Um exame da segurança ambiental das proteínas Cry34Ab1 e Cry35Ab1 Centro de Avaliação de Riscos Ambientais, Fundação de Pesquisas do ILSI 1156 Fifteenth Street N.W., Washington D.C. 20005-1743 EUA 7 de fevereiro de 2013 INTRODUÇÃO Este documento fornece um exame abrangente das informações e dados relevantes para a avaliação de risco ambiental de duas proteínas codificadas por genes isolados de Bacillus thuringiensis, Cry34Ab1 e Cry35Ab1, e apresenta uma síntese sobre a segurança ambiental destas proteínas quando produzidas no evento de milho geneticamente modificado (GM) DAS-59122-7 (Zea mays, L.). Todas as fontes de informação aqui examinadas estão disponíveis publicamente e incluem dossiês apresentados a autoridades regulatórias, documentos de decisões preparados por autoridades regulatórias, descrições de produtos preparadas por desenvolvedores do produto e literatura revisada por pares. As avaliações de risco ambiental relacionadas ao plantio de culturas GM são feitas caso a caso levandose em conta a biologia da planta, as características dos transgenes e das proteínas codificadas, o fenótipo conferido pelos transgenes, as utilizações previstas da cultura e a natureza do ambiente receptor onde a planta será introduzida. Essas avaliações, que consideram tanto o perigo e a exposição, geralmente envolvem comparações com uma linha parental não transformada ou isolinhas intimamente relacionadas (Craig, Tepfer, Degrassi e Ripandelli, 2008; OCDE, 2007). O objetivo dessas comparações é identificar o risco potencial que a planta GM pode apresentar além do que já é aceito para plantas não geneticamente modificadas semelhantes cultivadas no meio ambiente. As consequências desses riscos, caso existam, são então avaliadas. Aprovações regulatórias1 para a liberação ambiental e uso em alimentos e rações do evento de milho GM DAS-59122-7, presente isoladamente em uma variedade de milho ou piramidado com outros eventos GM, foram emitidas em três países: Canadá (em 1 Os regulamentos podem exigir renovação periódica de registros dos agrotóxicos. Por exemplo, a situação atual dos registros na USEPA pode ser encontrada em http://www.epa. gov/oppbppd1/biopesticides/pips/pip_list.htm. 2005), Japão (em 2006) e Estados Unidos (em 2005) (ver ILSI, GM Crop Database, http://cera-gmc.org/ index.php?action=gm_crop_database). ORIGEM E FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS CRY34Ab1 E CRY35Ab1 Bacillus thuringiensis e as proteínas inseticidas Cry34Ab1 e Cry35Ab1 Palavras-chave Cry34, Cry35, proteínas cristalinas inseticidas, toxina binária, Bacillus thuringiensis, resistência a insetos, geneticamente modificada, avaliação de risco ambiental A Bacillus thuringiensis (Bt) é uma bactéria grampositiva em forma de bastonete que produz endósporos de vida longa. Apesar de ser considerada uma bactéria do solo, a Bt é onipresente no meio ambiente. Ela tem sido extensivamente estudada e utilizada comercialmente há muitos anos como pesticida agrícola, devido à sua capacidade de sintetizar um grande número de proteínas com atividade contra uma ampla variedade de pragas de culturas (Hofte e Whiteley, 1989; OCDE, 2007; Schnepf et al., 1998; van Frankenhuyzen, 2009). Preparações de isolados naturais da bactéria Bt foram usadas pela primeira vez como inseticidas comerciais na França em 1938 e, desde então, o uso de preparações de Bt como inseticidas tem se tornado comum em todo o mundo. A Bacillus thuringiensis foi registrada para uso nos Estados Unidos desde 1961 (USEPA, 1998), e várias preparações de Bt foram registradas na Austrália, Canadá e União Europeia (APVMA, 2013; DGSANCO, 2013; Health Canada, 2008; Kumar, Sharma e Malik, 1996; Schnepf et al., 1998). Estas preparações são derivadas de culturas de células da bactéria Bt, por isso contêm uma mistura complexa de todas as proteínas pesticidas produzidas pela cepa de Bt usada. Várias centenas de proteínas pesticidas foram isoladas a partir de culturas de Bt (Crickmore et al., 2012) e estas proteínas exibem uma enorme variedade na diversidade de sequências, modo de ação e especificidade do alvo (Hofte e Whiteley, 1989; OCDE, 2007; Pigott e Ellar, 2007; Schnepf et al, 1998;. Vachon, Laprade e Schwartz, 2012; van Frankenhuyzen, 2009). Elas incluem compostos antifúngicos, ß-exotoxinas, proteínas Cyt (citolíticas), Copyright © ILSI Foundation 2013 Research Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported Licenses. Para ver uma cópia dessa licença, visite http://creativecommons.org/ licenses/by/3.0/ ou envie uma carta para Creative Commons, 171 Second Street, Suite 300, San Francisco, California, 94105, EUA. proteínas inseticidas vegetativas (Vip) e δ-endotoxinas, um grupo que inclui as proteínas inseticidas Cry (cristalinas) (Hofte e Whiteley, 1989; OCDE, 2007; Schnepf et al., 1998). Estas proteínas podem interagir umas com as outras para influenciar a toxicidade e a faixa de atividade das preparações bacterianas individuais (OCDE, 2007; Schnepf et al., 1998).2 Em 2002, cientistas industriais reportaram o isolamento de uma nova substância proteinácea a partir de corpos de inclusão paraesporais cristalinos de várias cepas de Bt (Ellis et al., 2002; Narva et al., 2000). Descobriu-se que esta substância era tóxica para o verme da raiz do milho ocidental (Diabrotica virgifera virgifera) (WCR), mas não para a broca do milho europeia (Ostrinia nubilalis) (ECB), lagarta da espiga (Helicoverpa zea), ou lagarta rosca (Agrotis ipsilon). Outras análises revelaram que a toxina era na verdade composta por duas proteínas, uma com uma massa de aproximadamente 44 kDa e a outra com uma massa entre 13 e 14 kDa. As duas proteínas eram codificadas por genes adjacentes em um único operon, com o gene que codifica a proteína menor localizado a montante do gene da proteína maior, separados por um espaçador de aproximadamente 100 bp. Embora nenhuma das duas proteínas tinham homologia de sequência significativa com proteínas Cry de Bt inseticidas conhecidas, a proteína de 44 kDa tinha aproximadamente 26 a 29% de homologia de sequência com proteínas Cry inseticidas de B. sphaericus3 tendo atividade contra mosquitos (Ellis et al., 2002; Jones et al., 2007; Schnepf et al., 2005). As cepas recombinantes de Bt que produziam apenas a proteína de 14 kDa ou a de 44 kDa não eram inseticidas para WCR, levando à conclusão de que as duas proteínas formam uma toxina binária (Ellis et al., 2002).4 Quando testada em larvas do verme da raiz do milho meridional (Diabrotica undecimpunctata howardi) (SCR), a proteína de 14 kDa sozinha inibiu o crescimento de insetos, mas a sua toxicidade contra SCR foi sinergizada pela proteína de 44 kDa. Quantidades relativamente pequenas da proteína de 44 kDa parecem ser necessárias para o sinergismo. Por exemplo, uma proporção de 9:1 de 14 kDa:44 kDa é suficiente para alta mortalidade de SCR. No entanto, uma relação ideal não foi identificada (Ellis et al., 2002; Herman et al., 2002). As proteínas de 14 kDa e 44 kDa são classificadas como δ-endotoxinas Cry e foram designadas Cry34Ab1 e Cry35Ab1, respectivamente (Crickmore et al., 2012). Os genes que codificam as proteínas, cry34Ab1 2 A faixa de atividade das pulverizações preparadas de uma cultura de Bt específica deve-se a uma combinação das várias toxinas produzidas pela bactéria, bem como às qualidades das células bacterianas, que podem afetar a seletividade e a gama de hospedeiros de uma preparação específica (Schnepf et al., 2005; Tabashnik, 1992). Portanto, a faixa de atividade das pulverizações preparadas de culturas de bactérias Bt pode ser diferente da faixa de atividade das proteínas individuais de Bt produzidas por uma planta GM (OCDE, 2007). 3 Bacillus sphaericus foi renomeado Lysinibacillus sphaericus (ver Ahmed et al. 2007. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology 57(5): 1117-25. 4 Neste documento, os termos "toxina binária", "Cry34Ab1 e Cry35Ab1", e "Cry34Ab1/Cry35Ab1" serão usados de forma intercambiável. 2 e cry35Ab1,5 foram clonados em Pseudomonas fluorescens para a expressão heteróloga (Gao et al., 2004; Huang, Badger, Haney e Evans, 2007). A atividade biológica da forma binária da toxina, quando produzida em P. fluorescens, foi comparável à da toxina produzida em plantas de milho GM (Gao et al., 2004; Huang et al., 2007; Moellenbeck et al., 2001; USEPA, 2005a). As proteínas, quer produzidas em P. fluorescens ou milho, tinham o mesmo peso molecular, reconhecimento imunogênico e sequências N-terminais. Além disso, nenhuma das proteínas são glicosiladas em P. fluorescens ou no milho, apesar de ambas as proteínas conterem locais de N-glicosilação (Gao et al., 2004). A proteína Cry34Ab1 passa prontamente por truncamento C-terminal no intestino médio de insetos sensíveis, o que reduz seu peso molecular para 40 kDa, mas o truncamento não inibe os efeitos sinérgicos da Cry35Ab1 sobre a toxicidade da Cry34Ab1; na verdade, a versão truncada da Cry35Ab1 tem um efeito de potenciação mais forte na toxicidade da Cry34Ab1 (Gao et al., 2004). A toxina binária tem uma faixa de atividade estreita, sendo tóxica principalmente para espécies de larvas de coleópteros. As larvas de WCR, SCR e do verme da raiz do milho setentrional (Diabrotica barberi) são as mais sensíveis. Portanto, genes que codificam a toxina binária são utilizados, isoladamente ou em combinação com os genes para outras toxinas de Bt Diabrotica ativas, em variedades de milho com probabilidade de serem cultivadas em regiões onde a predação do verme da raiz provoca perdas de safras significativas (Baum et al., 2004). Mecanismo da atividade inseticida da Cry34Ab1/ Cry35Ab1 Como outras proteínas Cry inseticidas, a toxina binária provoca danos nas células no intestino médio de insetos suscetíveis através da criação de canais de íons, o que resulta na desestabilização da membrana. Este efeito é significativamente aumentado sob condições ácidas, tais como as tipicamente presentes no sistema digestivo dos coleópteros, ao contrário das condições alcalinas encontradas no intestino médio das larvas de lepidópteros (Masson et al., 2004; Moellenbeck et al., 2001). Poros podem ser criados pela proteína Cry34Ab1 ou pela proteína Cry35Ab1 atuando isoladamente, mas misturas das duas proteínas resultam em poros que permanecem abertos por mais tempo, provocando uma maior desestabilização da membrana. Além disso, a versão trucada de 40 kDa da proteína Cry35Ab1 foi mais eficaz na formação de poros do que a versão nativa de 44 kDa. A conversão da proteína nativa para a versão truncada tem um pH ótimo de 5,5 a 6,0, semelhante ao pH do intestino médio das larvas de coleópteros, e pensa-se que o processo de truncamento possa ser crucial para a atividade completa da toxina binária. O intestino médio dos lepidópteros proporciona um ambiente mais alcalino, e essa diferença pode ser um fator na seletividade da toxina binária (Masson et al., 2004). Embora o mecanismo preciso pelo qual a toxina binária forma poros e desestabiliza as membranas seja desconhecido, parece envolver um mecanismo diferente do que aquele associado com a Cry3Bb1, outra 5 Pesquisas adicionais revelaram que a toxina binária Cry34Ab1/Cry35Ab1 é membro de uma família de toxinas produzidas por várias cepas de B. thuringiensis encontradas na Ásia, Austrália, América do Norte e América do Sul (Jones et al., 2007). No entanto, entre as toxinas descobertas até agora dentro desta família, a toxina binária Cry34Ab1/Cry35Ab1 tem o nível mais elevado de atividade pesticida contra WCR (Baum et al., 2004; Schnepf et al., 2005). proteína inseticida Bt ativa contra WCR (Gassmann, Petzold-Maxwell, Keweshan e Dunbar, 2011; Masson et al., 2004). Expressão de Cry34Ab1/Cry35Ab1 em milho GM resistente a insetos Os níveis de expressão de transgenes em plantas GM podem ser influenciados por vários fatores relacionados com o processo de transformação genética, incluindo os tipos de sequências promotoras e terminadoras empregadas, bem como a localização cromossômica onde o transgene foi incorporado ao genoma. Os níveis de expressão também podem ser influenciados pelo tipo de tecido amostrado, pela idade da planta no momento da colheita da amostra e pelas condições ambientais sob as quais a planta estava crescendo. Dados de ensaios imunoabsorventes ligados a enzimas (ELISA), mostrando os níveis de expressão das proteínas Cry34Ab1 e Cry35Ab1 em milho GM DAS-59122-7 foram disponibilizados em submissões regulatórias e documentos de decisão associados a processos de autorização regulatória a nível nacional, supranacional e de estados membros publicamente acessíveis (BBAC, 2009; CFIA, 2005a; EFSA, 2008, 2009a, 2009b; FSANZ, 2005; USDA, 2005). Amostras foram coletadas de vários tipos de tecido, em vários estágios de crescimento, e de plantas cultivadas em vários locais diferentes para produzir dados representativos da gama típica de expressão proteica de ambas as proteínas. A Tabela 2 apresenta os maiores valores reportados de expressão de Cry34Ab1/Cry35Ab1 em plantas de milho GM que contêm DAS-59122-7 sozinho ou quando o DAS-59122-7 é piramidado com outros eventos na mesma planta. Dados de expressão de proteínas podem ser usados para estimar o potencial de exposição de vários organismos no meio ambiente à Cry34Ab1/ Cry35Ab1 quando o evento de milho GM DAS-59122-7 que produz estas proteínas é cultivado. Dados de expressão de proteínas disponíveis atualmente para Cry34Ab1/Cry35Ab1 por DAS-59122-7 e por DAS59122-7 piramidados com outros eventos GM são apresentados no Anexo I. Em alguns casos, quando as plantas de milho GM continham cry34Ab1/cry35Ab1, bem como um gene de tolerância a herbicidas (pat ou epsps), os dados de expressão de proteínas foram coletados de plantas que tinham sido tratadas com o herbicida apropriado, glufosinato ou glifosato, bem como de plantas cultivadas no mesmo local mas não pulverizadas, para determinar se o herbicida teve qualquer efeito sobre as concentrações de proteína. Tabela 1. Concentração de proteínas Cry34Ab1 e Cry35Ab1 mais altas relatadas em milho GM DAS-59122-7 e piramidações de tecidos de DAS-59122-7. Tecido ng de Cry34Ab1/mg de peso seco (estágio de crescimento) ng de Cry35Ab1/mg de peso seco (estágio de crescimento) Folha 302 (R4 – conteúdo do grão é pastoso) 126 (R4 – conteúdo do grão é pastoso) Grão 117 (Maturidade das sementes) 3,7 (Maturidade das sementes) Raiz 102 (Maturidade) 15,4 (V9 – colar da 4a folha é visível) Pólen 87,2 (Antese) 0,15 (Antese) Planta inteira 88 (Maturidade) 18,1 (R1 – cabelos se tornam visíveis) Modificações nos genes que codificam Cry34Ab1 e Cry35Ab1 em milho GM Para produzir o milho GM resistente a insetos DAS-59122-7, genes de cry34Ab1 e cry35Ab1 foram isolados da cepa PS149B1 de B. thuringiensis Berliner (Ellis et al., 2002). Versões sintéticas dos genes foram criadas nas quais as sequências de DNA haviam sido modificadas de modo a refletir a preferência de codons no milho, para expressão ideal de proteínas (Murray, Lotzer e Eberle, 1989). As sequências de aminoácidos das proteínas Cry34Ab1 e Cry35Ab1 resultantes eram idênticas às sequências das proteínas bacterianas nativas. A transcrição dos genes da cry34Ab1 e da cry35Ab1 foi dirigida pelo promotor de ubiquitina e pelo promotor de peroxidase de trigo, respectivamente. A terminação da transcrição foi dirigida pelo terminador 35S (CFIA, 2005a; EFSA, 2008; FSANZ, 2005; Health Canada, 2006; USDA, 2005; USEPA, 2005a, 2005b, 2010; USFDA, 2004).6 TESTES DE ORGANISMOS NÃO-ALVO E EFEITOS DA EXPOSIÇÃO ÀS PROTEÍNAS CRY34Ab1 E CRY35Ab1 A toxina binária Cry34Ab1/Cry35Ab1 tem propriedades inseticidas contra certas espécies de insetos coleópteros quando expressa no milho GM DAS-59122-7. A toxina tem como alvo pragas de insetos coleópteros que se alimentam de raízes, reduzindo desse modo os danos causados pela alimentação (Baum et al., 2004; Ellis et al., 2002; Gao et al., 2004; Herman et al., 2002; Kaiser-Alexnat, Büchs, e Huber, 2009; Oppert, Ellis, e Babcock, 2010; Schnepf et al., 2005; Storer, Babcock, e Edwards, 2006). Os organismos presentes no meio ambiente que não são pragas do milho, mas são direta ou indiretamente expostos à toxina binária são chamados de organismos não-alvo (ONA). A exposição direta ocorre quando ONA se alimentam de tecidos vivos de culturas que expressam a toxina binária ou de resíduos de culturas, quer acima ou abaixo do solo. A exposição indireta resulta da predação por um organismo sobre outro organismo que teve exposição direta à toxina binária. O potencial de dano a ONA decorrente da exposição à toxina binária tem sido considerado nas avaliações de risco realizadas por várias autoridades reguladoras (CFIA, 2005a; EFSA, 2008; USDA, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Os dados coletados em ensaios de campo de milhos GM que produzem a toxina binária submetidos às autoridades regulatórias estabeleceram que as proteínas Cry34Ab1/Cry35Ab1 são ativas especificamente contra o subconjunto de pragas de coleópteros que se alimentam de raízes de milho e são inofensivas para espécies vertebradas e outros ONA (CFIA, 2005a; EFSA, 2008; FSANZ, 2005; Health Canada, 2006; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). As avaliações dos possíveis efeitos em ONA e as decisões regulatórias informadas pelas avaliações, foram fundamentadas na bem documentada e longa história de avaliação das clássicas formulações inseticidas, incluindo formulações microbianas de B. thuringiensis (Romeis et al., 2008, 2013; Sanvido et al., 2012). As avaliações dos efeitos em ONA 6 A sequência de DNA usada no processo de transformação original, que resultou no isolamento do evento DAS-59122-7, continha também o gene pat, que confere tolerância a herbicidas de glufosinato de amônio. Para uma discussão completa da segurança ambiental da proteína PAT, consulte "Um exame da segurança ambiental da proteína PAT" (CERA, 2011). 3 incluem a revisão crítica dos dados apresentados pelo desenvolvedor do produto para demonstrar que os ONA expostos, direta ou indiretamente, à toxina binária não são prejudicados. A avaliação de riscos aos ONA começa tipicamente com uma determinação de quais organismos são suscetíveis de ser direta ou indiretamente expostos à toxina binária. Atenção especial é frequentemente dada a ONA com funções ambientais benéficas, tais como polinizadores ou os inimigos naturais de pragas agrícolas. As autoridades reguladoras podem dar atenção especial a ONA que foram designados como espécies ameaçadas ou em perigo ou espécies de reconhecido valor agrícola. Estas espécies, ou substitutos válidos dessas espécies, são então testadas para determinar se a exposição à toxina binária pode causar efeitos adversos significativos. A abordagem de testes em "níveis" para avaliar os efeitos dos pesticidas químicos sobre ONA tem sido utilizada de forma eficaz há muitos anos, e os testes em níveis também foram determinados por cientistas e reguladores como apropriados para a avaliação dos possíveis efeitos de culturas GM sobre ONA (Duan, Lundgren, Naranjo, e Marvier, 2009; Dutton, Romeis, e Bigler, 2003; EFSA, 2006; Garcia-Alonso et al., 2006; Raybould, 2006; Romeis et al., 2008, 2013; USEPA, 2007, 2011). Estudos de nível inicial geralmente envolvem a exposição de ONA ou espécies substitutas a concentrações elevadas do pesticida, em condições laboratoriais controladas. Estes estudos identificam as espécies que são significativamente afetadas pelo pesticida. Tais efeitos, quando encontrados, podem exigir uma análise mais aprofundada a um nível mais elevado. Testes de nível inicial também identificam os ONA que não são afetados pela proteína pesticida e para os quais testes de níveis mais elevados são desnecessários. Testes de níveis mais elevados também podem ser apropriados quando os resultados dos testes de nível inicial são inconclusivos. Testes em níveis mais elevados geralmente envolvem níveis crescentes de complexidade e condições de ensaio cada vez mais realistas (EFSA, 2006; Garcia-Alonso et al., 2006; Romeis et al., 2008; USEPA, 2007, 2011). Vias de exposição ambiental Além do contato direto com a planta de milho GM, as autoridades reguladoras podem considerar outras vias de exposição potencial à toxina binária Cry34Ab1/Cry35Ab1: exposição à toxina no pólen, exposição à toxina depositada no solo pela decomposição de material vegetal, e exposição a espécies predadoras que consomem herbívoros que se alimentaram de plantas de milho GM (CFIA, 2005a; EFSA, 2007, 2008; FSANZ, 2005; Health Canada, 2006; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). A exposição a Cry35Ab1 via pólen é limitada pelos baixos níveis de expressão desta proteína no pólen de variedades que foram autorizadas para liberação ambiental por reguladores (ver Tabela 2 e Anexo II). A expressão de Cry34Ab1 no pólen é comparável aos níveis observados em plantas de milho inteiras, mas a exposição à Cry34Ab1 via pólen é limitada pela rápida diminuição da densidade de deposição de pólen com o aumento da distância da planta de origem (JBCH, 2006a). (Ver o Anexo I para dados do nível de expressão no pólen de variedades aprovadas.) Além disso, os dados apresentados às autoridades reguladoras indicam que a toxina binária sofre degradação rápida depois de liberada 4 da decomposição de tecido vegetal e não é provável que persista ou se acumule no ambiente do solo (USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005b, 2010). Testes ecotoxicológicos de Cry34Ab1 e Cry35Ab1 em organismos não-alvo Testes ecotoxicológicos de Cry34Ab1 e Cry35Ab1 em ONA foram realizados em uma variedade de organismos de teste bem caracterizados que são tipicamente usados para testes ecotoxicológicos de pesticidas químicos, e os dados destes testes foram avaliados pelas autoridades reguladoras no decurso da realização de avaliações de riscos para a liberação no meio ambiente de variedades de milho GM. Apesar de alguma exposição biologicamente significativa poder ocorrer a uma curta distância das áreas de cultivo, as autoridades reguladoras têm geralmente solicitado dados apenas para os impactos da toxina binária sobre as espécies de polinizadores representativas como, por exemplo, abelhas melíferas. Além disso, a especificidade da toxina binária para coleópteros, bem como as evidências que sugerem o potencial de exposição a partir do solo, levou os reguladores a exigir testes de espécies representativas de artrópodes que habitam o solo. Algumas autoridades reguladoras também exigem que dados sejam coletados sobre espécies não artrópodes que habitam o solo, como minhocas, para demonstrar que a exposição à toxina binária não tem efeitos significativos sobre estas espécies. Organismos de teste incluíram Apis mellifera (abelha comum); Orius insidious (percevejopirata); Coleoptera: Coccinella septempunctata, Hippodamia convergens e Coleomegilla maculata (joaninha) Chrysoperla carnea (crisopídeo); Nasonia vitripennis (vespa parasita); Folsomia candida (colêmbolo); Daphnia magna; e Eisenia foetida (minhoca) (Balog, Szenasi, Szekeres, e Palinkas, 2011; CFIA, 2005a; FSANZ, 2005; Health Canada, 2006; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Os organismos de teste foram expostos a níveis de Cry34Ab1 e Cry35Ab1 representando estimativas de cenário de pior caso de exposição baseadas nas concentrações mais elevadas de toxina binária observadas em tecidos de plantas de milho GM, variando de 0,15 a 302 ng/mg de peso de tecido seco (veja a Tabela 2). Nenhum dos organismos de teste mostraram uma resposta significativa à toxina binária (CFIA, 2005a; FSANZ, 2005; Health Canada, 2006; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Além disso, testes de toxicologia em vertebrados e testes de equivalência nutricional foram realizados em Mus musculus (camundongo); Oncorhynchus mykiss (truta arco-íris); Gallus domesticus (frango); e Rattus rattus (rato Sprague-Daley)(CFIA, 2005a; EFSA, 2007; FSANZ, 2005; Health Canada, 2006; Malley et al., 2007; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005b, 2010).7 Ver Tabela 2. Os resultados dos testes de Nível 1 indicam que nenhum teste de nível mais elevado é necessário do ponto de vista regulamentar, pois nenhum efeito adverso foi observado;8 no entanto, como exposto abaixo, foram realizados estudos sobre os efeitos da toxina binária em populações naturais de ONA. 7 A USEPA emitiu um registro condicional do evento DAS-59122-7, mas exigiu que o requerente realize dois testes adicionais usando Orius insidiosus (percevejo pirata) e um carabídeo (besouro de solo) (USEPA, 2005a). 8 A realização de estudos de campo é considerada caso a caso, com base no nível de perigo potencial e exposição, e os objetivos podem ser ajustados conforme informações e experiências se acumulam (USEPA, 2007). Tabela 2. Resumo dos estudos ecotoxicológicos de Cry34Ab1 e Cry35Ab1 em organismos não-lepidópteros não-alvo (Malley et al., 2007; USDA, 2004) Espécie Método de exposição Resultados Apis mellifera (abelha comum) Pólen Cry34/35Ab1 do evento TC5639 NOECpólen = 2 mg/larva (0,056 μg Cry34/35Ab1 ICP†/larva) NOECICP = 20 μg/larva Comentários Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas NOECCry34Ab1 = 3,2 μg/larva NOECCry35Ab1 = 2,4 μg/larva Chrysoperla carnea (crisopídeo) Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas NOEC > 280 μg a.i./mL LC50 Cry34Ab1 > 160 μg a.i./mL NOEC Cry34Ab1 > 160 μg a.i./mL LC50 Cry35Ab1 > 120 μg a.i./mL NOEC Cry35Ab1 > 120 μg a.i./mL Coleomegilla maculata (joaninha) Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas LC50 > 902 μg a.i./g NOEC > 902 μg a.i./g LC50 Cry34Ab1 > 900 μg a.i./g NOEC Cry34Ab1 > 900 μg a.i./g LC50 Cry35Ab1 > 2 μg a.i./g NOEC Cry35Ab1 > 2 μg a.i. Redução de peso relatada Pólen de homozigoto endogâmico misturado 1:1 com ovos de lagarta da espiga moídos NOEC >58,52 μg a.i./g NOEC Cry34Ab1 > 58,5 μg a.i./g NOEC Cry35Ab1 > 0,02 μg a.i./g Nenhum efeito sobre a mortalidade, peso ou desenvolvimento Daphnia magna Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas EC50 > 100 mg a.i./L NOEC > 100 mg a.i./L LC50 Cry34Ab1 > 57 mg a.i./L NOEC Cry34Ab1 > 57 mg a.i./L LC50 Cry35Ab1 > 43 mg a.i./L NOEC Cry35Ab1 > 43 mg a.i./L Eisenia fetida (minhoca) Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas LC50 > 25,4 mg a.i./kg de solo seco NOEC > 25,4 mg a.i./kg de solo seco LC50 Cry34Ab1 > 6,4 mg a.i./kg de solo seco NOEC Cry34Ab1 > 6,4 mg a.i./kg de solo seco LC50 Cry35Ab1 > 19,0 mg a.i./kg de solo seco NOEC Cry35Ab1 > 19,0 mg a.i./kg de solo seco Folsomia candida (Colêmbolo) Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas LC50 > 12,7 mg a.i./kg de dieta NOEC > 12,7 mg a.i./kg de dieta LC50 Cry34Ab1 > 3,2 mg a.i./kg de dieta NOEC Cry34Ab1 > 3,2 mg a.i./kg de dieta LC50 Cry35Ab1 > 9,5 mg a.i./kg de dieta NOEC Cry35Ab1 > 9,5 mg a.i./kg de dieta Gallus domesticus (frango) Ração constituída de 60% de milho, evento DAS-15344 LC50 > 25,1 ng a.i./mg de dieta NOEC > 25,1 ng a.i./mg de dieta LC50 Cry34Ab1 > 23 ng a.i./mg de dieta NOEC Cry34Ab1 > 23 ng a.i./mg de dieta LC50 Cry35Ab1 > 2,1 ng a.i./mg de dieta NOEC Cry35Ab1 > 2,1 ng a.i./mg de dieta Hippodamia convergens (joaninha) Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas LC50 ICP > 280 μg a.i./mL NOEC > 280 μg a.i./mL LC50 Cry34Ab1 > 160 μg a.i./mL NOEC Cry34Ab1 > 160 μg a.i./mL LC50 Cry35Ab1 > 120 μg a.i./mL NOEC Cry35Ab1 > 120 μg a.i./mL Mus musculus (camundongo) Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas LD50 Cry34Ab1> 2700 mg a.i./kg LD50 Cry35Ab1> 1850 mg a.i./kg LD50 Cry34/35Ab1> 2000 mg a.i./kg Nasonia vitripennis (vespa parasita) Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas LC50 > 280 μg a.i./mL NOEC > 280 μg a.i./mL LC50 Cry34Ab1 > 160 μg a.i./mL NOEC Cry34Ab1 > 160 μg a.i./mL LC50 Cry35Ab1 > 120 μg a.i./mL NOEC Cry35Ab1 > 120 μg a.i./mL Nenhum efeito sobre a mortalidade, ganho de peso, eficiência alimentar ou rendimento de carcaça continua na página 6 5 Tabela 2 (continuação) Espécie Método de exposição Resultados Comentários Oncorhynchus mykiss (truta arco-íris) Proteína Cry34Ab1 (54% de pureza) e proteína Cry35Ab1 (37% de pureza) microbianas LC50 > 100 mg a.i./kg de dieta NOEC > 100 mg a.i./kg de dieta LC50 Cry34Ab1 > 25 mg a.i./kg de dieta NOECCry34Ab1 > 25 mg a.i./kg de dieta LC50 Cry35Ab1 > 75 mg a.i./kg de dieta NOEC Cry35Ab1 > 75 mg a.i./kg de dieta Rattus rattus (ratos Sprague Daley) Ensaio subcrônico de 90 dias; ração constituída de 35% de milho, evento DAS-59122-7 Nenhuma diferença adversa relacionada à dieta observada † ICP = Proteína cristalina inseticida Estudos em campo de Cry34Ab1/Cry35Ab1 em organismos não-alvo As autoridades reguladoras têm considerado o impacto potencial da toxina binária em populações naturais de ONA e determinou que efeitos adversos sobre ONA são improváveis por várias razões. Em primeiro lugar, a toxina binária tem uma faixa estreita de atividade pesticida. Em segundo lugar, ensaios laboratoriais de Nível I, empregando uma gama de espécies de invertebrados presentes nos ecossistemas agrícolas do milho, ou espécies representativas destas espécies, têm mostrado que a toxina binária não causa efeitos observáveis significativosnestas espécies. Em terceiro lugar, estudos de Nível I demonstraram também que a toxina binária não tem nenhum efeito observável em espécies aquáticas e de vertebrados representativas. Em quarto lugar, os níveis de toxina binária utilizados nestes ensaios de Nível I eram muito mais elevados do que os medidos nos tecidos de milho GM cultivados no campo. Em quinto lugar, estudos de campo de variedades de milho que produzem a toxina binária não mostram efeitos adversos significativos sobre o besouro estafilinídeo, um artrópode benéfico não-alvo (Balog et al., 2011) e nenhum efeito sobre a lagarta rosca (Agrotis ipsilon) (USDA, 2004). Em sexto lugar, quando comparado ao controle de insetos via a toxina binária, o controle de insetos tradicional que usa pesticidas químicos altera significativamente a diversidade de espécies e prejudica espécies não-alvo. Juntos, esses resultados indicam que é improvável que a toxina binária tenha efeitos adversos sobre as populações naturais de organismos, exceto para os coleópteros pragas de culturas alvo (Balog et al., 2011; CFIA, 2005a; EFSA, 2008; FSANZ, 2005; Health Canada, 2006; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). ESTABELECIMENTO E PERSISTÊNCIA NO MEIO AMBIENTE DE PLANTAS DE MILHO QUE EXPRESSAM CRY34Ab1 E CRY35Ab1 Biologia das espécies de plantas A biologia das espécies de plantas não-GM no meio receptor geralmente é o ponto de partida para avaliações de risco ambiental de plantas geneticamente modificadas (OCDE, 2003, 2007). Informações sobre a biologia da planta não-GM podem ser usadas para avaliar se uma variedade geneticamente modificada da planta pode tornar-se daninha, invasiva, ou de outro modo prejudicial para o meio ambiente. As informações também podem fornecer detalhes sobre as interações significativas entre a planta e os outros organismos que possam ser importantes ao se considerar a 6 probabilidade de riscos. Analisando a biologia da planta hospedeira, um avaliador de riscos consegue identificar os riscos prováveis que podem estar associados à expressão da nova proteína (por exemplo, a Cry34Ab1 ou a Cry35Ab1) e, portanto, consegue avaliar a probabilidade destes riscos serem concretizados. Por exemplo, se a planta é uma espécie anual ou perene, ou se a planta é auto-polinizada ou polinizada pelo vento pode influenciar a avaliação da probabilidade de a planta GM se estabelecer e persistir fora do cultivo (EFSA, 2006; OCDE, 1992, 2003, 2007). Dados fenotípicos Informações sobre o fenótipo de plantas GM que expressam Cry34Ab1 e Cry35Ab1 são coletadas de estudos em laboratórios, estufas, e experimentais de campo e são apresentadas em submissões regulatórias para (1) identificar quaisquer alterações intencionais no fenótipo que possam impactar a segurança ambiental da planta e (2) identificar quaisquer alterações não intencionais na biologia da planta que possam afetar a segurança ambiental. Dados fenotípicos em submissões regulatórias e publicações revisadas por pares concentraram-se nas características da planta que possam contribuir para a sua sobrevivência ou persistência (ou seja, possível capacidade de competir, sobreviver e se espalhar), ou que afetem negativamente o desempenho agrícola (por exemplo, dados de susceptibilidade a doenças e produtividade) (CFIA, 2005a; JBCH, 2006a; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). As observações fenotípicas levam em conta o fenótipo desejado resultante da característica transgênica, neste caso a resistência à predação por insetos mediada por Cry34Ab1 e Cry35Ab1. Alguns dos dados recolhidos são quantitativos (por exemplo, altura da planta ou percentual de germinação de sementes), enquanto outros dados são qualitativos e observacionais (por exemplo, sintomas de susceptibilidade a doenças). Diferenças estatisticamente significativas entre plantas de milho GM que expressam a toxina binária e controles foram observadas, mas estas diferenças não foram consistentes entre os locais de ensaios de campo e ficaram dentro da faixa relatada para variedades não-GM de milho (CFIA, 2005a; JBCH, 2006a; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Coletivamente, os reguladores determinaram que os dados fenotípicos não suportam a hipótese de que a expressão da toxina binária teve algum impacto indesejável sobre a morfologia bruta ou características fenotípicas das plantas de milho, além de conferir resistência a pragas de insetos coleópteros (CFIA, 2005a; JBCH, 2006a; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Capacidade de competir, sobreviver e se espalhar nos ambientes agrícolas O milho não é geralmente considerado uma erva daninha, possuindo poucas das características que aumentam a probabilidade de uma planta de se tornar uma erva daninha, como a dormência das sementes, dispersão das sementes por degrane e competitividade (Baker, 1974; Carpenter et al., 2002; JBCH, 2006a; OCDE, 2003; Raybould et al., 2011; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Não existem dados que indiquem que a expressão da toxina binária resulta em alteração da dormência das sementes, capacidade de hibernação ou outras características que alterariam a prevalência de milho voluntário em épocas de cultivo subsequentes (Carpenter et al., 2002; JBCH, 2006a; OCDE, 2003; Raybould et al., 2011; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Não se espera que plantas de milho voluntárias na época de cultivo seguinte que produzam a toxina binária apresentem qualquer dificuldade de manejo e podem ser tratadas da mesma maneira que plantas voluntárias convencionais de milho. Capacidade de competir, sobreviver e se espalhar em ambientes não-agrícolas Os principais mecanismos pelos quais a toxina binária pode ser introduzida em um ambiente não-agrícola são através do movimento de propágulos fora das áreas cultivadas e através de fluxo gênico da planta GM para uma população naturalizada de parentes sexualmente compatíveis (Lee e Natesan, 2006). As avaliações de risco do milho geneticamente modificado que expressa a toxina binária levaram em consideração os efeitos prováveis associados aos dois tipos de movimento (Carpenter et al., 2002; JBCH, 2006a; OCDE, 2003; Raybould et al., 2011; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Como resultado do cruzamento seletivo extenso, as variedades comerciais de milho são severamente restringidas na sua capacidade para persistir em ambientes não-agrícolas sem intervenção humana, e o milho não é considerado uma erva daninha invasiva ou agressiva fora dos sistemas agrícolas (Carpenter et al., 2002; JBCH, 2006a, 2006b; OCDE, 2003; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Dados agronômicos mostram que a toxina binária não tem um impacto significativo sobre as características associadas com a capacidade de competir, sobreviver e se espalhar (Carpenter et al., 2002; JBCH, 2006a; OCDE, 2003; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Embora a liberação de fatores de controle natural (incluindo insetos herbívoros) tenha sido apresentada como uma explicação parcial para o sucesso de espécies invasoras (Blumenthal, 2005; Keane e Crawley, 2002; Mack, 1996; Mason, Braun, Warwick, Zhu e Stewart, 2004), as decisões reguladoras determinaram ser improvável que a adição de resistência a pragas de coleópteros permitiria que o milho que produz a toxina binária se torne invasivo em ambientes não-agrícolas (Carpenter et al., 2002; JBCH, 2006a, 2006b; OCDE, 2003; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). Movimento de transgenes para parentes sexualmente compatíveis a espécies sexualmente compatíveis, a mobilidade e viabilidade do pólen, e a presença de polinizadores adequados. O milho é predominantemente polinizado pelo vento e não tem parentes sexualmente compatíveis que sejam considerados invasivos (Carpenter et al., 2002; OCDE, 2003). O milho hibridiza livremente com teosintos silvestres, mas acredita-se que a introgressão de genes seja limitada (Baltazar, De Jesús Sánchez-Gonzalez, De la Cruz-Larios e Schoper, 2005; Castillo-Gonzalez e Goodman, 1997; OCDE, 2003). As populações silvestres de teosinto estão limitadas ao México, Guatemala e uma única população na Nicarágua, e enquanto o teosinto é considerado uma grave erva daninha por alguns agricultores no México, é tratado como uma planta de forragem por outros agricultores, sendo considerado uma espécie significativa para a cultura (González e Corral, 1997; Mondragon-Pichardo e Vibrans, 2005). Cruzamentos entre teosinto e milho GM que expressa as proteínas Cry34Ab1 e Cry35Ab1 não devem ocorrer mais frequentemente do que aqueles entre teosinto e variedades de milho tradicionalmente cultivadas (Carpenter et al., 2002; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). ANÁLISE DE COMPOSIÇÃO DE PLANTAS DE MILHO QUE EXPRESSAM CRY34Ab1 E CRY35Ab1 Uma análise da composição é necessária em muitos processos de aprovação regulamentar para plantas GM destinadas a serem usadas em alimentos ou rações. Dados de composição podem ser utilizados para identificar alterações indesejáveis na cultura devido à presença do transgene. A análise tipicamente compara a planta GM com a linha parental não transformada ou uma isolinha intimamente relacionada, e os analitos medidos dependem da cultura e as suas utilizações previstas. A análise pode usar as plantas cultivadas em uma variedade de locais ao longo de mais de um ano, porque as condições ambientais locais podem afetar a composição nutricional mesmo em variedades cultivadas tradicionais. O objetivo da análise é confirmar que os valores obtidos para a planta GM estão dentro da faixa observada em variedades tradicionais cultivadas sob condições comparáveis. Sementes de milho GM que expressam Cry34Ab1 e Cry35Ab1 passaram por análise centesimal para determinar os níveis de proteína bruta, gordura bruta, fibra, umidade e cinzas. Além disso, os níveis de minerais, ácidos graxos e aminoácidos específicos foram determinados. Algumas plantas cultivadas produzem toxinas ou compostos anti-nutritivos, e os níveis destes compostos também são medidos para determinar se a presença dos transgenes, inadvertidamente, resultou na produção elevada destas substâncias. O milho é conhecido por produzir os compostos anti-nutritivos ácido fítico, rafinose e inibidor de tripsina (OCDE, 2002), e os níveis destas substâncias foram determinados. Dados de fontes publicamente disponíveis estão resumidos no Anexo II. Todas as diferenças verificadas entre as variedades de milho GM analisadas e as variedades de comparação estavam dentro da faixa normal de variação, e essas diferenças foram consideradas irrelevantes para a segurança ambiental (CFIA, 2005a; EFSA, 2008, 2009b; Health Canada, 2006; USDA, 2004, 2005; USEPA, 2005a, 2010). O movimento de transgenes de uma planta GM para os seus parentes silvestres é mediado por pólen e a produção de híbridos de reprodução viável depende de diversos fatores: se o doador de pólen é autopolinizado, a proximidade física e temporal das plantas GM em relação 7 CONCLUSÃO As proteínas Cry34Ab1 e Cry35Ab1 produzidas por plantas GM resistentes a insetos são derivadas da bactéria do solo comum Bacillus thuringiensis e são especificamente tóxicas para coleópteros. Ensaios de toxicidade com uma gama de organismos não-alvo representativos produziram valores de NOEC em concentrações significativamente mais elevadas do que as concentrações ambientais esperadas de Cry34Ab1 ou Cry35Ab1. Os dados de campo sugerem que o cultivo de plantas de milho GM que expressam a toxina binária não afeta a abundância de artrópodes não-alvo. A toxina binária em plantas pode ser tóxica para coleópteros não-alvo, mas avaliações de risco regulamentares para produtos aprovados concluíram que o risco é baixo devido à ausência de exposição à toxina no meio ambiente, em especial quando comparado com outras práticas de controle de insetos. O peso da evidência de análises de dados fenotípicos e de composição demonstra que a expressão de Cry34Ab1 e Cry35Ab1 nas variedades de milho aprovadas não altera a fisiologia bruta das plantas cultivadas e indica que estas plantas não são mais propensas a se tornar daninhas ou invasivas do que as variedades de milho convencionais. 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Sempre que possível, os dados e as estatísticas que acompanham são apresentados como apareceram no documento citado para facilitar a referência cruzada. Informações adicionais sobre as metodologias de coleta e amostragem podem ser encontradas nas fontes citadas. Média mínima ng/mg de peso seco de tecido Média máxima ng/mg de peso seco de tecido Cry34Ab1 29,2 (caule híbrido pulverizado*) 232 (folha híbrida pulverizada) Cry35Ab1 0,01 (pólen híbrido pulverizado) 85,3 (folha híbrida não pulverizada) * Tratamentos "pulverizados" receberam duas aplicações sequenciais de herbicida glufosinato de amônio. Tabela I.2. Níveis de expressão em grãos (ng/mg de peso seco de tecido) (EFSA, 2008, 2009a, 2009b) 59122 x NK6031 Média Faixa 59122 x 15072 Média 59122 x 1507 x NK603 Faixa Média 59122 Faixa Média Faixa Cry34Ab1 52 34 – 76 52 28 – 88 48 23 – 70 41 30 – 51 Cry35Ab1 2,8 2,1 – 3,7 2,3 1,7 – 3,1 2,1 1,4 – 2,9 2,2 1,3 – 3,2 1 Linha parental NK603 conferiu tolerância ao glifosato (CP4 EPSPS). 2 Linha parental 1507 conferiu tolerância ao glufosinato e resistência a insetos (PAT e Cry1F). Tabela I.3. Resumo dos níveis de expressão da proteína Cry34Ab1 em grãos de milho DAS-59122-7 colhidos na maturidade Média (ng/mg de peso seco) Desvio padrão Faixa (ng/mg de peso seco)1 Número de amostras2 0 0 0-0 6/6 Híbrido GM não pulverizado 49,7 16,2 28,9-84,8 30/0 Híbrido GM pulverizado 61,1 19,4 30,9-117 30/0 Endogâmico GM 51,7 11,5 38,6-78,3 15/0 Controle não GM 1 O limite de quantificação (LOQ) para Cry34Ab1 de grãos foi de 0,072 ng/mg de peso seco. 2 Número de amostras = número de amostras analisadas/número de amostras abaixo do limite de quantificação. Tabela I.4. Resumo dos níveis de expressão da proteína Cry35Ab1 em grãos de milho DAS-59122-7 colhidos na maturidade Média (ng/mg de peso seco) Desvio padrão Faixa (ng/mg de peso seco)1 Número de amostras2 0 0 0-0 6/6 Híbrido GM não pulverizado 0,99 0,33 0,48-1,58 30/0 Híbrido GM pulverizado 0,92 0,30 0,50-1,61 30/0 Endogâmico GM 1,10 0,54 0-1,83 15/2 Controle não GM 1 O limite de quantificação (LOQ) para Cry34Ab1 de grãos foi de 0,072 ng/mg de peso seco. 2 Número de amostras = número de amostras analisadas/número de amostras abaixo do limite de quantificação. Tabela I.5. Níveis de expressão médios de Cry34Ab1 e Cry35Ab1 em tecidos de uma linhagem de milho híbrido contendo o evento DAS-59122-7 (USEPA, 2005a, 2010) Tecido Cry34Ab1 (ng/mg de peso seco de tecido ± desvio padrão)* Cry35Ab1 (ng/mg de peso seco de tecido ± desvio padrão)* Folha 50±8 - 220±38 41±7 - 85±19 Raiz 37±9 - 50±20 3±2 - 8±8 Planta inteira 32±16 - 77±10 7±2 - 14±2 Pólen 74±7 0,02±0,04 Caule 33±4 10±2 Forragem 53±10 12±3 Grão 50±16 1±0,3 * As faixas refletem a gama de médias em diferentes estágios de crescimento. 11 Tabela I.6. Resumo dos níveis de expressão da proteína Cry34Ab1 medidos em tecidos coletados do híbrido de milho 59122 (evento DAS-59122-7) (USDA, 2004) Estágio de crescimento V93 R14 R45 Maturidade6 R6 7 Média de Cry34Ab1 (ng/ mg de peso seco de tecido) Desvio padrão Faixa de Cry34Ab1 (ng/mg de peso seco de tecido)1 Número de amostras2 Folha 49,5 Raiz 38,8 7,79 37,0 - 81,4 30 8,28 24,6 - 56,3 Planta inteira 18 31,5 15,5 8,67 - 51,9 6 Folha 80,6 12,4 59,1 - 103 30 Tecido Pólen 74,4 6,57 62,9 - 87,2 30 Caule 32,9 4,14 25 - 40,6 30 Raiz 36,8 8,54 23,3 - 52,1 30 Planta inteira 45,4 13,5 35 - 71,9 6 Folha 220 37,5 143 - 302 18 Raiz 49,1 9,23 33,3 - 67,3 18 Forragem 53,1 19,1 30,5 - 82,6 6 Grão 49,7 16,2 28,9 -- 84,8 30 Folha 163 83,6 4,26 - 296 18 Raiz 49,7 19,6 25,7 - 102 18 Planta inteira 76,5 10,3 60,5 - 88 6 1 Limite de quantificação (LOQ) das amostras para Cry34Ab1: 0,18 ng/mg de peso seco para folha; 0,26 ng/mg de peso seco para pólen; 0,12 ng/mg de peso seco para caule; 0,99 ng/mg de peso seco para raiz; e 0,072 ng/mg de peso seco para grãos e tecidos vegetais inteiros. 2 Todas as amostras medidas estavam acima do LOQ 3 Estágio de crescimento em que o colar da quarta folha se torna visível. 4 Estágio de crescimento em que os cabelos se tornam visíveis. 5 Estágio de crescimento em que o material dentro do grão produz uma consistência pastosa. Este estágio pode ocorrer tão cedo quanto 24 dias após a polinização. 6 Maturidade típica de colheita para grãos. 7 Maturidade, a maturidade típica de colheita para grãos. Tabela I.7. Resumo dos níveis de expressão da proteína Cry35Ab1 medidos em tecidos coletados do híbrido de milho 59122 (evento DAS-59122-7) (USDA, 2004) Estágio de crescimento V9 3 R14 R45 Maturidade 6 R67 Tecido Média de Cry34Ab1 (ng/ mg de peso seco de tecido) Desvio padrão Faixa de Cry34Ab1 (ng/mg de peso seco de tecido)1 Número de amostras2 Folha 40,7 7,29 29,7 – 55,1 30 18 Raiz 8,06 2,98 4,08 – 15,4 Planta inteira 7,36 2,19 4,13 – 10,1 6 Folha 52,2 12,9 29,2 – 80,8 30 Pólen 0,02 0,04 0 – 0,15 30 Caule 10,0 2,26 5,64 – 14,2 30 30 Raiz 5,08 1,57 2,49 – 8,85 Planta inteira 12,3 3,54 9,02 – 18,1 6 Folha 85,3 18,9 61,1 – 126 18 Raiz 3,50 0,85 1,74 – 5,76 18 Forragem 12,4 2,77 8,44 – 16,4 6 Grão 0,99 0,33 0,48 – 1,58 30 Folha 54,4 22,2 1,41 – 77,3 18 Raiz 3,10 2,43 0,72 – 10,6 18 Planta inteira 13,9 1,91 10,7 – 16,4 6 1 Limite de quantificação (LOQ) das amostras para Cry34Ab1: 0,18 ng/mg de peso seco para folha; 0,26 ng/mg de peso seco para pólen; 0,12 ng/mg de peso seco para caule; 0,99 ng/mg de peso seco para raiz; e 0,072 ng/mg de peso seco para grãos e tecidos vegetais inteiros. 2 Todas as amostras medidas estavam acima do LOQ 3 Estágio de crescimento em que o colar da quarta folha se torna visível. 4 Estágio de crescimento em que os cabelos se tornam visíveis. 5 Estágio de crescimento em que o material dentro do grão produz uma consistência pastosa. Este estágio pode ocorrer tão cedo quanto 24 dias após a polinização. 6 Maturidade típica de colheita para grãos. 7 Maturidade, a maturidade típica de colheita para grãos. 12 Tabela I.8. Estimativas de exposição elevada (HEEE)1 para a expressão das proteínas Cry34/35Ab1. As HEEE baseiam-se nos valores de expressão obtidos de plantas de milho não pulverizadas com glufosinato de amônio e de plantas pulverizadas com glufosinato de amônio. (USDA, 2004) Cry34Ab1 Tecido (fase de crescimento) Média Soma de Cry34 e Cry35 Cry35Ab1 Desv. pad. HEEEa N Média Desv. pad. HEEE N HEEE Folha (V9) 45,93 7,56 47,19 60 36,27 9,07 37,79 60 84,98 Planta inteira (V9) 39,41 22,76 48,31 12 7,75 1,92 8,50 12 56,81 Raiz (V9) 38,48 8,72 40,37 36 8,05 2,80 8,65 36 49,02 Pólen (R1) 74,27 6,09 75,29 60 0,02 0,03 0,03 60 75,32 Caule (R1) 31,03 4,62 31,81 60 8,64 2,54 9,06 60 40,87 Raiz (R1) 40,58 10,43 42,32 60 5,24 1,58 5,50 60 47,83 Folha (R1) 76,24 1,257 78,34 60 54,51 14,30 56,91 60 135,25 Planta inteira (R1) 46,48 14,23 52,05 12 12,66 4,27 14,34 12 66,38 Forragem (R4) 46,58 24,23 56,06 12 13,25 2,89 14,38 12 70,44 Raiz (R4) 57,98 22,00 62,75 36 3,70 1,02 3,93 36 66,68 Folha (R4) 226,44 39,52 235,03 36 83,01 18,39 87,00 36 322,03 Grão (R6, colheita) 55,39 18,3 58,51 60 0,95 0,31 1,01 60 59,52 Planta inteira, incluindo o grão (R6, senescência) 86,30 18,01 93,35 12 15,38 2,93 16,52 12 109,87 Planta inteira, excluindo o grão (R6, senescência) 109,032 132,533 Raiz (R6, senescência) 54,04 20,83 58,56 36 3,33 2,18 3,80 36 62,37 Folha (R6, senescência) 149,52 81,93 167,31 36 53,20 23,26 58,25 36 225,57 Estimativa de exposição elevada = Média + (t0,1 cauda superior, n-1 x desvio padrão)/n1/2. 2 g de ps/A de grãos = ((235 bu/A – 235 bu/A x (1-0,85 de peso seco)) x 56 lb/bu) x 1 g/0,002205 lb = 5073016. g de ps/A de fração volumosa = g de ps/A de grãos x 1/0,45 = 11273369. Proteína em fração volumosa, μg/g de peso seco = (proteína na planta inteira, incluindo os grãos (R6, senescência) x soma de g ps/A de grãos + fração volumosa. Proteína nos grãos (R6, colheita) x g ps/A dos grãos) x 1/g ps/A da fração volumosa = (93,35 x 16346384 – 58,51 x 5073016) x 1/11273369 = 109,03. 3 (109,87 x 16346384 – 59,52 x 5073016) x 1/11273369 = 132,53. Tabela I.9. Média das proteínas Cry34Ab1 e Cry35Ab1 produzidas no milho DAS-59122-7 (CFIA, 2005b) Folha, todas as fases de crescimento Raiz, todas as fases de crescimento Cry34Ab1 54,9-266,41 Cry35Ab1 23,3-97,1 Caule Grão Pólen Forragem 35,4-43,7 49 36,4 64,7 97,7 5,3-15,5 19,3 2,0 0,06 28,1 1 Todos os valores expressos em nanogramas de proteína por miligrama de peso seco de tecido. 13 ANEXO II: RESUMO DAS ANÁLISES DE COMPOSIÇÃO DE MILHO GM QUE EXPRESSA CRY34Ab1 E CRY35Ab1 Tabela II.1. Resumo da análise elementar e de fibra em grãos de milho DAS-59122-7 (em 6 locais) (FSANZ, 2005) Analito1 Faixa de Literatura Médias2 DAS-59122-7 não pulverizado DAS-59122-7 pulverizado Controle Proteína bruta 6-16,1 10,0* 10,3* 9,61 Gordura bruta 1,2-18,8 4,69 4,62 4,49 2,3 1,6-5,5 2,3 2,2 Fibra em detergente ácido 1,82-11,3 3,5 3,6 3,5 Fibra em detergente neutro 3,0-22,6 10,8 11,2* 10,3 Cinza 0,62-6,28 1,55* 1,6* 1,42 Carboidratos3 63,3-89,8 83,8 83,5* 84,5 Fibra bruta 1 Porcentagem de peso seco 2 Médias de quadrados mínimos 3 Carboidrato=100% - % de proteína -% de gordura -% de cinza * Diferença estatisticamente significativa entre os grãos do DAS-59122-7 e os grãos do controle (P<0,05) Tabela II.2. Resumo da análise elementar e de fibra de DAS-59122-7 e forragem de controle (em 6 locais) (FSANZ, 2005) Analito1 Faixa de Literatura Médias2 DAS-59122-7 Controle Erro padrão Proteína bruta 3,14 - 15,9 6,45 6,27 0,097 Gordura bruta 0,37 - 6,7 2,73 2,68 0,068 19 - 42 24,0 23,7 0,237 Fibra em detergente ácido 16,1 - 41,0 31,7 31,1 0,363 Fibra em detergente neutro 20,3 - 63,7 49,4 49,4 0,388 Cinza 1,3 - 10,5 5,60* 5,13 0,103 Carboidratos3 66,9 - 94,5 85,2* 85,9 0,210 Fibra bruta 1 Porcentagem de peso seco 2 Médias de quadrados mínimos 3 Carboidrato=100% - % de proteína -% de gordura -% de cinza * Diferença estatisticamente significativa entre os grãos do DAS-59122-7 e os grãos do controle (P<0,05) Tabela II.3. Resumo da análise mineral de milho DAS-59122-7 (em 6 locais) (FSANZ, 2005) Analito1 Faixa de Literatura Médias2 DAS-59122-7 não pulverizado DAS-59122-7 pulverizado Controle Cálcio 0,002-0,1 0,00278* 0,00286* 0,00227 Fósforo 0,21-0,75 0,299 0,308* 0,266 Cobre 0,000085-0,001 0,000112 0,000104 0,000118 Ferro 0,0001-0,01 0,00199 0,00225 0,00194 Magnésio 0,08-1,0 0,117 0,123 0,108 Manganês 0,000577 0,00007-0,0054 0,000648 0,000686* Potássio 0,28-0,72 0,352 0,362 0,332 Sódio 0,0-0,15 0,000427 0,000367 0,000378 Zinco 0,00065-0,0037 0,00183 0,00179 0,00163 1 Porcentagem de peso seco 2 Médias de quadrados mínimos * Diferença estatisticamente significativa entre os grãos do DAS-59122-7 e os grãos do controle (P<0,05) 14 Tabela II.4. Resumo da análise dos ácidos graxos de grãos de milho DAS-59122-7 (em 6 locais) (FSANZ, 2005) Analito1 Faixa de Literatura Médias2 DAS-59122-7 não pulverizado DAS-59122-7 pulverizado Controle Ácido palmítico 6,51-19 11,5* 11,7 12,1 Ácido esteárico 0-4,17 1,39* 1,40* 1,57 Ácido oleico 18,6-46 22,8 23,1 23,3 Ácido linoléico 34-70 63,0* 62,4 61,7 Ácido linolénico 0-2,0 1,14 1,15* 1,07 1 Porcentagem de peso seco 2 Médias de quadrados mínimos * Diferença estatisticamente significativa entre os grãos do DAS-59122-7 e os grãos do controle (P<0,05) Tabela II.5. Resumo da análise dos aminoácidos em grãos de milho DAS-59122-7 (em 6 locais) (FSANZ, 2005) Analito1 Faixa de Literatura Médias2 DAS-59122-7 não pulverizado DAS-59122-7 pulverizado Controle Metionina 0,1-0,46 0,20 0,19 0,19 Cisteina 0,08-0,32 0,23 0,22 0,22 Lisina 0,05-0,55 0,28 0,29 0,28 Triptofano 0,04-0,13 0,06* 0,06 0,06 Treonina 0,21-0,58 0,38 0,41* 0,37 Isoleucina 0,19-0,071 0,34* 0,35* 0,33 Histidina 0,15-0,40 0,26* 0,28* 0,25 Valina 0,21-0,85 0,46* 0,48* 0,45 Leucina 0,43-2,41 1,33* 1,38* 1,28 Arginina 0,22-0,64 0,29* 0,30* 0,28 Fenilalanina 0,04-0,83 0,56* 0,59* 0,54 Glicina 0,24-0,50 0,35 0,36* 0,33 Alanina 0,37-1,20 0,82 0,83* 0,80 Ácido aspártico 0,37-0,95 0,69 0,70* 0,66 Ácido glutâmico 0,89-3,04 2,03 2,08* 1,97 Prolina 0,43-1,46 0,96* 0,98* 0,91 Serina 0,24-0,91 0,51 0,54* 0,50 Tirosina 0,11-0,79 0,24* 0,26* 0,21 1 Porcentagem de peso seco 2 Médias de quadrados mínimos * Diferença estatisticamente significativa entre os grãos do DAS-59122-7 e os grãos do controle (P<0,05) Tabela II.6. Resumo da análise das vitaminas de grãos de milho DAS-59122-7 (em 6 locais) (FSANZ, 2005) Analito1 Faixa de Literatura Médias2 DAS-59122-7 não pulverizado DAS-59122-7 pulverizado Controle Beta-caroteno 1,0, 2,5 7,62 7,74 6,87 Vitamina B1 1,0-8,6 5,45 5,93 5,77 Vitamina B2 0,25-16,5 N/D4 ND ND Ácido fólico 0,147-1,209 0,593* 0,603 0,634 Vitamina E5 1,5-6,87 6,59* 6,60* 5,65 3 1 Porcentagem de peso seco 2 Médias de quadrados mínimos 3 Apenas 2 valores de referência estavam disponíveis 4 ND = Não detectada 5 Medida como α-tocoferol * Diferença estatisticamente significativa entre os grãos do DAS-59122-7 e os grãos do controle (P<0,05) 15 Tabela II.7. Resumo de metabólitos secundários e antinutrientes de grãos de milho DAS-59122-7 (em 6 locais) (FSANZ, 2005) Analito1 Faixa de Literatura Médias2 DAS-59122-7 não pulverizado DAS-59122-7 pulverizado Controle Metabólitos secundários Inositol NR3 0,022 0,022 0,021 Rafinose 0,08-0,31 0,13 0,13 0,12 Furfural NR N/D4 ND ND 0,003-0,058 0,014 0,014 0,015 0,02-0,37 0,177 0,176 0,182 Ácido fítico 0,29-1,29 0,877 0,798 0,798 Inibidor de tripsina (TIU/g) 1,1-7,18 2,82 2,84 2,84 P-Ácido cumárico Ácido ferúlico Antinutrientes 1 Porcentagem de peso seco 2 Médias de quadrados mínimos 3 NR = Não reportado 4 ND = Não detectado 16