Orientações

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Curso de Atualização no Combate
Vetorial ao Aedes aegypti
Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde
no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
Curso de Atualização no Combate
Vetorial ao Aedes aegypti
Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde
no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
SUMÁRIO
RESUMO EXECUTIVO
1. APRESENTAÇÃO
2. O QUE VOCÊ PRECISA SABER O AEDES AEGYPTI
2.1 Características
2.2 Ciclo de vida
3. DOENÇAS RELACIONADAS AO MOSQUITO
3.1 Dengue
3.2 Febre Chikungunya
3.3 Zika Vírus
4
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7
7
7
3.4 Quais são as orientações específicas para
as gestantes?
3.5 Principais sintomas que você deve observar
4. O QUE AS PESSOAS PODEM FAZER PARA
EVITAR AS DOENÇAS
4.1 Medidas domiciliares
4.2 Medidas individuais
5. POSSÍVEIS ATRIBUIÇÕES DO AGENTE COMUNITÁRIO
NO COMBATE AO AEDES
5.1 Ações
5.2 O que fazer na visita domiciliar
5.2.1 Tarefas durante a visita
5.2.2 Tarefas no término da visita
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A – REPELENTES
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10
11
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11
11
11
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
RESUMO EXECUTIVO
E
ste documento tem como público-alvo os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e
apresenta informações específicas para reorganização das ações dos ACS para combater
o mosquito Aedes aegypti. Aqui estão reunidas informações referentes ao mosquito e
principais doenças que transmite: Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. São listadas orientações
às gestantes e à população em geral para prevenir as doenças. Quanto às visitas domiciliares,
o ACS terá como meta visitar todas as casas de sua área atuação, a cada 30 dias, priorizando
residências com gestantes. A visita domiciliar terá como eixo central a identificação de casos
de pessoas sintomáticas; identificação e orientações para gestantes; identificação de locais e
focos de criadouro; orientações de conduta para eliminação de criadouros. O documento
lista tarefas consideradas fundamentais durante a visita: informar ao morador que o todo o
país está fazendo um grande esforço no combate ao mosquito Aedes aegypti e os objetivos
da visita; orientar o morador sobre a importância da verificação, que ele deve fazer na sua
casa, semanalmente, para identificação e eliminação de possíveis criadouros do mosquito;
identificar casos de pessoas sintomáticas; identificar gestantes e orientar um cuidado
adequado no pré-natal; identificar crianças, com ênfase em recém-nascidos, com sintomas
das doenças transmitidas pelo Aedes e/ou suas sequelas (ex: microcefalia); verificar todos os
itens abaixo preenchendo a ficha de avaliação do domicilio. Por fim, o documento apresenta
dois roteiros: um roteiro de avaliação de domicílio, com as ações de prevenção que devem ser
realizadas pelo ACS em conjunto com o morador, e um roteiro com as principais orientações
de cuidados individuais a serem informadas pelo ACS ao morador.
Palavras-chave: Aedes. Agentes Comunitários de Saúde. Atenção Primária à Saúde. Dengue.
Febre de Chikungunya. Doenças Virais. Saúde Pública. 4
Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
1 APRESENTAÇÃO
No período de dezembro de 2015 a junho de 2016, a prioridade do trabalho do Agente
Comunitário de Saúde será auxiliar no combate do mosquito Aedes aegypti e doenças
relacionadas e no cuidado das condições materno-infantis. Especificamente:
•
Intensificar a campanha de combate ao mosquito de dezembro de 2015 a junho de 2016;
•
Inspecionar todos os domicílios e instalações públicas e privadas urbanas até 31 de
janeiro de 2016, por meio de força-tarefa com a participação de agentes de combate
a endemias, agentes comunitários de saúde, forças armadas, defesa civil, bombeiros e
policiais militares;
•
Realizar inspeções mensais até fevereiro e bimestrais, de março a junho de 2016, por
meio de força-tarefa.
Este guia apresenta informações sucintas para estruturar as ações contra a proliferação do
Aedes aegypti. Tem como foco principal as atribuições do Agente Comunitário de Saúde no
combate ao mosquito Aedes aegypti, à Dengue, à Chikungunya, ao Vírus Zika e no cuidado
das condições materno-infantis.
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
2 O QUE VOCÊ NECESSITA SABER SOBRE O AEDES AEGYPTI
2.1 Características
•
O Aedes aegypti é um mosquito pequeno (cerca de 1 cm), preto ou marrom, com anéis
brancos nas pernas e corpo, suas asas são transparentes.
•
Tem hábitos predominantemente diurnos, mas evita o sol direto.
•
As picadas acontecem normalmente no começo da manhã ou no final da tarde, nas horas
de repouso, à noite, escondem-se atrás ou debaixo de cortinas, armários, mesas, podendo
picar a noite sob estímulo da luz artificial.
•
O mosquito Aedes costuma voar numa altura máxima de meio metro do solo, em
consequência, pica as pessoas na região dos pés, tornozelos e pernas. Crianças pequenas,
no entanto, podem ser atingidas pelos mosquitos em outras partes do corpo, como
barriga, peito, rosto.
•
Ele não emite zumbido que possa ser percebido pelo ouvido humano.
•
O clima quente e o aumento das chuvas no verão aumentam a população de mosquitos.
•
Somente as fêmeas picam pessoas porque necessitam de sangue, com preferencia pelo
sangue humano, para amadurecer seus ovos e preferem ficar à sombra, sem se expor ao
sol forte.
•
Nos ambientes com casas muito próximas, os mosquitos voam em torno de 40 a 50 metros
de distância. Em bairros com menor concentração humana, a média de distância de voo é
de aproximadamente 100 metros, podendo chegar a 240 metros. Em regiões como praias,
montanhas ou grandes avenidas, sem barreiras ao voo do Aedes aegypti, o mosquito pode
voar de 800 a 2500 metros.
•
Hoje, o mosquito Aedes aegypti é encontrado em todos os estados brasileiros.
2.2 Ciclo de Vida
•
O Aedes aegypti vive de 30 até 35 dias e apresenta quatro fases no seu ciclo de vida: ovo, larva,
pupa e adulto. Os objetos caracterizados como criadouros que não podem ser eliminados
(bebedouros de animais, pratinhos de plantas, etc) devem ser escovados semanalmente, a
fim de destruir possíveis ovos que estejam aderidos na parede dos depósitos.
•
Os mosquitos podem levar até 10 dias do desenvolvimento do ovo até a fase adulta. Se
limparmos os recipientes a cada 7 dias, evitaremos a proliferação dos mosquitos!
•
Um ovo pode resistir por até 450 dias sem água, com o embrião do mosquito viável,
sendo que ao entrar em contato com a água, a larva eclodirá do ovo e continuará seu
desenvolvimento, até chegar a fase adulta.
•
Os ovos são depositados pela fêmea, individualmente, nas paredes internas dos locais que
ela escolhe como criadouros, próximos à superfície da água.
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
3 DOENÇAS RELACIONADAS AO MOSQUITO
3.1 Dengue
A Dengue é uma doença transmitida pelo Aedes aegypti já com muitos casos diagnosticados
no Brasil. Normalmente, apresenta um quadro autolimitado (ou seja, os doentes melhoram
apenas usando analgésicos e hidratação, fazendo repouso), entretanto, em alguns casos, pode
evoluir para um quadro chamado de Dengue Grave, necessitando de internação.
A manifestação mais característica da Dengue é a febre alta, de início súbito (agudo),
acompanhada de dor de cabeça, normalmente localizada ‘atrás dos olhos’, dores no corpo e
nas articulações (“juntas”). Eventualmente, manchas pelo corpo podem estar presentes, assim
como outros sintomas inespecíficos como dor abdominal, náuseas.
3.2 Febre Chikungunya
A manifestação mais característica da Febre Chikungunya é a febre alta, de início súbito,
acompanhada de dor no corpo e nas articulações e intenso mal-estar. Muitas vezes, as
articulações podem ficar inchadas. Podem aparecer manchas na pele, assim como outros
sintomas inespecíficos, como dor abdominal e náuseas, em geral, sem sintomas respiratórios.
Em até 28% dos casos, as pessoas podem não exibir sintomas. Algumas, entretanto, podem
apresentar persistências dos sintomas, principalmente a dor articular e o cansaço.
3.3 Zika Vírus
As manifestações clínicas mais comuns são lesões vermelhas pela pele denominadas exantema
(com prurido, ou seja, coceira) acompanhadas de febre (baixa a moderada, ou até ausente),
olho vermelho que pode ter secreção, mas não pus. Comparado com o quadro de Dengue, a
apresentação é mais branda e pode não ter nenhum sintoma em quase 80% dos casos.
Assim como todos os quadros virais, a febre Zika pode apresentar sintomas inespecíficos,
como dor no corpo, cansaço, dor articular, dor abdominal e náuseas.
Quadro I - Sinais e Sintomas mais Comuns das Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti
SINAIS E SINTOMAS DENGUE
FEBRE
ALTA
DOR NO CORPO
COMUM/ FORTE
LESÕES DE PELE
POUCO FREQUENTE
EDEMA ARTICULAR POUCO FREQUENTE
(INCHAÇO
ARTICULAR)
OLHO VERMELHO
POUCO FREQUENTE
CHIKUNGUNYA
ALTA
COMUM
ZIKA
AFEBRIL OU FEBRE
BAIXA
SEM DOR OU DOR
LEVE
COMUM COM
COCEIRA
POUCO FREQUENTE
POUCO FREQUENTE
COMUM
POUCO FREQUENTE,
MAS FORTE
POUCO FREQUENTE
Fonte: Ministério da Saúde, adaptado por TelessaúdeRS/UFRGS
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3.4 Quais são as orientações específicas para as gestantes?
Gestantes e mulheres em idade fértil, assim como as demais pessoas, devem utilizar repelentes,
proteção de barreira – uso de roupas longas, preferencialmente com mangas (APÊNDICE D).
Existem repelentes que podem ser utilizados durante o primeiro trimestre da gestação com
segurança.
Nos casos de sintomas como vermelhidão na pele (exantema), febre ou dor no corpo, gestantes
devem procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa e não
usar medicamentos por conta própria.
As gestantes precisam manter acompanhamento adequado no pré-natal, devem realizar os
exames previstos e relatar aos profissionais de saúde qualquer alteração durante a gestação.
As mulheres em idade fértil que não desejam engravidar devem receber orientações nas
Unidades Básicas de Saúde.
ORIENTAÇÕES DOS ACS PARA A POPULAÇÃO
A população deve receber principalmente as seguintes orientações relativas às
medidas de prevenção às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti:
usar de repelentes no corpo, exceto em crianças com menos de seis meses (APÊNDICE D);
usar repelentes no ambiente;
usar roupas claras, mangas compridas e calças, principalmente em caso de gestantes, e nos horários de
maior risco de picadas;
usar mosqueteiro em caso de algum morador ter hábitos de dormir durante o dia;
orientar a gestante a realizar TODAS as consultas do Pré-Natal.
ORIENTAÇÕES DOS ACS PARA GESTANTES
As gestantes devem receber principalmente as seguintes orientações relativas às
medidas de prevenção às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti:
usar os repelentes indicados para o período de gestação (APÊNDICE D);
vestir roupas leves, com mangas compridas;
todas as outras medidas para prevenir o contato com mosquito ;
evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho;
antes de viajar, independente do destino ou motivo da viagem, as gestantes
devem consultar a equipe da sua Unidade Básica de Saúde para obter
informações e orientações mais detalhadas e avaliar o local de destino.
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
3.5 Principais sinais e sintomas que você deve observar:
•
febre de início rápido;
•
manchas vermelhas/ lesões na pele (exantema);
•
dor nas articulações (dor no corpo).
Em casos de dúvidas você pode ligar para o TelessaúdeRS (0800 645 3308).
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4 O QUE AS PESSOAS PODEM FAZER PARA EVITAR AS DOENÇAS?
4.1 Medidas domiciliares:
•
Medidas de prevenção e controle são as mesmas para a Dengue, Chikungunya e Zika
Vírus, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
•
Objetivo é a redução do número de mosquitos e sua proliferação. Para isso, elimine a
possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada, em qualquer tipo de
depósito, impedindo o acesso dos mosquitos por intermédio do uso de telas/capas ou
mantendo totalmente cobertos reservatórios e quaisquer locais passíveis de acúmulo de
água.
4.2 Medidas individuais:
•
Proteção individual pode ser obtida através do uso de repelentes.
•
Crianças com menos de 6 meses NÃO podem utilizar repelentes. Para mais informações,
veja seção: “Repelentes”.
•
Recomenda-se o uso de roupas longas, que minimizam a exposição da pele, principalmente
durante o dia (anoitecer e amanhecer) quando os mosquitos são mais ativos.
•
As roupas longas proporcionam alguma proteção contra as picadas dos mosquitos, mas
não dispensam a utilização de repelentes.
IMPORTANTE LEMBRAR
Ainda NÃO existem vacinas disponíveis, pelo Ministério da Saúde, para imunizar a população
contra essas três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
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5 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE COMUNITÁRIO NO COMBATE AO MOSQUITO
5.1 Ações:
•
Identificar casos de pessoas sintomáticas (febre, dor articular, manchas vermelhas na
pele) com risco de ter doenças transmitidas pelo Aedes (Quadro I);
•
Identificar gestantes e orientar um cuidado adequado no pré-natal, com ênfase para risco
de transmissão de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes;
•
Identificar crianças, com ênfase em recém-nascidos, com sintomas das doenças
transmitidas pelo Aedes e/ou suas sequelas (ex: microcefalia). Conferir o Cartão da
Criança, verificando a medida do perímetro cefálico ao nascimento. Se este for menor ou
igual a 32 cm, encaminhe imediatamente a criança à Unidade Básica de Saúde;
•
Identificar locais e focos que podem alojar o mosquito Aedes aegypti (Quadro II);
•
Orientar a conduta correta para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes (Quadro
II);
•
Auxiliar os moradores na eliminação de possíveis criadouros do mosquito (Quadro II).
•
Comunicar situações de risco de criadouros de mosquito ao enfermeiro da sua equipe
de Saúde da Família, aos Agentes de Combate a Endemias da região. Em caso de dúvidas
ligar para o TelessaúdeRS/UFRGS pelo telefone 0800 645 3308.
5.2. O que fazer na visita domiciliar?
5.2.1 Tarefas durante a visita:
a) Informar ao morador que todo o país está fazendo um grande esforço no combate
ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika
Vírus;
b) Informar ao morador que a visita tem como objetivo orientar e verificar onde há
possíveis locais de reprodução do mosquito dentro do domicílio ou no seu entorno;
c) Solicitar ao morador autorização para entrar e realizar a vistoria na residência,
informando que será necessário ver todos os cômodos e a parte externa (pátio e
arredores), se tiver;
a) Informar ao morador sobre a importância da verificação semanal, que deve ser feita
por ele mesmo, para identificação e eliminação de possíveis criadouros do mosquito
(Exemplos: caixas d’água, lixo acumulado);
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
e) Identificar casos de pessoas sintomáticas com risco de ter doenças transmitidas pelo
Aedes;
f) Identificar gestantes e orientar um cuidado adequado no pré-natal, com ênfase para
risco de transmissão de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes;
g) Identificar crianças, com ênfase em recém-nascidos, com sintomas das doenças
transmitidas pelo Aedes e/ou suas sequelas (Exemplo: microcefalia);
h) Verificar todos os itens abaixo, conforme as orientações contidas no Quadro II.
Quadro II - Ações para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypit
O QUE OBSERVAR
Olhar todos os pratos e vasos de plantas e
xaxins dentro e fora de casa.
AÇÕES (O que o ACS/ACE/Militar deve
fazer)
• Se o morador tiver areia em casa,
preencher os pratos. Caso não seja
possível, fure os pratos.
•
Lixeiras dentro e fora de casa.
Plantas que podem acumular muita
água, como bromélias.
Tampas de garrafa, latinhas, saquinhos
plásticos, embalagens de vidro, copos
descartáveis ou qualquer outro objeto
que possa acumular água.
Vaso sanitário em desuso.
•
Oriente para que não deixe água
acumulada em nenhum lugar da casa.
Fechar bem os sacos plásticos.
•
•
Manter a lixeira fechada.
Retirar água acumulada nas folhas.
•
Orientar os moradores a colocar cloro
na bainha das folhas,(onde acumula
água) e a lavarem as folhas com bucha,
para a retirada de possíveis ovos que
tenham sido depositados.
Colocar tudo em um saco plástico.
Fechar bem e colocar no lixo.
•
•
Deixar sempre a tampa fechada e, se
possível, retirar totalmente a água.
•
Nos banheiros que são pouco
utilizados, dar a descarga
semanalmente.
Verificar se há entupimento que
impede o total escoamento de água. Se
houver, orientar para que o problema
seja solucionado quanto antes.
Conferir se a geladeira tem bandeja
externa. Se tiver, retirar a água,
lavar com água e sabão, escovar
internamente a bandeja.
Ralos de cozinha, de banheiro, de duchas e
de áreas externas.
•
Bandejas externas das geladeiras.
•
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Suporte de garrafões de água mineral
•
Lagos, cascatas e espelhos d’água
decorativos.
•
Piscinas.
•
•
Calhas de água de chuva em desnível.
•
Pneus abandonados
•
Garrafas PET e de vidro.
•
•
Lajes
•
Cacos de vidros nos muros
•
Baldes
Entulho e lixo
•
•
Materiais em uso podem acumular água.
•
•
Aquários
•
Terrenos Baldios
•
Sempre que for trocar os garrafões,
deverá lavar bem o suporte e eliminar
toda a água parada.
Manter os locais sempre limpos. Criar
peixes, pois eles se alimentam das
larvas.
Manter a água tratada com cloro.
Orientar o morador para tratar a
água com cloro. Limpar uma vez por
semana.
Verificar se há entupimento. Remover
as folhas e outros materiais.
Devem ser entregues para serviço de
limpeza urbana. Se o morador tiver
que manter o material em casa, deverá
guardá-lo em local coberto, abrigado
da chuva.
Tampar e jogar todas as garrafas no lixo
reciclado.
Se for necessário armazenar o material
no domicílio, deverá acondicionar as
garrafas viradas com o gargalo para
baixo e protegidas da chuva.
Retirar a água acumulada. Repetir a
operação semanalmente.
Colocar areia em todos que possam
acumular água.
Guardar de boca para baixo.
Evitar acumular lixo.
Manter o local sempre limpo.
Lavar com água e sabão, secar bem e
guardar em local protegido.
Manter tampados ou cobertos com
uma tela.
Comunicar o enfermeiro supervisor,
Agente de Combate a Endemias e ao
TelessaúdeRS.
Fonte: TelessaúdeRS/UFRGS. Adaptado do Caderno de Atenção Básica Nº 21. Ministério da Saúde.
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ATENÇÃO
Não esqueça de recomendar ao morador: TODOS os procedimentos devem ser realizados
uma vez por semana.
5.2.2 Tarefas ao término da visita:
•
Reforçar para o morador que os cuidados com os focos devem ser realizados por ele
semanalmente;
•
Reforçar para o morador os cuidados preventivos individuais que devem ser realizados;
•
Comunicar ao enfermeiro supervisor de sua equipe de Saúde da Família, Agente de
Combate a Endemias de sua região a existência de possíveis criadouros do mosquito
Aedes;
•
Comunicar ao enfermeiro supervisor, ao Agente de Combate a Endemias de sua região
sobre imóveis fechados, visitas recusadas e terrenos baldios sem acesso.
•
Ao final de toda visita o ACS deve registrar as informações no e-SUS AB.
O gestor municipal é responsável por organizar o plano de trabalho para o combate ao
Aedes aegypti no município, assim pode criar fluxos, pactuar estratégias e instituir outros
instrumentos de registro.
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo de vigilância
e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika. Brasília:
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.813, de 11 de novembro de 2015. Declara
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de ocorrência de microcefalias no Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 nov.
2015. Seção 1, p. 51. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/
prt1813_11_11_2015.html>. Acesso em: 29 dez. 2015.
15
Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.121, de 18 de dezembro de 2015. Altera o
Anexo I da Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, para reforçar as ações
voltadas ao controle e redução dos riscos em saúde pelas Equipes de Atenção Básica. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 21 de dezembro de 2015. Seção 1, p. 80-81. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/portaria_2121_2015.pdf>. Acesso
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. O agente comunitário de
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
APÊNDICE A – REPELENTES
A prevenção das picadas de insetos deve ser realizada através dos cuidados domiciliares e
individuais. As medidas de cuidado em relação ao domicílio são a diminuição da chance de
proliferação do mosquito (evitar água parada), proteção de barreira ou uso de inseticidas
(instalação de telas em janelas e portas, uso de mosquiteiro, substâncias capazes de matar
mosquitos adultos) ou repelentes ambientais (substâncias que afastam os mosquitos). Os
cuidados individuais têm o objetivo de impedir que o mosquito consiga picar a pele, podem
ser feitos através do uso de repelentes para a pele ou cuidados que diminuam as chances do
mosquito chegar até a pele.
Repelentes elétricos e ambientais: os repelentes ambientais afastam os mosquitos e
apresentam várias formas de apresentação. Eles podem ser utilizados em qualquer lugar da
casa ou do trabalho, preferencialmente em área com ventilação. As pessoas com alergias
respiratórias (como rinite alérgica ou asma) devem manter a cerca de dois metros de distâncias
dos repelentes (por exemplo, instalar o repelente elétrico longe da cama da pessoa com asma),
inclusive na hora de dormir.
Repelentes e inseticidas naturais: apesar da grande divulgação na mídia e no comércio,
produtos comercializados como repelentes e inseticidas naturais, sem registro na Agência de
Vigilância Sanitária, não apresentam eficácia científica comprovada. O seu uso NÃO deve ser
recomendado.
Repelentes para aplicação na pele: as substâncias comercializadas no Brasil como
repelentes necessitam de registro na Agencia de Vigilância Sanitária (ANVISA). Confira a
lista de produtos cosméticos registrados na ANVISA: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/
wcm/connect/9fa29b804ae4adc2b5bab748b0b26d2e/Repelentes+Cosm%C3%A9ticos.
xlsx?MOD=AJPERES>
Tipos de repelentes para aplicação na pele
O DEET é a substância mais bem estudada e a mais fácil de ser encontrada no Brasil. Os
repelentes à base de DEET (exemplo: OFF! ®, Super Repelex®) que apresentam concentrações
acima de 10% são indicados para uso acima de 12 anos. Seu tempo de ação é de cerca de 6 horas
e só pode ser aplicado até três vezes ao dia. Nas crianças, entre 02 e 12 anos, as formulações de
DEET de menor concentração podem ser utilizadas, sendo aplicadas no máximo duas vezes
ao dia (exemplo OFF kids®, Super Repelex Kids®).
Produtos com outros ativos repelentes também podem ser utilizados. A icaridina (exemplo:
Exposis®), tem tempo de ação estimada de até 10 horas e pode ser aplicada até duas vezes ao
dia.
O IR3535 (exemplo: Johnson´s baby loção antimosquito®) é uma loção recomendada para
uso em crianças entre 6 meses e 2 anos, tem um tempo de ação menor, no máximo 4 horas.
O extrato vegetal de plantas do gênero Cymbopogon (óleo de citronela) são registrados na
Anvisa, mas NÃO apresentam evidencia científica comprovada. Não devem ser recomendados.
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
ATENÇÃO
NÃO UTILIZE REPELENTES EM CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES DE IDADE.
NÃO HÁ CONTRA INDICAÇÃO PARA O USO EM GESTANTES.
LEIA O RÓTULO: OBSERVE AS INSTRUÇÕES DE USO E PROCURE O NÚMERO DO
REGISTRO NA ANVISA.
Quadro comparativo para todas as idades:
Faixa Etária
Princípio ativo
Tempo de duração
(nome comercial)
6 meses a 2 anos de IR3535
Até 4 horas
idade
(Loção anti mosquito
repelente de insetos
Johnson Baby®)
2 a 12 anos de idade DEET (max 10%)
4 – 6 horas
Até 2 x ao dia
(OFF Kids®, Repelex
Kids®)
IR3535
Até 2 x ao dia
4 horas
(Loção anti mosquito
repelente de insetos
Johnson Baby®)
Icaridina
10 horas
(Exposis Infantil®)
Acima de 12 anos DEET
Adultos Gestantes
(OFF®, Repelex ®,
Out ®)
IR3535
Máximo de
aplicações diárias
1 x ao dia
Até 2 x ao dia
4-6 horas
Até 3 x ao dia
Até 4 horas
Até 3 x ao dia
(Loção anti mosquito
repelente de insetos
Johnson Baby®,
Nexrepel ®,No Inset ®)
Icaridina
10 horas
Até 3 x ao dia
(Exposis®)
Fonte: TelessaudeRS/UFRGS dez./2015.
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
ORIENTAÇÕES GERAIS
•
Aplicar repelentes sobre a pele exposta, íntegra e seca.
•
Evitar o uso de roupas finas e justas.
•
Aplicar repelente por último. Se outro produto for aplicado sobre a pele, como
maquilagem ou protetor solar, a orientação é aguardar em torno de quinze minutos e
aplicar o repelente sobre a pele seca.
•
Lavar as mãos após o uso de repelente, principalmente mãos de crianças.
•
Respeitar as orientações do rótulo do produto (número de aplicações por dia, evitar
contato com boca e olhos, por exemplo).
•
Manter o uso de repelentes nas pessoas sintomáticas ou com caso suspeito.
•
Não dormir com repelente sobre a pele.
•
Repelentes ambientais devem ser utilizados, em locais ventilados e com pelo menos
dois metros de pessoas com asma.
•
Verificar se o produto apresenta registo na Agencia de Vigilância Sanitária (ANVISA).
GESTANTES
•
Estimular o uso de repelentes rotineiramente, respeitando as orientações da embalagem
(fabricante).
•
Recomendar proteção combinada (além do repelente, usar roupas longas, telas nas
janelas).
•
Orientar que comunique qualquer intercorrência para os profissionais de saúde.
CRIANÇAS
•
Bebês com até 6 meses
•
NÃO USAR repelentes. Não aplicar nada no seu bebê sem orientação médica.
•
Utilizar telas de proteção em portas e janelas, roupas com mangas compridas e calças
longas.
•
Utilizar mosquiteiros. Sempre conferir se não há mosquitos no berço, antes de fechar o
mosquiteiro.
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Orientações Gerais para o Agente Comunitário de Saúde no Combate ao Aedes aegypti e doenças relacionadas
6 meses aos 2 anos
•
Aplicar na pele exposta, seca e íntegra.
•
Aplicar após o protetor solar (esperar 15 minutos para o protetor solar secar).
•
Não aplicar nas mãos.
•
Utilizar proteção combinada (telas, mosquiteiros, roupas longas).
•
Respeitar as orientações da embalagem (fabricante).
•
Lavar as mãos das crianças após aplicação.
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Dúvidas sobre: Dengue, Chikungunya, Zika Vírus, Microcefalia;
mosquito Aedes Aegypti ou deúncias de foco do mosquito ligue:
0800 645 3308
PROJETO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
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