O dia a dia da vacinação na prática Unisalesiano Lins FABIANA AP. MONÇÃO FIDELIS O dia a dia da vacinação 1. Vacina ......................................... dinâmica do calendário vacinal intervalo entre as doses idade mínima/ideal para início intervalo entre vacinas 2. Administração da vacina .......... oral ID SC IM alívio da dor 3. Pessoa a ser vacinada .............. imunocomprometido uso de corticóides gestantes 4. Considerações gerais .............. contra-indicações adiamento falsas contra-indicações O dia a dia da vacinação 1. Vacina ......................................... dinâmica do calendário vacinal intervalo entre as doses idade mínima/ideal para início intervalo entre vacinas 2. Administração da vacina .......... oral ID SC IM alívio da dor 3. Pessoa a ser vacinada .............. imunocomprometido uso de corticóides gestantes 4. Considerações gerais .............. contra-indicações adiamento falsas contra-indicações Na vacinação - não existe intervalo máximo entre doses - existe um intervalo mínimo a ser respeitado Administração de antígenos diferentes • Associação vacinal - Simultânea: Vacinas diferentes, dadas no mesmo momento, em sítios diferentes (BCG, pólio oral, rotavírus, DTP/Hib, HepB) - Combinada: Antígenos diferentes na mesma apresentação Tetravalente (DTP/Hib) Pentavalente (DTP/Hib/Hep B) Hexavalente (DTPa/Hib/Hep B/IPV) • Seqüencial Vacinas de vírus inativados Quando as vacinas inativadas são criadas, o vírus ou a bactéria são completamente mortos utilizando-se um elemento químico, geralmente, o formaldeído. Pedaços mortos de microorganismos que causam a doença (geralmente bactérias) são colocados na vacina. Como os antígenos estão mortos, a força dessas vacinas tendem a se desgastar com o tempo, resultando em imunidade com menor duração. Então, várias doses de vacinas inativadas são geralmente necessárias para fornecer a melhor proteção. O benefício das vacinas inativadas é que existe uma chance zero de desenvolver qualquer sintoma relacionado à doença. Reações alérgicas são possíveis, mas extremamente raras. • Os exemplos de vacinas inativadas são a da hepatite A , hepatite B , haemophilus tipo B (Hib), influenza, meningocóccica, pneumocóccica e a vacina da influenza. Vacinas de vírus vivos atenuados A expressão vírus vivos atenuados basicamente significa que a vacina é feita com vírus vivos, mas que causam uma forma muito fraca da doença. Essas vacinas são produzidas com vírus que se reproduzem cerca de 20 vezes dentro do corpo. Para se ter uma idéia, os vírus que não passam pelo processo de atenuação se reproduzem milhares de vezes. Quando a vacina é fabricada, o vírus ou a bactéria são atenuados em laboratório até o ponto em que continuam vivos e capazes de se reproduzirem, mas que não possam causar doenças graves. Sua presença é suficiente para fazer com que o sistema imunológico produza anticorpos para combater a doença no futuro. Exemplos de vacinas vivas atenuadas são SCR sarampo, caxumba (em inglês) e rubéola (em inglês), conhecida no Brasil como tríplice viral, e a vacina contra a varicela. Intervalo recomendado entre antígenos vacinais Antígeno vacinal Não vivo x Não vivo Não vivo x Vivo Vivo x Vivo Intervalo mínimo 15 dias SCR e FA Pólio e Rotavírus 28 dias SCR e Varicela FA e Varicela Imunoglobulina X Vacina Primeiro Segundo Intervalo Imunoglobulina, sangue e derivados Não vivo - Não vivo Imunoglobulina, sangue e derivados - Imunoglobulina, sangue e derivados Vivo Dose-dependente (3 – 11 m) Vivo Imunoglobulina, sangue e derivados 2 semanas O dia a dia da vacinação 1. Vacina ......................................... dinâmica do calendário vacinal intervalo entre as doses idade mínima/ideal para início intervalo entre vacinas 2. Administração da vacina .......... oral ID SC IM alívio da dor 3. Pessoa a ser vacinada .............. imunocomprometido uso de corticóides gestantes 4. Considerações gerais .............. contra-indicações adiamento falsas contra-indicações Administração da Vacina pólio oral Oral rotavírus Idade da 1a dose: 2 meses – Idade máxima: 3m 7d Idade da 2a dose: 4 meses – Idade máxima: 5m 15d Administração da Vacina ID - BCG BCG • BCG - Bacilo de Calmette Guerin Mycobacterium bovis - vivos atenuados • Via: intradérmica • Evolução da lesão 1ª a 2ª sem.: mácula com enduração 3ª a 4ª sem.: pústula, crosta 5ª a 6ª sem. : úlcera 3 a 10 mm 7ª a 12ª sem.: cicatriz - 95% Enfartamento ganglionar: 10% Administração da Vacina Tríplice viral (SCR) SC Varicela Febre Amarela Administração da Vacina Hepatite B DTP/Hib Pneumo 7V IM Meningo C Hepatite A HPV Influenza VIP PENTAVALENTE Administração da Vacina IM – local de aplicação < 18 meses – vasto lateral da coxa > 18 – 24 meses - deltóide Administração da Vacina Redução da dor - Analgésicos - Anestésico tópico (EMLA) - Água com sacarose - Amamentação - Não massagear - Compressas ? (frias) O dia a dia da vacinação 1. Vacina ......................................... dinâmica do calendário vacinal intervalo entre as doses idade mínima/ideal para início intervalo entre vacinas 2. Administração da vacina .......... oral ID SC IM alívio da dor 3. Pessoa a ser vacinada .............. imunocomprometido uso de corticóides gestantes 4. Considerações gerais .............. contra-indicações adiamento falsas contra-indicações Imunizações no Imunodeprimido Segurança e efetividade da vacina Vacinas vivas não: eventos adversos Vacinas inativadas sim: resposta imune Imunização passiva Corticosteróides Guidelines administração vacinas vivas X corticosteróides • Uso tópico ou injeção local • Doses fisiológicas de manutenção • Doses baixas ou moderadas diariamente ou em dias alternados (<2mg/kg/dia prednisona) • Doses altas diariamente ou em dias alternados por menos 14 dias (>2mg/kg/dia prednisona) • Doses altas diariamente ou em dias alternados por mais de 14 dias > 2mg/kg/dia prednisona > 20mg/dia, peso > 10kg Não administrar vacinas vivas Aguardar 1 mês após descontinuação Red Book, AAP, 2006 Vacinação no Imunocomprometido • Quimioterapia, Radioterapia Vacinar 2 semanas antes 3 meses depois • Esplenectomia Vacinar 2 semanas antes • Corticoterapia (> 2 sem) > 2mg/kg/dia ou > 20 mg/dia prednisona Vacinar 1 mês depois Vacinação do Imunocomprometido • Vacinar contatos domiciliares profissionais de saúde Influenza MMR Varicela Vacinação da Gestante Vacinas Gravidez Conduta dT (difteria tétano) Sim Não vacinada: 3 doses Reforço se última > 5 anos Influenza Sim 3º trimestre época sazonal S-C-R (tríplice viral ou dupla viral) Não Não engravidar em 1 mês Febre amarela Não Só em epidemias Varicela Não Não engravidar em 3 mês Hepatite B Pode Situação de risco Hepatite A Pode Situação de risco Pneumo 23 Pode Situação de risco HPV Não - Vacinação da Mulher Amamentação • Não há contra-indicação ou precaução para vacinação • Todas as vacinas recomendadas podem ser aplicadas O dia a dia da vacinação 1. Vacina ......................................... dinâmica do calendário vacinal intervalo entre as doses idade mínima/ideal para início intervalo entre vacinas 2. Administração da vacina .......... oral ID SC IM alívio da dor 3. Pessoa a ser vacinada .............. imunocomprometido uso de corticóides gestantes 4. Considerações gerais .............. contra-indicações adiamento falsas contra-indicações Vacinas Contra-indicações gerais Vacinas de bactérias ou vírus vivos atenuados, não devem ser administradas 1. Reação anafilática a dose anterior 2. Grávidas 3. Imunodeficiência congênita ou adquirida Vacinas Adiamento Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação - até 3 meses após tratamento imunossupressor - Sangue e derivados: antes – adiar 3 meses depois – adiar 15 dias - Durante doenças agudas febris Contra Indicação As vacinas de bactérias atenuadas ou vírus vivo atenuado, em princípio, não devem ser administradas a pessoas que: 1. apresentaram reações de caráter anafilático à dose prévia da vacina ou de seus componentes. • 2. grávidas (salvo situações de alto risco de exposição a algumas doenças viraisimunopreveníveis como, por exemplo, febre amarela). Ressalte-se que, mesmo em Contra Indicação • 2. grávidas (salvo situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais imunopreveníveis como, por exemplo, febre amarela). Ressalte-se que, mesmo em países onde o abortamento por possível infecção do feto conta com respaldo legal, a vacinação inadvertida durante a gravidez com vacinas atenuadas não constitui indicação para a sua interrupção. • 3. apresentam imunodeficiência congênita ou acomo portadores de neoplasias malignas, submetidos a transplantes de medula ou outros órgãos, infectados • pelo HIV ou que estão em tratamento com corticosteróides em dose alta (equivalente a prednisona na dose de 2 mg/kg/dia ou mais, para crianças, ou de 20 mg/dia ou mais, para adultos, por mais de duas semanas) ou são submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia etc.). Vacinas Falsas contra-indicações - IVAS, diarréia leve, doenças de pele - Doença prévia e respectiva vacina - Desnutrição - Uso de antibiótico - Doença neurológica estável - Antecedente familiar de convulsão - Corticóide: inalatório, doses baixas, curta duração, dias alternados, manutenção fisiológica - Reação cutânea ao timerosal - Prematuridade - Internação hospitalar SITUAÇÕES ESPECIAIS SURTOS E EPIDEMIAS Na vigência de surto ou epidemia de doenças abrangidas pelo Programa podem ser desencadeadas medidas de controle, tais como vacinação em massa da população alvo (exemplos: Estado, Município, Creches) e que não precisam estar implícitas na Norma de Vacinação (exemplos: extensão da faixa etária, doses de reforço e outras ). Campanha e/ou intensificação de vacinação • São estratégias que visam o controle de doenças de maneira intensiva ou a extensão da cobertura vacinal para complementação do serviço de rotina. Na campanha e na intensificação, as orientações para execução de vacinação são adequadas à estratégia em questão e também não necessitam estar prescritas na Norma de Vacinação. EVENTOS ADVERSOS PÓS-IMUNIZAÇÃO • Algumas manifestações são esperadas após o emprego de determinadas vacinas. Em geral, essas reações são benignas e têm evolução autolimitada (exemplo: febre após vacinação contra o sarampo, dor e edema em local da aplicação). Raramente, porém, podem ocorrer formas mais graves, levando a comprometimento, temporário ou permanente, de função local, neurológica ou sistêmica, capaz de motivar seqüelas e até mesmo óbito. “Acredite que você pode, assim você já está no meio do caminho.’’