Desenvolvimento de sementes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS ITAQUI
CURSO DE AGRONOMIA
FISIOLOGIA DE SEMENTES
Disciplina de Fisiologia de
Sementes
Prof. Daniel Fonseca
Disciplina de Fisiologia de Sementes
Formas de avaliação:
 Duas provas teóricas (60%)
 Relatórios de aulas práticas (10%)
 Seminários (30%)
Seminários
Temas
1.
Temas
Efeito da aplicação de micronutrientes e aminoácidos em sementes
2.
Proteínas de choque térmico: efeitos na tolerância a dessecação
3.
Influência da luz e da temperatura na germinação das sementes
4.
Influência de pragas e fungos no armazenamento de sementes
5.
Secagem a frio de sementes
6.
Efeito do ataque de percevejos em sementes
7.
Tratamento de sementes com fungicidas
8.
Efeito do tratamento de sementes com inseticidas
9.
Condicionamento osmótico das sementes
10. Efeito da umidade na colheita de sementes
11. Inoculação em sementes
Datas da Apresentações
Tema 1: 04/04
Tema 7: 23/05
Tema 2: 11/04
Tema 8: 30/05
Tema 3: 25/04
Tema 9: 06/06 Trata sementes
Tema 4: 02/05
Tema 10: 13/06
Tema 5: 09/05
Tema 6: 16/05
Referências
Revisão
 Importância das sementes
 Crescimento e desenvolvimento
 Reguladores de crescimento
 Controle do florescimento
Importância sementes na agricultura
2012 : Mercado mundial de sementes
30 bilhões de U$$ (DÓLARES)
Mercado de sementes Brasil
2016- 10 bilhões de reais ao ano
3º maior Industria
mundial de produção de
sementes
Maior produtores
 Estados Unidos
 China
 Brasil
O mercado cresceu 122% em 10 anos,
 1,8 milhão de toneladas na safra 2005/06
 para 4 milhões de toneladas em 2015/16.
Fonte: Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem).
Sementes de hortaliças
100 milhões de U$$ (dólares)
Principais espécies
 Tomate
 Cebola
 Melão
 Alface
Gramíneas forrageiras tropicais
100 milhões de dólares
40% braquiarias
Importância das sementes
Multiplicação de plantas
Reino Vegetal: 350.000 espécies descritas
250.000 multiplicadas por sementes
Crescimento e Desenvolvimento
Tipos básicos de Crescimento
 Meristemas Apicais:
crescimento em extensão.
produzem
o
 Meristemas Intercalares: produzem o
crescimento em extensão
(alongamento do limbo foliar).
 Meristemas Laterais: produzem
crescimento em diâmetro.
o
Crescimento
Termo quantitativo
Altura
Mudanças de tamanho diâmetro de caules
área das folhas
Ganho de massa
Desenvolvimento
 Semente – plântula
 Mudança de fase ao longo do ciclo
 Fase juvenil
 Fase vegetativa
 Fase reprodutiva
Planta com semente
Reguladores de crescimento
 Auxinas
 Giberelinas
 Citocininas
 Ácido abscísico
 Etileno
 Brassinosteróides
PRODUÇÃO DE AUXINA
Sementes
 Embriões
 Tubos polínicos
 Células da parede de ovários em desenvolvimento
Aonde mais atua?
 Alongamento celular
 Aumenta a extensibilidade da parede celular
 Fototropismo
 Dominância apical
 Formação de raízes laterais e adventícias
 Diferenciação vascular
 Retarda início da abscisão foliar
 Desenvolvimento dos frutos
Auxinas
Principal auxina
ácido indolacético
AIA
Auxinas
 A dose ótima para o crescimento da raiz é inferior à do caule
 A dose ótima para o crescimento do caule é inibitória para raiz e gemas laterais.
Auxinas
Produção de frutos partenocárpicos
Giberelinas
 Germinação
 Crescimento
 Florescimento
Giberelinas
Germinação
Giberelinas
(ação no tamanho do fruto)
Giberelinas
Giberelinas
Citocininas
 Divisão celular
 Expansão celular em folhas e cotilédones
 Controle na dominância apical (contra a auxina)
São Produzidas
nas raízes
Ácido abscísico
 Produzido nas folhas
 Atua estimulando a abscisão das folhas
 Inibe a germinação das sementes
 Promove o fechamento dos estômatos sob estresse
ex: em plantas com déficit de água
Etileno
 Produzido nos tecidos de raízes e folhas envelhecidas.
 Atua estimulando a abscisão das folhas,
 Promove a maturação dos frutos
 Inibe o crescimento das raízes e das gemas laterais.
 Atuam no processo de amadurecimento dos fruto
acelerando o processo
Etileno
Auxina
Etileno Ac. abscísico
Brassinosteróides
 Atuam no alongamento de caules das plantas
 Br e as auxinas apresentam efeitos similares
 Não estão presentes nas raízes
Em aplicação nas raízes eles agem de forma inibitória sobre o
crescimento desses órgãos.
Atuação
Crescimento do tubo polínico,
desenrolamento das folhas de gramíneas,
reorganização das microfibrilas de celulose,
diferenciação do xilema.
Desenvolvimento e estrutura de
sementes
Conceitos básicos de biologia floral
Flor
Tipos de flores
Completa
Fonte: Santos (2013)
Flor completa
Tomate
Flor incompleta
Pepino
Flor masculina
Flor feminina
Classificação das plantas quanto à
biologia floral
 Hermafroditas
 Monóica
 Dióica
Hermafroditas
Hermafroditas
Todas as flores da planta possuem órgão
feminino e masculino juntos, na mesma flor
MONÓICA
Flores femininas e masculinas
separadas na mesma planta
Planta dióica
ASPARGO
Contreras (2009)
Importância do conhecimento da
biologia floral na formação da semente
 Agentes de polinização
 Dispersão das sementes
 Mecanismos de
sincronização
protoginia
 Isolamento dos campos
e
protandria:
Conceitos importantes
Antese:
Processo de liberação do grão de pólen das
anteras presentes nos estames
de transferência do grão de pólen do
Polinização:Processo
órgão masculino (antera) ao orgão feminino da
flor (estigma)
dos gametas masculinos (núcleo
Fertilização:Fusão
espermático) e feminino (oosfera), que resulta
no desenvolvimento do fruto e da semente
Importância da Polinização
Importância da Polinização
Distância de campos de produção
Ex: Abobora
Reprodução
Polinização
Distância
entre campos
de produção
Alógama
Insetos
Pólen das aboboras
são pesados e
profundos na flor, não
sendo transportados
pelo vento
1500 metros
Morfológicos
 Cleistogamia
Polinização antes da abertura da flor
 Protandria
Parte masculina pronta antes da parte
feminina
 Protoginia
Parte feminina pronta antes da parte
masculina
Protandria
O polén é liberado antes que
o estigma esteja pronto
Cebola
Cenoura
Protoginia
Gineceu amadurece antes do androceu
Fenômeno menos comum
Couve-flor
e
Rosaceas
Ciclo de vida das angiospermas
A) Geração Gametofítica
B) Geração Esporofítica
Geração Gametofítica
 Produção dos gametas feminino e masculino
Geração Esporofítica
 Inicia com a fecundação, resultando na
formação do zigoto
Geração Gametofítica
 Produção dos gametas masculinos
 Produção do gameta feminino
Produção dos Gametas Masculinos
Adaptado de Santos (2013)
Formação do gameta
masculino
Microesporogênese
Célula mãe
do micrósporo
PÓLEN
UNINUCLEADO
Microesporogênese
Microgametogênese
MITOSE
PÓLEN
BICELULAR
PÓLEN
TRICELULAR
Formação do Gameta Feminino
ÓVULO
CÉLULA MÃE
MEGÁSPORO
Antípodas
MEGASPOROGÊNESE
Sinergidas
MITOSE
MITOSE
Nucela
Célula mãe
Megásporo (2n)
Meiose I
Meiose II
4 células
haplóides
Megásporo
Funcional
Adaptado de Contreras (2009)
Adaptado de Contreras (2009)
Polinização
 Assexuadas
Autógamas
 Sexuadas
Alógamas
Autopolinização
Autógamas
Autopolinização
 Arroz
 Trigo
 Soja
 Algodão
 Feijão
 Amendoim
 Alface
 Cevada
 Ervilha
 Tomate
Polinização cruzada
Alógamas
Polinização cruzada
 Milho
 Mamona
 Centeio
 Cenoura
 Crotalária
 Sorgo
 Girassol
 Cebola
 Milheto
 Repolho
 Pimentão......
Agentes de polinização
Polinização
entomófila
Polinização
ornitófila
quiropterófila
Polinização
Anemófila
vento
Hidrófila
àgua
Vallisneria sp.
Dispersão das sementes
Papel fundamental das sementes
Perpetuação, conservação e de disseminação
Distribuição da geminação
Tempo
Dormência
Espaço
Dispersão
Dispersão das sementes
Mecanismo de sobrevivência
Migração para outros locais
Distante da planta mãe
Dispersão das sementes
Se não houvesse dispersão
competição
entre
indivíduos
 mesma população
 populações adjacentes
poderia levar espécies à extinção via
exclusão competitiva
VENTO
VENTO
ÁGUA
Mecanismos mecânicos
Máquinas
Máquinas
Abertura das estruturas
Animais
Semente de café
Algália – espécie de gato
- Indonésia
Café - kopi luwak
Animais
Semente de café
Elefante - Tailandia
Cada chícara de café
50 dólares
Café - Black Ivory Coffee
Café com traços de chocolate
e nozes
Animais
Semente de café
Jacu - Brasil
Cada chícara de café
15 reais
Café - Jacu Coffee
Importância do conhecimento
 Bases para a produção de sementes
 Isolamento
 Fiscalização
 Localização do campo
Fase Esporofítica
Dupla fecundação ou singamia
Etapa 1- Formação do Zigoto
Etapa 2- Formação do núcleo endospermático
Formação do zigoto
Núcleo
Reprodutivo
(n)
Oosfera
(n)
Zigoto
(2n)
Grãos de pólen são
liberados nas anteras e
caem no estigma
Grãos pólen ‘germinam’
originando tubo polínico
Tubo polínico vai crescendo
ao longo do estilete até
chegar ao ovário
Tubo polínico penetra a
micrópila e deposita os núcleos
espermáticos no ovário
Antípodas
Cinérgidas
Desenvolvimento do embrião, endosperma
e tegumento
Formação do embrião
 Dicotiledôneas
 Monocotiledôneas
Embriogênese- dicotiledoneas
Processo de formação do embrião
Estádio globular-coração
Pós Fertlização
Pró-embrião
Zigoto
2
células
2 /4
células
Transição
8
células
16
células
Coração
Globular
Adaptado de Goldeberg (1994)
Embriogênese- Dicotiledoneas
Torpedo
Maduro
Adaptado de Goldeberg (1994)
Polaridade embrião X níveis auxina
Embriogênese- Monocotiledôneas
Da origem ao coleóptilo
Embrião
Suspensor
Coleóptilo
Meristema apical
caule
Escutelo
Coleóptilo
Meristema apical
raiz
Fonte: Y. Nagato (2008)
Função do embrião
Dar origem a nova planta
Formação do endosperma
Núcleo
grão de pólen
Núcleos
polares
n
n
3n
n
Núcleo
endospermático
Função do endosperma
Armazenamento de reservas nutritivas
Energia para processo de germinação e
alimentação das plantulas
Cotiledones
Coleóptilo
Coleorriza
Formação do tegumento
INT. Externo – primina
INT. Interno - secundina
Tegumento
Teor de Lignina
Semente de feijão
Sementes escuras até 15%
Sementes claras 1%
Tegumento
Teor de Lignina
Semente de soja
Sementes escuras até 12%
Sementes claras 4,75%
Cores de
semente de
soja?
5% - Base para seleção de novas cultivares
Funções do tegumento
1. Unir as partes das sementes
2. Proteção contra agentes externos
3. Regular trocas de água e gasosas com o ambiente
4. Regular a germinação e interferir nos mecanismos de dormência
5. Controle da dispersão de sementes pós maturidade
Funções do tegumento
1. Susceptibilidade a dano mecânico
2. Longevidade
3. Permeabilidade
4. Potencial de deterioração
Partes da semente
PARTES DAS SEMENTES
TESTA – tegumento externo
 TEGUMENTO
TEGMA – tegumento interno
 ENDOSPERMA (?)
 EMBRIÃO
COTILÉDONES
EIXO EMBRIONÁRIO
PLÚMULA
HIPOCÓTILO
RADÍCULA
Dicotiledôneas
Feijão
Adaptado de Zimmer (2010)
MONOCOTILEDÔNEAS
MILHO
MILHO
CEBOLA
RADÍCULA
COTILÉDONE
EMBRIÃO
Adaptado de Leubner (2007)
TEGUMENTO
Foto: Daniel Fonseca
Obrigado
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