Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 A Nota de Orientação 6 corresponde ao Padrão de Desempenho 6. Consulte também os Padrões de Desempenho 1 a 5 e 7 a 8, bem como suas Notas de Orientação correspondentes para obter informações adicionais. Informações sobre todos os materiais mencionados que aparecem no texto desta Nota de Orientação podem ser encontradas na Bibliografia. Introdução 1. O Padrão de Desempenho 6 reconhece que a proteção e a conservação da biodiversidade, a manutenção dos serviços de ecossistemas e a gestão sustentável dos recursos naturais vivos são fundamentais para o desenvolvimento sustentável. Os requisitos descritos neste Padrão de Desempenho seguem a orientação da Convenção sobre Diversidade Biológica, que define biodiversidade como a "variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, incluindo, entre outros, de ecossistemas terrestre, marinho e outros ecossistemas aquáticos, bem como os complexos ecológicos dos quais fazem parte. Isso inclui a diversidade dentro das espécies e entre elas e a variedade dos ecossistemas." 2. Serviços de ecossistemas são os benefícios que as pessoas, incluindo as empresas, obtêm dos ecossistemas. Os serviços de ecossistemas são organizados em quatro tipos: (i) serviços de abastecimento, que são os produtos que as pessoas obtêm dos ecossistemas; (ii) serviços reguladores, que são os benefícios que as pessoas obtêm da regulamentação dos processos dos ecossistemas; (iii) serviços culturais, que são os benefícios não materiais que as pessoas obtêm dos ecossistemas e (iv) serviços de apoio, que são os 1 processos naturais que mantêm os outros serviços . 3. Os serviços de ecossistemas valorizados pelos seres humanos são geralmente sustentados pela biodiversidade. Os impactos na biodiversidade podem, portanto, afetar negativamente o fornecimento de serviços de ecossistemas. Este Padrão de Desempenho aborda como os clientes podem administrar de maneira sustentável e diminuir os impactos sobre a biodiversidade e os serviços de ecossistemas ao longo de todo o ciclo de vida do projeto. ___________________ 1 Alguns exemplos são: (i) serviços de abastecimento podem incluir alimentos, água doce, madeira, fibras, plantas medicinais; (ii) serviços reguladores podem incluir purificação da água de superfície, armazenamento e sequestro de carbono, regulamentação climática, proteção contra perigos naturais; (iii) serviços culturais podem incluir áreas naturais que sejam locais sagrados e áreas importantes para a recreação e o prazer estético; e (iv) serviços de apoio podem incluir a formação do solo, ciclagem de nutrientes e produção primária. NO1. Os requisitos previstos no Padrão de Desempenho 6 e a interpretação desses requisitos conforme previsto nesta Nota de Orientação são orientados pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) incluindo o Plano Estratégico para Biodiversidade de 2011-2020 da CBD e as Metas de NO1 Conforme enfatizado pelo Programa de Biodiversidade para o Biodiversidade de Aichi. Desenvolvimento da CBD, a perda da biodiversidade pode resultar em reduções críticas nos produtos e serviços fornecidos pelos ecossistemas da terra, todos os quais contribuem com a prosperidade econômica e o desenvolvimento humano. Isso é especialmente relevante em países em desenvolvimento, onde os meios de subsistência baseados em recursos naturais normalmente prevalecem. NO1 Metas de biodiversidade revistas e atualizadas para o Plano Estratégico de 2011-2020 para a Convenção sobre Diversidade Biológica; Decisão X/2 da décima Conferência das Partes (COP-10). 1 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO2. A definição de serviços de ecossistemas fornecida no parágrafo 2 do Padrão de Desempenho 6 NO2 Todas as quatro categorias de serviços de tem origem na Avaliação Ecossistêmica do Milênio. ecossistemas (serviços de abastecimento, regulação, culturais e de suporte) são reconhecidos neste Padrão de Desempenho. O Padrão de Desempenho 6 reconhece que o desenvolvimento sustentável não pode ser atingido se a biodiversidade ou os serviços de ecossistemas forem perdidos ou degradados pelos esforços de desenvolvimento. Embora reconheça que essas duas dimensões estão intimamente ligadas, o Padrão de Desempenho 6 fornece requisitos do cliente, separados em biodiversidade e serviços de ecossistemas. Isso em parte ocorre porque a gestão da biodiversidade envolve a experiência e conhecimento científico encontrados principalmente na comunidade da prática de ecologistas e biólogos de conservação, enquanto que a implementação de programas de avaliação, mitigação e gestão para serviços de ecossistemas geralmente requer a experiência de especialistas sociais e outros especialistas (por exemplo, agrônomos, geólogos, hidrólogos e hidrogeólogos, especialistas em controle de erosão e solo, especialistas em gestão de água, etc.), além do engajamento direto com Comunidades Afetadas. NO3. A biodiversidade e os serviços de ecossistemas são especialmente relevantes aos setores que desenvolvem recursos naturais vivos como commodities, tais como agricultura, florestas, pesca e pecuária. Práticas de gestão sustentáveis para muitos desses setores foram codificadas em padrões reconhecidos internacionalmente. Por esse motivo, requisitos adicionais são fornecidos para empresas envolvidas na produção primária de recursos naturais vivos como commodities. Objetivos Proteger e conservar a biodiversidade. Manter os benefícios dos serviços de ecossistemas. Promover a gestão sustentável dos recursos naturais vivos mediante a adoção de práticas que integrem tanto as necessidades de conservação quanto as prioridades do desenvolvimento. Âmbito de Aplicação 4. A aplicabilidade deste Padrão de Desempenho é determinada durante o processo de identificação dos riscos e impactos socioambientais. A implantação das ações necessárias ao cumprimento dos requisitos deste Padrão de Desempenho é gerida pelo Sistema de Gestão Ambiental e Social (SGAS) do cliente, cujos elementos estão descritos no Padrão de Desempenho 1. 5. Com base no processo de identificação de riscos e impactos, os requisitos deste Padrão de Desempenho são aplicados a projetos (i) situados em habitats modificados, naturais e críticos; (ii) que possam impactar serviços de ecossistemas sobre os quais o cliente exerce um controle de gestão direta ou uma influência significativa ou que possam ser dependentes desses serviços de ecossistemas ou (iii) que incluam a produção de recursos naturais vivos (ex.: agricultura, pecuária, pesca, silvicultura). NO4. A aplicação do Padrão de Desempenho 6 é estabelecida durante o processo de identificação de riscos e impactos socioambientais. Requisitos gerais dos clientes para esse processo são fornecidos nos NO2 Este site contém os relatórios da Avaliação do Milênio, incluindo o Ecosystems and Human Well-being: Opportunities and Challenges for Business and Industry (2006) (Ecossistemas de Bem-Estar Humano: Oportunidades e Desafios para os Negócios e a Indústria), com links para relatórios completos e resumidos, bem como recursos gráficos, apresentações e videos, além de outros recursos úteis http://www.maweb.org 2 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 parágrafos 7 a 12 do Padrão de Desempenho 1, e uma orientação anexa fornecida nos NO15 a NO28 da Nota de Orientação 1. O processo de identificação de riscos e impactos deve incluir a formação do escopo de questões potenciais relativas à biodiversidade e serviços de ecossistemas. A formação do escopo poderá assumir a forma de uma análise inicial de revisão de textos, incluindo uma revisão de estudos e avaliações regionais, o uso de ferramentas de avaliação globais ou regionais tal como a Ferramenta de Avaliação de Biodiversidade Integrada (Integrated Biodiversity Assessment Tool - IBAT) e o reconhecimento de campo. A formação de escopo de serviços de ecossistemas também ocorrerá por meio de consulta com Comunidades Afetadas como parte dos requisitos de Engajamento de Partes Interessadas descritos nos parágrafos 25 a 33 do Padrão de Desempenho 1 e sua orientação anexa (ver parágrafos NO91 a NO105 na Nota de Orientação 1). NO5. O processo de identificação de riscos e impactos irá variar dependendo da natureza e dimensão do projeto. No mínimo, o cliente deve examinar e avaliar os riscos e possíveis impactos sobre a biodiversidade e os serviços de ecossistemas na área de influência do projeto, levando em conta os seguintes itens: (i) o local e a dimensão das atividades do projeto, inclusive os das instalações associadas; (ii) suas cadeias de abastecimento (conforme exigido no parágrafo 30 do Padrão de Desempenho 6); (iii) a proximidade do projeto a áreas de conhecido valor de biodiversidade ou áreas conhecidas como fornecedores de serviços de ecossistemas; e (iv) os tipos de tecnologia que serão utilizados (por exemplo, mineração subterrânea versus a céu aberto, perfuração direcional e áreas de perfuração de múltiplo poços dispersos versus áreas de perfuração com alta densidade de poços, resfriadores por meio de ar versus torres de resfriamento de água, etc.) e eficiências dos equipamentos propostos. O Padrão de Desempenho 6 não será aplicável quando nenhum risco conhecido à biodiversidade e aos serviços de ecossistemas, incluindo riscos a possíveis lacunas de conhecimento, for identificado por meio dessa avaliação. NO6. Com relação aos serviços de ecossistemas, o Padrão de Desempenho 6 será, na maioria dos casos, aplicável quando os (principais) beneficiários diretos desses serviços forem as Comunidades NO3 do Padrão de Desempenho 1. O Padrão de Desempenho Afetadas, conforme definido no parágrafo 1 6 não será aplicável nos casos em que o cliente, por meio de seu projeto, não tenha o controle de gestão direto ou influência significativa sobre esses serviços, como a regulação de serviços de ecossistemas em que os benefícios desses serviços são recebidos em escala global (por exemplo, armazenamento de carbono ou regulação climática). Os impactos nessa escala são cobertos como parte do processo de identificação de riscos e impactos no Padrão de Desempenho 1 e uma orientação adicional é fornecida nos parágrafos NO31 a NO35 de sua Nota de Orientação anexa. Os requisitos do cliente para emissões de Gases de Efeito Estufa estão descritos nos parágrafos 7 e 8 do Padrão de Desempenho 3 e nos parágrafos NO16–NO26 de sua Nota de Orientação correspondente. NO7. Com relação aos recursos naturais vivos, o Padrão de Desempenho 6 será aplicável a todos os projetos envolvidos na produção primária desses recursos. Requisitos Gerais 6. O processo de identificação de riscos e impactos estabelecido no Padrão de Desempenho 1 deve considerar os impactos diretos e indiretos relacionados ao projeto sobre a biodiversidade e os serviços de ecossistemas, e identificar os impactos residuais significativos. Esse processo considerará as ameaças relevantes à biodiversidade e aos serviços de ecossistemas, focando especialmente na perda, degradação e fragmentação de habitats, espécies exóticas invasoras, exploração excessiva, alterações hidrológicas, carga NO3 Uma orientação adicional sobre essa definição é fornecida no parágrafo NO92 da Nota de Orientação 1. 3 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 de nutrientes e poluição. Também levará em conta os diferentes valores atribuídos à biodiversidade e aos serviços de ecossistemas pelas Comunidades Afetadas e, quando pertinente, por outras partes interessadas. Nos casos em que os parágrafos 13 a 19 forem aplicáveis, o cliente deve avaliar os impactos relativos ao projeto em toda a paisagem terrestre ou marinha potencialmente afetada. 7. O cliente deve, prioritariamente, tentar evitar impactos à biodiversidade e aos serviços de ecossistemas. Quando não for possível evitar tais impactos, devem ser adotadas medidas para minimizá-los e recuperar a biodiversidade e os serviços de ecossistemas. Dada a complexidade de prever os impactos do projeto sobre a biodiversidade e os serviços de ecossistemas a longo prazo, o cliente deve adotar uma prática de gestão adaptável, na qual a implantação de medidas de mitigação e gestão sejam sensíveis às mudanças das condições e aos resultados do monitoramento durante o ciclo de vida do projeto. 8. Nos casos em que os parágrafos 13 a 15 forem aplicáveis, o cliente contratará profissionais competentes para ajudar na execução do processo de identificação de riscos e impactos. Quando os parágrafos 16 a 19 forem aplicáveis, o cliente deve contratar especialistas externos com experiência regional apropriada para assistir no desenvolvimento de uma hierarquia de mitigação que esteja em conformidade com este Padrão de Desempenho e para verificar a implantação de tais medidas. NO8. Os parágrafos 6 a 8 se referem à conclusão do processo de identificação dos riscos e impactos assim que tiver sido determinado que o Padrão de Desempenho 6 se aplica a um determinado projeto. O processo de identificação de riscos e impactos poderá assumir a forma de um estudo de impactos socioambientais (EISA também comumente conhecido como ESIA) e deve ser contínuo como parte do Sistema de Gestão Ambiental e Social (SGAS). O escopo da avaliação dependerá da natureza e dimensão do projeto e das sensibilidades em termos de atributos de biodiversidades e serviços de ecossistemas. Com relação à biodiversidade, os clientes devem consultar as diretrizes de boas práticas e outros documentos de referência relevantes sobre avaliação e gestão de biodiversidade, alguns dos quais são fornecidos na Bibliografia. Com relação a serviços de ecossistemas, os clientes devem consultar os parágrafos NO126 a NO142, que fornecem uma orientação sobre a avaliação de serviços de ecossistemas e descrevem o processo de Revisão de Serviços de Ecossistemas (RSE). NO9. Como parte do ESIA, estudos de linha de base devem ser conduzidos para os atributos de biodiversidade e serviços de ecossistemas relevantes. Os estudos de linha de base compreendem algumas combinações de revisão de textos, engajamento e consulta de partes interessadas, pesquisas em campo e outras avaliações relevantes. A extensão da caracterização da área através dos estudos de linha de base irá variar dependendo da natureza e dimensão do projeto. Para locais com impactos potencialmente significativos sobre os habitats naturais e críticos e serviços de ecossistemas, a caracterização da área deve incluir pesquisas em campo durante várias estações e conduzidas por profissionais competentes e peritos externos, conforme necessário. As pesquisas/avaliações em campo devem ser recentes e os dados devem ser obtidos para o local efetivo das instalações do projeto, incluindo instalações relacionadas e associadas e a área de influência do projeto. NO10. Estudos de linha de base devem ser iniciados com revisão da literatura e análises iniciais dos dados bibliográficos. A extensão da revisão de textos dependerá da sensibilidade dos atributos de biodiversidade associados à área de influência do projeto e os serviços de ecossistemas que possam ser impactados. As revisões de textos podem abranger inúmeras fontes como periódicos, avaliações regionais, documentos de planejamento nacionais ou regionais (por exemplo, o Plano de Ação e 4 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Estratégia para a Biodiversidade Nacional [PAEBN] e Planos de Ação para a Biodiversidade Local [PABLs]), avaliações e estudos existentes no local do projeto e em sua área de influência, dados encontrados em páginas da internet, como informações fornecidas na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for the Conservation of Nature - IUCN), planos de priorização de paisagens, incluindo planos e avaliações de conservação sistemáticos e teses de mestrado/doutorado, entre outros. NO11. Dependendo da natureza e dimensão do projeto, os dados especiais e mapeamento da paisagem terrestre existentes fazem parte das revisões e análises iniciais da literatura. Isso é especialmente importante para locais do projeto em habitats naturais e críticos. Isso inclui a classificação da terra e mapas de usos da terra, imagens de satélite e fotos aéreas, mapas dos tipos de vegetação e ecossistemas, mapas topográficos e hidrológicos, como bacias hidrográficas e zonas interfluviais. Inúmeros esforços para o mapeamento dos ecossistemas regionais já foram realizados e estão atualmente sendo feitos por instituições acadêmicas e governamentais, organizações intergovernamentais e organizações não governamentais (ONGs) (por exemplo, o Centro de Monitoramento da Conservação Mundial – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA-CMMC – United Nations Environmental Programme-World Conservation Monitoring Centre NO4 Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação UNEP-WCMC); Ocean Data Viewer; (ONUAA – UN Food and Agriculture Organization - FAO), Avaliações dos Recursos Florestais; The Nature Conservancy; NatureServe (Mapa de Ecossistemas Terrestres da América do Sul); Global Forest Watch; Conservação Internacional; BirdLife International; Ferramenta Integrada de Avaliação da Biodiversidade (Integrated Biodiversity Assessment Tool - IBAT); União Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for Conservation of Nature - IUCN); Grupo de Observação da Terra (Group on Earth Observation - GEO) Sistema Global dos Sistemas de Observação da Terra (Global Earth Observation System of Systems - GEOSS); etc.). Essas informações podem ajudar diretamente na elaboração de um ESIA e quaisquer avaliações correlatas da integridade da paisagem terrestre, desenvolvimento de recursos e análises de gestão, avaliações de serviços de ecossistemas e apresentação de relatórios e previsão de tendências ambientais. NO12. O engajamento e a consulta junto às partes interessadas é um dos meios mais importantes de se entender os impactos sobre a biodiversidade e identificar respostas apropriadas para esses impactos. Espera-se que o ESIA ou qualquer avaliação de acompanhamento relacionada a serviços de ecossistemas/biodiversidade leve em consideração os diferentes valores adicionados aos serviços de ecossistemas e biodiversidade pelas Comunidades Afetadas. Isso é especialmente relevante quando NO5 Para serviços de projetos podem afetar serviços de ecossistemas relevantes para Povos Indígenas. ecossistemas, este processo fará parte da RSE e está descrito nos parágrafos NO135 a NO142. Com relação à biodiversidade, o cliente deve considerar os diferentes valores adicionados a determinados atributos de biodiversidade pelas partes interessadas relevantes locais, nacionais e internacionais. A biodiversidade será analisada de forma diferente dependendo das partes interessadas e irá variar de região para região. Observe que para um habitat crítico, os valores da biodiversidade que devem ser considerados, no mínimo, estão expressos no parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 6. As partes interessadas que deverão ser consultadas incluem as Comunidades Afetadas, oficiais do governo, instituições acadêmicas e de pesquisa, peritos externos renomados nos atributos de biodiversidade em questão, e ONGs de conservação nacionais e internacionais, conforme adequado. Juntos, a análise da literatura, o engajamento e consulta de partes interessadas e pesquisas/avaliações de campo devem estabelecer um conjunto-chave de “valores de biodiversidade”, o que formaria a base da análise de NO4 As ferramentas de mapeamento do UNEP-WCMC para áreas protegidas são fornecidas no parágrafo NO114 e recursos adicionais são fornecidos na Bibliografia. NO5 Ver Padrão de Desempenho 7 e Nota de Orientação 7 para requisitos para Povos Indígenas. 5 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 impactos e a definição das medidas de mitigação e gestão. O mesmo ocorre com os serviços de ecossistemas, embora a RSE informe amplamente esse processo. NO13. Para alguns projetos, os valores de biodiversidade e serviços de ecossistemas associados a um local poderão ser numerosos, e os clientes se beneficiariam da priorização desses recursos. A biodiversidade e os serviços de ecossistemas podem ser priorizados em dois eixos: (i) com base na quantidade de opções espaciais remanescentes onde pode ocorrer a conservação (ou seja, limite espacial ou a incapacidade de substituição do recurso); e (ii) com base no tempo disponível para que ocorra a conservação antes que esse recurso seja perdido (ou seja, limite temporal, conforme causado por ameaças ao recurso em questão, o que proporcionará o entendimento de sua vulnerabilidade). Esses conceitos podem ser aplicáveis tanto à biodiversidade quanto aos serviços de ecossistemas. Por exemplo, um lago sagrado pode ter um significado especialmente único para as comunidades locais, uma parte da floresta pode fornecer um tipo de fibra ou planta medicinal não encontrada em nenhum outro lugar, uma pequena elevação na terra pode proporcionar um controle único de inundações, uma espécie pode ser endêmica de um único local e um ecossistema pode ser único na paisagem terrestre. Todos esses são valores de biodiversidade/serviços de ecossistemas limitados espacialmente, nos quais eles são relativamente insubstituíveis na paisagem terrestre. O conceito de ameaça ou vulnerabilidade é igualmente aplicável: a probabilidade de uma espécie se perder num tempo definido conforme avaliado por listas de espécies ameaçadas como a da IUCN, a velocidade da perda de um serviço de ecossistema como polinização ou regulação de inundação, e a erosão continua de um local culturalmente valioso para Povos Indígenas devido à imigração são exemplos de limitações de tempo ou ameaças. A importância relativa a respeito da conservação do recurso como parte das operações do projeto poderia, portanto, ser determinada por seu status em termos desses dois eixos: sua incapacidade de substituição na paisagem terrestre/paisagem marinha e sua vulnerabilidade em poder permanecer lá. NO14. O parágrafo 6 lista uma quantidade de ameaças à biodiversidade e serviços de ecossistemas que o cliente deve considerar como parte do ESIA e de seu SGAS. Outras ameaças também podem ser consideradas dependendo do contexto regional/local. O cliente deve fornecer um relato preciso das ameaças, incluindo ameaças de nível regional que são relevantes para o local do projeto e sua área de influência. O cliente deve descrever quaisquer ameaças pré-existentes e a medida que o projeto pode exacerbá-las. Uma análise de ameaças deve ser utilizada para informar a avaliação do impacto. Por exemplo, se a caça ilegal de animais selvagens ou extração de madeira for contínua, o acesso induzido pelo projeto promoveria ainda mais esta situação? NO15. O ESIA deve deixar claro os impactos diretos, indiretos e residuais relacionados ao projeto sobre as populações, espécies e ecossistemas e sobre os serviços de ecossistemas identificados nos estudos de caracterização da área através dos estudos de linha de base. Os impactos diretos podem incluir perda e perturbação do habitat (ruído, luz, trânsito terrestre ou marítimo), emissões e efluentes, alterações à hidrologia superficial e formações terrestres, efeitos de borda e áreas desmatadas, perda do fornecimento de serviços de ecossistemas ou acesso a esses serviços, degradação de serviços de regulação dos ecossistemas, culturais e de suporte, etc. Os impactos indiretos podem incluir a introdução acidental e disseminação de espécies invasoras, acesso induzido pelo projeto por terceiros, imigração e impactos associados ao uso dos recursos. Medidas de mitigação e gestão devem então ser definidas para tratar de todos os impactos identificados como adversos à biodiversidade ou aos serviços de ecossistemas. Impactos residuais são impactos significativos relacionados ao projeto que podem permanecer após as medidas de mitigação no local (prevenção, controles de gestão, redução, recuperação, etc.) terem sido implementadas. Em habitats críticos, quaisquer impactos residuais significativos devem ser mitigados utilizando compensações da biodiversidade. Deve-se observar que uma determinação confiável de impactos residuais sobre a biodiversidade precisa levar em consideração a incerteza dos resultados devido a medidas de mitigação. Isto é especialmente relevante com relação à 6 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 recuperação e a capacidade do cliente de garantir uma recuperação adequada da biodiversidade e dos serviços de ecossistemas. Quando houver uma incerteza significativa, o cliente deve adotar uma abordagem conservadora na verificação da importância dos impactos residuais. Com relação aos impactos cumulativos, o cliente é responsável por considerar esses impactos em linha com o parágrafo 8 do Padrão de Desempenho 1 e conforme descrito em sua Nota de Orientação correspondente. NO16. Espera-se que os clientes exerçam plenamente a hierarquia de mitigação que está definida na seção Objetivos do Padrão de Desempenho 1 e é elaborada em mais detalhes no parágrafo 7 do Padrão de Desempenho 6 e neste parágrafo (NO16). O Padrão de Desempenho 6 enfatiza consideravelmente o ato de evitar impactos sobre a biodiversidade e os serviços de ecossistemas. Isto é refletido na primeira frase do parágrafo 7. O ato de evitar impactos é algumas vezes a única forma de prevenir uma perda irreparável da biodiversidade e de serviços de ecossistemas associados; a ênfase no impedimento na hierarquia da mitigação deve, assim, ser proporcional a incapacidade de substituição e vulnerabilidade da biodiversidade/serviços de ecossistemas afetados, conforme descrito no parágrafo NO13. Para implementar a hierarquia de mitigação com relação ao Padrão de Desempenho 6, uma avaliação da infraestrutura do projeto e da paisagem terrestre existente pode auxiliar na identificação, avaliação e elaboração de alternativas como forma de prevenção. Alternativas podem incluir variações no arranjo das instalações do projeto, processos de engenharia e fabricação alternativos e práticas de construção, a seleção de diferentes locais ou o roteamento de instalações lineares, além da seleção de fornecedores alternativos por meio de avaliação para identificar aqueles com sistemas de gestão de risco ambiental/social adequados. Segundo, assim que as alternativas de preferência tiverem sido escolhidas, a minimização dos impactos será possível por meio de modificações aos sistemas de drenagem, métodos de construção de estrada (por exemplo, para reduzir poeira e ruído), o padrão de limpeza da vegetação, seleção de diferentes tratamentos para redução da poluição, a implementação de medidas de controle de erosão e sedimentação, a construção de passagens livres para animais selvagens (por exemplo, tampões de valas (trench plugs) ou pontes no caso de infraestrutura linear) e o layout da infraestrutura. As medidas de minimização são elaboradas no parágrafo NO46 com relação aos habitats naturais. Terceiro, quando ocorrer o distúrbio da biodiversidade e de serviços de ecossistemas, a NO6 NO7 e recuperação. Isto poderá incluir a remediação será possível sob a forma de reabilitação reabilitação da vegetação (controle de erosão e regeneração natural facilitada de ecossistemas); recuperação do tipo de habitat original (se técnicas adequadas forem conhecidas ou puderem ser desenvolvidas); e recuperação de importantes serviços de ecossistemas, como fluxo facilitado do curso d’água com o escoamento de água no caso de operações de mineração. Mitigações devem ser elaboradas ou analisadas por especialistas em biologia e engenharia para garantir que a mitigação tenha sido otimizada de acordo com a hierarquia. Para impactos sobre a biodiversidade, a hierarquia de mitigação inclui o uso de compensações de biodiversidade. NO17. Conforme descrito no parágrafo 6 do Padrão de Desempenho 6, em habitats naturais e críticos, os clientes devem considerar os impactos relacionados ao projeto por toda a paisagem terrestre ou marinha potencialmente afetada. Observe que o termo “paisagem terrestre” inclui habitats aquáticos de água doce que existem na paisagem terrestre em geral. O termo “paisagem terrestre/paisagem marinha” não corresponde necessariamente a qualquer unidade pré-definida de espaço geográfico. É um termo NO6 Reabilitação é definida como a estabilização do terreno, garantia de segurança pública, melhoria estética e retorno da terra ao que, dentro do contexto regional, é considerado uma finalidade útil. Revegetação pode implicar o estabelecimento de apenas uma ou algumas espécies. Reabilitação é utilizada de forma intercambiável com o termo “recuperação” nesta Nota de Orientação. NO7 Recuperação é definido como o processo de auxiliar a recuperação de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído. Um ecossistema terá se recuperado quando contiver recursos bióticos e abióticos para continuar seu desenvolvimento sem assistência ou subsídio adicional. Ele se sustentaria de forma estrutural e funcional, demonstraria resiliência a variações normais de estresse e perturbação ambiental, e interagiria com ecossistemas contínuos em termos de fluxos bióticos e abióticos e interações culturais. 7 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 amplamente definido que pode corresponder a uma ecorregião, um bioma ou qualquer outra unidade de espaço ecologicamente significante em nível regional (ou seja, não específica ao local). Em alguns casos a unidade “paisagem terrestre/paisagem marinha” pode ser definida em termos de uma fronteira administrativa ou territorial ou uma determinada área zoneada em águas internacionais. Em cada caso, a intenção do requisito é que os clientes identifiquem impactos relacionados ao projeto, especialmente aqueles sobre a conectividade do habitat e/ou áreas de captação jusante, fora das fronteiras do local do projeto. A análise da paisagem terrestre/paisagem marinha é uma etapa fundamental na determinação de opções de mitigação ecologicamente apropriadas que estão alinhadas a esforços de conservação mais amplos na região. Essas análises suportam a tomada de decisão para determinar se os impactos devem ser evitados ou são adequados para compensações, e suportam a seleção e elaboração de uma estratégia de mitigação, incluindo mitigação de compensação que contribui com as metas de conservação em nível regional, em vez de impactos somente no nível do local. A análise da paisagem terrestre/paisagem marinha não implica necessariamente na coleta de dados em campo fora do local do projeto. A avaliação sem inspeção física, incluindo os exercícios de mapeamento e consulta com especialistas regionais, pode ajudar o cliente a entender o local do seu projeto no contexto de uma paisagem terrestre/paisagem marinha mais ampla. Este tipo de análise é de fundamental importância na prevenção da degradação e fragmentação do habitat natural, especialmente de impactos cumulativos. NO18. Projetos complexos e de grande escala envolvendo riscos e impactos significativos por diversos valores de biodiversidade e serviços de ecossistemas se beneficiariam da aplicação de uma “abordagem voltada para o ecossistema” para entender o ambiente no qual o projeto está localizado. Conforme descrito pela Convenção sobre Biodiversidade Biológica, a abordagem voltada ao ecossistema é uma “estratégia para a gestão integrada da terra, água e recursos vivos que promove a conservação e o uso sustentável de forma equitativa”. A CBD define “ecossistema” como um “complexo dinâmico de comunidades de micro-organismos, animais e plantas e seu ambiente não vivo que interagem como uma unidade funcional”. Esta definição não especifica qualquer unidade espacial particular ou dimensão. Em vez disso, a CBD informa que a dimensão da análise e ação deve ser determinada pelo problema sendo tratado. O Padrão de Desempenho 6 também adota uma abordagem similar ao definir “habitats”. NO19. A abordagem voltada para o ecossistema tem como foco a relação entre componentes e processos em um ecossistema. Ela reconhece que os muitos componentes da biodiversidade controlam o armazenamento e fluxos de energia, água e nutrientes dentro dos ecossistemas, o que proporciona uma resistência a perturbações importantes. O conhecimento da estrutura e da função do ecossistema contribui para um entendimento da resiliência do ecossistema e dos efeitos da perda da biodiversidade e fragmentação do habitat. A abordagem voltada para o ecossistema reconhece que a biodiversidade funcional nos ecossistemas proporciona muitos bens e serviços de importância socioeconômica (ou seja, serviços de ecossistemas). Esta abordagem deve ser levada em consideração no desenvolvimento do processo de identificação de riscos e impactos, que normalmente analisa impactos no isolamento um com relação ao outro e prescreve medidas de mitigação da mesma forma. Os clientes devem considerar a implementação de abordagens integradas, inovadoras e em tempo real para avaliar o ambiente socioecológico, especialmente para projetos complexos de grande escala com impactos únicos, múltiplos e/ou variados. NO20. Um elemento essencial da abordagem voltada para o ecossistema, e um requisito do cliente definido no parágrafo 7 do Padrão de Desempenho 6, é a adoção de práticas de gestão adaptáveis. A premissa da gestão adaptável é que a gestão do ecossistema devem envolver um processo de aprendizado, o qual ajuda a adaptar metodologias e práticas às formas como esses sistemas estão sendo gerenciados e monitorados. Para o setor privado, gestão adaptável é um conceito que deve estar enraizado no SGAS do cliente. Como é normalmente o caso na determinação dos riscos e impactos sobre a biodiversidade e os serviços de ecossistemas, existem lacunas nos dados mesmo após um 8 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 período de coleta de dados algumas vezes longo ou devido a condições diferentes. A estratégia de mitigação do cliente é elaborada com base no que é conhecido no momento da conclusão dos estudos de impactos socioambientais ou de estudos adicionais. Enquanto a estratégia de mitigação do cliente deve ser elaborada de acordo com a sua capacidade e deve adotar uma abordagem contrária a riscos que explicitamente acomode incertezas sobre os resultados das medidas de mitigação, a flexibilidade também deve ser parte do SGAS do cliente para que a abordagem de mitigação e gestão do cliente possam ser adaptadas com base em novas descobertas/informações. As novas descobertas/informações poderão surgir do programa de monitoramento do cliente ou de fontes independentes. Em cada caso, o cliente é responsável por atualizar sua abordagem de forma a melhorar de forma contínua a gestão existente da biodiversidade, serviços de ecossistemas e recursos naturais vivos. NO21. Os clientes são responsáveis por identificar profissionais competentes capazes de identificar valores de biodiversidade e serviços de ecossistemas e propor as opções de mitigação adequadas. Há uma grande quantidade de especialistas, e as qualificações requeridas irão variar. Por exemplo, ecologistas com experiência específica regional, biólogos com experiência com um determinado táxon e biólogos evolutivos ou de paisagens terrestres podem ser necessários para a identificação de determinados valores de biodiversidade. Especialistas em gestão de biodiversidade que estão familiarizados com o setor relevante (ou seja, especialistas de indústrias extrativas versus especialistas em silvicultura e outros agronegócios) agregarão valor distintos quanto à identificação de medidas de mitigação em linha com as boas práticas internacionais atuais no setor. Um único projeto poderá precisar contratar vários especialistas para caracterizar adequadamente o meio ambiente e desenvolver uma estratégia para a elaboração das mdedias de mitigação. A avaliação de serviços de ecossistemas poderá exigir a participação de diversos especialistas, dependendo do serviço em questão (por exempo, especialista em solo e controle de erosão, geólogos, hidrólogos, agrônomos, ecologistas de pastagem, especialistas em avaliação econômica de recursos naturais, especialistas em reassentamento e assuntos sociais com experiência em meios de subsistência baseados em recursos naturais, etc). NO22. Para projetos localizados em um habitat crítico (incluindo áreas legalmente protegidas/reconhecidas), os clientes devem garantir que peritos externos com experiência regional sejam envolvidos na avaliação da biodiversidade e/ou do habitat crítico. Se um habitat for critico devido à presença de espécies Gravemente Ameaçadas ou Ameaçadas, especialistas de espécies conhecidas devem ser envolvidos (por exemplo, incluindo indivíduos do Grupos de Especialistas do Comitê de Sobrevivência de Espécies da IUCN). Em áreas de habitas críticos, os clientes devem considerar a criação de um mecanismo para a revisão externa do processo de identificação de riscos e impactos do projeto e da estratégia de mitigação proposta. Isso é especialmente relevante quando a incerteza for alta, quando os possíveis impactos forem complexos e/ou controversos e/ou quando não existir nenhum precedente para as mitigações propostas (como alguns tipos de compensações). Esse mecanismo também promoveria o compartilhamento de boas práticas internacionais entre os projetos e melhoraria a transparência na tomada de decisão. NO23. Os clientes são encorajados a desenvolver parcerias com organizações de conservação reconhecidas e de credibilidade e/ou institutos acadêmicos. Isso é especialmente relevante com relação a possíveis desenvolvimentos no habitat natural ou crítico. Organizações parceiras poderão fornecer a experiência regional na gestão da biodiversidade que as empresas multinacionais normalmente não têm. Organizações parceiras poderão ser úteis na identificação de especialistas em espécies de interesse, na elaboração de programas de avaliação rápida e programas de monitoramento da biodiversidade, no desenvolvimento de Planos de Ação para a Biodiversidade (BAPs), ou na gestão de relações com grupos da sociedade civil e outras partes interessadas locais. 9 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Proteção e Conservação da Biodiversidade 9. Define-se como habitat uma unidade geográfica terrestre, de água doce ou marinha ou um rota aérea que possibilite a associação de organismos vivos e suas interações com o meio ambiente não vivo. Para fins de implantação deste Padrão de Desempenho, o habitat pode ser modificado, natural e crítico. Os habitats críticos são um subconjunto dos habitats modificados ou naturais. 10. Para a proteção e conservação da biodiversidade, a hierarquia de mitigação inclui compensações de biodiversidade que só podem ser consideradas depois de serem 2 adotadas medidas adequadas para a prevenção, minimização e restauração . Deve-se elaborar e implantar uma compensação de biodiversidade, de modo a alcançar resultados 3 de conservação mensuráveis que se possa razoavelmente esperar e que não resultarão em perda líquida, e sim, de preferência, em um saldo líquido positivo para a biodiversidade. Contudo, nos habitats críticos, é necessário haver um saldo líquido positivo. A elaboração de uma compensação de biodiversidade deve seguir o princípio de "igual-por-igual ou 4 melhor” e deve ser executada em conformidade com as melhores informações disponíveis e práticas atuais. Quando um cliente considerar o desenvolvimento de uma compensação como parte da estratégia de mitigação, deverão ser contratados peritos externos com conhecimento na elaboração e implantação da compensação. ______________________________ 2 Compensações de biodiversidade são resultados mensuráveis de conservação resultantes de ações elaboradas para compensar os impactos residuais adversos significativos na biodiversidade resultantes do desenvolvimento do projeto e que perduram após terem sido tomadas medidas adequadas para que tais impactos fossem evitados, minimizados e recuperados. 3 Os resultados mensuráveis de conservação da biodiversidade devem ser demonstrados no local (no solo) e em escala geográfica apropriada (ex.: nível local, de paisagem, nacional, regional). 4 O princípio de "igual-por-igual ou melhor" indica que as compensações de biodiversidade devem ser elaboradas para conservar os mesmos valores de biodiversidade que estejam sendo impactados pelo projeto (uma compensação "em espécie"). Contudo, em determinadas situações, as áreas de biodiversidade a serem impactadas pelo projeto podem não ser uma prioridade nacional ou local e podem existir outras áreas de biodiversidade com valores semelhantes que sejam mais prioritárias para a conservação e o uso sustentável e que estejam sob ameaça iminente ou que necessitem de proteção ou gestão eficaz. Nessas situações, poderá ser apropriado considerar uma compensação “desigual” que envolva "a troca por maior valor" (isto é: quando a compensação atinge a biodiversidade com maior prioridade do que aquela afetada pelo projeto) que irá, para os habitats críticos, atender aos requisitos do Parágrafo 17 deste Padrão de Desempenho. NO24. Ao desenvolver requisitos para a biodiversidade, o Padrão de Desempenho 6 é orientado e apoia a implementação da lei e convenções internacionais aplicáveis, incluindo: A Convenção sobre Diversidade Biológica, 1992 (CBD). A Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres, 1979 (Convenção de Bonn). A Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Silvestres Ameaçadas de Extinção, 1975 (CITES). A Convenção sobre Áreas Alagadas de Importância Internacional, especialmente como Habitat de Aves Aquáticas, 1971 (Convenção de Ramsar). A Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, 1972 (Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO). NO25. Um resumo das diretrizes de boas práticas sobre a integração da biodiversidade na avaliação de impactos e sobre a gestão da biodiversidade é fornecido na Bibliografia. Os clientes devem utilizar esses 10 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 documentos de referência quando forem esperados impactos sobre a biodiversidade relacionados ao projeto. A literatura neste tópico é vasta e essas referências são apenas indicativas. Existe uma vasta NO8 lista de diretrizes e orientações regionais, abrangentes, e específicas de cada setor , além de estudos de caso. Revistas acadêmicas dedicadas à avaliação de impacto ambiental são outra fonte rica de informações. NO26. O parágrafo 9 do Padrão de Desempenho 6 fornece intencionalmente uma definição ampla de habitats como unidades geográficas (que incluem áreas aquáticas marinhas e de água doce, bem como passagens de rotas aéreas), o que claramente difere de uma definição ecológica clássica de habitat (ou seja, o local ou tipo de local onde um organismo ou população ocorra naturalmente). Habitat modificado, natural e crítico se refere ao valor da biodiversidade da área conforme determinado pelas espécies, ecossistemas e processos ecológicos. NO27. Na prática, habitats naturais e modificados existem em um contínuo que varia de habitats naturais altamente inalterados e puros a habitats intensamente modificados e gerenciados. Na verdade, os locais do projeto normalmente estarão situados entre um mosaico de habitats com níveis variados de perturbação antropogênica e/ou natural. Os clientes são responsáveis por delinear o local do projeto da melhor forma possível em termos de habitat modificado e natural. Essa determinação é feita com base no nível de perturbação induzida pelo homem (por exemplo, a presença de espécies invasoras, nível de poluição, extensão da fragmentação do habitat, viabilidade de agrupamento de espécies naturais existentes, semelhança da estrutura e funcionalidade do ecossistema existente com as condições históricas, grau dos demais tipos de degradação do habitat, etc.) e os valores da biodiversidade do local (por exemplo, espécies e ecossistemas ameaçados, recursos da biodiversidade culturalmente importantes, processos ecológicos necessários para manter habitats críticos próximos). Ao delinear habitats modificados e naturais, os clientes não devem focar no local do projeto de forma isolada. O nível do impacto antropogênico deve ser determinado com relação a uma maior paisagem terrestre/paisagem marinha na qual o projeto está localizado. Em outras palavras, o local do projeto (ou partes dele) está situado em uma área perturbada/modificada no meio de uma paisagem terrestre de certa forma intacta? O local do projeto (ou partes dele) é uma ilha de habitat natural dentro de uma paisagem terrestre altamente perturbada/modificada ou gerenciada? O local do projeto está situado próximo a áreas de alto valor de biodiversidade (por exemplo, refúgio de animais silvestres, corredores ecológicos ou áreas protegidas)? Ou o local do projeto está situado em um mosaico de habitats modificados e naturais que contêm vários graus de valores de biodiversidade de importância para a conservação? O cliente deve estar preparado para definir o local do seu projeto nesses termos como parte do processo de identificação de riscos e impactos. NO28. Tanto habitats naturais quanto os modificados poderão conter altos valores de biodiversidade, ficando assim classificado como habitat crítico. O Padrão de Desempenho 6 não limita sua definição de habitat crítico para habitat crítico natural. Uma área pode muito bem ser um habitat crítico modificado. A extensão da modificação induzida pelo homem ao habitat não é, portanto, necessariamente um indicador do seu valor de biodiversidade ou da presença de um habitat crítico. NO29. Conforme estabelecido no parágrafo 10 do Padrão de Desempenho 6, compensações de biodiversidade poderão ser levadas em consideração “somente após a aplicação de medidas de prevenção, minimização e recuperação”. Portanto, a decisão de realizar uma compensação de biodiversidade nunca substituiria a implementação de boas práticas da gestão no local real do projeto. As compensações de biodiversidade somente deverão ser realizadas se impactos residuais significativos NO8 Por exemplo, ver Guia da IFC sobre Biodiversidade para o Setor Privado para Questões de Biodiversidade Específicas do Setor. Lições aprendidas com a experiência e estudos de caso também são fornecidas por este site. 11 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 continuarem após todas as medidas prévias da hierarquia de mitigação terem sido plenamente avaliadas e implementadas. NO30. Um compensação de biodiversidade serve como uma ferramenta de gestão de riscos para empreendedores cujos projetos impactarão a biodiversidade. Ela envolve um conjunto acordado de ações de conservação ou “resultados de conservação mensuráveis” que poderiam demonstrar como perdas de biodiversidade causadas pelo projeto de desenvolvimento serão compensadas pelos ganhos de biodiversidade equivalentes. A compensação poderá ser implementada como um projeto ou como vários projetos. Em qualquer caso, espera-se que o cliente quantifique perdas de biodiversidade e ganhos equivalentes conforme viável. Em casos nos quais não for possível uma abordagem quantitativa, a decisão de um perito é necessária para determinar as compensações adequadas dependendo da natureza e dimensão do projeto. As ações para obtenção de ganhos de biodiversidade devem ser elaboradas para fornecer resultados de conservação “no solo” de longo prazo, normalmente em um ou vários locais de compensação situados na região, mas geralmente não dentro dos limites do projeto. Os resultados precisam demonstrar que não houve nenhuma perda líquida na biodiversidade (ou um ganho líquido em habitats críticos) com relação aos impactos do projeto e dever estar acima das intervenções de conservação existentes. Na nota de rodapé 3 do Padrão de Desempenho 6, o termo “no solo” é utilizado de forma intercambiável com “in situ”. Outra forma de expressar esse conceito pode ser “no campo”. Esses termos são utilizados para enfatizar a importância de demonstrar resultados de conservação mensuráveis que podem ser realizados no ambiente natural e em uma escala geográfica adequada com relação ao valor de biodiversidade particular em questão. O fornecimento de treinamento e construção de capacidade ou o financiamento de pesquisa seria razoavelmente, ou nunca, considerado um resultado “no solo demonstrável.” Observe também que “in situ” não deve ser interpretado como no “local do projeto”, mas “no ambiente natural” e em uma escala ecologicamente relevante com relação ao valor da biodiversidade em questão. NO31. As ações para prevenir a perda líquida e assegurar o ganho líquido nos resultados de conservação para um projeto de desenvolvimento específico incluirá uma ou várias das três intervenções a seguir: (i) intervenções de gestão de conservação positivas, como a recuperação, melhoria ou desaceleração da degradação de componentes de biodiversidade em locais adequados para compensação; (ii) quando isso é demonstrado como viável, a criação ou reconstrução de um ecossistema ecologicamente equivalente e valores de biodiversidade associados; e (iii) intervenções de riscos prevenidas que resultem na proteção de biodiversidade, in situ, em uma área demonstrada como estando sob a ameaça de uma perda iminente ou projetada de biodiversidade (devido a fatores além do projeto de desenvolvimento em questão). Além disso, quando os usos socioeconômicos e culturais de biodiversidade (isto é, serviços de ecossistema) forem considerados, compensações de biodiversidade poderão incluir a disposição de pacotes de compensação para Comunidades Afetadas impactadas pelo projeto de desenvolvimento e pela compensação de biodiversidade. Observe que os serviços de ecossistemas estão abrangidos nos parágrafos 24 e 25 do Padrão de Desempenho 6, e a compensação para serviços de ecossistemas é contemplada nos Padrões de Desempenho 5, 7 e 8. NO32. As principais etapas e elementos de elaboração de compensação de biodiversidade incluem: (i) garantir que o projeto de desenvolvimento atenda a todas as leis, regulamentos e políticas aplicáveis com relação às compensações de biodiversidade; (ii) estabelecer um processo eficaz para as Comunidades Afetadas participarem na elaboração e implementação da compensação de biodiversidade; (iii) descrever o escopo do projeto e impactos previstos sobre a biodiversidade, aplicar e documentar as etapas na hierarquia de mitigação para limitar esses impactos enquanto levando-se em consideração várias fontes de incerteza (por exemplo, resultados do projeto de recuperação) e usar métricas defensíveis que adequadamente levam em consideração a biodiversidade para calcular impactos residuais; (iv) no contexto das paisagens terrestres/paisagens marítimas relevantes, identificar 12 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 oportunidades adequadas (potenciais locais para compensação, atividades e mecanismos) para obter ganhos de biodiversidade “igual-por-igual ou melhores” para compensar as perdas em virtude do desenvolvimento; (v) quantificar (utilizando as mesmas métricas utilizadas nos cálculos das perdas) ou, dependendo da natureza ou dimensão do projeto, utilizar uma abordagem semiquantitativa com parecer de um perito para demonstrar que os ganhos de biodiversidade necessários para atingir um resultado sem perda líquida (i.e, atingir um ganho líquido), e selecionar os locais e atividades de preferência para alcançar esses ganhos; e (vi) estabelecer as atividades de compensação e locais específicos no plano de gestão de compensação de biodiversidade para orientar a sua implementação. Uma boa elaboração de compensação de biodiversidade deve atender as práticas internacionalmente reconhecidas como os NO9 desenvolvidos pelo Programa de Negócios e Princípios para a Compensação da Biodiversidade Compensação da Biodiversidade (BBOP). O BBOP e outros publicaram conjuntos de documentos para orientar a elaboração e implementação da compensação da biodiversidade. NO33. Elementos importantes para a implementação de sucesso de uma compensação de biodiversidade e para garantir resultados de conservação de longo prazo incluem: esclarecer as funções e responsabilidade de todas as parte interessadas; estabelecer os acordos legais para garantir o(s) local(is) de compensação de biodiversidade; desenvolver um plano de gestão de compensação de biodiversidade abrangente; estabelecer mecanismos financeiros adequados, como um fundo de conservação ou opções não relacionadas a fundos, para garantir fluxos financeiros suficientes e sustentáveis para implementar a compensação e garantir que todos os ganhos necessários sejam alcançados; e o estabelecimento de um sistema para o monitoramento, avaliação e gestão adaptativa para a implementação dos resultados de conservação necessários para a compensação. NO34. Dependendo da natureza e dimensão do projeto, os clientes devem considerar a identificação de oportunidades adicionais para melhorar o habitat e proteger e conservar a biodiversidade como parte de suas operações. Enquanto os ganhos líquidos de biodiversidade são um requisito em um habitat crítico (ver parágrafo 18 do Padrão de Desempenho 6), os clientes também devem ser esforçar para implementar medidas adicionais em habitats modificados e naturais, por exemplo, em um habitat modificado, a recuperação dos valores de biodiversidade relevantes ou outras medidas de melhoria de habitat, como a remoção de espécies invasoras. Para habitats naturais, um exemplo pode ser o desenvolvimento de estruturas estratégicas com outras empresas e/ou com o governo por meio da elaboração de medidas de mitigação conjuntas. Os clientes também podem optar por catalisar financiamento de financiadores terceiros para planejamento de uso do solo, adequado e integrado por estruturas relevantes do governo ou podem ser parceiros em programas de pesquisas com universidades locais. Essas iniciativas precisariam ser identificadas com a ajuda de profissionais competentes. Clientes desenvolvendo projetos em todos os habitats são encorajados a demonstrar suas intenções e disposição para serem bons administradores dos ambientes nos quais vivem por meio dessas abordagens e de outras abordagens inovadoras. NO35. Determinados setores, mais notadamente o de agricultura e silvicultura, se referem a áreas de Alto Valor de Conservação (AVC) ao determinar o valor de conservação de uma área de terra ou uma unidade de gestão. A Rede de Recursos de AVC, um grupo internacionalmente reconhecido que inclui ONGs socioambientais, órgãos de desenvolvimento internacionais, certificadores de produtos florestais e madeireiros, fornecedores e compradores, e gerentes florestais, fornece informações e suporte sobre o uso do AVC, que está sempre evoluindo, para garantir uma abordagem consistente. A Rede reconhece seis tipos de AVC, que são baseados na biodiversidade e serviços de ecossistemas. Como valores de biodiversidade intrínsecos de uma área e o valor humano (ou o valor antropogênico), em termos de serviços de ecossistemas, são tratados separadamente do Padrão de Desempenho 6, as áreas de AVC NO9 Ver http://bbop.forest-trends.org/guidelines/principles.pdf. 13 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 não correspondem diretamente às definições contidas no Padrão de Desempenho 6 para habitat modificado, natural e crítico. No entanto, para fins de conveniência, cada tipo de AVC é descrito abaixo, junto com uma orientação sobre sua mais provável designação no Padrão de Desempenho 6: Tipos de Altos Valores de Conservação e o Padrão de Desempenho 6 Tipo de AVC AVC 1: Áreas contendo concentrações significativas de valores de biodiversidade de forma global, regional ou nacional AVC 1.1: Áreas protegidas AVC 1.2: Espécies raras, ameaçadas ou em perigo AVC 1.3: Espécies endêmicas AVC 1.4: Concentrações de espécies sazonais AVC 2: Grandes áreas de nível de paisagem terrestre significativas em âmbito global, regional ou nacional, onde populações viáveis da maioria, se não de todas as espécies, que ocorram naturalmente, existam em padrões naturais de distribuição e abundância. AVC 3: Áreas situadas ou que contenham ecossistemas raros ameaçados ou em perigo AVC 4: Áreas que forneçam serviços de ecossistemas básicos em situações críticas AVC 4.1: Áreas críticas para captação de água AVC 4.2: Áreas críticas para controle de erosão AVC 4.3: Áreas que forneçam barreiras críticas contra incêndios destrutivos AVC 5: Áreas fundamentais para atender às necessidades básicas das comunidades locais AVC 6: Áreas críticas para a identidade cultural tradicional das comunidade locais (áreas de importância cultural, ecológica, econômica ou religiosa em cooperação com comunidades locais. Padrões de Desempenho Na maioria dos casos, habitat crítico. Ver parágrafos NO55 a NO112 para mais orientações. Habitat natural, e poderá ser uma habitat crítico se as áreas contiverem altos valores de biodiversidade conforme identificado no parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 6. Habitat crítico Serviços de ecossistemas prioritários conforme definido no parágrafo 24 do Padrão de Desempenho 6. Ver parágrafos NO126 a NO142 para mais orientações. Serviços de ecossistemas prioritários conforme definido no parágrafo 24 do Padrão de Desempenho 6. Os requisitos do cliente definidos no Padrão de Desempenho 5 também são aplicáveis. Ver parágrafos NO126 a NO142 para mais orientações. Serviços de ecossistemas prioritários conforme definido no parágrafo 24 do Padrão de Desempenho 6. Os requisitos do cliente definidos no Padrão de Desempenho 8 também são aplicáveis. Ver parágrafos NO126 a NO142 para mais orientações. NO36. Documentos de orientação de boas práticas para avaliações de AVC são fornecidos na Bibliografia. Habitat Modificado 11. Habitats modificados são áreas que podem conter uma grande proporção de espécies vegetais e/ou animais de origem não nativa e/ou nas quais a atividade humana tenha modificado substancialmente as funções ecológicas primárias e a composição das 14 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 5 espécies de uma área . Os habitats modificados podem compreender áreas destinadas a 6 lavouras, plantações florestais, zonas costeiras recuperadas e áreas alagadas recuperadas. 12. Este Padrão de Desempenho aplica-se àquelas áreas de habitat modificado que incluem um valor significativo de biodiversidade determinado pelo processo de identificação dos riscos e impactos exigidos no Padrão de Desempenho 1. O cliente deve minimizar os impactos sobre essa biodiversidade e implantar medidas de mitigação, conforme apropriado. _____________________ 5 Exceto habitat que tenha sido transformado antes do projeto. 6 Neste contexto, o termo recuperação significa o processo de criar novas terras a partir do mar ou de outras áreas aquáticas para uso produtivo. NO37. Definições do que constitui uma área modificada ou degradada são variáveis e algumas vezes predefinidas como parte dos regulamentos de uso do solo de um país e sistemas de licenciamento de concessão. Dado a variedade de habitats nos quais os projetos ocorrem, não há nenhum conjunto normativo de métricas para determinar se um área deve ser considerada modificada ou não. O cliente deve determinar o nível em que as atividades humanas modificaram a estrutura e as funções ecológicas do habitat e sua biodiversidade “ocorrida naturalmente”. Fica reconhecido que o termo “ocorrido naturalmente” é em si impreciso, a medida que alguns ecossistemas, como paisagens terrestres da savana que evoluíra por meio do uso de fogo induzido por homens, levantam a questão do que deve ser considerado “natural” ou não. Mais uma vez, não existe uma formula para determinar, a priori, se um regime de distúrbio do habitat e um conjunto de espécies poderiam ocorrer naturalmente. Um processo de tomada de decisão desse tipo irá variar de local para local e deve ser informado por profissionais competentes, com referência aos requisitos de uso do solo aplicáveis e aos sistemas de licenciamento. NO38. A presença do habitat modificado irá acionar o Padrão de Desempenho 6 somente quando “áreas de habitat modificado …incluírem um valor de biodiversidade significativo, conforme determinado pelo processo de identificação de riscos e impactos” (parágrafo 12 do Padrão de Desempenho 6). Há dois motivos para adicionar essa advertência. Primeiro, o Padrão de Desempenho 6 foi elaborado para proteger e conservar a biodiversidade (dentre os outros objetivos listados). Segundo, como quase todas as áreas convertidas poderiam ser consideradas “modificadas” sem essa especificação, o Padrão de Desempenho seria possivelmente acionado para quase todos os projetos, independentemente do valor de biodiversidade da área. NO39. Entretanto, no geral, os clientes devem fazer esforços para localizar as instalações do projeto, a infraestrutura e instalações associadas em um habitat modificado em vez de em um habitat natural, e demonstrar esses esforço por meio da análise de alternativas conduzida durante o processo de identificação dos riscos e impactos. Como parte desse processo, o cliente é responsável por determinar se os atributos de biodiversidade associados ao habitat modificado podem ser considerados “valores de biodiversidade significativos”. Valor de biodiversidade significativo (ou valor de conservação) é um termo geral com o intuito de captar atributos de biodiversidade que possam ter um valor intrínseco conforme determinado por consenso científico (por exemplo, áreas ribeirinhas, espécies guarda-chuva) ou valor cultural (espécies da fauna ou flora de importância para a comunidade local). Alguns habitats modificados podem conter altos valores ou áreas de biodiversidade que acionam a designação de habitat crítico, como as antigas cercas vivas em paisagens terrestres agrícolas europeias, plantações de borracha tembawang em Kalimantan ou áreas ribeirinhas remanescentes em rotas migratórias para espécies migratórias. Em qualquer caso, valores de biodiversidade devem ser atribuídos com base em 15 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 valores ou mérito científico, conforme atribuído por partes interessadas relevantes como comunidades locais, autoridades governamentais e ONGs. NO40. Em paisagens terrestres gerenciadas como áreas agrícolas e para silvicultura, os clientes são normalmente responsáveis por conduzir uma avaliação do Alto Valor de Conservação (AVC) conforme exigido por muitos padrões voluntários (por exemplo, Conselho de Manejo Florestal (CMF), a Mesa Redonda para a Sustentabilidade do Óleo de Palma (MRSOP), a Better Sugarcane Initiative (Bonsucro), ou a Rede de Agricultura Sustentável (RAS)), que identificaria os valores de biodiversidade além de serviços de ecossistemas importantes. NO41. O parágrafo 12 exige que os clientes minimizem o impacto a valores de biodiversidade identificados e implementem medidas de mitigação “conforme adequado”. As medidas de mitigação variam consideravelmente e o rigor da mitigação dependerá do valor da biodiversidade em questão. As medidas de mitigação podem ter a forma de cercas ou outros controles físicos, medidas de controle de erosão e sedimentação, tratamento de efluentes, redução de luz e ruído ou recuperação do habitat. É importante considerar que habitats modificados variam muito quanto à sua importância para a conservação da biodiversidade. De um lado, há muitas paisagens terrestres agrícolas modernas, particularmente grandes extensões de colheita de monocultura, que abrigam relativamente poucas espécies de forma geral e nenhuma de interesse para conservação. Do outro lado do espectro, há sistemas agrícolas ou agroflorestais que fornecem habitats substitutos importantes para muitas espécies selvagens, incluindo algumas para as quais há preocupação quanto à conservação. Por exemplo, plantações de cacau e café sombreado, quando cultivadas sob um dossel florestal relativamente denso com diferentes alturas e composto por diferentes espécies, abrigam muitas espécies de animais e plantas baseadas na floresta. Essas espécies incluem algumas que provavelmente não poderiam sobreviver sem esse habitat modificado; um exemplo é o ameaçado Graveteiro de Perna Rosa (Acrobatornis fonsecai), uma ave do cultivo de cacau sombreado em uma pequena área do nordeste do Brasil onde a floresta nativa original já foi praticamente extinta. Por outro lado, o cultivo do café sob céu aberto ou sombra mínima normalmente contém pouquíssima biodiversidade. De forma similar, alguns tipos de cultivo de arroz servem como áreas alagadas substitutas para muitas aves e outras espécies aquáticas, enquanto outros tipos de sistemas de produção de arroz não contribuem para a conservação da biodiversidade. Nesses habitats agrícolas, ou outros habitats modificados, de alguma importância quanto à biodiversidade, as medidas de mitigação devem ser implementadas “conforme adequado” para manter ou melhorar esses valores de biodiversidade. NO42. A nota de rodapé 5 do Padrão de Desempenho 6 levanta a questão sobre “por quanto tempo deve ocorrer a degradação do habitat antes que seja considerado um habitat ‘modificado’?” Em outras palavras, se a área foi substancialmente modificada somente no ano passado, ela seria considerada um habitat modificado? O habitat será considerado modificado se tiver existido nessa condição por um período extenso e não houver, de outra forma, a probabilidade de voltar ao seu estado natural. O habitat não será considerado modificado se as próprias atividades do cliente tiverem sido responsáveis por modificar substancialmente o habitat ao prever o financiamento de credor. De forma similar, um habitat previamente intacto somente impactado recentemente por práticas não sustentáveis de uso do solo por terceiros não ensejaria a designação de habitat modificado. Perturbações naturais como incêndios florestais, furacões ou tornados que afetem o habitat natural também não ensejariam a designação de habitat modificado. Além disso, conforme relevante para a seção de Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos do Padrão de Desempenho 6, este respeitará os prazos finais para a conversão do habitat natural, conforme estabelecido por padrões voluntários internacionalmente reconhecidos, como CMF e MRSOP. 16 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Habitat Natural 13. Habitats naturais são áreas formadas por associações viáveis de espécies vegetais e/ou animais de origem predominantemente nativa e/ou nas quais a atividade humana não tenha modificado essencialmente as funções ecológicas primárias e a composição das espécies da área. 7 14. O cliente não transformará ou degradará de forma significativa um habitat natural , a menos que todas as hipóteses a seguir sejam comprovadas: Não há outras alternativas viáveis dentro da região para o desenvolvimento do projeto em um habitat modificado; A consulta definiu os pontos de vista das partes interessadas, incluindo os das 8 Comunidades Afetadas, com relação à extensão da transformação e da degradação ; e Qualquer transformação ou degradação será minimizada segundo a hierarquia de mitigação. 15. Em áreas de habitat natural, serão elaboradas medidas de mitigação, de modo que não 9 haja perda líquida da diversidade , quando isso for viável. Ações apropriadas incluem: Evitar impactos sobre a biodiversidade por meio da identificação e proteção de áreas 10 de reabilitação/preservação ("set-asides"): Implementar medidas para minimizar a fragmentação do habitat, como corredores biológicos; Restaurar habitats durante e/ou após as operações; e Implementar compensações de biodiversidade. _____________________ 7 Transformação ou degradação significativa é (i) a eliminação ou redução profunda da integridade de um habitat causada por uma mudança significativa e/ou de longo prazo no uso do solo ou água; ou (ii) uma modificação que minimize significativamente a capacidade desse habitat de manter populações viáveis de suas espécies nativas. 8 Realizada como parte do processo de consulta e engajamento de partes interessadas descrito no Padrão de Desempenho 1. 9 Nenhuma perda líquida é definido como o ponto em que os impactos relacionados ao projeto sobre a biodiversidade são compensados por medidas adotadas para evitar e minimizar os impactos do projeto, empreender a recuperação no local e, finalmente, compensar os impactos residuais significativos, se houver, em uma escala geográfica adequada (ex.: no nível local, de paisagem, nacional, regional). 10 "Set-asides" são áreas dentro do local do projeto ou áreas sobre as quais o cliente possui controle de gestão que são excluídas do desenvolvimento e que são objeto de implantação de medidas de aprimoramento da conservação. Set-asides provavelmente conterão valores significativos de biodiversidade e/ou proporcionarão serviços de ecossistemas significativos no âmbito local, nacional e/ou regional. "Set-asides" devem ser definidos utilizando-se abordagens ou metodologias reconhecidas internacionalmente (por exemplo, Alto Valor de Conservação, planejamento sistemático de conservação). NO43. Conforme descrito no parágrafo NO37 da seção sobre habitats modificados, não há métricas prescritas disponíveis para identificar o que constitui um habitat natural. A determinação de habitat natural será feita utilizando-se uma análise científica confiável e as melhores informações disponíveis. Uma avaliação e comparação de condições atuais e históricas deverá ser conduzida e o conhecimento e experiência locais deverão ser utilizados. Os habitats naturais não devem ser interpretados como habitats inalterados ou puros. Presume-se que a maioria dos habitats designados como naturais terão sofrido algum grau de impacto antropogênico histórico ou recente. A questão é o grau do impacto. Se o habitat ainda contiver grande parte de suas principais características e os principais elementos de seu(s) ecossistema(s) natural(is), como complexidade, estrutura e diversidade, então ele deve ser considerado 17 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 um habitat natural independentemente da presença de algumas espécies invasivas, floresta secundária, habitação humana ou outra alteração induzida pelo homem. NO44. A conversão ou degradação significativa do habitat natural não ocorrerá a menos que o cliente possa demonstrar que todos os três requisitos do parágrafo 14 foram cumpridos e a empresa tenha demonstrado que suas atividades propostas cumprem com os regulamentos de uso do solo e do licenciamento. O primeiro ponto é que não existe nenhuma alternativa viável para esse projeto em um habitat modificado (dentro da região). Isso é especialmente relevante para projeto de agronegócios, nos quais pode ser viável, em alguns casos, situar o projeto em terras altamente modificadas ou degradadas em vez de em áreas que foram recentemente desflorestadas ou em outras formas de habitat natural (por exemplo, a savana tropical). Nesses casos, uma análise de alternativas locacionais bem desenvolvida deve ser conduzida para explorar possíveis opções viáveis para desenvolvimento em habitat modificado. O termo “viável” inclui, entre ouros, alternativas viáveis técnica e financeiramente. Essa análise, em muitos casos, será em acréscimo à análise de alternativas incluída como parte do processo de identificação de riscos e impactos. Ela deve ser uma análise consideravelmente mais aprofundadas do que a normalmente incluída em um ESIA, e deve fornecer detalhes sobre alternativas na paisagem terrestre para o desenvolvimento do projeto, bem como o detalhamento de aumentos de custo para o desenvolvimento do habitat modificado em comparação com o natural. NO45. O segundo ponto do parágrafo 14 está relacionado ao engajamento e consulta com partes interessadas. Se um projeto tem o potencial de resultar na conversão ou degradação significativa de habitats naturais, grupos de partes interessadas relevantes devem ser engajados como parte de um diálogo rigoroso, justo e equilibrado, junto às múltiplas partes interessadas. Os requisitos do cliente para o engajamento das partes interessadas estão descritos no Padrão de Desempenho 1 e uma orientação correlata pode ser encontrada na Nota de Orientação 1. As partes interessadas devem especificamente estar engajadas com relação (i) à extensão da conversão e degradação; (ii) às análises alternativas; (iii) aos valores de biodiversidade e serviços de ecossistemas associados ao habitat natural; (iv) às opções para mitigação, incluindo set-asides e compensações de biodiversidade; e (v) à identificação de oportunidades adicionais para conservação da biodiversidade (ver parágrafo NO34). Os clientes devem manter um registro desse engajamento de partes interessadas e atividades de consulta e demonstrar como os pontos de vista foram analisados e integrados à elaboração do projeto. Partes interessadas devem incluir um conjunto de opiniões diferentes, incluindo peritos científicos e técnicos, autoridade/agências relevantes responsáveis pela conservação da biodiversidade ou o regulamento/gestão de serviços de ecossistemas, além de membros da comunidade nacional e internacional de ONGs para a conservação, além das Comunidades Afetadas. NO46. O terceiro ponto do parágrafo 14 mais uma vez enfatiza a importância de demonstrar a implementação da hierarquia de mitigação. Uma orientação geral sobre a hierarquia de mitigação está prevista no parágrafo NO16; no entanto, uma orientação adicional é fornecida aqui com relação à implementação de medidas de mitigação no local como forma de minimizar a degradação no local, o que é de especial importância para a operação em habitats naturais. Com relação à mitigação no local, são vários os tipos de medidas possíveis e elas são geralmente melhor identificadas por engenheiros ambientais, especialistas em controle de erosão e restauração, além de especialistas em gestão de biodiversidade. De forma geral, os clientes devem procurar minimizar a degradação do habitat seguindo um princípio de minimização da pegada por todo o ciclo de vida do projeto. A degradação do habitat é uma das potenciais ameaças diretas mais importantes à biodiversidade associada a projetos envolvendo o desenvolvimento significativo da terra. Além da minimização da pegada do projeto, o cliente deve implementar estratégias de recuperação ecológica adequadas, incluindo planejamento e métodos de restauração e reabilitação física e da revegetação (ou recuperação), no primeiro estágio do planejamento do projeto. Os princípios básicos devem incluir (i) proteção do solo arável e recuperação da cobertura 18 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 vegetativa assim que possível após a construção ou perturbação; (ii) restabelecimento do habitat original às suas condições anteriores à construção/anteriores à perturbação; (iii) medidas de mitigação, incluindo controles de gestão e treinamento da força de trabalho; e, (iv) quando espécies nativas (em especial espécies protegidas) não puderem ser mantidas in situ, levar em consideração técnicas de conservação tais como translocação/transferência. Medidas de mitigação no local devem ser incluídas em um Plano de Gestão de Biodiversidade ou um Plano de Gestão Ecológica (ver Anexo A para mais orientações). NO47. Conforme descrito no parágrafo 15 do Padrão de Desempenho 6, em todas as áreas de um habitat natural, independentemente das possibilidades de conversão e degradação significativas, o cliente deve elaborar medidas de mitigação para que não haja “nenhuma de perda líquida” na biodiversidade, se possível, por meio da aplicação de várias medidas de mitigação de compensação e no local. “Nenhuma perda líquida” é definido na nota de rodapé 9 do Padrão de Desempenho 6 como o “ponto em que os impactos relacionados ao projeto sobre a biodiversidade são compensados por medidas adotadas para evitar e minimizar os impactos do projeto, empreender a recuperação no local e, finalmente, compensar os impactos residuais significativos, se houver, em uma escala geográfica adequada (ex.: no nível local, de paisagem, nacional, regional).” Nenhuma perda líquida se refere aos valores de biodiversidade de interesse associados ao local do projeto em particular e à sua conservação em uma escala ecologicamente relevante. Este argumento de escala é enfatizado inúmeras vezes no Padrão de Desempenho (por exemplo, nota de rodapé 3 (compensações), nota de rodapé 12 (habitat crítico)) e várias vezes nesta Nota de Orientação. Existe uma variedade de métodos para calcular a perda de valores de biodiversidade identificados e para quantificar as perdas residuais. Esses métodos então precisariam ser combinados com uma avaliação para determinar se as perdas poderiam ser compensadas pelos ganhos feitos por meio de medidas de mitigação, incluindo a mitigação de compensação. Métodos e métricas adequados irão variar de local para local e o cliente precisará contratar especialistas competentes para demonstrar que é possível não haver nenhuma perda líquida. Dependendo da natureza e dimensão do projeto, bem como da extensão do habitat natural, os cálculos de perda/ganho para determinar a mitigação de compensação poderão ser substituídos pela decisão de um especialista determinando a adequação da compensação. NO48. O parágrafo 15 descreve uma série de potenciais medidas de mitigação que estão em conformidade com a hierarquia de mitigação, mas são de especial relevância para que não haja nenhuma perda líquida no habitat natural. O primeiro ponto identifica “set-asides”, que são áreas de terra, normalmente dentro do local do projeto ou em outras áreas adjacentes sobre as quais o cliente possui controle de gestão, que “são excluídas do desenvolvimento e que são objeto de implantação de medidas de aprimoramento da conservação” (nota de rodapé 10). Set-asides são uma forma comum de mitigação nos setores de agronegócios e silvicultura. A terminologia é menos familiar para operadores de mineração e óleo e gás, outros setores industriais (por exemplo, de fabricação de cimento e extração de material de construção), e os setores de desenvolvimento de moradia e infraestrutura. Set-asides também podem ser áreas de Alto Valor de Conservação (AVC) (ver parágrafo NO35). A terminologia setaside foi incorporada à versão de 2011 do Padrão de Desempenho 6 para ser mais consistente com algumas formas de legislação governamental e com os vários padrões voluntários internacionais ja bem estabelecidos assim como aqueles em evolução, como o Conselho de Manejo Florestal (CMF) e a Mesa Redonda para a Sustentabilidade do Óleo de Palma (MRSOP). Embora outros setores de desenvolvimento industriais/de infraestrutura normalmente não concordem com a terminologia set-aside, sua prática é essencialmente a mesma nas áreas com valores de biodiversidade relativamente mais altos dentro do local do projeto ou na área de concessão que são evitados ou designados para fins de conservação. NO49. Set-asides e compensações de biodiversidade estão relacionados, mas são conceitos diferentes. As compensações de biodiversidade têm como intuito compensar impactos residuais significativos e 19 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 devem demonstrar que não há nenhuma perda líquida e, de preferência, ganhos positivos líquidos de biodiversidade. Set-asides são equivalente a medidas de prevenção na hierarquia de mitigação e são algumas vezes prescritos pelo governo como sendo uma determinada porcentagem (por exemplo, 20 por cento) da área de terra a ser convertida. Diferentemente de um set-aside, a elaboração de uma compensação de biodiversidade exigiria que os profissionais fizessem uma avaliação para determinar se a perda de biodiversidade no local é compensada pelos ganhos de biodiversidade no local de compensação. Ver parágrafo 10 do Padrão de Desempenho 6 e orientação correlata sobre compensações conforme previsto nos parágrafos NO29 a NO33. NO50. O segundo ponto do parágrafo 15 do Padrão de Desempenho 6 enfatiza a consideração que o cliente dá às medidas de mitigação com o intuito de reduzir a fragmentação do habitat. A fragmentação do habitat é um dos impactos à biodiversidade mais difundidos em habitats naturais e normalmente leva a uma degradação do habitat a longo prazo devido a efeitos de borda, maior acesso de terceiros a áreas previamente não perturbadas e, algumas vezes, ao isolamento genético de populações da fauna e da flora. Se um projeto estiver localizado em uma extensa selva intacta, o cliente deve procurar definir medidas de mitigação para limitar a fragmentação, tal como a elaboração de corredores ecológicos para animais selvagens ou outras medidas para ajudar a garantir a conectividade entre habitats ou metapopulações existentes. Esse requisito também está ligado ao requisito do parágrafo 6 do Padrão de Desempenho 6 sobre considerações de nível da paisagem terrestre/paisagem marítima (ver também o parágrafo NO17). As análises da paisagem terrestre/paisagens marítimas ajudariam o cliente a identificar medidas de mitigação de valor em maior escala. Impactos indiretos associados ao acesso induzido por terceiros podem ser especialmente prejudiciais à biodiversidades e podem estar relacionados ao tópico de fragmentação do habitat. Clientes que desenvolvam infraestruturas lineares e/ou rodovias de acesso devem, como uma questão de prioridade, desenvolver formas rigorosas de controlar o uso por terceiros dessas áreas. As medidas de mitigação devem ser integralmente discutidas com os gerentes de construção do projeto e gerentes de operações para garantir uma abordagem coordenada e de longo prazo. O governo deve estar plenamente ciente dos compromissos do projeto já que pode estar interessado em manter rotas de acesso ao projeto para uso público após a fase de construção e/ou desativação do projeto. Medidas de mitigação dessa natureza são mais bem implementadas por meio de um Plano de Gestão de Acesso Induzido. NO51. Com relação ao terceiro ponto do parágrafo 15 do Padrão de Desempenho 6, veja a orientação relevante no parágrafo NO16 sobre recuperação do habitat. Tanto a prevenção quanto a recuperação do habitat são especialmente importantes nas áreas de floresta de alto carbono, bem como em habitats marinhos e litorâneos vulneráveis aos efeitos de mudanças climáticas ou que contribuem com a mitigação da mudança do clima, como manguezais, turfeiras, pântanos salgados sujeitos às marés, florestas de alga e leitos de algas marinhas. NO52. Por fim, com relação ao quarto ponto do parágrafo 15 no Padrão de Desempenho 6, a implementação de compensações de biodiversidade é uma forma importante por meio da qual o cliente poderá atingir zero perda líquida de biodiversidade no habitat natural. Uma orientação sobre compensações de biodiversidade é fornecida nos parágrafos NO29 a NO33. Se existirem estruturas bancárias de conservação/compensação de biodiversidade confiáveis e relevantes, o investimento do cliente nesses programas poderia possivelmente atender os requisitos de compensação. Espera-se que os clientes demonstrem a credibilidade e viabilidade de longo prazo dessas iniciativas, e todos os mesmos requisitos definidos no parágrafo 10 do Padrão de Desempenho 6 para compensações de biodiversidade também seriam aplicáveis a essas situações (por exemplo, resultados de conservação mensuráveis igual-por-igual ou melhores demonstrados in situ, ou no solo, etc.). 20 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO53. Especialmente relevante, entre outros, às indústrias extrativas, mecanismos de financiamento de NO10 devem ser estabelecidos por clientes para projetos localizados em habitats naturais e recuperação caracterizados por impactos potencialmente significativos devido à pegada do projeto, à pegada de suas instalações associadas e conversão de terra relacionada. Os custos associados à recuperação e/ou às atividade posteriores à desativação devem ser incluídos nas análises de viabilidade comercial durante as etapas de planejamento e elaboração. Considerações mínimas devem incluir a disponibilidade de todos os recursos necessários, por instrumentos financeiros adequados, para cobrir o custo de recuperação e encerramento do projeto em qualquer etapa durante o ciclo de vida do projeto, incluindo a provisão para uma recuperação ou encerramento antecipado ou temporário. Os mecanismos de financiamento de recuperação são bem estabelecidos na indústria de mineração e estão escritos na Seção 1.4 das Diretrizes de Meio Ambiente, Saúde e Segurança (EHS) do Grupo do Banco Mundial para Mineração. Um mecanismo similar deve ser estabelecido quando as compensações de biodiversidade forem implementadas. NO54. As medidas de mitigação relacionadas à biodiversidade e ecologia devem ser incorporadas ao SGAS do cliente. Se compensações de biodiversidade fizerem parte da estratégia de mitigação ou se outras medidas não tiverem sido integralmente incorporadas ao SGAS do cliente, um Plano de Ação para a Biodiversidade deve ser desenvolvido. Ver Anexo A para obter mais orientações. Habitat Crítico 16. Habitats críticos são áreas com alto valor de biodiversidade, incluindo (i) habitat de 11 importância significativa para espécies Gravemente Ameaçadas e/ou Ameaçadas ; (ii) habitats de importância significativa para espécies endêmicas e/ou de ação restrita; (iii) habitats que propiciem concentrações significativas de espécies migratórias e/ou congregantes; (iv) ecossistemas altamente ameaçados e/ou únicos; e/ou (v) áreas associadas a processos evolutivos-chave. _____________________ 11 Segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for the Conservation of Nature - IUCN). A classificação de habitat crítico baseada em outras listas é a seguinte: (i) se a espécie estiver listada em âmbito nacional / regional como gravemente ameaçada ou ameaçada nos países que aderiram à orientação da IUCN, a classificação de habitat crítico será definida com base em cada projeto, após consulta com profissionais competentes; e (ii) nos casos em que as classificações das espécies listadas em âmbito nacional ou regional não correspondam exatamente às da IUCN (por exemplo: alguns países classificam as espécies de forma mais geral como "protegidas" ou "restritas"), será realizada uma avaliação para determinar o fundamento e o propósito da listagem. Nesse caso, a determinação de habitat crítico será baseada nessa avaliação. Definição de Habitat Crítico NO55. A definição de habitat crítico apresentada no parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 6 está alinhado com os critérios capturados de uma ampla variedade de definições de habitat prioritário para conservação da biodiversidade utilizadas pela comunidade de conservação e incorporadas com relação à legislação e regulamentos governamentais. Habitats críticos são áreas de alto valor de biodiversidade que podem incluir pelo menos um ou mais dos cinco valores especificados no parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 6 e/ou outros altos valores de biodiversidade reconhecidos. Para facilitar a referência, esses valores são designados critérios de habitat crítico no restante deste documento. Cada critério é descrito em detalhes nos parágrafos NO71 a NO97. Os critérios de habitat crítico são os seguintes e devem formar a base de qualquer avaliação de habitat crítico: NO10 Critério 1: Espécies Gravemente Ameaçadas (GA) e/ou Ameaçadas (AM) Critério 2: Espécies endêmicas e/ou de ação restrita Ver definição prevista na nota de rodapé 4 do parágrafo NO16 desta Nota de Orientação. 21 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Critério 3: Espécies migratórias e/ou congregantes Critério 4: Ecossistemas altamente ameaçados e/ou únicos Critério 5: Processos evolutivos-chave NO56. No entanto, a determinação de habitat crítico não está limitada necessariamente a esses critérios. Outros altos valores de biodiversidade também podem dar suporte à designação de habitat crítico, e a adequação dessa decisão será avaliada de acordo com cada caso. São alguns exemplos: Áreas necessárias para a reintrodução de espécies GA e AM e locais de refúgio para essas espécies (habitat utilizado durante períodos de estresse (por exemplo, inundação, seca ou incêndio)). Ecossistemas de importância especial conhecida para espécies AM ou GA pra fins de adaptação ao clima. Concentrações de espécies Vulneráveis (VU) em casos nos quais há incerteza com relação à listagem e o status real das espécies pode ser AM ou GA. Áreas de florestas primárias/virgens/inalteradas e/ou outras áreas com níveis especialmente altos de diversidade de espécies. Processos ecológicos e de paisagem terrestre (por exemplo, áreas de captação de água, áreas críticas para controle de erosão, regimes de perturbação (por exemplo, incêndio, inundação) necessários para manter o habitat crítico. NO11 Habitat necessário para a sobrevivência das espécies centrais. Áreas de alto valor científico, como aquelas que contêm concentrações de espécies novas e/ou poucos conhecidas pela ciência. NO57. De forma geral, áreas internacional e/ou nacionalmente reconhecidas de alto valor de biodiversidade serão provavelmente qualificadas como habitat crítico; exemplos incluem os seguintes: Áreas que atendem aos critérios das Categorias de Gestão Ia, Ib e II de Área Protegida da IUCN, embora as áreas que atendem esses critérios para as Categorias de Gestão III-VI também poderão ser qualificadas dependendo dos valores de biodiversidade inerentes a esses locais. Locais que pertençam ao Patrimônio Mundial Natural da UNESCO reconhecidos por seu Extraordinário Valor Global. que compreendem, entre A maioria das Principais Áreas de Biodiversidade (PABs), outros, Ramsar Sites, Áreas Importantes para as Aves (AIA), Áreas Importantes para Plantas (AIP) e a Aliança por Locais com Extinção Zero (AEZ). Áreas determinadas como insubstituíveis ou de alta prioridade/importância com base em técnicas de planejamento de conservação sistemáticas realizadas em escala regional e/ou na paisagem terrestre por órgãos governamentais, instituições acadêmicas reconhecidas e/ou organizações qualificadas relevantes (incluindo ONGs reconhecidas internacionalmente). NO12 NO11 Definidas aqui como uma espécie com um efeito desproporcional em seu ambiente com relação à sua biomassa e cuja remoção dê origem a mudanças significativas na estrutura do ecossistema e na perda da biodiversidade. NO12 Principais Áreas de Biodiversidade são locais mapeados nacionalmente de importância global para a conservação da biodiversidade que foram selecionados utilizando critérios de padrão internacional e limites baseados na estrutura de vulnerabilidade e incapacidade de substituição, amplamente utilizados no planejamento de conservação sistemático. Ver Langhammer, P. F. et al, 2007 na Bibliografia. 22 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Áreas identificadas pelo cliente como sendo de Alto Valor de Conservação (AVC) utilizando padrões internacionalmente reconhecidos, nos quais os critérios usados para designar essas áreas são consistentes com os altos valores de biodiversidade listados no parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 6. Gradientes de Habitats Críticos NO58. Há gradientes de habitat crítico ou uma sequência contínua de valores de biodiversidade associados aos habitats críticos com base na vulnerabilidade relativa (grau de ameaça) e incapacidade de substituição (raridade ou singularidade) no local. Esse gradiente ou sequência contínua de importância é verdadeiro para todos os critérios listados no parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 6. Mesmo em um único local designado como habitat crítico pode haver habitats ou características de habitat de maior ou menor valor de biodiversidade. Também haverá casos em que um projeto está situado em uma área extensa reconhecida como um habitat crítico, mas o local do projeto em si tenha sido altamente modificado. NO59. Para facilitar o processo de tomada de decisão, limites numéricos foram definidos para os três primeiros critérios de habitat crítico (ou seja, espécies GA/AM; espécies endêmicas/de ação restrita; espécies migratórias/congregantes). Os limites apresentados nesta Nota de Orientação foram obtidos dos limites globalmente padronizados e publicados pela IUCN como Orientações de Melhores Práticas NO13 Nesta seção, as citações são mantidas no corpo do texto para facilitar a para Áreas Protegidas. referência. NO60. Os limites formam a base de uma abordagem em níveis, na qual os limites numéricos são utilizados para atribuir os Critérios 1 a 3 a uma designação de habitat crítico de Nível 1 ou Nível 2. Um resumo dos níveis com relação aos limites para cada critério é fornecido na tabela do parágrafo NO89. Os parágrafos NO71 a NO97 discutem cada critério em relação aos níveis, em mais detalhes. Deve-se enfatizar que ambos os limites e níveis associados são indicativos e servem apenas como uma orientação para o processo de tomada de decisão. Não existe nenhuma fórmula universalmente aceita ou automática para fazer determinações sobre o habitat crítico. O envolvimento de peritos externos e avaliações específicas do projeto é de extrema importância, especialmente quando os dados forem limitados, como normalmente será o caso. NO61. Tanto um habitat de Nível 1 quanto um habitat de Nível 2 se classificariam como críticos, mas a probabilidade de investimento no projeto de um habitat de Nível 1 é normalmente considerada substancialmente menor do que em um habitat de Nível 2. No entanto, devido à sensibilidade de habitats de Nível 1, se um desenvolvimento estiver localizado nesse habitat, ou em um habitat de importância similar para os Critérios 4 e 5, considera-se improvável o fato de o cliente cumprir os parágrafos 17 a 19 do Padrão de Desempenho 6. NO62. Com relação aos Critérios 4 e 5, limites numéricos internacionalmente acordados não foram desenvolvidos de forma suficiente. Embora os limites possam ser adequados, especialmente para ecossistemas altamente ameaçados e/ou únicos (Critério 4), atualmente não há um consenso internacional quanto a um único padrão. Entretanto, esforços estão sendo feitos para desenvolver esses métodos e a Comissão sobre Gestão de Ecossistemas da IUCN está liderando uma iniciativa para reunir NO14,NO15 Até que seja mais firmemente critérios e categorias para ecossistemas ameaçados e raros. NO13 Ver Langhammer, P.F. et al. 2007. Identificação e Análise das Diferenças de Principais Áreas de Biodiversidade: Metas para Sistemas Abrangentes da Área Protegida (Identification and Gap Analysis of Key Biodiversity Areas: Targets for Comprehensive Protected Area Systems). Diretriz de Melhores Práticas em Áreas Protegidas – Série 15 (Best Practice Protected Area Guideline Series No. 15) IUCN, Gland, Switzerland. NO14 Para mais informações, consulte http://www.iucn.org/about/union/commissions/cem/cem_work/tg_red_list/ 23 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 estabelecida e prontamente acessível a uma ampla gama de profissionais, as melhores informações científicas disponíveis e pareceres de peritos seriam usados para orientar o processo de decisão com relação à “importância” relativa de um habitat acionada por esses critérios. No entanto, enfatizamos que no processo de determinação de habitat crítico, todos os critérios são igualmente ponderados em termos de possível conformidade com os parágrafos 17 a 19 do Padrão de Desempenho 6. Não há um critério que seja mais importante do que outro para fazer as designações de habitat crítico ou para determinar a conformidade com o Padrão de Desempenho. Critérios divididos em níveis (Critérios 1 a 3) e não divididos em níveis (Critérios 4 e 5) são igualmente importantes a esse respeito. Determinação de Habitat Crítico NO63. Considerando a extensão dos ecossistemas (por exemplo, florestas, pradarias, desertos, habitats de água doce ou marinhos), as várias formas de habitat crítico (por exemplo, habitats necessários para a sobrevivência de espécies ameaçadas e migratórias, áreas contendo processos evolutivos únicos) e a variedade de espécies (por exemplo, bentos, plantas, insetos, aves, répteis/anfíbios, megafauna de grande variedade) abrangidas no Padrão de Desempenho 6, métodos específicos para a avaliação da biodiversidade serão inerentemente específicos do projeto e do local. Portanto, o Padrão de Desempenho 6 não fornece metodologias para a condução de avaliações de biodiversidade. Em vez disso, três etapas amplas são fornecidas abaixo para orientar o cliente na elaboração do escopo geral de uma avaliação de habitat crítico. NO64. Deve-se enfatizar que unidades de paisagem terrestre e paisagem marinha relativamente amplas podem ser classificadas como habitat crítico. Portanto, a escala da avaliação de habitat crítico depende dos atributos de biodiversidade particulares ao habitat em questão e dos processos ecológicos necessários para mantê-los. Dessa forma, uma avaliação de habitat crítico não deve ter como foco somente o local do projeto. O cliente deve estar preparado para conduzir avaliações de referências bibliográficas, consultar peritos e outras partes interessadas relevantes para obter um entendimento da importância relativa ou singularidade do local com relação à escala regional e até mesmo global, e/ou conduzir levantamento de campo além dos limites do local do projeto. Essas considerações fariam parte das análises de paisagem terrestre/paisagem marinha mencionadas no parágrafo 6 do Padrão de Desempenho 6 e no parágrafo NO17. NO65. Para os Critérios 1 a 3, o projeto deve determinar um limite sensível (ecológico ou político) que define a área do habitat a ser considerada na Avaliação de Habitat Crítico. Isso é chamado “unidade de gestão discreta”, uma área com um limite passível de ser definido dentro do qual comunidades biológicas e/ou problemas de gestão têm mais em comum entre sim do que com áreas adjacentes (adaptado da definição de discrição da Aliança pela Extinção Zero). Uma unidade de gestão discreta pode ou poderá ter um limite de gestão real (por exemplo, áreas legalmente protegidas, locais considerados Patrimônio da Humanidade, PABs, AIAs, reservas de comunidades), mas também poderia ser definida por algum outro limite sensível passível de ser definido ecologicamente (por exemplo, bacia hidrográfica, zona interfluvial, uma seção de floresta intacta dentro de um habitat modificado com áreas parcialmente fragmentadas, habitat de algas marinhas, recife de corais, área de afloramento concentrada, etc.). A delineação da unidade de gestão dependerá das espécies (e, às vezes, subespécies) em questão. NO66. Três etapas são descritas abaixo para resumir os principais métodos que devem ser utilizados para identificar e caracterizar habitats críticos. Observe que o tipo do projeto, seus impactos e sua estratégia de mitigação são irrelevantes para a realização das Etapas 1 a 3. A definição de habitat crítico e dos impactos de um determinado projeto são dois conceitos não relacionados. A definição do habitat NO15 Ver Rodriguez, J.P. et al. 2011. Estabelecendo os Critérios da Lista Vermelha da IUCN para Ecossistemas Ameaçados (Establishing IUCN Red List Criteria for Threatened Ecosystems). Conservation Biology 25(1): 21–29; e Rodriguez, J.P. et al. 2007. Assessing extinction risk in the absence of species-level data: quantitative criteria for terrestrial ecosystems. Biodiversity and Conservation 16(1): 183–209. 24 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 crítico é baseada na presença de altos valores de biodiversidade independentemente de um projeto ser realizado nesse habitat. Os clientes não devem argumentar que não estão em um habitat crítico com base na pegada do projeto ou seus impactos. Por exemplo, se o valor da biodiversidade que enseja a designação de habitat crítico for uma população regionalmente importante de um réptil ameaçado (Critério 1), e o cliente estiver desenvolvendo um parque eólico nesse habitat crítico, o cliente estaria em um habitat crítico independentemente dos impactos (ou “não impactos”) desse parque eólico. Em qualquer caso, o cliente é responsável por reconhecer os valores de biodiversidade existentes da área na qual está localizado. As etapas descritas abaixo focam nisso. A próxima etapa seria desenvolver uma estratégia de mitigação adequada. Orientações para tanto são estabelecidas nos parágrafos NO98 a NO112. Etapa 1 – Revisão Inicial da Literatura/Consulta com Partes Interessadas Objetivo: Obter um entendimento da biodiversidade dentro da paisagem terrestre do ponto de vista de todas as partes interessadas relevantes. Processo: Exercícios de consulta em campo e revisão de dados bibliográficos. NO67. Uma revisão inicial e substancial da literatura e consulta com partes interessadas relevantes, incluindo organizações de conservação reconhecidas, autoridades governamentais ou outras autoridades relevantes, instituições acadêmicas ou outras instituições científicas e peritos externos reconhecidos, incluindo especialistas em espécies de interesse, é essencial para determinar se o local de um projeto estiver situado em um habitat crítico. A revisão da literatura/consulta com partes interessadas deve fornecer uma percepção dos valores de biodiversidade associados à área de influência do projeto. Esta etapa é similar à orientação fornecida nos parágrafos NO10 a NO12 para os requisitos gerais do cliente para atendimento do Padrão de Desempenho 6, mas seria de se esperar que fossem mais rigorosos para projetos localizados em habitat crítico. Esta etapa da avaliação não deve focar na questão de que os valores de biodiversidade realmente classificam a área como um habitat crítico e/ou se o projeto terá um impacto sobre um valor de biodiversidade em particular. O foco nesta etapa inicial deve ser de se adquirir um entendimento imparcial da paisagem terrestre/paisagem marinha com relação aos valores de biodiversidade. Observe que determinações de habitat crítico devem ser feitas em linha com esquemas de priorização de paisagem terrestre existentes para a conservação de biodiversidade, conforme estabelecido pela rede nacional de organizações de conservação, grupos globais de conservação, instituições acadêmicas e/ou pelo governo local/nacional. Portanto, as avaliações de planejamento de conservação sistemáticas realizadas pelos órgãos governamentais, instituições acadêmicas reconhecidas e/ou outras organizações qualificadas relevantes (incluindo ONGs internacionalmente reconhecidas) também devem ser feitas nesta etapa. Isso poderá fornecer informações sobre ecossistemas ameaçados, tipos de vegetação e classificação do solo. Etapa 2: Coleta da Dados de Campo e Verificação de Informações Disponíveis Objetivo: Coletar dados de campo e verificar informações detalhadas disponíveis necessárias para a avaliação de habitat crítico. Processo: Contratar especialistas qualificados para a coleta de dados de campo conforme necessário, dentro e fora da área do projeto/unidade de gestão discreta. NO68. Dados de biodiversidade de campo podem já ter sido adquiridos como parte do ESIA geral do projeto, conforme descrito nos parágrafos NO8 e NO9. Nos casos em que esses dados forem inadequados ou em que métricas/dados não agregados quantificados não forem considerados parte do ESIA, o cliente deve coletar esses dados usando um combinação de métodos, ou seja, estudos de linha de base/ caracterização de biodiversidade, pesquisa ecológica, consulta com peritos e dados obtidos da literatura científica recente e de Planos de Ação e Estratégia para a Biodiversidade Nacional 25 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO 16 (PAEBN), conforme disponível. Devem ser coletadas informações sobre espécies, habitats, ecossistemas, processos evolutivos e processos ecológicos — dentro da área de influência do projeto e também em contextos nacionais, regionais e globais mais amplos, conforme relevante. Observe que os dados coletados como parte da Etapa 2 também podem ser úteis para tópicos separados, mas relacionados, de serviços de ecossistemas. A coordenação e o compartilhamento de informações com especialistas sociais podem ser importantes para alguns projetos, especialmente quando Comunidades Afetadas se engajarem em meios de subsistência naturais baseados em recursos. Com relação a espécies, espera-se que o cliente consulte a versão atual da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, quaisquer Livros de Dados Vermelhos e Listas Vermelhas do país anfitrião, além dos melhores dados científicos disponíveis. Etapa 3: Determinação de Habitat Crítico Objetivo: Determinar se o projeto está situado em um habitat crítico. Processo: Análise e interpretação dos dados de campo e dados bibliográficos. NO69. Com base no amplo grupo de dados de biodiversidade obtidos como parte das Etapas 1 e 2, os dados e informações devem ser analisados utilizando critérios e limites de habitat crítico, conforme adequado. A análise desses dados deve ser conduzida com o escopo geral da determinação da incapacidade de substituição e vulnerabilidade relativas de quaisquer valores de biodiversidade que ensejem os Critérios 1 a 5 em uma escala que seja ecologicamente relevante, conforme indicado explicitamente na nota de rodapé 12 do Padrão de Desempenho 6 (ver também o parágrafo NO13). Observe que a escala com base na qual as determinações de habitat crítico são feitas pode ser diferente para cada valor de biodiversidade. Com relação aos Critérios 1 a 3, dados de espécies devem ser analisados com relação aos limites quantitativos. Por exemplo, em uma avaliação em relação ao Critério 1, informações relevantes podem incluir o status de ameaça da espécie, tamanho da população e variação em nível global, nacional e do local do projeto, e locais conhecidos estimados para as espécies. Devido à escassez de dados científicos disponíveis para espécies em muitos lugares do mundo, especialmente para invertebrados e espécies de água doce e marinha, o parecer de um perito e a decisão de um profissional serão necessários para fazer determinações finais com relação aos limites. O cliente precisará consultar especialistas reconhecidos em determinadas espécies de interesse que tenham acesso a determinados dados ou que estejam habilitados a dar um parecer profissional sobre a provável distribuição e ocorrência de uma espécie, bem como órgãos, instituições ou organizações relevantes reconhecidas como tendo posse de informações relevantes de biodiversidade. NO70. Ao realizar essas etapas, o cliente deve estar em posição de determinar se o projeto está localizado em um habitat crítico com base nos altos valores de biodiversidade identificados. Após essa determinação, que não depende do tipo do projeto ou de sua estratégia de mitigação, o cliente deve então demonstrar se, e como, o projeto pode cumprir os parágrafos 17 a 19 do Padrão de Desempenho 6, em longo prazo, dado o conjunto de medidas de mitigação e gestão a ser implementado. Uma orientação sobre os parágrafos 17 a 19 é fornecida nos parágrafos NO98 a NO112. Orientação por Critério Critério 1: Espécies Gravemente Ameaçadas e Ameaçadas NO71. Espécies ameaçadas de extinção global e listadas como GA e AM na Lista Vermelha de NO 17 Espécies gravemente Espécies Ameaçadas da IUCN deverão ser consideradas parte do Critério 1. NO16 Ver http://www.cbd.int/nbsap. NO17 Disponível em www.iucnredlist.org 26 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 ameaçadas enfrentam um risco extremamente alto de extinção no mundo selvagem. Espécies ameaçadas enfrentam um risco muito alto de extinção no mundo selvagem. NO72. Conforme descrito na nota de rodapé 11 do Padrão de Desempenho 6, a inclusão de espécies no Critério 1 listadas nacionalmente/regionalmente como GA ou AM em países que aderiram à NO 18,NO19 deverá ser determinada de acordo com cada projeto. O mesmo acontece orientação da IUCN, nos casos em que categorias de espécies listadas nacional ou regionalmente não correspondem bem àquelas da IUCN (por exemplo, alguns países, de forma mais geral, listam espécies como protegidas ou restritas), embora nesses casos uma avaliação possa ser conduzida a respeito da lógica e finalidade da listagem. Em qualquer caso, esse processo de tomada de decisão ocorreria mediante consulta com profissionais competentes. NO73. O cliente deve determinar se o local do projeto está situado em um habitat crítico de Nível 1 ou Nível 2 com relação ao Critério 1. NO74. Os subcritérios do Nível 1 para o Critério 1 são definidos da seguinte forma: NO20 Habitat que deva manter ≥ 10 por cento da população global de uma espécie GA ou AM NO21 das contida na Lista Vermelha da IUCN, no qual haja ocorrências conhecidas e regulares NO22 para essas espécies e que poderia ser considerado uma unidade de gestão discreta NO 23 espécies. Habitat com ocorrências conhecidas e regulares de espécies GA ou AM que seja um dos 10, ou menos, locais de gestão discreta globais para essa espécie. NO75. Os subcritérios do Nível 2 para o Critério 1 são definidos da seguinte forma: NO18 Habitat que apoia a ocorrência de um único indivíduo de uma espécie GA contida na Lista Vermelha da IUCN e/ou habitat contendo concentrações de importância regional de uma espécie AM contida na Lista Vermelha da IUCN e que poderia ser considerado uma unidade Ver http://www.nationalredlist.org/site.aspx NO19 IUCN. 2003. Guidelines for Application of IUCN Red List Criteria at Regional Levels: Version 3.0. Comitê de Sobrevivência das Espécies da IUCN. IUCN, Gland, Suíça e Cambridge, Reino Unido. NO20 Em termos da definição de habitat de Nível 1, uma consideração especial deve ser feita a mamíferos EN e CR grandes e variados que raramente ensejariam os limites do Nível 1 devido à aplicação do conceito de unidade de gestão discreta. Por exemplo, deve-se dar especial atenção aos grandes macacos (ou seja, a família Hominidae) devido à sua importância antropológica e evolucionária, além de considerações éticas. Se existirem populações de grandes macacos CR e EN, uma designação de habitat de Nível 1 é provável, independentemente do conceito de unidade de gestão discreta. NO21 Ocorrência regular: Ocorre de forma continua no habitat (por exemplo, residência física), sazonal ou cíclica (por exemplo, locais migratórios) ou ocasional (por exemplo, áreas alagadas temporárias). A ocorrência regular não inclui nomadismo, ocorrência marginal e registros históricos ou prova anedótica não confirmada, mas inclui espécies migratórias em trânsito. Adaptado da definição de “ocorrência regular” em Langhammer et al. (2007). NO22 Conforme estabelecido no NO65, uma unidade de gestão discreta é definida como uma área com um limite passível de ser definido dentro do qual comunidades biológicas e/ou problemas de gestão têm mais em comum entre sim do que com áreas adjacentes (adaptado da definição de ‘discrição’ da AEZ). Uma unidade de gestão discreta pode ou poderá ter um limite de gestão real (por exemplo, áreas legalmente protegidas, locais considerados Patrimônio da Humanidade, PABs, AIAs, reservas de comunidades), mas também poderia ser definida por algum outro limite sensível passível de ser definido ecologicamente (por exemplo, bacia hidrográfica, zona fluvial, uma seção de floresta intacta dentro de um habitat modificado parcialmente fragmentado, habitat de plantas marinhas, recife de corais, área de afloramento concentrada, etc.). A delineação da unidade de gestão dependerá das espécies (e, às vezes, subespécies) em questão. NO23 Observe que todos os locais da AEZ se classificariam automaticamente como habitat crítico de Nível 1 para o Critério 1 já que o limite da AEZ está definido em 95 por cento de espécies GA e AM (em uma unidade de gestão discreta). Ver Ricketts, T.H., et al. 2005. Pinpointing and Preventing Imminent Extinctions. Procedimentos da Academia Nacional de Ciências - US. 51: 18497–18501. 27 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 de gestão discreta para essas espécies. Habitat de importância significativa para espécies GA ou AM de alta variedade e/ou cuja distribuição da população não seja bem entendida e no qual a perda desse habitat poderia possivelmente impactar a capacidade de sobrevivência de longo prazo das espécies. Conforme adequado, um habitat que contenha concentrações de importância nacional/regional de uma listagem nacional/regional de espécies AM, GA ou equivalente. NO76. Em circunstâncias especiais e por meio da consulta com especialistas reconhecidos em espécies de interesse, a orientação fornecida para o Critério 1 poderá ser estendida a algumas subespécies. Esta determinação seria feita de acordo com cada caso e exigiria uma justificativa rigorosa baseada em consenso, e não simplesmente no parecer de um único taxonomista. Esta afirmação se aplica aos Critérios 1 ao 3. NO77. Caso não haja estimativas sobre a população global e/ou local de espécies disponíveis (ou passíveis de serem obtidas por meios razoáveis através de uma avaliação de campo no caso da população local), espera-se que o cliente use o parecer de um perito para determinar a importância da unidade de gestão discreta com relação à população global. Substituições para tamanho de população NO24 estimativas sobre a área total de locais conhecidos, (por exemplo, extensão da ocorrência, estimativas sobre a área do habitat ocupada) serão essenciais para o processo de tomada de decisão. Esta afirmação se aplica aos Critérios 1 ao 3. NO78. Os clientes devem sempre consultar a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN; no entanto, há limitações na Lista Vermelha, especialmente com relação a organismos que não mamíferos, aves e anfíbios. A consulta com especialistas nas espécies em questão é fundamental. Além disso, as várias espécies endêmicas, de ação restrita e não descritas cientificamente que ainda não foram avaliadas pela IUCN também são relevantes. Caso essas espécies possam ser afetadas pelo projeto, pode-se esperar que os clientes, em determinados casos, recrutem especialistas capacitados para avaliar as espécies utilizando o critério de decisão da Lista Vermelha. As espécies que atenderem ao critério de espécies GA ou AM seriam tratadas em determinações de habitat crítico e em decisões subsequentes como se aparecessem nessas categorias na Lista Vermelha. Critério 2: Espécies Endêmicas e de Ação Restrita NO79. Uma espécie endêmica é definida como aquela que tem ≥ 95 por cento do seu território global NO 25 dentro do país ou região sendo analisada. NO80. Uma espécie de ação restrita é definida da seguinte forma. Para vertebrados terrestres, uma espécie de ação restrita é definida como aquela que possui NO26 2 de 50.000 km ou menos. uma extensão de ocorrência NO24 Extensão da ocorrência é definido com a área contida dentro do menor limite imaginário contínuo que pode ser traçado para abranger todos os locais conhecidos, inferidos ou projetados da atual ocorrência de um táxon, excluindo-se casos de nomadismo. Essa medida poderá excluir descontinuidades ou disjunções dentro das distribuições gerais de táxons (por exemplo, grandes áreas de um habitat obviamente inadequado). A extensão da ocorrência pode ser geralmente medida por um polígono convexo mínimo (o menor polígono em que nenhum ângulo interno ultrapassa 180 graus e que contém todos os locais de ocorrência). Ver a definição prevista nas Categorias e Critérios da Lista Vermelha da IUCN (2001): versão 3.1. IUCN, Gland e Cambridge. NO25 Observe que “região” também poderá ser uma paisagem terrestre/paisagem marinha ou outra unidade geográfica sensível dentro do próprio país ou em habitats costeiros e marinhos. NO26 Definição prevista acima na nota de rodapé 24 desta Nota de Orientação. 28 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Para sistemas marinhos, uma espécie de ação restrita é considerada, provisoriamente, como 2 NO27 aquela com uma extensão de ocorrência de 100.000 km ou menos. Para sistemas de água doce, não foram definidos limites padronizados em nível global. No NO28 sobre a biodiversidade em água doce Africana aplicou entanto, um estudo da IUCN 2 2 limites de 20.000 km para caranguejo, peixe e moluscos e 50.000 km para odonatas (libélulas e donzelinhas). Esses valores podem ser usados como uma orientação aproximada, embora a extensão de sua aplicabilidade a outros táxons e em outras regiões ainda não seja conhecido. Para plantas, as espécies de distribuição restrita poderão estar listadas como parte da legislação nacional. As plantas são mais comumente denominadas “endêmicas’ e a definição NO29 Atenção especial deve, portanto, ser dada a plantas no parágrafo NO79 seria aplicada. endêmicas de países menores que provavelmente, por definição, serão mais raras globalmente e, portanto, terão maior prioridade em geral. NO81. O cliente deve determinar se o local do projeto está localizado em um habitat critico de Nível 1 ou Nível 2 a respeito do Critério 2. NO82. O subcritério do Nível 1 para o Critério 2 é definido da seguinte maneira: O habitat conhecido por sustentar ≥ 95 por cento da população global de espécies endêmicas ou de distribuição restrita quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies (por exemplo, endêmicas de um único local). NO83. O subcritérios do Nível 2 para o Critério 2 são definidos da seguinte maneira: O habitat conhecido por sustentar ≥ 1 por cento, porém < 95, da população global de espécies endêmicas ou de distribuição restrita, quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies e quando dados adequados estiverem disponíveis e/ou tiverem como base a opinião de um perito. NO84. Veja também o parágrafo NO78 acima a respeito de lacunas de dados na Lista Vermelha da IUCN e espécies endêmicas. Critério 3: Espécies Migratórias e Congregantes NO85. As espécies migratórias são definidas como quaisquer espécies cuja proporção significativa de seus membros move-se de forma cíclica e previsível de uma área geográfica para outra (incluindo no mesmo ecossistema). NO86. Espécies congregantes são definidas como espécies cujos indivíduos se reúnem em grandes grupos de forma cíclica ou de outra forma regular e/ou previsível; os exemplos incluem: Espécies que formam colônias. NO27 Ver Edgar, G. J. et al. 2009. Key biodiversity areas as globally significant target sites for the conservation of marine biological diversity. Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems. 18: 969–983. NO28 Holland, R.A., Darwall, W.R.T. and Smith, K.G. (In Review). Conservation priorities for freshwater biodiversity: the Key Biodiversity Area approach refined and tested for continental Africa. NO29 Plantlife International. 2004. Identificando e Protegendo as Áreas de Plantas Mais Importantes do Mundo. Salisbury, Reino Unido. 29 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Espécies que formam colônias para fins reprodutivos e/ou em que grandes quantidades de indivíduos de uma espécie se reúnem ao mesmo tempo para fins não reprodutivos (por exemplo, procura de alimentos, empoleiramento). Espécies que se movem por gargalos/lugares estreitos por onde uma quantidade significativa de indivíduos de uma espécie passa em um período de tempo concentrado (por exemplo, durante a migração). Espécies com uma grande distribuição, porém aglomerada, em que uma grande quantidade de indivíduos poderá estar concentrada em um único ou poucos locais, enquanto o restante das espécies está amplamente dispersada (por exemplo, distribuições de gnus). Populações de origem, quando certos locais detêm populações de espécies que fazem uma contribuição desordenada ao recrutamento das espécies em outros lugares (importante principalmente para espécies marinhas). NO87. O cliente deve determinar se o local do projeto está localizado em um habitat critico de Nível 1 ou Nível 2 a respeito do Critério 3. NO88. O subcritério do Nível 1 para o Critério 3 é definido da seguinte maneira: O habitat conhecido por sustentar, de forma cíclica ou de outra forma regular, ≥ 95 por cento da população global de uma espécie migratória ou congregante em qualquer ponto do ciclo de vida das espécies, quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies. NO89. O subcritério do Nível 2 para o Critério 3 é definido da seguinte maneira: NO30 O habitat conhecido por sustentar, de forma cíclica ou de outra forma regular, ≥ 1 por cento, porém < 95 por cento, da população global de uma espécie migratória ou congregante em qualquer ponto do ciclo de vida das espécies, quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies e quando dados adequados estiverem disponíveis e/ou tiverem como base na opinião de um perito. Para pássaros, o habitat que atender ao Critério A4 da BirdLife International para congregações e/ou os Critérios 5 ou 6 da Ramsar para Identificação de Áreas Alagadas de NO30,NO31 Importância Internacional. Para espécies com grandes distribuições, porém aglomeradas, um limite provisório é estabelecido em ≥ 5 por cento da população global para espécies terrestres e marinhas. Locais de origem que contribuem com ≥ 1 por cento da população global de recrutas. Consulte o critério global de AIA no endereço http://www.birdlife.org/datazone/info/ibacriteria NO31 Consulte http://www.ramsar.org/cda/en/ramsar-about-faqs-what-are-criteria/main/ramsar/1-36-37%5E7726_4000_0__ 30 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Limites quantitativos NO 32 para os Níveis 1 e 2 dos Critérios de Habitat Crítico de 1 a 3 Critérios Nível 1 Nível 2 1. Espécies Gravemente Ameaçadas (GR)/Ameaçadas (AM) (a) Habitat necessário para sustentar ≥ 10 por cento da população global de uma GR ou espécies/subespécies AM onde existem ocorrências conhecidas e regulares das espécies e quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies. (c) Habitat que sustenta a ocorrência regular de um único indivíduo de uma espécie GR e/ou habitat que contenha concentrações regionalmente importantes de espécies AM da Lista Vermelha quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies/ subespécies. (b) Habitat com ocorrências conhecidas, regulares de espécies GR ou AM quando esse habitat é um dos 10, ou de um número menor, locais de manejo discretos dessas espécies globalmente. (d) Habitat de importância significativa a espécies GR ou AM de grande alcance e/ou cuja distribuição da população não é bem entendida e quando a perda desse habitat poderia possivelmente afetar a sobrevivência das espécies no longo prazo. (e) Conforme adequado, um habitat que contenha concentrações nacionalmente/regionalmente importantes de uma listagem AM, GR ou listagem nacional/regional equivalente. 2. Espécies Endêmicas/ de Distribuição Restrita (a) O habitat conhecido por sustentar ≥ 95 por cento da população global de espécies endêmicas ou de distribuição restrita quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies (por exemplo, endêmicas de um único local). (b) O habitat conhecido por sustentar ≥ 1 por cento, porém < 95 por cento, da população global de espécies endêmicas ou de distribuição restrita quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies e quando dados adequados estiverem disponíveis e/ou tiverem como base a opinião de um perito. 3. Espécies Migratórias/Congregantes (a) O habitat conhecido por sustentar, de forma cíclica ou de outra forma regular, ≥ 95 por cento da população global de uma espécie migratória ou (b) O habitat conhecido por sustentar, de forma cíclica ou de outra forma regular, ≥ 1 por cento, porém < 95 por cento, da população global de uma espécie migratória ou NO32 Esses limites têm como base limites numéricos padronizados globalmente publicados pela IUCN como Orientações de Melhores Práticas para Áreas Protegidas. Consulte Langhammer, P.F., et al. 2007. Identificação e Análise das Diferenças entre Importantes Áreas de Biodiversidade: Metas para Sistemas de Áreas Protegidas Abrangentes. Orientação de Melhores Práticas para Áreas Protegidas Série nº 15. IUCN, Gland, Suíça. 31 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Critérios Nível 1 Nível 2 congregante em qualquer ponto do ciclo de vida das espécies, quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies. congregante em qualquer ponto do ciclo de vida das espécies quando esse habitat puder ser considerado uma unidade de gestão discreta dessas espécies, quando dados adequados estiverem disponíveis e/ou tiverem como base na opinião de um perito. (c) Para pássaros, o habitat que atender ao Critério A4 da BirdLife International para congregações e/ou os Critérios 5 ou 6 da Ramsar para Identificação de Zonas Úmidas de Importância Internacional. (d) Para espécies com grandes distribuições, porém aglomeradas, um limite provisório é estabelecido em ≥5 por cento da população global para espécies terrestres e marinhas. (e) Locais de origem que contribuem com ≥ 1 por cento da população global de recrutas. Critério 4: Ecossistemas Altamente Ameaçados e/ou Únicos NO90. Os ecossistemas altamente ameaçados ou únicos são (i) os que estão em risco de serem reduzidos significativamente em área ou qualidade; (ii) os que possuem pequena dimensão espacial; e/ou (iii) os que contenham um grupo único de espécies, incluindo grupos ou concentrações de espécies restritas ao bioma. As áreas consideradas insubstituíveis ou de alta prioridade/relevância com base nas técnicas de planejamento de conservação sistemáticas realizadas na paisagem terrestre e/ou em escala regional por órgãos governamentais, instituições acadêmicas reconhecidas e/ou outras organizações qualificadas relevantes (incluindo ONGs internacionalmente reconhecidas) ou reconhecidas como tais nos planos regionais ou nacionais existentes, como o EPANB, qualificarse-iam como habitat crítico segundo o Critério 4. Um exemplo de ecossistema único seria aquele que ocorre de forma muito limitada na região, como a única floresta de várzea dipterocarp. Um exemplo de ecossistema altamente ameaçado seria aquele que está perdendo um elevado percentual de sua área a cada ano. NO91. Os ecossistemas altamente ameaçados ou únicos são definidos por uma combinação de fatores que determinam sua importância na ação de conservação. A priorização de ecossistemas raros e ameaçados emprega fatores semelhantes aos utilizados na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. Os fatores de priorização de ecossistema incluem tendência de longo prazo, raridade, condição ecológica e ameaça. Todos esses valores contribuem para o valor relativo da biodiversidade e da 32 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 conservação do ecossistema específico. A Comissão sobre Gestão de Ecossistemas da IUCN está NO33,NO34 liderando uma iniciativa para reunir critérios e categorias para ecossistemas ameaçados. NO92. Nas aplicações de conservação da biodiversidade em escala regional, os ecossistemas são classificados e mapeados em escalas específicas com foco na estrutura e composição da vegetação, cobertura do solo e principais fatores abióticos. Os dados utilizados para criar esses mapas de ecossistema em escala regional normalmente incluem mapas de uso do solo e da vegetação e outros fatores ambientais importantes, incluindo clima, hidrologia, geoquímica e posição da paisagem terrestre (elevação e aspecto). NO93. Para implementar esse critério, o cliente deve primeiro conduzir uma pesquisa bibliográfica substancial e consultar organizações de conservação reconhecidas ou outras autoridades relevantes na área de interesse para garantir um mapa de ecossistema padronizado para a região que inclua o local do projeto. Caso o mapeamento do ecossistema regional não tenha sido conduzido na área de interesse e/ou dependendo da natureza e escala do tipo do projeto, o cliente pode também utilizar o parecer de especialistas para determinar a relevância, singularidade e/ou raridade do ecossistema em questão a respeito da escala nacional, regional e/ou internacional. Critério 5: Processos Evolutivos-Chave NO94. Os atributos estruturais de uma região, como sua topografia, geologia, solo, temperatura e vegetação e combinações dessas variáveis podem influenciar os processos evolutivos que geram as configurações regionais das espécies e as propriedades ecológicas. Em alguns casos, características espaciais únicas ou idiossincráticas à paisagem terrestre foram associadas a populações ou subpopulações geneticamente únicas de espécies de plantas e animais. Características físicas ou espaciais foram descritas como catalisadores substitutos ou espaciais para processos ecológicos e evolutivos, e essas características são normalmente associadas à diversificação das espécies. Manter esses processos evolutivos-chave inerentes em uma paisagem terrestre, bem como as espécies (ou subpopulações de espécies) resultantes se tornou um importante foco de conservação de biodiversidade nas últimas décadas, particularmente a conservação da diversidade genética. Por meio da conservação da diversidade de espécies em uma paisagem terrestre, os processos que guiam a especiação, bem como a diversidade genética nas espécies, garantem a flexibilidade evolutiva em um sistema, que é importante principalmente em cenários de rápidas mudanças climáticas. NO95. Esse critério, portanto, é definido pelas (i) características físicas de uma paisagem terrestre que possam ser associadas a processos evolutivos específicos; e/ou (ii) as subpopulações de espécies que sejam distintas filogeneticamente ou morfogeneticamente e possam ser de preocupação especial quanto à conservação, considerando seu histórico evolutivo distinto. As NO35 e espécies Globalmente Ameaçadas e últimas incluem unidades evolutivas significativas (ESUs) NO36 Evolutivamente Distintas (EDGE). NO33 Para obter mais informações, consulte http://www.iucn.org/about/union/commissions/cem/cem_work/tg_red_list/ NO34 Consulte Rodriguez, J.P., et al.2011. Estabelecimento de Critérios da Lista Vermelha da IUCN para Ecossistemas Ameaçados.Biologia da Conservação 25 (1): 21–29; e Rodriguez, J.P., et al. 2007.Avaliação de risco de extinção na ausência de informações sobre espécies: critérios quantitativos para ecossistemas terrestres. Biodiversidade e Conservação 16 (1): 183–209. NO35 Conforme definido por Crandal, K.A., et al. 2000. Considerando os processos evolutivos na biologia da conservação. TREE 15(7): 290–295. NO36 Conforme definido pela Sociedade de Zoologia de Londres (ZSL). http://www.edgeofexistence.org/index.php. 33 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO96. Para fins ilustrativos, alguns possíveis exemplos de características espaciais associadas aos processos evolutivos são: Áreas isoladas (por exemplo, ilhas, montanhas, lagos) estão associadas a populações filogeneticamente distintas. Áreas de elevado endemismo normalmente contêm flora e/ou fauna com históricos evolutivos únicos (observe a sobreposição com o Critério 2, espécies endêmicas e de distribuição restrita). Paisagens terrestres com elevada heterogeneidade espacial são uma força motriz na especiação, pois as espécies são naturalmente selecionadas por sua capacidade de se adaptar e diversificar. Gradientes ambientais, também conhecidos como ecótonos, produzem o habitat transitório que foi associado ao processo de especiação e à elevada diversidade genética e de espécies. Interfaces edáficas são justaposições específicas de tipos de solo (por exemplo, afloramentos sinuosos, depósitos de calcário e gipsita), que levaram à formação de comunidades de plantas únicas caracterizadas pela raridade e pelo endemismo. Conectividade entre habitats (por exemplo, corredores ecológicos) assegura a migração de espécies e o fluxo gênico, o que é especialmente importante em habitats fragmentados e para a conservação de metapopulações. Isso também inclui corredores ecológicos em todos os diferentes gradientes altitudinais e climáticos e abrangem desde regiões “montanhosas a costeiras”. Locais de importância demonstrada para a adaptação da mudança climática para espécies ou ecossistemas também estão incluídos nesse critério. NO97. A relevância de atributos estruturais em uma paisagem terrestre que poderão influenciar os processos evolutivos será determinada caso a caso, e a determinação de habitat que desencadeia esse critério dependerá muito do conhecimento científico. Na maioria dos casos, esse critério será desencadeado em áreas que foram investigadas anteriormente e que já são conhecidas ou suspeitas de estarem associadas a processos evolutivos únicos. Apesar de existirem métodos sistemáticos para medir e priorizar os processos evolutivos em uma paisagem terrestre, eles estão, normalmente, além de uma expectativa razoável de estudos realizados pelo setor privado. No mínimo, porém, o cliente deve estar ciente do que constitui um “processo evolutivo-chave” (por exemplo, característica de paisagem terrestre e/ou subpopulações de espécies com histórico evolutivo único) de forma que esse aspecto poderá ser abrangido como parte de sua avaliação por meio de uma pesquisa bibliográfica, complementada conforme necessário por uma avaliação em campo. 17. Nas áreas de habitat crítico, o cliente não implantará nenhuma atividade do projeto, a menos que todos os itens a seguir sejam comprovados: Inexistência de alternativas viáveis dentro da região para o desenvolvimento do projeto em habitats modificados ou naturais que não sejam críticos; O projeto não acarreta impactos adversos mensuráveis sobre os valores de biodiversidade para os quais o habitat crítico foi designado, nem sobre os processos 12 ecológicos que dão suporte àqueles valores de biodiversidade; 13 O projeto não acarreta a redução líquida da população global e/ou nacional/regional de nenhuma espécie Gravemente Ameaçada ou Ameaçada durante um período de 14 tempo razoável; e 34 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Um programa de monitoramento e avaliação da biodiversidade sólido, adequadamente elaborado e de longo prazo está integrado ao programa de gestão do cliente. 18. Nos casos em que um cliente for capaz de cumprir com os requisitos definidos no parágrafo 17, a estratégia de mitigação será descrita em um Plano de Ação para a Biodiversidade, e será elaborada de forma a atingir o saldo líquido positivo dos valores da 15 biodiversidade para os quais o habitat crítico foi criado . 19. Nos casos em que compensações de biodiversidade forem propostas como parte da estratégia de mitigação, o cliente deve demonstrar, por meio de uma avaliação, que os impactos residuais importantes do projeto sobre a biodiversidade serão adequadamente minimizados para atender aos requisitos do parágrafo 17. _____________________________ 12 Os valores de biodiversidade e os processos ecológicos que os fundamentam serão determinados em uma escala ecologicamente relevante. 13 Redução líquida é uma perda única ou cumulativa de indivíduos que impacta a capacidade da espécie de sobreviver nas escalas global e/ou regional/nacional por muitas gerações ou durante um período longo. A escala (global e/ou regional/nacional) do potencial de redução líquida é determinada com base no registro da espécie na Lista Vermelha (global) da IUCN e/ou em listas nacionais/regionais. Para espécies que constem tanto na Lista Vermelha da IUCN (global) como em listas nacionais/regionais, a redução líquida será baseada na população nacional/regional. 14 O período em que o cliente deve demonstrar "ausência de redução líquida" das espécies Gravemente Ameaçadas ou Ameaçadas será determinado caso a caso em consulta com peritos externos. 15 Saldos líquidos positivos são resultados adicionais de conservação que podem ser alcançados para aqueles valores de biodiversidade para os quais o habitat crítico foi criado. É possível alcançar saldos líquidos positivos mediante o desenvolvimento de uma compensação de biodiversidade e/ou em circunstâncias nas quais o cliente possa cumprir os requisitos do parágrafo 17 deste Padrão de Desempenho sem compensação de biodiversidade. O cliente deve alcançar saldos líquidos positivos por meio da implementação de programas que poderiam ser implantados no local (no solo) para melhorar o habitat e proteger e conservar a biodiversidade. Requisitos do Cliente em Habitat Crítico NO98. O primeiro ponto no parágrafo 17 enfatiza a importância de tentar evitar totalmente habitats críticos como o primeiro meio de demonstrar o cumprimento da hierarquia de mitigação. Isso é exigido para qualquer projeto proposto em habitat crítico, independente da dimensão de sua presença. NO99. Os tipos específicos de medidas de mitigação que conseguem concretizar os objetivos do parágrafo 17 do Padrão de Desempenho 6 e a estratégia de gestão necessária para implementar essas medidas no longo prazo serão inerentemente específicas de cada caso. A seleção de medidas de mitigação deve levar em consideração ameaças existentes aos valores da biodiversidade não relacionadas ao projeto (por exemplo, caça de animais selvagens, invasão agrícola, pecuária insustentável, espécies invasoras, excesso de safras/colheitas, mudança climática, etc.). Ver também o parágrafo NO14. NO100. Existem vários fatores envolvidos na tomada de decisões quanto à capacidade do cliente cumprir os parágrafos 17 a 19 do Padrão de Desempenho 6. Os mais predominantes são os seguintes: (i) A relativa impossibilidade de substituição e vulnerabilidade dos valores da biodiversidade (ver parágrafo NO13); (ii) A qualidade da avaliação da biodiversidade e/ou da avaliação de habitat crítico; (iii) O tipo de projeto; 35 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 (iv) A capacidade de gestão, o compromisso e o histórico do cliente, incluindo a abrangência de seu SGAS; (v) A abrangência da estratégia de mitigação do cliente e a consideração das compensações da biodiversidade; (vi) O nível de confiança em previsões e a garantia de resultados das medidas na hierarquia de mitigação; (vii) O cronograma dessas medidas em contextos de risco elevado e incerteza; (viii) A disposição do cliente de contratar peritos externos, consultores e/ou outros tipos de instituições científicas; (ix) A disposição do cliente de estabelecer parcerias estratégicas efetivas de longo prazo com o governo, instituições acadêmicas e de pesquisa, Comunidades Afetadas e/ou ONGs de conservação reconhecidas internacionalmente; (x) A capacidade do governo anfitrião; e (xi) O grau de incerteza das informações. NO101. O segundo ponto do Parágrafo 17 é aplicável a todos os elevados valores da biodiversidade e exige “ausência de impactos adversos mensuráveis”. As seguintes definições são fornecidas: Mensurável: identificado utilizando um programa de monitoramento quantitativo ou semiquantitativo da biodiversidade durante todo o ciclo de vida do projeto. Impactos adversos: impactos diretos ou indiretos relacionados ao projeto, que alteram irreversivelmente o habitat crítico, de modo a reduzir substancialmente a capacidade de o habitat crítico sustentar os valores da biodiversidade e os processos ecológicos identificados. Processos ecológicos: processos biofísicos (por exemplo, regimes hidrológicos, regimes climáticos locais, ciclo de nutrientes/química do solo, incêndios, inundações e outros regimes de perturbação naturais, herbivoria, predação, corredores ecológicos, rotas de migração) necessários para que o habitat crítico permaneça na paisagem terrestre ou paisagem NO37 marinha no longo prazo. NO102. O cliente é responsável por demonstrar ausência de impacto mensurável sobre os valores da biodiversidade para o qual o habitat crítico foi designado e sobre os processos ecológicos que justifiquem esses valores conforme declarados no segundo ponto do Parágrafo 17 do Padrão de Desempenho 6. Esse requisito foca explicitamente nos valores da biodiversidade para os quais o habitat crítico foi designado como um meio de enfatizar a importância de considerar os valores da biodiversidade em toda uma dimensão ecologicamente relevante, incluindo a dimensão da paisagem terrestre/marinha. Muitas vezes, requisitos semelhantes foram interpretados como ausência de impactos adversos mensuráveis sobre o próprio local do projeto, que, em termos ecológicos, é quase sempre algo sem sentido. Assim, a intenção por trás do texto atual é incentivar projetos a trabalharem com ecologistas e especialistas externos reconhecidos para definir o habitat crítico com base nos valores da biodiversidade que geram essa designação de habitat crítico, não com base em um limite de projeto artificial imposto em uma paisagem terrestre/marinha (ou seja, o local do NO37 Observe que os processos ecológicos/biofísicos não devem ser confundidos com os serviços ecossistêmicos a menos que um grupo identificável de pessoas também esteja sendo diretamente beneficiado pelo processo. 36 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 projeto/área de concessão). Em qualquer um dos casos, o segundo ponto do Parágrafo 17 inclui os processos ecológicos que justificam os valores da biodiversidade. A conservação do processo ecológico necessário para manter o habitat crítico é claramente tão importante quanto a conservação dos próprios valores individuais. Adicionalmente, muitos valores de biodiversidade são NO38 interdependentes e não podem ser conservados isoladamente um do outro. NO103. O terceiro ponto do parágrafo 17 é aplicável ao Critério 1 apenas (espécies GR e AM). Os projetos não levarão a uma redução líquida dessas espécies em escala global e/ou nacional/regional. Redução líquida é definida na nota de rodapé 13 do Padrão de Desempenho 6. A nota de rodapé 13 também fornece uma ideia do significado de “e/ou”, ou seja, quando um cumprimento é determinado na escala da população global e quando é determinado na escala nacional/regional. Isso depende da listagem das espécies por meio da qual o habitat crítico é, antes de mais nada, determinado. Isso é explicado na nota de rodapé 11 do Padrão de Desempenho 6. Na maior parte dos casos, o habitat será crítico com base na Lista Vermelha global da IUCN e, nesses casos, a redução líquida será determinada a respeito da população global. Em casos em que o habitat é considerado crítico segundo o Critério 1 com base na lista de espécies ameaçadas em termos regionais e/ou nacionais, a redução líquida será determinada a respeito da população regional e/ou nacional. A tomada de decisões desse tipo deve acontecer ao consultar profissionais competentes, incluindo indivíduos dos Grupos de Especialistas do Comitê de Sobrevivência das Espécies da IUCN. NO104. O terceiro ponto do parágrafo 17 também utiliza a terminologia “por um período de tempo razoável”. Isso remete à questão de quando o cliente deve conseguir demonstrar a ausência de redução líquida. O prazo é inerentemente específico a cada caso. Dependerá do tipo de espécies (e, mais importante, seu ciclo reprodutivo), bem como da estratégia de mitigação selecionada do cliente (por exemplo, medidas de proteção no local versus translocação versus compensação). Também pode depender da seleção de indicadores de monitoramento do cliente. A redução aceitável na população também não deve ser interpretada como subsistência de todo indivíduo no local. Apesar de isso poder ser o caso em algumas situações, por exemplo, para as espécies GR quase em extinção na natureza, nenhuma redução líquida tem como base a “capacidade de as espécies persistirem nas escalas globais e/ou regionais/nacionais por muitas gerações ou por um longo período de tempo” (nota de rodapé 13 do Padrão de Desempenho 6). NO105. O programa de monitoramento e avaliação da biodiversidade é um aspecto fundamental para garantir o cumprimento do parágrafo 17 e um requisito do Padrão de Desempenho 6, conforme consta no quarto ponto deste parágrafo. O programa de monitoramento e avaliação deve ser projetado em dois níveis: (i) monitoramento em campo dos respectivos valores de biodiversidade (por exemplo, espécies, ecossistemas); e (ii) monitoramento da implementação (e, portanto, eficácia) de medidas de mitigação e controles de gestão (como parte do SGAS do cliente). Em alguns casos, o projeto também deve monitorar a situação das ameaças contínuas em suas proximidades, como caça de animais silvestres e expansão agrícola. Caso uma compensação(ões) de biodiversidade faça(m) parte da estratégia de mitigação, um programa separado deve ser criado para monitorar e avaliar o sucesso do programa de compensação. O programa de monitoramento deve ser quantitativo ou semiquantitativo e, preferencialmente, justificável em termos estatísticos. Em alguns casos, como florestas tropicais, pode ser mais prático (e sensato) utilizar referências em vez de utilizar um método BACI (Before-After-Control-Impact), como a heterogeneidade da paisagem terrestre pode tornar o monitoramento segundo uma base de pré-construção difícil ou impossível. Em qualquer um dos casos, o cliente deve desenvolver um conjunto de indicadores (parâmetros) NO38 Veja a Abordagem Voltada para o Ecossistema descrita nos parágrafos NO18 e NO19. 37 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 sensato para cada valor de biodiversidade e os processos ecológicos que justificam esses valores. Os indicadores devem ser desenvolvidos na consulta com especialistas externos e outras partes interessadas relevantes. Faixas de variabilidade aceitáveis devem ser estabelecidas para cada valor de biodiversidade, que poderá ser o atributo real que torna o habitat crítico (por exemplo, espécies GR/AM, espécies migratórias) ou representações desses atributos (por exemplo, cobertura vegetal). Peritos externos qualificados devem ser contratados para identificar esses limites. Os resultados mensuráveis que ultrapassarem os limites identificados em um período de tempo determinado indicam inobservância do parágrafo 17. Para referência, consulte a publicação Iniciativa Pró-Energia e Biodiversidade (EBI), Indicadores de Biodiversidade para Monitoramento de Impactos e Ações de Conservação (2003). NO106. O programa de monitoramento e avaliação da biodiversidade deve ser integrado ao SGAS geral do projeto. Dessa forma, os resultados do programa podem estar explicitamente relacionados a ações de gestão corretivas ou adaptativas. Isso também está em linha com o Padrão de Desempenho 1, que enfatiza um sistema de gestão “planejar, executar, verificar e agir”. O cliente deve garantir que os resultados do monitoramento sejam utilizados para avaliar a eficácia de sua estratégia de mitigação. O parágrafo NO20 descreve o requisito geral do Padrão de Desempenho 6 quanto ao desenvolvimento de medidas de mitigação e monitoramento por meio da gestão adaptativa. Isso é principalmente relevante para projetos localizados em um habitat crítico. NO107. Além dos requisitos no parágrafo 17, em áreas de habitat crítico o cliente deve demonstrar saldos líquidos (também conhecidos como “saldos líquidos positivos”) dos valores de biodiversidade para qual o habitat crítico foi designado, conforme declarado no parágrafo 18 do Padrão de Desempenho 6. Os saldos líquidos são definidos na nota de rodapé 15 do Padrão de Desempenho 6 e poderão ser considerados “nenhum prejuízo líquido adicional”; portanto, os requisitos definidos para habitat crítico são adicionais e ampliam os definidos para habitat natural. A estratégia de mitigação do cliente, que será projetada para cumprir o parágrafo 17 e para atingir saldos líquidos, deve ser descrita em um Plano de Ação para a Biodiversidade (PAB). Quando o cliente tiver preparado um Plano de Gestão de Biodiversidade (ou Ecológico) (PGB) suficiente que descreva adequadamente medidas de mitigação no local, o PAB pode ser reservado para descrever como o cliente planeja atingir saldos líquidos. Consulte o Anexo A para obter uma explicação da diferença entre um PGB e um PAB e obter orientação sobre como desenvolvê-los. Ganhos líquidos poderão ser atingidos por meio de compensação de biodiversidade e, em casos em que uma compensação de biodiversidade não seja parte da estratégia de mitigação do cliente (por exemplo, não há impactos residuais significativos), os ganhos líquidos seriam obtidos ao identificar oportunidades adicionais para aprimorar o habitat e proteger e conservar a biodiversidade (consulte também o parágrafo NO34). Conforme descrito na nota de rodapé 15 do Padrão de Desempenho 6, ganhos líquidos de valores de biodiversidade devem envolver resultados de conservação adicionais mensuráveis. Esses ganhos devem ser demonstrados em uma escala geográfica adequada (por exemplo, local, nível de paisagem terrestre, nacional, regional), conforme determinado por peritos externos. Em outras palavras, os requisitos de “no solo” e “igual-por-igual ou melhor” para a compensação da biodiversidade também se aplicam a outras medidas propostas para atingir ganhos líquidos de valores relevantes de biodiversidade. NO108. Em geral, projetos com pegadas grandes e expansivas dentro de habitats tanto de Nível 1 quanto de Nível 2 considerarão difícil (ou impossível) cumprir com as obrigações do parágrafo 17 do Padrão de Desempenho 6. No que diz respeito aos impactos relacionados ao projeto em habitats de Nível 1 segundo os Critérios 1 a 3, a maioria dos impactos não são considerados como compensáveis. Impactos sobre o habitat crítico segundo os Critérios 4 e 5 também podem ser muito difíceis (ou impossíveis) de compensar. De qualquer forma, isso seria determinado caso a caso. 38 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO109. Qualquer tentativa de compensação no habitat crítico deve ser identificada, projetada e gerenciada de acordo com a melhor prática internacional e deve ser sustentável a longo prazo. Caso as compensações de biodiversidade sejam parte de sua estratégia de mitigação, o cliente deve demonstrar que a compensação possui o potencial para de fato compensar os impactos residuais significativos sobre o habitat crítico. A fim de fazê-lo, os ganhos de compensação de biodiversidade devem ser quantificados ou semiquantificados utilizando parâmetros científicos sólidos que representem de forma precisa os valores de biodiversidade em questão. Ao desenvolver uma compensação para impactos residuais no habitat crítico, os clientes são orientados a aderir às melhores práticas atuais internacionalmente reconhecidas. Por exemplo, os membros do Programa de Negócios e Compensação da Biodiversidade (PNCB) foram os primeiros a desenvolver um conjunto de Princípios para a Compensação da Biodiversidade internacionalmente NO39 A orientação sobre as compensações de biodiversidade fornecida nos parágrafos reconhecidos. NO29 a NO33 também se aplica ao habitat crítico. NO110. Assegurar a confiança do governo, que no melhor dos casos incluiria um compromisso legalmente vinculante, é extremamente importante para garantir a sustentabilidade das compensações de biodiversidade a longo prazo. O engajamento do cliente com os objetivos de conservação do governo local, que normalmente são mais amplos e em nível regional, facilitará esse processo. Um elemento igualmente importante é uma avaliação precisa dos custos reais necessários para implementar de maneira efetiva a(s) compensação(ões) a longo prazo. Uma avaliação dos custos de compensação operacionais e administrativos em termos de financiamento de conservação deve ser realizada para esse fim. A avaliação também deve prever uma gama de condições de mercado, como inflação, flutuações nas taxas de câmbio, análise das taxas de retorno, o rendimento do investimento e saque dos recursos se estiver previsto um investimento de capital em um fundo. Como será difícil de estimar os custos exatos da compensação antes dos mesmos serem integralmente projetados, os clientes também podem considerar o estabelecimento de um mecanismo de financiamento de compensação que seria parecido com o mecanismo de financiamento de recuperação, conforme descrito no parágrafo NO53. A parceria com organizações/autoridades confiáveis relevantes com especialização científica no planejamento, esquematização e gestão da compensação é altamente incentivada. NO111. O desenvolvimento de “compensações agregadas” é especialmente incentivado. As compensações agregadas são definidas como os resultados mensuráveis de conservação resultantes de ações coordenadas destinadas a compensar os impactos residuais adversos combinados sobre a biodiversidade decorrentes de mais de um projeto de desenvolvimento em uma área geográfica específica (depois que medidas de prevenção e mitigação forem tomadas). Em áreas onde várias empresas do setor privado operam na mesma paisagem terrestre associadas a valores elevados de biodiversidade (por exemplo, quando governos fazem concessões a várias empresas nessas paisagens terrestres), as empresas são incentivadas a juntar seus esforços e desenvolver programas de compensação conjuntos (ou “agregados”). Nesses casos, as compensações podem ser incorporadas à paisagem terrestre existente ou ao planejamento regional. NO112. Os clientes devem estar cientes de que, caso as comunidades locais não sejam adequadamente envolvidas na seleção e no planejamento de compensação, o estabelecimento de uma compensação da biodiversidade pode resultar em impactos adversos sobre elas, principalmente se seus direitos de uso não forem reconhecidos legalmente. Nesses casos, os requisitos do Padrão de Desempenho 5 do cliente são aplicáveis, como declarado explicitamente na nota de rodapé 7 NO39 Consulte http://bbop.forest-trends.org/guidelines/principles.pdf. 39 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO40 desse Padrão de Desempenho. Os clientes devem consultar o Manual de Custo-Benefício conjunto de ferramentas do PNCB, que se aplica a esse tópico. do Áreas Legalmente Protegidas e Internacionalmente Reconhecidas 20. Em casos nos quais um projeto proposto esteja localizado em uma área legalmente 16 17 protegida ou em uma área internacionalmente reconhecida, o cliente cumprirá os requisitos dos parágrafos 13 a 19 deste Padrão de Desempenho, conforme aplicável. Além disso, o cliente irá: Demonstrar que o desenvolvimento proposto em tais áreas é permitido legalmente; Observar consistentemente quaisquer planos de gestão reconhecidos pelo governo para essas áreas; Consultar os patrocinadores e gerentes da área de preservação, as Comunidades Afetadas, os Povos Indígenas e outras partes interessadas no projeto proposto, conforme apropriado; e Implantar programas adicionais, conforme apropriado, para promover e fortalecer os 18 objetivos de conservação e a efetiva gestão da área _____________________ 16 Este Padrão de Desempenho reconhece áreas legalmente protegidas que atendam à definição da IUCN. "Um espaço geográfico claramente definido, reconhecido, dedicado e administrado por meios legais ou outros meios eficazes, para alcançar a conservação da natureza a longo prazo com serviços de ecossistema e valores culturais associados." Para os fins deste Padrão de Desempenho, estão incluídas áreas propostas por governos para essa designação. 17 Áreas exclusivamente definidas como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, o programa Homem e Reservas da Biosfera da UNESCO, Áreas-Chave de Biodiversidade e áreas alagadas designadas nos termos da Convenção sobre Áreas Alagadas de Importância Internacional (Convenção de Ramsar). 18 Talvez não sejam necessários programas adicionais para projetos que não gerem novas pegadas. NO113. O Parágrafo 20 do Padrão de Desempenho 6 aplica-se a áreas legalmente protegidas que se encaixam na definição da IUCN, conforme estabelecido na nota de rodapé 16 do Padrão de Desempenho 6, e a “áreas internacionalmente reconhecidas”, que são áreas de importância reconhecida para a conservação da biodiversidade, porém que não são sempre legalmente protegidas. Áreas que serão qualificadas como “internacionalmente reconhecidas” segundo o Padrão de Desempenho 6 estão explicitamente definidas na nota de rodapé 17. O Padrão de Desempenho 6 adota a terminologia “área internacionalmente reconhecida” em vez de “área internacionalmente designada” já que “designada” normalmente é utilizada para descrever áreas protegidas designadas pelos governos. Em termos de designações internacionais, as convenções diferem na sua terminologia (por exemplo, inscrito, adotado, designado, reconhecido, etc.), e, portanto, o termo mais genérico “reconhecido” foi considerado mais adequado. NO114. Caso um projeto esteja localizado em ou perto de uma área legalmente protegida ou internacionalmente reconhecida, o cliente deve pedir orientação às seguintes fontes, que foram desenvolvidas pelo PNUMA-CMMC. NO41 A Base de Dados Mundial de Áreas Base de Dados Mundial de Áreas Protegidas. Protegidas (WDPA) é um inventário global de áreas protegidas. As informações são fornecidas à WDPA por governos nacionais, ONGs, convenções internacionais e parceiros NO40 Consulte http://bbop.forest-trends.org/guidelines/cbh.pdf. NO41 Consulte o endereço http://www.protectedplanet.net. 40 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 regionais. É administrada e desenvolvida com a colaboração entre o PNUMA-CMMC e a IUCN. NO42 A lista de A a Z é uma orientação onÁreas de Importância de Biodiversidade de A a Z. line com informações detalhadas de vários sistemas reconhecidos para priorizar e proteger áreas de importância de biodiversidade que se encaixem em duas categorias principais: áreas na estrutura de área protegida sustentadas por instituições nacionais ou subnacionais, bem como convenções e programas internacionais, e esquemas de priorização globais desenvolvidos por organizações acadêmicas e de conservação. NO115. No que diz respeito à mitigação, os clientes devem obedecer aos requisitos de habitat natural ou crítico, dependendo dos valores de biodiversidade presentes na área legalmente protegida (incluindo áreas oficialmente propostas de proteção) ou internacionalmente reconhecida. Isso terá como base o processo de identificação de riscos e impactos do cliente, incluindo a ESIA, avaliação de biodiversidade e/ou avaliação de habitat crítico. Na lista de áreas reconhecidas de elevado valor de biodiversidade no parágrafo NO57, as áreas legalmente protegidas com uma Categoria de Gestão Ia, Ib e II da IUCN, os Locais de Patrimônio Mundial Natural da UNESCO e os Locais da Ramsar serão tratados como habitat crítico. As Principais Áreas de Biodiversidade (PAB) que correspondem à definição de habitat crítico segundo o parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 6 também serão tratadas como habitat crítico. Áreas que atendam às Categorias de Gestão III–VI da IUCN ou outros tipos de áreas que recebem algum tipo de proteção legal, restrição e/ou gestão (por exemplo, reservas florestais) também podem ser qualificadas como habitat crítico, caso essas áreas apresentem elevados valores de biodiversidade conforme definido no parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 6. Uma avaliação seria necessária para fazer essa determinação. NO116. Quando projetos são localizados em áreas protegidas legalmente e reconhecidas internacionalmente, os clientes devem garantir que as atividades do projeto estejam alinhadas com quaisquer critérios nacionais de uso do solo, uso de recursos e de gestão (incluindo Planos de Gestão de Áreas Protegidas, Estratégia e Planos de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPANBs) ou documentos semelhantes). Isso implicará assegurar as aprovações necessárias das agências governamentais responsáveis e a consultoria com patrocinadores das áreas protegidas e Comunidades Afetadas, Povos Indígenas e outras partes interessadas relevantes. Observe que o engajamento e a consulta das partes interessadas são exigidos para todos os projetos localizados em áreas protegidas legalmente e reconhecidas internacionalmente. A terminologia “conforme adequado” no terceiro ponto do parágrafo 20 do Padrão de Desempenho 6 refere-se à adequação/relevância dos grupos de partes interessadas a serem engajados como parte desse processo. Para áreas reconhecidas internacionalmente que não sejam protegidas legalmente, os clientes precisarão consultar as agências de conservação responsáveis pela designação. Os requisitos do cliente para o engajamento de partes interessadas são descritos nos parágrafos 26 a 33 do Padrão de Desempenho 1 e a orientação correspondente pode ser encontrada nos parágrafos NO91 a NO105 da Nota de Orientação 1. Os requisitos correspondentes do cliente são abordados no Padrão de Desempenho 7 a respeito dos Povos Indígenas e no Padrão de Desempenho 8 a respeito do patrimônio cultural, e nas Notas de Orientação correspondentes. NO117. Os projetos propostos em áreas legalmente protegidas ou internacionalmente reconhecidas devem resultar em benefícios tangíveis aos objetivos de conservação daquela área, e a presença do projeto deverá trazer vantagens claras de conservação. Isso pode ser alcançado por meio da implementação de programas que, por exemplo, forneçam apoio à gestão de parques, NO42 Consulte o endereço http://www.biodiversitya-z.org. 41 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 abordem subsistências alternativas para as Comunidades Afetadas, ou apoiem e/ou realizem pesquisas necessárias aos objetivos de conservação da área protegida. A única exceção poderá ser para projetos que não estejam criando uma nova pegada (consulte a nota de rodapé 18 do Padrão de Desempenho 6). NO118. Se não existir nenhum plano de gestão para a área protegida ou designada, o cliente poderá considerar o apoio ao desenvolvimento de um plano em conjunto com as agências governamentais e organizações de conservação adequadas. Esse tipo de atividade também poderá ser suficiente como “programa adicional” segundo o quarto ponto do parágrafo 20 do Padrão de Desempenho 6 ser desenvolvido e/ou implementado de um modo que tenha envolvido o endosso de partes interessadas relevantes. Espécies Exóticas Invasoras 21. A introdução intencional ou acidental de espécies vegetais e animais exóticas ou não nativas em áreas onde elas normalmente não são encontradas pode constituir uma ameaça significativa à biodiversidade, uma vez que certas espécies exóticas podem tornar-se invasoras, propagando-se rapidamente e vencendo a competição com as espécies nativas. 22. O cliente não introduzirá intencionalmente nenhuma nova espécie exótica (não radicada atualmente no país ou região do projeto), a menos que o faça de acordo com a estrutura regulatória vigente para tal introdução. Não obstante o disposto acima, o cliente não introduzirá propositadamente nenhuma espécie exótica que apresente alto risco de comportamento invasivo, independentemente de tais introduções serem ou não permitidas de acordo com a estrutura regulatória existente. Todas as introduções de espécies exóticas estarão sujeitas a uma avaliação de riscos (como parte do processo de identificação dos riscos e impactos socioambientais do cliente) para determinar a possibilidade de um comportamento invasivo. O cliente implantará medidas para evitar a possibilidade de introdução acidental ou involuntária, incluindo o transporte de substratos e vetores (como solo, lastro e material de origem vegetal) que possam abrigar espécies exóticas. 23. Nos casos em que espécies exóticas já tenham sido radicadas no país ou na região do projeto proposto, o cliente tomará as devidas providências para não as propagar para áreas onde ainda não se radicaram. Se possível, o cliente deve adotar medidas para erradicar essas espécies dos habitats naturais sobre os quais tenha controle gerencial. NO119. Uma planta exótica ou não nativa ou uma espécie animal é um exemplar que é introduzido além de sua faixa de distribuição original. As espécies exóticas invasoras são espécies não nativas que poderão ser tornar invasoras ou propagarem-se rapidamente ao vencer a concorrência com outras espécies nativas de plantas e animais quando forem introduzidas em um novo habitat que não possui seus fatores de controle conforme determinado pela evolução natural. Atualmente, as espécies exóticas invasoras são reconhecidas como uma importante ameaça global à biodiversidade e aos serviços de ecossistemas. NO120. A introdução de quaisquer espécies exóticas como parte das operações do cliente deve ser avaliada para verificar o cumprimento da existência de uma estrutura regulatória no país anfitrião com relação a essas introduções. O cliente não introduzirá intencionalmente nenhuma nova espécie exótica (ou seja, as que não se encontram atualmente no país ou na região em que o projeto opera) a menos que isso seja feito de acordo com a estrutura regulatória em vigor, caso tal estrutura exista. Em caso negativo, uma avaliação de riscos deve ser conduzida sobre a capacidade de invasão das espécies, em coordenação com profissionais competentes que conheçam as espécies específicas 42 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 em questão. Espécies exóticas com risco elevado de comportamento invasor não serão introduzidas em um local do projeto em nenhuma circunstância, mesmo se essa introdução não for vedada pela estrutura regulatória do país anfitrião. NO121. Apesar da avaliação de risco e da estrutura regulatória existente, uma introdução acidental de fauna e flora invasoras é extremamente difícil de ser prevista. Os clientes devem realizar todas as medidas de prevenção destinadas a reduzir o risco de transporte ou transmissão de plantas exóticas ou espécies animais invasoras, pragas e patógenos por meio de suas atividades. Em uma área onde espécies invasoras são conhecidas por impor um risco significativo sobre os habitats naturais e críticos, uma pesquisa e análise dessas espécies invasoras devem ser incluídas na base de préconstrução do cliente e a possível propagação dessas espécies deve ser monitorada durante a duração do projeto. Nessas situações, um plano de gestão dedicado deve ser desenvolvido (por exemplo, um Plano de Gestão de Espécies Invasoras, Pragas e Patógenos), especificando medidas de prevenção e mitigação como inspeção, procedimentos de lavagem e quarentena especificamente destinados a resolver a propagação de espécies invasoras. Um plano de gestão desse tipo é de relevância específica para projetos localizados em habitats críticos e quando a propagação de espécies invasoras nesses habitats configurarem um risco significativo. Alternativamente e dependendo do nível da ameaça, as mitigações podem ser incluídas como parte do Plano de Gestão de Biodiversidade ou Ecológico (consulte o Anexo A). NO122. As medidas de prevenção e mitigação são essenciais quando o projeto incluir uma infraestrutura linear, como uma tubulação, linha de transmissão, desenvolvimento rodoviário ou ferroviário, pois a faixa de servidão provavelmente percorrerá e ligará vários habitats por meio de um corredor, fornecendo meios ideais para que uma espécie se propague rapidamente em uma região. Em alguns casos e principalmente para projetos operando em habitats, em grande parte, virgens, os clientes também devem incluir disposições nos contratos com fornecedores para impedir que espécies exóticas entrem no país, caso uma carga venha de fora do país. Isso poderá incluir requisitos de inspeção e quarentena de contêineres e equipamentos de construção, conforme necessário. Os equipamentos devem chegar “limpos como novos” para evitar risco de introduções. NO123. A respeito da remessa internacional de mercadorias e serviços, os clientes devem cumprir as obrigações adequadas desenvolvidas na estrutura da Convenção Internacional para o Controle e Gerenciamento da Água de Lastro e Sedimentos de Navios (Convenção de Gestão de Água de Lastro). Os clientes também devem consultar as Diretrizes para o Controle e Gerenciamento da Água de Lastro dos Navios para Minimizar a Transferência de Organismos Aquáticos Nocivos e NO43 Agentes Patogênicos, publicada pela Organização Marítima Internacional (1997). NO124. Em vários casos, as espécies invasoras já terão se estabelecido na região de localização do projeto. Nesses casos, o cliente tem a responsabilidade de tomar providências para impedir as espécies de se propagarem ainda mais nas áreas nas quais ainda não se estabeleceu. Por exemplo, no caso de uma infraestrutura linear, ervas daninhas invasoras podem se propagar em habitats florestais, principalmente se a cobertura florestal não conseguir se restabelecer (devido à manutenção da faixa de servidão para fins operacionais). Essa situação é agravada se atividades agrícolas ou madeireiras oportunistas aumentarem ainda mais a faixa de servidão, facilitando, assim, a propagação de tais espécies. Nesses casos, o cliente deve determinar a gravidade da ameaça e o modo de propagação dessas espécies. A situação deve ser monitorada como parte do SGAS em geral e o cliente deve buscar medidas de mitigação efetivas em conjunto com as autoridades locais e nacionais. NO43 Consulte http://globallast.imo.org/868%20english.pdf. 43 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO125. Organismos Vivos Modificados (OVM) também podem ser considerados espécies exóticas, com semelhante potencial de comportamento invasor, bem como potencial de fluxo gênico em espécies relacionadas. Qualquer nova introdução desses organismos deve ser avaliada no que diz respeito ao Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. Gestão de Serviços de Ecossistemas 24. Quando houver a possibilidade de o projeto impactar negativamente os serviços de ecossistemas, conforme determinado pelo processo de identificação de riscos e impactos, o cliente realizará uma revisão sistemática para identificar os serviços prioritários do ecossistema. São dois os serviços de ecossistemas prioritários: (i) aqueles serviços sobre os quais haja maior probabilidade de as operações do projeto exercerem impacto e que, portanto, resultam em impactos adversos para as Comunidades Afetadas e/ou (ii) aqueles serviços dos quais as operações do projeto dependam diretamente (como, por exemplo, água). Quando houver probabilidade de as Comunidades Afetadas serem prejudicadas, elas deverão participar da determinação de serviços de ecossistemas prioritários em conformidade com o processo de engajamento de partes interessadas, conforme definido no Padrão de Desempenho 1. 25. Com relação aos impactos sobre os serviços de ecossistemas prioritários que forem relevantes para as Comunidades Afetadas e quando o cliente tiver controle direto de gestão ou influência significativa sobre tais serviços de ecossistemas, os impactos adversos devem ser evitados. Se esses impactos adversos forem inevitáveis, o cliente os minimizará e implantará medidas de mitigação que tenham por objetivo manter o valor e a funcionalidade dos serviços prioritários. Com relação aos impactos sobre os serviços de ecossistemas prioritários dos quais o projeto dependa, os clientes devem minimizar os impactos sobre os serviços de ecossistemas prioritários e implantar medidas que aumentem a eficiência dos recursos das suas operações, conforme descrito no Padrão de Desempenho 3. Os Padrões de Desempenho 4, 5, 7 e 8 apresentam disposições adicionais sobre serviços de ecossistemas.19 _____________________ 19 As referências aos serviços de ecossistema encontram-se no Padrão de Desempenho 4, parágrafo 8; Padrão de Desempenho 5, parágrafos 5 e 25 a 29; Padrão de Desempenho 7, parágrafos 13 a 17 e 20 e Padrão de Desempenho 8, parágrafo 11. NO126. O Padrão de Desempenho 6 define os serviços de ecossistemas como “os benefícios que as pessoas, incluindo empresas, obtêm de ecossistemas” (parágrafo 2), que está em linha com a NO 44 Conforme descrito no Parágrafo 2 e definição fornecida pela Avaliação Ecossistêmica do Milênio. na nota de rodapé 1 do Padrão de Desempenho 6, os serviços de ecossistemas são organizados em quatro grandes categorias: O provisionamento de serviços de ecossistemas inclui entre outros (i) produtos agrícolas, frutos do mar e animais de caça, produtos silvestres e plantas etnobotânicas; (ii) água para beber, para irrigação e fins industriais; (iii) áreas de floresta que fornecem a base para muitos biofármacos, materiais de construção e biomassa para energia renovável. Regulamentação de serviços de ecossistemas inclui entre outros (i) a regulamentação climática e armazenagem e sequestro de carbono; (ii) decomposição de resíduos e NO44 Avaliação Ecossistêmica do Milênio, Ecossistema e Bem-Estar Humano: Oportunidades e Desafios para o Comércio e a Indústria (Ecosystems and Human Well-being: Opportunities and Challenges for Business and Industry) (2006). 44 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 desintoxicação; (iii) purificação da água e do ar; (iv) controle de pestes, doenças e polinização; (v) mitigação de perigo/desastre natural. Serviços culturais incluem entre outros (i) locais espirituais e sagrados; (ii) fins recreativos como esporte, caça, pesca, ecoturismo; (iii) exploração científica e educação. Serviços de apoio são os processos naturais que mantêm os outros serviços como (i) captação e reciclagem de nutrientes; (ii) produção primária; (iii) vias para troca de material genético. NO127. O Padrão de Desempenho 6 também reconhece a importância da iniciativa A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (The Economics of Ecosystems and Biodiversity -TEEB), um estudo de longo prazo que conta com a experiência em todo o mundo para avaliar os custos da perda de biodiversidade e o declínio relacionado aos serviços de ecossistemas ao redor do mundo. A iniciativa TEEB define os serviços de ecossistemas como as “contribuições diretas e indiretas de ecossistemas para o bem-estar humano”. TEEB também faz referências ao conceito de capital natural em que, de um ponto de vista econômico, os fluxos dos serviços de ecossistemas podem ser vistos como os dividendos que a sociedade recebe do capital natural e que a manutenção de ações do capital natural permite manter a provisão de fluxos futuros de serviços de ecossistemas, e, assim, ajuda a garantir o bem-estar duradouro da humanidade. NO128. Os serviços de ecossistemas são de fato serviços, porque existe um beneficiário (ou seja, o usuário) (humano) identificado. Os serviços de ecossistemas estão relacionados aos processos biofísicos no meio ambiente, porém até que haja uma pessoa ou grupo de pessoas sendo beneficiado pelo processo, não é um serviço. O beneficiário pode ser em escala local, regional ou mesmo global. Por exemplo, produtos silvestres e água doce coletada por comunidades acumulam benefícios para usuários em escala local; a capacidade de os ecossistemas reduzirem danos causados por desastres naturais como furacões e tornados podem beneficiar os destinatários desses serviços em escala regional (bem como na escala local); e florestas intactas que captam e armazenam dióxido de carbono e regulam o benefício climático dos destinatários desses serviços em escala global. NO129. Nos últimos anos, diversos relatórios, documentos de orientação, ferramentas de mapeamento e kits de ferramentas foram desenvolvidos como recursos para apoiar a aplicação desses conceitos. Existiu por muitos anos uma literatura abrangente sobre Pagamentos por Serviços de Ecossistemas (PSE), porém ela não é diretamente aplicável ao Padrão de Desempenho 6 e, portanto, não é mencionada nesta Nota de Orientação. Os requisitos do cliente têm como foco a mitigação de impactos sobre os serviços de ecossistemas e benefícios que os serviços de ecossistemas podem trazer a empresas em vez do impacto sobre a avaliação econômica desses serviços. Se existirem esquemas de PSE nas áreas ou perto das áreas em que os clientes fazem negócios, o cliente deve estar ciente deles de acordo com qualquer estrutura regulatória existente e/ou outras iniciativas contínuas. NO130. Foram desenvolvidos documentos de orientação e ferramentas para consideração de serviços de ecossistemas que não o PSE. Alguns são mais orientados com relação à elaboração de políticas, planejamento regional, educação e ciência, ao passo que outros poderão ser úteis em aplicações de campo do setor privado. Os clientes devem utilizar os documentos de orientação e ferramentas de mapeamento relevantes e adequadas quando os serviços de ecossistemas forem o foco principal do projeto, ao passo que reconhecemos que nem todas as ferramentas foram fortemente testadas em aplicações de projetos do setor privado. Ferramentas específicas poderão 45 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 ser adequadas para diferentes estágios do ciclo de vida do projeto e ferramentas múltiplas poderão ser utilizadas em conjunto umas com as outras para integrar as considerações ecológicas e sociais NO45 Uma lista de dos serviços de ecossistemas em avaliação, mitigação e planejamento de gestão. recursos (descrições de cada ferramenta/documento) relevante para os serviços de ecossistemas nos termos do Padrão de Desempenho 6 é fornecida na Bibliografia. Eles incluem, dentre outros, os seguintes: A Análise de Serviços de Ecossistemas Corporativos: Diretrizes para Identificação de Riscos e Oportunidades Comerciais Decorrentes da Alteração do Ecossistema (The Corporate Ecosystem Services Review: Guidelines for Identifying Business Risks and Opportunities Arising from Ecosystem Change) (2008) desenvolvido pelo Instituto de Recursos Mundiais (IRM), Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (CEMDS) e Instituto Meridian. Análise de Serviços de Ecossistemas para Avaliação de Impactos (Ecosystem Services Review for Impact Assessment) (2008) desenvolvido pelo IRM. Orientação de Serviços de Ecossistemas: Guia e listas de verificação de biodiversidade e serviços de ecossistemas (Ecosystem services guidance: Biodiversity and ecosystem services guide and checklists) (2011), desenvolvido pela Associação Internacional da Indústria do Petróleo para a Conservação Ambiental (IPIECA). Documentos relacionados e kit de ferramentas da Iniciativa Valor Natural (IVN), uma iniciativa da Flora e Fauna Internacional, Iniciativa Financeira do PNUMA, Escola de Negócios Nyenrode, Associação Holandesa de Investidores para um Desenvolvimento Sustentável e a Escola de Negócios FGV. Relatórios relacionados da TEEB, incluindo A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade: Integrando a Economia da Natureza (The Economics of Ecosystems and Biodiversity: Mainstreaming the Economics of Nature) (2010). NO131. A degradação e perda de serviços de ecossistemas podem representar riscos operacionais, financeiros e de reputação para a sustentabilidade do projeto. Em termos de riscos, os serviços de ecossistemas podem normalmente ser agrupados da seguinte maneira: (i) os que podem possivelmente representar riscos a clientes caso impactos relacionados ao projeto ocorram nesses serviços; e (ii) os que apresentam uma oportunidade para clientes em virtude das operações comerciais do cliente dependerem diretamente desses serviços (por exemplo, água em projetos hidrelétricos). Adicionalmente, os ecossistemas são reconhecidos cada vez mais e protegidos nos termos da estrutura jurídica e regulatória. Alguns países incluíram serviços de ecossistemas na sua legislação nos níveis nacional e provincial. Os clientes devem estar familiarizados com tais legislações nos países em que trabalham. NO132. Os serviços de ecossistemas é um tema interdisciplinar; assim, é abrangido em vários Padrões de Desempenho. A respeito dos serviços de abastecimento e ecossistema cultural, é a comunidade de especialistas em desenvolvimento social (notavelmente especialistas em reassentamento e especialistas na restauração dos meios de subsistência) e especialistas em patrimônio cultural que estão mais acostumados com a avaliação do tema; isso é especialmente verdadeiro devido à importância do engajamento e consulta de partes interessadas. Por outro lado, NO45 Por exemplo veja os relatórios Negócios pela Responsabilidade Social (BSR) listados na Bibliografia, que fornece uma avaliação de ferramentas específicas. 46 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 os especialistas em gestão de biodiversidade e engenheiros ambientais podem ser os melhores para avaliar as opções de mitigação técnica para a regulamentação dos serviços de ecossistemas. Em qualquer um dos casos, os serviços de ecossistemas são um tema social e ecológico que exige uma colaboração entre os especialistas socioambientais do cliente. Conforme já declarado no parágrafo NO21, uma única avaliação poderá exigir qualquer quantidade de especialistas, dependendo do serviço em questão; isso inclui especialistas em solo e terra e em controle de erosão do solo, geólogos e hidrólogos, agrônomos, ecologistas de pastos, especialistas na avaliação econômica de recursos naturais, especialistas em planejamento e reassentamento para utilização de terras com experiência em subsistência com base em recursos naturais, especialistas em restauração dos meios de subsistência e antropólogos culturais. NO133. O conceito de serviços de ecossistemas é abrangido no Padrão de Desempenho 4 (Saúde e Segurança da Comunidade), Padrão de Desempenho 5 (Aquisição de Terra e Reassentamento Involuntário), Padrão de Desempenho 7 (Povos Indígenas) e Padrão de Desempenho 8 (Patrimônio Cultural). O Padrão de Desempenho 3 (Eficiência de Recursos e Prevenção da Poluição) também é relevante em termos de serviços de ecossistemas dos quais as operações comerciais do cliente são dependentes (ou seja, a seção Eficiência de Recursos; parágrafo 6 a 9). Um resumo é fornecido no Anexo B para demonstrar a integração deste tema em todos os Padrões de Desempenho e a relação com o Padrão de Desempenho 6. NO134. Os requisitos do cliente no Padrão de Desempenho 6 para serviços de ecossistemas são aplicáveis apenas quando o cliente tiver um “controle de gestão direta ou uma influência significativa” NO46 dos serviços de sobre esses serviços. Portanto, os beneficiários globais e, às vezes, regionais, ecossistemas não são incluídos no Padrão de Desempenho 6. Isso inclui a regulamentação de serviços de ecossistemas, como armazenamento de carbono e regulamentação climática, em que os benefícios desses serviços são recebidos em escala global. Os impactos relacionados ao projeto sobre os serviços de ecossistemas onde o cliente não possui controle de gestão direta ou influência significativa serão avaliados de acordo com o Padrão de Desempenho 1. NO135. Conforme descrito nos parágrafos NO4 a NO6, os riscos e o processo de identificação incluirão um escopo para serviços de ecossistemas, que deve acontecer principalmente por meio de uma revisão da literatura e consulta com as Comunidades Afetadas como parte do processo de Engajamento de Partes Interessadas descrito no Padrão de Desempenho 1. O engajamento de partes interessadas é abrangido nos parágrafos NO91 a NO105 da Nota de Orientação 1. O engajamento de comunidades pobres e vulneráveis, principalmente Povos Indígenas é de uma relevância específica para os serviços sistemáticos de ecossistemas (consulte os requisitos para serviços de ecossistemas relacionados no Padrão de Desempenho 7). Deve haver ênfase específica ao engajamento de mulheres, pois elas são as usuárias mais prováveis dos recursos naturais. Quando riscos possivelmente significativos relacionados ao projeto forem identificados, os clientes serão responsáveis por identificar serviços de ecossistemas prioritários. Os serviços de ecossistemas prioritários são definidos no parágrafo 24 do Padrão de Desempenho 6 como (i) os serviços nos quais as operações do projeto provavelmente terão um impacto e, portanto, resultarão em impactos adversos sobre as Comunidades Afetadas; e/o (ii) os serviços dos quais o projeto é diretamente dependente para suas operações (por exemplo, água). Os serviços de ecossistemas prioritários devem ser identificados utilizando uma revisão e priorização sistemáticas (parágrafo 24 NO46 Os requisitos do Padrão de Desempenho 6 podem ser aplicados a serviços de ecossistemas cujos beneficiários estão na escala regional, pois projetos com uma presença muito ampla podem causar impactos sobre os serviços de ecossistemas em termos regionais (por exemplo, grandes áreas alagadas ou áreas costeiras exigidas para a mitigação de desastres naturais). Poderá ser determinado que o cliente, por meio da aplicação de medidas de mitigação, tenha uma influência significativa sobre esses serviços. 47 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 do Padrão de Desempenho 6). Para os fins desta Nota de Orientação, esse processo é denominado NO47 uma Revisão de Serviços de Ecossistemas (RSE). NO136. Para os fins de implementação do Padrão de Desempenho 6 e o RSE, os serviços de ecossistemas são classificados em dois tipos: Tipo I: Provisionamento, regulamentação, serviços de ecossistemas culturais e de apoio, sobre os quais o cliente tem controle de gestão direta ou influência significativa e quando os impactos sobre esses serviços puderem afetar negativamente as comunidades. Tipo II: Provisionamento, regulamentação, serviços de ecossistemas culturais e de apoio, sobre os quais o cliente tem controle de gestão direta ou influência significativa e com relação aos quais o projeto depende diretamente para suas operações (exemplos desse tipo de serviço de ecossistema são fornecidos abaixo no Parágrafo NO142). NO137. Quando for provável que um projeto tenha um impacto sobre os serviços de ecossistemas, o RSE deve fazer a triagem de todos os serviços de ecossistemas do Tipo I e Tipo II no local do projeto e sua área de influência e priorizar os serviços de ecossistemas com base no seguinte: (i) a probabilidade de o projeto ter um impacto sobre o serviço; e (ii) o controle de gestão direta do projeto ou a influência significativa sobre esse serviço. NO138. Os serviços de ecossistemas Tipo I serão considerados prioridade nas seguintes circunstâncias: As operações do projeto provavelmente resultarão em um impacto significativo sobre o serviço de ecossistema; O impacto resultará em um impacto negativo sobre a subsistência, saúde, segurança e/ou patrimônio cultural das Comunidades Afetadas; e O projeto possui controle de gestão direto ou influência significativa sobre o serviço. NO139. Os serviços de ecossistemas Tipo II serão considerados prioridade nas seguintes circunstâncias: O projeto depende diretamente do serviço para suas operações principais; e O projeto possui controle de gestão direto ou influência significativa sobre o serviço. NO140. Para os serviços de ecossistemas do Tipo I, o RSE deve ser conduzido como parte de um processo de consulta participativo das partes interessadas. Especialistas sociais serão os principais agentes na realização dessa consulta e os requisitos são definidos nos parágrafos 25 a 33 do Padrão de Desempenho 1; a orientação correspondente pode ser encontrada nos parágrafos NO91 a NO105 da Nota de Orientação 1. Como parte do RSE, o cliente deve considerar o seguinte: Analisar a natureza e extensão dos serviços de ecossistemas no local do projeto e sua área de influência Identificar a condição, as tendências e as ameaças externas (que não do projeto) a esses serviços NO47 A terminologia RSE foi desenvolvida pelo Instituto de Recursos Mundiais (IRM) em sua publicação da Revisão de Serviços de Ecossistemas Corporativos (2008). A utilização desse termo nesta Nota de Orientação não visa ser uma duplicação exata da aplicação, pelo WRI, desse termo. O método de RSE do IRM é um dos vários métodos recomendados que os clientes poderão escolher utilizar para avaliar esse tema. 48 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Diferenciar os beneficiários desses serviços Avaliar a medida que o projeto depende ou poderá afetar os serviços identificados Avaliar a relevância dos serviços em termos de subsistência, saúde, segurança e patrimônio cultural Identificar os principais riscos sociais, operacionais, financeiros, regulatórios e reputacionais associados Identificar procedimentos e medidas de mitigação que podem reduzir os riscos identificados. NO141. Para os serviços de ecossistemas do Tipo I determinados como serviços prioritários, os clientes implementarão a hierarquia de mitigação para evitar impactos e caso os impactos sejam inevitáveis, os clientes os minimizarão e implementarão medidas de mitigação para manter o “valor e a funcionalidade dos serviços prioritários” conforme declarado no Parágrafo 25 do Padrão de Desempenho 6. Considerando a variação significativa nas medidas de mitigação que podem ser implementadas para atingir esse objetivo, as medidas de mitigação não são detalhadas nesta Nota de Orientação. Elas devem ser identificadas com os especialistas socioambientais relevantes. Observe que os requisitos de compensação a respeito da subsistência natural com base em recursos e o acesso aos recursos naturais são fornecidos no Padrão de Desempenho 5. Os clientes devem demonstram a implementação da hierarquia de mitigação, em termos de prevenção, minimização e restauração, antes de a compensação ser considerada. NO142. Para os serviços de ecossistemas do Tipo I determinados como serviços prioritários, os clientes devem minimizar os impactos sobre os serviços de ecossistemas e implementar medidas que aumentem a eficiência de recursos de suas operações conforme declarado no Parágrafo 25 do Padrão de Desempenho 6. Esse requisito refere-se a ações que os clientes podem implementar no ambiente natural para manter os serviços que os ecossistemas prestam às operações da empresa. Por exemplo, manter a vegetação ao longo de encostas florestadas pode aumentar a capacidade do reservatório da represa e produzir energia para projetos hidrelétricos; proteger manguezais ou outros ecossistemas próximos à costa que proporcionam um habitat jovem para peixes e outras espécies aquáticas, pode beneficiar a pesca e outros operações de aquicultura; proteger recifes de corais e outros recursos marítimos melhoraria o valor recreativo de recursos costeiros importantes para o setor de turismo. Todas essas ações são meios de otimizar a confiança da empresa no provisionamento, na regulamentação e nos serviços de ecossistemas culturais. Os requisitos estão relacionados, porém diferem dos contidos no Padrão de Desempenho 3, que abrange a eficiência de recursos para energia e consumo de água como parte do planejamento do projeto e dos processos de produção (ou seja, medidas de eficiência “internas”). Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 26. Os clientes que estiverem envolvidos na produção primária de recursos naturais vivos, incluindo florestas naturais e plantações florestais, agricultura, pecuária, aquicultura e pesca, estarão sujeitos aos requisitos dos parágrafos 26 a 30, bem como ao restante deste Padrão de Desempenho. Quando for viável, o cliente localizará os projetos de agronegócio baseados na terra e de silvicultura em terras não reflorestadas ou em terras já transformadas. Os clientes que estiverem envolvidos nesses setores administrarão os recursos naturais vivos de forma sustentável, por meio da aplicação de boas práticas gerenciais específicas do setor e das tecnologias disponíveis. Quando essas práticas de produção primária forem codificadas em padrões reconhecidos no âmbito global, regional ou nacional, o cliente implantará práticas gerenciais sustentáveis para um ou mais padrões 49 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 relevantes e confiáveis, independente. conforme demonstrado por verificação ou certificação NO143. A produção primária é definida para fins deste Padrão de Desempenho como sendo o cultivo de plantas e animais para consumo e utilização por seres humanos e animais, na natureza ou em uma situação de cultivo. Ela inclui: todos os tipos de silvicultura, em florestas naturais ou em plantações, bem como produtos florestais não madeireiros que poderão ser colhidos de florestas naturais; todos os tipos de agricultura, incluindo culturas anuais e perenes e criação de animais, incluindo gado; e pesca selvagem e pescaria, incluindo todos os tipos de organismos marinhos e de água doce, vertebrados e invertebrados. Esse escopo pretende ser amplo o suficiente para abranger todos os casos em que recursos naturais vivos sejam administrados pelo cliente para o benefício do público. NO144. O princípio primordial é que os clientes envolvidos nessas atividades devem administrar o recurso de forma sustentável. Isso significa que os recursos terrestres ou aquáticos mantenham sua capacidade produtiva com o passar do tempo e que as práticas agrícolas e de aquicultura não degradem o meio ambiente ao redor. A gestão sustentável também garante que as pessoas dependentes desses recursos sejam consultadas adequadamente, que possam participar do desenvolvimento e compartilhar igualmente dos benefícios desse desenvolvimento. NO145. O parágrafo 26 do Padrão de Desempenho 6 afirma que a gestão sustentável será atingida por meio da aplicação de boas práticas gerenciais específicas do setor e das tecnologias disponíveis. Dependendo do setor industrial e da região geográfica, há vários desses recursos que devem ser consultados. Isso foca, em grande parte, nos aspectos ambientais e de segurança e saúde ocupacional, apesar de os aspectos sociais estarem sendo cada vez mais abordados. As Diretrizes de Saúde e Segurança, Diretrizes de Boas Práticas da IFC e publicações relacionadas são uma fonte inicial útil de referências para os clientes. Essa orientação específica do setor é muito dinâmica e novos materiais são publicados regularmente. Uma pesquisa diligente na internet revelará várias fontes úteis e atuais. Duas fontes extraordinárias de atualizações sobre os padrões e NO48 e a Rede de Profissionais do Centro de as práticas de gestão incluem o Mapa de Padrões NO 49 Comércio Internacional. NO146. Nos últimos anos, vários setores industriais desenvolveram e/ou adotaram padrões formais de sustentabilidade socioambiental que incorporam boas práticas socioambientais. A adesão a esses padrões formais, que incorpora princípios, critérios e indicadores específicos às necessidades de um setor ou região geográfica, pode, então, estar sujeita a uma auditoria independente e verificação de conformidade. Em termos florestais, as normas de gestão florestal sustentável incluem os desenvolvidos pelo Conselho de Manejo Florestal (CMF), bem como várias normas florestais federais (por exemplo, Iniciativa Florestal Sustentável (SFI) dos Estados Unidos; Normas para a Gestão Florestal Sustentável da Associação Canadense de Normalização (CSA); Programa Brasileiro de Certificação Florestal (CERFLOR) no Brasil; Sistema Chileno de Certificação de Manejo Florestal Sustentável (CERTFOR) no Chile; etc.). A Rede de Agricultura Sustentável (RAS) foi criada em 1992 e, atualmente, é aplicada em várias culturas/colheitas de alto valor. Mais recentemente, iniciativas de múltiplas partes interessadas específicas às commodities foram desenvolvidas, tais como a Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável (MRSOP). Implementada em 2008, a MRSOP possui normas com base em seus Princípios e Critérios para a produção de óleo de palma e, atualmente, existem iniciativas comparáveis em desenvolvimento em outros setores de commodities NO48 Consulte www.standardsmap.org. NO49 Consulte www.tradestandards.org. 50 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 (cana-de-açúcar, algodão, soja etc.). Caso um setor possua um padrão de sustentabilidade socioambiental “adequado” (conforme definido abaixo), o Padrão de Desempenho 6 exige que os clientes apliquem esse padrão e obtenham uma verificação independente ou certificação e que eles estejam em conformidade com todas as operações que detêm diretamente ou por meio das quais eles exercem controle de gestão. NO147. O Parágrafo 26 também destaca que, “quando viável, o cliente localizará projetos de agronegócios baseados na terra e silvicultura em terras não florestadas ou em terras já transformadas”. Esse requisito deve ser implementado em conjunto com o Parágrafo 14 (primeiro ponto) do Padrão de Desempenho 6 (consulte os habitats naturais), que exige que os clientes demonstrem que “não há alternativas viáveis na região...para o desenvolvimento do projeto em habitat modificado”. 27. Padrões confiáveis reconhecidos em âmbito global, regional ou nacional relativos à gestão sustentável de recursos naturais vivos são aqueles que (i) são objetivos e factíveis; (ii) são fundamentados em um processo consultivo com várias partes interessadas; (iii) incentivam melhorias graduais e contínuas e (iv) proporcionam verificação ou certificação 20 independente realizada por órgãos certificados apropriados para tais padrões. ______________________ 20 Um sistema de certificação confiável é aquele que é independente, com bom custo-benefício, baseado em padrões de desempenho objetivos e mensuráveis e desenvolvido por meio de consultas com as partes interessadas relevantes, como populações e comunidades locais, Povos Indígenas e organizações da sociedade civil de defesa dos interesses dos consumidores, produtores e ambientalistas. Tal sistema adota procedimentos de decisão justos, transparentes e independentes que evitam conflitos de interesses. NO148. Apesar de existir uma grande quantidade de padrões propostos, muitos deles não possuem uma abrangência adequada dos respectivos problemas de sustentabilidade ou podem não ter a capacidade de serem aplicados de forma independente e uniforme. Para que um padrão seja adequado para utilização, ele deve: Ser objetivo e atingível—com base em uma abordagem científica para identificar problemas, e realística ao avaliar como esses problemas podem ser abordados em diversas circunstâncias práticas. Ser desenvolvido ou mantido por meio de um processo de consulta contínua com as respectivas partes interessadas—deve haver uma participação equilibrada de todos os respectivos grupos de partes interessadas, incluindo produtores, intermediários, processadores, financiadores, pessoas e comunidades locais, Povos Indígenas e organizações da sociedade civil representando os consumidores, interesses socioambientais sem nenhum grupo mantendo uma autoridade ou poder de veto indevido sobre o seu conteúdo. Incentivar uma melhoria gradual e contínua—no padrão e em sua aplicação de melhores práticas de gestão, e exigir o estabelecimento de metas significativas e metas específicas para indicar o progresso em comparação a princípios e critérios ao longo do tempo. Ser verificável por meio de órgãos de certificação ou verificação independentes—que tenha procedimentos de avaliação definidos e rigorosos que evitam conflitos de interesses e que esteja em conformidade com a orientação do ISO sobre procedimentos de credenciamento e verificação. 51 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO50 NO149. Em geral, padrões que estejam em conformidade com o Código ISEAL de Boas Práticas para o Estabelecimento de Normas Sociais e Ambientais e o Código ISEAL de Boas Práticas para Verificar o Cumprimento de Normas Sociais e Ambientais, serão compatíveis com os requisitos expostos acima. NO150. O Padrão de Desempenho 6 exige verificação ou certificação externa de um padrão voluntário adequado como forma de fornecer garantia adicional de que os clientes estejam resolvendo adequadamente as questões de sustentabilidade socioambientais. Apesar de exigir verificação ou certificação externa de gestão sustentável de recursos (caso exista um padrão adequado), o Padrão de Desempenho 6 não endossa nenhum padrão específico que cumpra seus requisitos, pois, com o tempo, os padrões podem mudar tanto em termos de conteúdo quanto de aplicação na prática. Os padrões são considerados para aplicação caso a caso, determinando se o padrão e seu sistema externo de verificação ou certificação são normalmente compatíveis com os requisitos expostos acima. NO151. A verificação ou certificação segundo vários padrões poderão ser desnecessárias se um padrão abranger as questões fundamentais, porém os clientes poderão optar pela certificação por vários padrões, dependendo das suas próprias necessidades de gestão de riscos, complexidades de suas cadeias de abastecimento, e demandas de seus mercados-alvo. Os clientes são incentivados a optar por padrões que satisfaçam os requisitos descritos acima e os ajudem a minimizar os riscos socioambientais. NO152. Quando não houver um único padrão e critérios abrangentes para uma commodity específica, o Padrão de Desempenho 6 permite a verificação ou certificação de uma combinação de padrões que abranjam biodiversidade relevante e aspectos dos serviços de ecossistemas e que possam ser combinados com outros padrões que abranjam outras questões socioambientais, tais como segurança e saúde ocupacional, questões sociais e de mão de obra, qualidade de produto e gestão ambiental. 28. Quando houver padrão(ões) relevante(s) confiável(is), mas o cliente ainda não tiver obtido a verificação ou certificação independente desse(s) padrão(ões), o cliente conduzirá uma avaliação prévia de sua(s) conformidade(s) com os padrões pertinentes e adotará medidas para obter tal verificação ou certificação durante um período apropriado. NO153. Em casos em que exista um padrão relevante, porém o cliente ainda não tenha realizado a verificação ou certificação, os clientes são obrigados, nos estágios iniciais do planejamento do projeto, a realizar uma pré-avaliação ou análise de lacunas de conformidade com o padrão escolhido, realizada por um profissional devidamente habilitado para indicar as áreas em que o cliente precisa desenvolver materiais e procedimentos e melhorar práticas, antes de planejar uma auditoria de conformidade formal para verificação ou certificação. A pré-avaliação constituirá a base de um plano de ação para resolver essas questões com um prazo adequado. Após acordar um prazo adequado para atingir o(s) padrão(ões) de conformidade e a verificação ou certificação correspondente adequada, a natureza e a dimensão das operações do cliente e suas capacidades de recursos humanos também devem ser consideradas. 29. Na ausência de um padrão global, regional ou nacional relevante e confiável para um recurso natural vivo específico no país em questão, o cliente irá: NO50 Consulte diversos documentos de boas práticas da ISEAL em http://www.isealalliance.org/code. 52 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Comprometer-se a empregar bons princípios operacionais internacionais do setor, práticas gerenciais e tecnologias; e Participar ativamente e apoiar o desenvolvimento de um padrão nacional, quando relevante, incluindo estudos que contribuam para a definição e demonstração de práticas sustentáveis. NO154. Quando um padrão relevante ainda não tiver sido desenvolvido ou uma interpretação nacional de um padrão global genérico já tiver sido aprovada para utilização em uma região geográfica ou país específico, os clientes devem atuar de acordo com as boas práticas internacionalmente aceitas no setor (conforme mencionado nos parágrafos NO145 e NO146 acima), que provavelmente serão incorporadas ao padrão. A finalidade é que os clientes utilizem esse período para se preparar para uma futura verificação ou certificação. Além disso, os clientes devem se empenhar ativamente no processo de desenvolvimento de um padrão relevante, na medida adequada à natureza e à dimensão de suas operações. Essa participação poderá incluir, dentre outros, a recepção e/ou participação em oficinas locais ou teste piloto em campo dos requisitos específicos que poderão ser incluídos no padrão. Quando o padrão for desenvolvido, os clientes solicitarão e realizarão a verificação ou certificação daquele padrão em todas as operações que detenham diretamente ou sobre as quais tenham controle de gestão. Cadeia de Abastecimento 30. Quando o cliente estiver adquirindo a produção primária (especialmente, entre outros, commodities alimentícias e de fibra) cuja produção seja notoriamente realizada em regiões onde houver risco de transformação significativa de habitats naturais e/ou críticos, serão adotados sistemas e práticas de verificação como parte do SGAS do cliente para avaliar 21 seus fornecedores primários. Os sistemas e práticas de verificação (i) identificarão a origem do abastecimento e o tipo de habitat dessa área; (ii) fornecerão uma análise contínua dos principais fornecedores da cadeia de abastecimento do cliente; (iii) limitarão as aquisições àqueles fornecedores que possam demonstrar que não estão contribuindo para a transformação significativa de habitats naturais e/ou críticos (isso pode ser demonstrado pelo fornecimento de produtos certificados ou pelo progresso na obtenção de verificação ou certificação nos termos de um estrutura confiável de determinadas commodities e/ou locais); e (iv) quando possível, exigir ações para substituir a cadeia de abastecimento principal do cliente ao longo do tempo por fornecedores que possam demonstrar que não estão afetando negativamente de forma significativa essas áreas. A capacidade do cliente de abordar totalmente esses riscos dependerá de seu nível de controle de gestão ou de sua influência sobre os seus fornecedores principais. _______________________________ 21 Fornecedores principais são aqueles que, de forma contínua, fornecem a maioria dos recursos naturais vivos, bens e materiais indispensáveis para os processos de core business do projeto. NO155. Os clientes poderão comprar alimentos, fibra, madeira, animais, produtos animais e commodities relacionadas para beneficiamento ou comercialização futuros enquanto não estiverem diretamente envolvidos no cultivo ou colheita desses produtos. Além disso, esses produtos poderão passar por vários intermediários antes de serem adquiridos pelos clientes. Os clientes devem estar cientes de que pode haver riscos substanciais à reputação devido a seu envolvimento nas cadeias de abastecimento onde foram identificados impactos negativos significativos sobre a biodiversidade durante a produção desses produtos. 53 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 NO156. As preocupações e impactos negativos incluem áreas e situações em que haja conversão significativa do habitat natural e crítico, conforme definido nos parágrafos 13 e 16, respectivamente, do Padrão de Desempenho 6. NO157. Os clientes envolvidos no beneficiamento ou comercialização dessas commodities devem desenvolver e implementar políticas e procedimentos adequados como parte de seu SGAS para identificar os riscos das cadeias de abastecimento e para avaliar sua exposição operacional e reputacional a esses riscos. Os clientes devem ter uma garantia de qualidade e sistemas de rastreamento adequados para identificar com precisão a fonte e a origem de seus produtos. Esses sistemas de rastreamento ou de cadeia de custódia devem ser adequados para que o cliente elimine os produtos ou fornecedores que não cumprirem suas políticas e procedimentos e que colocarem a biodiversidade em risco. NO158. Em situações em que essas preocupações são identificadas, os clientes identificarão formas para resolvê-las e reduzir seus riscos, de forma proporcional ao seu grau de controle e influência sobre sua cadeia de suprimento. Em especial, os clientes devem identificar seus fornecedores principais, que, continuamente, fornecem a maioria dos recursos naturais vivos, produtos e materiais essenciais para os processos principais do negócio do cliente. NO159. Os clientes devem trabalhar com esses principais fornecedores para incentivá-los e auxiliá-los na identificação de onde surgem os riscos e as preocupações em suas cadeias de abastecimento e se possível, na identificação de onde e como esses principais fornecedores podem trabalhar para evitar a conversão e/ou degradação significativa do habitat natural e crítico, e garantir a gestão sustentável dos recursos naturais vivos por meio da aplicação de boas práticas de gestão específicas do setor e de tecnologias disponíveis. Como parte do seu SGAS, os clientes devem desenvolver e implementar ou adotar ferramentas, parâmetros e métodos de monitoramento para mensurar o desempenho contínuo dos principais fornecedores, quando relevante. NO160. Quando existir sistemas de certificação e verificação adequados a gestão sustentável de recursos naturais no país de origem, os clientes são incentivados a considerar o processo de compra de produtos certificados e certificação ou verificação demonstradas em um estrutura confiável de cadeia de custódia relevante para a commodity ou produto em questão. 54 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Anexo A Desenvolvendo um Plano de Ação para a Biodiversidade/Plano de Gestão de Biodiversidade Quando os valores de biodiversidade importantes para a conservação estiverem associados ao local de um projeto ou à sua área de influência, a preparação de um Plano de Ação para a 1 Biodiversidade (PAB) e/ou um Plano de Gestão de Biodiversidade (PGB) fornece meios úteis para focar em uma estratégia de mitigação e gestão do projeto. O desenvolvimento de um PAB/PGB poderá ser exigido nos termos de uma política de biodiversidade própria de uma empresa, ou as Instituições Financeiras Internacionais (IFI ou “Credores”) podem solicitar um PAB/PGB para ajudar a demonstrar o cumprimento das normas do Credor. Outras partes, como agências governamentais, organizações de conservação ou Comunidades Afetadas, também podem estar interessadas no desenvolvimento de um PAB/PGB para abordar um tópico de preocupação específico. Um PAB/PGB individual envia uma mensagem clara às partes interessadas, não apenas sobre a estratégia de mitigação selecionada de uma empresa, mas também sobre sua filosofia de trabalho e sua capacidade de operar com responsabilidade em áreas de valor de conservação conhecido. As empresas também podem optar por incorporar as medidas de mitigação e gestão relacionadas à biodiversidade em outros Planos de Gestão Ambiental ou Planos de Ação mais gerais. O risco nesse caso é que os compromissos podem parecer menos evidentes ou camuflados entre muitos outros, e possivelmente menos objetivos. O desenvolvimento de um PAB é um requisito do Padrão de Desempenho 6 quando a empresa estiver operando em habitats críticos e deve ser desenvolvido quando ela estiver operando em habitats naturais. Um PGB é altamente incentivado nos dois casos. Um PAB/PGB também pode ser útil em habitats modificados, se os valores de biodiversidade importantes para a conservação estiverem associados a essas áreas. Desenvolvimento de um Plano de Ação para a Biodiversidade Em geral, um PAB consiste em qualquer quantidade de ações relacionadas à biodiversidade que precisam ser praticadas por uma empresa para cumprir as necessidades de um requisito, solicitação ou expectativa específica (por exemplo, conformidade do Credor, requisito legal, preocupações das partes interessadas). O PAB é normalmente desenvolvido quando existirem lacunas de informações no ESIA do projeto ou em seu SGAS. As lacunas frequentemente encontradas no que diz respeito à gestão de biodiversidade incluem o seguinte: (i) dados da linha de base insuficientes ou inadequados (normalmente devido ao tempo e/ou restrições sazonais durante a coleta dos dados de linha de base); (ii) processamento de dados inadequado ou inexistente de forma a definir claramente os elevados valores de biodiversidade; (iii) engajamento e consulta inadequados com as partes interessadas, principalmente com especialistas externos; (iv) consideração de impactos abaixo dos padrões e falta de análise de impacto quantificado; (v) identificação inadequada de medidas de mitigação, incluindo as necessárias para mitigar impactos residuais significativos; e, (vi) procedimentos de monitoramento inadequados ou inexistentes. Em qualquer caso, a função do PAB é identificar as medidas de ação corretiva e uma estrutura para sua implementação. Um PAB também pode atuar como um meio de demonstrar práticas importantes para essas empresas que optem por ir além do cumprimento . Nesse caso, oportunidades adicionais de conservação identificadas em consulta com partes interessadas relevantes também podem ser implementadas por meio de um PAB. 1 Poderá ter vários nomes, incluindo Plano de Gestão Ecológica (EMP) ou Plano de Gestão da Fauna e Flora. 55 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Um dos elementos mais importantes de um PAB é a definição de sua meta abrangente, justificada por um conjunto de objetivos. Por exemplo, se a finalidade de um PAB for mitigar impactos residuais significativos sobre o habitat crítico, a meta pode ser planejar uma compensação de biodiversidade que alcance ganhos líquidos de valores de biodiversidade relevantes e os objetivos seriam decifrar como a meta será alcançada. Um PAB não deve incluir uma meta ambiciosa que vise avançar com as atividades do projeto ou tranquilizar as partes interessadas externas. A meta/objetivo deve ser realista e com base em alvos mensuráveis. Cada objetivo deve delinear uma série de ações e incluir indicadores de conclusão ou metas de monitoramento, a parte responsável e um cronograma. Todas as instruções acima devem ser desenvolvidas em consulta com partes interessadas relevantes, incluindo o governo, especialistas externos, organizações de conservação locais/internacionais e Comunidades Afetadas. Muitas orientações sobre o desenvolvimento de PABs para o setor público estão disponíveis, porém são de valor limitado para o setor privado. A Associação Internacional da Indústria do Petróleo para a 2,3 Conservação Ambiental (IPIECA) fornece um exemplo prático, porém existem relativamente poucos documentos publicamente disponíveis com orientações sobre esse tema. Isso se deve, parcialmente, ao fato de que o setor privado é vasto e a finalidade geral do PAB é inerentemente específica ao contexto e ao projeto. Mesmo dentro da mesma empresa, as condições do projeto e as avaliações variarão consideravelmente e o PAB será utilizado para responder a diferentes necessidades. Adicionalmente, a terminologia “PAB” não é bem definida para os fins do setor privado e não há uma estrutura amplamente reconhecida e intersetorial para o seu desenvolvimento (como ocorre, por exemplo, com o Plano de Ação para Reassentamento). Desenvolvimento do Plano de Gestão de Biodiversidade O PGB é desenvolvido quando a linha de base (caracterização da área), avaliação de impactos e as medidas de mitigação propostas são adequadas e a única questão pendente é reunir essas informações em um Plano de Gestão implementável e auditável. O Plano deve explicitar as medidas de mitigação, as partes responsáveis por sua implementação (por exemplo, empresa, empresa contratada, governo) monitorando os requisitos e o cronograma de monitoramento (por exemplo, semanal, mensal e semestral). Como qualquer outro Plano de Gestão Socioambiental, o PGB deve estar integrado ao SGAS da empresa, e não permanecer como uma exceção ao sistema. Consulte, para referência, Integração da Biodiversidade em Sistemas de Gestão Ambiental publicado pela Iniciativa de Energia e 4 Biodiversidade. No caso de compensação de biodiversidade, o Plano de Gestão pode assumir a forma de um Plano de Implementação mais elaborado, e peritos externos seriam exigidos para seu desenvolvimento (principalmente porque compensações são normalmente administradas por terceiros). Consulte, para referência, o Manual de Implementação de Compensação de Biodiversidade 5 desenvolvido pelo Programa de Negócios e Compensação da Biodiversidade (Forest Trends, 2009). 2 Guia para o Desenvolvimento de Planos de Ação para a Biodiversidade para o Setor de Petróleo e Gás (2005). Ver http://www.ipieca.org/publication/guide-developing-biodiversity-action-plans-oil-and-gas-sector. 3 Ver também documentos de reflexão por Maguire, S., et al. 2010. Desenvolvendo um Plano de Ação para a Biodiversidade por meio de uma Abordagem Integrada Gradual. Conferência Internacional sobre Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) na Exploração e Produção de Petróleo e Gás da Sociedade de Engenheiros de Petróleo (SPE) , 12-14 de abril de 2012, Rio de Janeiro, Brasil; Documento nº 127208-MS (descreve experiências do Projeto Peru LNG, da Hunt Oil); e Croucher, T. e Dholoo, E. 2010. Fazer ou não fazer um PAB? Desafios e Oportunidades na Adoção de Planos de Ação para a Biodiversidade no Setor de Petróleo e Gás. Conferência Internacional sobre SSMA da SPE sobre Exploração e Produção de Petróleo e Gás, 12–14 de abril de 2012, Rio de Janeiro, Brasil; Documento nº 127133-MS. 4 http://www.theebi.org/products.html Consulte também Sistemas de Gestão de Biodiversidade: Proposta para a gestão integrada de biodiversidade nos Sites do Grupo Holcim. IUCN, Gland, Suíça (2010) para um exemplo do setor de cimento. http://cmsdata.iucn.org/downloads/biodiversity_management_system___final.pdf 5 http://bbop.forest-trends.org/guidelines/. 56 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Existe uma diferença entre os requisitos de monitoramento incluídos em um PGB e em um Programa de Monitoramento e Avaliação da Biodiversidade. Os primeiros constituem uma prática operacional padrão para todos os Planos de Gestão que definem os requisitos de monitoramento para implementação de medidas de mitigação. Para projetos com impactos significativos, diversos e inéditos, os principais indicadores de desempenho normalmente são definidos para cada Plano como base para o monitoramento. Contudo, o Programa de Monitoramento e Avaliação da Biodiversidade é um conceito diferente e uma disciplina técnica no campo da biologia de conservação. O monitoramento da biodiversidade não é bem adequado ou compatível com métodos padronizados, tais como os definidos para o monitoramento da qualidade do ar, ruídos ou efluentes. Os programas de Monitoramento e Avaliação da Biodiversidade (para utilização em aplicações em campo no setor privado) exigem o desenvolvimento de parâmetros para monitorar, por exemplo, a persistência de espécies específicas na paisagem terrestre/marinha ou a sucessão de comunidades da fauna e flora a respeito de perturbação relacionada ao projeto. Considerando a diversidade de espécies e ecossistemas, o desenvolvimento de parâmetros precisos sempre exigirá a experiência dos especialistas. Como o BAP, a definição de uma meta e seus objetivos é fundamental para um Programa de Monitoramento e Avaliação da Biodiversidade. Para aplicações em campo no setor privado, as metas/objetivos sempre devem ser relacionados à mensuração dos valores de biodiversidade a respeito dos impactos relacionados ao projeto. Consulte os Indicadores de Biodiversidade para Monitoramento de Impactos e Ações de 6 Conservação publicados pela Iniciativa de Energia e Biodiversidade para referência. Considerando a complexidade dos habitats naturais (e muitos modificados), a gestão da biodiversidade precisa ser considerada no contexto da gestão adaptativa. As empresas devem avaliar as conclusões dos programas de monitoramento e adaptar as respostas de gestão e mitigação, conforme necessário, para garantir a proteção dos valores da biodiversidade em questão mais efetivamente. 6 http://www.theebi.org/products.html 57 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Anexo B Referências a Serviços de Ecossistemas em Outros Padrões de Desempenho Padrão de Desempenho Número do Parágrafo Referência e Relação com o Padrão de Desempenho 6 1 Parágrafo 8/ primeiro tópico A respeito da definição da área de influência do projeto, devem ser levados em consideração os impactos indiretos do projeto sobre a biodiversidade ou os serviços de ecossistemas dos quais os meios de subsistência das Comunidades Afetadas sejam dependentes. Parágrafo 8 Descreve a responsabilidade do cliente de levar em consideração os possíveis impactos diretos do projeto sobre os serviços de ecossistemas prioritários que possam resultar em impactos adversos sobre a saúde e segurança das Comunidades Afetadas. Os serviços de ecossistemas estão limitados a serviços de provisionamento e regulação. Os requisitos do cliente relacionam-se ao parágrafo 25 do Padrão de Desempenho 6. Parágrafo 1/nota de rodapé 1 A nota de rodapé explica que subsistências com base em recursos naturais são consideradas “subsistências” segundo o Padrão de Desempenho 5. 4 Parágrafo 5/ terceiro ponto 5 Parágrafo 5/nota de rodapé 9 Parágrafo 27 Parágrafo 28/ segundo ponto 7 Parágrafo 11/ nota de rodapé 5 Observa que o Padrão de Desempenho 5 se aplica quando o deslocamento econômico causado por restrições à utilização da terra e ao acesso aos recursos naturais relacionadas ao projeto acarretam na perda de acesso à utilização dos recursos de uma comunidade (ou dos grupos de uma comunidade). Estabelece que o termo “bens de recursos naturais”, conforme mencionado no Padrão de Desempenho 5, é equivalente à terminologia dos serviços de ecossistemas de provisionamento do Padrão de Desempenho 6. Descreve os requisitos gerais do cliente para pessoas economicamente deslocadas que enfrentam a perda de bens ou de acesso aos bens, incluindo bens de recursos naturais. Descreve requisitos adicionais do cliente para restauração da subsistência das pessoas que dependem dos recursos naturais e onde houver restrições ao acesso a recursos naturais relacionadas ao projeto, ou seja, esses seriam considerados serviços de ecossistemas de provisionamento prioritários importantes para as Comunidades Afetadas segundo o Padrão de Desempenho 6. Afirma que o termo “recursos naturais e áreas naturais com valor cultural”, conforme mencionado no Padrão de Desempenho 7, é equivalente à terminologia de serviços de ecossistemas culturais e de provisionamento do Padrão de Desempenho 6. 58 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Padrão de Desempenho Número do Parágrafo Parágrafo 13/ nota de rodapé 6 Parágrafo 14 Parágrafo 14/ nota de rodapé 9 Parágrafo 16/ nota de rodapé 13 Parágrafo 3 8 Parágrafos 11 e 12 Parágrafo 11/ nota de rodapé 4 Referência e Relação com o Padrão de Desempenho 6 Afirma que o termo “bens de recursos naturais”, conforme mencionado no Padrão de Desempenho 7, é equivalente à terminologia de serviços de ecossistemas de provisionamento do Padrão de Desempenho 6. Descreve os requisitos do cliente se este propuser localizar um projeto ou desenvolver comercialmente os recursos naturais em terras tradicionalmente de propriedade ou sob uso consuetudinário de Povos Indígenas. Afirma que o termo “recursos naturais e áreas naturais de importância”, conforme mencionado no Padrão de Desempenho 7, é equivalente à terminologia de serviços de ecossistemas prioritários do Padrão de Desempenho 6. Essa nota de rodapé é ligeiramente diferente da nota de rodapé 5, pois afirma que, quando os impactos sobre os recursos naturais e as áreas naturais de importância acionam os requisitos do cliente do Padrão de Desempenho 7, serão considerados serviços de ecossistemas prioritários pelo Padrão de Desempenho 6. Descreve os requisitos do cliente a respeito dos impactos sobre o patrimônio cultural crítico de Povos Indígenas. A nota de rodapé 13 explica que isso inclui “áreas naturais com valor cultural e/ou espiritual”, que seriam consideradas serviços de ecossistemas culturais prioritários pelo Padrão de Desempenho 6. Explica que “características naturais únicas ou objetos tangíveis que incorporam valores culturais” (como bosques sagrados, pedras, lagos e cachoeiras) são incluídos no Padrão de Desempenho 8 (a menos que sejam locais culturais de Povos Indígenas, os quais são incluídos no parágrafo 16 do Padrão de Desempenho 7). “Características naturais únicas ou objetos tangíveis que incorporam valores culturais” são equivalentes à terminologia de serviços de ecossistemas culturais utilizada no Padrão de Desempenho 6. Descreve os requisitos do cliente para herança cultural “Reproduzível” e “Não Reproduzível”. Sistemas ecossistêmicos culturais que satisfaçam à definição 3(ii) do parágrafo 3 no Padrão de Desempenho 8 serão abrangidos pelos requisitos dos parágrafos 11 ou 12, conforme adequado. As definições de herança cultural “Reproduzível” e “Não Reproduzível” são fornecidas nas notas de rodapé 3 e 5 do Padrão de Desempenho 8. Descreve os requisitos do cliente para herança cultural “Reproduzível” e inclui a hierarquia de mitigação conforme aplicados ao Padrão de Desempenho 8. Esses requisitos enfatizam a “manutenção ou restauração de quaisquer processos ecológicos necessários para apoiar (a herança cultural)”. O termo “processos ecológicos” é essencialmente equivalente a serviços de ecossistemas de regulamentação prioritários, conforme definido no Padrão de Desempenho 6. 59 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Anexo C Exemplo de Revisão de Serviços de Ecossistemas A seguir encontra-se um exemplo ilustrativo de uma Revisão de Serviços de Ecossistemas (RSE). Em geral, os procedimentos da RSE são emergentes e dinâmicos e o exemplo oferece uma possível estrutura. Os serviços prioritários Tipo I dependeriam do Grau de Impacto, Relevância para Comunidades Afetadas e Grau de Controle da Gestão. Os serviços prioritários Tipo II dependeriam do Grau de Dependência (das operações do projeto) e do Grau de Controle da Gestão. Serviço de Ecossistema Grau de Impacto (Tipo I) Grau de Dependência (Tipo II) Provisionamento Culturas Pecuária Pesca Aquicultura Produtos silvestres Madeira e outras fibras de madeira Outras fibras (por exemplo, algodão, linho, seda) Combustível de biomassa Água doce Recursos genéticos Produtos bioquímicos, medicamentos naturais e produtos farmacêuticos Controle Controle da qualidade do ar Controle do clima global 60 Relevância para a Comunidade Afetada (Tipo I) Grau de Controle da Gestão (Tipo I/II) Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Serviço de Ecossistema Grau de Impacto (Tipo I) Grau de Dependência (Tipo II) Controle do clima regional/local Controle da água Controle da erosão Purificação da água e tratamento de resíduos Controle de doenças Controle de pragas Polinização Controle de riscos naturais Cultural Locais sagrados ou espirituais Áreas utilizadas para fins religiosos Suporte Captação de nutrientes e reciclagem Produção primária Vias para troca de material genético 61 Relevância para a Comunidade Afetada (Tipo I) Grau de Controle da Gestão (Tipo I/II) Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Bibliografia Anotada Acordos Internacionais Vários dos requisitos apresentados no Padrão de Desempenho 6 relacionam-se aos padrões estabelecidos pelos seguintes acordos internacionais: Secretaria da CMS (Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias) (Convention on Migratory Species) e PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) (United Nations Environment Programme). 1979. “Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias Pertencentes à Fauna Selvagem.” (Convention on the Conservation of Migratory Species of Wild Animals) Secretaria da CMS, Bonn, Alemanha e PNUMA, Nairobi. http://www.cms.int/index.html. Conhecida como a Convenção de Bonn, esse tratado intergovernamental busca a conservação das espécies migratórias terrestres, marinhas e aviárias; seus habitats; e suas rotas de migração. OMI (Organização Marítima Internacional) (International Maritime Organization). 2004. “Convenção Internacional para o Controle e Gerenciamento da Água de Lastro e Sedimentos de Navios.” (International Convention for the Control and Management of Ships’ Ballast Water and Sediments Convention) OMI, Londres. http://www.imo.org/About/Conventions/ListOfConventions/Pages/International-Conventionfor-the-Control-and-Management-of-Ships'-Ballast-Water-and-Sediments-(BWM).aspx. Essa convenção visa impedir a propagação de organismos aquáticos nocivos transportados pela água de lastro de navios de uma região à outra. IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) (International Union for Conservation of Nature). 1975. “Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção.” (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora) IUCN, Gland, Suíça. http://www.cites.org. Esse acordo internacional visa garantir que o comércio internacional de espécies da fauna e flora selvagens não ameace sua subsistência. Secretaria de Ramsar. 1971. “Convenção sobre Areas Alagadas de Importância Internacional, principalmente como Habitat de Aves Aquáticas.” (Convention on Waterlands of International Importance, especially as Waterfowl Habitat) Secretaria de Ramsar, Gland, Suíça. http://www.ramsar.org. Esse tratado intergovernamental estabelece a estrutura para ação nacional e cooperação internacional para conservação e utilização sensata de Areas Alagadas e de seus recursos. Secretaria da CDB (Convenção sobre Diversidade Biológica) (Convention on Biological Diversity). 1992. “Convenção sobre Diversidade Biológica.” (Convention on Biological Diversity) Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/. A convenção foi desenvolvida através de acordos adotados na Cúpula da Terra de 1992, no Rio de Janeiro. A CDB é um tratado internacional para sustentar a biodiversidade na Terra. Os três principais objetivos da convenção são a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e o compartilhamento justo e equitativo dos benefícios da utilização dos recursos genéticos. ———. 2000. “Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança para a Convenção sobre Diversidade Biológica.” (Cartagena Protocolo on Biosafety to the Convention on Biological Diversity) 62 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/biosafety/default.html. Esse protocolo é um complemento à Convenção sobre Diversidade Biológica. Seu objetivo é garantir o manuseio, transporte e utilização seguros de organismos vivos modificados resultantes da biotecnologia moderna, que poderá ter efeitos adversos sobre a diversidade biológica ou gerar riscos à saúde humana. ———. 2011. “Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Decorrentes de sua Utilização para a Convenção sobre Diversidade Biológica.” (Nagoya Protocol on Access to Genetic Resources and the Fair and Equitable Sharing of Benefits Arising from Their Utilization to the Convention on Biological Diversity) Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/abs. Esse acordo internacional tem como objetivo a repartição dos benefícios que decorrem da utilização de recursos genéticos de forma justa e equitativa, incluindo por meio do acesso adequado a recursos genéticos e da transferência de respectivas tecnologias. O Protocolo de Nagoya será aberto para assinatura das partes na convenção a partir de 2 de fevereiro de 2011 a 1º de fevereiro de 2012. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization). 1972. “Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural.” (Convention Concerning the Protection of World Cultural and Natural Heritage) UNESCO, Paris. http://whc.unesco.org/en/conventiontext. Conhecida como Convenção do Patrimônio Mundial, esse acordo internacional visa identificar e conservar o patrimônio mundial, cultural e natural. Sua Lista do Patrimônio Mundial contém locais de valor cultural e natural excepcional. Conservação e Gestão da Biodiversidade As seguintes fontes fornecem orientação e outras referências relevantes à conservação e gestão da biodiversidade: Planos de Ação para a Biodiversidade Para obter orientação sobre o desenvolvimento dos planos de ação para a biodiversidade, consulte as seguintes fontes: Croucher, Toby e Erica Dholoo. 2010. “Fazer ou não Fazer um PAB? Desafios e Oportunidades na Adoção de Planos de Ação para a Biodiversidade no Setor de Petróleo e Gás.” (To BAP or Not to BAP? Challenges and Opportunities in the Adoption of Biodiversity Actions Plans for the Oil and Gas Sector) O Documento 127133-MS foi apresentado na Conferência Internacional sobre Saúde, Segurança e Meio Ambiente na Exploração e Produção de Petróleo e Gás organizada pela Sociedade de Engenheiros de Petróleo, Rio de Janeiro, abril 12-14. IPIECA (Associação Internacional da Indústria do Petróleo para a Conservação Ambiental) (International Petroleum Industry Environmental Conservation Association). 2005. “Guia para o Desenvolvimento de Planos de Ação para a Biodiversidade para o Setor de Petróleo e Gás.” (A Guide to Developing Biodiversity Action Plans for the Oil and Gas Sector) IPIECA, Londres. http://www.ipieca.org/publication/guide-developing-biodiversity-action-plans-oil-andgas-sector. 63 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Maguire, Simon, Carolina Casaretto, David Vexler, Richard Kingham e Scott Rolseth. 2010. “Desenvolvendo um Plano de Ação para a Biodiversidade por meio de uma Abordagem Integrada Gradual.” (Developing a Biodiversity Action Plan through an Integrated Phased Approach) O Documento 127208-MS foi apresentado na Conferência Internacional sobre Saúde, Segurança e Meio Ambiente na Exploração e Produção de Petróleo e Gás organizada pela Sociedade de Engenheiros de Petróleo, Rio de Janeiro, abril 12-14. Biodiversidade e Avaliações de Impactos Ambientais Para obter orientação sobre biodiversidade e avaliações de impactos ecológicos, consulte as seguintes fontes: Secretaria da CMS (Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias) (Convention on Migratory Species) e PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) (United Nations Environment Programme). 2002. “Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Selvagens: Resolução 7.2—Avaliação de Impactos e Espécies Migratórias.” (Convention on the Conservation of Migratory Species of Wild Animals: Resolution 7.2—Impact Assessment and Migratory Species) Secretaria da CMS, Bonn, Alemanha e PNUMA, Nairobi. http://www.cms.int/bodies/COP/cop7/proceedings/pdf/en/part_I/Res_Rec/RES_7_02_Impact _Assessment.pdf. IEEM (Instituto de Ecologia e Gestão Ambiental) (Institute of Ecology and Environmental Management). 2006. “Diretrizes para Avaliação de Impactos Ecológicos no Reino Unido.” (Guidelines for Ecological Impact Assessment in the United Kingdom) IEEM, Winchester, U.K. http://www.ieem.net/ecia/EcIA%20Approved%207%20July%2006.pdf. Iniciativa Pró Energia e Biodiversidade. 2003c. “Mensurando Impactos e Ações para a Biodiversidade.” (Measuring Impacts and Actions on Biodiversity) Em Integrando a Conservação da Biodiversidade no Desenvolvimento de Petróleo e Gás, 43-46. Washington, DC: Iniciativa Pró Energia e Biodiversidade. http://www.theebi.org/pdfs/ebi_report.pdf. Esse documento e capítulo fornecem informações adicionais sobre a mensuração dos valores de biodiversidade a respeito dos impactos relacionados ao projeto. Secretaria de Ramsar. 2007. “Manual Ramsar para o Uso Consciente de Areas Alagadas, Volume 13: Avaliação de Impactos.” (Ramsar Handbook for the Wise Use of Wetlands, Volume 13: Impact Assessment) Secretaria de Ramsar, Gland, Suíça. http://www.ramsar.org/pdf/lib/lib_handbooks2006_e13.pdf. ———. 2008. “Convenção de Ramsar sobre as Areas Alagadas, X.17, Avaliação de Impacto Ambiental e Avaliação Ambiental Estratégica: Orientação Científica e Técnica Atualizada.” (Ramsar Convention on Wetlands, Resolution X.17, Environmental Impact Assessment and Strategic Environmental Assessment: Updated Scientific and Technical Guidance) Secretaria de Ramsar, Gland, Suíça. http://www.ramsar.org/pdf/res/key_res_x_17_e.pdf. Secretaria da CDB (Convenção sobre Diversidade Biológica) (Convention on Biological Diversity). 2006a. “Biodiversidade na Avaliação de Impactos: Documento de Informações Básicas para a Decisão VIII/28 da Convenção sobre Diversidade Biológica: Diretrizes Voluntárias sobre Avaliação de Impacto Incluindo Biodiversidade.” (Biodiversity in Impact Assessment: Background Document to Decision VIII/28 of the Convention on Biological Diversity: 64 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Voluntary Guidelines on Biodiversity-Inclusive Impact Assessment) Série Técnica 26 da CDB, Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/doc/publications/cbd-ts-26-en.pdf. ———. 2006b. “Diretrizes Voluntárias sobre Avaliação de Impacto Incluindo Biodiversidade.” (Voluntary Guidelines on Biodiversity-Inclusive Impact Assessment) Decisão VIII/28, Secretaria da CBD, Montreal. http://www.cbd.int/doc/decisions/cop-08-dec-28-en.pdf. Slootweg, Roel, Asha Rajvanshi, Vinod Mathur e Arend Kolhoff. 2009. Biodiversidade na Avaliação Ambiental: Aprimorando Serviços Ecossistêmicos para o Bem-Estar Humano (Biodiversity in Environmental Assessment: Enhancing Ecosystem Services for Human Well-Being) Cambridge, Reino Unido: Imprensa da Universidade de Cambridge. Treweek, Jo. 1999. Avaliação de Impacto Ecológico (Ecological Impact Assessment). Oxford, Reino Unido: Blackwell Science. Banco Mundial. 2000. “Conjunto de Ferramentas da Avaliação da Biodiversidade e Ambiental.” (Biodiversity and Environmental Assessment Toolkit) Banco Mundial, Washington, DC. http://go.worldbank.org/QPXINZOES0. Sistemas de Gestão de Biodiversidade Para obter orientação sobre os sistemas de gestão de biodiversidade, consulte as seguintes fontes: Iniciativa Pró Energia e Biodiversidade. 2003. “Integrando a Biodiversidade nos Sistemas de Gestão Ambiental.” (Integrating Biodiversity into Environmental Management Systems) Em Integrando a Conservação da Biodiversidade no Desenvolvimento de Petróleo e Gás (Integrating Biodiversity Conservation into Oil and Gas Development). Washington, DC: Iniciativa Pró Energia e Biodiversidade. http://www.theebi.org/products.html. Ministério Federal do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear. 2010. “Manual de Gestão da Biodiversidade pelas Empresas.” (Corporate Biodiversity Management Handbook) Ministério Federal do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear, Berlim http://www.bmu.de/english/nature/ downloads/doc/46144.php. Essa publicação oferece às empresas uma ferramenta prática para a implementação de um sistema de gestão de biodiversidade. Para obter mais informações, visite a página da iniciativa Biodiversity in Good Company no endereço http://www.business-andbiodiversity.de. União Internacional para a Conservação da Natureza – IUCN (International Union for Conservation of Nature). 2010. Sistemas de Gestão de Biodiversidade: Proposta para a Gestão Integrada de Biodiversidade em Locais da Holcim (Biodiversity Management Systems: Proposal for the Integrated Management of Biodiversity at Holcim Sites). Gland, Suíça: IUCN. http://cmsdata.iucn.org/downloads/biodiversity_management_system___final.pdf. O Grupo Holcim—Painel de Peritos Independentes da IUCN desenvolveu esse sistema. Esse documento abrangente foi preparado para o setor de cimento, porém possui relevância para a gestão de biodiversidade em todos os setores. 65 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Parcerias As amostras de documentos a seguir sobre parcerias entre organizações de conservação da biodiversidade e o setor privado são fornecidas para os setores de mineração, petróleo e gás, e cimento: Holcim. 2010. “Parceria para Biodiversidade: Tornando a Biodiversidade uma Parte do Negócio.” (Partnership for Biodiversity: Making Biodiversity Part of Business) Jona, Suíça, Holcim. http://www.holcim.com/holcimcms/uploads/CORP/partnership_for_biodiverstiy/index.html ICMM (Conselho Internacional de Mineração e Metais) (International Council on Mining and Metals) “Programas de Trabalho: Recursos para Parcerias.” (Work Programs: Resources for Partnerships) ICCM, Londres. http://www.icmm.com/mpd/resources. IPIECA (Associação Internacional da Indústria do Petróleo para a Conservação Ambiental) (International Petroleum Industry Environment Conservation Association). 2006. Parcerias no Setor de Petróleo e Gás (Partnerships in the Oil and Gas Industry). Londres: IPIECA. http://www.ipieca.org/publication/partnerships-oil-and-gas-industry. Outros Recursos Conservação de Aves Americanas. 2011. “Aliança para Extinção Zero.” (Alliance for Zero Extinction) Conservação de Aves Americanas, Washington, DC. http://www.zeroextinction.org. A Aliança para Extinção Zero (AEZ) é uma iniciativa global das organizações de conservação da biodiversidade que identifica locais em situação crítica de necessidade de proteção e salvaguarda para impedir a extinção iminente de espécies. É possível encontrar informações sobre sítios AZE, espécies e critérios de seleção em Taylor H. Ricketts, Eric Dinerstein, Tim Boucher, Thomas M. Brooks, Stuart H. M. Butchart, Michael Hoffmann, John F. Lamoreux, John Morrison, Mike Parr, John D. Pilgrim, Ana S. L. Rodrigues, Wes Sechrest, George E. Wallace, Ken Berlin, John Bielby, Neil D. Burgess, Don R. Church, Neil Cox, David Knox, Colby Loucks, Gary W. Luck, Lawrence L. Master, Robin Moore, Robin Naidoo, Robert Ridgely, George E. Schatz, Gavin Shire, Holly Strand, Wes Wettengel, e Eric Wikramanayak, 2005, “Identificando e Prevenindo Extinções Iminentes” (Pinpointing and Preventing Imminent Extinctions), Proceedings of the National Academy of Sciences 102 (51): 18497– 501. PNCB (Programa de Negócios e Compensação da Biodiversidade) (Business and Biodiversity Offsets Program). Página inicial. Tendencias Florestais (Forest Trends), Washington, DC. http://bbop.forest-trends.org. As diretrizes e os princípios do PNCB estabelecem uma estrutura para planejar e implementar programas de compensação de biodiversidade e medir seus resultados de conservação. Várias publicações, diretrizes e referências para compensação de biodiversidade e assuntos relacionados estão disponíveis por meio da biblioteca e ferramenta online do PNCB. Consulte também PNCB, 2005, “PNCB Fase Um: Visão Geral, Princípios, Diretrizes Intermediárias e Materiais de Apoio” (BBOP Phase One: Overview, Principles, Interim Guidance, and Supporting Materials), PNCB, Washington, DC, http://bbop.forest-trends.org/guidelines, e PNCB, n.d., “Princípios da Compensação de Biodiversidade” (Principles on Biodiversity Offsets), PNCB, Washington, DC, http://bbop.forest-trends.org/guidelines/principles.pdf. BirdLife International. Página inicial. BirdLife International, Cambridge, Reino Unido. http://www.birdlife.org. A BirdLife International é uma parceria global de organizações de 66 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 conservação que foca na conservação de pássaros, seus habitats e biodiversidade global. A BirdLife International disponibiliza dados sobre espécies de pássaros em risco e áreas importantes para as aves (AIA) por meio de publicações e base de dados on-line. Para critérios de AIA, consulte BirdLife International, “Zona de Dados BirdLife International” (BirdLife International Data Zone), BirdLife International, Cambridge, Reino Unido. http://www.birdlife.org/ datazone/info/ibacriteria. Bishop, Joshua, Sachin Kapila, Frank Hicks, Paul Mitchell e Francis Vorhies. 2008. Construindo Negócios de Biodiversidade (Building Biodiversity Business). Londres: Shell Internacional; Gland, Suíça: União Internacional para a Conservação da Natureza. http://data.iucn.org/dbtw-wpd/edocs/2008-002.pdf. Essa publicação abrange vários setores, como silvicultura, agricultura e carbono. Conservação Internacional (Conservation International). 2011. “Kit de Ferramentas RAP.” (RAP Tool Kit) https://learning.conservation.org/biosurvey/RAP/Toolkit/Pages/default.aspx#. O Kit de Ferramentas RAP (Programa de Avaliação Rápida) fornece informações, recursos e ferramentas relacionados à rápida avaliação da biodiversidade. Instituto Earthwatch (Europa). 2011. “Centro de Pesquisas em Negócios e Biodiversidade.” (Business and Biodiversity Resource Centre) http://www.businessandbiodiversity.org/index.html. Esse site fornece uma grande variedade de recursos específicos do setor sobre gestão da biodiversidade. Edgar, Graham J., Penny F. Langhammer, Gerry Allen, Thomas M. Brooks, Juliet Brodie, William Crosse, Naamal De Silva, Lincoln D. C. Fishpool, Matthew N. Foster, David H. Knox, John E. McCosker, Roger McManus, Alan J. K. Millar, e Robinson Mugo. 2009. “Principais Áreas de Biodiversidade que Constituem Locais Alvo Significativos para a Conservação da Biodiversidade Marinha.” (Key Biodiversity Areas as Globally Significant Target Sites for the Conservation of Marine Biological Diversity) Conservação Aquática: Ecossistemas Marinhos e de Água Doce (Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems) 18 (6): 969–83. Essa publicação discute as principais áreas de biodiversidade marinha. Iniciativa pró Energia e Biodiversidade. 2003a. “Decidindo Onde Trabalhar.” (Deciding Where to Work) Em Integrando a Conservação da Biodiversidade ao Desenvolvimento do Petróleo e Gás (Integrating Biodiversity Conservation into Oil and Gas Development), 38–42. Washington, DC: Iniciativa pró Energia e Biodiversidade. http://www.theebi.org/pdfs/ebi_report.pdf ———. 2003b. “Boas Práticas na Prevenção e Mitigação de Impactos Primários e Secundários sobre a Biodiversidade.” (Good Practice in the Prevention and Mitigation of Primary and Secondary Biodiversity Impacts) Iniciativa pró Energia e Biodiversidade, Washington, DC. http://www.theebi.org/pdfs/practice.pdf Organização para Agricultura e Alimentação – FAO (Food and Agriculture Organization) das Nações Unidas. Página Inicial. FAO, Roma. http://www.fao.org. A FAO é especialista em agricultura, silvicultura e pesca. ———. 2010. Avaliação de Recursos Florestais Globais 2010 (Global Forest Resources Assessment). Roma: FAO. http://www.fao.org/forestry/fra/en. A avaliação tem como base dados fornecidos a FAO por países em resposta a um questionário. 67 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 ———. 2011a. “Biodiversidade para um Mundo sem Fome.” (Biodiversity for a World without Hunger) FAO, Roma. http://www.fao.org/biodiversity. O site sobre biodiversidade da FAO oferece informações sobre os aspectos da biodiversidade nos alimentos e na agricultura, inclusive os aspectos relacionados a agroecossistemas e biotecnologia. ———. 2011b. “Monitoramento e Avaliação Florestal Nacional—NFMA.” (National Forest Monitoring and Assessment—NFMA) FAO, Roma. http://www.fao.org/forestry/nfma/en. Esse site fornece links para informações sobre a situação atual de recursos florestais e suas mudanças ao longo do tempo provenientes dos programas globais e nacionais de avaliação e monitoramento florestal. GEO (Grupo de Observação da Terra) (Group on Earth Observations). Página Inicial. http://www.geoportal.org/web/guest/geo_home. O GEO coordena os esforços internacionais para construção de um Sistema Global dos Sistemas de Observação da Terra (GEOSS). Seu site oferece acesso a uma ampla gama de instrumentos e sistemas para monitoramento e previsão de mudanças ambientais globais, incluindo um único ponto de acesso à internet para banco de dados e portais globais existentes. Para obter mais informações sobre o GEOSS, visite o endereço http://www.earthobservations.org/geoss.shtml. GISP (Programa Global de Espécies Invasoras) (Global Invasive Species Programme). Página Inicial. GISP, Nairobi. http://www.gisp.org. O GISP foi criado em 1997 para abordar as ameaças globais causadas por espécies exóticas invasoras e para apoiar a implementação do Artigo 8(h) da Convenção sobre Biodiversidade. O site do GISP contém links para bancos de dados e informações relacionadas a espécies invasoras. Rede de Recursos de AVC (Alto Valor de Conservação) (High Conservation Value). Página Inicial. Rede de Recursos de AVC, Oxford, Reino Unido. http://www.hcvnetwork.org. O centro de recursos desse site fornece orientação, manuais, ferramentas, e estudos para avaliação de áreas com alto valor de conservação. Visite o endereço http://www.hcvnetwork.org/resources para obter mais informações. Holland, Robert A., William R. T. Darwall, and Kevin Smith. Futuro. “Prioridades de Conservação para a Biodiversidade de Água Doce: A Principal Abordagem de Área de Biodiversidade Refinada e Testada para a África Continental” (Conservation Priorities for Freshwater Biodiversity: The Key Biodiversity Area Approach Refined and Tested for Continental Africa) Conservação Biológica. IAIA (Associação Internacional de Avaliação de Impactos) (International Association for Impact Assessment). Página Inicial. IAIA, Fargo, Dakota do Norte. A IAIA oferece diversos recursos sobre o processo de avaliação de impactos. Ver também o Wiki site da IAIA, que fornece diversas informações sobre biodiversidade, ecossistemas e serviços de ecossistemas e considerações e abordagens de avaliação de impactos: http://www.iaia.org/IAIAWiki/(X(1)S(50zqs2rmrpdcul55maeul545))/Default.aspx?Page=biodiv &NS=&AspxAutoDetectCookieSupport=1. ———. 2005. “Biodiversidade na Avaliação de Impacto” (Biodiversity in Impact Assessment) Publicação Especial Série 3, IAIA, Fargo, Dakota do Norte. IBAT (Ferramenta Integrada de Avaliação da Biodiversidade) (Integrated Biodiversity Assessment Tool). Página Inicial. https://www.ibatforbusiness.org. A IBAT é um projeto conjunto da BirdLife International, Conservation International, União Internacional para Conservação da Natureza e o 68 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Centro Mundial de Monitoramento da Conservação do Programa Ambiental das Nações Unidas. A IBAT permite que usuários acessem informações sobre biodiversidade e ecossistemas, incluindo sites de alta prioridade para conservação, como áreas protegidas e principais áreas de biodiversidade. ICMM (Conselho Internacional de Mineração e Metais) (International Council on Mining and Metals). Página Inicial. ICMM, Londres. http://www.icmm.com. No programa de trabalho ambiental do ICMM estão informações específicas do setor sobre gestão da biodiversidade, incluindo sua publicação de referência e outros trabalhos de discussão sobre compensações da biodiversidade. Ver o endereço http://www.icmm.com/biodiversity. ———. 2006. Orientação sobre Boas Práticas com relação à Mineração e Biodiversidade (Good Practice Guidance for Mining and Biodiversity). Londres: ICMM. ———. 2010. Mineração e Biodiversidade: Uma Compilação de Estudos de Casos—2010. (Mining and Biodiversity: A Collection of Case Studies) Londres: ICMM. IFC (Corporação Financeira Internacional) (International Finance Corporation). 2007. “Diretrizes Ambientais, de Saúde e Segurança para Mineração.” (Environmental, Health, and Safety Guidelines for Mining) IFC, Washington, DC. http://www1.ifc.org/wps/wcm/connect/topics_ext_content/ifc_external_corporate_site/ifc+sust ainability/risk+management/sustainability+framework/sustainability+framework++2006/environmental%2C+health%2C+and+safety+guidelines/ehsguidelines ———. 2011. “Um Guia para Biodiversidade para o Setor Privado: Por que a Biodiversidade Importa e Como ela Cria Valor Comercial.” (A Guide to Biodiversity for the Private Sector: Why Biodiversity Matters and How It Creates Business Value) IFC, Washington, DC. http://www1.ifc.org/wps/wcm/connect/topics_ext_content/ifc_external_corporate_site/ifc+sust ainability/publications/biodiversityguide. Esse guia on-line é destinado a ajudar empresas que operam em mercados emergentes para entender melhor seu relacionamento com as questões de biodiversidade e como elas podem gerenciar de maneira efetiva essas questões para melhorar o desempenho da empresa e aproveitar a biodiversidade. Ela fornece uma fonte útil de questões de gestão de biodiversidade específicas do setor. OMI (Organização Marítima Internacional) (International Maritime Organization). 1997. “Diretrizes para o Controle e a Gerenciamento de Água de Lastro de Navios para Minimizar a Transferência de Organismos Aquáticos Prejudiciais e Agentes Patogênicos.” (Guidelines for the Control and Management of Ships’ Ballast Water to Minimize the Transfer of Harmful Aquatic Organisms and Pathogens) OMI, Londres. http://globallast.imo.org/868%20english.pdf. Essas diretrizes voluntárias fornecem a autoridades relevantes orientação sobre formas de melhorar o gerenciamento de água de lastro e impedir a introdução de organismos aquáticos indesejados e agentes patogênicos. IPIECA (Associação Internacional da Indústria do Petróleo para a Conservação Ambiental) (International Petroleum Industry Environmental Conservation Association). Página inicial. IPIECA, Londres. http://www.ipieca.org. A biodiversidade é uma das principais áreas de foco da IPIECA. Informações de setores específicos sobre gestão de biodiversidade têm sido desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho sobre Biodiversidade da Associação Internacional de Produtores de Óleo e Gás–IPIECA. 69 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 ———. 2010. “Espécies exóticas invasoras e a indústria de óleo e gás: Guia para prevenção e gestão.” (Alien invasive species and the oil and gas industry: Guidance for prevention and management) IPIECA, Londres. http://www.ipieca.org/sites/default/files/publications/alien_invasive_species.pdf. Esse documento fornece informações práticas para equipes de projetos e operações onshore e offshore, ajudando-os a identificar questões e soluções importantes e a inserir considerações sobre espécies exóticas invasoras (EEI) nos primeiros estágios do projeto. IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) (International Union for Conservation of Nature). 2003. “Diretrizes para aplicação dos Critérios da Lista Vermelha da IUCN nos Níveis Regionais: Versão 3.0” (Guidelines for Application of IUCN Red List Criteria at Regional Levels: Version 3.0), Comissão sobre a Sobrevivência das Espécies da IUCN, IUCN, Gland, Suíça. Esse documento fornece orientação sobre a aplicação dos critérios da Lista Vermelha em nível regional. ———. 2011a. “Comissão sobre a Sobrevivência das Espécies.” (About the Species Survival Comission) http://www.iucn.org/about/work/programmes/species/about_ssc. Esse site inclui informações sobre a Comissão sobre a Sobrevivência das Espécies e seu trabalho, com links para publicações e orientações técnicas, bem como um diretório e perfis de grupos especialistas. ———. 2011b. “Lista Vermelha de Ecossistemas.” (Ecosystems Red List) IUCN, Gland, Suíça. Para obter http://www.iucn.org/about/union/commissions/cem/cem_work/tg_red_list. informações sobre a iniciativa de estabelecer critérios e categorias para ecossistemas ameaçados e únicos, consulte o site http://www.iucn.org/about/union/commissions/cem/. ———. 2001c. “Programa Global de Negócios e Biodiversidade.” (Global Business and Biodiversity IUCN, Gland, Suíça. Programme) http://www.iucn.org/about/work/programmes/business/bbp_aboutus. O Programa Global de Negócios e de Biodiversidade foi estabelecido para influenciar e assistir parceiros privados a resolver questões socioambientais. A principal prioridade do programa, que tem como base uma estratégia aprovada pelo Conselho da IUCN, é incentivar os setores de negócio que têm um impacto significativo sobre os recursos naturais e meios de subsistência. Os vários recursos relacionados, incluindo projetos do setor privado da IUCN, podem ser encontrados no site da IUCN. ———. 2011d. “Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN.” (The IUCN Red List of Threatened Species) http://www.iucnredlist.org. Esse site proporciona dados abrangentes relacionados ao risco de extinção e situação de conservação de espécies vegetais e animais. ———. 2011e. “Categorias de Gestão de Áreas Protegidas.” (Protected Area Management IUCN, Gland, Suíça. Categories) http://www.iucn.org/about/work/programmes/pa/pa_products/wcpa_categories. Esse site resume as definições de seis categorias de gestão de áreas protegidas e contém links para textos completos das diretrizes de categorias de gestão de áreas protegidas. Langhammer, Penny F., Mohamed I Bakarr, Leon A. Bennun, Thomas M. Brooks, Rob P. Clay, Will Darwall, Naamal De Silva, Graham J.Edgar, Güven Eken, Lincoln D. C. Fishpool, Gustavo A. B. da Fonseca, Matthew N. Foster, David H. Knox, Paul Matiku, Elizabeth A. Radford, Ana S. L. Rodrigues, Paul Salaman, Wes Sechrest, e Andrew W. Tordoff. 2007. “Identificação e 70 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Análise das Diferenças de Principais Áreas de Biodiversidade: Metas para Sistemas Abrangentes da Área Protegida.” (Identification and Gap Analysis of Key Biodiversity Areas: Targets for Comprehensive Protected Area Systems) Diretriz de Melhores Práticas em Áreas Protegidas – Série 15, União Internacional para a Conservação da Natureza, Gland, Suíça. Essa publicação discute as principais questões da biodiversidade em geral. Miranda, Marta, Philip Burris, Jessie Froy Bincang, Phil Shearman, José Oliver Briones, Antonio La Viña e Stephen Menard. 2003. “Mineração e Principais Ecossistemas: Mapeamento dos Riscos” (Mining and Critical Ecosystems: Mapping the Risks) Instituto de Recursos Mundiais, Washington, DC. Essa publicação foi realizada em colaboração com a Educação Ambiental para Mudança Social e o Grupo de Alerta Ambiental da ONG de Papua Nova Guiné. NatureServe. Banco de dados da NatureServe. NatureServe, Arlington, VA. http://www.natureserve.org/getData/LACecologyData.jsp. O site proporciona acesso aos trabalhos de classificação completos de sistemas ecológicos terrestres na América Latina e Caribe. Plantlife International. 2004. “Identificação e Proteção das Áreas Mundiais Mais Importantes para Plantas.” (Identifying and Protecting the World’s Most Important Plant Areas) Plantlife International, Salisbury, U.K. Essa publicação discute as principais áreas de biodiversidade de plantas. Secretaria Ramsar. 2009. “Quais São os Critérios para Identificação de Areas Alagadas de Importância Internacional.” (What Are the Criteria for Identifying Wetlands of International Importance.) Secretaria Ramsar, Gland, Suíça. http://www.ramsar.org/cda/en/ramsar-aboutfaqs-what-are-criteria/main/ramsar/1-36-37%5E7726_4000_0. Esse site fornece uma visão geral dos critérios adotados para a Identificação de sítios Ramsar. Rodriguez, Jon Paul, Jennifer K. Balch, e Kathryn M. Rodriguez-Clark. 2007. “Avaliação de Risco de Extinção na Ausência de Informações sobre Espécies: Critérios Quantitativos para Ecossistemas Terrestres” (Assessing Extinction Risk in the Absence of Species-Level Data: Quantitative Criteria for Terrestrial Ecosystems), Biodiversidade e Conservação 16 (1): 183– 209. Rodriguez, Jon Paul, Kathryn M. Rodriguez-Clark, Jonathan E. M. Baillie, Neville Ash, John Benson, Timothy Boucher, Claire Brown, Neil D. Burgess, Ben Collen, Michael Jennings, David A. Keith, Emily Nicholson, Carmen Revenga, Belinda Reyers, Mathieu Rouget, Tammy Smith, Mark Spalding, Andrew Taber, Matt Walpole, Irene Zager, e Tara Zamin. 2011. “Estabelecendo os Critérios da Lista Vermelha da IUCN para Ecossistemas Ameaçados.” (Establishing IUCN Red List Criteria for Threatened Ecosystems) Conservation Biology 25 (1): 21–29. Secretaria da CDB (Convenção sobre Diversidade Biológica) (Convention on Biological Diversity). 2002 “Princípios Norteadores para a Prevenção, Introdução e Mitigação de Impactos de Espécies Exóticas que Ameaçam Ecossistemas, Habitats ou Espécies.” (Guiding Principles for the Prevention, Introduction, and Mitigation of Impacts of Alien Species That Threaten Ecosystems, Habitats, or Species) Decisão VI/23 na Sexta Conferência das Partes (COP-6) à CDB, Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/doc/decisions/cop-06-dec-23-en.pdf. ———. 2004a. “Princípios e Diretrizes de Addis Ababa para a Utilização Sustentável da Biodiversidade.” (Addis Ababa Principles and Guidelines for the Sustainable Use of 71 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Biodiversity) Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/doc/publications/addis-gdlen.pdf. Essas diretrizes foram desenvolvidas como parte da CDB. ———. 2004b. “Diretrizes Akwé Kon” (Akwé: Kon Guidelines). Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/doc/publications/akwe-brochure-en.pdf. Essas diretrizes foram desenvolvidas como parte da Convenção sobre Diversidade Biológica. ———. 2004c. “Diretrizes para Desenvolvimento da Biodiversidade e Turismo” (Guidelines on Biodiversity and Tourism Development). Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/doc/publications/tou-gdl-en.pdf. Consulte também o manual do usuário em correspondente, Gestão de Turismo e Biodiversidade: Manual do Usuário sobre as Diretrizes da CDB para o Desenvolvimento da Biodiversidade e do Turismo (Managing Tourism and Biodiversity: User’s Manual on the CBD Guidelines on Biodiversity and Tourism Development) (Montreal: CBD), http://www.cbd.int/doc/programmes/tourism/tourism-manualen.pdf. ———. 2008a. “Programa Biodiversidade para o Desenvolvimento” (Biodiversity for Development Program). Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/development. O site do programa fornece vários materiais sobre o papel que a diversidade pode executar no alívio da pobreza e no desenvolvimento, incluindo estudos de caso e documentos de melhores práticas. ———. 2008b. “Iniciativa ‘Biodiversidade em Boa Companhia’” (Biodiversity in Good Company’ Initiative). Secretaria da CDB, Montreal. http://www.business-and-biodiversity.de/en/aboutthe-initiative.html. Essa iniciativa foi desenvolvida seguindo a Decisão IX/26 da Nona Conferência das Partes (COP-9) da CDB e é uma iniciativa com participação internacional nos termos da CDB. Várias publicações da iniciativa são oferecidas por meio do site. ———. 2010. “Metas de Biodiversidade de Aichi” (Aichi Biodiversity Targets). Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/decision/cop/?id=12268. Metas de biodiversidade revisadas e atualizadas são estabelecidas para o Plano Estratégico 2011–2020 da Convenção sobre Diversidade Biológica, especificamente a Decisão X/2 da Décima Conferência das Partes (COP-10). ———. 2011a. “Abordagem Voltada para o Ecossistema” (Ecosystem Approach). Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/ecosystem. Esse site oferece informações sobre o Programa de Abordagem Voltada para o Ecossistema da CDB, incluindo informações básicas, orientação de implementação e estudos de caso e o “Livro de Consulta de Abordagem Voltada para o Ecossistema” (Ecosystem Approach Sourcebook). ———. 2011b. “Estratégias e Planos de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPANBs).” (National Biodiversity Strategies and Action Plans) Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/nbsap. O site fornece acesso às EPANBs e documentos relacionados para a implementação da CDB em âmbito nacional. SER (Sociedade Internacional para Restauração Ecológica) (Society for Ecological Restoration International). Página inicial. SER, Washington, DC. http://www.ser.org. A SER atua no campo da restauração ecológica facilitando o diálogo entre restauracionistas, incentivando pesquisas, promovendo a ciência, contribuindo para as discussões de políticas públicas e promovendo a restauração ecológica. O site oferece vários recursos para a restauração ecológica. 72 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 SPE (Sociedade de Engenheiros de Petróleo) (Society for Petroleum Engineers). Banco de dados OnePetro. SPE, Richardson, TX. http://www.onepetro.org. Essa biblioteca operada pela SPE em nome dos participantes permite aos usuários pesquisar e comprar documentos de organizações no setor de petróleo e gás em uma única operação. Uma pesquisa da palavrachave “biodiversidade” revelará muitas publicações relacionadas à gestão de biodiversidade no setor de petróleo e gás. Iniciativa Financeira do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) (United Nations Environment Programme). Página inicial. PNUMA, Genebra. http://www.unepfi.org. Esse programa é uma parceria global entre o PNUMA e o setor financeiro. Mais de 190 instituições, incluindo bancos, seguradoras e gestores de fundo, trabalham com o PNUMA para entender os impactos das considerações socioambientais sobre o desempenho financeiro. Por meio de redes, pesquisa e treinamento peer-to-peer, a Iniciativa Financeira do PNUMA realiza sua missão para identificar, promover e realizar a adoção de melhores práticas ambientais e de sustentabilidade em todos os níveis de operações de instituição financeira. PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) (United Nations Environment Programme - UNEP) – CMMC (Centro Mundial de Monitoramento da Conservação) (World Conservation Monitoring Centre - WCMC). “Áreas de Importância de Biodiversidade de A a Z” (A to Z Areas of Biodiversity Importance). PNUMA-CMMC, Cambridge, Reino Unido. http://www.biodiversitya-z.org. Esse glossário on-line contém informações detalhadas de uma série de sistemas reconhecidos para priorizar e proteger áreas de importância de biodiversidade que se encaixam em duas categorias principais: (a) áreas sob estruturas de área protegida que são apoiadas por instituições nacionais ou subnacionais e por convenções e programas internacionais e (b) esquemas de priorização global desenvolvidos por organizações acadêmicas e de conservação. ———. Banco de Dados Comercial da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna em Perigo de Extinção) (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora). PNUMA-CMMC, Cambridge, Reino Unido. . http://www.unep-wcmc.org/citestrade/trade.cfm. A CITES é um recurso único e atualmente detém mais de 10 milhões de registros de comércio na vida selvagem e 50.000 nomes científicos de taxonomias. Mais de 750.000 registros de comércio das espécies de vida selvagem listados na CITES são divulgados anualmente. ———. “Visualizador de Dados do Oceano” (Ocean Data Viewer). PNUMA-CMMC, Cambridge, Reino Unido. http://data.unep-wcmc.org. Desenvolvido pelo PNUMA-CMMC, esse site fornece uma visão geral e acesso a uma gama de dados, incluindo dados do Banco de Dados Mundial sobre Áreas Protegidas e convenções relevantes relacionadas à conservação da biodiversidade marinha e costeira. ———. Base de Dados Mundial sobre Áreas Protegidas — Marina. PNUMA-CMMC, Cambridge, Reino Unido. http://www.wdpa-marine.org. Desenvolvido pelo PNUMA-CMMC, o banco de dados é dedicado a fornecer o conjunto mais abrangente de dados de áreas marinhas protegidas disponíveis. PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) (United Nations Environment Programme – UNEP) – CMMC (Centro Mundial de Monitoramento da Conservação) (World Conservation Monitoring Centre - WCMC) e IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) (International Union for Conservation of Nature). “Planeta Protegido” (Protected 73 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Planet). PNUMA-CMMC, Cambridge, Reino Unido. http://www.protectedplanet.net. Desenvolvido pelo PNUMA-CMMC e a IUCN, o Planeta Protegido é a nova face do Banco de Dados Mundial sobre Áreas Protegidas, uma iniciativa conjunta entre a IUCN e o PNUMA-CMMC. O site permite que os usuários pesquisem em qualquer idioma para encontrar informações sobre áreas individuais protegidas. Iniciativa de Sustentabilidade em Cimento do WBCSD (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) (World Business Council for Sustainable Development). Página inicial. WBCSD, Genebra, Suíça. http://www.wbcsdcement.org. A Iniciativa de Sustentabilidade em Cimento – CSI (Cement Sustainability Initiative) é uma iniciativa global dos produtores líderes de cimento para gerenciar e minimizar os impactos da produção de cimento. A reabilitação de pedreira é um dos assuntos foco da CSI. WWF (World Wildlife Fund) e Banco Mundial. “Florestas: Aliança Banco Mundial/WWF.” (Forests: WWF/World Bank Alliance) http://www.worldwildlife.org/what/globalmarkets/forests/worldbankalliance.html. WWF, Washington, DC. Esse site inclui informações sobre a identificação e conservação das florestas com alto valor de conservação e sistemas de certificação florestal. ZSL (Sociedade Zoológica de Londres) (Zoological Society of London). 2011. “Listas Vermelhas Nacionais.” (National Red Lists) ZSL, Londres. http://www.nationalredlist.org/site.aspx. O site fornece dados sobre a situação de conservação das espécies nos níveis regional e nacional. ZSL (Sociedade Zoológica de Londres) (Zoological Society of London). Programa EDGE of Existence. Página Inicial. ZSL, Londres. http://www.edgeofexistence.org/index.php. Esse programa utiliza uma estrutura científica para identificar as espécies mais evolutivamente distintas e globalmente ameaçadas (EDGE) no mundo. O programa EDGE of Existence é a única iniciativa de conservação global a focar especificamente em espécies ameaçadas que representam um valor significativo de história evolutiva. Para obter mais informações sobre processos evolutivos e preocupações de conservação, consulte Keith A. Crandall, Olaf R. P. Binida-Emonds, Georgina M. Mace e Robert K. Wayne, 2000, “Considerando os Processos Evolutivos na Biologia da Conservação” (Considering Evolutionary Processes in Conservation Biology), Tendências na Ecologia e Evolução 15 (7): 290–95. Avaliação e Gestão de Serviços de Ecossistemas Orientação, ferramentas e outras referências a respeito da avaliação e gestão de serviços de ecossistemas incluem os seguintes: ARIES Consortium. Página inicial. http://ariesonline.org. O site é desenvolvido por um consórcio de grupos que incluem o Instituto Gund de Economia Ecológica (Gund Institute for Ecological Economics) da Universidade de Vermont, a Conservação Internacional (Conservation International) e a Economia da Terra (Earth Economics), bem como especialistas da Universidade de Wageningen. O modelo informático e o sistema de apoio de decisão têm como objetivo auxiliar tomadores de decisão e pesquisadores estimando e prevendo a prestação de serviços de ecossistemas e a faixa de valores econômicos correspondentes em uma área específica. PNCB (Programa de Negócios e Compensação da Biodiversidade) (Business and Biodiversity Offsets Program). 2009. “Manual de Custo-Benefício da Compensação de Biodiversidade.” (Biodiversity Offset Cost-Benefit Handbook) PNCB, Washington, DC. Esse manual discute a 74 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 gestão de biodiversidade e o planejamento de uma compensação principalmente pela produção sustentada de um serviço de ecossistema específico do qual as comunidades afetadas sejam dependentes. BSR (Negócios de Responsabilidade Social, Serviços Ambientais, Ferramentas e Grupo de Trabalho de Mercado) (Business for Social Responsibility Environmental Services, Tools and Markets Working Group). Página inicial. http://www.bsr.org. BSR, São Francisco, CA. Os relatórios incluem a identificação de uma faixa ampla de ferramentas de serviços de ecossistemas e avaliações aprofundadas das principais ferramentas selecionadas de relevância específica para o setor privado. IPIECA (Associação Internacional da Indústria do Petróleo para a Conservação Ambiental) (International Petroleum Industry Environmental Conservation Association). 2011. “Manual de serviços de ecossistemas: Guia e listas de verificação da biodiversidade e de serviços de ecossistemas." (Ecosystem services guidance: Biodiversity and ecosystem services guide and checklists.) http://www.ipieca.org/sites/default/files/publications/ecosystem_services_guidance_8.pdf. Esse documento explica a relação entre biodiversidade, serviços de ecossistemas e o setor de petróleo e gás; fornece um conjunto de listas de verificação para ajudar a identificar as principais dependências de serviços de ecossistemas e impactos da exploração de petróleo e gás; destaca riscos relacionados e oportunidades essenciais para as empresas de petróleo e gás e fornece orientação sobre possíveis medidas para colocá-las em prática. Avaliação Ecossistêmica do Milênio. Página inicial. http://www.maweb.org. Esse site contém os relatórios de Avaliação do Milênio, incluindo a Avaliação Ecossistêmica do Milênio (Millenium Ecosystem Assessment), 2006; Ecossistemas e Bem-Estar Humano: Oportunidades e Desafios para os Negócios e a Indústria (Ecosystems and Human Well-Being: Opportunities and Challenges for Business and Industry); e links para relatórios completos de síntese, recursos gráficos, apresentações e vídeos. Projeto de Capital Nacional (National Capital Product). “Avaliação Integrada de Serviços de Ecossistemas e Compensações (InVEST).” (Integrated Valuation of Ecosystem Services and Tradeoffs (InVEST)) Capital Nacional do Projeto, Universidade de Stanford, Stanford, CA. http://www.naturalcapitalproject.org. A InVEST é um grupo de ferramentas de planejamento on-line desenvolvido pelo Natural Capital Project, uma joint venture do Instituto Woods para o Meio Ambiente (Woods Institute for the Environment) da Universidade de Stanford, The Nature Conservancy, o Fundo Mundial para Natureza (World Wildlife Fund) e o Instituto do Meio Ambiente (Institute on the Environment) da Universidade de Minnesota. As ferramentas ajudam na tomada de decisões para mapear e avaliar os serviços de ecossistemas e para avaliar as compensações relacionadas aos diferentes cenários de gestão de recursos naturais. NVI (Iniciativa Valor Natural) (Natural Value Initiative). Página inicial. http://www.naturalvalueinitiative.org. Flora and Fauna Internacional, Cambridge, U.K. A iniciativa foi criada pela Flora and Fauna Internacional, pela Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (United Nations Programme Finance Initiative), pela Universidade de Negócios de Nyenrode, pela Associação Holandesa de Investidores para o Desenvolvimento Sustentável (Dutch Association of Investors for Sustainable Development) e pela Escola de Negócios Brasileira, a FGV. A iniciativa permite ao setor financeiro (a) avaliar o quão bem a indústria alimentícia, de bebidas e de tabaco estão gerenciando os riscos e as oportunidades de serviços de biodiversidade e de 75 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 ecossistemas e (b) interagir com as empresas desses setores para reduzir sua exposição a riscos por meio da gestão responsável e da exploração dos recursos naturais. ——. As ferramentas da NVI inclui a “Referência de Serviços de Ecossistemas: Uma Ferramenta para Investidores Avaliarem a Gestão de Riscos e Oportunidades em Serviços de Biodiversidade e de Ecossistemas em Empresas com uma Cadeia de Abastecimento Agrícola,” (Ecosystem Services Benchmark: A Tool for Investors to Assess the Management of Biodiversity and Ecosystem Services Risks and Opportunities in Companies with an Agricultural Supply Chain), Flora and Fauna Internacional, Cambridge, U.K. http://www.naturalvalueinitiative.org/content/003/303.php. ——. 2011. “Condução Cuidadosa: Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas – Gestão de Riscos e Oportunidades na Indústria de Extração.” (Tread Lightly: Biodiversity and Ecosystem Services Risk and Opportunity Management Within the Extractive Industry) http://www.naturalvalueinitiative.org/download/documents/Publications/NVI%20Extractive%2 0Report_Tread%20lightly_LR.pdf. Secretaria da CDB (Convenção sobre Diversidade Biológica) (Convention for Biological Diversity). 2010. “Conferência Internacional sobre Diversidade Biológica e Cultural: Diversidade para Desenvolvimento—Desenvolvimento para Diversidade.” (International Conference on Biological and Cultural Diversity: Diversity for Development—Development for Diversity) Montreal, 8 a 10 de junho. http://www.cbd.int/meetings/icbcd/. A conferência visou reunir grupos de partes interessadas de vários antecedentes, incluindo representantes de populações indígenas e locais para trocar conhecimentos e práticas relacionados à diversidade biológica e cultural. Os vários documentos informativos relevantes para os serviços de ecossistemas culturais, incluindo locais sagrados, estão disponíveis no site da conferência. ——. 2011. “O Código de Conduta Ética Tkarihwaié:ri para Garantir Respeito à Herança Cultural e Intelectual de Indígenas e Comunidades Locais—COP-10, Decisão X/42.” (The Tkarihwaié:ri Code of Ethical Conduct to Ensure Respect for the Cultural and Intellectual Heritage of Indigenous and Local Communities) Secretaria da CDB, Montreal. http://www.cbd.int/decision/cop/?id=12308. Esse código de conduta é relevante aos serviços de ecossistemas culturais. TEEB (A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade) (The Economics of Ecosystems and Biodiversity). Página inicial. TEEB, Genebra. http://www.teebweb.org. Esse site inclui relatórios e recursos de políticas comerciais, locais e regionais relacionadas à avaliação de serviços de ecossistemas, os custos econômicos da perda de biodiversidade e os custos e benefícios de ações para reduzir perdas. Instituto Gund de Economia Ecológica (Gund Institute for Ecological Economics) da Universidade de Vermont. Modelos Integrados Multi-Escala de Serviços de Ecossistemas – MIMSE (Multiscale Integrated Models of Ecosystem Services). Burlington, VT. http://www.uvm.edu/giee/mimes/. Os MIMSE são conjuntos multiescalas e integrados de modelos que permitem o entendimento das contribuições dos serviços de ecossistemas quantificando os efeitos das condições ambientais que variam decorrentes da mudança do uso do solo. Os modelos avaliam as mudanças do uso do solo e os efeitos subsequentes sobre os serviços de ecossistemas em níveis globais, regionais e locais. 76 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 WBCSD (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) (World Business Council for Sustainable Development). Página inicial. WBCSD, Genebra. http://www.wbcsd.org. Os ecossistemas constituem uma das quatro áreas principais do WBCSD. O WBCSD argumenta o caso de negócios para a conservação de ecossistemas. O site contém publicações relacionadas aos serviços de ecossistemas e discute os riscos de negócios associados à perda e degradação de ecossistemas em que os negócios dependem. WBCSD (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) (World Business Council for Sustainable Development), IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) (International Union for the Conservation of Nature), PricewaterhouseCoopers e Gestão de Recursos Ambientais (Environmental Resources Management). 2011. “Guia para Avaliação de Ecossistemas Corporativos: Uma Estrutura para Melhorar a Tomada de Decisões Corporativas.” (Guide to Corporate Ecosystem Valuation: A Framework for Improving Corporate Decision-Making) WBCSD, Genebra. O documento define a avaliação de ecossistema corporativo – AEC (corporate ecosystem valuation) como um processo para tomar decisões comerciais mais informadas avaliando explicitamente a degradação do ecossistema e os benefícios fornecidos pelos serviços de ecossistemas. O documento fornece um conjunto de perguntas de triagem para as empresas determinarem a necessidade de realizar uma AEC, bem como a metodologia básica. WRI (Instituto de Recursos Mundiais) (World Resources Institute), WBCSD (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) (World Business Council on Sustainable Development) e Instituto Meridiano (Meridian Institute). 2008. “Revisão de Serviços de Ecossistemas Corporativos: Diretrizes para Identificar Riscos e Oportunidades Comerciais Decorrentes das Mudanças no Ecossistema.” (Corporate Ecosystem Services Review: Guidelines for Identifying Business Risks and Opportunities Arising from Ecosystem Change) WRI, Washington, DC WBCSD, Genebra, Suíça; e Instituto Meridiano, Washington, DC. http://www.wri.org/publication/corporate-ecosystem-services-review. Esse documento fornece uma metodologia estruturada que ajuda os administradores a desenvolver de forma proativa estratégias para gerenciar riscos e oportunidades comerciais decorrentes da dependência da empresa e de seus impactos sobre os ecossistemas. Até o momento, a avaliação é indiscutivelmente uma das mais relevantes para o setor privado em termos de conceituar serviços de ecossistemas e integrar esse conceito em avaliações socioambientais. ——. 2011. “Revisão de Serviços de Ecossistemas para Avaliação de Impacto.” (Ecosystem Services Review for Impact Assessment) http://www.wri.org/publication/ecosystem-services-reviewfor-impact-assessment. A Revisão de Serviços de Ecossistemas para Avaliação de Impacto (RSE para AI) fornece instruções práticas para os profissionais socioambientais sobre como incorporar os serviços de ecossistemas durante toda a avaliação de impactos ambientais e sociais. Mesas Redondas sobre Commodities e Sites de Estabelecimento de Padrões Os seguintes websites fornecem informações sobre mesas redondas sobre commodities e estabelecimento de padrões: AWS (Aliança para Gestão de Água) (Alliance for Water Stewardship). Página Inicial. http://www.allianceforwaterstewardship.org. A AWS tem como objetivo estabelecer um programa de gestão global de água que reconhecerá e recompensará gestores e usuários 77 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 de água responsáveis, criando oportunidades para posição aprimorada na comunidade e vantagem competitiva. BAP (Melhores Práticas de Aquicultura) (Best Aquaculture Practices). Página Inicial. BAP, Crystal River, FL. http://www.aquaculturecertification.org. Esse sistema de certificação associa inspeções no local e amostragem de efluentes com controles sanitários, controles terapêuticos e rastreabilidade. Bonsucro (Iniciativa para Melhor Cana-de-Açúcar) (Better Sugar Cane Initiative). Página inicial. Bonsucro, Londres http://www.bonsucro.com. A Bonsucro se dedica a reduzir os impactos socioambientais da produção de cana-de-açúcar. CERFLOR (Programa Brasileiro de Certificação Florestal). Página inicial. CERFLOR, Brasília http://www.inmetro.gov.br/qualidade/cerflor.asp. O CERFLOR é o programa brasileiro autônomo de certificação florestal. CSA (Associação Canadense dos Padrões) (Canadian Standards Association) Internacional. Página inicial. http://www.csa-international.org. A CSA Internacional presta serviços de teste e certificação de produtos. CMF (Conselho de Manejo Florestal) (Forest Stewardship Council). Página inicial. CMF, Minneapolis. http://www.CMF.org/. O CMF promove gestão responsável das florestas no mundo. GAA (Aliança Global de Aquicultura) (Global Aquaculture Alliance). Página Inicial. http://www.gaalliance.org. A GAA é uma associação internacional sem fins lucrativos dedicada ao avanço da aquicultura ambiental e socialmente responsável e desenvolveu as normas de certificação Melhores Práticas de Aquicultura. GlobalG.A.P. Página inicial. GlobalG.A.P., Colônia, Alemanha. http://www.globalgap.org. A GlobalG.A.P. estabelece padrões voluntários para a certificação de processos de produção de produtos agrícolas em todo o mundo. IFOAM (Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica) (International Federation of Organic Agriculture Movements). Página Inicial. IFOAM, Bonn, Alemanha. http://www.ifoam.org. A IFOAM promove a adoção de sistemas com base nos princípios de agricultura orgânica. Centro de Comércio Internacional (International Trade Centre). “Mapa de Padrões.” (Standards Map) http://www.standardsmap.org. Essa ferramenta on-line possibilita análises e comparações de normas privadas e voluntárias. A ferramenta de análise de mapas pode ser acessada por todos os usuários registrados. ISEAL Alliance. “Código de Boas Práticas da ISEAL.” (ISEAL Codes of Good Practice) ISEAL Alliance, Londres. http://isealalliance.org/code. A ISEAL é a associação global para as normas sociais e ambientais. Trabalhando com sistemas de normas voluntárias estabelecidas e emergentes, a ISEAL desenvolve uma orientação e ajuda a fortalecer a eficácia e o impacto dessas normas. ISO (Organização Internacional de Normalização) (International Organization for Standardization). “Desenvolvimento de Normas.” (Standards Development) ISO, Genebra. http://www.iso.org/iso/standards_development.htm. 78 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 Leonardo Academy. “Norma para Agricultura Sustentável.” (Sustainable Agriculture Standard) Leonardo Academy, Madison. http://www.leonardoacademy.org/programs/standards/agstandard/development.html. Consulte também a Biblioteca de Referência da Norma de Agricultura Sustentável (Sustainable Agriculture Standard Reference Library) da Leonardo Academy no endereço https://sites.google.com/a/leonardoacademy.org/sustainableag-referencelibrary/standards. MSC (Conselho de Administração Marinha) (Marine Stewardship Council). Página Inicial. MSC, Londres. http://www.msc.org. O programa de certificação de pescarias e rotulagem ecológica de frutos do mar do MSC reconhece e recompensa a prática de pesca sustentável. PEFC (Programa para Endosso de Certificação Florestal) (Programme for the Endorsement of Forest Certification). Página Inicial. PEFC, Genebra. http://www.pefc.org/. O PEFC promove gestão florestal sustentável. Rainforest Alliance. “Normas para Agricultura Sustentável.” (Standards for Sustainable Agriculture) Rainforest Alliance, Nova York. http://www.rainforest-alliance.org/agriculture/standards. RSB (Mesa Redonda sobre Biocombustíveis Sustentáveis) (Roundtable on Sustainable Biofuels). Página Inicial. RSB, Lausanne, Suíça. http://rsb.epfl.ch. A RSB é uma iniciativa internacional que reúne produtores rurais, empresas, organizações não governamentais, peritos, governos e agências intergovernamentais preocupadas em garantir a sustentabilidade de produção e processamento de biocombustíveis. MRSOP (Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável) (Roundtable on Sustainable Palm Oil). Página Inicial. MRSOP, Kuala Lumpur. http://www.MRSOP.org. A MRSOP promove o crescimento e a utilização de produtos de óleo de palma sustentável por meio de padrões globais confiáveis e engajamento de partes interessadas. RTRS (Mesa Redonda da Soja Responsável) (Round Table on Responsible Soy Association). Página Inicial. RTRS, Buenos Aires. http://www.responsiblesoy.org. Essa iniciativa de várias partes interessadas visa facilitar um diálogo global sobre a produção da soja economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente saudável. RAS (Rede de Agricultura Sustentável) (Sustainable Agriculture Network). Página Inicial. RAS, San José, Costa Rica. http://sanstandards.org/sitio. A RAS promove agricultura eficiente e produtiva, conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável da comunidade criando normas sociais e ambientais. SFI (Iniciativa Florestal Sustentável) (Sustainable Forest Initiative). Página Inicial. SFI, Washington, DC. http://www.sfiprogram.org. A SFI mantém, supervisiona, e melhora um programa de certificação florestal sustentável reconhecido internacionalmente. TSPN (Rede de Profissionais de Normas Relacionadas ao Comércio) (Trade Standards Practitioners Network). Página Inicial. Eschborn, Alemanha. http://www.tradestandards.org/en/Index.aspx. A missão da TSPN é melhorar a eficácia das iniciativas que apoiam a capacidade de um país em desenvolvimento e a participação no desenvolvimento e implementação de normas sociais, ambientais, e de segurança alimentícia relacionadas ao comércio e medidas relacionadas na agricultura, silvicultura e pesca, com foco em normas voluntárias. 79 Nota de Orientação 6 Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos 1º de janeiro de 2012 WWF (Fundo Mundial para a Natureza) (World Wildlife Fund). “Diálogos da Aquicultura.” (Aquaculture Dialogues) WWF, Washington, DC. http://www.worldwildlife.org/what/globalmarkets/aquaculture/aquaculturedialogues.html 80