CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA DE CAPACITORES MOS COM ÓXIDO DE ALUMÍNIO (Al2O3) Verônica Christiano1, Sthefane A. Conceição1, Giuliano Gozzi2, Sebastião G.S Filho2, Victor Sonnenberg1 1 MPCE - Faculdade de Tecnologia de São Paulo – FATEC-SP 2 Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo – LSI-USP [email protected], [email protected] 1. Resumo Lâminas com os capacitores MOS (metal – óxido – semicondutor), fabricados com óxido de alumínio, foram caracterizadas eletricamente obtendo-se curvas Capacitância x Tensão (C-V) e Corrente x Tensão (I-V), para posterior comparação com a caracterização física. 2. Introdução [1] Com a crescente miniaturização dos dispositivos eletrônicos, há intensa busca por novos materiais que supram as necessidades das espessuras de óxidos finos. Analisou-se o óxido de alumínio (Al2O3), que apresenta alta constante dielétrica (“high k”) e é um possível substituto ao óxido de silício (SiO2) em dispositivos MOS, pois pode apresentar uma espessura equivalente ao SiO2 (EOT) com valores menores que 2 nm, mantendo baixas correntes de tunelamento através do óxido (<10-10 A/cm2). de porta obtendo-se corrente de 10-6 A, que aumentou logaritmicamente até 10-2 A (corrente de fuga) para tensão de porta de -2,5 V. As lâminas C7 e C8 apresentaram melhores características elétricas, onde C8 mais se aproximou do desejado, pois em sua curva C-V obtivemos regiões bem definidas de acumulação e inversão além de baixa condutância inicial e final, com capacitância máxima de 350 pF. No caso da C7 houve uma elevação da capacitância máxima gerada pelo aumento da condutância. Nas curvas I-V, a corrente inicial foi de 10-11 A que se elevou logaritmicamente a 10-2 A, na tensão de porta para -4 V. Referente às lâminas C9 e 10, não se obteve boas curvas C-V, pois suas regiões estão mal definidas e temse elevada condutância observada em C10 para tensões de porta menores que -1,5 volts, pois há decréscimo da capacitância máxima. As curvas I-V foram semelhantes àquelas das lâminas C4, 5 e 6. 3. Processo de fabricação Foram fabricadas 8 lâminas nomeadas de C3 a C10, que foi realizado pela aluna Sthefane Alves da Conceição, onde a seqüência utilizada foi: limpeza química, deposição de alumínio (formação do óxido), sinterização (lâminas 3, 4, 9 e 10), anodização, sinterização, deposição de alumínio (formação dos capacitores), litografia, deposição de alumínio (costas – contato elétrico) e sinterização. 4. Caracterização elétrica [2] As medidas de curvas C-V foram realizadas em alta freqüência, onde se pode obter a espessura do óxido de porta, a carga efetiva no óxido, a tensão de inversão de canal (tensão de limiar) entre outros parâmetros. Nas curvas I-V tem-se a corrente de fuga do óxido (tunelamento) e a tensão de ruptura (máxima tensão reversa que o dispositivo suporta antes de romper). 5. Resultados e discussões Utilizaram-se os equipamentos HP4280 que é um medidor de capacitância (curvas C-V) e o HP4140 que é um pico amperímetro (curvas I-V). Na figura 1 temos as curvas C-V equivalentes as lâminas processadas, excluindo-se a lâmina C3 para qual não se obtiveram curvas C-V devido à elevada corrente de fuga. Nas lâminas C4, C5 e C6, as curvas C-V não apresentaram bons resultados, pois temos as regiões de acumulação, depleção e inversão mal definidas além de condutâncias iniciais e finais elevadas, da ordem de 3,5 a 5 mS. Nas curvas I-V, iniciou-se a aplicação da tensão Figura 1 – Curvas C-V referentes às 8 lâminas. 6. Conclusões As lâminas que possibilitaram a obtenção de resultados próximos aos desejados foram as C7 e C8, pois apresentaram melhores características elétricas tais como capacitância máxima (350 pF), baixa condutância (0,75 mS), maior tensão de ruptura (-5 V) e menor -11 corrente de fuga (10 A). 7. Referências [1] Kátia Franklin Albertin “Estudo de Camadas Dielétricas para Aplicação em Capacitores MOS”, Tese de Doutorado, EPUSP, 2007. [2] João A. Martino, Marcelo A. Pavanello e Patrick B. Verdonck, “Caracterização Elétrica de Tecnologia e Dispositivos MOS”, Thompson São Paulo, 193 páginas, 2003. 1 Alunas de IC do CNPq