Confira - PET Agronomia

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JORNAL O
GAFANHOTO
ANO XX – Nº 2. On Line
Março, 2011. Fortaleza – CE
INTERFERÊNCIA DAS VARIÁVEIS
CLIMÁTICAS OU ATMOSFÉRICAS NO
DESENVOLVIMENTO VEGETAL
É sabido que as variáveis climáticas interferem
nos processos metabólicos dos vegetais, sendo a
temperatura uma das mais usuais por não requerer
equipamento sofisticado para sua mensuração.
Na comunidade científica é senso comum que a
temperatura que favorece o desenvolvimento vegetal é
aquela em que a taxa fotossintética é superior à taxa
respiratória, nesta faixa de temperatura ocorre o pleno
desenvolvimento da cultura, ao passo que a temperatura
basal inferior de uma planta ou temperatura mínima
tolerável é aquela a partir da qual a taxa fotossintética
torna-se inferior a taxa respiratória, enquanto a
temperatura basal superior ou temperatura máxima
tolerável pela planta é aquela a partir da qual a taxa
respiratória torna-se superior a taxa fotossintética,
conforme a Figura 1.
que as temperaturas mínima e máxima basais de uma
planta, são indicadores do metabolismo, portanto devem
ser determinadas, a fim de que se possa escolher a época
mais indicada ao seu cultivo.
Na presença de frio ocorre um alto percentual de
abortamento de flores e o crescimento da planta é lento e
irregular. Quando a temperatura é alta, as plantas
transpiram em demasia, ocasionando diminuição no
rendimento. Com a umidade do ar relativa baixa, as
plantas se desidratam com certa facilidade, aumentando
suas necessidades hídricas. Quando a umidade for muito
alta a suscetibilidade às doenças se torna maior. Ou seja,
variáveis atmosféricas ideais são difíceis de serem
obtidas em algumas regiões devido à sazonalidade
climática que força o aproveitamento de apenas alguns
períodos do ano para o desenvolvimento das culturas.
Isso restringe o aproveitamento da terra, deixando-a
ociosa por alguns períodos do ano, limitando a sua
capacidade de produção e dando origem aos conhecidos
calendários agrícolas (Quadro 1).
Esta instabilidade gerada pela natureza
impulsionou o uso do plástico na agricultura, através da
plasticultura, ciência que estuda as aplicações do plástico
no meio agrícola.
Forte
Grupos Hortaliças Folha‐
Flor Haste Meses
Alface
Cebolinha
Coentro
Couve
Couve‐
Flor Repolho
Situação comercial
Regular
J F M A M J Fraco
J A S
O
N
D
Quadro 1. Comercialização de produtos hortigranjeiros na Ceasa-CE.
Série histórica de 1998 a 2008. http://www.ceasa-ce.com.br/
PLASTICULTURA
Figura 1. Representação do desenvolvimento vegetal em função
da temperatura do ar.
Assim, fica evidente que os vegetais requerem
condições climáticas ideais para o seu desenvolvimento e
Em 1951 surgiu no Japão, o primeiro filme de
PVC para emprego agrícola. Mais tarde, em 1955, as
películas de PVC foram utilizadas no processo de
esterilização do solo e no armazenamento da silagem. Em
1958, a França iniciou experiências de abrigos e
cobertura morta de solo usando filmes de polietileno de
baixa densidade. A partir de então a utilização do plástico
nas atividades agrícolas assumiu grande importância e
suas aplicações são diversas.
Muitos associam a utilização do plástico ao
cultivo de plantas somente nas regiões frias,
considerando-o desnecessário para os locais de clima
quente. Entretanto, muitas regiões do mundo são hoje
agricultáveis devido ao uso de sistemas automatizados de
irrigação que utilizam em seus componentes, materiais
plásticos, além da impermeabilização de reservatórios
hídricos com manta plástica e ao domínio parcial do
clima com o uso de estufas.
A primeira impressão que se tem, quando se trata
da utilização de plástico na agricultura é o custo.
Todavia, as inúmeras vantagens que são obtidas e o valor
gasto na aquisição é amortizado pela economia de alguns
insumos que esta técnica proporciona.
UTILIDADES DO PLÁSTICO NA
AGRICULTURA
Os materiais plásticos estão presentes em todos os
segmentos da vida moderna, logo não poderiam fazer da
agricultura uma exceção.
Suas aplicações são diversas, entretanto as mais
corriqueiras são: estufa ou casa de vegetação, túnel de
cultivo
forçado,
cobertura
morta
de
solo,
impermeabilização de reservatórios e canais, telas de
sombreamento, sacos e bandejas para produção de
mudas, lonas para solarização etc.
SAIBA MAIS
SGANZERLA, Edilio. Nova agricultura: a fascinante
arte de cultivar com os plasticos. 6. ed. Esteio , RS:
Plasticultura Gaucha, 1997. 341p.
Estamos no Departamento de Fitotecnia, prédio da
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