Sessão 2 - Fisioterapia no Câncer de Mama: Quais as evidências e

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III Workshop de Fisioterapia no Câncer de Mama
Sessão 2 - Fisioterapia no Câncer de Mama: Quais as
evidências e as recomendações atuais no pré e no pós-operatório
imediato e tardio?
Pré e pós operatório imediato
Seguimento
ANKE BERGMANN
Fisioterapeuta
Mestre e Doutora em Epidemiologia - ENSP / FIOCRUZ
MBA Gestão em Saúde – COPPEAD / UFRJ
Coordenação de Educação e Pesquisa / INCA
Docente do Mestrado em Ciências da Reabilitação / UNISUAM
Curriculum Lattes:
http://lattes.cnpq.br/8708733143383938
E-mail:
[email protected]
Anke Bergmann
[email protected]
Declaração de Potencial Conflito de Interesse
Pesquisas realizadas com apoio financeiro:
•
CNPq, MS, INCA, FAPERJ e UNISUAM
Anke Bergmann
[email protected]
Qual o modelo convencional
de atuação da fisioterapia na
atenção as mulheres com
câncer de mama?
Anke Bergmann
[email protected]
FISIOTERAPIA é entendida como REABILITAÇÃO
Anke Bergmann
[email protected]
Reabilitação
Anke Bergmann
[email protected]
Reabilitação
Excelente resposta ao tratamento
ainda não é o ideal!
Anke Bergmann
[email protected]
Fisioterapia – Prevenção de Complicações
Início da
exposição
aos fatores
de risco
Detecção
no inicio da
fase clínica
Detecção
precoce
Detecção tardia
baseada em
sintomas
Tratamento
ANTECIPAÇÃO
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Prevenção exposição a
fatores de risco de
complicações
Sinais e Sintomas iniciais
Rastreamento mulheres de alto
risco para complicações
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Tratamento das
complicaçoes
Prevenção de
incapacidades
Abordagem Fisioterapeutica
Anke Bergmann
[email protected]
Fisioterapia na atenção a mulher com câncer de mama
Quando iniciar o
acompanhamento
fisioterapêutico?
Anke Bergmann
[email protected]
Prevalência de sintomas no braço ao
diagnóstico do câncer de mama
Anke Bergmann
[email protected]
Prevalência de sintomas no braço ao
diagnóstico do câncer de mama
Overall Survival - Shoulder Restriction
1,2
1,0
,8
,6
Shoulder Restriction
Cum Survival
,4
No
,2
No-censored
0,0
Yes
-,2
Yes-censored
0
10
20
30
40
Survival ( Months)
Overall Survival and Lymphedema
1,1
1,0
,9
,8
,7
Overall Survival - AWS
Lymphedema
,6
Cum Survival
1,2
1,0
,8
yes
,5
yes-censored
,4
no
,3
no-censored
0
,6
20
30
40
Survival (Months)
AWS
,4
Cum Survival
10
Yes
,2
Yes-censored
0,0
No
-,2
No-censored
0
10
20
30
Survival (Months)
40
Anke Bergmann
[email protected]
O que a fisioterapia pode fazer antes do tratamento
oncológico?
•
•
•
•
•
Avaliação e identificação dos riscos para complicações
Planejamento fisioterapêutico
Tratamento das alterações fisico e funcionais presentes
Orientações domiciliares
Iniciar atividade física de baixo impacto
Anke Bergmann
[email protected]
Fisioterapia na atenção a mulher com câncer de mama
E após a cirurgia,
como iniciar a
fisioterapia?
Anke Bergmann
[email protected]
O movimento tardio do braço diminui seroma, mas aumenta o risco
de outras complicações?
Anke Bergmann
[email protected]
Fisioterapia no pós-operatório imediato
Movimentação precoce e completa
PIORA
MELHORA
Anke Bergmann
[email protected]
Mobilidade de membro superior e risco de complicações cicatriciais após à
linfadenectomia axilar no tratamento para câncer de mama.
Edílson Castro, Érica Alves Nogueira, Maria Justina Ribeiro, Karine Dias, Luciana Farias, Marcelo Tenreiro, Maria da Penha
Pacheco, Cristiane Monteiro, Anke Bergmann
169
Linfadectomia
10 Limitado
86 limitado
Protocolo de aprovação CEP/INCA: 011/07
Exclusões
07 livre
66 livre
Financiamento: CNPQ, MS
Anke Bergmann
[email protected]
RESULTADOS
Medidas de Associação
 A amplitude de movimento NÃO influenciou a ocorrência de:
 Edema precoce
 Escápula alada
 Dor (30 dias)
 Síndrome da rede axilar
 Seroma
 Infecção cicatricial
 Amplitude de movimento
O movimento limitado a 90o diminuiu:
 Necrose
(RR=0,67 IC 95% 0,51-0,88)
Anke Bergmann
[email protected]
O que a fisioterapia pode fazer no pós-operatório
imediato?
 ADM limitado a 90o até a retirada dos pontos e dreno
 Adaptação de malhas compressivas
 Tratamento sintomatológico
Cuidados com o membro superior
Anke Bergmann
[email protected]
Fisioterapia na atenção a mulher com câncer de mama
O que a fisioterapia pode fazer
na prevenção e tratamento das
complicações pós-operatórias?
Anke Bergmann
[email protected]
Síndromes dolorosas
Anke Bergmann
[email protected]
Escapula Alada (Lesão do Nervo Torácico Longo)
Percentual de alteração proporcional do RMS entre o pré e pós-operatório dos
diferentes músculos avaliados
400
300
68
80
38
200
67
27
82
18
44
59
21
47
12
60
78
13
100
0
-100
-200
N =
86
Deltóide

Incidência INCA
Neuropraxia: 66%
Neurotmese: 16%
86
86
Serrátil
Trapézio
O que a fisioterapia pode
fazer na prevenção e
tratamento das
complicações pósoperatórias?
 Acesso a atenção fisioterapêutica em
todas as fases;
 Prevenção, diagnóstico precoce e
tratamento resolutivo
 Uso de recursos fisioterapêuticos com
bom senso
 Orientações domiciliares (AutoCuidado)
 Qualificação da equipe de saúde
Anke Bergmann
[email protected]
Fisioterapia no Câncer de Mama: Quais as
EVIDÊNCIAS e as recomendações atuais no pré e no pós-operatório
imediato e tardio?
Anke Bergmann
[email protected]
Modelo Prospectivo de Acompanhamento Fisioterapêutico para Mulheres
com Câncer de Mama
Anke Bergmann
[email protected]
Modelo Prospectivo de Acompanhamento
Fisioterapêutico para Mulheres com Câncer de
Mama
• Definição:
– Abordagem pro-ativa de avaliação periódica dos pacientes, antes e depois
do tratamento oncológico, mesmo na ausência de incapacidades.
• Objetivos:
– Promover a observação (vigilância) das incapacidades físicas e funcionais
associadas ao tratamento do câncer de mama;
– Promover a educação para a redução do risco ou prevenção de efeitos
adversos e facilitar a identificação precoce de incapacidades fisias e
limitações funcionais;
– Introduzir a reabilitação e as intervenções fisioterapeuticas quando a
incapacidade for detectada;
– Promover e introduzir atividade física, exercícios a atitudes saudáveis
durante todo o seguimento
Anke Bergmann
[email protected]
Modelo Prospectivo de Cuidado Fisioterapêutico no Câncer de Mama
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF/OMS)
CONDIÇÃO DE SAÚDE
Câncer de mama + Efeitos do Tratamento
Função e Estrutura Corporal
(Deficiência)
Diminuição da mobilidade MS
Aumento da dor
Diminuição da capacidade
cardiorrespiratória
Diminuição da força muscular
Atividades (Limitação)
Participação (Restrição)
Diminuição da capacidade de
levantar e carregar objetos
Diminuição da capacidade de
trabalho e atividades de laser
Diminuição da capacidade de
alcance
Dificuldade nas relações
interpessoais
Diminuição da capacidade de
auto-cuidado
FATORES AMBIENTAIS
Atitudes da Sociedade
Acesso aos serviços
FATORES PESSOAIS
Idade
Estilo de Vida
História Social
Educação
Trabalho/Ocupação
Anke Bergmann
[email protected]
Fonte: Campbell et al. A prospetive model of care for breast cancer rehabilitation: Function. Cancer 2012;
118 (Suppl 8): 2300-11
Modelo Prospectivo de Acompanhamento
Fisioterapêutico para Mulheres com Câncer de Mama
PRÉ OPERATÓRIO: AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO
AVALIAÇÃO DE MEDIDAS RELEVANTES (BASELINE)
PO IMEDIATO: REAVALIAÇÃO E PROGRAMA DE EXERCÍCIOS
REAVALIAÇÃO (CONSIDERAR AS CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO E
COMPORTAMENTAIS)
SEGUIMENTO (VIGILÂNCIA)
REAVALIAÇÃO (IDENTIFICAR ALTERAÇÕES)
INSERIR NOVAS AVALIAÇÕES DE ACORDO COM 0 TRATAMENTO ADJUVANTE
Anke Bergmann
[email protected]
PRÉ OPERATÓRIO: AVALIAÇÃO
E EDUCAÇÃO
AVALIAÇÃO DE MEDIDAS RELEVANTES
(BASELINE)
PO IMEDIATO: REAVALIAÇÃO E
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS
REAVALIAÇÃO (CONSIDERAR AS
CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO E
COMPORTAMENTAIS)
IDENTIFICAÇÃO E ABORDAGEM DAS INCAPACIDADES
MMSS e Tronco
- ADM
- Volume
- Limitação nas atividades
- Restrição performance
Dor
Fatiga
Função
Peso
PROMOÇÃO DE ATITUDES E
HÁBITOS SAUDÁVEIS DE VIDA
-
Nível de atividade e função
Fornecer programa de exercícios PO
Educação quanto aos cuidados PO
Identificação de comorbidades e seu
possível impacto na função e como
risco de incapacidades
- Avaliar estratégias de controle do peso
corporal
SEGUIMENTO (VIGILÂNCIA)
REAVALIAÇÃO (IDENTIFICAR
ALTERAÇÕES)
INSERIR NOVAS AVALIAÇÕES DE ACORDO
COM 0 TRATAMENTO ADJUVANTE
IDENTIFICAÇÃO E ABORDAGEM
DAS INCAPACIDADES
MMSS e Tronco
- ADM
- Volume
- Limitação nas atividades
- Restrição performance
Dor
Fatiga
Função
Peso
Neuropatia
Artralgia e status ósseo
Cardiovascular e pulmonar
PROMOÇÃO DE ATITUDES E HÁBITOS SAUDÁVEIS DE VIDA
- Nível de atividade e função
- Educação para prevenção e detecção precoce de complicações comuns do
tratamento
- Manutenção dos hábitos saudáveis de vida
- Exercicios
 Considerar as limitações funcionais
 Prescrição individual
 Encaminhar para programas específicos se necessário
PRÉ OPERATÓRIO: AVALIAÇÃO
E EDUCAÇÃO
AVALIAÇÃO DE MEDIDAS RELEVANTES
(BASELINE)
PO IMEDIATO: REAVALIAÇÃO E
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS
REAVALIAÇÃO (CONSIDERAR AS
CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO E
COMPORTAMENTAIS)
SEGUIMENTO (VIGILÂNCIA)
REAVALIAÇÃO (IDENTIFICAR
ALTERAÇÕES)
INSERIR NOVAS AVALIAÇÕES DE ACORDO
COM 0 TRATAMENTO ADJUVANTE
Tratamento fisioterapêutico para diminuir sintomas, minimizar riscos e
tratar as complicações
Drenagem Linfática Manual
Cinesioterapia
Mobilização Escapular
Eletroterapia (TENS)
Dessensibilização
Terapia Compressiva
Taping
Reeducação postural
Acupuntura
Entre outros recursos...
Anke Bergmann
[email protected]
Modelo Prospectivo de Acompanhamento Fisioterapêutico para Mulheres
com Câncer de Mama
Quem incluir no acompanhamento?
Por quanto tempo acompanhar?
Qual o custo-efetividade do
acompanhamento?
Como implantar a CIF na prática clínica?
Qual o impacto desse modelo na redução
do risco de complicações e na qualidade de
vida?
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Anke Bergmann
[email protected]
Quem incluir no acompanhamento?
Anke Bergmann
[email protected]
Quem incluir no acompanhamento?
• Todas... Até que se prove o contrário?!
• Identificar grupos de risco?
Anke Bergmann
[email protected]
PREVENÇÃO PRIMÁRIA DO LINFEDEMA
Modelo Preditor de Risco de Linfedema
http://www.lymphedemarisk.com/
Anke Bergmann
[email protected]
PREVENÇÃO PRIMÁRIA DO LINFEDEMA
Modelo Preditor de Risco de Linfedema
http://www.lymphedemarisk.com/
Anke Bergmann
[email protected]
Onde implantar o acompanhamento?
– Clinica Privada x Pública?
– Na baixa, média ou na alta complexidade?
Anke Bergmann
[email protected]
Por quanto tempo?
Anke Bergmann
[email protected]
INCIDÊNCIA DE LINFEDEMA (n=1054)
Seguimento - 5 anos
30%
26%
23%
15%
4%
Anke Bergmann
[email protected]
INCIDÊNCIA DE LINFEDEMA (n=1054)
Seguimento - 10 anos (no prelo)
Incidência de linfedema
após 10 anos de seguimento
47,10%
Anke Bergmann
[email protected]
Como utilizar a CIF?
•
•
•
•
•
Qual instrumento utilizar?
Qual definição adotar em cada situação clínica?
Em que momento aferir?
Como interpretar os resultados?
Como implementar a CIF na prática clínica?
Anke Bergmann
[email protected]
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 29(6):1083-1093, jun, 2013
Anke Bergmann
[email protected]
Anke Bergmann
[email protected]
CIF – Câncer de mama
Anke Bergmann
[email protected]
Anke Bergmann
[email protected]
Anke Bergmann
[email protected]
Anke Bergmann
[email protected]
Como utilizar a CIF?
• Desenvolver instrumentos viáveis a serem
utilizados na prática clínica para classificação
pela CIF, sem perder seu referencial teórico.
Anke Bergmann
[email protected]
Quais orientações “preventivas”?
Anke Bergmann
[email protected]
Contra-indicação
relativa de recursos
eletrotermoterápicos
Evite carregar peso e
fazer movimentos
rápidos e repetidos
com o membro
Evitar apertar
o braço
afetado
Usar luvas de
proteção durante
atividades do lar
Evitar
traumatismos
cutâneos
Cuidados com a
pele (higiene,
•
hidratação,
micoses)
Cuidados com
o membro
Usar malhas de
compressão
durante vôos de
avião
Não usar saunas
ou banheiras
quentes
Qual o impacto destas orientações nas atividades de vida diária desta mulher?
Esses cuidados são realmente necessários?
O quanto eles previnem complicações?
Anke Bergmann
[email protected]
Fato
Manter o peso
corporal adequado
Ficção
Provável
ficção
Evitar extremos de
temperatura
Evitar viagens
aéreas; Usar malhas
de compressão
durante as viagens
Utilizar protetor
solar
Evitar aferir a
pressão arterial no
membro afetado
A ser
definido
Evitar
procedimentos
invasivos no
membro
Evitar exercícios
vigorosos
Anke Bergmann
[email protected]
O quanto previne ou melhora a
qualidade de vida?
Algum impacto no prognóstico?
Anke Bergmann
[email protected]
Atividade Física
Fadiga
Depressão
QV
Anke Bergmann
[email protected]
Anke Bergmann
[email protected]
Conclusão
A fisioterapia pode favorecer melhora do prognóstico em
pacientes com câncer de mama, quando iniciada
precocemente.
É necessário priorizar a busca de evidência científica das
condutas fisioterapêuticas.
Anke Bergmann
[email protected]
OBRIGADA!
[email protected]
Anke Bergmann
[email protected]
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