Informação à Comunicação Social 7 de Agosto de 2000 ESTIMATIVA DO PARQUE HABITACIONAL 1991 - 1999 O INE apresenta os principais resultados da Estimativa do Parque Habitacional, para o período 19911999, apurados a partir dos Censos 1991 e das Estatísticas da Construção de Edifícios, 1991 a 1999. Em 1999, o número de fogos (alojamentos familiares clássicos) existentes em Portugal estimava-se em 4 821 249. Em relação aos Censos de 91, observou-se um aumento no número de fogos de 608 557 em resultado de um crescimento de cerca de 14%. Fogos existentes em 1999 por NUTS II (milhares) 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 Norte Centro L. V. Tejo Alentejo Algarve R. A. Açores R. A. Madeira De acordo com a análise por NUTS II, a região de Lisboa e Vale do Tejo concentrava, em 1999, um terço dos fogos existentes; seguiam-se a região Norte com perto de 32% e a região Centro com pouco menos de um quinto do número de fogos existentes no país. O litoral de Portugal surge como a zona privilegiada para a localização da maioria dos fogos. Em simultâneo, observa-se a importância que também assumem os eixos Aveiro - Viseu e Guarda Castelo Branco enquanto zonas de concentração de fogos. Fogos / Alojamentos Familiares Clássicos existentes em 1999 por concelho N W E S Nº até 5 000 5 001 - 15 000 15 001 - 30 000 30 001 - 50 000 mais de 50 000 50 Kms INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL Lisboa surge como o concelho com maior número de fogos (286 373), acolhendo 6% do total de fogos do país. Seguiam-se os concelhos de Sintra, Loures e Porto cujo número de fogos correspondia, no ano em análise, a 3,2%, 2,8% e 2,6%, respectivamente. Taxa de variação média anual do nº de fogos (1991 a 1999) por concelho N W E S % 0.3 - 0.7 0.7 - 1.0 1.0 - 1.3 1.3 - 1.7 > 1.7 50 Kms INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL Os três concelhos do país com menos de 1000 fogos pertenciam à Região Autónoma dos Açores. Assim, o Corvo era, em 1999, o concelho de Portugal com menor número de fogos: 161. Em Lajes das Flores existiam 761 e, em Santa Cruz das Flores, o número de fogos era 935. A taxa de crescimento médio anual relativa ao período 1991-1999 foi de 1,7%. Este indicador aponta, igualmente, para um maior dinamismo do litoral continental. No interior do Continente, observaram-se alguns pólos particularmente dinâmicos correspondentes a capitais de distrito como Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Évora e Beja. De entre os dez concelhos com mais fogos, em 1999, os que evidenciaram crescimentos mais expressivos, entre 1991 e 1999, foram Sintra (+30,6%), Matosinhos (+21,5%) e Vila Nova de Gaia (+20,8%). No entanto, os que mais cresceram, em termos relativos, foram a Maia, Santa Cruz, Castro Marim, Braga, Lagos e Sintra com taxas de variação superiores a 30%. Em relação ao número de edifícios, verificou-se um acréscimo de 8%, entre 1991 e 1999, que se traduziu na existência, em 1999, de 3 099 047 edifícios no país. Edifícios existentes em 1999 por NUTS II (milhares) 1200 1000 800 600 400 200 0 Norte Centro L. V. Tejo Alentejo INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA Algarve - R. A. Açores PORTUGAL R. A. Madeira Importa sublinhar o facto de que se, em termos de fogos, a região de Lisboa e Vale do Tejo se assumia como a mais importante do país, surge, no que diz respeito ao número de edifícios, a seguir à região Norte e à Região Centro. Com efeito, na Região Norte, o número de edifícios existentes, em 1999, era de 1 065 875, o que correspondia a mais de um terço do total nacional. Note-se, ainda, que as regiões Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo concentravam mais de quatro quintos do total nacional. Ao nível concelhio, Lisboa, Vila Nova de Gaia, Sintra, Porto e Guimarães destacam-se por serem os únicos concelhos que concentram mais de 40 000 edifícios cada. Ao nível nacional, o número médio de fogos por edifício era, em 1999, de 1,56. Acima da média nacional, encontravam-se as NUTS II Lisboa e Vale do Tejo (2,29 fogos por edifício) e Alentejo (1,70). A Região Autónoma dos Açores apresentava o número mais baixo do país (1,05). A análise em termos concelhios confirma a importância de Lisboa e Vale do Tejo enquanto zona caracterizada por um elevado número de fogos por edifício. Assim, os dez concelhos com o maior número médio de fogos por edifício pertencem àquela região. Contudo, o concelho da Amadora destaca-se claramente dos restantes dado que, em média, cada edifício possui seis fogos. São João da Madeira é o concelho não pertencente àquela NUTS II onde se observa o maior número de fogos por edifício: 2,67. No extremo oposto, os concelhos com menor número médio de fogos por edifício pertenciam à Região Autónoma dos Açores. INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL Número de Fogos por Edifício em 1999 por NUTS II 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Norte Centro L. V. Tejo Alentejo INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA Algarve - R. A. Açores PORTUGAL R. A. Madeira