Nome Popular: Leão Marinho

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Universidade Mackenzie - F.C.E.E. - Curso: Biologia
Zoologia IV
Aula prática na Fundação Parque Zoológico de São Paulo
I ) Introdução
A zoologia, uma das ciências biológicas, trata dos animais e dos muitos
diferentes aspectos da vida animal. Um zoológico é uma coleção de animais,
porém uma visita a um zoológico, embora interessante, pode apenas começar a
sugerir a enorme variedade de animais que hoje vive na Terra. Cada um desses
animais adaptou-se, através de um longo processo de evolução, ao conjunto
particular de circunstâncias ambientais no qual ele melhor sobrevive. Além dos
que vivem atualmente, um grande número de outras espécies de animais viveu
em épocas passadas, estando hoje, porém, extintos.
A zoologia moderna diz respeito a muito mais do que simplesmente
reconhecer e classificar as muitas espécies de animais. Ela inclui estudos sobre a
estrutura, a função e o desenvolvimento embrionário de cada parte do corpo
animal, da nutrição, saúde, e comportamento dos animais, de sua hereditariedade
e evolução de suas relações com o meio físico e com as plantas e outros animais
de uma determinada região.
A zoologia é básica de muitas maneiras nos campos da medicina humana e
veterinária e na saúde pública, na agricultura, na conservação do ambiente e em
algumas das ciências sociais. Existem valores estéticos na zoologia, já que o
conhecimento da estrutura e das funções dos tipos mais importantes de animais
aumentarão grandemente o prazer de um passeio nos bosques ou de uma
excursão ao longo da praia. Visitas a zoológicos, aquários e museus também são
gratificantes pela visão deslumbrante que dão dos grupos de diferentes tipos de
animais.
A vida animal surgiu em nosso planeta há mais de 2 bilhões de anos, no
período Pré - Cambriano. Os primeiros animais eram pequenos invertebrados,
com estruturas anatômicas simples. A maioria permaneceu pequena e simples.
Muito diversificados, alguns animais ficaram maiores, passando de microscópicos
para macroscópicos. Ao aumentar de tamanho, passaram a ter estruturas de
sustentação. Uma linha desta evolução deu origem aos chamados cordados,
aqueles que possuem notocorda, que é um elemento de sustentação do corpo.
Todo animal que possui notocorda durante a vida inteira ou alguma fase da vida é
classificado no Filo Chordata.
Essa evolução aconteceu dentro da água, dando origem aos peixes. Os
peixes precisavam da coluna vertebral para sustentação do corpo, e
desenvolveram as nadadeiras para locomoção.
Alguns vertebrados evoluíram no sentido de viveram fora da água, mas até
hoje retornam a ela para reprodução: trata-se dos anfíbios, zoologicamente
pertencentes à classe Amphibia. Desenvolveram as nadadeiras para patas
locomotoras e, em conseqüência disso, a coluna tornou-se um elemento de
sustentação mais eficiente. As brânquias foram substituídas por pulmões. O
tegumento passou a proteger o animal no novo ambiente, impedindo-o de perder
muita água. Necessitam viver perto da água, e atualmente são representados por
sapos, rãs, salamandras, etc. Foram os anfíbios que deram origem aos répteis.
Os répteis são mais independentes da água que os anfíbios. Reproduzemse em terra firme, põem ovos e, na maioria dos casos, nascem fora da água.
Pertencem à classe Reptilia. Hoje são representados por cobras, lagartos e
jacarés, etc. São os primeiros vertebrados terrestres e tiveram um ambiente
totalmente novo a sua disposição.
Os répteis deram origem às aves e aos mamíferos. Inicialmente, os
mamíferos eram um grupo de pequena importância. Evoluíram muito lentamente,
mas com o declínios dos répteis começaram a predominar.
De todos os animais, as aves são as mais bem conhecidas e as mais
facilmente reconhecidas porque são comuns, ativas durante o dia e facilmente
vistas .A principal característica das aves, exclusiva do grupo, é a presença de
penas. Além de fundamentais para o vôo, as penas garantem o isolamento
térmico e proteção contra ressecamento. A capacidade de vôo possibilita às aves
ocuparem alguns habitats negados a outros animais.
Integram a classe dos mamíferos todos os animais que , mamam em alguma
fase da vida, geralmente depois do nascimento. Têm o corpo coberto de pêlos; a
pele com diversas glândulas, o crânio com dois côndilos occipitais. Possuem
maxilares, geralmente com dentes alojados em alvéolos. Apresentam quatro
patas locomotoras, com as mais variadas adaptações - andar, trepar, voar, nadar,
etc. O coração tem quatro cavidades e arco aórtico para o lado esquerdo. Tem
diafragma entre o tórax e o abdome, aumentando a capacidade respiratória dos
pulmões, geralmente em número de dois, grandes e elásticos. São homeotermos,
ou seja, mantêm constante a temperatura interna do corpo.
II ) Objetivo do trabalho
Os principais objetivos desta aula prática realizada na Fundação Parque
Zoológico de São Paulo foram:
1. Estudar os padrões morfológicos de espécimes de répteis atuais,
representantes da fauna brasileira e exótica.
2. Relacionar os padrões morfológicos reconhecidos aos diferentes modos de
vida dos animais ( regiões zoogeográficas, hábitat, alimentação, formas de
locomoção, etc.)
3. Testar técnicas de amostragem para dados comportamentais.
4. Coletar dados para elaboração de um relatório de campo.
III ) Caracterização do local de estudo
O Zoológico de São Paulo ocupa uma área de 824.529 m2 de Mata Atlântica
original. Dentro do parque há a nascente do Riacho do Ypiranga, que forma um
lago que acolhe aves de várias espécies exóticas, além de aves migratórias.
Tanto o lago quanto a mata, abrigam animais nativos de vida livre, formando uma
fauna paralela.
Destacando-se como um dos mais interessantes e instrutivos pontos
turísticos de São Paulo, o zoológico oferece ao público a oportunidade de
conhecer animais da fauna brasileira e de outras partes do mundo.
O Parque Zoológico abriga quase 3.000 animais, representando 90
espécies de répteis, 105 espécies de mamíferos e 212 espécies de aves.
Figura
Entrada do Parque Zoológico de São Paulo
Desde sua fundação, em 1958, o Zoológico de São Paulo já foi visitado
por cerca de 65 milhões de visitantes. Atualmente é dirigido pelo Professor Doutor
André Luiz Paranhos Perondini.
Uma das missões do zoológico é disseminar conhecimentos na área de
zoologia, através não só da observação, mas também de cursos, palestras,
simpósios e encontros científicos sobre temas de interesse, e são realizados no
próprio auditório do Zoológico.
Ela ainda mantém uma biblioteca com cerce de 4200 volumes, abertos para
pesquisa ao público em geral, prestando atendimento principalmente para
estudantes e técnicos.
Figura
Auditório
Biblioteca
IV ) Metodologia do estudo
4.1 ) Método de campo
O fator fundamental de revelação dos fatos da ciência é a observação. A
observação foi realizada minuciosamente, livre de tendências e de maneira
quantitativa e qualitativa na medida do possível.
Durante a permanência no zoológico, foram registradas os maiores números
possíveis de observações, informações e acontecimentos sucedidos .
As visitas à Fundação Parque Zoológico de São Paulo foram realizadas pelo
grupo em dois dias, respectivamente os sábados dos dias 17 e 24 de abril de
1999.
4.2 ) Método de análise
As anotações realizadas durante a visita ao Parque Zoológico de São Paulo
foram analisadas e organizadas de acordo com a literatura científica.
V) Resultados
5.1 ) Tabela de espécies analisadas
Durante o trabalho de observação no Zoológico, foram identificadas as
placas de informação de diversas espécies de aves, répteis e mamíferos,
representantes de cada uma das seis regiões zoogeográficas do mundo.
Os dados obtidos através desta observação podem ser examinados nos
quadros abaixo.
Região Neártica
Nome Popular
Urso Pardo
Leão da Montanha
Cervo Nobre
Tartaruga
Nome da espécie
Ursus arctos
Felis condor
Cervo elaphus
Pseudemys seripta
elegans
Classe a que pertence
Mammalia
Mammalia
Ave
Reptilia
Cobra Real da Flórida
Lampropeltis getulis
floridana
Reptilia
Região Neotropical
Nome Popular
Macaco aranha de cara
vermelha
Lobo guará
Cágado listrado
Marreca
Jibóia
Nome da espécie
Ateles paniscus paniscus
Classe a que pertence
Mammalia
Chrysocyon brachyurus
Chysocyon brachyurus
Anas flavirostris
Boa constrictora
Mammalia
Mammalia
Ave
Reptilia
Região Paleártica
Nome Popular
Lobo
Cervo Nobre
Leopardo Negro
Nome da espécie
Canis lupus
Cervus elaphus
Panthera pardus melos
Classe a que pertence
Mammalia
Mammalia
Mammalia
Gibão
Pavão Azul
Hylobates lar
Pavo cristatus
Mammalia
Ave
Região Etiópica
Nome Popular
Nome da espécie
Classe a que pertence
Rinoceronte branco
Ceratotherium simun
simun
Giraffa camelo pardalis
Panthera leo
Trigonoceps
Geochelone pardalis
Mammalia
Girafa
Leão
Abutre de cabeça branca
Jabuti Leopardo
Mammalia
Mammalia
Ave
Reptilia
Região Oriental
Nome Popular
Orangotango
Elefante Asiático
Cacatua das Moluscas
Lagartixa Leopardo
Piton Burmesa
Gavial da Malásia
Nome da espécie
Pongo pygmacus
Elephas maximus
Cacatua molluccencis
Eublepharis macularius
Pyton molurus bivittatus
Tomistoma schlegelii
Classe a que pertence
Mammalia
Mammalia
Ave
Reptilia
Reptilia
Reptilia
Região Australiana
Nome Popular
Canguru
Emu
Ganso Australiano
Cisne Preto
Lagarto Gigante da Língua Azul
Nome da espécie
Thylogate thetis
Dromaius novae
hollandiae
Coreopsis novae
hollandiae
Cynus atratus
Tiliqua migrolutea
Classe a que pertence
Mammalia
Mammalia
Ave
Ave
Reptilia
5.2 ) Regiões zoogeográficas
A evolução no ambiente terrestre favorece o desenvolvimento de diversos
organismos, tanto animais quanto vegetais. Os mais complexos e especializados,
notadamente as plantas superiores, os insetos e os vertebrados de sangue
quente, são presentemente os dominantes na Terra. Porém, embora apresentem
uma distribuição global, cada área continental tende a possuir a sua flora e faunas
próprias.
Alfred Russel Wallace, colaborados de Darwin nos primeiros trabalhos sobre
seleção natural, estabeleceu um dos primeiros sistemas de regiões
biogeográficas, como as que estão indicadas no próximo item do trabalho.
As seis regiões identificadas são:
a. Neártica ( Neoártica ): América do Norte, menos extremidade sul.
b. Paleártica: Europa, norte da Ásia e África ao norte do Saara.
c. Oriental: Índia, Malásia, Filipinas e regiões próximas.
d. Australiana: Austrália e Nova Guiné.
e. Neotropical: América do Sul e América Central.
f. Etiópica: África ao sul do Saara.
Essas regiões são separadas por barreiras que impedem a dispersão dos
animais, como por exemplo, barreiras oceânicas, cordilheiras, clima, etc. É
importante lembrar que a descontinuidade do meio terrestre faz com que as
comunidades semelhantes sejam dotadas de espécies diferentes.
Organismos que ocupam o mesmo nicho ecológico em comunidades
semelhantes de regiões biogeográficas são conhecidos por equivalentes
ecológicos. Por exemplo: os cangurus da Austrália são ecologicamente
equivalentes aos bisões e aos antílopes da América do Norte.
Segue-se no próximo item a análise das regiões biogeográficas e seus
principais representantes.
1. Caracterização climatológica e ambiental de cada região
zoogeográfica
Região Australiana: Pertencem a esta região a Austrália, Tasmânia, Nova
Guiné, Nova Zelândia e Ilhas Oceânicas do Pacífico. A Região Australiana
apresenta animais típicos: cangurus, ornitorrincos, equidnas, coalas, lobos-datasmânia, emus, pássaros diversos, esquilos, papagaios, etc. A flora é
representada por eucaliptos, cactos, palmeiras, etc. A sua floresta temperada
possui quatro estações bem definidas. No inverno frio e úmido, há muita neve,
que se funde rapidamente e raramente cobre o solo durante toda estação. Os
desertos compreendem as zonas de alta pressão atmosférica. Muitos delas
apresentam menos de 10 cm3 anuais de chuva. A temperatura é elevada e
provoca alta velocidade de evaporação na escassa vegetação existente. O pouco
vapor d'água da atmosfera deixa o ar seco e o calor que surge rapidamente nos
dias sem nuvens é também rapidamente perdido à noite.
Região Oriental: Aqui encontramos uma das mais elevadas montanhas do
mundo, assim como florestas pluviais densas e alguns desertos. Compreende a
Ásia ao sul do Himalaia: Índia, Ceilão, Península Malaia, Sumatra, Bornéu, Java,
Célebes e as Filipinas. Localizada numa região de floresta tropical pluvial, este
bioma apresenta um clima bastante uniforme. O fornecimento de energia radiante
é grande e praticamente constante durante o ano. As temperaturas são altas e
constantes. As chuvas abundantes e quase diárias admitem umidade elevada.
Sua fauna compreende tarsius, macacas, gibões, orangotangos, tigres,
mangustos, elefantes, rinocerontes indianos, galos silvestres, pavões, tapires e
cobras. A flora é representada por arroz, bananas, tâmaras, laranjas, limões,
pêssegos, mangas, melões, etc.
Região Etiópica: Compreende a África, incluindo o deserto do Saara,
Madagascar e ilhas adjacentes. Sua fauna compreende gorilas, chimpanzés,
elefantes, rinocerontes e leões africanos, hipopótamos, zebras, girafas, muitos
antílopes, avestruzes, galinhas da angola, ave - secretária, babuínos, crocodilos
e lêmures em Madagascar. A vegetação é constituída de Mogno africano, ébano,
pau - rosa, várias leguminosas, etc. A região de floresta temperada pluvial da
região Etiópica é semelhante a da Região Oriental, admitindo ainda área de
desertos na África no Norte e sul do continente.
Região Neotropical: Compreende a América do Sul e Central, terras baixas
do México e Antilhas, Sua fauna compreende lhamas, alpacas, porcos - do mato, preguiças, tatus, capivaras, tamanduás, gambás, onças, macacos, antas,
pumas, galos da serra, condores, preás, morcegos hematófagos, emas, tucanos,
mutuns e jacus e a maioria dos beija - flores. A região Neotropical abriga mais de
1/6 de todas as espécies conhecidas de aves, mas sua fauna inclui também
outras espécies. Entre os vegetais encontram-se cactos, orquídeas, agave,
cajueiros, mandioca, coca, cacau, seringueiras, batata, tomate, milho, etc.
A região Neotropical admite a bacia Amazônica, com representações na
costa do Brasil, América Central, México e Antilhas. Apresenta um clima bastante
uniforme, assim como em algumas áreas da região Oriental, com fornecimento de
energia radiante grande e praticamente constante durante o ano. As temperaturas
são altas e constantes. As chuvas abundantes e quase diárias admitem umidade
elevada.
Região Neártica: Compreende a América do Norte, do Planalto Mexicano
às ilhas árticas e Groenlândia. Sua fauna compreende as cabras montesas,
antilocabras, caribus, camundongos, alces, lobos, cobras, bisões, pássaros em
geral e ratos almiscarados. A vegetação predominante consta de olmos,
carvalhos, bétulas, abetos, azaléas, bordos, faias, trigo, cevada, aveia, etc. Com
relação ao clima, podemos dizer que recebe pouca energia radiante do sol
praticamente o ano todo. O solo produz uma camada de gelo de menos de um
metro. O inverno é longo e muito frio, e o verão é curto, de apenas dois ou três
meses.
Esta área compreende os biomas de floresta temperada, campos, taigas e
tundras. Nas regiões de floresta temperada, mais próxima a linha do Equador,
compreende-se um clima semelhante aos das outras áreas temperadas já
citadas. Nos biomas de taiga, há recepção de energia radiante do sol, diária e
anual, maior que a tundra. O verão é mais longo, os dias mais longos e mais
quentes e o solo degela formando lagos, pântanos e brejos. A maior parte das
chuvas acontece no verão. O inverno é rigoroso, com forte queda de neve e ar frio
com baixo teor de umidade. Com relação aos campos, a variação de temperatura
entre o dia e a noite e entre o inverno e o verão é maior que na floresta. As secas
são muito freqüentes.
Região Paleártica: Compreende a Eurásia até o Himalaia ao sul,
Afeganistão, Pérsia e África ao norte ao Saara. Essa região possui grandes
florestas, grandes áreas cultivadas, vastos desertos e extensas estepes. Sua
fauna compreende ouriços, javalis, bisões europeus, camurças, veados vermelhos, fuinhas, toupeiras, jumentos, cabras e etc. A flora compreende trigo,
cevada, aveia, centeio, amêndoa, groselha, uva, amora, azeitona, pêra, marmelo,
etc.
2.
Tabela apresentando os padrões morfológicos gerais
característicos para a fauna de cada região, relacionando a morfologia das
espécies da tabela anterior com o ambiente em que vivem
Regiões
Tamanho do
Corpo
Neártica
De pequeno a
médio porte
Neotropical
De médio a
grande porte
Paleártica
De médio a
grande porte
Quadrúpedes,
Escamas
rastejadores córneas, pêlos,
penas
Arborícolas,
Penas,
Grande
rastejadores,
escamas
diversidade de
quadrúpedes
córneas e
répteis e aves
pêlos
Bípedes e
Penas e pêlos
quadrúpedes
Etiópica
De médio a
grande porte
Bípedes e
quadrúpedes
Penas,
escamas
córneas e
pêlos
Oriental
Pequeno,
médio e
grande porte
Médio porte
Bípedes e
rastejador
Penas e
escamas
córneas
Penas,
escamas
córneas e
pêlos
Australiana
Padrão
locomotor
Bípedes e
quadrúpedes
Tegumento
Outras
observações
Presença de
grandes
mamíferos
vivendo em
grupos
Presença de
marsúpios
5.3. Fauna Brasileira - cadeias tróficas.
Os ecossistemas são grupamentos de plantas e animais reunidos pelas exigências dos
fatores do meio. Suas dimensões variam, mas todos necessitam ter uma fonte de alimento
suficiente para garantir sua sobrevivência. Em um ecossistema os seres vivos absorvem,
transformam e circulam a energia e diversos materiais, constituindo cadeias alimentares.
Dentre a fauna brasileira podemos estabelecer características ambientais em seus
respectivos ecossistemas dentre os quais poderíamos estar falando:
Floresta tropical - Uma das características mais marcantes é sua estrutura em vários
estratos vegetais, que proporciona habitat para muitas espécies de organismos. A grande
quantidade de água, calor e luminosidade, tornam a floresta tropical propicia para uma
diversidade muito grande de espécies, principalmente de répteis, aves, mamíferos e
insetos. Todos estes animais encontram condições propicias, como proteção, alimento e
abrigo, podendo assim se estabelecer uma cadeia trófica sustentável, como:
Produção de grande biomassa através dos produtores, os vegetais, os quais existem
em grande exuberância numa floresta tropical devido à grande circulação muito rápida de
nutrientes conseqüência muita diversidade de insetos, sendo estes consumidores primários.
Por sua vez os répteis ( pequenos lagartos) alimentam-se de insetos, tornando-se
consumidores de Segunda ordem. Algumas aves carnívoros por sua vez alimentam-se de
lagartos, sendo consumidores de terceira ordem. Os decompositores são a base da cadeia,
transferindo a energia contida nos consumidores e produtores não mais biologicamente
ativos e transferindo seus nutrientes para o solo, fechando assim o ciclo.
Cerrado - O cerrado caracteriza-se fisionomicamente pela presença de pequenas
árvores de caule tortuoso e folhas coriáceas, o solo é revestido por gramíneas e plantas
herbáceas e há grande porcentagem de plantas arbustivas. A queimada é um fator
importante agindo no cerrado, favorecendo a sobrevivência e crescimento do capim sobre
os arbustos. Além disso, o fogo produz a liberação de nutrientes minerais a partir de
detritos secos acumulados. A diversidade da fauna é composta por tatus que são grandes
escavadores de galerias, o sagui, o preá, o veado catingueiro, as cutias, o lobo guará, o
cachorro do mato e a raposa do campo. A fauna de aves é pobre. Os répteis são
encontrados nos buracos de tatus e em cupinzeiros e sauveiros, propiciando um ambiente
para escapar da forte insolação durante o dia.
Num cerrado podemos considerar como os produtores os vegetais, que por sua vez
são comidos por saúvas (insetos) estas são alimento de alguns mamíferos que por sua vez
são comidos por serpentes e estas sendo alimento de aves, estabelecendo-se uma cadeia
trófica.
Pantanal - A região do pantanal situa-se nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul, estendendo-se também pela Bolívia e Paraguai.
Os rios da bacia do Rio Paraguai extravasam suas águas durante alguns meses do ano
(de outubro a março), inundando os solos de áreas extensas. De abril a setembro suas águas
diminuem e o solo permanece enxuto.
As águas dos rios carregam argilas provenientes de outras regiões e as depositam nas
áreas inundadas, trazendo consigo muita matéria orgânica, fertilizando os solos do
pantanal.
A fauna é principalmente constituída por aves. O martim-pescador, o cabeça seca, o
biguá-tinga, as garças, o tuiuiú e o gavião caracará são alguns de seus representantes. A
ema é encontrada também. Entre os répteis os jacarés se expõem ao sol quente em bandos
numerosos.
Capivaras são freqüentes, juntamente com preás e pacas.
Com toda esta diversidade tanto de fauna como de vegetação, podemos concluir que
as cadeias tróficas estão bem estabelecidas,
Caatinga - Encontramos a caatinga nos estados do Nordeste (Maranhão, Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte de
Minas Gerais).
A caatinga possui árvores esbranquiçadas, sem folhas, durante a seca prolongada que
dura 9 meses ou mais. Somente na época das chuvas – o inverno - a paisagem torna-se
verde.
Na caatinga são encontrados animais que estão adaptados a suportarem a falta de
água ou que vivem perto de rios, como roedores e aves de rapina.
Na flora encontramos também grandes adaptações como a barriguda que armazena
água em seu caule, outras perdem totalmente suas folhas.
5.4 . Etograma
Num período de uma hora, foram admitidas observações referentes ao
comportamento de três exemplares de leões marinhos, sendo estes observados
a cada 5 minutos.
O local onde tal observação foi realizada foi o Jardim Zoológico de São
Paulo, onde foi instalado um habitat, imitando os costões rochosos, ambiente
natural de vivência dos leões-marinhos.
O espaço físico, chamado de "O Parque dos Leões", foi inaugurado no dia
24 de maio de 1998, com área de 900 m 2, onde foram instaladas duas piscinas,
sendo uma de água salgada, além de réplica, elaborada pelos técnicos do
Parque.
Da réplica, foram erguidas duas paredes em concreto, imitando saliências
rochosas onde os leões podem tomar sol e promover outras atividades quando
não estão na água, tobogã com cascata de água e piso especial permitindo que
os animais escorreguem para a água, tornando-os mais atrativos ao público
visitante.
Numa parte superior, ligada a esta por uma rampa, existe outro espaço
físico, contendo outra piscina bem menor em forma elipsoidal, uma cobertura,
para proteção do sol, e uma mesa de madeira com pés bem curtos, onde os leões
podiam subir.
As observações foram realizadas num sábado à tarde, dia 17/04/99,
exatamente às15h50min, sendo que os leões marinhos encontravam-se na área
superior.
A espécie em observação, o leão-marinho Otaria byronia é naturalmente
encontrado nas águas costeiras da América do sul - nordeste do Peru, sudeste do
Brasil, sul da Terra de Fogo e Ilhas Falklands- estando a colônia da Santa
Catarina ameaçada devido à caça predatória indiscriminada. Os machos da
espécie chegam a 256 cm de comprimento e 350 kg, e as fêmeas, um pouco
menores, medem até 200 cm de comprimento a pesar até 140 kg. A cor escura é
característica dos machos, que apresentam a partir do 5° ano de vida,
proeminente tufo de pêlos longos, formando uma espécie de juba.
O período reprodutivo da espécie ocorre de dezembro a janeiro. Após a
gestação de 11 meses, nasce apenas um filhote de coloração bem escura, com
peso de 10 a 15 kg e aproximadamente 80 cm de comprimento, que é
amamentado durante o primeiro ano de vida, vindo a atingir sua maturidade
sexual aos seis anos, no caso dos machos e quatro, para s fêmeas.
Através das observações, e posteriormente de informações obtidas com o
tratador, obtivemos os seguintes dados: dos três exemplares, um deles é macho,
de nome Pakar ( nuvem em língua quichua ) e as duas restantes, fêmeas, Pukara
e Puiu ( Fortaleza e Aurora ); os mesmos têm aproximadamente 2,5 de anos de
idade e foram obtidos através de permuta com a Estácion de Cria de Fauna
Autóctone de Piriápolis, Uruguai.
Sua dieta consta de frutos do mar, crustáceos e peixes mortos, e uma vez
por semana (aos sábados), permanecem em jejum, para que o controle de seu
peso corporal não exceda, já que os espaço físico é restrito e sua alimentação é
normal, o que não aconteceria se vivessem em seu espaço natural. Recebem
ainda suplemento mineral e vitaminas.
Sobre sua adaptação ao cativeiro, conforme o tratador, não foram
observadas conseqüências desastrosas que pudessem interferir na saúde geral
dos animais.
Estima-se que possam viver até 24 anos em cativeiro, mas sua reprodução
em zoológicos requer dedicação especial. Por todos os cuidados que foram
tomados na reprodução do habitat original e pela documentação sobre manejo
que os técnicos do zoológico têm reunido, há possibilidades de que o Zoológico
de São Paulo se destaque como centro reprodutor.
Segue-se abaixo, as informações sobre estes animais e os seguintes dados
relacionados a sua observação.
Informações sobre o animal observado:
Nome Popular: Leão Marinho
Nome cientifico: Otaria byronia
Nome inglês: Sea lion
Região: Mares
Tempo de vida: Aproximadamente 25 anos
Gestação: 12 meses
Peso corpóreo: Macho até 300 kg
Fêmea até 160 kg
Região geográfica: Toda a costa da América do Sul, Norte do Peru ao sul
do Brasil
figura
Observações
15h50min: Estão nadando no tanque de água, retiram constantemente a cabeça
(emergem
nadando em círculos ).
15h55min: Um deles emergiu da água, visualizando-se o pescoço.
16h00min:
vocalizando.
Continuam
na
água,
nadando, emergem
constantemente
Nota-se diferentes entonações caracterizando cada um dos animais.
16h05min: A mesma frequência de movimentos
Pararam uns instantes de vocalizar.
16h10min: Um deles levantou bem o corpo acima do nível da água vocalizando
bem alto.
É o macho numa atitude de dominância e entre as duas fêmeas.
16h15min:
Estão mais parados na água só movimentam a cabeça em
movimentos de cima
para baixo.
16h20min:
seguido na
O macho parou no água, elevou muito o corpo, vocalizando, foi
seqüência, pelas duas fêmeas.
16h25min: A água não para de formar ondas devido ao constante vai-e-vem dos
leões-ma
rinhos nadando em círculos.
16h30min: Novamente, o macho emergiu na água e vocalizou. Uma das fêmeas logo em
seguida saiu da água e, foi até um lugar que batia sol, encostando parte do
corpo no chão. Os outros dois permaneceram na água.
Instantes depois, a fêmea que tinha saído retornou mergulhando
junto aos de mais.
16h35min: O macho vocalizou e a outra fêmea saiu da água.
16h40min: Uma das fêmeas que se encontra fora da água , locomove-se no
sentido aonde
O sol está batendo, o macho sentou-se e abriu a boca.
16h45min:
macho.
A outra fêmea que permaneceu na água vocalizou, logo seguida do
16h50min: Um do grupo espirrou 3 vezes.
Observações referentes aos leões marinhos entre os períodos não demarcados
cronologicamente







No momento da observação, foi constatados os seguintes dados:
Uma garça permaneceu imóvel em cima do quiosque tomando sol e, quatro
mergulhões ficaram empoleirados no gradil de proteção em lugares diferentes.
Entre as 16h05min. e 16h10min., o leão marinho macho saiu da água
(pelagem mais escura, numa tonalidade de castanho escuro, corpo maior e
mais robusto, além de vocalização no tom mais grave), locomoveu-se na parte
cimentada, seguido das fêmeas (pelagem mais clara, numa tonalidade de
castanho avermelhado, corpo mais esguio e num tamanho menor que o
macho).
Uma das fêmeas ficou cheirando o focinho do macho e, este correspondeu ao
afago, retornaram todos a água.
Entre 16h35min. e 16h40min., uma das fêmeas saiu da água e locomoveu-se
até onde o sol batia. O macho admitiu uma atitude de procura a fêmea que
saiu da água, observando em volta.
A fêmea que se encontra fora da água, volta a locomover-se, mas desta vez
bem próximo do tanque, rodeando os que estão na água, talvez que numa
atitude de querer que os demais venham participar da sua companhia.
Como não foi atendida, volta para onde bate o sol, deitando-se no chão.
Entre 16h45min. e 16h50min. O sol não mais bate no tanque. Os leões
marinhos também não se encontram tão agitados e nem vocalizando
repetidamente.
Durante a observação, inúmeros visitantes fluíam constantemente,
principalmente as crianças, atraídas pelas vocalizações constantes dos leões
marinhos.
5.5. Estudo específico de cada classe
Jacarés e Gaviais
Tanto os jacarés como os gaviais pertencem à mesma ordem Crocodylia,
enquadrando-se nas características quanto ao crânio diápsido (2 fendas temporais) e dentes
tecodontes.
São animais ectodérmicos, regulando sua temperatura exteriormente.
Possuem corpo longo, pesado com forma hidrodinâmica, que os capacita para
uma vida semi-aquática. Seus membros tanto posteriores com anteriores são
curtos e grossos, estando posicionados nas partes laterais do corpo,
condicionando-os a uma locomoção vagarosa, de acordo com seu metabolismo
baixo. Cauda longa, servindo como e leme quando estão na água nadando. Seu
corpo é coberto de escamas dérmicas, sendo pigmentadas na parte dorsal e
carecendo na parte ventral.
Os jacarés possuem focinho bem mais largo do que os gaviais, sendo neste
comprido e fino, característico para apanhar peixes. Possuem palato secundário,
o que os capacita a permanecer muito tempo embaixo d´água, ficando só a narina
exposta ao ar.
Vivem junto aos rios, lagos, e pântanos, onde encontram abrigo, proteção e
alimento,
Os gaviais alimentam-se de peixes, enquanto os lagartos predam algum
animal descuidado que se aproxima da água para beber.
Necessitam de ambientes abertos para seu aquecimento durante o dia,
regulando sua temperatura com períodos de aquecimento e de ventilação nos
dias muito quentes.
São animais letárgicos, principalmente pela manhã, quando seu
metabolismo decaiu muito durante a noite. Em ambientes confinados como no
zoológico tendem a ser mais, devido porque o ambiente não lhes ofereça
estímulos e porque são alimentados.
As condições de ambiente em que os jacarés vivem no zoológico , imita
seu habitat natural. Uma lagoa, circundada por areia ( o que propicia um bom
ambiente de absorção e emissão de calor), em volta um espaço com gramíneas
onde eles podem ficar expostos ao sol , mais retirado, uma vegetação arbustiva,
formando moitas com algumas árvores
as quais propiciam sombra nos
momentos em que a temperatura do meio-dia eleva-se necessitam procurar
lugares sombrios para sua termorregulação. (os répteis regulam sua temperatura
através de hábitos comportamentais)
A visualização do ambiente em que estes organismos se encontram no
zoológico, pode ser realizada através das fotos localizadas em Anexos.
Tartarugas Terrestres, Aquáticas e Escavadoras
As tartarugas pertencem a uma ordem Chelonia, por possuírem crânio anápsido ( não
apresentam fossas ), bico córneo, uma carapaça dorsal e plastrão ventral, tornando-se
muito especializadas dentro da classe Reptilia.
A morfologia do casco indica-nos muito sobre sua ecologia, mas também
limitou a sua diversidade em diferentes ambientes, ficando restritas à água e
terrestres.
A carapaça é composta de ossos dérmicos que crescem durante a vida do
animal. Os ossos da caraça são recobertos por escudos córneos originados na
epiderme.
As costelas das tartarugas ficam fundidas na carapaça. O plastrão ( parte
ventral ) é formado, a maior parte por ossificações dérmicas. E, suas cinturas
apendiculares localizam-se no interior da caixa torácica.
As tartarugas aquáticas apresentam carapaças baixas, que oferece pouca
resistência
ao deslocamento da água, seus membros parecem-se como
pequenos remos, impulsionando bem seu corpo quando estão nadando, algumas
possuem especializações como o casco bastante reduzido, tornando o animal
mais leve, e possuindo membranas interdigitais nos membros.
As tartarugas terrestres apresentam carapaça (casco superior) convexo e
seus pés são semelhantes ao dos elefantes.
Os jabutis pequenos podem apresentar modificações para a escavação,
suas patas anteriores são achatadas na forma de pás e a cúpula do casco é
reduzido.
São animais ectodérmicos, ovíparos.
As tartarugas marinhas, migram para seu local de origem, na época de
reprodução, enterrando seus ovos na areia, perto da praia. Seus filhotes nascem
depois de um período quase todos ao mesmo tempo, correndo em direção ao
mar. Procuram as correntezas onde serão levados para longe , permanecendo
neste habitat até à época de reprodução, fazendo novo ciclo.
Quanto ao seu habitat no zoológico, ficam junto com os jacarés, já que o
mesmo oferece as condições ambientais que as mesmas necessitam, descrito
acima.
A visualização do ambiente em que estes organismos se encontram no
zoológico, pode ser realizada através das fotos localizadas em Anexos.
Serpentes de Hábitos Terrestres, Arborícolas, Aquáticas ou Semi Aquáticas
Assim com os lagartos as serpentes encontram-se na mesma ordem Squamata,
caracterizando-se por crânio diápsido modificado.
A ausência de membros fez com que as serpentes adaptassem seus
sistemas de locomoção, procura de alimento e acasalamento. Sua musculatura é
complexa e possuem grande flexibilidade da coluna vertebral possibilitando três
movimentos básicos de locomoção.
Movimento retilíneo, movimento ondulatório horizontal ou serpentíneo e
movimento sinuoso lateral.
Possuem o corpo coberto de escamas dérmicas, o que contribui na sua
termorregulação, e proteção contra o atrito constante do solo. Sua mandíbula
inferior não é fundida e sim unida por uma membrana elástica, (hemi-mandíbula)
fazendo com que possa ingerir alimento três (3) vezes maior que a cabeça, uma
característica de um crânio bem cinestésico.
Estando com constante contato com o solo seu sistema sensorial percebe
vibrações mecânicas fortes, como passos, ou quedas de objetos, sendo estes
captados e enviados para um pequeno osso chamado columela. Esse osso une
a base da mandíbula à caixa craniana. Possuem pálpebra fixa, tendo uma
membrana transparente que protege o olho.
Sendo essencialmente carnívoras, as serpentes matam a presa através da
constrição de sua complexa musculatura, ou inoculam veneno na presa, esperam
que ela fique imóvel, engolindo-a inteira.
Sua digestão é muito lenta, ficando vários dias digerindo sua presa.
Serpentes arborícolas vivem em campos e matas não muito úmidas e
floresta s úmidas, vivendo em árvores , costumam ser extremamente alongadas e
possuem grandes olhos já que dependem da visão para um ambiente
tridimensional. Seu comprimento distribui o peso e permite que rastejem sobre
pequenos ramos sem quebrá-los como ex. Caninana.
Serpentes escavadoras - Possuem corpos curtos cabeça arredondada e
olhos muito pequenos, a forma da cabeça auxilia a penetração do solo, e a cauda
e o corpo curtos geram pouco atrito com a terra como exemplo temos a cobracega, Liotuphlops beui, serpente de hábitos subterrâneos e uma das menores
serpentes brasileiros e totalmente inofensivo. Apesar de serem comuns não é
muito fácil de encontrar, devido ao seu hábito fossório. Vem à superfície quando
o solo está muito encharcado ou quando se revolve a terra. Alimentas de
pequenos insetos
Serpentes terrestres - Algumas são noturnas e rastejam lentamente,
introduzindo a cabeça sob a serapilheira e em buracos que poderiam abrigar
presas. Seu sentido de olfação ´é muito desenvolvido percebendo pequenos
diferenças de calor no ambiente. Outras são mais velozes e usam a visão mais
para detecção da presa. Forrageiam arrastando-se velozmente, muitas vezes
levantando a cabeça para olhar em torno. Ex. cobra - chicote.
Serpentes aquáticas – Vivem dentro da água, mas sempre com a cabeça
para fora, comem peixes, rãs lagartos e habitam rios, lagos e charcos.
Lagartos de Diferentes Grupos Taxonômicos
Os lagartos pertencem a ordem Squamata, por possuírem crânio diapsido
modificado (barra óssea inferior foi perdida).
São reconhecidos 4 grupos principais de lagartos ( Iguania, Gekkota,
Scincomorpha, Antarchoglossa ). A maioria dos Iguania possui corpo robusto,
cauda longa e escamas rugosas sobrepostas. Os Gekkota incluem basicamente
lagartos pequenos, robustos de cauda curta. Em sua maioria os Scincomorpha
possui corpo alongado, cauda curta e escamas lisas não sobrepostas, que
freqüentemente apresentam uma superfície brilhante.
Facilmente adaptáveis, os lagartos são animais que ocupam habitats que
variam de pântanos a desertos, e até mesmo acima da faixa de floresta, em
algumas montanhas. Muitas espécies são arborícolas, e as mais especializadas
destas freqüentemente são achatadas lateralmente e, muitas vezes, possuem
projeções peculiares do crânio e do dorso, que ajudam a obscurecer seu
contorno.
A maioria dos lagartos de grande porte são herbívoros. Os iguanas (família
Iguanidae) são arborícolas e habitam os trópicos da América Central e América
do Sul. O Iguana marinha das Ilhas Galápagos é uma exceção, alimentam-se de
algas. Uma exceção à regra da herbivoria em lagartos de grande porte é
encontrada nos lagartos monitores que são predadores ativos que se alimentam
de invertebrados e vertebrados, incluindo aves e mamíferos.
Nos lagartos, a redução apendicular (cobra de vidro) está geralmente
associada à vida em estrato herbáceo, onde um corpo alongado e delgado pode
ser manobrado mais facilmente que um corpo curto e dotado de patas funcionais.
Diferentes espécies de lagartos estão expostos no Zoológico em ambientes
que tentam reproduzir seu habitat natural como terrários. Cada terrário tentava
reproduzir o ambiente do animal exposto mas não tinham dimensões e nem
características ambientais apropriadas. Em alguns terrários não se verificava
reservatório de água (bebedouro), em um outro terrário o animal era arborícola e
o ambiente ao qual estava exposto era constituído por pedras.
Animais ectotérmicos
Os animais ectotérmicos como os que foram descritos acima, não usam
energia química dos alimentos para se manter sua temperatura corpórea alta.
Devido às suas baixas necessidade, os ectotermos podem colonizar habitas nos
quais os suprimentos energéticos são baixos. Quando o alimento está disponível,
os ectotermos são eficientes, em converter a energia que eles contêm em tecidos
do seu própriocorpo, para crescimento ou reprodução.
Os mecanismos reguladores comportamentais e fisiológicos dos
ectotermos estão intimamente relacionados.
O repertório de comportamentos termo - regulatórios vistos em lagartos é
maior que o de muitas outros vertebrados ectotérmicos. Assim pela manhã,
quando um lagarto frio orienta seu corpo perpendicularmente aos raios solares, e
o sol aquece seu dorso, a vasodilatação local, naquela região, rapidamente
transfere o calor para o resto do corpo.
O mesmo mecanismo pode ser usado para evitar super - aquecimento. O
iguana marinho vive na lava descoberta das marés nas costas das ilhas. Ao meio
dia, debaixo do sol equatorial, a lava negra torna-se extremamente quente e letal.
Como o iguana é um animal muito territorial, e abandonar o local seria como
abandono de território, este usa seu controle fisiológico de circulação e a brisa fria
do oceano para para mover um desvio de calor que absorve energia solar na
superfície dorsal e o conduz através do corpo dissipando-o na superfície ventral.
As tartarugas, por exemplo não podem mudar o contorno de seus corpos e
sua termo - regulação comportamental é limitada a movimentos entre o sol e a
sombra e dentro e fora da água. Os crocodilianos são muito semelhantes às
tartarugas. A maioria das serpentes não pode mudar a coloração, mas muitas
cascavéis clareiam e escurecem à medida que se aquecem e que se resfriam.
Referindo-se aos animais ectotérmicos no Zoológico, os que se
encontravam em ambientes abertos, podemos notar suas exposições ao sol
durante longos períodos principalmente os jacarés. Quanto às tartarugas
intercalavam períodos na água e expostas ao sol.
Nos gaviais não podemos observar
seu comportamento de
termorregulação, visto que este encontrava-se em um ambiente fechado, e
regulado com uma temperatura constante, a mesma situação encontrada nos
ambientes fechados das serpentes e lagartos.
VI. Discussão
Através das observações realizadas no zoológico de São Paulo, podemos
verificar que o mesmo é um local bastante apropriado para o estudo da zoologia.
Além de interessante, é possível verificar através desta visita uma pequena
parcela da grande diversidade animal que habita hoje a Terra.
Cada organismo analisado apresentou certa modificação durante sua
evolução, permanecendo as melhores adaptações. A classificação e o
reconhecimento das espécies é de importante valia para o homem, permitindo ao
mesmo reconhecer as diferentes espécies animais que dividem com ele o mesmo
ambiente, e auxiliam a sua vida em inúmeros fatores como agricultura e medicina.
Todos os animais analisados durante a visita ao zoológico pertencem ao Filo
Chordata. Tratavam-se de anfíbios, répteis, aves e mamíferos, das mais variadas
espécies. Algumas apresentavam características morfológicas exóticas e que
podiam ser comparadas com a literatura científica.
Nas aves, por exemplo, verificou-se as características morfológicas:
presença de diferentes tipos de penas de diversas colorações, de diferentes
portes ( tamanho ), sendo que suas asas variavam conforme o tamanho do
animal.
Mamíferos apresentaram grande variedade de formas e tamanhos. Os
primatas mostraram-se bastante ativos. Animais de grande porte como elefantes,
ursos e girafas mostraram-se bastante adaptados. Verificou-se também as
espécies animais que apresentavam ou não a presença de pêlos.
Os répteis analisados apresentavam as características já estudadas em
aula e através da literatura científica.
VII. Conclusões gerais
Através deste trabalho, podemos observar todas as características
morfológicas e comportamentais dos animais em questão. Tanto mamíferos,
quanto aves, como répteis apresentaram características morfológicas vigentes
com a literatura científica.
Tanto que, a visualização e as informações sobre cada animal como habitat,
período de reprodução, peso corpóreo e outros foram de grande valia para a
complementação do estudo destes animais em nosso trabalho.
A análise dos dados obtidos durante a observação de répteis, admitiu
questionar se os mesmos se encontravam adaptados aos ambientes elaborados
pelos técnicos do zoológico. Verificou-se que os mesmos encontravam-se
adaptados ou senão, já teriam sofrido algum tipo de prejuízo. Para cada espécie
animal analisada, existia um tipo diferente de ambiente, elaborado especialmente
para o organismo. Na maioria dos casos, o ambiente tentava imitar o habitat
natural destes animais, permitindo aos mesmos adequar-se ao novo ambiente.
Dos ambientes analisados, a maioria apresentou vegetação, terra ou areia no
solo, além da presença de pedras e pedregulhos, troncos ou galhos de árvore e
presença de lagos ( em alguns casos ) ou pequenas piscinas contendo água,
como ocorreu junto as tartarugas, cujo habitat admitiu um grande lago, com tronco
e vegetação ao redor.
As respostas de um animal ao seu ambiente não ocorrem ao acaso,
constituindo padrões de atividade altamente especializados e complexos que se
denominam comportamentos. Mesmo que o cativeiro tente imitar o mais próximo
possível o ambiente natural de cada espécie, é difícil admitir que estes animais
apresentem comportamentos semelhantes ao que apresentariam em seu habitat
natural. A vida em cativeiro altera o modo de vida, os hábitos alimentares e limita
a convivência destes animais com outros que poderiam conviver no mesmo
ecossistema. Admite-se então, que os comportamentos visualizados durante as
observações não devem ser idênticos aos comportamentos apresentados perante
seu habitat natural.
O zoológico nos concede apenas um leve panorama da grande diversidade
animal existente na Terra. Trata-se de uma visita importante para os alunos dos
cursos de ciências e biologia, que podem através do mesmo reconhecer o que só
é possível admitir ou na teoria ou através de figuras.
VIII ) Bibliografia utilizada
Barnes, R. D. , Walker , W. F. Jr. ; & Villee , C. A. ; Zoologia Geral , Editora
Guanabara
Koogan, Sexta Edição, Rio de Janeiro, 1988, 683pp.
Hildebrand, M. , Análise
São Paulo,
1995, 700pp.
da
Estrutura dos Vertebrados, Editora Atheneu,
Molen, Yara Fleury van der, Ecologia , Editora Pedagógica e Universitária Ltda, São
Paulo, 2ª edição, 1981.
Pough, F. H.; Heiser, J.B.& McFarland, W.N.; A vida dos Vertebrados, Editora
Atheneu,
São Paulo, 1993, 839pp.
Romer, A . S. & Parsons, T. S., Anatomia Comparada dos Vertebrados, Editora
Atheneu,
São Paulo, 1985, 559pp.
Internet: http://www.zoologico.com.br
Universidade Prebisteriana Mackenzie
Faculdade de Ciências Exatas e Experimentais
Curso: Biologia Disciplina: Zoologia IV
Componentes: Jacqueline Keilla S. do Nascimento 497.6282-6
José Ricardo M. Da Silva
497.6285-0
Maria Fernanda Miranda
497.7459-1
Natacha Cordeiro
496.0265-9
Priscilla Sayami Akamine
497.6283-4
Anexos
Fotos
Este anexo está relacionado a algumas fotos de aves e mamíferos retirados
na Fundação Parque Zoológico de São Paulo durante os dias 17 e 24 de abril de
1999.
As fotos são apenas uma complementação do trabalho em relação a visita
ao zoológico, mostrando o ambiente e alguns dos animais focalizados durante
nossa permanência no local de estudo.
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