Estudo: injeção de sangue jovem pode reverter o

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Eduardo Rezende
Vida
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O ESTADO DO MARANHAO · SÃO LUÍS, 6 de maio de 2014 - terça-feira
Marcelo Corrêa
“A sensualidade
não está no
decote, em
ousadia. Está no
sorriso, no olhar,
na atitude. Não
precisa mostrar
tudo para ser
sensual, cai no
vulgar e não
fica bonito”
Campanha
Alessandra Ambrósio
estrela mais uma vez uma
campanha de inverno da
Bobstore. Nas imagens, a
modelo aparece em looks
urbanos da nova coleção,
inspirada em São Paulo.
As peças são divididas em
3 temas: Downtown Sampa,
Helvetia e Art Gallery.
Juliana Paiva à Quem
sobre sensualidade
Estudo: injeção de sangue jovem
pode reverter o envelhecimento
Experiências feitas por universidades americanas com camundongos sugerem que proteínas de roedores novos melhoram as
funções do cérebro e fortalecem animais com idade avançada; pesquisa também foi feita para o tratamento de Alzheimer
S
ÃO FRANCISCO (EUA) Não é ficção. A infusão de
sangue jovem pode reverter sinais do envelhecimento, sugerem três novos estudos de universidades americanas. A técnica
foi capaz de melhorar o funcionamento do cérebro, do coração e a
força muscular em camundongos
com idade avançada.
A infusão de sangue jovem
também pode reverter sinais do
envelhecimento, sugerem os três
novos estudos de universidades
americanas. A técnica foi capaz de
melhorar o funcionamento do cérebro, do coração e a força muscular em camundongos com idade avançada.
Os pesquisadores acreditam
que proteínas contidas no sangue
jovem são as responsáveis por reverter os sinais de envelhecimento. Apesar das diferenças entre camundongos e humanos, especialistas disseram que a descoberta
pode levar a novos tratamentos
para doenças mentais e cardíacas
em pessoas. Um ensaio clínico está previsto para começar entre
três e cinco anos.
Getty Images
“ A evidência é forte o suficiente agora, em vários tecidos, o que
nos garante para testes e aplicações em humanos — disse Saul
Villeda, autor de um do estudo da
Universidade da Califórnia, em
São Francisco, ao Guardian.
O envelhecimento é um dos
maiores fatores de risco para uma
série de enfermidades mentais e
do coração, além de câncer e diabetes, por exemplo. Os estudos foram comemorados uma vez que,
com o envelhecimento da população, a proporção de pessoas
com essas condições cresce e o
custo para a saúde pública representa um dos maiores desafios para países em todo o mundo.
Na pesquisa liderada pela Universidade de São Francisco, os
cientistas fizeram infusões de sangue de camundongos de 3 meses
de vida em outros animais com 18
meses — considerada uma idade
avançada em camundongos, e o
que pode equivaler a 70 anos em
humanos. A terapia melhorou o
desempenho dos camundongos
mais velhos em tarefas de memória e de aprendizagem. Eles apre-
sentaram também mudanças estruturais, moleculares e funcionais
em seus cérebros.
“Nossos dados indicam que o
sangue jovem em camundongos
no final da vida foi capaz de rejuvenescer a plasticidade sináptica
e melhoria da função cognitiva”,
relatou a equipe de pesquisadores em artigo publicado na revista Nature Medicine. “Estudos futuros em humanos idosos são necessários e, potencialmente, aqueles que sofrem de doenças neurodegenerativas relacionadas com
a idade, diz o documento.
Os cientistas observaram que
o cérebro dos camundongos idosos foi capaz de formar novas conexões no hipocampo, uma região vital para a memória e sensível ao envelhecimento.
Desempenho - A equipe de pesquisa injetarou plasma sanguíneo
— componente líquido do sangue, sem as células — de camundongos jovens em animais mais
velhos. As injeções fizeram com
que os idosos tivessem o mesmo
desempenho em um teste de me-
Mais
As pesquisas americanas também
mostraram que as injeções de sangue jovem humano, que poderiam impulsionar o funcionamento
do cérebro , também ajudariam
no tratamento de Alzheimer. Testes em humanos devem ser realizados ainda neste ano. Os dados
são do jornal Daily Mail.
Sangue jovem é alvo de estudo
mória do que animais com seis
meses de idade.“Há algo sobre o
sangue jovem que pode, literalmente, reverter os prejuízos que
você vê no cérebro mais velho”,
afirmou Villeda, que ressaltou que
o caminho para o teste em humanos ainda é longo. “Eu gostaria que
o nosso estudo viesse como uma
legenda grande de ‘não tente isso
em casa’. Precisamos de um ensaio clínico para ver se isso se apli-
ca aos seres humanos, e para ver
se há efeitos que não queremos.
Villeda acredita que o efeito antienvelhecimento estaria ligado a
uma proteína chamada CREB —
que se liga a uma sequência particular de DNA e age como um reguladora do cérebro. O plasma
sanguíneo jovem fez com que a
proteína se tornasse mais ativa, se
transformando em genes que impulsionam as conexões neurais.
Em dois outros estudos, pesquisadores da Universidade Harvard, em Cambrigde, mostraram
que infusões de sangue jovem rejuvenesceram o cérebro e os mús-
culos de ratos mais velhos. Um
um dos estudos, os cientistas injetaram a proteína GDF11, presente em abundância no sangue
jovem, e observaram o crescimento de vasos sanguíneos no cérebro
envelhecido, o que melhorou a circulação no órgão.
Os cientistas também relataram aumento do número de células-tronco neurais. Até mesmo
o olfato dos animais mais velhos
melhorou, e eles foram capazes
de distinguir cheiros assim como
os mais jovens. “É possível que o
aumento do fluxo sanguíneo possa resultar em aumento da atividade e função neural, e possibilite a abertura de novas estratégias
terapêuticas para o tratamento de
doenças neurodegenerativas relacionadas com a idade”, escreveram os autores na Science.
No outro estudo de Harvard,
cientistas utilizaram o método de
parabiose, em que dois animais
são unidos cirurgicamente e o sangue de um circula no outro. Os camundongos mais velhos tiveram
aumento da força muscular e melhor desempenho em exercícios.
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