Sistema Nervoso

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1
NEUROANATOMIA
Neuroanatomia é definido como o estudo do Sistema Nervoso.
Sistema Nervoso:
 Constituição: é constituído por um tecido especializado em receber
e enviar estímulos.
 Formação: este tecido é formado por células conhecidas como
Neurônios.
Neurônios:
 Ou Células Nervosas: apresentam um corpo celular, do qual saem
prolongamentos que podem ser denominados de dendritos ou
prolongamentos citoplasmáticos, e axônios ou cilindro-eixos.
 Propriedades: apresentam duas propriedades fundamentais:
 Irritabilidade: propriedade de ser sensível a um estímulo,
permite à célula detectar as modificações no meio ambiente.
Generalidades:
 Condutibilidade: propriedade de propagar um impulso da
região onde recebeu um estímulo, até outra região qualquer.
Tipos de Neurônios segundo a Função:
 Aferente - Conduz o impulso nervoso sensitivo a uma
determinada área do Sistema Nervoso Central (da
periferia para o SNC).
 Eferente - Conduz o impulso nervoso motor do Sistema
Nervoso Central até uma outra area qualquer (parte do
SNC para a periferia).
 Internunciais (de Associação) – ou interneurônios, servem
para interconectar neurônios, aumentando consideravelmente
o número de sinapses nervosas. O corpo do interneurônio
está sempre dentro do Sistema Nervoso Central.
2
Origem
Embrionária
do Sistema
Nervoso:
O Sistema Nervoso é constituído a partir de vesículas primordiais,
que são dilatações originadas do tubo neural. Estas dilatações
recebem o nome de prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.
Subdivisões:
Com o desenvolvimento do feto, ocorrem subdivisões: o Prosencéfalo
subdivide-se em Telencéfalo e Diencéfalo, dando origem ao cérebro.
O Mesencéfalo não sofre subdivisão e o Rombencéfalo dará origem ao
Metencéfalo e ao Mielencéfalo. Daí surgem as seguintes relações:
Vesículas
Primordiais
Prosencéfalo
Mesencéfalo
Após Divisão
Telencéfalo
Diencéfalo
Mesencéfalo
Metencéfalo
Mielencéfalo
Medula
Rombencéfalo
Estruturas
Relacionadas
Hemisférios Cerebrais
Tálamo, Hipotálamo,
Epitálamo, Subtálamo
Pedúnculos Cerebrais
Tecto do Mesencéfalo
Ponte e Cerebelo
Medula Oblonga ou Bulbo
Medula Espinhal
Cavidades
Relacionadas
Ventrículos Laterais
Terceiro Ventrículo
Aqueduto Cerebral
Quarto Ventrículo
Quinto Ventrículo
3
Anatômica:
Cérebro
SISTEMA
Encéfalo
Cerebelo
Mesencéfalo
Tronco Encefálico
Ponte
NERVOSO
CENTRAL
Medula espinhal
Bulbo
Espinhais – 31 pares
SISTEMA
Nervos
Cranianos – 12 pares
NERVOSO
Divisões
do
Sistema
Nervoso:
Gânglios
PERIFÉRICO
Terminações nervosas
Funcional:
SISTEMA
Aferente
NERVOSO
SOMÁTICO
SISTEMA
Eferente
Aferente
NERVOSO
VISCERAL
Simpático
Eferente – S.N. Autônomo
Parasimpático
4
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
MEDULA ESPINHAL
Etimologicamente, medula significa miolo, e indica o que está dentro. Localizase dentro do canal vertebral, sem ocupá-lo completamente.
Tipo de tecido: Nervoso
Tamanho:
Limites:
No homem adulto aproximadamente 45 cm.
Na mulher apresenta-se um pouco menor.
Cranial  limita-se com o bulbo, aproximadamente em
nível do forame magno do osso occipital.
Caudal  no adulto situa-se aproximadamente na 2ª
vértebra lombar (L2).
Terminação:
A medula termina afilando-se para formar um cone – o cone
medular, e continua em um delgado filamento – o filamento
terminal.
Formato:
Aproximadamente cilíndrica, ligeiramente achatada (sentido
ântero–posterior)
Calibre:
Não apresenta calibre uniforme, pois apresenta duas
dilatações, denominadas intumescências cervical e lombar.
São resultantes das conexões de grossas raízes que formam
os plexos braquial e lombo-sacral.
Função:
Condução nervosa (impulsos sensitivos subindo e impulsos
motores descendo).
Substância
Branca:
Fibras axoniais, na maioria mielínicas (microscópicas).
Localiza-se externamente.
Substância
Cinzenta:
Concentração de corpos neuronais multipolares (motores).
Localiza-se por dentro da branca, apresentando um formato
de borboleta ou da letra H.
dura-máter (externa e mais espessa)
Envoltórios da
pia-máter (interna e mais delicada)
Medula:
aracnóide (entre as duas anteriores)
Espaços
Meníngeos:
Epidural - entre a dura-máter e o periósteo do canal
vertebral
Subdural - espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide
Subaracnóideo - entre a aracnóide e a pia-máter
5
6
Sulco Mediano Posterior  sulco pouco profundo, localizado
posteriormente, alcança a substância cinzenta via
septo mediano posterior.
Fissura Mediana Anterior  fissura profunda, localizada
Anatomia
anteriormente.
Superficial: Sulcos Laterais Anterior e Posterior  recebem, respectivamente,
as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
Sulco Intermédio Posterior  situado entre os sulcos mediano e
lateral posterior, e se continua em um septo
intermédio posterior.
Colunas Anterior, Posterior e Lateral  formam o “H” medular
(A lateral somente aparece na coluna torácica e parte
da lombar).
Canal Central da Medula  resquício da luz do tubo neural no
embrião.
Anatomia
Funículos:
Interna:
Anterior  entre a fissura mediana e o sulco lateral anteriores.
Lateral  entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior.
Posterior  entre os sulcos lateral posterior e mediano posterior.
Fascículos Grácil e Cuneiforme  na parte cervical da medula,
formados pela divisão do funículo posterior.
7
TRONCO ENCEFÁLICO
Estrutura de tecidos nervoso e conjuntivo situada ventralmente ao cerebelo.
Interpõe-se entre a medula e o diencéfalo.
Divisão
Anatômica
do
Tronco
Encefálico
Funções:
1. Mesencéfalo (cranial)
2. Ponte
(entre ambos)
3. Bulbo
(caudal)
Condução nervosa e
controle dos sistemas
cardiovascular
e
respiratório.
Relação
Dos 12 pares, 10 emergem
com nervos da sua estrutura.
cranianos:
Limites do
tronco
encefálico:
1
superior (diencéfalo)
inferior (forame magno)
posterior (cerebelo)
2
3
d
b
a
c
e
f
g
3
Situado entre a ponte e o cérebro, é
perfurado pelo aqueduto cerebral[a],
que liga o 3º ao 4º ventrículo.
h
Dorsalmente ao aqueduto, temos o tecto
h i
do mesencéfalo [b], e suas massas
g
nucleares: os colículos superiores [c]
(envolvidos nos reflexos visuais), os
f
a
colículos inferiores [d] (relacionados à
b d
audição).
Mesencéfalo: Ventralmente, encontramos os pedúnculos cerebrais [e], que
constituem a conexão motora principal entre o encéfalo
anterior e o rombencéfalo. Em sua porção média (interna), o
tegmento [f], encontramos o núcleo rubro [g], que é
conectado ao cerebelo, sendo importante na atividade motora
e situações posturais reflexas. Em sua porção ventral,
encontramos a base [h] do pedúnculo. O tegmento é
separado do pedúnculo pela substância negra [i].
Do Mesencéfalo, emergem 2 nervos craniais: o Oculomotor
(3º par) e o Troclear (4º par), ambos nervos motores.
h
e
8
Ponte:
Interposto entre o mesencéfalo e o bulbo, é quase que
totalmente composto de substância branca, servindo como
ponto de ligação entre o bulbo com os centros corticais
superiores.
Situa-se ventralmente ao cerebelo, e repousa sobre o dorso da
sela túrcica.
Em sua face ventral, encontramos um feixe de fibras que forma
o pedúnculo cerebelar médio [a], que se dirige a cada hemisfério
cerebelar. Encontramos também um sulco, o sulco basilar [b],
que geralmente aloja a artéria basilar. A ponte é separada do
bulbo pelo sulco bulbo-pontino [c].
Sua face dorsal constitui o assoalho do 4o ventrículo [d]
Da Ponte, emergem 4 nervos craniais: o Trigêmeo (5º par,
misto), o Abducente (6º par, motor), o Facial (7º par, misto) e o
Vestibulococlear (8º par, sensitivo).
b
a
c
d
9
Bulbo:
Situado entre a medula espinhal e a ponte, sua face posterior
forma o chão do 4º Ventrículo.
Em sua face ventral, encontramos a pirâmide [a], um feixe de
fibras que forma o tracto piramidal, que constitui a via para
iniciar os movimentos coordenados dos músculos
esqueléticos. Na parte caudal do bulbo, vemos a decussação
das pirâmides [b], onde os feixes se cruzam. Identificamos, na
face lateral, a oliva [c], uma eminência de substância
cinzenta. Os núcleos grácil [d] e cuneiforme [e], posteriores,
estabelecem comunicação entre a medula e o tálamo e
cerebelo.
Estes núcleos apresentam tubérculos, que
constituem sua parte visível. Os tubérculos se unem para
formar os pedúnculos cerebelares inferiores, que se
comunicam com o cerebelo.
Do Bulbo, emergem 4 nervos craniais: o Glossofaríngeo (9º
par, misto), o Vago (10º par, misto), o Acessório (11º par,
motor) e o Hipoglosso (12º par, motor).
c
a
b
e
dd
10
CEREBELO
Está situado no interior da
cavidade craniana (na fossa
cerebelar), inferiormente ao
cérebro e posteriormente ao
Localização:
tronco encefálico.
Está
separado do cérebro por uma
prega da dura-máter, a tenda
do cerebelo.
Funções:
Coordenação dos movimentos,
manutenção da postura,
regulação do tônus muscular,
motricidade fina, controle do
equilíbrio, atividades rápidas.
Hemisférios cerebelares direito e esquerdo e uma parte central
Divisões
Anatômicas: denominada vérmis.
11
Na superfície, o cerebelo apresenta pequenos sulcos
transversais que irão delimitar um nº variado de lâminas que
Presença de são denominadas folhas do cerebelo. A reunião de várias
Sulcos
folhas vai dar origem a uma área chamada de lóbulo. Os
Transversais, principais lóbulos do cerebelo são: quadrangular, semilunar
Lóbulos e
superior, semilunar inferior, simples. As principais fissuras,
Fissuras:
que dividem os lóbulos, são a prima ou primária, a
horizontal, e a pós-clival. No entanto, esta divisão é
puramente anatômica.
Funcionalmente, encontramos três divisões no cerebelo:
Divisões
Funcionais:
Vérmis – controle dos movimentos axiais.
Zona Intermédia – controle das porções
Lobo Anterior
distais dos membros superior e inferior.
Lobo Posterior
Zona Lateral – planejamento global dos
movimentos motores seqüenciais.
Lobo FlóculoRelacionado com a função do equilíbrio.
nodular
É constituído por um centro de substância branca, o corpo
Constituição: medular do cerebelo, revestida externamente por uma fina
camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar.
12
No desenvolvimento evolutivo do cerebelo, três fases são
identificadas, com a correspondente complexidade crescente
de movimentos.
1a fase: arquiverebelo – surge com o aparecimento dos
vertebrados mais primitivos, realizando coordenação da
musculatura com fins ao equilíbrio e tem conexões
vestibulares. É o cerebelo vestibular (dourado).
2a fase: paleocerebelo – surge com os peixes, e o aparecimento
Filogênese do de receptores especiais, os fusos neuromusculares e órgãos
Cerebelo:
neurotendíneos, que originam impulsos proprioceptivos.
Tem função relacionada ao tônus muscular e à postura do
animal. Tem conexão com a medula espinhal, e é
denominado cerebelo espinhal (verde/lilás e a parte do vérmis
em rosa imediatamente abaixo).
3a fase: neocerebelo – surge com os mamíferos, e com a
capacidade de utilizar membros para movimentos finos e
assimétricos. Tem relação com o córtex cerebral, e é
denominado cerebelo cortical (rosa).
13
CÉREBRO
O Cérebro é formado por duas vesículas primordiais: o telencéfalo e o
diencéfalo. O telencéfalo, por si só, constitui os hemisférios cerebrais, e o
diencéfalo é representado pelas formações nervosas que constituem as paredes
do terceiro ventrículo (ventrículo médio).
DIENCÉFALO
Pode ser comparado a um pequeno
Localização
funil, preso superiormente por sua
e
base entre os hemisférios cerebrais e
Estrutura:
por diante dos pedúnculos cerebrais.
Quatro estruturas básicas: o tálamo, o
hipotálamo, o epitálamo e o
Constituição:
subtálamo. Apresenta ainda uma
cavidade: o terceiro ventrículo.
Tálamo:
É constituído por duas massas ovóides de substância cinzenta, unidas pela
aderência intertalâmica. Suas extremidades são: tubérculo anterior [a] do
tálamo (anterior) e pulvinar [b] do tálamo (posterior). O pulvinar repousa
sobre os corpos geniculados lateral [c] (relacionado com a via auditiva) e
medial [d] (relacionado com a via visual).
O Tálamo relaciona-se medialmente com o III Ventrículo [e], lateralmente
com a Cápsula Interna [f], superiormente com os Ventrículos Laterais [g] e
Inferiormente com o Hipotálamo [h] e o Subtálamo.
Seus núcleos estão relacionados com o Comportamento Emocional,
Motricidade, Sensibilidade e Ativação do Córtex.
g
d
f
a
ed
d
g
d
e
h
d
f
b
dd
d
c
d
14
Está localizado abaixo do sulco hipotalâmico [a], que o separa do Tálamo
[b]. Compreende os corpos mamilares [c] (eminências de substância
cinzenta), quiasma óptico [d] (ponto de cruzamento dos nervos ópticos),
túber cinéreo [e] (prende a hipófise por meio do infundíbulo) e o
infundíbulo [f], (formação nervosa em forma de funil que se prende ao
túber cinéreo).
Hipotálamo:
Possui funções relacionadas principalmente com o controle de funções
vegetativas (controle da sede e fome, pressão e freqüência sanguíneas,
diurese, sudorese, temperatura corporal, reflexos pupilar e da ingestão),
endócrinas (hormônios de liberação e inibição da glândula Hipófise) e
relacionadas ao sistema límbico (emoções, como fúria, luta, tranquilidade,
medo, reações de punição e impulso sexual).
b
a
d
e
f
c
15
Epitálamo:
Limita posteriormente o III Ventrículo, acima do sulco hipotalâmico.
Seu elemento mais evidente é a glândula pineal [a], glândula endócrina
de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto do
Mesencéfalo. Esta glândula secreta Melatonina, que regula o
metabolismo diário, o que interfere no Ritmo Circadiano.
Também apresenta duas comissuras, a comissura posterior [b] e a
comissura das habênulas [c], e entre elas, o recesso pineal [d]. A
comissura das habênulas interpõe-se entre os trígonos da habênula,
situados entre o corpo pineal e o tálamo.
d
b
Subtálamo:
c
a
e
Compreende a zona de transição entre o Diencéfalo e o Mesencéfalo.
Localiza-se abaixo do Tálamo, sendo limitado lateralmente pela Cápsula
Interna e medialmente pelo Hipotálamo.
O elemento mais evidente do Subtálamo é o Núcleo Subtalâmico [e], que
regula a motricidade somática. Lesões nesse núcleo provocam o
Hemibalismo, que é o funcionamento desordenado das extremidades,
caracterizando-se por movimentos anormais.
16
TELENCÉFALO
Localização:
Cavidade craniana,
ocupando 80% da
mesma.
Funções
Corticais:
Motora, sensitiva e
sensorial.
Hemisfério cerebral direito [a] e esquerdo [b], separados pela
fissura longitudinal do cérebro [setas], cujo assoalho é formado
por uma larga faixa de fibras mielínicas, o corpo caloso [c]
(principal meio de união – ou comissura – entre os dois
Divisões
hemisférios). O corpo caloso subdivide-se em tronco [d] (a
Anatômicas
maior parte), que se dilata posteriormente no esplênio [e], e se
I:
flete anteriormente no joelho [f], que se afila para formar o
rostro [g]. Este continua até a lâmina rostral [h], que segue à
comissura anterior [i], e deste à lâmina terminal [j], uma lâmina
de substância branca que também une os hemisférios.
c
f
b
a
d
g
h
i
j
e
17
Os hemisférios cerebrais apresentam depressões, os sulcos, que delimitam as
circunvoluções cerebrais, os giros. A função dos sulcos é permitir
considerável aumento da superfície sem grande aumento de volume cerebral.
Além disso, delimitam os lobos cerebrais, que são áreas anatômicas de grande
importância clínica, mas nenhuma importância funcional. Os principais
Sulcos e sulcos são:
Giros:
a) sulco lateral (de Silvius) [a] – fenda profunda que separa o lobo frontal
do temporal e dirige-se para a face súpero-lateral e divide-se em três
ramos: ascendente [b], anterior [c] (ambos mais curtos) e posterior [d].
b) sulco central (de Rolando) [e] – sulco profundo que separa os lobos
frontal e parietal. Separa os giros pré-central [f] (limitado pelo sulco précentral [g]) e pós-central [h] (limitado pelo sulco pós-central [i]).
g
b
c
f
a
e
h
d
i
18
O lobo frontal possui três sulcos e quatro giros principais:
a) sulco pré-central [a] – corre paralelo ao sulco central, e entre
estes encontramos o:
b) giro pré-central [b] – onde se localiza a área motora principal
do cérebro.
c) sulco frontal superior [c] – perpendicular ao sulco précentral, delimita o:
d) giro frontal superior [d] – que se continua na face medial do
cérebro.
Lobo
e) sulco frontal inferior [e] – também perpendicular ao sulco
Frontal:
pré-central.
Entre ele e o sulco frontal superior,
encontramos o:
f) giro frontal médio [f].
g) giro frontal inferior [g] – abaixo do sulco frontal inferior, é
subdivido pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral
em três partes: orbital [h] (abaixo do ramo anterior),
triângular [i] (entre o ramo anterior e ascendente) e
opercular [j] (entre o ramos ascendente e o sulco précentral). Este giro é também denominado de giro de Broca, e
possui geralmente o centro cortical da palavra falada.
d
c
b
f
a
e
g
f
i
h
j
19
O lobo temporal possui dois sulcos e quatro giros principais:
a) sulco temporal superior [a] – corre paralelo ao ramo
posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal, e
entre estes encontramos o:
b) giro temporal superior [b].
c) sulco temporal inferior [c] – paralelo ao sulco temporal
Lobo
superior, possui partes descontínuas. Acima dele temos:
Temporal:
d) giro temporal médio [d], e abaixo do sulco temporal
inferior encontramos o:
e) giro temporal inferior [e] – que se delimita com o sulco
occípito temporal, na face inferior do hemisfério cerebral.
f) giro temporal transverso anterior [f] – aparece no assoalho
do sulco lateral, e é transversal a este. Sua importância é a
de ser o centro cortical da audição.
a
b
a
d
c
e
f
20
O lobo parietal possui dois sulcos e três giros principais:
a) sulco pós central [a] – corre paralelo ao sulco central, é
frequentemente dividido em dois segmentos. Posteriormente
a ele encontramos o:
b) giro pós central [b] – onde encontramos a área somestésica,
que contém importantes áreas sensitivas do córtex.
c) sulco intraparietal [c] – normalmente perpendicular ao
sulco pós-central, estende-se posteriormente terminando no
Lobos
lobo occipital. Divide o lobo parietal em dois lóbulos, os
Parietal e
lóbulos parietais superior [d] e inferior [e].
Occipital:
d) giro supramarginal [f] – presente no lóbulo parietal inferior,
é curvado sobre a extremidade do ramo posterior do sulco
lateral.
e) giro angular [g] – também presente no lóbulo parietal
inferior, é curvado em torno das porções terminal e
ascendente do sulco temporal superior.
O lobo occipital possui sulcos e giros pequenos, inconstantes e
irregulares. O único que merece referência, por questões
antropológicas, é o sulco semilunar [h] (lunatus).
b
a
c
f
g
d
e
h
21
Insula:
A Ínsula aparece afastando-se os lábios do sulco lateral, e é um lobo
cerebral que cresce menos que os demais. Possui dois sulcos e dois
giros principais:
a) sulco circular [a]
b) sulco central [b]
c) giros curtos [c]
d) giro longo [d]
a
d b c
d
a
c
c
22
O lobo occipital possui dois sulcos e três giros principais:
a) sulco calcarino {L.-relativo a espora} [a] – inicia-se abaixo do
esplênio do corpo caloso, e dirige-se ao pólo occipital. Em seus
lábios situa-se o centro cortical da visão.
b) cúneus {L.-cunha} – giro complexo e triângular, situa-se entre o
sulco calcarino e o:
c) sulco parieto-occipital [b] – profundo, separa o lobo occipital e
parietal, é disposto em ângulo agudo ao calcarino.
d) pré-cúneus (lobo parietal) – giro situado anteriormente ao
cúneus.
e) giro occípito-temporal medial – situa-se abaixo do sulco
Vista
calcarino, continua-se anteriormente com o giro paraMedial:
hipocampal.
Os lobos parietal e frontal apresentam cinco sulcos e três giros:
f) sulco do corpo caloso [c] – inicia-se abaixo do rostro e contorna o
tronco e o esplênio. Continua-se com o sulco do hipocampo [d].
g) sulco do cíngulo {L. cinto, relativo a cercar} [e] – paralelo ao
sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo, e
possui dois ramos: o ramo marginal [f], direcionado à margem
superior do hemisfério, e o sulco subparietal [g], que continua-se
posteriormente no giro do cíngulo.
h) sulco paracentral [h] – delimita o lóbulo paracentral, cujas
partes anterior e posterior delimitam as áreas motora e sensitiva
da perna e do pé.
h
f
e
c
g
d
b
a
23
O lobo temporal possui quatro sulcos e três giros principais:
a) sulco occípito-temporal [a] – limita com o sulco temporal
inferior [b] o giro temporal inferior [c].
b) giro occípito-temporal lateral [d] – é limitado pelo sulco occípito
temporal e medialmente pelo:
c) sulco colateral [e] – que se inicia próximo ao lobo occipital e
dirige-se à frente, delimitando com os sulcos calcarino [f] e do
hipocampo [g], os giros occípito-temporal medial [h] e parahipocampal [i].
d) úncus [j] – é considerado o centro cortical da audição, sendo a
Vista
continuação do giro para-hipocampal, que se curva sobre o sulco
Inferior:
do hipocampo.
e) sulco rinal [k] – é a continuação do sulco colateral.
f) istmo do giro do cíngulo [l] – ponto de união do giro parahipocampal com o giro do cíngulo.
O lobo frontal apresenta dois sulcos e dois giros:
g) sulco olfatório [m] – profundo e de direção ântero-posterior.
h) giro reto [n] – situa-se medialmente ao sulco olfatório, continuase dorsalmente como giro frontal superior [o]. A face anterior
do lobo frontal apresenta os sulcos e giros orbitários [círculo],
bastante irregulares.
o
m
n
j
k
g
l
b
i e
d
f
h
a c
24
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito [a]
e esquerdo [b] (telencéfalo), que possuem quatro partes: a) corno anterior; b)
Divisões
parte central; c) corno posterior; e d) corno inferior, e se comunicam com o
Anatômicas terceiro ventrículo [c] (diencéfalo), pelos forames interventriculares [d]. O
II:
terceiro ventrículo se comunica com o quarto ventrículo [e] (rombencéfalo)
através do aqueduto cerebral [f]. Entre os ventrículos circula o líquor,
produzido pelos plexos corióides [em verde, setas].
a
b
d
c
f
e
25
Podemos dividir funcionalmente o córtex em áreas de projeção e áreas de
Anatomia
associação. As áreas de projeção ou primárias são as que recebem ou dão origem
Funcional
a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e a motricidade. As áreas
do Córtex I de associação (secundárias e terciárias) estão relacionadas, de modo geral, a
Introdução:
funções psíquicas complexas.
Área da Sensibilidade Somática Geral – localizada no giro pós-central, é referida
como a área de Broadmann 3-1-2.
Área Visual Primária– localizada junto ao sulco calcarino, é referida como a área
de Broadmann 17. Lesões bilaterais nesta região provocam cegueira completa.
Área Auditiva Primária– localizada no giro temporal transverso anterior, é
Anatomia
referida como a área de Broadmann 41-42. Lesões bilaterais nesta região
Funcional
do Córtex II provocam surdez completa.
Área Vestibular – localizada no lobo parietal, é considerada importante para a
– Áreas de
orientação consciente no espaço. (elipse azul)
Projeção
Sensitivas e Área Olfatória – localizada na parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal,
é é referida como a área de Broadmann 34, sendo importante para o
Motora
Primárias: reconhecimento consciente de cheiros.
Área Gustativa – localizada na porção inferior do giro pós central, é referida como
a área de Broadmann 43. É importante para a sensação do gosto consciente.
Área Motora Primária – localizada na parte posterior do giro pré-central, é
referida como a área de Broadmann 4. É responsável pela motricidade voluntária.
4
3-1-2
43 41
42
17
4
34
3-1-2
17
26
Área Somestésica Secundária – localizada no lóbulo parietal superior, é
referida como a área de Broadmann 5 e parte da área 7 (7a). É responsável
pela interpretação do estímulo sentido na área 3-1-2.
Área Visual Secundária – localizada nos lobos occipital e temporal, é referida
como as áreas de Broadmann 18 e 19, além das áreas 20, 21 e 37, localizadas
nos giros temporal médio e inferior. Lesões nesta região provocam agnosias
Anatomia
Funcional do visuais, ou seja, perda da capacidade de reconhecimento.
Córtex III – Área Auditiva Secundária– localizada no lobo temporal, é referida como a
área de Broadmann 22. Lesões nesta região provocam agnosias auditivas.
Áreas de
Associação
Área Motora Suplementar – localizada na região superior da área de
Sensitivas e
Broadmann 6, ocupa a face medial do giro frontal superior. É relacionada à
Motoras
concepção ou planejamento de seqüências complexas de movimentos.
Secundárias: Área Pré-Motora – localizada no lobo frontal, ocupando toda a extensão da
área de Broadmann 6. É relacionada à força muscular para a execução do
movimento, embora haja muita discussão sobre a função desta área.
Área de Broca – localizada nas partes opercular e triângular do giro frontal
inferior, corresponde às áreas de Broadmann 44 e parte da 45. É responsável
pela programação da área motora relacionada com a linguagem.
6
5
7a
45
44
19
18
22
21
37
20
6
19
18
20
37
19 18
19
18
27
Área Pré-frontal – compreende toda a parte anterior não motora do lobo
frontal. É responsável por:
a) escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à
situação física e social;
b) manutenção da atenção;
c) controle do comportamento emocional, junto com o hipotálamo e o
Anatomia
sistema límbico.
Funcional do
Área Temporoparietal – localizada no lóbulo parietal inferior, nos giros
Córtex IV –
supramarginal e angular, é referida como as áreas de Broadmann 40 e 39,
Áreas de
além das margens do sulco temporal inferior e parte do lóbulo parietal
Associação
superior. Esta área é importante para a percepção espacial (relação entre os
Terciárias e
objetos externos) e para o esquema corporal (imagem das partes
da
componentes do próprio corpo).
Linguagem:
Áreas Límbicas– serão estudadas junto com o sistema límbico.
Áreas da Linguagem – a área anterior corresponde à área de Broca, e está
relacionada com a expressão da linguagem. A área posterior corresponde à
área de Wernicke, situada na junção entre os lóbulos temporal e parietal,
correspondendo à porção posterior da área de Broadmann 22, e está
relacionada à percepção da linguagem.
40
22
39
28
Conceito – o sistema límbico pode ser conceituado como um sistema relacionado
com a regulação dos processos emcionais e do sistema nervoso autônomo, sendo
constituído pelo lobo límbico e demais estruturas subcorticais associadas.
Lobo Límbico [L.-contorno] – é formado pelo giro do cíngulo, giro para-hipocampal
e hipocampo. O hipocampo [a] é uma eminência alongada e curva, situada no
assoalho do corno inferior dos ventrículos laterais, acima do giro para-hipocampal.
O hipocampo está envolvido com os fenômenos de memória, particularmente a de
Sistema
longa duração, e projeta-se para os corpos mamilares [b] através de um feixe de
Límbico I –
fibras, o fórnix. O fórnix é um feixe complexo de fibras, dividido em três partes: o
Conceito e
corpo [c] (parte em que as duas metades do fórnix se unem), as colunas [d]
Componentes
(anteriores) e as pernas [e (posteriores). No ponto em que as pernas do fórnix se
Corticais:
separam, encontramos a comissura do fórnix [f], feixe de fibras que intercomunicam
as pernas. O fórnix, assim como o giro para-hipocampal [g], é uma importante via
de comunicação para o sistema límbico. Acima do fórnix, encontramos o septo
pelúcido [h] fina lâmina de tecido nervoso que separa os ventrículos laterais. O giro
do cíngulo [i] relaciona odores e visões com memórias agradáveis de emoções
anteriores, além da reação emocional à dor e da regulação do comportamento
agressivo.
i
h
d
g
g
c
b
a
c
d
f
e
d
d
a
b
e
a
g
29
a) Corpo Amigdalóide – é um dos núcleos da base, situando-se no lobo
temporal, próximo ao uncús. A maioria de suas fibras eferentes, a estria
terminal, termina no hipotálamo. Tem papel relacionado ao controle das
afeições, humor, estados de medo e ira, e agressividade. Tem importante
papel na autopreservação, por ser o centro identificador do perigo.
b) Área Septal – situada abaixo do corpo caloso, anteriormente à lâmina
terminal e à comissura anterior. Mantém projeções para o hipotálamo e
formação reticular. Este centro está associado ao orgasmo e sensação de
prazer, particularmente as associadas às experiências sexuais.
c) Núcleos Mamilares – localizados nos corpos mamilares, pertencem ao
hipotálamo. Recebem fibras do hipocampo que chegam pelo fórnix, e se
projetam principalmente para os núcleos anteriores do tálamo e para a
formação reticular. Estão relacionados com a manifestação dos estados
emocionais.
d) Núcleos Anteriores do Tálamo – localizados no tubérculo anterior do tálamo,
recebem fibras dos núcleos mamilares e projetam-se para o giro do cíngulo.
Suas funções estão relacionadas à reatividade emocional.
e) Núcleos Habenulares – localizados na região do trígono das habênulas, no
epitálamo. Projetam-se para o mesencéfalo.
Sistema
Límbico II –
Componentes
Subcorticais:
a
b
d
e
c
c
a
30
Como núcleos da base, reconhecemos as seguintes estruturas: Claustrum,
Corpo Amigdalóide, Núcleo Caudado, Putâmen, e o Globo Pálido (estes dois
últimos constituindo o Núcleo Lentiforme), além do Núcleo Basal de Meynert
Núcleos da
e Núcleo Accumbens. O núcleo caudado, o putâmen e o globo pálido, por
Base I serem parcialmente unidos, constituem o Corpo Estriado, importante centro
Constituição:
regulador da motricidade e do comportamento emocional. Este, por
considerações estruturais e funcionais, é dividido em uma parte, o striatum
(Núcleo Caudado e Putâmen) e outra, o pallidum (Globo Pálido).
Núcleo Caudado – é uma massa alongada, volumosa, composta por substância
cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais.
Anteriormente, apresenta uma extremidade dilatada, a cabeça do núcleo caudado,
que se continua gradualmente com o corpo do núcleo caudado, se afinando para
Núcleos formar a cauda do núcleo caudado. A cabeça do núcleo caudado funde-se com a
da Base parte anterior do núcleo lentiforme.
III Núcleo Lentiforme – dividindo-se em putâmen e globo pálido pela lâmina medular
Corpo
lateral, situa-se profundamente no interior do hemisfério cerebral, e relaciona-se
Estriado: medialmente com a cápsula interna, que o separa do núcleo caudado e do tálamo.
Relaciona-se lateralmente com o córtex da ínsula, do qual é separado pelo
claustrum. O putâmen situa-se lateralmente, sendo maior que o globo pálido. O
globo pálido subdivide-se por outra lâmina de substância branca, a lâmina
medular medial.
31
Claustrum,
Corpo
Amigdalóide,
Núcleo
Accumbens e
Núcleo Basal
de Meynert:
O claustrum situa-se entre o córtex da ínsula (separado pela cápsula
extrema) e o núcleo lentiforme (separado pela cápsula externa), sendo
formado por substância cinzenta. Sua função é desconhecida. O corpo
amigdalóide já foi abordado no Sistema Límbico. O núcleo accumbens
é uma massa de substância cinzenta situada na união entre o putâmen e
a cabeça do núcleo caudado. O núcleo basal de Meynert situa-se entre
a substância perfurada anterior e o globo pálido e contém neurônios
ricos em acetilcolina.
L1
k
a
j
c
e
i
h
f
b
m
g
m
o
n
j
d
m
L2
Ordem das
Estruturas:
Da face lateral para a superfície ventricular:
a) Ínsula
b) Cápsula extrema
c) Claustrum
d) Cápsula externa
e) Putâmen
f) Lâmina medular lateral
g) Parte externa do globo pálido
h) Lâmina medular medial
i) Parte interna do globo pálido
j) Cápsula interna
k) Núcleo accumbens
l) Núcleo caudado (cabeça [k1] e cauda [k2])
m) Tálamo
n) Hipotálamo
o) III Ventrículo
j
32
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
O Sistema Nervoso Periférico é constituído por fibras que ligam o Sistema
Nervoso Central ao receptor (se o impulso for sensitivo) ou ao efetor (se o
Definição:
impulso for motor). É formado por Nervos Espinhais (31 pares) e
Cranianos (12 pares), Plexos e Terminações Nervosas.
Fazem conexão com a Medula Espinhal, e são responsáveis pela inervação
do tronco, membros e parte da cabeça. Estão divididos em 8 pares
Nervos
cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo, totalizando 31
Espinhais: pares. Cada nervo espinhal é constituído por duas raízes: uma ventral
(motora) e outra dorsal (sensitiva). Da união de ambas, forma-se o tronco
do nervo espinhal.
É a união de nervos ou ramificações nervosas, constituindo uma rede que
Plexos
será responsável pela condução da resposta motora em determinadas
Nervosos:
regiões. Estas regiões são: cervical, braquial, lombar e sacrococcígea.
É constituído pelos ramos ventrais de C1 a C4, recebendo um ramo
anastomótico de C5. Cada ramo ventral se anastomosa com o subseqüente,
formando as alças cervicais. Destas alças, formam-se as duas partes do
plexo: a superficial e a profunda.
Plexo
Cervical: A superficial é predominantemente sensitiva, inervando a região inferior
da cabeça, pescoço e superior do tronco. A profunda, predominantemente
motora, destina-se à musculatura ântero-lateral do pescoço (Alça Cervical)
e ao diafragma (Nervo Frênico).
33
Fornece os nervos que vão ao membro superior. É formado pelos ramos
ventrais de C5 a T1, recebendo um ramo anastomótico de T2.
Três troncos:
Superior (C5 e C6), Médio (C7) e Inferior (C8 e T1).
Três fascículos:
Lateral: duas divisões anteriores dos troncos superior e médio;
Posterior: três divisões posteriores de cada tronco;
Medial: divisão anterior do tronco inferior.
Nervos:
Plexo
Fascículo Lateral:
Braquial:
 Musculocutâneo: mm. Coracobraquial, bíceps braquial e braquial.
 Raiz lateral do N. Mediano S – cútis da região tenar e palmar.
Fascículo Medial:
M – mm. Anteriores do antebraço e
 Raiz medial do N. Mediano
maioria dos mm. tenares.
 Ulnar: S – cútis da face palmar e dorsal da mão.
M – mm. antebraço, região hipotenar e adutor do polegar.
Fascículo Posterior:
 Axilar: S – cútis do m. deltóide;M – m. deltóide e redondo menor.
 Radial: S – cútis da região posterior do braço, antebraço e mão.
M – mm. posteriores do braço e antebraço.
34
São 12 pares que não constituem plexos.
Ramos Dorsais: musculatura e cútis das regiões próximas à
coluna vertebral.
Ramos Ventrais: constituem os nervos intercostais, e ocupam os
Nervos
Torácicos: sulcos costais das costelas correspondentes.
 M – mm. intercostais, m. transverso do tórax, área de
contorno do diafragma, mm. abdominais.
 S – cútis da região ântero-lateral do tórax, do abdome,
sínfise púbica e parte da região glútea e lateral da coxa.
35
O Plexo Lombar fornece os nervos que se dirigem ao membro inferior e
pelve. É formado pelos ramos ventrais de L1 a L4, recebendo um ramo
anastomótico de T12, e dando um ramo ao plexo sacral.
L1: Recebe o ramo de T12 e se trifurca:
 Ílio-hipogástrico: S – área lateral da região glútea e cútis do púbis.
M – m. anteriores do abdome, m. piramidal.
 Ílio-inguinal: S – genitália externa; M – reg. ântero-lateral do abdome.
 Raiz superior do n. Genito-femoral S – trígono femoral anterior.
L2: Se trifurca:
 Raiz inferior do n. Genito-femoral M – m. cremaster.
 Raiz superior do n. Cutâneo lateral da coxa – reg. ântero-lateral
 Raiz superior do n. Femoral: S – cútis da reg. ântero-medial da coxa.
L3: Se trifurca:
M – m. quadríceps, pectíneo e sartório.
 Raiz inferior do n. Cutâneo lateral da coxa
 Raiz média do n. Femoral
 Raiz superior do n. Obturatório – S – cútis da reg. medial da coxa.
M – mm. adutores e grácil.
L4: Fornece o ramo anastomótico a L5 e se bifurca:
 Raiz inferior do n. Femoral
 Raiz inferior do n. Obturatório
36
O Plexo Sacral é formado pelos ramos ventrais de L5, recebendo um ramo
anastomótico de L4, e dos quatro primeiros nervos sacros (S1 a S4), que
emergem pelos forames sacros pélvicos.
L5: Recebe o ramo de L4 e constitui o tronco lombo-sacral. Este se une com
S1, S2, S3 e S4, formando um complexo nervoso que forma:
 N. Isquiádico (Ciático): mm. posteriores da coxa.
Plexo
 N. Tibial: S – cútis da reg. posterior da perna, planta do pé e dedos.
Sacral e
M – mm. da reg. posterior da perna e planta do pé.
Coccígeo:
 N. Fibular comum: se bifurca em:
o N. Fibular Superficial: S – cútis da reg. lateral da perna e dorso do
pé. M – mm. da reg. anterior da perna e extensor curto dos dedos.
o N. Fibular Profundo: Idem parte motora do superficial.
O Plexo Coccígeo é constituído por S5, que recebe um ramo anastomótico de
S4, e por C0. Formam juntos um conjunto de fibras que conferem
sensibilidade à cútis da região do cóccix.
37
Nervos
Cranianos:
Par Craniano
I – Olfatório
II – Óptico
III – Oculomotor
IV – Troclear
V – Trigêmeo
VI – Abducente
VII – Facial
VIII – VestíbuloCoclear
IX – Glossofaríngeo
X – Vago
XI – Acessório
XII - Hipoglosso
São os que fazem conexão com o Encéfalo. Sua origem
aparente e suas funções básicas são mostradas na tabela e
esquema abaixo, respectivamente. Formam, ao todo, 12
pares, numerados em alinhamento crânio-caudal.
Origem aparente no
Encéfalo
Bulbo olfatório
Quiasma Óptico
Pedúnculo cerebral
Véu medular superior
Origem aparente no
Crânio
Lâmina crivosa – etmóide
Canal Óptico
Fissura orbital superior
Fissura orbital superior
Fissura orbital superior (oftálmico),
Entre a ponte e o
forame redondo (maxilar) e forame oval
pedúnculo cerebelar médio
(mandibular)
Sulco Bulbo-pontino
Fissura orbital superior
Idem, lateralmente ao VI
Forame estilomastóide
Penetra no osso temporal pelo meato
Idem, lateralmente ao VII
acústico interno
Sulco lateral posterior Forame Jugular
bulbo
Idem, caudalmente ao IX
Forame Jugular
Sulco lateral posterior do
Forame Jugular
bulbo e medula
Sulco lateral anterior Canal do Hipoglosso
bulbo
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