de-açúcar genetic variability of bacteria

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I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA,
AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA)
09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP,
Câmpus de Jaboticabal, SP
VARIABILIDADE
GENÉTICA
DE
BACTÉRIAS
SOLUBILIZADORAS DE FOSFATO ASSOCIADAS À CANADE-AÇÚCAR
GENETIC
VARIABILITY
OF
BACTERIA
PHOSPHATE
SOLUBILIZING ASSOCIATED WITH CANE SUGAR
Isaneli Batista dos Santos (1)
Arthur Prudêncio de Araujo Pereira(1)
João Tiago Correia de Oliveira(2)
Danubia Ramos Moreira de Oliveira(2)
Fernando José Freire(2)
Júlia Kuklinsky Sobral(3)
Resumo – Entre os possíveis benefícios da interação bactéria/planta, a capacidade de
solubilizar o fósforo insolúvel, através da liberação deste elemento em formas assimiláveis
pelas plantas, vem se destacando. Assim, objetivou-se estimar a densidade bacteriana
potencialmente solubilizadora de fosfato inorgânico, avaliar a solubilização de fosfato por
isolados bacterianos em meio de cultura com diferentes valores de pH e tempos de cultivo,
além de verificar a produção de AIA e diversidade genética bacteriana. Inicialmente foi
realizado o isolamento de bactérias endofíticas de raiz e da rizosfera associadas às plantas de
cana-de-açúcar (RB92579 e RB867515), seguido da seleção de bactérias solubilizadoras de Pi
em diferentes pH (7,2 e 5,5) aos 21 dias de cultivo. O teste de síntese de AIA foi feito por
meio do método colorimétrico, que caracteriza a produção deste fitormônio. A análise da
diversidade genética foi realizada pela técnica de ARDRA. Dos 36 isolados bacterianos
avaliados, 97,2% foram positivos à solubilização de Pi, em ambos os pH (7,2 e 5,5) e tempo
de cultivo. Quanto à produção de AIA, 100% dos isolados avaliados foram positivos ao teste.
A técnica de ARDRA permitiu observar a presença de 29 clusters, indicando uma elevada
diversidade genética entre os isolados bacterianos. Assim, o isolamento de bactérias
solubilizadoras de Pi em meio semi seletivo mostrou-se eficiente, obtendo isolados
bacterianos produtores de AIA, de elevada variabilidade genética, capazes de solubilizar Pi
sob diferentes condições de pH e de tempo, o que os tornam potenciais candidatos para
ensaios de inoculação bacteriana.
Palavras - chave: Fósforo. Auxina. Endofíticos de raiz. Rizosfera.
1
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Avenida Pádua Dias, 11, CEP: 13418-900, Piracicaba, SP, Brasil. E-mail:
[email protected]. Telefone: (19) 9 83068256.
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Rua Manoel de Medeiros, s/n, Dois irmãos, CEP: 52171-900, Recife, PE, Brasil.
(3)
UFRPE/Unidade Acadêmica de Garanhuns, Avenida Bom Pastor, s/n, Boa Vista, CEP: 55292-270, Garanhuns, PE, Brasil.
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2
Abstract - Among the possible benefits of the bacterium interaction / plant, the capacity to
solubilize insoluble phosphorus, through the release this element forms assimilable by plants,
has been highlighting. The objective was to estimate the potential solubilizing bacterial
density of inorganic phosphate, assess the solubilization of phosphate by bacterial isolates in
culture medium with different pH values and cultivation times, besides checking the
production of IAA and bacterial genetic diversity. Initially it was realized the isolation of
endophytic bacteria root and rhizosphere associated with sugarcane plants (RB92579 and
RB867515), followed by selection of bacteria solubilizing Pi in different pH (7.2 and 5.5) at
21 days of cultivation. The IAA synthesis test was done using the colorimetric method, which
characterizes the production this hormone. The genetic diversity analysis was performed by
ARDRA technique. Of the 36 isolates evaluated bacterial, 97.2% were positive for
solubilizing Pi at both pH (7.2 and 5.5) and cultivation time. As for production of IAA, 100%
of tested isolates were positive to the test. The ARDRA technique allowed observing the
presence of 29 clusters, indicating a high genetic diversity between the bacterial isolates. So,
the insulation solubilizing bacteria Pi in semi selective proved efficient, obtaining producers
IAA bacterial strains of high genetic variability, capable of solubilizing Pi under different
conditions of pH and time, which make them potential candidates for bacterial inoculation
tests.
Key words: Phosphorus. Auxin. Root endophytic. Rhizosphere.
1 Introdução
A cana-de-açúcar (Saccharum sp.) é uma das commodities mais importantes do
mundo, com produtividade média estimada em 73.228 kg ha-1. O Brasil é o maior produtor
mundial, seguido por Índia, China e Tailândia (CONAB, 2015). Na última década, houve
incremento considerável na área plantada e na produção, em virtude do lançamento de
cultivares mais produtivas e da implantação de novas unidades industriais (BATISTA;
ZOLNIER; RIBEIRO; LYRA; SILVA; BOERRINGER, 2013).
Na natureza, as bactérias são encontradas em associação com diferentes espécies
vegetais e animais, formando associações benéficas com as plantas, colonizando a superfície
radicular e/ou solo circundante, utilizando carbono e exsudados radiculares como fonte de
energia (epifíticas) ou colonizando partes internas da planta, sem causar danos ao hospedeiro
(endofíticas) (ANDREOTE; AZEVEDO; ARAÚJO, 2009). Em ambos os casos, podem
exercer efeitos benéficos a planta, por meio da ciclagem e disponibilidade de nutrientes,
estabelecimento de plântulas ou controle biológico de fitopatógenos (QUECINE; ARAÚJO;
ROSSETOO; FERREIRA; TSUI; LACAVA; MONDIN; AZEVEDO; PIZZIRANIKLEINER, 2012).
Em cana-de-açúcar, as associações benéficas com diferentes comunidades bacterianas
já foram identificadas e avaliadas. Entre os possíveis benefícios da interação bactéria-planta, a
capacidade de solubilizar o fósforo (P) insolúvel, por bactérias solubilizadoras de P (PSB)
3
vem se destacando. Através da liberação de P em formas assimiláveis pelas plantas, por meio
da produção de ácidos orgânicos, ácidos minerais e substâncias húmicas (PEI-XIANG; LI;
MING-HUI; JIA-QIN; FENG; CHANG-QUN; MING-HE; DUN-HUANG; YAN-QING; FAXIANG, 2012). Devido ao fato do P ser um macro nutriente essencial para as plantas, a
utilização de PSB tem desempenhado papel vital no desenvolvimento dos vegetais (GUANGCAN; SHU-JUN; MIAO-YING; GUANG-HUI, 2008), sendo, portanto, uma alternativa para
aumentar a eficiência de adubos fosfatados, diminuindo os custos de produção (BARROSO e
NAHAS, 2008).
Além da solubilização de P, as bactérias associadas às plantas podem produzir
reguladores de crescimento vegetais, entre estes, o ácido indol acético (AIA), auxina natural
mais comum encontrada em plantas, cujo efeito positivo está relacionado com o crescimento e
morfologia de raízes (DAS e TIWARY, 2014). Diversos microorganismos, como bactérias e
fungos no solo e/ou associados às plantas, sintetizam fitormônios de crescimento, idênticos
aos encontrados nas plantas, dentre eles o AIA (PEDRINHO; JÚNIOR; CAMPANHARO;
ALVES; LEMOS, 2010).
Devido às plantas serem um ecossistema para as diversas comunidades microbianas,
se pode encontrar alta diversidade de microorganismos. A variabilidade genética pode ser
avaliada por várias técnicas de biologia molecular, dentre estas, o ARDRA (Amplified
Ribosomal DNA Restriction Analysis) parte do princípio de que os sítios de restrição no rDNA
são conservados de acordo com padrões filogenéticos. Desta maneira, pode ser utilizado o
16S rDNA para o estudo de grupos heterogêneos, ou a região espaçadora entre 16S e o 23S
rDNA para o estudos dos grupos similares (WONG-VILLARREAL; VELAZQUEZMÉNDEZ; ROSADO- ZARRABAL; VITE-VALLEJO; CABALLERO-MELLADO, 2012).
Diante do exposto, objetivou-se estimar a densidade bacteriana possivelmente
solubilizadora de Pi nos nichos endofíticos da raiz e rizosfera das duas variedades de cana-deaçúcar, RB 92579 e RB 867515, além de avaliar a solubilização de Pi por isolados bacterianos
em meio ácido e neutro em diferentes tempos, bem como, a produção de AIA e a diversidade
genética bacteriana por meio da técnica de ARDRA.
2 Material e Métodos
Amostra vegetal, isolamento e densidade bacteriana
Amostras de solo rizosférico (0 – 20 cm de profundidade) e de raízes de cana-deaçúcar, variedades RB92579 e RB867515, com 4 meses e 10 meses de cultivo, após a
4
primeira rebrota, foram coletadas na Estação Experimental de Cana-de-açúcar de Carpina, da
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), localizada no município de
Carpina/Pernambuco (07º51'03"S e 35º15'17"W).
As amostras coletadas foram acondicionadas, identificadas e conduzidas ao
Laboratório de Genética e Biotecnologia Microbiana, da Unidade Acadêmica de
Garanhuns/UFRPE, para processamento e análises. Amostras de solo (500g) foram
encaminhadas para análise das características químicas e físicas no Laboratório de Química
do Solo da UFRPE (Tabela 1).
O isolamento de bactérias endofíticas de raiz e da rizosfera foi realizado segundo
Kuklinsky-Sobral, Araújo, Mendes, Geraldi, Pizzirani-Kleiner e Azevedo (2004). Para o
isolamento foi utilizado meio rico em Pi, semi-seletivo para bactérias solubilizadoras de Pi
(10 g L-1 de glicose; 5 g L-1 de NH4Cl; 1 g L-1 de MgSO4.7H2O; 4 g L-1 de CaHPO4; 15 g L-1
de Ágar; pH 7,2), as quais foram incubadas a 28°C, por 8 dias.
A densidade bacteriana por grama de tecido vegetal e solo da rizosfera foi estimada
pela contagem de colônias cultivadas em meio fosfato, segundo Silva, Freire, Lira-Júnior,
Kuklinsky-Sobral, Costa e Lira-Cadete (2012). Posteriormente, foram selecionados 36
isolados bacterianos potencialmente solubilizadores de Pi para avaliações dos mecanismos
diretos de promoção de crescimento vegetal, in vitro.
Seleção de isolados bacterianos solubilizadores de Pi
A avaliação de isolados solubilizadores de Pi foi realizada segundo Rodríguez e Fraga
(1999) e Verma, Ladha e Tripathi (2001). Para tanto, foi utilizado meio de cultura sólido
contendo fosfato de cálcio insolúvel em dois valores de pH neutro (7,2) e ácido (5,5). As
amostras foram incubadas a 28ºC e as leituras foram realizadas aos 3, 10 e 21 dias após a
inoculação (d.a.i). A presença de um halo claro em torno da colônia indicou a solubilização de
Pi. Todo o experimento foi conduzido em triplicata. O índice de solubilização (IS) foi
determinado segundo Berraquero, Baya e Cormenzana (1976) e Chagas Junior (2007),
expressando a relação do diâmetro médio do halo de hidrólise e o diâmetro médio da colônia.
Avaliação da produção de AIA
Os isolados bacterianos foram avaliados, in vitro, por meio do método colorimétrico e
específico que caracteriza a produção de AIA (CROZIER; ARRUDA; JASMIM;
MONTEIRO; SANDBERG, 1988). As bactérias foram crescidas em meio liquido TSA e, em
seguida, transferidos 10µl do inoculo para tubos contendo meio TSA liquido com a presença
do precursor L-triptofano (5mM), os quais foram incubados a 28ºC, por 24 horas, sob
5
agitação constante (120 rpm). Dois mililitros da cultura bacteriana foram centrifugados a
12000 rpm por 5 minutos. O sobrenadante foi tratado com o reagente de Salkowski (2% de
FeCl3 0,5 M em 35% de ácido perclórico), na proporção de 1,5:0,5, e a reação foi incubada
por 30 minutos na ausência de luz. As amostras foram avaliadas em espectrofotômetro (530
nm). O experimento foi conduzido em triplicata e o resultado positivo foi caracterizado pela
formação da coloração rósea. Para a conversão das leituras foi utilizada uma curva padrão
(BARBOSA, 2010), a partir de uma solução de AIA com diferentes concentrações.
Análise da diversidade genética pela técnica de ARDRA
As reações de PCR para análise de ARDRA do gene 16S rRNA foram realizadas para
um volume final de 50 L, utilizando 0,5 a 10ng de DNA molde (suspensão bacteriana em
TE); 1X do tampão da enzima 10X (KCl); 25mM de MgCl2; 2,5mM de cada dNTPs; 100 L
dos
primers
PO27F
(5’-GAGAGTTTGATCCTGGCTCAG-3’)
e
R1387
(5’-
CGGTGTGTACAAGGCCCGGGAACG-3’); 5U de Taq DNA Polimerase (Fermentas). A
reação de amplificação foi realizada em termociclador programado para realizar uma
desnaturação inicial a 94°C por 4 minutos, 25 ciclos de desnaturação a 94°C por 30 segundos,
anelamento a 63°C por 1 minuto, e extensão do primer a 72°C por 1 minuto, seguida de
extensão final a 72°C por 4 minutos. Após a amplificação, a reação foi avaliada por
eletroforese em gel de agarose (1,2% p/v) em tampão 1X TAE (40 mM de Tris-acetato; 1mM
de EDTA) e corado com Blue Green loadingdye (LGC Bio), segundo especificações do
fabricante, observado sobre luz ultravioleta e fotodocumentado (KUKLINSKY-SOBRAL;
ARAÚJO; MENDES; GERALDI; PIZZIRANI-KLEINER E AZEVEDO, 2004).
Após a amplificação dos isolados bacterianos, 7 L da reação da PCR do rRNA 16S foi
digerido com as enzimas de restrição Mbol, Alu I e Hind III (Fermentas) segundo metodologia
utilizada por Kuklinsky-Sobral et al. (2004).Os produtos foram avaliados por eletroforese em
gel de agarose (2,5% p/v) em tampão 1X TAE e corado com Blue Green loadingdye,
observado sobre luz ultravioleta e fotodocumentado.
Análise estatística
As médias dos dados de densidade bacteriana e do índice de solubilização foram
analisados por fatorial duplo, sendo a densidade bacteriana composta por 2 tratamentos
(variedades) e dois níveis (nicho), e o índice de solubilização de Pi,, formado por 2
tratamentos (pH) e três níveis (tempo). Os dados de produção de AIA foram submetidos à
análise de variância (ANOVA). Todos os ensaios foram comparados pelo teste de ScottKnott, com 5% de significância, através do programa SISVAR 5.3.
6
Os perfis de bandas observados nos géis de agarose foram transformados em uma
planilha binária para obtenção do dendograma de similaridade, calculado através do
Coeficiente de Jaccard e agrupado utilizando o algoritmo UPGMA (Unweighted Pair Group
Method with Arithmetical Average), utilizando o software PAST® versão 1.9.
3 Resultados e Discussão
Densidade bacteriana e seleção de isolados bacterianos solubilizadores de Pi
A utilização de meio de cultura semi-seletivo proporcionou uma variação da densidade
bacteriana cultivável, potencialmente solubilizadora de Pi, de 6,72x107 a 8,31x107 para a
variedade RB92579 e de 7,11x107 a 8,81x107 para a variedade RB867515, independente dos
nichos avaliados. Não houve diferença significativa da densidade bacteriana presentes nos
ninhos e variedades de cana-de-açúcar avaliadas (Figura 1). Fato também observado por
Barreto, Silva, Soares e Souza (2008) ao avaliarem a densidade bacteriana total, nos nichos
rizosfera e endofíticas de raiz em plantas de cacau (Theobroma cacao).
Ainda sobre a densidade de microorganismos solubilizadores de fosfato presentes no
solo, Silva Filho (1998), verificou que esta população pode variar de 104 a 107unidades
formadoras de colônia por grama de solo, dependendo do local e do método de avaliação.
Dessa forma, fica nítido que os meio de cultura influenciam o grupo de bacterias que se
almeja isolar, e que sua escolha depende dos grupos e das caracteristicas de interesse que se
prentende estudar (ARAUJO; LACAVA; MARCON; LIMA; KUKLINSKY-SOBRAL;
PIZZIRANI-KLEINER; AZEVEDO; BARRETO; SILVA; SOARES; SOUZA, 2010).
Identificação de isolados bacterianos solubilizadores de Pi
./'0Dos
36 isolados bacterianos avaliados 97,2% foram positivos, apresentando halo de
solubilização independente dos valores de pH e dos tempos de cultivo avaliados.
Classificando-os em baixo (IS < 2,0), médio (IS de 2,0 a 4,0) e alto (IS >4,0) 58,3 % dos
isolados apresentaram IS de médio a alto, destacando-se o isolado UAGF35 (IS= 5,04),
associado à variedade RB867515, nicho rizosfera. Os isolados pertencentes ao nicho
endofítico de raiz em ambas as variedades avaliadas tiveram elevado índice de solubilização,
como o isolado UAGF49 (IS = 4,64) (Tabela 2). Santos, Lima, Barbosa, Oliveira, Freire e
Kuklinsky-Sobral (2012), ao avaliarem a capacidade de isolados bacterianos diazotróficos
associados a plantas de cana soca, quanto a capacidade de solubilizar Pi, in vitro, alcançaram
resultados positivos, 90% dos isolados avaliados apresentaram capacidade de solubilizar
fosfato.
7
Em meio de cultura com valor de pH ácido (pH 5,5) foi constatado um acréscimo no
número de isolados positivos com o decorrer do tempo de avaliação de 86,1 % no 3º dia para
91,6 % no 21º dia de avaliação. Diferentemente, em meio de cultura com valores de pH
próximo a neutralidade (pH 7,2) pouca interferência no percentual de solubilização foi
observado (Figura 2). Resultados diferentes foram obtidos por Marra, Soares, Oliveira,
Ferreira, Soares, Carvalho, Lima e Moreira (2012), que ao testarem isolados bacterianos
quanto a capacidade de solubilizaremdiferentes fontes de P, em meio sólido, verificaram que
as estirpes bacterianas tiveram maior capacidade de solubilizar fosfato de cálcio (pH 7,0) do
que fosfato de alumínio (pH 4,5).
No estudo da influência do tempo sobre a solubilização de Pi, observa-se que 83,3%
dos isolados não apresentaram diferença significativa em relação à solubilização de Pi, in
vitro (Tabela 2), independente da variedade e nichos avaliados. Entretanto, comportamentos
diferentes foram constatados entre alguns isolados avaliados, como exemplo, o isolado
UAGF35, que obteve IS menor à medida que se aumentou o tempo de cultivo em pH 7,2,
diferentemente do aumento do IS observado em pH 5,5. Barroso e Nahas (2008), ao avaliarem
a eficiência de solubilização de fosfato de ferro por Aspergillus niger, verificaram que a
eficiência de solubilização aumentou conforme o crescimento do fungo até o 11º dia e depois
regrediu.
Ao avaliar a influência dos valores de pH do meio e do tempo de cultivo, observou-se
a formação de diferentes perfis de solubilização, como exemplo, os isolados UAGF01,
UAGF02 e UAGF35 que foram superiores estatisticamente aos demais isolados em pH 7,2,
com IS de 4,18, 4,13 e 3,92, respectivamente. Já em pH 5,5 no 21ºdia cultivo os isolados
UAGF01 e UAGF35, obtiveram IS de 4,58 e 5,04, sendo estatisticamente superiores aos
demais isolados bacterianos (Tabela 2).
Isolados bacterianos produtores AIA
Quanto à produção de AIA, 100% dos isolados avaliados foram positivos ao teste,
com produção variando de 0,93 µg mL-1 (UAGF37) a 178,02 µg mL-1 (UAGF49).
Comparando as variedades de cana-de-açúcar e nichos, os isolados pertencentes à variedade
RB 8675155 e do nicho endofítico de raiz tiveram isolados com maiores valores de produção
de AIA (Tabela 2).
Existem evidencias de que os microorganismos podem selecionar uma via metabólica
diferenciada, dependendo do ambiente o qual se encontra. Mas a principal utilizada pelas
bactérias é a via dependente de triptofano, o qual favorece aumento na síntese deste
8
fitormônio, fato confirmado em nosso estudo (GOSWAMI; THAKKER; DHANDHUKIA,
2015). Resultados semelhantes também foram obtidos por Bergamaschi, Roesch, Quadros e
Camargo (2007), Chagas Junior, Oliveira e Oliveira (2009), Ji, Gururani e Chun (2014) e
Khan, Halo, Elyassi, Ali, Al-Hosni, Hussain, Harrasi e Lee (2015).
Diversidade genética pela técnica de ARDRA
Observa-se que ao nível de 70% de similaridade genética, houve a formação de 29
clusters (Figura 3), com um alto nível de diversidade genética entre os isolados bacterianos
avaliados. Entretanto, alguns isolados bacterianos endofíticos de raiz apresentaram uma alta
similaridade genética, acima de 70%, foram eles: UAGF16, UAGF18, UAGF19, UAGF22,
UAGF24, UAGF25, UAGF26 e UAGF28 associados à variedade RB92579 e UAGF46,
UAGF47, UAGF48, UAGF59 e UAGF60 associados à variedade RB867515. Brasil, Baldani
e Baldani (2005), ao avaliarem a diversidade genética de bactérias fixadoras de N2 associadas
às gramíneas nativas de Elyonurusmuticus, Axonopuspurpusiie e exóticas Brachiaria
humidicula, por meio da técnica de ARDRA, obtiveram alta diversidade genética e a
formação de 5 grupos genotípicos distintos. Os isolados bacterianos endofíticos de raiz
UAGF23 (RB 92579) e UAGF57 (RB 867515) são altamente similares geneticamente apesar
de terem sido isolados de diferentes variedades de cana-de-açúcar.
Conclusão
O isolamento de bactérias solubilizadoras de Pi em meio seletivo mostrou-se eficiente,
obtendo-se isolados bacterianas com capacidade de solubilizar Pi in vitro em meio de cultura
com diferentes valores de pH (7,2 e 5,5), com os IS do isolados sofrendo influência ao longo
do tempo, além de produzir AIA e apresentar alta diversidade genética, tornando-se potenciais
promotoras de crescimento vegetal em futuros experimentos de inoculação.
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12
Figura 1 - Log de unidades formadoras de colônia (UFC) de células bacterianas
potencialmente solubilizadoras de Pi, por grama de solo e tecido vegetal fresco, das
variedades RB 92579 e RB 867515 de plantas de cana-de-açúcar (Saccharum sp.) dos
nichos da rizosfera e endofítico de raiz. Médias seguidas de letras maiúsculas e letras
minúsculas iguais não diferem entre si, de acordo com o teste de Scott-Knott a 5% de
probabilidade.
Figura 2- Frequência relativa de solubilização de fosfato inorgânico in vitro em pH ácido e
próximo a neutralidade (5,5 e 7,2) em 21 dias de cultivo, por isolados bacterianos
associados as variedades RB 92579 e RB 867515 de plantas de cana-de-açúcar
(Saccharum sp.).
13
Figura 3- Dendrograma genético de 36 isolados bacterianos associados as plantas de cana-deaçúcar (Saccharum sp.), das variedades RB867515 e RB92579, realizado pela técnica
de ARDRA e analisados através do coeficiente de Jaccard. Os números no
dendograma indicam o valor da porcentagem de vezes que o grupo ocorreu no mesmo
nó durante o Bootstrap de 1000 repetições.
14
Tabela 1- Propriedades químicas e físicas do solo cultivado com plantas de cana-de-açúcar ,
variedades RB92579 e a RB867515.
P
pH
6,1
./%0mg
3
dm-
2,67
K
CTC
V
---------------------------------- mmolc dm-3--------------------------
%
1,60
Na
2,60
Ca
Química
Mg
Al
H + Al
13,0
9,0
0,5
16,5
Física
Areia
Silte
Argila
-1
-------------------------- g kg ----------------------------798,7
19,2
182,0
SB
26,2
42,7
61,4
Classe Textural
Franco arenosa
Tabela 2- Índice de Solubilização (IS) de fosfato inorgânico (Pi) e produção de ácido indol
acético (AIA), in vitro, por isolados bacterianos associados as variedades RB 92579
(UAGF01 a UAGF29) e RB 867515 (UAGF33 a UAGF60) de cana-de-açúcar , sob
diferentes pHs e tempos de cultivo.
Índice de Solubilização*
Isolado
bacteriano
Nicho
UAGF 01
UAGF 02
UAGF 05
UAGF 07
UAGF 09
UAGF 12
UAGF 13
UAGF 15
UAGF 16
UAGF 18
UAGF 19
UAGF 21
UAGF 22
UAGF 23
UAGF 24
UAGF 25
UAGF 26
UAGF 28
UAGF 29
UAGF 33
UAGF 35
UAGF 37
UAGF 38
UAGF 39
UAGF 46
RIZ
RIZ
RIZ
RIZ
RIZ
RIZ
RIZ
RIZ
ER
ER
ER
ER
ER
ER
ER
ER
ER
ER
ER
RIZ
RIZ
RIZ
RIZ
RIZ
ER
3 dias
1,45 Aca
1,28 Ada
1,10 Aca
0,00 Abb
1,16 Aaa
2,03 Aba
1,19 Aaa
1,16 Aaa
1,27 Aaa
1,40 Aaa
1,47 Aaa
1,36 Aaa
1,34 Aaa
1,31 Aaa
1,25 Aaa
1,34 Aaa
1,19 Aaa
1,15 Aaa
1,10 Aaa
1,08 Aaa
1,22 Aca
0,00 Aab
0,00 Abb
1,56 Aaa
1,28 Aaa
pH 7,2
10 dias
3,88 Aaa
3,45 Aba
3,16 Aaa
0,00 Abd
1,39 Aac
2,50 Abb
1,48 Aac
1,06 Aac
1,75 Aab
1,79 Aab
2,08 Aab
1,77 Aab
1,68 Aab
1,72 Aab
1,62 Aac
1,69 Aab
1,80 Aab
1,40 Aac
1,31 Aac
1,08 Aac
1,80 Acb
0,00 Aad
1,46 Aac
1,96 Aab
2,05 Aab
21 dias
4,18 Aaa
4,13 Aaa
2,86 Aab
2,40 Aac
1,55 Aad
3,23 Aab
1,65 Aad
0,00 Abe
1,61 Aad
1,85 Aac
1,93 Aac
1,86 Aac
1,77 Aac
1,89 Aac
1,73 Aac
1,49 Aad
1,76 Aac
1,53 Aad
1,38 Aad
0,00 Bbe
3,92 Baa
0,00 Aae
1,63 Aad
1,80 Aac
1,34 Aad
3 dias
1,55 Acb
1,22 Acb
1,27 Abb
0,00 Aac
1,45 Aab
2,12 Abb
1,45 Aab
0,00 Bac
1,37 Abb
1,36 Aab
1,41 Aab
1,29 Aab
1,13 Aab
1,25 Aab
1,39 Aab
1,70 Aab
1,84 Aab
1,62 Aab
1,53 Aab
0,00 Bbc
1,37 Adb
0,00 Aac
0,00 Abc
2,11 Aab
1,72 Aab
AIA**
pH 5,5
10 dias
3,99 Aab
2,47 Bbc
3,60 Aab
0,00 Aae
1,87 Aad
2,61Abc
1,82 Aad
0,00 Bae
2,17 Aac
2,03 Aac
1,93 Aad
1,70 Aad
1,66 Aad
1,70 Aad
1,78 Aad
2,24 Aac
1,91 Aad
1,91 Aad
1,87 Aad
1,21 Aad
2,34 Acc
0,00 Aae
1,31 Aad
2,13 Aac
2,12 Aac
µg ml-1
21 dias
4,58 Aaa 11,46 e
4,22 Aab 48,07 d
3,28 Aac 15,21 e
0,00 Bae 05,33 e
1,72 Aad 25,99 e
3,09 Aac 09,65 e
1,80 Aad 21,85 e
0,00 Aae 01,80 e
2,16 Aad 40,53 d
2,02 Aad 72,91 c
1,82 Aad 95,47 b
1,77 Aad 37,51 d
1,86 Aad 49,97 d
1,90 Aad 24,40 e
1,84 Aad 35,82 d
2,21 Aad 61,27 d
2,20 Aad 68,26 c
2,04 Aad 25,39 e
2,05 Aad 32,93 d
1,23 Aad 01,75 e
5,04 Aaa 119,84 b
0,00 Aae 0,93 e
1,42 Aad 9,86 e
2,06 Aad 29,18 d
1,73 Aad 94,13 b
15
UAGF 47
ER 1,43 Aaa 1,63 Aac 1,06 Bad 1,37 Aab 1,70 Aad 1,83 Aad 06,54 e
UAGF 48
ER 1,26 Aba 2,13 Aab 1,46 Bbd 1,64 Abb 2,50 Aac 2,48 Aad 74,25 c
UAGF 49
ER 2,43 Bba 3,71 Baa 2,37 Bbc 3,40 Aba 4,64 Aaa 3,93 Aab 178,02 a
UAGF 50
ER 1,41 Aaa 1,74 Aab 1,27 Aad 1,41 Aab 1,85 Aad 1,61 Aad 35,74 d
UAGF 52
ER 1,65 Aaa 1,77 Aab 1,59 Aad 1,40 Aab 1,59 Aad 1,74 Aad 47,86 d
UAGF 54
ER 1,64 Aaa 1,89 Aab 1,79 Aac 1,42 Aab 1,64 Aad 1,80 Aad 39,49 d
UAGF 55
ER 1,62 Aaa 2,05 Aab 2,16 Aac 1,41 Aab 1,98 Aad 1,75 Aad 89,26 b
UAGF 56
ER 1,41 Aaa 1,53 Aac 1,11 Aad 1,32 Aab 1,66 Aad 1,52 Aad 11,63 e
UAGF 57
ER 1,40 Aaa 1,99 Aab 1,75 Aac 1,37 Aab 1,88 Aad 1,63 Aad 31,64 d
UAGF 59
ER 1,54 Aaa 2,00 Aab 1,79 Aac 1,56 Aab 1,98 Aad 1,73 Aad 53,03 d
UAGF 60
ER 1,64 Aaa 2,12 Aab 1,83 Aac 1,71 Aab 2,12 Aac 1,86 Aad 37,25 d
CV (%)
22,61
37,39
*Médias seguidas de letras maiúsculas na linha, comparam o índice de solubilização pelos
isolados bacterianos em relação aos pH- 7,2 e 5,5; letras minúsculas na linha, comparam o
índice de solubilização pelos isolados bacterianos em relação aos tempos de cultivo – 3, 10 e
21 dias; letras exponenciais na coluna, comparam o índice de solubilização pelos isolados
bacterianos em relação ao tempo e ao pH. **Letras minúsculas na mesma coluna comparam a
produção de ácido indol acético (AIA) via dependente de L-Triptofano, pelos isolados
bacterianos. Letras iguais não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de ScottKnott.
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