MARTINS ER. 2014. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas: caminhos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais... Palmas: ABH. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas: caminhos Ernane R Martins1 1 Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, Caixa Postal 135, 39404-547, Montes Claros – MG. [email protected] A domesticação de plantas, para as mais diversas finalidades, vem ocorrendo há milhares de anos nos mais diversos lugares do planeta. O processo leva a modificações nas plantas que as tornam mais úteis ao homem, ao mesmo tempo em que se tornam melhor adaptadas ao cultivo nos ambientes agrícolas criados pela intervenção humana. Assim, diversas características dos vegetais são modificadas, é a síndrome da domesticação, onde podem ser perdidas características que favoreçam a vida em ambiente silvestre, entre elas o metabolismo secundário ou especial, que é desprezado nas plantas exclusivamente alimentícias, o que não pode ocorrer no caso das espécies medicinais e aromáticas. Muitas das espécies exóticas no Brasil, principalmente europeias, são consideradas plenamente domesticadas e não poderiam mais sobreviver em condições naturais, apenas sob cultivo. As espécies brasileiras, na maioria das vezes, não atingiram esse nível. No Brasil há muitas espécies que podem (e devem) ser domesticadas, visando atender ao mercado, cada vez maior, com qualidade e em quantidade suficiente, minimizando os danos às populações naturais das espécies. No entanto, para que o processo ocorra, é necessária a conservação e uso dos recursos genéticos em estudos agronômicos, visando desenvolver populações com características favoráveis ao cultivo e que atendam às exigências do mercado. Para que o processo de domesticação não se restrinja a resolver problemas de adaptação das plantas e dos ambientes cultivados, é preciso definir para quem as tecnologias serão destinadas. Qual o sistema de produção será favorecido é uma importante questão a ser resolvida, pois definirá também o público alvo que se beneficiará das pesquisas, devendo ser priorizados os sistemas de pequena escala e “low input”. Domesticação na história humana A palavra domesticar, de origem latina, significa trazer para o “domus”, para casa (JORGE, 2004). A domesticação de plantas é um processo co-evolucionário pelo qual a seleção humana sobre os fenótipos vegetais resulta em mudanças nos genótipos das populações, tornando-as mais úteis ao homem e melhor adaptadas à intervenção humana na paisagem (Clement, 1999). Assim, plantas domesticadas são aquelas que diferem morfologicamente e genotipicamente dos parentes silvestres (Meyer et al., 2012). De acordo com Jorge et al. (2004), domesticação e cultivo são dois processos que não devem ser confundidos, pois o cultivo se caracteriza pelos cuidados que são dispensados na propagação de determinada espécie, e não 1 MARTINS ER. 2014. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas: caminhos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais... Palmas: ABH. envolve seleção intencional de características desejáveis para a adaptação às condições de condução, visando sobrevivência e reprodução. As culturas agrícolas mais importantes no mundo, principalmente empregadas na alimentação, foram domesticadas entre 4000 e 10000 anos atrás (Doebley et al., 2006), sendo que estima-se em 2500 o número de espécies submetidas à domesticação e, em 250, o número de espécies totalmente domesticadas (Meyer et al., 2013). O processo de domesticação envolve a seleção de diversas características fenotípicas, levando ao distanciamento genético das espécies domesticadas daqueles ancestrais ou parentes silvestres. Esse processo pode levar milhares de anos, ou apenas uma centena, como no caso do kiwi e do cramberry (Meyer et al., 2013). A história da domesticação de plantas no Brasil começa com os primeiros povos que ocuparam a terra. Considera-se que a Amazônia poderia ter de 4 a 5 milhões de habitantes que cultivavam ou manejavam 138 espécies no ano de 1492. Dessas espécies, muitas estavam em avançado estado de domesticação, sendo dependentes da intervenção humana para sua manutenção (Clement, 1999). Após o contato com os europeus, houve o declínio das populações indígenas e, consequentemente, o retorno das espécies em domesticação ao estado silvestre, ou à extinção, no caso daquelas em adiantado processo de domesticação. Por outro lado, houve o “imperialismo ecológico”, em que os europeus introduziam suas culturas, animais e parasitas, conquistando os ambientes mais rapidamente do que os colonizadores e impossibilitando ou dificultando a domesticação das espécies locais e colocando os habitantes locais na condição de escravos e servos Dean (1991). Assim, foi estimulada apenas a aclimatação das espécies exóticas. No entanto, nem todas as plantas podiam ser introduzidas no País. As especiarias não eram cultivadas no Brasil, em função de monopólio vigente à época, à exceção do gengibre, que se desenvolveu muito bem. No século XVII houve um estímulo à localização e plantio de especiarias, corantes e plantas medicinais nativas, com as mesmas qualidades das asiáticas, mas sem sucesso. Com a vinda da família real para o Rio de Janeiro, muitos naturalistas estrangeiros chegaram ao Brasil. Com destaque para Auguste de Saint-Hilaire, que descreveu centenas de plantas, muitas das quais medicinais ou aromáticas, recomendando o cultivo de algumas. Seleção e domesticação 2 MARTINS ER. 2014. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas: caminhos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais... Palmas: ABH. O processo de seleção que leva à domesticação pode ser inconsciente ou consciente. Na seleção inconsciente, provavelmente envolvida em muitos processos de domesticação, o ato de mover as plantas da natureza para os ambientes agrícolas estabelece pressões de seleção, levando ao aumento da aptidão de fenótipos que têm baixa aptidão no ambiente natural (Fuller et al., 2010). Na seleção consciente, fenótipos desejáveis são selecionados, enquanto fenótipos menos desejáveis são negligenciados ou ativamente removidos até que a sua frequência diminui na população (Meyer et al., 2012). As plantas domesticadas divergem dos ancestrais silvestres por um complexo de características morfológicas, fisiológicas e genéticas, conhecida como síndrome de domesticação. Assim, as espécies domesticadas têm uma estrutura mais robusta, perda da dispersão natural e da dormência de sementes, floração sincronizada entre estruturas reprodutivas masculinas e femininas, mudanças no metabolismo secundário (perda de toxicidade ou sabor desagradável), frutos e órgãos de interesse com tamanho superior dentre outras (Doebley et al., 2006). Frequentemente a domesticação promove a seleção contra características que aumentam o sucesso reprodutivo no ambiente natural, ou ainda, que ampliam a resposta defensiva da planta (Meyer et al., 2012). Assim, tem sido demonstrado que tais espécies têm reduzido as defesas químicas e físicas se comparadas aos parentes silvestres (Rosenthal et al., 1997). A domesticação de plantas alimentícias, oleaginosas etc., ou melhor, aquelas em que o produto principal é derivado do metabolismo primário, leva a privilegiar esse metabolismo em detrimento do metabolismo secundário ou especial, principalmente ligado à defesa. De modo geral, a seleção durante a domesticação concorreu para a redução da variabilidade genética em todas as espécies, restando a introdução de características, como a resistência a pragas e doenças, a partir dos parentes silvestres (Flint-Garcia, 2013). No caso das plantas medicinais, o caminho é diferente, pois deve privilegiar alguns aspectos da síndrome da domesticação, mas sem prejudicar o metabolismo especial, que foi significativamente alterado nas espécies alimentícias. A espécie Chenopodium ambrosioides apresentou, ao longo da domesticação, alteração em algumas características morfológicas e reprodutivas: compactação do ramo floral, perda do mecanismo natural de liberação das sementes, uniformidade da maturação dos frutos, aumento da massa das sementes e redução da espessura da casca da semente (perda de dormência) (Jorge, 2004), mas sem registros de alterações no metabolismo secundário. O grau de mudança que uma população alvo pode enfrentar nesse processo pode variar, assim, tem-se as plantas silvestres, as coevoluídas incidentalmente, domesticadas incipientemente, semi-domesticadas e domesticadas (Clement, 1999). As silvestres não sofreram modificação por intervenção humana, como ocorre com o barbatimão (Stryphnodendron adstringens), produzida exclusivamente pelo extrativismo ou 3 MARTINS ER. 2014. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas: caminhos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais... Palmas: ABH. manejo. Aquelas incidentalmente coevoluídas se adaptam aos ambientes modificados pelo homem, mas sem seleção humana, como ocorre com as espécies espontâneas ou plantas daninhas, que podem ser domesticadas se o processo de seleção for iniciado. Este último é o caso do mentrasto (Ageratum conyzoides). As domesticadas incipientemente foram modificadas pela intervenção humana, mas ainda apresentam grande variação para as características alvo da seleção, como ocorre com a espinheira-santa (Maytenus sp.). As semidomesticadas foram significativamente alteradas pela seleção humana, com variabilidade genética menor do que a população natural e, ainda, com capacidade de adaptabilidade ecológica para sobreviver em condições naturais, nesse caso poderia ser incluída a erva-baleeira (Varronia curassavica). As domesticadas têm a adaptabilidade ecológica reduzida de forma que sobrevivem apenas em ambientes criados pelo homem, além da reduzida variabilidade genética, sendo que aqui figuram muitas das espécies aromáticas e medicinais exóticas cultivadas no Brasil, como a o manjericão (Ocimum basilicum) ou a sálvia (Salvia officinalis). A maioria das espécies medicinais nativas do Brasil, em processo de domesticação, não chegaram nem perto do último nível, pois sobreviveriam em condições naturais se abandonadas. Além disso, apresentam ainda grande variabilidade genética, o que pode ser positivo do ponto de vista agronômico, mas negativo para a uniformidade na composição química, desejada pela indústria farmacêutica. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas A domesticação de plantas medicinais se justifica, segundo (Gattusso et al., 2014), quando a população de plantas é pequena e apresenta distribuição espaçada dos espécimes, as plantas se localizam em áreas pouco acessíveis, uma variedade ou espécie tem maiores teores de fármacos, o cultivo resulta em maior produtividade do teor de constituintes pela introdução de boas práticas na produção e melhores condições do solo e fitossanidade, o cultivo proporciona desenvolvimento rápido das plantas, e, há grande demanda do mercado. Essa demanda pode ser afetada no futuro, principalmente quando se tem um substituto sintético, de menor custo, como alternativa ao fitofármaco. No caso do jaborandi, a pilocarpina foi o único tratamento do glaucoma entre 1876 e 1960, sendo que, a partir de 1970 surgiu o maleato de timolol, em 1995 a dorzolamida e, em 1996, o latanoprosta (Homma, 2003). O risco é menor no caso das espécies que não são utilizadas na extração de uma molécula, como o jaborandi ou a fava-d’anta, mas utilizadas na produção de fitoterápicos, o mesmo ocorrendo com os óleos essenciais, mesmo que haja um marcador químico definido. 4 MARTINS ER. 2014. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas: caminhos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais... Palmas: ABH. No Brasil há um esforço para domesticar ou cultivar as plantas medicinais, como aquelas oriundas da Mata Atlântica. Assim, de acordo com a lista de plantas divulgadas pela ANVISA (RDC No. 10 de 09 de março de 2010) 24 espécies são oriundas desse bioma e, excluindo aquelas frutíferas, ruderais e arbóreas (à exceção da espinheira santa), sobram 16 espécies, sendo que 32% dos trabalhos publicados entre 1990 e 2011 foram na área agronômica, com predominância de trabalhos sobre a atividade biológica (Ming et al., 2012). É natural que se procure uma atividade biológica, seguida de uma composição fitoquímica, para justificar estudos relacionados à produção da espécie. Uma das espécies brasileiras, com maior demanda no mercado interno, a espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) tinha 38% de artigos publicados na área de ensaios biológicos, 30% na fitoquímica e 20% na área agronômica (Ming et al., 2012). Essa espécie tem grande demanda do mercado, é produzida principalmente pelo extrativismo e não apresenta dificuldades no cultivo, com tecnologias prontamente disponíveis aos agricultores (Scheffer et al., 2005). Assim, na definição de quais espécies deverão ser domesticadas, seguramente a atividade farmacológica definida e os marcadores químicos estabelecidos são condições essenciais. A ameaça de extinção ou de erosão genética, além da demanda do mercado, selecionam aquelas espécies com maior prioridade. Alguns passos têm sido seguidos no processo de domesticação, sempre com o objetivo de incorporar uma planta silvestre ao acervo de plantas disponíveis para uso e consumo pelo homem. Num primeiro momento, a espécie é produzida a partir do ambiente natural. Com o incremento da demanda, passa-se a conservar a espécie e a coletar propágulos para enriquecer as áreas onde esta ocorre naturalmente, garantindo a produção e, eventualmente, modificando o ambiente para favorecê-la. A terceira etapa é representada pela implantação de plantios que vão sendo melhorados com base na seleção dos indivíduos considerados mais adequados ao cultivo (Scheffer et al., 2005). Assim, há uma evolução da espécie atendendo às necessidades dos agricultores, do extrativismo, passando pelo manejo, até o cultivo. Os autores recomendam ainda que a base genética deve ser conservada, com o objetivo de enfrentar as flutuações ambientais no futuro e permitirá ainda o melhoramento e a obtenção de genótipos superiores. Scheffer et al. (2005) recomendam alguns estudos necessários no caminho da domesticação, como a obtenção de material de propagação com qualidade genética e fisiológica, observar as tendências do comportamento da espécie sob cultivo, ainda que baseado na observação de poucos materiais genéticos quanto ao crescimento, pragas e patógenos; observação da morfologia e de caracteres que possam contribuir no entendimento de adaptações ocorridas ao longo do tempo. Um caso interessante é o da ervabaleeira (Varronia curassavica) quanto ao material propagativo. O material melhorado pela UNICAMP, cultivado no Norte de Minas, apresenta boa produção de sementes com germinação satisfatória. No 5 MARTINS ER. 2014. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas: caminhos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais... Palmas: ABH. entanto, o material silvestre oriundo de áreas de Cerrado, mantido numa coleção in vivo em área próxima, raramente produz sementes e tem raízes com gemas que emitem brotações e formação de nova parte aérea, garantindo a propagação vegetativa. Indicando que, na seleção do material a ser cultivado, os pesquisadores priorizaram na coleta indivíduos com sementes abundantes. A etnobotânica pode ser importante auxílio, pois pode apontar rumos no cultivo da espécie (como a propagação e melhores condições ambientais para a produção da espécie), indicando ainda materiais genéticos com maior ou menor aptidão agrícola. A ecogeografia pode ser um auxílio ao indicar em que ambientes uma espécie medicinal nativa ocorre e, ainda, como a espécie é influenciada pelo ambiente. Assim, a ipeca (Psychotria ipecacuanha) apresentou na região Sudeste ocorrência em solos distróficos, a maioria com altos níveis de alumínio trocável, sendo que, a maior fertilidade do solo favoreceu a ocorrência de reboleiras maiores, mas com tendência de redução no teor de emetina nas raízes. A radiação fotossinteticamente ativa foi inferior a 5% nos ambientes sombreados da mata (Martins et al., 2009). Desse modo, experimentos com nutrição mineral, radiação luminosa e variados genótipos, poderão selecionar indivíduos de ipeca com maior produtividade e, ao mesmo tempo, maiores teores de alcaloides em condições de cultivo variadas. Em outro estudo, conduzido com Dimorphandra mollis, a fava-d’anta, as populações estudadas ocorrem em regiões de solos de baixa fertilidade, com pH ácido e altos teores de saturação por alumínio, com ampla variação no tamanho dos frutos e no teor de flavonoides (Souza et al., 2008). Outros estudos com a fava-d’anta, sugeridos pelos estudos ecogeográficos, indicaram que é tolerante à acidez do solo e sensível à deficiência de fósforo e potássio, apontando o rumo na adubação da espécie (Costa et al., 2007). Também, o teor de flavonoides foi afetado negativamente pelo aumento nos níveis de fósforo (Mendes et al., 2005). As variações sazonais devem ser alvo de investigação antes ou durante a domesticação. Perguntas como: há picos de produção dos marcadores químicos? Todos os marcadores químicos variam da mesma forma nos genótipos distintos? Há genótipos mais estáveis quanto à variação química ao longo do tempo? As variações são devidas a condições ambientais ou às mudanças na fenologia da planta, como ocorre quando há emissão de folhas novas ou flores. Normalmente os estudos são conduzidos sem comparar genótipos, apenas observa-se a influência do horário do dia ou da época do ano. Para quem? 6 MARTINS ER. 2014. Domesticação de plantas medicinais e aromáticas: caminhos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais... Palmas: ABH. O processo de domesticação deve considerar, em sua condução, o destino da tecnologia, pois não pode simplesmente substituir outras fontes de matéria prima ou resolver problemas da adaptação da espécie ou definir o melhor ambiente para a produção. A domesticação do jaborandi foi um exemplo de processo em que a pesquisa atendeu apenas ao interesse da indústria farmacêutica e não à cadeia produtiva existente até então. O jaborandi (Pilocarpus microphyllus) está incluído na lista de espécies ameaçadas de extinção e era uma importante fonte de renda em alguns municípios do Norte/Nordeste. A autossuficiência da principal produtora da pilocarpina ocorreu em 1999 em fazenda no Maranhão, deixando de adquirir a matéria-prima do extrativismo e levando os coletores a terem encomendas avulsas e incertas. Por outro lado, milhares de famílias, que poderiam cultivar a espécie, não tiveram acesso à tecnologia, continuando o extrativismo insustentável ao longo do tempo (Homma, 2003), ameaçando ainda mais a existência da espécie. Processo parecido foi tentado com a fava d’anta (Dimorphandra gardneriana), mas sem sucesso devido a problemas fitossanitários. A ameaça às populações naturais pelo extrativismo existe em todo o mundo. Na África do Sul, Mander et al. (1996) informaram que há incremento continuo na demanda por plantas medicinais, aumentando o extrativismo insustentável, levando algumas espécies à extinção em certas áreas do país. A solução apontada envolve o cultivo de plantas tradicionais em sistemas de pequena escala. Referências CLEMENT C. 1999. 1492 and the loss of amazonian crop genetic resources. I. The relation between domestication and human population decline. Economic Botany 53:188-202. COSTA C.A. et al. 2007. Nutrição mineral da fava d'anta. 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In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais... Palmas: ABH. JORGE, M.H.A. 2004. A domesticação de plantas nativas do Pantanal. Corumbá : EMBRAPA PANTANAL. 20p. MANDER M; MANDER J; BREEN C. 1996. Promoting the cultivation of indigenous plants for markets: experiences from KwaZulu-Natal, South Africa. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON DOMESTICATION AND COMMERCIALIZATION OF NON-TIMBER FOREST PRODUCTS IN AGROFORESTRY SYSTEMS, 1, Anais… Nairobi, Kenia: FAO. p. 104-109. MARTINS ER et al. 2009. Estudo ecogeográfico da poaia [Psychotria ipecacuanha (Brot.) Stokes]. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 11:24-32. MENDES ADR et al. 2005. Produção de biomassa e de flavonóides totais por fava-d’anta (Dimorphandra mollis Benth.) sob diferentes níveis de fósforo em solução nutritiva. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 7:7-11. MEYER RS; PURUGGANAN MD. 2013. Evolution of crop species: genetics of domestication and diversification. Nature 14:840-852. MEYER RS; DUVAL AE; JENSEN HR. 2012. 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