconhecem
Considerações Finais
não só a relevância do tema, como a importância
da vossa atuação para salvaguardar a integridade humana.
Diante do exposto, é de competência da Organização Mundial da Saúde apresentar propostas com a dupla incumbência de solucionar,
NOTAS
dirimir ou, pelo menos, reduzir as chances dos
danos causados pelas referidas enfermidades e
precautelar no sentido de impedir os problemas
1. Citação direta: CASTRO, Fábio de. SAÚDE ÁFRICA
apresentados, incluindo o acesso à educação e
Países da África e Ásia são os mais vulneráveis a
infraestrutura de qualidade. Cabe ressaltar a im-
epidemias de zika. O Estadão. Brasil, p. 1-2. 02
portância do respeito aos Direitos Humanos ao
set. 2016. Disponível em: <http://saude.estadao.
longo das discussões, bem como o papel basilar
com.br/noticias/geral,paises-da-africa-e-asia-sao-
desse comitê em garantir o mínimo vital de so-
os-mais-vulneraveis-a-epidemias-de-zika-segundo-
brevivência de forma digna.
estudo,10000073737>. Acesso em: 19 nov. 2016.
Portanto, é essencial que os senhores se atentem
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ao tema proposto e a todas as peculiaridades
que o envolvem, a fim de produzir um debate
mais rico e com propostas de fato eficazes. O le-
Agência de Notícias da Aids. No Equador, 37
vantamento de dados, medidas já executadas,
mil pessoas convivem com vírus da aids. 2014.
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