Plantas e Insetos: Polinizadores Procuram-se! Interação entre os insetos e as plantas durante o processo da polinização GUIÃO PARA PROFESSORES Antes da visita ao MNHNC Atividades para provocar a curiosidade nos alunos e estimular a formulação de questões - orientada pelo(a) professor(a) - que antecedam a investigação sobre o tema: O que fazem os insetos quando visitam as flores? Porque é que as flores têm cores e cheiros intensos? Porque existem flores e insetos tão diferentes? Os insetos ajudam ou prejudicam as plantas? 1. Visualização de pequenos vídeos sobre a interação inseto/planta Na página de internet do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (www.mnhnc.ul.pt), menu ESCOLAS, selecionar as palavras “roteiros pedagógicos”. Surge uma nova página com uma lista de roteiros (http://education.naturaleurope.eu/mnhn/): abrir o roteiro “Plantas e Insetos: Polinizadores Procuram-se!”. No item “Engagement” encontrar em “Supporting Materials” os seguintes vídeos para visualização com os alunos: Vespa_2 http://www.youtube.com/watch?v=1k6N90qjMug Abelhão_girassol http://www.youtube.com/watch?v=IPcJlJDI5o4&feature=BFa&list=PL0A88E41B6D09A153 Abelhão http://www.youtube.com/watch?v=Ro6e57AEGo&feature=results_video&playnext=1&list=PL0A88E41B6D09A153 Os alunos devem trabalhar em grupo e registar as questões que coloquem sobre os vídeos. O(a) professor(a) não deve dar indicação sobre a resposta correta mas pode estimular para a formulação de questões, e.g.: - O que vão os insetos fazer às flores? - Que parte do inseto toca nas flores? - Como ficam os insetos quando saem das flores? - Para que serve o pó amarelo das flores? Como se chama? 2. Observação dos órgãos da flor (utilizando flores reais ou imagens) Estigma Estilete Antera Filete Pétalas Ovário Sépalas Recetáculo Pedicelo A utilização de flores grandes (ex. flores do género Hibiscus ou de coroa imperial Fritilllaris imperialis) permite a observação das várias estruturas a olho nu e a observação dos grãos de pólen mesmo à lupa de mão. Pode ser utilizado um pincel para recolha de grãos de pólen: verificação de como se agarram aos pêlos do pincel. Nesta fase os grupos de alunos devem utilizar imagens ou documentos que lhes sejam fornecidos pelo(a) professor(a) para identificar os diferentes órgãos ou estruturas da flor. Desta forma poderão responder a algumas questões formuladas anteriormente e mais uma vez registar as suas novas questões e/ou hipóteses: - Onde estão guardados os grãos de pólen? - Para que servem os grãos de pólen? - Como se forma a semente a partir da flor? - Como são passados os grãos de pólen de uma flor para outra da mesma espécie? 3. Observação de insetos Os grupos de alunos podem descobrir factos sobre as características dos insetos (ex. aparelhos bucais) de forma a relacioná-los com a interação com as flores, utilizando imagens de insetos ou insetos reais observados com a lupa de mão. Neste último caso devem ser utilizados insetos que apanhem casualmente já mortos (não matar nenhum inseto para observação) – cuidado com o ferrão no caso de ser uma vespa. Abelhão Mais uma vez os grupos de alunos deverão registar as suas questões e/ou hipóteses: - O aparelho bucal do inseto tem uma “palhinha”? - Uma vez que é a boca que toca na flor, para que serve essa “palhinha”? - Porque há insetos tão diferentes e flores tão diferentes na sua forma e tamanho? - O inseto tem pêlos (como o pincel)? Como ficam quando o inseto abandona as flores? De forma a estimular a compreensão da relação entre os aparelhos bucais dos insetos e as diferentes flores o(a) professor(a) pode estabelecer um paralelismo com a anatomia da boca da criança e a sua alimentação, assim como utilizar a fábula da cegonha e da raposa (La Fontaine). Durante a visita ao MNHNC Atividade no Jardim Botânico e Borboletário que estimula a recolha de evidências em contexto real. Os grupos de alunos realizam a atividade “Plantas e Insetos: Polinizadores Procuramse!”, utilizando um mapa para encontrar sete flores diferentes (no cheiro, tamanho, cor e forma) no Jardim Botânico e sete insetos polinizadores, no Borboletário. São fornecidas pistas sobre a relação planta-inseto que permitirão aos jovens investigadores descobrir o polinizador preferencial de cada flor, a partir das observações que realizaram. Todos os materiais para a atividade podem ser encontrados no roteiro “Plantas e Insetos: Polinizadores Procuram-se!”, item “Game” em “Supporting Materials” – este roteiro está na página de internet dos roteiros pedagógicos do Museu (http://education.natural-europe.eu/mnhn/), a qual pode ser acedida através da página do Museu (www.mnhnc.ul.pt), menu ESCOLAS, “roteiros pedagógicos”. A discussão coletiva sobre a solução desta atividade deve ser estimulada e orientada pelo(a) professor(a) de forma a encontrar respostas para as questões formuladas nas atividades anteriores. Depois da visita ao MNHNC Atividades de consolidação, aplicação e ampliação de conhecimentos 1. Discussão sobre os resultados da atividade no Museu, utilizando os registos realizados pelos grupos de alunos. Este debate deve estabelecer uma correspondência entre as questões fundamentais formuladas na fase antes da visita, as evidências recolhidas no Museu e os resultados obtidos. O que fazem os insetos quando visitam as flores? O que comem? Porque existem flores e insetos tão diferentes? Estão os insetos e as plantas dependentes uns dos outros? Nesta fase podem ser utilizados materiais informativos sobre as espécies de flores e insetos observados no Museu no mesmo roteiro online – “Plantas e Insetos: Polinizadores Procuram-se!”, item “Reflection” em “Supporting Materials”. O(a) professor(a) pode orientar a discussão para a conclusão derradeira sobre a necessidade de conservação da biodiversidade. 2. Criação de um conto sobre a relação entre as flores e os insetos: os diferentes grupos de alunos podem criar contos para apresentação na escola ou num encontro inter-escolas – pode ser selecionado um para publicação no jornal da escola. 3. Dramatização / “role play” sobre o tema: construção do texto e criação de adereços por parte dos alunos (reutilizando materiais) - a peça pode ser apresentada na escola ou num encontro inter-escolas. 4. Construção de um “Jardim de Insetos”: convidar os alunos a desenhar uma investigação que lhes permita identificar quais as flores preferidas dos insetos. Será necessário criar dois ou três canteiros na escola, com diferentes plantas nativas quanto a cor, forma, cheiro e tamanho. Os alunos poderão observar sistematicamente quais as flores visitadas por cada espécie de inseto e relacionar as suas características com as características das flores. Podem ainda alterar algumas variáveis como cor ou presença/ausência de água açucarada para simular o néctar. O essencial é envolver os alunos no desenho da investigação e estimular para a discussão e disseminação dos resultados (ex. publicação de artigo no jornal da escola). Como referência o(a) professor(a) pode utilizar o artigo científico publicado pela Blackawton Primary School (UK) intitulado “Blackawton Bees”, o qual pode servir como fonte de exemplo para um desenho experimental de um “Jardim de Insetos” ou ser traduzido para que os alunos o leiam integralmente. Referência: Blackawton, P. S. et al. (2011). Blackawton Bees. Biology Letters, 7, 168-172