REFLEXOS DO NEOLIBERALISMO NA CONFORMAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL Albiane Oliveira Gomes 1 Resumo: O presente artigo aborda os reflexos do neoliberalismo na conformação das políticas educacionais no Brasil, com destaque para a última década do século XX. Faz-se um breve histórico da ideologia neoliberal, elencando-se seus impactos para as políticas públicas de corte social, particularmente a educação, que tem recebido atenção especial dos organismos internacionais, face à reconfiguração do mercado global que exige um novo perfil de trabalhador. Palavras-chave: Neoliberalismo, educação, políticas educacionais. Abstract: This article discusses the impact of neoliberalism in shaping education policies in Brazil, and in the last decade of the twentieth century. It is a brief history of the neoliberal ideology, is listing its impact on public policies of cutting social, particularly education, has received special attention from international bodies, in the reconfiguration of the global market requires a new employee profile. Key words: Neoliberalism, education, educational policy. 1 Mestranda. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 1 INTRODUÇÃO A partir da década de 1980, as políticas implementadas pelo modelo de desenvolvimento econômico contemporâneo conhecido por neoliberalismo têm provocado o acirramento da exclusão social e dos níveis de pobreza e desemprego em escala mundial. A bússola das políticas neoliberais tem apontado para a adoção de medidas que põem a política social na contramão das prioridades advogadas pela ideologia dominante. Nesta direção, a postura adotada pelo Estado é de desresponsabilização pela coisa pública, direcionando para o campo do privado, do chamado espaço “público não-estatal” as responsabilidades com a área social. Como resultado desse redirecionamento do Estado, o que se vê é o 2 desmonte das conquistas sociais efetivadas durante os “anos de ouro” do capital, no qual o Estado Intervencionista, característico do pós-Segunda Guerra Mundial, promoveu um acelerado desenvolvimento nas nações centrais ao atrelar ganhos do capital com investimento na força de trabalho, consubstanciado por avanços expressivos dos direitos fundamentais de cidadania. Nesse contexto, o status de cidadania ampliado na primeira metade do século XX com a inclusão dos direitos sociais possibilitou ao Estado promover padrões elevados e mínimos de bem-estar nas sociedades de capitalismo avançado e periférico, respectivamente. No bojo dos direitos sociais de cidadania, a educação, primeiro direito social reconhecido pelo Estado sempre desempenhou papel relevante na expansão do capitalismo, apresentando na atual conjuntura econômica importância ainda mais acentuada, e por isso merecendo olhares auspiciosos dos agentes responsáveis pela propagação da ideologia hegemônica. 2 A reestruturação político-econômica imposta pelo ideário neoliberal aos países capitalistas desenvolvidos não impactou necessariamente no desmonte das conquistas sociais efetivadas, principalmente naqueles países que adotaram o regime social-democrata, a exemplo da Suécia, Dinamarca e Escandinávia, tendo ocasionado somente um redirecionamento das formas de provisão e acesso dos benefícios. Fato este, porém, que não vem acontecendo com os países de capitalismo periférico, a exemplo do Brasil, no qual as novas diretrizes econômicas resultaram num cenário de “desmanche e de fracasso do projeto do desenvolvimento da periferia. Ruptura com as esperanças do desenvolvimento, destruição de lugares sociais a partir dos quais se teciam projetos de mobilidade e transformação de posições de grupos e classes” (OLIVEIRA, 2006). Para os organismos multilaterais, a exemplo do Banco Mundial (Bird) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), a educação é vista como mola propulsora do desenvolvimento das nações e peça-chave no processo de inclusão social e erradicação da pobreza nos países em desenvolvimento. Particularmente no Brasil, a educação ainda é um direito social em processo de construção, visto que grande parte da população em plena “era do conhecimento” se encontra desprovida do seu acesso. E, mesmo considerando a expressiva ampliação do aceso à educação básica, é ainda alarmante as estatísticas de exclusão educacional. Pode-se citar, por exemplo, o elevado número de pessoas analfabetas, destituídas das ferramentas precípuas para o exercício da cidadania. Nesse sentido, o presente artigo visa suscitar a discussão sobre os reflexos da concepção neoliberal na conformação das políticas educacionais no Brasil, mormente das políticas implementadas na última década do século XX. Para tanto, faz-se uma breve incursão pela ideologia neoliberal, refletindo, sem a pretensão de exaurir a temática, sobre seus reflexos na sociedade brasileira e principalmente na conformação das políticas educacionais. 2 A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO NEOLIBERAL: os reflexos na conformação das políticas educacionais no Brasil A educação como prática social é um fenômeno historicamente situado e em constante transformação, com uma função social própria em cada momento histórico. Com o alvorecer do capitalismo se tornou mais significativa para a sociedade, passando a desempenhar o papel precípuo de preparar mão-de-obra para o labor fabril e imprescindível para expansão do mercado capitalista. As políticas educacionais implementadas pelo Estado ao longo do desenvolvimento do capitalismo na sociedade brasileira focalizaram primordialmente a demanda do mercado, secundarizando e por vezes desconsiderando a dimensão humana nessa formação. Essa forma de encarar as políticas educacionais somente tem contribuído para fomentar a elevação dos níveis de desigualdades socioeconômicas da população. Antes de se adentrar no mote principal desta análise, qual seja, os reflexos da concepção neoliberal na conformação das políticas educacionais brasileira, tecem-se algumas considerações sobre a trajetória do neoliberalismo em âmbito mundial. Nesse sentido, pode-se pontuar que a doutrina neoliberal emergiu no pósSegunda Guerra Mundial como uma reação teórica ao Estado Intervencionista de inspiração keynesiano/beveridgiano3, tendo como principais expoentes Friedricn Hayeck e Milton Friedman. Em virtude do forte crescimento imposto pela economia regulada nos anos áureos do capitalismo (1945-1975), a ideologia neoliberal ficara adormecida, vindo a ressurgir com todo ímpeto em meados da década de 1970. Durante os anos de 1980 tal ideologia se tornou hegemônica, difundindo-se por vários países da Europa, Estados Unidos e América Latina4. Para demarcar sua evolução, pode-se afirmar que as idéias neoliberais começaram a ganhar força após a crise do petróleo em 1973 e dos desequilíbrios do sistema monetário internacional causados pelo rompimento com o padrão ouro 5. Estes acontecimentos desencadearam fortes desajustes e elevação da inflação nas economias centrais capitalistas, estendendo-se a todo o globo com conseqüências financeiras e sociais devastadoras às nações terceiro-mundistas. Para Morrow e Torres (2004, p. 40) o agravamento das desigualdades advindas das políticas neoliberais é tão exacerbado que hoje se fala no surgimento de um novo mundo: o Quarto Mundo, “[...] formado por inúmeros buracos negros de exclusão social espalhados pelo planeta, [...] postulado por milhões de pessoas 3 Propunha a intervenção do Estado na economia para assegurar altos níveis de atividade econômica mediante investimento público, trabalho intensivo, consumo e pleno emprego, calcado numa política social incondicional em que o status de cidadania era prerrogativa de todos. 4 O primeiro experimento neoliberal ocorreu na América Latina, no Chile, em 1973, no governo de Augusto Pinochet. Em 1979, com Margareth Thatcher, na Inglaterra, em 1980, com Ronald Reagen, nos Estados Unidos e em 1982 com Helmut Kohl, na Alemanha, o neoliberal tornou-se hegemônico. 5 O padrão ouro foi estabelecido no pós-Segunda Guerra Mundial durante a Conferência de Bretoon Woods, com a adoção do dólar como moeda internacional, permitindo aos países trocar seus dólares excedentes por barras de ouro junto ao Tesouro dos Estados Unidos (ALMEIDA, 2005). sem-teto, encarceradas, prostitutas, discriminadas, marginalizadas, doentes e analfabetas”. A influência do neoliberalismo na atualidade se dá em escala mundial e representa “um corpo de doutrina coerente, autoconsciente, militante, lucidamente decidido a transformar todo o mundo à sua imagem, em sua ambição estrutural e sua extensão internacional” (ANDERSON, 1995, p. 22). A ideologia neoliberal advoga uma intervenção mais branda ou seletiva do Estado e uma maior participação do mercado e dos setores não-governamentais na tomada de decisão e na execução da política social. Com efeito, o delineamento das políticas sociais em tempos neoliberais converge no trinômio: privatização, descentralização e focalização. Com a privatização se desloca a produção de bens e serviços públicos para o setor privado não-lucrativo, composto pelas novas organizações sociais, a exemplo das ONGs. Com a descentralização se aumentaria a eficiência e a eficácia do gasto com as políticas sociais, uma vez que aproximaria os problemas de sua gestão e com a focalização se direcionaria o gasto social a programas e a públicos-alvos específicos, selecionados pela sua maior necessidade e urgência. Percebe-se, entretanto, que a adoção desse trinômio somente tem contribuído para desobrigar o Estado de garantir os direitos sociais de cidadania, o que tem fomentado a elevação das desigualdades socioeconômicas e o acirramento entre os “incluídos” e os “excluídos” do acesso aos bens e serviços produzidos pela atividade humana e acentuando o fosso entre a classe da opulência e a classe da carência. Corroborando Atílio Baron (1994, p. 104) destaca que a aplicação das políticas neoliberais acentuou as desigualdades de todo tipo – classe, etnia, gênero, religião, etc – provocando dentre outros o desemprego maciço, o enfraquecimento do Estado, a pobreza extrema, o crescimento da criminalidade, a exclusão e a debilidade da integração social. No tocante à realidade brasileira, foi somente a partir da década de 1990 que o país começou a adotar as diretrizes do novo padrão econômico mundial, tardiamente6 em relação às nações centrais e a alguns países da América Latina (a exemplo do Chile, Colômbia e Argentina). O neoliberalismo no Brasil começou a ser implementado na gestão de Collor de Melo, efetivado com o Plano Real no governo de Itamar Franco (19931994) e priorizado nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998/19992002). Já o Governo Lula, calcado no discurso de “inverter a direção da história”, tem praticado em alguns aspectos uma política neoliberal mais humanizada ao implementar vários programas sociais, a exemplo dos programas de Transferência de Renda (Bolsa-Família). Conforme assevera Silva e Silva et al (2004, p. 25), as políticas adotadas para a inserção do Brasil na competitividade da economia global resultaram, contudo, num “evidente descaso em relação à integração da população brasileira, [...] um Estado submetido à lógica do mercado, dificultando o processo da luta social por conquistas que possam elevar o padrão de vida da população”. As diretrizes adotadas para inserção do país nessa nova (des)ordem político-econômica estão pautadas no documento intitulado Consenso de Washington7, no qual está explicito a cartilha neoliberal para os países do Terceiro Mundo. O governo de FHC a adotou para implementar as reformas educacionais na década de 1990, sob a orientação dos organismos financeiros internacionais. O neoliberalismo não tem se mostrado simpático à promoção e possível ampliação dos direitos sociais de cidadania. Suas políticas, pelo contrário, são antidemocráticas, tratando as reivindicações populares como “casos de polícia”, o 6 Uma explicação para tal “retardamento” está no fato de que na década de 1980 o país vivia o processo da redemocratização, com a emergência dos novos movimentos sociais e da sociedade civil organizada que clamava pelos direitos sociais silenciados durante o período militar. 7 Neste documento está descrito o receituário da ideologia neoliberal, orquestrado pelos organismos financeiros internacionais (FMI, Banco Mundial e BID) e por tecnocratas do governo norte-americano, quando reunidos em novembro de 1989, na capital dos Estados Unidos, Washington (BATISTA, 1994). que corroem o estatuto de cidadania e reforçaram a exclusão social (MACHADO, 2006; ALMEIDA, 1997). Assim, o panorama brasileiro após a adoção das medidas liberalizantes é de reforma do Estado e de obstaculização das conquistas sociais efetivadas pela Constituição de 1988, com sérios impactos para as políticas públicas de corte social, particularmente a educação. Istvan Meszáros em sua obra “A educação para além do capital”, afirma que a educação no contexto neoliberal se tornou uma peça do processo de acumulação e do estabelecimento de um consenso que torna possível a reprodução do injusto sistema de classes. Em vez de instrumento de emancipação humana, ou como defendia Florestan Fernandes “instrumento de intervenção social e de desenvolvimento social”, a educação na perspectiva neoliberal apresenta-se como mecanismo de perpetuação e reprodução do status quo. A orientação neoliberal para o campo educacional evidencia um discurso de crise e de fracasso da escola pública, decorrentes da suposta incapacidade administrativa do Estado de gerir o bem comum. Calcado na idéia da ineficiência do público, argumento maior da ideologia neoliberal para a minimização das funções estatais, o Estado tem paulatinamente se desobrigado de oferecer educação pública, transferindo-a para a iniciativa privada, que regida pela lei do mercado, seria mais eficiente. Nesse contexto, a agenda neoliberal para a educação enfatiza o ensino privado, a legitimação da escola dualista com um ensino diferenciado para a classe subalterna e para a elite intelectual, destacando-se a formação de mão-de-obra qualificada para o atendimento das demandas impostas pelo mercado globalizado. Para atender a essa nova demanda da sociedade, a educação apóia-se em conceitos como modernização, diversificação, flexibilidade, competitividade, integração, autonomia, descentralização e equidade, recomendações divulgadas pelos organismos internacionais (a exemplo do Bando Mundial e UNESCO) disseminadores do ideário neoliberal às nações subdesenvolvidas. Nesse contexto, a educação básica, mormente a educação fundamental, ganhou destaque no âmbito das políticas educacionais efetivadas na década de 1990. A implementação do FUNDEF (hoje substituído pelo FUNDEB) expressou a ênfase dada a essa etapa da educação, além de representar a efetivação da política de descentralização da gestão e do financiamento nas políticas educacionais. Por outro lado, as iniciativas voltadas à educação infantil, a educação de jovens e adultos, educação de nível médio e superior foram pífias, reduzindo-se a ações paliativas, concernentes aos ditames do mercado. Segundo Frigotto e Ciavatta (2003), as políticas educacionais praticadas na última década do século 20 no Brasil estão caracterizadas por uma subordinação ativa e consentida à lógica do mercado, culminando em “políticas pobres para os pobres” propiciadoras do desfacelamento da educação pública em todos os seus níveis. O Brasil adentrou o século 21 com significativos índices de pobreza, resultantes da intensa desigualdade na distribuição de renda e nas oportunidades de inclusão socioeconômica, cristalizado por um padrão educacional excludente e seletivo que nega o direito à escolarização básica de qualidade a grande parte da população. Nesse contexto, a conformação das políticas educacionais brasileiras, calcadas na ideologia neoliberal, convergem no trinômio que norteia todas as políticas públicas de corte social nos tempos transfere para recentes: privatização, descentralização e focalização. Com a privatização se a iniciativa privada a responsabilidade pela oferta de um ensino de qualidade à população; a descentralização, com o regime de colaboração entre os entes federados, descentraliza-se a gestão e o financiamento das políticas educacionais, com destaque para a municipalização do ensino fundamental e, com a focalização se direciona a oferta de educação para atender a classe menos favorecida. Destarte, mesmo considerando a significativa democratização do ensino público alcançada na última década do século XX, ainda falta muito para sua universalização, sem se falar nos degraus a serem percorridos no que tange a qualidade do ensino público brasileiro, demandatário de políticas mais eficazes e de um olhar mais acurado por parte do poder público, que historicamente lhe tem negado a devida importância para o desenvolvimento da nação. 3 NOTAS CONCLUSIVAS A política educacional brasileira apresenta uma trajetória permeada por lutas, conquistas, avanços e retrocessos, forjada em meio a conjunturas econômicas, políticas e sociais tecidas num contexto de populismo, ditaduras e democracias. Mediante os meandros em que se processou a formação da sociedade brasileira, desde a colonização até os tempos recentes, as políticas educacionais sempre careceram de um olhar mais atento do poder público. Sua trajetória demonstra que suas ações foram fragmentadas e pontuais, pouco eficazes na oferta de um ensino emancipatório. Sempre a serviço dos ditames do capital, o papel precípuo da educação escolar tem sido formar mão-de-obra para o desenvolvimento do capitalismo, passando ao largo no compromisso de atuar como instrumento de emancipação e desenvolvimento político e social da nação. Com a nova rolpagem do capitalismo – o neoliberalismo – tal subordinação torna-se mais evidenciada, as políticas educacionais se pautam em diretrizes que legitimam a educação como mecanismo de reprodução do status quo. Isto por sua vez tem colaborado para fortalecer as nações ricas e submeter os países pobres à dependência, como consumidores. Nesse contexto, as políticas educacionais somente têm ajudado a reproduzir e aprofundar as desigualdades socioeconômicas que assolam a sociedade brasileira desde as origens de sua histórica, perpetuando um sistema educacional excludente e antidemocrático. 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