Cancro Cítrico - Portal Atividade Rural

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CANCRO CÍTRICO
Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine
Doença causada por uma
bactéria: Xantomonas
axonopodis pv citri
Conseqüências:
 Queda de frutas e
folhas
 Impede a
comercialização
 Ameaça para os
demais pomares
Sintoma nas folhas
Sintomas nas frutas
Dano em laranja Monte Parnaso
Sintoma nos ramos
Progressão do cancro
A bactéria do cancro pode sobreviver por vários
meses em material vegetal cítrico contaminado
destacado da planta
SOBREVIVÊNCIA E DISSEMINAÇÃO DE BACTÉRIAS
A maioria das bactérias fitopatogênicas não forma endosporo,
possuindo, consequentemente, capacidade de sobrevivência
bem menor que certas espécies esporogênicas como Bacillus e
Clostridium, que podem, em certos casos, resistir até mesmo à
fervura. Desta forma, a cápsula assume importância muito
grande em termos de sobrevivência, possibilitando uma certa
resistência ao dessecamento, radiações e produtos químicos.
Bactérias fitopatogênicas apresentam várias fases durante seu
ciclo de vida, algumas delas associadas à sobrevivência. Nesse
sentido, um ciclo de vida típico pode apresentar as seguintes
fases:
Fase patogênica: a fitobactéria, em estreita e ativa associação
com o o hospedeiro, infectando e colonizando seus tecidos, está
incitando os sintomas típicos da enfermidade. Para o caso de
plantas anuais, essa fase é a fonte de inóculo para a estação
seguinte de plantio.
Fase residente: bactérias nesta fase são denominadas
populações residentes, sendo capazes de se multiplicar na
superfície de plantas sadias (cultura agronômica ou erva
daninha, planta hospedeira ou não-hospedeira) sem infectá-las,
sendo fonte de inóculo na ausência de doença. Nutrientes
disponíveis, nesse caso, seriam exsudatos do filoplano ou
rizoplano.
Fase latente: as bactérias fitopatogênicas
encontram-se internamente posicionadas no
tecido suscetível, em baixas populações, tendo
sua multiplicação paralisada, e os sintomas não
se evidenciam. Infecção latente constitui um
sério problema em relação à adoção de
medidas de controle, principalmente quando
consideradas a quarentena e a certificação.
Fase hipobiótica: embora não esporogênicas, algumas
fitobactérias parecem possuir seus próprios mecanismos que
permitem sobreviver por longos períodos em hipobiose. Células
bacterianas nesse estado diferem estrutural e metabolicamente
de células normais, multiplicam-se ativamente. Em condições
de hipobiose, a célula bacteriana parece ser formada
gradualmente com o envelhecimento de lesões, sendo
provavelmente envolta e protegida por certos tipos de
substâncias produzidas por ela, pela planta ou como
conseqüência da interação bactéria-planta. Nesse estado, a
sobrevivência do patógeno para a próxima estação de plantio é
bastante eficiente.
Latente:
Internamente
no tecido
suscetível, em
baixas
populações,
com
multiplicação
paralisada,
sem sintomas
Residente: se
multiplicam na
superfície do
tecido sadio, sem
infectá-lo, sendo
fonte de inóculo
Penetração: em órgãos jovens das plantas, a
bactéria pode penetrar pelos estômatos de
folhas, ramos e frutos. Também penetra por
ferimentos em partes maduras. Só penetra
quando há água livre.
Resistência das variedades
01.- Bergamoteira Poncan
02.- Bergamoteiras Montenegrina, Caí e Pareci
03.- Limoeiro Tahiti
04.- Laranjeira Shamouti
05.- Laranjeira Valência
06.- Tangor Murcott
07.- Limoeiro Cravo
08.- Laranjeira Umbigo
09.- Limoeiro Siciliano
10.- Pomeleiros
Atenção: existe diferença na resistência ao cancro em copas enxertadas
em diferentes porta-enxertos. Copas enxertadas em trifoliata são mais
resistentes que copas enxertadas em limoeiro cravo
Disseminação:
Sobrevivência de Xanthomonas axonopodis
pv. Citri - Sérgio Ruffo Roberto
Sobrevivência
até 2 horas
até 1 dia
até 2 dias
até 5 dias
> 5 dias
até 25 dias
até 80 dias
até 120 dias
Material
Luvas de couro
Escadas de madeira
Veículo (metal)
Luva de algodão seca
Folha cítrica (sem lesões)
Caixa de colheita plástica
Caixa de colheita de madeira
Tecido jeans
Tronco cítrico (sem lesões)
Fruto cítrico (sem lesões)
Luva de algodão úmida
Grama
Folhas cítricas com lesões na superfície
de solo úmido
Folhas cítricas com lesões enterradas
em solo seco
Folhas cítricas com lesões na superfície
de solo seco
O que fazer quando tem cancro?
- Erradicar em municípios indenes.
Proposição de manejo de pomar de citros
para o controle do Cancro Cítrico
- Implantação de quebra-ventos
- Inspeção das plantas
- Toalete no outono-inverno
- Não entrar no pomar com umidade
- Manejo de plantas recuperadoras
- Suspender fertilizantes solúveis
Controle com pulverizações de calda
sulfocálcica e calda bordalesa:
- Abril a maio aplicar calda sulfocálcica
- Agosto/setembro aplicar calda bordalesa 0,5 %
- Proteger os frutos jovens - 30 a 40 dias após a
floração com calda bordalesa
- Novembro/dezembro - proteger da larva-minadora
e aplicar calda bordalesa
- Janeiro - aplicar calda bordalesa - os frutos ficam
suscetíveis até 3-5 meses de idade.
- Fevereiro/março - período de brotação longa duas aplicações de calda bordalesa
- E a chuva?
- Atenção: aplicar calda bordalesa ANTES da chuva.
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