BM 07 Sindromes Causadoras de Obesidade

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Bases Moleculares
da Obesidade e Diabetes
Síndromes que Causam Obesidade
Prof. Carlos Castilho de Barros
http://wp.ufpel.edu.br/obesidadediabetes/
Fígado
Estômago e
Intestino delgado
Localização
Córtex da Adrenal
Pâncreas
Glândula ou célula?
Glândula
Córtex da
Adrenal
Medula da
Adrenal
Classe química
Esteróide
Hormônios
Rins
Pele
Gônodas
MineralocorticoidesAldosterona
Glicocorticoides-Cortisol
Andrógenos
O córtex adrenal é subdividido em 3 zonas, cada uma
com características anatômicas específicas.
A zona glomerulosa, mais externa, secreta um
hormônio mineralocorticóide conhecido como aldosterona.
A zona fasciculada vem logo a seguir e produz o
glicocorticóide cortisol
e, por fim, a zona reticular que produz os hormônios
sexuais ou esteróides androgênicos.
É conhecido que em pessoas normais os níveis de cortisol é
alto pela manhã e diminui com o passar das horas
Pessoas deprimidas - não diminui durante o decorrer do dia.
O agente que leva a depressão é variável - cortisol pode ter
um papel preponderante na manutenção da depressão.
A quantidade de secreção de cortisol varia individualmente.
Muito cortisol – maior apetite, principalmente carboidratos,
durante períodos de estresse.
Muriai, e cols, 2004
Função Adrenocortical – CORTISOL EM OBESOS
A concentração plasmática de cortisol, seu padrão
circadiano, concentração urinária de cortisol livre estão
normais em indivíduos obesos. Mas essa “normalidade”
é obtida por aumento na secreção de cortisol uma vez
que o degradação desse hormônio está aumentada
nesses indivíduos (Migeon et al, 1963; Galvão-Tales et al,
1976).
Acredita-se que a maior degradação ocorre em função do
aumento da interação com o receptor de cortisol.
Lordelo RA, 2007
Função Adrenocortical - CORTISOL EM OBESOS
Os adipócitos do tecido adiposo visceral apresentam densidade
aumentada de receptores para glicocorticóides (Cigolini e
Smith, 1979), devido a maior atividade local da enzima 11beta-hidroxiesteróide desidrogenase do tipo 1(11bHSD-1), que
catalisa a interconversão de cortisona para cortisol na célulaalvo.
Indivíduos com síndrome de Cushing, produção excessiva e
continuada de glicocorticóides (hipercortisolismo) pelo
córtex adrenal, apresentam várias similaridades clínicas com
portadores de obesidade visceral.
Esses indivíduos tem a atividade da LPL de adipócitos
aumentada. Estudos in vitro demonstram que adipócitos
cronicamente expostos ao cortisol aumentam a atividade
dessa enzima mas apenas na presença de insulina.
Síndrome de Cushing
-  Distúrbios na suprarrenal.
-  ↑ Adrenocorticotrófico (ACTH)
-  ↑ catabolismo muscular
Função Adrenocortical - CORTISOL EM OBESOS
Indivíduos com obesidade visceral e Cushing apresentam
redução nas fibras do tipo I e aumento nas fibras do tipo
IIb.
Foi observada um correlação entre a proporção de fibras do
tipo I e a sensibilidade à insulina e entre fibras do tipo II
e a resistência à insulina (fibras do tipo I são mais
sensíveis à insulina).
Note que em condições “normais” a insulina e
o cortisol apresentam funções metabólicas
opostas. No indivíduo obeso portador de
obesidade visceral esses hormônios parecem
atuar como sinergistas.
Esteróides Sexuais na Obesidade
Associações significativas têm sido verificadas na endocrinologia
reprodutiva entre o excesso de gordura corporal e disfunções
ovulatórias, hiperandrogenismo e carcinomas sensiveis a
hormônios (Kirschner et al, 1982).
As diferenças na distribuição de gordura estão relacionadas à
diferença em androgenicidade e às variações na ação da
insulina nas obesidades andróide e ginóide.
Normalmente as concentrações de testosterona e
androstenediona estão aumentadas em mulheres obesas.
Função Adrenocortical - andrógenos
A produção de andrógenos 17-cetoesteróides (etiocolananolona,
androsterona, dehidroepiandosterona, dehidroepiandosterona
[DHEA], DHEA-S) está aumentada em indivíduos obesos.
Kurtz et al (1987) demonstrou turnover aumentado de DHEA em
mulheres com obesidade central. Isso sugere que esse
andrógeno tenha 1 papel importante na distribuição de
gordura.
♀ (pré-menopausa) apresentaram correlação positiva entre a [ ]
DHEA e a gordura do tronco. Para a quantidade de gordura nas
pernas a correlação foi negativa (Williams et al, 1993; Usiskin
et al, 1990)
Função Adrenocortical - andrógenos
Em ♀ (pós-menopausa) saudáveis a [ ] DHEA está negativamente
correlacionada com a glicemia e prediz a obesidade central
10-15 anos depois (Khaw et al, 1991).
O DHEA pode estar associado a um círculo vicioso na obesidade
visceral. A maior [ ] desse hormônio promoveria o acúmulo de
adipócitos na região central e isso causaria hiperglicemia/
hiperinsulinemia. Essa mudança metabólica por sua vez
aumenta a concentração de testosterona livre esta promoveria o
aumento de gordura visceral.
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO 20% e 30% das mulheres #
10% estão associados a alguns sintomas#
mulheres entre 30 e 40 anos Sintomas
* Alterações menstruais
* Hirsutismo
* Obesidade
* Acne
* Infertilidade.
Causas?
50% das mulheres com essa síndrome
têm hiperinsulinismo
e o restante apresenta problemas no
hipotálamo, na hipófise, nas supra-renais e
produz maior quantidade de hormônios
masculinos
Tratamento
Tratamento é sintomático.
Mocinhas de 15 ou 16 anos, obesas, com pêlos e acne
precisam emagrecer. Às vezes, só a perda de peso ajuda a
reverter o quadro.
Se não for obesa - pílulas anticoncepcionais - reduzindo a
produção de sebo e o crescimento dos pêlos.
Infertilidade - clomifeno, um indutor da ovulação ou estimular
os ovários com gonadotrofinas.
Atualmente, é possível,
cauterização laparoscópica.
ainda,
fazer
a
Glândula Pineal
Localização
Hipotálamo
Hipófise Anterior
Hipófise Posterior
Hipófise Anterior
Tireóide
Paratireóide
Timo
Coração
Fígado
Estômago e
Intestino delgado
Pâncreas
Glândula ou célula?
Glândula
Classe química
Peptídeo
Hormônios
Prolactina
Hormônio do Crescimento
(somatotropina)
Corticotropina (ACTH)
Triodotropina (TSH)
Hormônio Folículo (FSH)
Estimulante
Hormônio Luteinizante (LH)
Alvo
Glândula Pineal
Hipotálamo
Hipófise Posterior
Hipófise Anterior
Tireóide
Paratireóide
Timo
Coração
Fígado
Estômago e
Intestino delgado
Pâncreas
Mamas
Muitos tecidos
Córtex da Adrenal
Tireóide
Gônodas
Gônodas
Efeito principal
Produção de leite
Crescimento e Metabolismo
Liberação de Cortisol
Síntese de Hormônios
Tireoidianos
Gameta ou produção de esperma,
produção de hormônios sexuais
Produção de hormônios sexuais,
gameta ou produção de esperma
GH e Obesidade
O GH é um importante regulador da massa corporal ao longo
da vida: a gordura subcutânea é marcadamente
aumentada em crianças deficientes em GH bem como em
adultos deficientes nesse hormônio (Tanner e
Whitehouse, 1967). Curiosamente, esses indivíduos
apresentam deposição de gordura predominantemente
no tronco.
Essas evidências sugerem que a deficiência relativa de GH
ou a insensibilidade a este pode exercer um papel na
perpetuação da obesidade.
GH e Obesidade
A explicação para a produção diminuída de GH na obesidade não
está clara.
Tem sido sugerido que o quadro ocorre em função do IGF-1 e
suas proteínas de ligação.
A síntese de IGF-1 é estimulada pela insulina e a hiperinsulinemia
da obesidade pode aumentar diretamente a produção de
IGF-1 e suprimir a produção de GH por meio de feedback
negativo hipotalâmico (o aumento de IGF-1 seria mais em
função da redução da IGFBP 1 e 2 que do aumento do
hormônio).
Reposição de GH emagrece mas provoca uma gama de efeitos
colaterais indesejáveis.
Os hormônios tiroidianos T3 e T4
T3 é mais potente e grande parte da T4 é convertida em T3 nos tecidos
periféricos.
Estimulam o metabolismo celular (são hormônios anabólicos) através de
estimulação das mitocôndrias.
Efeitos sistêmicos importantes são maior força de contração cardíaca, maior
atenção e ansiedade e outros devido maior velocidade do metabolismo dos
tecidos.
A sua carência traduz-se em déficit mental e outros distúrbios.
Os problemas endócrinos, inclusive da tireóide, são responsáveis por
menos de 5% dos casos de obesidade
O hipotiroidismo é um distúrbio do funcionamento da glândula, onde
esta não produz a quantidade de hormônio necessário para o
metabolismo normal.
Por isto, as manifestações estão correlacionadas à uma diminuição
global do funcionamento dos diversos órgãos - cansaço fácil, inchaço
nas mãos, face e extremidades, fraqueza, ganho de peso (este
geralmente pequeno e sem o aumento do apetite), diminuição da
memória, sonolência, dores nas juntas, formigamentos, intolerância ao
frio, diminuição da sudorese, câimbras, etc.
As manifestações clínicas não dependem da causa do hipotiroidismo e
sim do grau de deficiência do hormônio da tireóide.
O hipotiroidismo é geralmente progressivo, e deve ser tratado com
reposição dos hormônios da tireóide, já que estes são essenciais à
vida
BALANÇO ENERGÉTICO E CONTROLE DE PESO
(Glein e Glace, 2001)
Hormônios tiroideanos
sensíveis a ingestão excessiva ou insuficiente e ingestão de carboidratos
aumento abrupto no T4 – aumenta a taxa metabólica basal, mas o efeito
não corre até 1 semana e meia após a aplicação
➧  metabolismo periférico do T4 ajustado à ingestão e gasto calórico, a
conversão à T3 só é afetada quando há um desequilíbrio de energia
➧ a diminuição do carboidrato da dieta resulta em menores concentrações no
T3, se o carboidrato é fornecido de modo satisfatório durante a restrição
então, a concentração de T3 pode ser mantida
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