Biologia - Estuda Que Passa

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Biologia
(5168) Tecido Muscular / (5169) Tecido Nervoso
Professor Enrico Blota
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Biologia
TECIDO MUSCULAR / TECIDO NERVOSO
TECIDO MUSCULAR
O tecido muscular é composto pelas fibras musculares (miócitos). A fibra é uma célula complexa,
diferente das fibras do tecido conjuntivo, que são apenas filamentos proteicos, produzidos
pelos fibroblastos. São especializadas e com a propriedade de contração. Por estímulo nervoso
elas se encurtam, proporcionando o movimento dos órgãos e do corpo como um todo. Em
seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamentos protéicos: os de actina e os de miosina,
responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas células. Quando um
músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina deslizam entre os filamentos de
miosina. A célula diminui em tamanho, caracterizando a contração.
A organização de um músculo:
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Anotações:
Três diferentes tipos de fibras musculares formam os tecidos musculares dos animais (músculo
liso, estriado esquelético e estriado cardíaco).
Liso
Estriado esquelético
Estriado cardíaco
Forma
Fusiforme
Filamentar
Filamentar ramificada
(anastomosada)
Estrias transversais
Não há
Sim
Sim
Núcleo
1 central
Muitos periféricos
(sincício)
1 ou 2 centrais
Discos intercalares
Não há
Não há
Sim
Contração
Lenta, involuntária
Rápida voluntária
Rápida, involuntária
Apresentação
Forma camadas que
envolvem os órgãos
(tubo digestivo, bexiga
útero, vasos sang.)
Forma pacotes bem
definidos, os músculos
Esqueléticos.
Forma o miocárdio
A fibra muscular estriada
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O sarcômero e a contração
A contração inicia com a liberação de íons cálcio do retículo sarcoplasmático, após um estímulo
oriundo do sistema nervoso (que passa para o túbulo T e, posteriormente para o retículo).
Com isso o sarcômero altera a conformação dos filamentos de Actina e isso permite a ligação
das miosinas nas actinas. Como as miosinas gastam ATP para executar o movimento e “puxar”
as actinas, os filamentos de actinas deslizam sobre os de miosina, encurtando o sarcômero.
Observe na imagem acima que após a contração as linhas Z se aproximam e diminuem as faixas
I e a zona H do sarcômero.
Funcionamento geral do processo:
TECIDO NERVOSO
Nesse tecido a substância intercelular praticamente não existe e apresenta dois componentes
celulares:os neurônios e as células da glia. As células da glia (ou neuroglia) são vários tipos
celulares relacionados com a sustentação e a nutrição dos neurônios, com a produção de
mielina e com a fagocitose.
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Os neurônios, ou células nervosas, têm a propriedade de receber e transmitir estímulos
nervosos, permitindo ao organismo responder a alteração do meio.
Os neurônios são alongados, podendo atingir, em alguns casos, cerca de 1 metro de
comprimento, como nos neurônios que se estendem desde nossas costas até o pé. São células
formadas por um corpo celular, de onde partem dois tipos de prolongamentos: dendritos
e axônio. Muitos neurônios são envolvidos por células especiais, as células de Schwann
(enquadrada como célula glia por alguns autores). Essas células se enrolam dezenas de vezes
em torno do axônio e formam uma capa membranosa de natureza lipídica, chamada bainha
de mielina. A bainha de mielina atua como um isolamento elétrico e aumenta a velocidade
de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio. Na doença degenerativa conhecida
como esclerose múltipla, por exemplo, ocorre um deterioração gradual da bainha de mielina,
resultando na perda progressiva da coordenação nervosa. As fibras mielínicas (com bainha
de mielina) conduzem o impulso nervoso a uma velocidade de mais de 100 m/s. Já as fibras
amielínicas (sem bainha de mielina) conduzem o impulso muito lentamente.
As células glia:
•• Astrócitos – fazem a sustentação e suas ramificações ligam capilares a neurônios,
transportando nutrientes.
•• Micróglia – fazem a fagocitose de corpos estranhos e restos celulares.
•• Oligodendrócitos e Células de Schwann – Formam bainhas de mielina de axônios, sendo os
oligodendrócitos no sistema nervoso central e as células de Schwann no sistema nervoso
periférico.
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Leitura obrigatória – Tipos de neurônios
A condução do impulso nervoso
Os estímulos se propagam sempre no mesmo sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem
pelo corpo celular, percorrem o axônio e, da extremidade deste, são passados à célula seguinte
(dendrito – corpo celular – axônio). O impulso nervoso que se propaga através do neurônio é
de origem elétrica e resulta de alterações nas cargas elétricas das superfícies externa e interna
da membrana celular. Quando essa membrana se encontra em tal situação, diz-se que está
polarizada. Essa diferença de cargas elétricas é mantida pela bomba de sódio e potássio.
Assim separadas, as cargas elétricas estabelecem uma energia elétrica potencial através da
membrana: o potencial de membrana ou potencial de repouso (diferença entre as cargas
elétricas através da membrana). Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega
ao neurônio, ocorre alteração da permeabilidade da membrana, permitindo grande entrada
de sódio na célula e pequena saída de potássio dela. Com isso, ocorre uma inversão das
cargas ao redor dessa membrana, que fica despolarizada gerando um potencial de ação. Essa
despolarização propaga-se pelo neurônio caracterizando o impulso nervoso. Imediatamente
após a passagem do impulso, a membrana sofre repolarização, recuperando seu estado de
repouso, e a transmissão do impulso cessa.
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OBS.: a condução do impulso nervoso é um pouco diferente nas fibras mielínicas que inervam
os músculos esqueléticos. Nelas, apenas há inversão de polaridade nas regiões dos nódulos de
Ranvier. A onda, então, “salta” diretamente de um nódulo para outro, não acontecendo em toda
a extensão da região mielinizada (a mielina é isolante). Fala-se então em condução saltatória e
com isso há um bom aumento da velocidade do impulso nervoso quando comparado às fibras
amielínicas.
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“LEI DO TUDO OU NADA”
Um neurônio só consegue enviar um impulso se a intensidade do impulso for
acima de um determinado nível. Este valor mínimo que permite a transmissão do
potencial de ação é conhecido como potencial limiar. Os valores abaixo do potencial
limiar são conhecidos como sublimiares. Acima desse valor o potencial ocorrerá
independentemente da intensidade. (adaptado de: ced.ufsc.br)
Sinapse
Anotações:
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