UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ANATOMIA PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Curso de Enfermagem Profa. Dra. Vanessa Neves de Oliveira Prof. Dr. Sergio Ibañez Nunes OBS.: O programa da disciplina é básico. Esse poderá sofrer alterações no decorrer do curso em função de ajustes que se fizerem necessárias. PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Sumário INSTRUÇÕES GERAIS....................................................................................................... 5 ORAÇÃO AO CADÁVER DESCONHECIDO ................................................................................. 5 SÚMULA DE RESPEITO AO CADÁVER (PROFESSOR RENATO LOCCHI) ....................................... 5 CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................................... 6 1- SISTEMA ESQUELÉTICO ........................................................................................... 7 1.1. ESQUELETO APENDICULAR ........................................................................................... 8 1.2. ESQUELETO AXIAL ....................................................................................................... 9 2- SISTEMA ARTICULAR .............................................................................................. 15 2.1. 2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 2.6. 2.7. 2.8. 3- SISTEMA MUSCULAR .............................................................................................. 20 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 3.5. 3.6. 3.7. 3.8. 3.9. 3.10. 3.11. 3.12. 3.13. 3.14. 4- ARTICULAÇÕES DO CRÂNIO .................................................................................... 15 ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL ................................................................. 15 ARTICULAÇÕES DAS COSTELAS .............................................................................. 16 ARTICULAÇÕES DO ESTERNO ................................................................................. 16 ARTICULAÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR ................................................................ 16 ARTICULAÇÕES DO ESQUELETO APENDICULAR SUPERIOR ........................................ 17 ARTICULAÇÕES DA CINTURA PÉLVICA...................................................................... 18 ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR .................................................................... 18 MÚSCULOS DA CABEÇA.......................................................................................... 20 MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR ........................................................................ 21 MÚSCULOS DO TRONCO ......................................................................................... 25 MÚSCULOS QUE LIGAM O MEMBRO SUPERIOR À PAREDE ÂNTERO-LATERAL DO TÓRAX 25 MUSCULATURA DO DORSO E OMBRO ...................................................................... 26 MÚSCULOS DO ABDOME ......................................................................................... 27 MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA ............................................................................. 28 MÚSCULOS DA REGIÃO ILÍACA ................................................................................ 28 MÚSCULOS ANTERIORES DA COXA ......................................................................... 28 MÚSCULOS FEMORAIS MEDIAIS ............................................................................... 28 MÚSCULOS FEMORAIS POSTERIORES ...................................................................... 29 MÚSCULOS CRURAIS ANTERIORES .......................................................................... 29 MÚSCULOS CRURAIS POSTERIORES ........................................................................ 30 MÚSCULOS CRURAIS LATERAIS ............................................................................... 30 SISTEMA CIRCULATÓRIO ....................................................................................... 32 4.1. CORAÇÃO E PERICÁRDIO ........................................................................................... 32 4.2. BAÇO ........................................................................................................................ 33 4.3. ARTÉRIA AORTA......................................................................................................... 33 4.4. ARTÉRIAS ILÍACAS COMUNS ........................................................................................ 34 4.5. ARTÉRIAS DO MEMBRO INFERIOR ............................................................................... 34 4.6. ARTÉRIAS DO MEMBRO SUPERIOR .............................................................................. 35 4.7. VEIAS DO MEMBRO INFERIOR ..................................................................................... 35 4.8. VEIAS DO MEMBRO SUPERIOR .................................................................................... 35 4.9. VEIA CAVA INFERIOR .................................................................................................. 36 5- SISTEMA RESPIRATÓRIO ....................................................................................... 38 2 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 5.1. DIVISÃO.................................................................................................................... 38 5.2. NARIZ ....................................................................................................................... 38 5.3. FARINGE ................................................................................................................... 38 5.4. LARINGE.................................................................................................................... 39 5.5. TRAQUÉIA ................................................................................................................. 39 5.6. BRÔNQUIOS............................................................................................................... 39 5.7. PLEURA..................................................................................................................... 40 5.8. PULMÃO .................................................................................................................... 40 5.9. DIAFRAGMA ............................................................................................................... 40 6- SISTEMA DIGESTÓRIO ............................................................................................ 42 6.1. CAVIDADE BUCAL ....................................................................................................... 42 6.2. FARINGE ................................................................................................................... 43 6.3. ESÔFAGO .................................................................................................................. 43 6.4. PERITÔNIO ................................................................................................................ 43 6.5. ESTÔMAGO................................................................................................................ 43 6.6. INTESTINO DELGADO .................................................................................................. 43 6.7. INTESTINO GROSSO ................................................................................................... 44 6.8. FÍGADO E VIAS BILIARES ............................................................................................ 44 6.9. PÂNCREAS ................................................................................................................ 45 7- SISTEMA URINÁRIO ................................................................................................. 46 7.1. RINS ......................................................................................................................... 46 7.2. URETER .................................................................................................................... 46 7.3. BEXIGA URINÁRIA ...................................................................................................... 46 7.4. URETRA .................................................................................................................... 46 7.5. GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS ....................................................................................... 47 8- SISTEMA GENITAL MASCULINO ............................................................................ 48 8.1. TESTÍCULOS .............................................................................................................. 48 8.2. EPIDÍDIMO ................................................................................................................. 48 8.3. DUCTO DEFERENTE ................................................................................................... 48 8.4. DUCTO EJACULATÓRIO ............................................................................................... 48 8.5. URETRA .................................................................................................................... 48 8.6. VESÍCULAS SEMINAIS ................................................................................................. 48 8.7. PRÓSTATA................................................................................................................. 49 8.8. GLÂNDULAS BULBO-URETRAIS .................................................................................... 49 8.9. PÊNIS ....................................................................................................................... 49 8.10. ESCROTO ............................................................................................................... 49 8.11. TÚNICAS DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO, TESTÍCULO E EPIDÍDIMO ................................. 49 9- SISTEMA GENITAL FEMININO................................................................................. 50 9.1. COMPORTAMENTO DO PERITÔNIO PÉLVICO ................................................................. 50 9.2. OVÁRIOS ................................................................................................................... 50 9.3. TUBAS UTERINAS ....................................................................................................... 50 9.4. ÚTERO ...................................................................................................................... 50 9.5. VAGINA ..................................................................................................................... 50 9.6. PUDENDO FEMININO OU VULVA ................................................................................... 50 9.7. MAMAS ..................................................................................................................... 51 10- SISTEMA NERVOSO ............................................................................................. 52 10.1. MEDULA ESPINHAL: .................................................................................................. 52 3 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 10.2. ENCÉFALO: .............................................................................................................. 52 10.3. NERVOS ESPINHAIS.................................................................................................. 55 10.4. NERVOS CRANIANOS ................................................................................................ 55 10.5. SISTEMA VENTRICULAR ............................................................................................ 56 10.6. MENINGES ............................................................................................................... 56 10.7. VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO .............................................................................. 57 BIBLIOGRAFIA BÁSICA .................................................................................................. 59 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ................................................................................. 59 4 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Instruções gerais Nas aulas práticas, deve-se usar sempre o jaleco, roupas apropriadas (calça, sapatos fechados e cabelos presos). Pode-se utilizar luvas e pinça anatômica para manipulação das peças, exceto as peças de sistema nervoso, nas quais a pinça não deve ser utilizada. A manipulação de todas as peças deverá ser feita cuidadosamente, para não danificá-las. O estudo deve ser acompanhado pelo roteiro prático, que é individual, um atlas e um livro texto, pelo menos um por mesa. Além disso, no estudo da Anatomia, não pode haver dissociação entre conteúdo prático e teórico. Lembrar que toda descrição das peças devem ser feitas na posição Anatômica. A postura dentro do anatômico deve ser de respeito aos cadáveres. Oração ao cadáver desconhecido "Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembrate que este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente”. (Rokitansky, 1876) Súmula de respeito ao cadáver (Professor Renato Locchi) A utilização do cadáver é uma tríplice lição educativa: a. Instrutiva ou informativa, como meio de conhecimento da organização do corpo humano, precedendo ao estudo no vivo; b. Normativa, disciplinadora do estudo, pelo seu caráter metodológico e de precisão de linguagem; c. Estético-moral, pela natureza do material de estudo, o cadáver, e pelo método de aprendizado, a dissecação, que é experiência e fuga repousante na contemplação da beleza e harmonia de construção do organismo humano. 5 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Considerações gerais 1.0 - Anatomia Macroscópica é uma disciplina essencialmente prática. É evidente que conceituações teóricas fazem parte do seu estudo e, por esta razão, é inútil seguir os roteiros de prática sem a complementação da parte puramente teórica que os antecedem. Mesmo porque, raras vezes encontraremos uma “parte puramente teórica”. 2.0 - O estudo deve ser feito em grupo e os roteiros foram escritos para serem seguidos rigorosamente. Saltar parágrafos, ou mesmo frases, deixar de seguir estritamente as instruções, pode levar o grupo a perder a logicidade da seqüência, com prejuízo que se refletirão no momento da autoavaliação. O livro texto contém todas as ilustrações indispensáveis, o que não impede o emprego do Atlas de anatomia ou ilustrações suplementares, á vontade do grupo. 3.0 - O material utilizado pelo grupo de estudo deve ser adequado e estar em boas condições de conservação. Entretanto, peças há que, pela dificuldade de obtenção ou preparação, não existem em grande número. Para resolver o problema, estas peças ficarão à disposição dos grupos em uma ou mais mesas, denominadas neutras. Se mencionadas nos roteiros, devem ser procuradas pelos componentes do grupo. Sendo de consulta coletiva, as peças das mesas neutras não devem ser transportadas para outras mesas. 4.0 - Nunca peça o auxílio do Professor antes de tentar, dentro do seu grupo, com todas as informações e meios que tem a seu dispor, resolver a dificuldade. O aprendizado depende muito da sua capacidade de observar, raciocinar, comparar, discutir e deduzir, junto com seus colegas de grupo. Porque, além da Anatomia, há um objetivo maior que se deseja ver atingido: aprender e aprender. 5.0 - Estas considerações gerais são válidas para todas as aulas práticas, seja qual for o assunto. Método, rigor e ritmo de estudo, são condições essenciais para colher bons resultados. “Nada está separado do nada, e o que não compreenderes em teu próprio corpo não compreenderás em nenhuma outra parte” 6 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 1- Sistema esquelético Os ossos contêm irregularidades (saliências, depressões e aberturas) em porções onde há o contato com vasos, nervos, tendões ligamentos e facias. Essas irregularidades são chamadas de acidentes ósseos, e servem de referência anatômica. De acordo com a morfologia e localização, os acidentes ósseos recebem nomes específicos. Alguns desses acidentes de importância no estudo da anatomia são: Depressões o Fossa: região deprimida (ex.: fossa cerebelar no crânio); o Sulco: depressão alongada (ex.: sulco do nervo ulnar do úmero); Saliências o Cabeça: extremidade articular redonda e grande (ex.: cabeça do fêmur); o Capítulo: porção articular redonda e pequena (ex.: capítulo do úmero); o Côndilo: porção articular arredondada, porém geralmente ocorre em pares (ex.: côndilos do fêmur); o Crista: crista do osso (ex.: crista gali do etmóide e crista ilíaca); o Epicôndilo: região onde há uma eminência que se localiza superiormente a um côndilo (ex.: epicôndilo medial do úmero); o Espinha: projeção óssea afilada (ex.: espinha ilíaca ântero-superior); o Faceta: superfície articular lisa tendendo a plana; o Fóvea: porção lisa e plana encontrada nas áreas de articulação entre os ossos (ex.: fóveas articulares – superior e inferior – presentes nos corpos vertebrais para a articulação com as costelas); o Linha: margem óssea suave (ex.: linha pectínea do fêmur); o Maléolo: processo arredondado (ex.: maléolo medial da tíbia); o Processo: projeção óssea (ex.: processo estilóide do rádio); o Protuberância: região onde há uma projeção do osso (ex.: protuberância occiptal externa); o Ramo: processo alongado; o Trocanter: elevação grande e arredondada (ex.: trocanter menor e trocanter maior do fêmur); o Tróclea: projeção articular arredondada (ex.: tróclea do úmero); o Tubérculo: região eminente pequena e elevada (ex.: tubérculo do músculo escaleno da primeira costela); o Tuberosidade (=túber): elevação grande e arredondada (ex.: túber isquiático). Aberturas o Fissura: abertura em forma de fenda (ex.: fissuras orbitais superior e inferior); 7 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA o Forame: passagem através do osso (ex.: forame magno no crânio, por onde passa o a medula espinhal); o Meato: canal ósseo (ex.: meato acústico externo); o Poro – abertura do meato 1.1. Esqueleto Apendicular Os ossos do esqueleto apendicular devem ser colocados na posição anatômica, identificando seu antímero, ou seja, o lado do corpo ao qual pertence. Isso será feito através de determinados acidentes ósseos que serão mencionados no texto e que deverão ser identificados. Membro superior a) Cintura escapular (ombro) a) Clavícula – posicione a extremidade acromial, achatada, lateralmente, com sua face lisa voltada superiormente, coloque a maior convexidade voltada anteriormente e o processo conóide inferiormente. b) Escápula – posicione a espinha da escápula superior e posteriormente, com a cavidade glenóide lateralmente e a fossa subscapular anteriormente. Acrômio b) Braço Úmero – posicione a cabeça do úmero proximal e medialmente, e a fossa do olécrano, posteriormente. Epífise proximal identifique: Tubérculo maior, tubérculo menor, sulco intertubecular, colo anatômico e colo cirúrgico Epífise distal identifique: Côndilo, epicôndilo medial (sulco do nervo ulnar), epicôndilo lateral. c) Antebraço Rádio – é o osso lateral do antebraço. Posicione a face anterior, côncava, anteriormente, com a cabeça do rádio proximalmente, a tuberosidade do rádio, medialmente, processo estilóide, lateralmente. Ulna – é o osso medial do antebraço. Posicione a cabeça da ulna distalmente, o olecrano e processo coronoide proximalmente, a borda (margem) interóssea, lateralmente e o processo estilóide medialmente. d) Mão Ossos do carpo –fileira proximal – escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme – e a fileira distal – trapézio, trapezóide, captato e hamato. Metacarpos (I-V) e falanges (proximal, média e distal). Membro Inferior 8 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA a) Cintura pélvica (quadril) Osso do quadril – identifique suas partes – íleo, ísquio e púbis. Posicione a crista ilíaca superiormente, o acetábulo ântero-lateralmente e o púbis e espinha ilíaca ântero superior e inferior ao acetábulo o forame obturado. No íleo identifique: Espinha ilíaca ântero inferior Espinha ilíaca postero superior Espinha ilíaca postero inferior Tubérculo ilíaco No isquio identifique: Incisura isquiática maior Incisura isquiática menor Espinha isquiática Corpo Ramo Tuber isquiático No púbis identifique: Face sinfisal Tubérculo púbico b) Coxa Fêmur – posicione a cabeça e colo do fêmur proximal e medialmente e os côndilos distalmente. Epífise proximal identifique: Trocanter maior, lateralmente, trocanter menor, posteriormente. Epífise distal identifique: Incisura intercondilar, posteriormente, face patelar, anteriormente. c) Joelho Patela – posicione o ápice inferiormente, a base superiormente a face articular posteriormente, com a parte maior dessa face, lateralmente; d) Perna Tíbia – é o osso medial da perna. Posicione os côndilos superiormente, a tuberosidade tibial anteriormente, o maléolo medial, inferior e medialmente e a incisura fibular inferior e lateralmente; Fíbula – é o osso lateral da perna. Posicione a cabeça da fíbula superiormente, a face articular do maléolo lateral medialmente e a fossa do maléolo posteriormente; e) Pé Ossos do tarso – tálus, calcâneo, navicular, cubóide e cuneiformes medial, intermédio e lateral. Metatarsos (I-V) e falanges (proximal, média e distal). 1.2. Esqueleto Axial 9 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA a) Crânio c) Neurocrânio – constitui a cavidade crânica na qual se aloja o encéfalo. Oito ossos planos e irregulares unidos por suturas. – Identifique: a) Frontal (1) – verifique a presença da incisura frontal e do forame supraorbital; b) Occipital (1) – identifique o forame magno (da passagem a _________________) e os côndilos occipitais, fossa condilar e canal do hipoglosso (da passagem a _________________); c) Esfenóide (1) - observe asas maiores, menores, fossa hipofisal (sela túrcica) (que aloja _________________) forame oval (da passagem a _________________), Forame redondo (da passagem a _________________), forame espinhoso (da passagem a _________________), canal óptico (da passagem a _________________) . Juntamente com o osso frontal: Fissura orbitária superior - da passageem a ______________, ________________, ________________, _____________ e ______________. Fissura orbitária inferior - ______________. d) Etmóide (1) – observe a crista gali, lamina crivosa (da passagem a _________________), células etmoidais. e) Parietais (2) f) Temporais (2) – parte (timpânica, escamosa e petrosa) tubérculo articular, fossa da mandíbula, meato acústico externo, canal carótico (da passagem a _________________), processo mastóide, e processo estilóide, meatico acústico interno (da passagem a _________________). Obs: Além desses há ainda os ossículos do ouvido – martelo, bigorna e estribo – que deverão ser observados no atlas. Base de crânio - Aloja o encéfalo e suas membranas de revestimento, as meninges. Seu assoalho pode ser dividido em três andares ou fossas: anterior, média e posterior. A fossa anterior do crânio é a região anterior às bordas posteriores das assas menores do esfenóide. É constituída por porções de três ossos: frontal, etmóide e esfenóide. A fossa média do crânio é limitada anteriormente pela borda posterior das asas menores do esfenóide e, posteriormente pela borda superior da parte petrosa do osso temporal. É constituída por porções do esfenóide e temporal. A fossa posterior do crânio é a região posterior à borda superior da parte petrosa do osso temporal. É constituída por porções do esfenóide, temporal, parietal e occipital. Observar – canal do hipoglosso (da passagem a _________________), forame jugular (da passagem a _________________). d) Víscerocrânio – Corresponde à face, aloja os órgãos dos sentidos e início dos sistemas digestivo e respiratório. 14 ossos irregulares, unidos por articulações fibrosas do tipo sutura (exceto a mandíbula: ATM). Identifique: 10 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA a) b) c) d) e) Nasais (2) Zigomaticos (2) – processo temporal; Maxilas (2) – processo palatino e processo alveolar; Palatinos (2) – lâmina horizontal; Mandíbula (1) – corpo com processos alveolares, ramos, côndilo e processo coronóide, processo condilar (cabeça e colo) e incisura da mandíbula; f) Lacrimais (2) g) Vômer (1) h) Conchas nasais inferiores (2) b) Osso hióide – deve ser observado no atlas. c) Esqueleto do tórax e) Esterno – identifique manúbrio, corpo e processo xifóide. Observe também as incisuras claviculares e jugular. f) Costelas – há 12 pares de costelas, sendo 7 pares de costelas verdadeiras, 3 pares de costelas falsas e 2 pares de costelas flutuantes. Elas se articulam, posteriormente, com as vértebras torácicas. Determine a posição anatômica de uma costela típica posicionando a cabeça da costela posteriormente, tubérculo da costela e o sulco costal, inferiormente. d) Coluna vertebral A coluna vertebral é formada, em geral, por 33 vértebras, sendo 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais e 4 vértebras coccígeas. Identifique as seguintes características de uma vértebra típica – corpo vertebral, arco vertebral (pedículo e lâmina), forame vertebral, processo espinhoso, incisuras vertebrais superiores e inferiores processos transversos e processos articulares e superiores inferiores. Procure identificar a qual segmento da coluna pertence cada vértebra, através das características mencionadas no texto, a seguir. g) Vértebras cervicais – identifique o atlas, 1ª vértebra cervical, e o áxis, 2ª vértebra cervical. A característica que define uma vértebra cervical típica é a presença de forame transverso, processo espinhoso bífido, corpo retangular e forame vertebral triangular; o 7ª vértebra cervical: Processo espinhoso longo e não bifurcado. É conhecida como vértebra proeminente, palpável no vivo quanto a cabeça esta fletida. O forame transverso pode não existir. h) Vértebras torácicas – as vértebras torácicas apresentam diferenças entre si, conforme estejam no início, meio ou fim da coluna torácica. Porém, todas apresentam a fóvea costal do processo transverso e do corpo da vértebra que articulam com o tubérculo e corpo da costela respectivamente. O processo espinhoso é longo e oblíquo, forame vertebral arredondado e corpo cordiforme. i) Vértebras lombares – possuem o corpo volumoso e reniforme. Processos espinhosos estreito, altos e curtos. Apresenta também processo mamilar no processo articular superior. 11 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA j) Vértebras sacrais – estão fundidas formando o sacro, no qual deve-se identificar a face pelvina, com os forames sacrais pelvinos, e a face dorsal, com os forames sacrais dorsais. Nesses forames passam os ramos ventrais e dorsais, respectivamente, dos nervos espinhais sacrais. Observe: o Linhas transversais o Crista sacral mediana o Crista sacrais intermédia o Crista sacral lateral o Cornos sacrais o Hiato sacral o Canal sacral k) Vértebras coccígeas – estão fundidas formando o cóccix, que deve ser observado no atlas. Numa coluna articulada, observe o canal vertebral, o qual aloja a medula espinhal, entre outras estruturas, e os forames intervertebrais, por onde passam nervos espinhais. Curvaturas Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas. São elas: Cervical (convexa ventralmente - LORDOSE), Torácica (côncava ventralmente - CIFOSE), Lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) Pélvica (côncava ventralmente - CIFOSE). Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar). Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE. Conceitue promontório sacral: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ *Principais pontos antropométricos do crânio (craniometria): 1- Vértex - Ponto mais alto do crânio sobre a sutura sagital. 2- Bregma - Ponto de encontro da sutura sagital com a sutura coronária. 3- Glabela- Ponto localizado logo acima da sutura frontonasal, entre os arcos superciliares. Comumente é o ponto mais saliente do frontal, no plano médio sagital. Pode, no entanto, formar uma depressão ou constituir, com os arcos superciliares, uma única elevação contínua. 12 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 4- Nasion- Ponto de encontro da sutura internasal e a sutura frontonasal. Corresponde à raiz do nariz. 5- Asterion - Ponto de encontro dos osso parietal, temporal e occipital. 6- Pterion – ponto formado pelas suturas que unem os ossos frontal, parietal, temporal e a grande asa do esfenóide. 7- Inion- Ponto localizado na reunião das linhas curvas occipitais superiores com o plano médio sagital. Nas linhas occipitais pouco desenvolvidas, que não chegam ao plano médio sagital, calcula-se o prolongamento destas linhas. Comumente é o ponto mais proeminente da protuberância occipital externa. 8- Basion- Ponto médio na borda anterior do forame occipital. 9- Lambda- Ponto de encontro da sutura sagital com a sutura lambdóide 10- Gonion- Ponto, no ângulo da mandíbula, dado pela bissetriz do ângulo formado pelo plano mandibular e uma tangente ao bordo posterior do ramo; *FONTANELAS A fontanela, normalmente chamada de moleirinha, é o sítio do bebê que os pais mais evitam tocar porque consideram ser frágil e mole. Esta zona pode ser tocada, sem fazer pressão, que não provoca dor nem alterações no recém-nascido. A fontanela é a zona membranosa que se localiza entre os ossos do crânio do recémnascido. As fontanelas são quatro: a mastóide, esfenoidal, anterior e posterior *IDADE PROVÁVEL Examinando-se um crânio ou peças do mesmo em medicina legal podemos chegar à sua idade provável pelo exame dos dentes e das suturas cranianas. Assim, obteremos idades aproximadas para os seguintes períodos. -Primeira infância: período compreendido desde o nascimento até a erupção dos primeiros molares permanentes (6 a 7 anos). Observar a satura metópica, é a parte remansescene da sutura frontal (desaparece aos 6 – 7 anos). Presença ou não dos primeiros molares e fontanelas. -Segunda infância: período compreendido desde a erupção completa dos primeiros molares permanentes até a erupção completa dos segundos molares permanentes ao aparecimento dos terceiros molares (14 – 12 anos). -Juventude: período que vai desde a erupção completa dos segundos molares permanentes ao aparecimento dos terceiros molares (14 – 21). 13 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA -Maturidade: observa-se sinostose bem acentuada ou completa de todas as suturas. Grande desgaste nas faces oclusais dos dentes. Ausência de alguns elementos dentais. Idade de 30 a 50 anos. -Senilidade: vamos observar perda da maioria dos dentes. Reabsorção completa dos alvéolos. Aumento do ângulo da mandíbula. Sinostose total das suturas cranianas. 14 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 2- SISTEMA ARTICULAR 2.1. Articulações Do Crânio 2.1.1. Articulação têmporo-mandibular Entre o côndilo da mandíbula e a fossa mandibular do osso temporal Sinovial condilar Biaxial (alguns autores a consideram triaxial) Movimentos realizados: depressão, elevação (oclusão), protrução (protração), retração, movimento lateral e circundução. Observar: disco articular. 2.1.2. Suturas do crânio Coronal Sagital Escamosa Lambdóide As demais têm o nome dos ossos que se articulam 2.2. Articulações Da Coluna Vertebral 2.2.1. Articulação da coluna vertebral com o crânio (articulação atlanto-occipital) Entre os côndilos do osso occipital e as facetas articulares superiores do atlas Sinovial elipsóide (para alguns autores, condilar) Biaxial Movimentos realizados: flexão e extensão e inclinação lateral 2.2.2. Articulação do atlas com o áxis a) Articulação atlanto-axial mediana: Entre o dente e o áxis e o arco anterior do atlas Sinovial trocóide Monoaxial Movimento realizado: rotação b) Articulações atlanto-axiais laterais Entre os processos articulares do áxis e do atlas Sinovial plana Movimento realizado: deslizamento simples 2.2.3. Entre os corpos vertebrais Cartilaginosa- sínfise fibrosa O movimento realizado entre duas vértebras é de pequena amplitude, mas o movimento em todas as junturas da coluna é considerável Observar: disco intervertebral 15 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 2.2.4. Articulações dos arcos vertebrais Entre os processos articulares superiores e inferiores adjacentes Sinovial plana 2.2.5. Articulações das costelas com as vértebras a) Articulações das costelas com o corpo das vértebras: Entre cabeça das costelas e o corpo das vértebras torácicas Sinoviais planas Movimento realizado: deslizamento simples b) Articulações das costelas com os processos transversos das vértebras torácicas: Entre o tubérculo costal e a faceta articular do processo transverso das vértebras torácicas Sinoviais planas Movimento realizado: deslizamento simples 2.3. Articulações Das Costelas 2.3.1. Articulações costocondrais Entre as costelas e as cartilagens costais Sincondrose Cartilagem hialina 2.3.2. Articulações esternocondrais ou esternocostais Entre o esterno e as cartilagens costais 1ª costela: sincondrose Demais costelas: sinoviais planas. Movimento realizado: deslizamento simples. 2.4. Articulações Do Esterno 2.4.1. Articulação manúbrio-esternal Cartilaginosa, sincondrose 2.4.2. Articulação xifoesternal Cartilaginosa, sincondrose 2.5. Articulações Da Cintura Escapular 2.5.1. Articulação esternoclavicular Esta juntura é formada na extremidade medial da clavícula, pelo esterno e pela primeira cartilagem costal Sinovial selar Triaxial Movimentos realizados: abdução e adução, flexão e extensão, rotação e circundução 16 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 2.5.2. Articulação acromioclavicular Entre a faceta na borda medial do acrômio e a faceta na extremidade lateral da clavícula Sinovial plana Movimento realizado: deslizamento simples 2.5.3. Articulação do ombro (escápulo-umeral ou gleno-umeral) Entre a cavidade glenóide da escápula e a cabeça do úmero Sinovial esferóide Triaxial Movimentos realizados: abdução e adução, flexão e extensão, rotação e circundução. 2.6. Articulações Do Esqueleto Apendicular Superior 2.6.1. Articulação do cotovelo Entre o úmero e os ossos do antebraço (o capítulo do úmero se articula com a cabeça do rádio e a tróclea do úmero se articula com incisura troclear da ulna) Sinovial gínglimo Monoaxial Movimentos realizados: flexão e extensão 2.6.2. Articulação radioulnar proximal Entre cabeça do rádio e incisura radial da ulna Sinovial trocóide Monoaxial Movimentos realizados: supinação e pronação 2.6.3. Articulação radioulnar média Fibrosa- sindesmose Observar: membrana interóssea do antebraço 2.6.4. Articulação radioulnar distal Entre a cabeça da ulna e incisura ulnar na extremidade distal do rádio Sinovial trocóide Monoaxial Movimentos realizados: supinação e pronação. 2.6.5. Articulação radiocárpica ou do punho Entre rádio, o disco articular e fileira proximal do carpo (exceto pisiforme) Sinovial elipsóide Biaxial Movimentos realizados: abdução e adução, flexão e extensão 2.6.6. Articulações carpometacarpais Entre a fileira distal do carpo e a base dos metacarpos Sinovial plana (exceto o 1º dedo que é sinovial selar) Anaxial (exceto o 1º dedo que é biaxial) 17 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Movimentos realizados: deslizamento simples (1º dedo – oposição e reposição e flexão e extensão) 2.6.7. Articulações metacarpofalângicas Entre a cabeça dos metacarpos e a base das falanges proximais Sinovial elipsóide Biaxial Movimentos realizados: abdução e adução, flexão e extensão 2.6.8. Articulações interfalângicas As proximais são entre a cabeça da falange proximal e a base das mediais. As distais são entre a cabeça das falanges médias e a base das falanges distais Sinovial gínglimo Monoaxial Movimentos realizados: flexão e extensão 2.7. Articulações Da Cintura Pélvica 2.7.1. Articulação do quadril Entre o acetábulo do osso do quadril e a cabeça do fêmur Sinovial esferóide Triaxial Movimentos realizados: abdução, adução, flexão e extensão, rotação e circundução. 2.7.2. Sínfise púbica Entre as porções púbicas do osso do quadril Cartilaginosa- sínfise 2.7.3. Articulações sacroilíaca Entre o sacro e a asa do ílio Sinovial plana Movimento realizado: deslizamento simples 2.7.4. Articulações sacrococcígea Entre a última vertebral sacral e a primeira coccígea Cartilaginosa- sínfise 2.8. Articulações Do Membro Inferior 2.8.1. Articulação do joelho As superfícies articulares são os côndilos do fêmur, os côndilos da tíbia e a superfície articular da patela Sinovial condilar (alguns autores a classificam como gínglimo) Biaxial Movimentos realizados: flexão e extensão, deslizamento e rotação Observar: menisco lateral e menisco medial 2.8.2. Articulação tíbio-fibular proximal 18 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Entre a faceta da cabeça da fíbula e a face posterior do côndilo da tíbia Sinovial plana Movimento realizado: deslizamento simples 2.8.3. Articulação tíbio-fibular média Fibrosa- sindesmose Observar: membrana interóssea da perna 2.8.4. Articulação tíbio-fibular distal Fibrosa- sindesmose Entre a incisura fibular da tíbia e a margem superior da face medial do maléolo lateral (fíbula) 2.8.5. Articulação talo-crural ou do tornozelo (tibiotalar e talofibular) Entre a tíbia e a fíbula, proximalmente, e a tróclea do tálus, distalmente (a superfície articular inferior da tíbia com a face superior do tálus e a face articular do maléolo da fíbula se articula com a face lateral do tálus. A face articular do maléolo da tíbia se articula com a face medial do tálus). Sinovial gínglimo Monoaxial Movimentos realizados: dorsiflexão e flexão plantar 2.8.6. Articulações subtalares Entre a face interior do tálus e a face superior do calcâneo Sinovial plana Movimento realizado: inversão e eversão do pé Obs . O movimento do pé através da articulação subtalar somada aos movimentos da articulação do tornozelo representa uma articulação esferoide, pois a gínglimo uniaxial do tornozelo combinado com o eixo da articulação subtalar permite efetivamente ao pé três eixos de rotação. 2.8.7. Articulações tarsometatársicas Entre cuneiformes e cubóide com as bases dos metatarsos Sinoviais planas Movimentos realizados: deslizamento simples 2.8.8. Articulações metatarsofalângicas Entre a cabeça dos metatarsos e a base das falanges proximais Sinoviais elipsóides Movimentos realizados: flexão e extensão, adução e abdução 2.8.9. Articulações interfalângicas As proximais são entre a cabeça da falange proximal e a base das mediais As distais são entre a cabeça das falanges médias e a base das falanges distais Sinoviais gínglimo Monoaxial Movimentos realizados: flexão e extensão 19 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 3- SISTEMA MUSCULAR 3.1. Músculos Da Cabeça 3.1.1. Músculos da mastigação a) M. temporal Inervação: Nn Temporais profundos Ação: porção anterior fecha a maxila e Porção posterior retrai a mandíbula. b) M. masseter Inervação: Nn Massetéricos Ação: fecha a Mandíbula c) Mm. pterigoideos mediais e laterais Inervação: N. Pterigóideo Medial e N. Pterigóideo Lateral Ação: fecha a mandíbula e Puxa a Mandíbula para Frente 3.1.2. Músculos da mímica a) Mm. orbiculares os olhos e da boca Inervação: N Facial Ação: fecha as Pálpebras, Comprime o saco Lacrimal, movimenta o supercílios e Fecha os lábios e com isso também a asa do nariz, as bochechas e a pele do mento b) Mm. zigomáticos maior e menor Inervação: N Facial Ação: Puxa a rima da boca para a lateral e para cima e movimenta os lábios, as asas do nariz as bochechas e a pele do mento aprofunda o sulco nasolabial c) Mm. depressores e levantadores do ângulo da boca Inervação: N Facial Ação: Puxa a rima da boca para medial e para cima d) Mm. depressores e levantadores do lábio Inervação: N Facial Ação: Movimenta os lábios, as asas do nariz as bochechas e a pele do mento 3.1.3. Músculos do pescoço a) M. Platisma Inervação: N Facial Ação: estica a pele do pescoço, formando pregas longitudinais b) M. Esternoclaidomastóide 20 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Inervação: N Acessório ; plexo Cervical Ação: vira a cabeça para o lado contra lateral; endireita a cabeça e puxa-a para frente; flete a vértebra cervical caudal e estende a cranial e articulação da cabeça. c) M. Esterno-hioideo Inervação: Alça cervical do plexo cervical Ação: puxa o hióide para baixo d) M. Esterno tioreoide Inervação: Alça Cervical plexo cervical Ação: puxa alaringe para baixo e) M. Omo-hioideo Inervação: Alça Cervical plexo cervical Ação: estica a fáscia cervical através da aderência de seu tendão intermédio com a bainha carótica e mantém a veia jugular interna aberta f) Mm. Escalenos (anterior, médio e posterior) Inervação: Ramos Direito do plexo cervical e plexo braquial Ação: flete a coluna cervical para o lado Tórax: eleva a primeira costela e com isso o tórax ( músculos da respiração e inspiração ) 3.2. Músculos Do Membro Superior 3.2.1. Músculos da região anterior do braço a) Bíceps braquial: Duas porções: longa e curta. Inervação: nervo musculocutâneo. Ação: flexão do antebraço e supinação do antebraço quando este está fletido b) Braquial Inervação: nervo musculocutâneo Ação: flexão do antebraço c) Coracobraquial Inervação: nervo musculocutâneo Ação: flexão do braço 21 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 3.2.2. Músculos da região posterior do braço a) Tríceps braquial: Três porções: longa, média e lateral. Inervação: nervo radial. Ação: extensão do antebraço. 3.2.3. Região anterior do antebraço Dois grupos musculares: superficial e profundo. * Grupo superficial: a) Pronador redondo: Inervação: nervo mediano. Ação: pronação e flexão do antebraço. b) Flexor radial do carpo: Inervação: nervo mediano. Ação: flexão e abdução da mão. c) Palmar longo: Inervação: nervo mediano. Ação: tensiona a aponeurose palmar. d) Flexor superficial dos dedos: Inervação: nervo mediano. Ação: flexão da falange média. e) Flexor ulnar do carpo: Inervação: nervo ulnar. Ação: flexão e adução da mão. * Grupo profundo: 22 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA a) Flexor longo do polegar: Inervação: nervo mediano. Ação: flexão da falange distal do polegar. b) Flexor profundo dos dedos: Inervação: a porção lateral (radial) é inervada pelo nervo mediano; a porção medial (ulnar), pelo nervo ulnar. Ação: flexão da falange distal. c) Pronador quadrado: Inervação: nervo mediano. Ação: pronação do antebraço. 3.2.4. Músculos da região posterior do antebraço Dois grupos: superficial e profundo. * Grupo superficial: a) Braquiorradial: Inervação: nervo radial. Ação: flexão do antebraço. b) Extensor radial longo do corpo: Inervação: nervo radial. Ação: extensão e abdução da mão. c) Extensor radial curto do carpo: Inervação: nervo radial. Ação: extensão e abdução da mão. d) Extensor dos dedos: Inervação: nervo radial. Ação: extensão das falanges (do segundo ao quinto dedo) e) Extensor do dedo mínimo: 23 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Inervação: nervo radial. Ação: extensão do quinto dedo. f) Extensor ulnar do carpo: Inervação: nervo radial. Ação: extensão e adução da mão. g) Ancôneo: Inervação: nervo radial. Ação: extensão do antebraço. * Grupo profundo: a) Supinador: Inervação: nervo radial. Ação: supinação do antebraço. b) Abdutor longo do polegar: Inervação: nervo radial. Ação: abdução do polegar. c) Extensor curto do polegar: Inervação: nervo radial. Ação: extensão da falange distal do polegar. d) Extensor longo do polegar: Inervação: nervo radial. Ação: extensão da falange distal do polegar. e) Extensor do indicador (índex): Inervação: nervo radial. Ação: extensão do indicador. OBSERVAÇÃO: note que se você tomar o músculo braquiorradial como referência ficará fácil identificar os demais músculos do antebraço. À partir dele, percorra o antebraço na seqüência apresentada, de lateral para medial, tanto no grupo anterior quanto no posterior, inicialmente à nível superficial e depois à nível profundo. 24 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 3.3. Músculos Do Tronco 3.3.1. Músculos do Pescoço a) Esternocleidomasdóideo Ação: unilateral- flexão da cabeça para o lado do músculo que se contrai e rotação da face para o lado oposto bilateral- flexão da cabeça ** Pode agir como músculo acessório da respiração. b) Escalenos Anterior, médio e posterior Ação: flexão lateral da coluna cervical ** Atuam como músculos inspiratórios na respiração normal. Podem se tornar ativos como músculos da respiração durante esforços expiratórios. 3.3.2. Músculos da Parede Torácica Anterior Os músculos da parede torácica, assim como os da abdominal, estão dispostos em camadas. Os músculos intercostais externos formam a camada externa; os músculos intercostais internos, a camada média e os intercostais íntimos, os subcostais e transverso do tórax formam a camada interna. Os levantadores das costelas estão topograficamente associados aos músculos do dorso, mas funcionalmente associados com os intercostais. a) Músculos intercostais externos Ação: elevam as costelas. São considerados músculos da inspiração. b) Músculos levantadores das costelas Ação: elevam as costelas. São músculos de função insignificante na inspiração. c) Músculos intercostais internos Os músculos intercostais internos vão das extremidades mediais dos espaços intercostais para os ângulos das costelas, onde dão lugar às membranas intercostais internas. Ação: São considerados músculos da expiração. 3.4. Músculos que Ligam o Membro Superior à Parede Ântero-Lateral Do Tórax a) Peitoral maior Ação: porção clavicular: rotação e flexão do braço porção esternocostal: abaixa o braço e o ombro 25 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA ação conjunta: adução do braço e auxilia nos atos de empurrar, lançar e escavar b) Peitoral menor Ação: fixa a clavícula na articulação esternoclavicular e auxilia na depressão do ombro. c) Subclávio Ação: abaixa a parte lateral da clavícula. d) Serrátil anterior Ação: gira a escápula, movendo lateralmente o ângulo inferior, desempenhando, assim, importante papel na abdução do braço e elevação do mesmo acima da horizontal. Traciona a escápula para frente no ato de empurrar. 3.5. Musculatura Do Dorso E Ombro 3.5.1. Músculos que ligam o membro superior à coluna vertebral a) Trapézio: Ação: porção superior: eleva o ombro porção inferior: traciona a escápula para baixo todo o músculo: roda a escápula durante a abdução e elevação do braço b) Latíssimo do dorso: Ação: adução, extensão e rotação medial do braço. Suas fixações na escápula podem ajudar a manter seu ângulo inferior contra a parede torácica. Através de suas fixações costais, é um músculo acessório da respiração. c) Rombóide maior e rombóide menor. Ação: retração e fixação da escápula. d) Levantador da escápula: Ação: elevação da escápula. Pode agir com o trapézio elevando o ombro. Pode agir com os rombóides, na retração e fixação da escápula. 3.5.2. Músculos do ombro a) Deltóide: Inervação: nervo axilar Ação: parte anterior: flexão e rotação medial do braço 26 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA parte média: abdução do braço parte posterior: extensão e rotação lateral do braço todo o músculo: abdução do braço ou elevação do braço no plano da escápula. b) Supra-espinhal Ação: abdução do braço. * Este músculo ajuda o deltóide na abdução do braço. Assim, se o deltóide está paralisado, o supra-espinhal não pode abduzir completamente o braço. Se o supraespinhal estiver paralisado, a abdução normal pode ser difícil ou impossível. c) Infra-espinhal Ação: rotação lateral do braço. Ajuda a manter a cabeça do úmero em posição durante a abdução do braço. d) Redondo menor Ação: rotação lateral do braço. Ajuda a manter a cabeça do úmero em posição durante a abdução do braço. e) Redondo maior Ação: adução do braço. e) Subescapular Ação: é o mais importante rotator medial do braço. Ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenóide. 3.6. Músculos Do Abdome 3.6.1. Oblíquo externo: 3.6.2. Oblíquo interno 3.6.3. Transverso do abdome 3.6.4. Reto do abdome Ação: os músculos da parede abdominal protegem as vísceras e auxiliam na manutenção e aumento da pressão intrabdominal. Assim, são importantes na respiração, defecação, micção, parto e vômito. Eles também movimentam o tronco e auxiliam na postura. O reto é o principal flexor do tronco contra-resistência. Os músculos oblíquos auxiliam os músculos do dorso na rotação do tronco além de auxiliar os músculos retos na flexão do tronco. 27 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 3.7. Músculos Da Região Glútea a) Glúteo máximo Ação: extensão e rotação lateral da coxa. Importante no ato de subir escadas. b) Glúteo médio Ação: extensão e rotação lateral da coxa. Importante na marcha em solo plano. c) Glúteo mínimo Ação: abdução e rotação medial de coxa. Importante na marcha em solo plano. 3.8. Músculos Da Região Ilíaca a) Íliopsoas: Duas porções: ilíaco e psoas maior. Ação: flexão da coxa. 3.9. Músculos Anteriores Da Coxa a) Sartório: Inervação: nervo femoral Ação: flexão da coxa e da perna. Seria atuante também no movimento de cruzar as pernas. b) Quadríceps femoral Porções: reto femoral, vasto medial, vasto intermédio e vasto lateral Inervação: nervo femoral. Ação: extensão da perna. O músculo reto femoral também flexiona a coxa. 3.10. Músculos Femorais Mediais a) Grácil Inervação: nervo obturatório. Ação: adutor da coxa, flexor e rotador medial da perna. Não apresenta importante função postural. b) Pectíneo Inervação: nervo femoral (às vezes pelo nervo obturatório) Ação: flexão e adução da coxa. c) Adutor longo 28 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Inervação: nervo obturatório. Ação: adução da coxa. d) Adutor curto Inervação: nervo obturatório. Ação: adução da coxa. Realiza alguns graus de flexão da coxa. e) Adutor magno Duas porções: adutora e extensora. Porção adutora Inervação: nervo obturatório. Ação: adução e flexão da coxa. Porção extensora Inervação: porção tibial do nervo isquiático. Ação: adução e extensão da coxa. 3.11. Músculos Femorais Posteriores a) Bíceps femoral Inserção: cabeça da fíbula e fáscia da perna. Ação: extensão da coxa, flexão e rotação lateral da perna. b) Semitendíneo Inervação: porção tibial do nervo isquiático. Ação: extensão da coxa, flexão e rotação medial da perna. c) Semimembranáceo Inervação: porção tibial do nervo isquiático. Ação: extensão da coxa, flexão e rotação medial da perna. 3.12. Músculos Crurais Anteriores a) Tibial anterior Inervação: nervo fibular profundo. Ação: flexão dorsal e inversão do pé. b) Extensor longo do hálux Inervação: nervo fibular profundo. Ação: flexão dorsal do pé e extensão do hálux. 29 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA c) Extensor longo dos dedos Inervação: nervo fibular profundo. Ação: flexão dorsal e eversão do pé e extensão dos dedos. d) Fibular terceiro Inervação: nervo fibular profundo. Ação: flexão dorsal e eversão do pé. 3.13. Músculos Crurais Posteriores a) Tríceps sural Três porções: gastrocnêmios medial e lateral e sóleo. Inervação: nervo tibial. Ação: importante músculo postural e locomotor. Flexão planar do pé. O gastrocnêmio também é flexor da perna (é bi-articular). b) Poplíteo Inervação: nervo tibial. Ação: Rotação medial da tíbia. Rotação lateral do fêmur quando a tíbia está fixa. Tem ação discutida no ato de abaixar-se, onde impediria o deslizamento, para frente, do fêmur sobre a tíbia. c) Plantar É um músculo variável em tamanho e extensão e pode estar ausente. Inervação: nervo tibial. Ação: sem importância. d) Flexor longo do hálux Inervação: nervo tibial. Ação: flexão da falange distal do hálux. e) Flexor longo dos dedos Inervação: nervo tibial. Ação: flexão das falanges distais dos dedos II a V. f) Tibial posterior Inervação: nervo tibial. Ação: flexão plantar e inversão do pé. 3.14. Músculos Crurais Laterais 30 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA a) Fibular longo Inervação: nervo fibular superficial. Ação: flexão plantar e eversão do pé. b) Fibular curto Inervação: nervo fibular superficial. Ação: eversão do pé. 31 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 4- SISTEMA CIRCULATÓRIO 4.1. Coração E Pericárdio 4.1.1. Pericárdio Pericárdio fibroso Pericárdio seroso com lâminas externa e interna Cavidade do pericárdio Identifique no cadáver o pericárdio, observando que o pericárdio fibroso está aderido à lâmina parietal do pericárdio seroso e que a lâmina visceral do pericárdio seroso está aderida ao coração. 4.1.2. Coração Observe no cadáver a posição anatômica do coração: Situação na cavidade torácica Base e ápice Morfologia externa: Sulcos: a) interventricular anterior, onde correm o ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda e a veia cardíaca magna. b) Interventricular posterior, onde correm o ramo interventricular posterior da artéria coronária direita e veia cardíaca média. c) Coronário ou átrio-ventricular, onde correm o ramo circunflexo da artéria coronária esquerda, a artéria coronária direita e o seio coronário. Átrios direito e esquerdo Ventrículos direito e esquerdo Aurículas direita e esquerda Vasos da base (artéria aorta, tronco pulmonar, artérias pulmonares, veia cava superior e veia cava inferior) Morfologia interna: Com uma peça isolada e o atlas, identifique: Septo cardíaco, com suas três porções: septo interatrial, septo atriventricular e septo interventricular. Átrio direito: identifique músculos pectíneos, óstios das veias cavas superior e inferior, óstio átrio-ventricular direito e valva átrio-ventricular direita Átrio esquerdo: identifique abertura das quatro veias pulmonares, óstio átrioventricular esquerdo e valva átrio-ventricular esquerda Ventrículos: identifique as trabéculas cárneas (músculos papilares) e as cordas tendíneas Valvas atrioventriculares direita e esquerda e semilunares 32 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Irrigação do coração: Artéria coronária esquerda: Origina-se no seio aórtico esquerdo, posteriormente ao tronco pulmonar e corre entre este e a aurícula esquerda. Dá o ramo interventricular anterior, que desce ao ápice do coração, e segue em direção posterior no sulco coronário como ramo circunflexo, indo se anastomosar com a artéria coronária direita. Artéria coronária direita: Origina-se no seio aórtico direito, dirigindo-se para a direita no sulco coronário. Dá a artéria marginal, que desce ao longo de ventrículo direito em direção ao ápice. A seguir ela emite o ramo interventricular posterior, que irá se anastomosar com a artéria interventricular anterior. Drenagem venosa do coração: O leito capilar do miocárdio tem duas vias de drenagem: através do sistema venoso e através de pequenos canais (veias cardíacas mínimas), que drenam o leito capilar diretamente para as câmaras cardíacas. O seio coronário é a principal estrutura de drenagem do coração. Situa-se posteriormente, no sulco coronário. Desemboca no átrio direito. Em seu trajeto recebe as seguintes tributárias: veia cardíaca magna, que sobe pelo sulco interventricular anterior, veia cardíaca média, que sobe pelo sulco interventricular posterior, veia cardíaca parva, que acompanha o ramo marginal da artéria coronária direita. 4.2. Baço Tem duas faces: diafragmática e visceral. Apresenta na face visceral uma fissura, o hilo, por onde entram ou saem os vasos e nervos. Observe-o no cadáver e verifique também como a cauda do pâncreas chega até bem próximo a ele. 4.3. Artéria Aorta Didaticamente pode ser dividida em: aorta ascendente, arco aórtico, aorta descendente torácica e abdominal. Acompanhe com o atlas e identifique no cadáver seus ramos. Faça um desenho esquemático após. 4.3.1. Aorta ascendente artéria coronária direita artéria coronária esquerda 4.3.2. Arco aórtico Tronco braquiocefálico, que vai originar a artéria carótida comum direita artéria subclávia direita artéria carótida comum esquerda artéria subclávia esquerda 33 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Cada artéria carótida comum vai se dividir em artéria carótida interna e artéria carótida externa. A artéria carótida interna não dá ramos no pescoço, penetrando no crânio para participar do círculo arterial do cérebro (já estudado). A artéria carótida externa irriga numerosas estruturas superficiais e profundas da cabeça e parte superior do pescoço. 4.3.3. Aorta descendente (porção torácica) artérias intercostais posteriores artérias bronquiais artérias pericárdicas artérias esofágicas artérias mediastinais artérias frênicas superiores (irrigam o diafragma) Alguns destes ramos poderão ser identificados no cadáver, como as artérias intercostais posteriores e as artérias frênicas superiores, mas você deverá conhecer todos os ramos. 4.3.4. Aorta descendente (porção abdominal) artérias frênicas inferiores (irrigam o diafragma) tronco celíaco (identifique sues ramos e anote seus destinos) artéria mesentérica superior, cujo destino é _________________________________ artérias renais, cujo destino é ____________________________________________ artérias gonadais, cujo destino é _________________________________________ artéria mesentérica inferior, cujo destino é _________________________________ 4.4. Artérias Ilíacas Comuns Resultam da bifurcação da artéria aorta. Por sua vez, cada artéria ilíaca comum vai se dividir em artéria ilíaca interna e artéria ilíaca externa. 4.5. Artérias Do Membro Inferior A artéria ilíaca externa passa a ser denominada artéria femoral ao cruzar o ligamento inguinal, origina a artéria femoral profunda (que irriga os músculos da coxa) e segue até passar pelo hiato tendíneo do músculo adutor magno, sendo então denominada artéria poplítea. Ramos da artéria poplítea: artéria tibial anterior tronco tíbio-fibular, que vai originar a artéria tibial posterior e a artéria fibular. A artéria tibial anterior passa para a face anterior da perna cruzando a borda superior da membrana interóssea e irriga a região ântero-lateral da perna, a região do tornozelo e o dorso do pé. 34 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA A artéria tibial posterior é a mais calibrosa dos ramos da artéria poplítea. Alcança o pé entre o maléolo medial e o calcâneo. A artéria fibular passa posteriormente ao maléolo lateral. 4.6. Artérias Do Membro Superior As artérias subclávias ao passarem pela borda externa da primeira costela passam a se chamar artéria axilar. Esta será denominada artéria braquial após ultrapassar o músculo redondo maior. A nível de cotovelo, a artéria braquial se divide em artérias ulnar e radial, que irão constituir os arcos palmares superficial e profundo. A confecção de um esquema indicando a árvore arterial descrita acima é um bom método de memorização. Procure criar um. 4.7. Veias Do Membro Inferior 4.7.1. Veias superficiais Do arco venoso dorsal do pé originam-se: veia safena magna: da extremidade medial do arco, situando-se anteriormente ao maléolo medial. Próximo ao tubérculo púbico desemboca na veia femoral. veia safena parva: da extremidade lateral do arco, situando-se posteriormente ao maléolo lateral. Ao nível da fossa poplítea desemboca na veia poplítea. 4.7.2. Veias profundas As duas veias tibiais anteriores se unem com as duas veias tibiais posteriores e fibulares para formar a veia poplítea. Esta passa a se chamar veia femoral ao cruzar o hiato tendíneo do músculo adutor magno. A veia femoral recebe a veia femoral profunda, cruza o ligamento inguinal e se continua como veia ilíaca externa. 4.8. Veias Do Membro Superior 4.8.1. Veias superficiais arco venoso dorsal veia cefálica (nasce da porção lateral do arco venoso dorsal) veia basílica (nasce da porção medial do arco venoso dorsal) 4.8.2. Veias profundas A veia basílica, que é superficial, torna-se profunda ao nível da metade do braço e une-se com as veias braquiais, formando a veia axilar. A partir da borda externa da 1ª costela, a veia axilar passa a se chamar veia subclávia. A veia subclávia se une à veia jugular interna e forma a veia braquiocefálica. A união das veias braquiocefálicas direita e esquerda forma a veia cava superior. 35 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 4.9. Veia Cava Inferior A veia ilíaca externa se une com a veia ilíaca interna e forma a veia ilíaca comum (de cada lado). As veias ilíacas comuns direita e esquerda se unem e formam a veia cava inferior. Assim como fez com a árvore arterial, crie um esquema demonstrando a formação das veias aqui descritas. 36 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA AUSCULTA CARDÍACA: Áreas de ausculta - Tricúspide: na parte baixa do externo, junto à linha paraesternal esquerda; - Mitral: onde se localiza, pela palpação, o choque da ponta; - Aórtica: no segundo espaço intercostal direito, junto ao externo; - Pulmonar: no segundo espaço intercostal esquerdo, na margem external; - Aórtica acessória: no terceiro espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno; - Outras áreas: margem direita do esterno, o epigástrio, região axilar e cervical. 37 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 5- SISTEMA RESPIRATÓRIO 5.1. Divisão Porção condutora: nariz, faringe, laringe, traquéia e brônquios. Porção respiratória propriamente dita: pulmões. 5.2. Nariz Nariz externo: Ápice e base Dorso do nariz A estrutura do nariz é ósteo-cartilaginosa. A porção superior do nariz é óssea, constituída pelos ossos nasais e processos frontais das maxilas. A parte inferior é cartilagínea. Osso etmóide: O conhecimento de sua estrutura é muito importante para o entendimento da cavidade nasal. Retorne à sua descrição na anatomia do crânio. Observe numa peça de hemicabeça as conchas e os meatos. Cavidade nasal: O septo nasal: porção cartilaginosa (a cartilagem do septo) e porção óssea (lâmina perpendicular do osso etmóide e osso vômer). numa hemicabeça, identifique o palato mole. A parede lateral da cavidade nasal é formada por parte dos ossos nasal, maxila, lacrimal, etmóide, concha nasal inferior, lâmina perpendicular do palatino e esfenóide. Dela se projetam as conchas nasais superior e média (do osso etmóide) e concha nasal inferior (um osso isolado). Inferiormente a cada concha estão os respectivos meatos superior, médio e inferior. Seios paranasais: Os seios são etmóide, esfenóide, frontal e maxilar. Cite seus locais de drenagem. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ ________________________________ 5.3. Faringe 38 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Nasofaringe Coanas (limites: lâmina medial do processo pterigóide do osso esfenóide e osso vômer) Istmo faríngico ou hiato nasofaríngico (limites: plano mole, arcos palatofaríngeos e parede posterior da faringe) Istmo das fauces (limites: palato mole, arcos palatoglossos e dorso da língua) Observe numa hemicabeça, na parede lateral da nasofaringe: tórus tubal, óstio faríngeo da tuba auditiva, prega salpingopalatina e prega salpingofaríngea. Orofaringe: Arco palatofaríngico Fossa tonsilar e tonsilas Parte faríngica da língua Pregas glossoepiglóticas mediana e laterais Valéculas epiglóticas. Laringofaringe: Recessos piriformes 5.4. Laringe Cartilagem tireóide Cartilagem cricóide Cartilagem aritenóide Cartilagem epiglótica A cavidade da laringe tem 3 porções: Vestíbulo Ventrículo Cavidade infraglótica Glote: aparelho vocal (prega vocal mais rima glótica) Rima glótica - e o espaço entre as pregas vocais. 5.5. Traquéia Anéis traqueais Ligamentos anulares Músculo traqual Carina 5.6. Brônquios 39 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Brônquio principal direito: brônquio lobar superior, brônquio lobar médio e brônquio lobar inferior. Brônquio principal esquerdo: brônquio lobar superior e brônquio lobar inferior. 5.7. Pleura Pleura parietal Pleura visceral Cavidade pleural 5.8. Pulmão Morfologia: Ápice Base ou face diafragmática Faces esternocostal, medial ou mediastinal e inferior Hilo pulmonar: Por ele penetram ou saem as estruturas que constituem a raiz pulmonar São elas: Brônquios Artérias pulmonares Veias pulmonares Nervos Linfáticos Artérias bronquiais Lobos e fissuras pulmonares Pulmão direito: Lobos superior, médio e inferior Fissuras horizontal e obliqua Pulmão esquerdo: Lobos superior e inferior Fissura oblíqua Língula 5.9. Diafragma Identifique-o no cadáver. Tem duas partes: centro tendíneo e porção muscular Identifique o hiato aórtico, o forame da veia cava e o hiato esofágico. 40 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA AUSCULTA PULMONAR PONTOS: Pontos de Ausculta Pulmoar 41 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 6- SISTEMA DIGESTÓRIO 6.1. Cavidade Bucal A cavidade bucal divide-se em: vestíbulo e cavidade oral propriamente dita. 6.1.1. Língua Tem 4 partes: ápice, dorso, face inferior e raiz. Com o auxílio do atlas e do livro-texto identifique estas partes e reconheça: No dorso: Sulco terminal Forame cego Papilas linguais Papilas valadas Tonsilas linguais Observe que os 2/3 anteriores da língua estão na cavidade oral propriamente dita e o 1/3 posterior na orofaringe, onde você deverá identificar: Prega glossoepiglótica mediana Pregas glossoepiglóticas laterais Valécula epiglótica Na face inferior: Frênulo da língua Papila sublingual Abertura dos ductos sublinguais Outras estruturas que você deve identificar: Papila parotídica Palato duro, que é formado pelos processos palatinos das maxilas e lâmina horizontal do osso palatino Palato mole e úvula, que dele se projeta medialmente Arco palataglosso Arco palatofaríngico Fossa tonsilar Tonsila palatina 6.1.2. Dentes Num dente artificial, observe: Coroa Raiz Colo 42 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Cavidade pulpar, com a polpa Esmalte, recobre a Dentina na porção coronária Cemento, recobre a dentina na porção radicular Juntura: fibrosa (gonfose) Tipos de dentes: incisivos, caninos, pré-molares e molares. 6.2. Faringe Reporte-se ao roteiro de sistema respiratório e reveja a faringe, atentando para sua relação com o sistema digestório. 6.3. Esôfago O comprimento total do esôfago é 25 a 30 cm. Tem três porções: cervical, torácico e abdominal. 6.4. Peritônio Peritônio parietal Peritônio visceral Cavidade peritoneal 6.5. Estômago Óstio cárdico Piloro Partes do estômago: parte cárdica, fundo, corpo e parte pilórica (antro pilórico e canal pilórico) Curvaturas gástricas: maior e menor Pregas mucosas gástricas. 6.6. Intestino Delgado 6.6.1. Duodeno 4 partes: superior, descendente, horizontal ou inferior e ascendente. Bulbo duodenal Pregas circulares 43 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 6.6.2. Jejuno e Íleo Identifique o óstio ileocecal. Identifique o mesentério. Observe que ele conduz estruturas vasculares e nervosas que vão ou vêm para o jejuno e íleo. 6.7. Intestino Grosso Ceco, colon ascendente, colon transverso, colon descendente, colon sigmóide e reto Ângulos hepático e esplênico Apêndice vermiforme Tênias Haustros Apêndices epiplóicos 6.8. Fígado E Vias Biliares 6.8.1. Fígado Tem 2 faces: Na face diafragmática, identifique: Ligamento falciforme Ligamento redondo do fígado Lobos direito e esquerdo Na face visceral identifique: Fissura para o ligamento redondo Fissura para o ligamento venoso Fossa para a vesícula biliar e vesícula biliar Fossa para a veia cava inferior e veia cava inferior Lobo caudado Lobo quadrado Na porta ou hilo hepático identifique: Veia porta Artéria hepática própria Ducto hepático comum 6.8.2. Vesícula biliar Fundo Corpo 44 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Colo Ducto cístico 6.8.3. Vias biliares extra-hepáticas Ductos hepáticos direito e esquerdo Ducto hepático comum Ducto cístico Colédoco 6.9. Pâncreas Cabeça, corpo e cauda REGIÕES E QUADRANTES ABDOMINAIS 45 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 7- SISTEMA URINÁRIO 7.1. Rins Faces anterior e posterior Bordas lateral e medial Pólos superior e inferior Na borda medial há uma fissura vertical, o hilo renal Por ele passam os elementos que constituem o pedículo renal. Cite-as. Em um rim isolado e que tenha sofrido um corte frontal, veja como o hilo se expande em uma cavidade central, o seio renal, no qual se aloja a pelve renal. Identifique ainda: córtex renal medula renal colunas renais pirâmides renais cálices renais maiores cálices renais menores papila renal 7.2. Ureter Tem três porções: Porção abdominal, do rim ao ponto em que cruza com a artéria ilíaca comum; porção pélvica, deste cruzamento até a bexiga e porção intramural, que atravessa a parede da bexiga. Pelve renal Num cadáver reconheça importantes relações vasculares dos ureteres: junto ao hilo renal é retrovascular, ou seja, posterior aos vasos renais; na abertura superior da pelve os ureteres cruzam a artéria ilíaca comum ou a primeira porção da artéria ilíaca externa e vai se localizando anterior e medialmente para desembocar na bexiga. Lembre-se, os ureteres são retroperitoneais. 7.3. Bexiga Urinária Em um cadáver observe a situação pélvica da bexiga, posterior à sínfise púbica, e a relação anatômica com outros órgãos, que é diferente no homem e na mulher. Em uma bexiga aberta reconheça o trígono vesical, área triangular na porção inferior da bexiga, limitada superior e posteriormente pelos óstios dos ureteres e inferior e anteriormente pelo óstio interno da uretra. 7.4. Uretra 46 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Será vista nos sistemas genitais masculino e feminino, uma vez que difere nos dois sexos. 7.5. Glândulas Supra-Renais Não fazem parte do sistema urinário, mas são vistas aqui por sua localização no pólo superior dos rins. São pequenas, em número de duas, triangulares, de cor amarelada no vivente. Produzem cortiscoteróides e catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). 47 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 8- SISTEMA GENITAL MASCULINO 8.1. Testículos Em um corte transversal do testículo identifique, com ajuda do esquema do seu atlas: Túnica albugínea Lóbulos cuneiformes Septos fibrosos Mediastino do testículo Túbulos seminíferos contorcido Túbulos seminíferos retos Rede testicular Ducto eferente do testículo 8.2. Epidídimo Cabeça, corpo e cauda 8.3. Ducto Deferente É a continuação da cauda do epidídimo. Tem um trajeto fora da pelve, atravessa a parede abdominal (pelo canal inguinal) e finalmente terá um trajeto dentro da pelve. Verifique este trajeto através do atlas e no esquema do seu livro-texto. Reconheça, pelo atlas e nas peças, o funículo espermático, que é o conjunto de estruturas que passam pelo canal inguinal e que estão relacionadas com o testículo. Ducto deferente; Artérias; Veias; Linfáticos; Nervos. 8.4. Ducto Ejaculatório 8.5. Uretra Tem três partes: Porção prostática. Tem uma pequena saliência, o colículo seminal onde desembocam os ductos ejaculatórios Porção membranosa Porção esponjosa. Tem 2 dilatações: uma posterior, ao nível do bulbo (fossa intrabulbar), e outra anterior, ao nível da glande (fossa navicular). 8.6. Vesículas Seminais 48 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 8.7. Próstata 8.8. Glândulas Bulbo-Uretrais 8.9. Pênis Raiz do pênis ramos do pênis bulbo do pênis Corpo do pênis: compreende 2 corpos cavernosos e 1 corpo esponjoso Óstio externo da uretra Glande Prepúcio Frênulo do prepúcio 8.10. Escroto Reconheça com o auxílio do Atlas as características da pele do escroto e a túnica dartos. 8.11. Túnicas Do Funículo Espermático, Testículo E Epidídimo São derivadas de diversas camadas da parede abdominal: Fáscia espermática externa: túnica fina e externa, presa acima aos pilares do anel inguinal superficial e prolonga-se com a fáscia que cobre o músculo oblíquo externo. Fáscia cremastérica: está intimamente presa à face externa da fáscia espermática interna. Pode ser reconhecida pela presença de fibras musculares esqueléticas (coletivamente denominadas de músculo cremáster), que se continuam acima com o músculo oblíquo interno. A sua contração resulta na elevação do testículo. Fáscia espermática interna: túnica interna e fina derivada da fáscia transversal. Túnica vaginal do testículo: membrana serosa de dupla camada que envolve a parte anterior e lateral do testículo e o epidídimo. Durante o desenvolvimento prénatal, continua-se com o peritôneo. Sua lâmina parietal está aderida à fáscia espermática interna. A lâmina visceral está aderida à túnica albugínea do testículo. 49 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 9- SISTEMA GENITAL FEMININO 9.1. Comportamento Do Peritônio Pélvico Ligamento largo Escavações reto-uterina e escavação vésico-uterina No ligamento largo, localize o útero, as tubas uterinas e o ligamento redondo do útero, que estão incluídos nele e o ovário, que está fixado na sua face posterior por uma prega denominada mesovário. 9.2. Ovários Identifique: Margem mesovárica e mesovário Ligamento próprio do ovário. Ligamento suspensor do ovário Mesovário 9.3. Tubas Uterinas Localize o mesossalpinge. Quatro partes: infundíbulo, ampola, istmo, porção uterina Óstios abdominal e uterino Fímbrias 9.4. Útero Porções: fundo, corpo, istmo e colo Cavidade do útero Anote as três camadas do útero e suas características: ________________________________________________________________________ 9.5. Vagina hímen carúnculas himenais 9.6. Pudendo Feminino ou Vulva Monte púbico Lábios maiores Rima do pudendo Lábios menores Vestíbulo da vagina Anote as estruturas localizadas no vestíbulo da vagina. 50 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA __________________________________________________________________ 9.7. Mamas Observe e descreva a sua localização. Sua arquitetura é constituída de parênquima, estroma e pele. Observe: papila mamária e auréola mamária. 51 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA 10-SISTEMA NERVOSO 10.1. Medula Espinhal: Em uma medula inteira, observe: Cone medular Filamento terminal Cauda eqüina Em corte transversal da medula, identifique: Fissura mediana anterior Sulco mediano posterior Sulcos laterais anteriores Sulcos laterais posteriores Substância cinzenta Coluna anterior Coluna posterior Coluna lateral (só é observada na medula de T1 a L2) Canal central da medula Substância branca - Funículo anterior - Funículo lateral - Funículo posterior 10.2. Encéfalo: 10.2.1. Tronco encefálico a) Bulbo Na face ventral, localize: As pirâmides Decussação das pirâmides Olivas bulbares Fissura mediana anterior Na face dorsal identifique: IV ventrículo b) Ponte Identifique Pedúnculos cerebelares médios. c) Mesencéfalo É a porção que conecta o cérebro à ponte. Observe esta conexão em um encéfalo. Em uma peça isolada identifique: 52 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Aqueduto cerebral Pedúnculos cerebrais Colículos superiores e inferiores 10.2.2. Cerebelo Vérmis Hemisférios cerebelares Em uma secção mediana do cerebelo, observe: Corpo medular do cerebelo (substância branca), revestido externamente pelo córtex cerebelar (substância cinzenta) Lâminas brancas do cerebelo 10.2.3. Encéfalo a) Diencéfalo: Em um cérebro em corte mediano, observe: No tálamo: Aderência intertalâmica Sulco hipotalâmico III ventrículo Plexo corióide Forame interventricular No hipotálamo: Corpos mamilares Túber cinéreo Infundíbulo Quiasma óptico No epitálamo: Glândula pineal, b) Telencéfalo Em uma peça de um cérebro inteiro, observe os dois hemisférios cerebrais A superfície cerebral apresenta sulcos, que delimitam os giros cerebrais. Vários destes sulcos são inconstantes, porém dois são “chaves” no reconhecimento da anatomia da superfície cerebral: Sulco lateral: inicia-se na base do cérebro, como uma fenda profunda, e dirigi-se para a face súpero-lateral. Separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e parietal, acima Sulco central: sulco profundo que percorre obliquamente a face súpero-lateral do hemisfério, separando os lobos frontal e parietal. Inicia-se na face medial do hemisfério e dirigi-se ao ramo posterior do sulco lateral. Agora, delimite os lobos: Frontal; Temporal 53 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Parietal Occipital Ínsula Na face súpero-lateral do cérebro, no lobo frontal, localize: Sulco pré-central Sulco frontal superior Sulco frontal inferior Giro pré-central Giro frontal inferior Na face súpero-lateral do cérebro, no lobo temporal, localize: Sulco temporal superior Sulco temporal inferior Giro temporal transverso anterior Na face súpero-lateral do cérebro, no lobo parietal, localize: Sulco pós-central Giro pós-central Na face medial do cérebro, localize as seguintes formações telecenfálicas interhemisféricas: Corpo caloso Fórnix Septo pelúcido Na face medial do cérebro, no lobo occipital, localize: Sulco calcarino Na face medial do cérebro, no lobo frontal, localize: Sulco do cíngulo Giro do cíngulo Na face inferior do cérebro, no lobo temporal, localize: Sulco do hipocampo Úncus Giro para-hipocampal Na face inferior do cérebro, no lobo frontal, localize: Bulbo olfatório Tracto olfatório Nervo olfatório (I par craniano) Na face inferior do encéfalo, localize: Nervo óptico (II par craniano) Localize as áreas primárias: Área motora Área visual 54 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Área somestésica Área olfatória Área gustativa Área auditiva - Agora, localize as áreas corticais relacionadas com a linguagem: Área de Broca Área de Wernicke 10.3. Nervos Espinhais São ao todo 31 pares. 8 pares de nervos cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais 1 coccígeo 10.4. Nervos Cranianos Nº I Nervo olfatório Função Componentes Olfato sensitivo II óptico Visão sensitivo III motor oculomotor Motricidade dos músculos ciliar, esfíncter da pupila, todos os músculos extrínsecos do bulbo do olho, exceto os listados para os nervos cranianos IV e VI motor IV troclear Motricidade do músculo oblíquo superior do bulbo do olho motor V trigêmeo Controle dos movimentos da mastigação (ramo motor); Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial). sensitivo e motor VI motor abducente Motricidade do músculo reto lateral do bulbo do olho motor 55 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA VII facial Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor); Percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial). sensitivo e motor VIII vestibulococlear Vestibular: orientação e movimento. Coclear: audição sensitivo IX glossofaríngeo Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e palato. sensitivo e motor X vago Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das vísceras torácicas e abdominais. sensitivo e motor XI acessório Controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternocleidomastóideu e trapézio. motor XII grande hipoglosso Motricidade dos músculos da língua (exceto o músculo palatoglosso) motor 10.5. Sistema Ventricular 5.1-Em um encéfalo, em secção mediana, identifique os ventrículos encefálicos e faça um esquema do trajeto do líquor. 10.6. Meninges Observe como dura-máter, a aracnóide, unidas, e a pia-máter envolvem o tecido nervoso, no encéfalo e na medula. Entre a uma meninge e outra, temos: Espaço sub-dural, cujo conteúdo é ............................................................................................... Espaço sub-aracnóide, cujo conteúdo é ....................................................................................... Espaço extra-dural, cujo conteúdo é .................................................................................. (este espaço não existe à nível craniano) A dura-máter craniana é formada por dois folhetos, deixando entre eles, em alguns pontos, um espaço venoso, os seios da dura-máter. Identifique-os: Sagital superior Sagital inferior Seio reto Seios sigmóides 56 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA Seios transversais Confluências dos seios Seio occipital A dura-máter craniana também forma pregas que se interpõem entre as partes do sistema nervoso: Foice do cérebro Foice do cerebelo Diafragma da sela Tenda do cerebelo 10.7. Vascularização Do Encéfalo 10.7.1. O encéfalo é irrigado pelas artérias vertebrais carótidas internas A artéria vertebral, ramo da artéria subclávia, ascende no pescoço pelos forames vertebrais a partir da 6a vértebra cervical, penetrando no crânio pelo forame magno. São importantes ramos desta artérias: artéria espinhal anterior artérias espinhais posteriores A artéria vertebral de um lado se une com a contra-lateral, numa anastomose que dará origem à artéria basilar. Os dois ramos terminais da artéria basilar são as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria carótida interna, ramo da artéria carótida comum, não dá ramos no pescoço. Penetra no crânio pelo canal carotídeo do osso temporal e emite os seguintes ramos: artéria comunicante posterior, que se anastomosa com a artéria cerebral posterior (anastomose dos sistemas carotídeo interno e vértebro-basilar) artéria cerebral anterior, que se anastomosa com a contra-lateral, através da artéria comunicante anterior artéria cerebral média 57 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Morte cerebral É a ausência total e irreversível da função da córtex e do tronco cerebral. A morte cerebral é o verdadeiro critério para a morte de um ser humano, já que o encerramento definitivo das funções cardio-respiratórias conduz rapidamente o indivíduo à morte cerebral. Conforme dados do Conselho Federal de Medicina, a definição tradicional de morte clínica tornou-se inadequada a partir dos avanços da medicina, como a ressuscitação cardíaca, a circulação extracorpórea e os respiradores artificiais. Passou-se então a aceitar como conceito de morte o da morte encefálica ou cerebral, inclusive com o respaldo da maior parte das autoridades civis e religiosas. Tamanho da Pupila Resposta ao DIÂMETRO DAS PUPILAS Observação Causa Provável Dilatadas, sem reação Inconsciência, choque, parada cardíaca, hemorragia, lesão na cabeça Contraídas, sem reação Lesões no sistema nervoso central, e abuso de drogas Uma dilatada e outra contraída Acidente vascular cerebral, lesões na Cabeça e na ponte Embaçadas Choque, coma 58 PROGRAMA DE ANATOMIA HUMANA BÁSICA BIBLIOGRAFIA BÁSICA DANGELO, JG; FATTINl, C Anatomia Humana Básica. Ed. Atheneu Ltda, 2ª Ed. Rio de Janeiro, 1988. SPENCE, AP Anatomia Humana Básica - Ed. Manole Ltda – 2ª Ed São Paulo, 1991. DRAKE, RL; VOGL, W; MITCHELL, A Gray’s Anatomia para Estudantes. Ed. Elsevier 1ª Ed, 2005. MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional - Ed Atheneu Ltda, 2ª Ed. Rio de Janeiro, 1993. BRUECKNER, JK; CARMICHAEL, SW; GEST, TR; GRANGER, NA; HANSEN, JT; WALJI, AH Netter - Atlas de Anatomia Humana. Ed. Elsevier 4ª Ed, 2005. SOBOTTA, J & BECHER, H Atlas de Anatomia Humana – Ed. Guanabara Koogan, 17ª Ed, Rio de Janeiro, 1977. GILROY AM; MACPHERSON BR; ROSS LM. Atlas de Anatomia. Ed. Guanabara Koogan, 1ª Ed, Rio de Janeiro, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR MOORE, KL. Anatomia Orientada para a Clínica – Ed Guanabara Koogan, 3ª Ed, Rio de Janeiro, 1994. GARDNER, E; GRAY, DJ; O'RAHLLY, R. Anatomia - Estudo Regional do Corpo Humano – Ed. Guanabara Koogan, 4ª Ed, Rio de Janeiro, 1988. DRAKE, RL Gray’s Atlas de Anatomia - Ed. Elsevier 1ª Ed, 2009. 59