Superintendência de Vigilância em Saúde – SUVISA Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis – GEDT Assessoria em Vetores, Zoonoses e Fatores Ambientais – AVET NOTA INFORMATIVA (GEDT nº 6 – Fevereiro de 2017) Assunto: Sobre febre amarela. A Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio desta Nota Informativa, vem, mais uma vez, prestar esclarecimentos à sociedade alagoana quanto à ocorrência de febre amarela no território alagoano, tendo como referência as orientações emanadas do Ministério da Saúde que ainda não caracterizam o nosso Estado como área de circulação do vírus, ou seja, não temos municípios classificados como “região afetada” ou “região ampliada”. Importante também esclarecer que a FEBRE AMARELA é uma doença endêmica e que há circulação do vírus de forma permanente em várias regiões do país em razão da manutenção do ciclo de transmissão silvestre no qual estão envolvidas diferentes espécies de mosquitos, sendo os mais importantes em nossa região, os do gênero Haemagogus e Sabethes, que atuam como vetores do vírus para primatas não humanos (PNH) que são os principais hospedeiros e amplificadores dos vírus. Com isso, é importante deixar claro que a VIGILÂNCIA da febre amarela em qualquer lugar do país é atividade permanente dos órgãos que integram o Sistema Único de Saúde – SUS (Ministério da Saúde e Secretarias estaduais e municipais) e o surgimento de qualquer suspeita clínica pelos profissionais é imediatamente notificada como CASO SUSPEITO, desde que atenda aos critérios de suspeição, exigindo a adoção das medidas de investigação de praxe, orientadas pelo Ministério da Saúde vez que é um problema que ultrapassa fronteiras. Caso suspeito de febre amarela (critérios de suspeição) É a pessoa que apresenta quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado, residente ou procedente de área de risco para a doença ou proveniente de locais com registro de epizootia confirmada em primatas não humanos ou com isolamento de vírus em mosquitos vetores. Em função disso, a SESAU vem divulgando notas informativas sobre a situação, a partir de janeiro deste ano, bem como sobre as condutas que devem ser adotadas relativas ao manejo do paciente, coleta de amostra para exames e bloqueio na área onde o caso suspeito esteve nos últimos dias, visando avaliar possíveis focos do vetor transmissor na área urbana (o Aedes aegypti). Além disso, vêm sendo investigados todos os rumores de morte de primata não humano (macacos e saguis). A SESAU em conjunto com os municípios mantém-se em situação de alerta, orientando/solicitando que todo caso suspeito deva ser comunicado de imediato, por 1 telefone ou e-mail, ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS por meio: Do plantão 24 horas pelo telefone (82) 98882-9752; De domingo a domingo, no horário de 8 às 17 horas, pelo telefone (82) 33152059, ou Pelo e-mail: [email protected], A notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) deve ser feita pelo profissional de saúde, por meio do preenchimento da Ficha de Investigação de Febre Amarela. A notificação no SINAN permite a visualização do caso suspeito por todas as instâncias do SUS, não havendo possibilidade de sonegação ou sigilo para a informação. O último caso suspeito no Estado ocorreu em 2013 e em 2017 já foi encaminhado pela SESAU ao CIEVS nacional, relatório com o detalhamento dos 2 casos suspeitos, conhecidos até o momento (o 1º caso foi informado em 1/2 e o 2º no dia 6/2) de pessoas que vieram ou viajaram para outras regiões do país. Os dois estão em situação de investigação com a coleta de amostras de sangue, aguardando resultados, situação que não permite a classificação conclusiva dos casos. Sobre a vacinação deve ser ressaltado, mais uma vez, que Alagoas é ÁREA SEM RECOMENDAÇÃO DE VACINAÇÃO (ASRV), significando que a vacina não faz parte do calendário básico de rotina dos serviços de saúde, estando disponível em determinadas unidades de saúde e deve ser buscada somente quando a pessoa (criança ou adulto) dirigir-se às áreas endêmicas, seja para residir, seja em viagem. Nesses casos a pessoa deve tomar a vacina dez (10) dias antes da viagem, apresentando a comprovação do deslocamento para a “região afetada” ou “região ampliada”, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, que Áreas Com Recomendação de Vacinação (ACRV). Após a vacinação, é fornecido o Cartão Nacional de Vacinação, que deve ser conservado como documento pessoal. Para saber sobre os locais com recomendação de vacinação acessar o link: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/27/Municipios-Conforme---reasACRV-ACRT-ASRV-Febre-Amarela-Jan-2017-.pdf No portal do Ministério da Saúde, acessando os links: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/27577ministerio-da-saude-divulga-atualizacao-sobre-febre-amarela http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epizootias_primatas_entomologi a.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/perguntas-e-respostas-febreamarela http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/febreamarela http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/noticiassvs/27377-febre-amarela-minas-gerais-confirma-novos-casos-e-obitos http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/619secretaria-svs/l1-svs/27300-febre-amarela-informacao-e-orientacao http://www.saude.al.gov.br/2017/02/06/nota-tecnica-febre-amarela-vacinacao/ 2