Rev Panam Infectol 2007;9(4):30-35 ARTÍCULO ORIGINAL/ARTIGO ORIGINAL Perfil de pacientes com tuberculose internados em hospital especializado no Brasil Profile of tuberculosis patients hospitalized at a specialized treatment center in Brazil Juliano de Souza Caliari1 Rosely Moralez de Figueiredo2 Enfermeiro Graduado pela Universidade Federal de São Carlos, SP, Brasil. 2 Professora Doutor Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos, SP, Brasil. 1 Trabalho realizado no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos, SP, Brasil. Rev Panam Infectol 2007;9(4):30-35 Conflicto de intereses: ninguno Financiamento: Projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp, por meio de bolsa de iniciação científica. Recibido en 4/6/2007. Aceptado para publicación en 1/10/2007. 30 Resumo Trata-se de um estudo descritivo que tem por objetivo analisar características epidemiológicas e clínicas dos pacientes com tuberculose (TB) em internação prolongada em um hospital especializado, localizado no interior do Estado de São Paulo - Brasil. Foram analisados 722 prontuários de pacientes internados no período de 2000 a 2005 e as informações armazenadas em banco de dados informatizado (EPINFO). Trata-se de uma população na sua maioria masculina, a média de idade de 42 anos, com ocupações não especializadas e provenientes de diversas regiões do Estado. A forma pulmonar representa 99,2% dos casos e o diagnóstico em 85% dos casos foi realizado por baciloscopia/cultura de escarro e RX. Apenas 3,2% dos casos pulmonares foram classificados como multirresistentes e 37,8% dos pacientes possuíam tratamento anterior. O alcoolismo foi apontado como co-morbidade em 64,8% dos pacientes e o principal motivo que levou à internação foi a intolerância medicamentosa em 27,4% dos pacientes, seguido por causas sociais em 23,4% e falta de adesão ao tratamento em 22,7%. A média de permanência na instituição foi de 141 dias. Conclui-se que essa população apresenta, em sua grande maioria, as formas, os meios de diagnóstico e os tipos de tratamentos clássicos de TB, além dos motivos para uma internação, reconhecidos na literatura, como fortes indicadores para a hospitalização. Sugere-se que medidas que facilitem o acesso e a permanência do paciente na rede básica de atenção à tuberculose sejam ampliadas. Palavras-chave: Tuberculose, adesão, hospitais especializados. Abstract This study, of a descriptive nature, presents the analysis of epidemiologic and clinic characteristics of tuberculosis (TB) patients hospitalized for long periods at a specialized treatment center located in São Paulo State, Brazil. Seven hundred and seventy-two patients’ records, from 2000 to 2005, and additional information from a computer data bank were analyzed. The population under investigation was mostly male, 42 years of age on average, with Caliari JS, et al • Perfil de pacientes com tuberculose internados... non-specialized jobs, and from several regions of the state. The pulmonary TB variety represented 99.2% of the cases. Eighty-five percent of the cases were diagnosed through bacilloscopy/sputum culture and XR. Only 3.2% of the pulmonary cases had been classified as multidrug resistant, and 37.8% of the patients had had previous treatment. Alcoholism was indicated as a co-morbidity factor for 64.4% of the patients, whereas drug intolerance had been the main hospitalization reason for 27.7% of the patients. This was followed by social causes (23.4%) and non-adherence to treatment (22.7%). The average hospitalization length at the institution was 141 days. To conclude, the majority of this population had the classical types of treatment, diagnostic means and TB varieties – as well as the hospitalization reasons indicated by the literature – as strong indicators for hospitalization. The results of this work suggest that measures leading to expanded access and permanence at primary TB treatment centers should be enhanced. Key words: Tuberculosis, adherence, specialized hospitals. Introdução A tuberculose (TB), apesar de potencialmente curável desde 1950, nunca deixou de ser um grave problema de saúde pública.(1) Atualmente, cerca de oito milhões de pessoas contraem TB no mundo a cada ano e três milhões morrem em decorrência dela.(2) No Brasil, estima-se que ocorram 129.000 casos novos de TB por ano, sendo que são notificados aproximadamente 90.000 casos novos de TB.(3) É o décimo país do mundo em número de casos novos e com mais de 5.000 mortes anuais. Destes casos, 49% encontram-se na Região Sudeste e o Estado de São Paulo possui o maior número absoluto dos casos do país, apresentando na última década uma incidência de 17.000 casos novos por ano.(4) A Organização Mundial da Saúde assinala como principais causas para a gravidade da situação atual da TB no mundo: a desigualdade social, o advento da Aids, o envelhecimento da população e os grandes movimentos migratórios.(5,6) A não-aderência ao tratamento é outro fator que contribui para acentuar a gravidade da situação, sendo considerada o maior obstáculo para o controle e eliminação da doença, tanto para o tratamento de pacientes individuais, como no desenvolvimento de cepas de bacilos resistentes.(7-11) O tratamento para TB deve ser feito em regime ambulatorial, na unidade de saúde mais próxima à residência do doente.(12) O esquema terapêutico preconizado varia em decorrência da forma de tuberculose, tratamento anterior, co-infecção, gravidade, entre Anexo 1 – Instrumento para coleta de dados 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. Idade:________anos Sexo: mas fem Forma de tb: pulmonar miliar neurológica ganglionar disseminada outras ________________________ Data 1o diagnóstico ___/ ___/ ____ Data 1o tratamento ___/ ___/ ____ Procedência: ________________________________ Ocupação: __________________________________ Encaminhado de: UBS PSF hospital outros ___________________________________ Diagnóstico laboratorial: Material: escarro lavado gástrico lavado brônquico LCR Outro ______________________________ baciloscopia cultura biópsia/material _________ Tratamento atual: Esquema I ou II Esquema IR Esquema de Falência: Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol Estreptomicina Etionamida Outras:_____________________________________ Tratamento anterior: Esquema I ou II Esquema IR Esquema de falência: Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol Estreptomicina Etionamida Outras:_____________________________________ Número de tratamentos iniciados: _________________ Padrão de sensibilidade (S = sensível; R = resistente) Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol Estreptomicina Etionamida Outras:_____________________________________ Teste de sensibilidade prejudicado Motivo internação: _____________________________ Outras patologias associadas: aids hepatite ____ diabetes alcoolismo outras ___________________________________ Tempo de internação:______________dias Tipo de alta: cura óbito a pedido fuga transferência erro outros. São classificados, portanto, em: Esquema I (isoniazida + rifampicina + pirazinamida) indicado para pacientes sem tratamento anterior; Esquema IR (esquema I acrescido de etambutol) para recidiva após cura ou retorno após abandono do Esquema I; Esquema II (esquema I estendido para nove meses de tratamento) para neurotuberculose; e Esquema III (estreptomicina + etionamida + pirazinamida + etambutol) para pacientes com falência ao tratamento inicial.(12) A hospitalização é indicada somente para os casos graves ou naqueles em que a probabilidade de aban- 31 Rev Panam Infectol 2007;9(4):30-35 dono do tratamento, em virtude de condições sociais do doente, é alta.(3,12,13) Este estudo tem como objetivo a caracterização clínica e epidemiológica dos pacientes internados em um centro especializado no tratamento da TB. foram organizados em banco de dados informatizado (EPINFO - versão 3.3.2). O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UFSCar (parecer nº 126/2005). Materiais e métodos O trabalho foi realizado em um dos hospitais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (Hospital Estadual Nestor Goulart Reis - Américo Brasiliense – SP) destinado a internações prolongadas de pacientes com tuberculose. Originalmente esse hospital possuía capacidade para 700 internações, sendo que hoje possui apenas cerca de 70 leitos ativos. Atende, de forma referenciada, pacientes com diagnóstico confirmado de Aids, tuberculose ou ambos, que necessitem de internação prolongada em decorrência de falência de tratamentos anteriores, abandono, padrão de sensibilidade do microrganismo, questões sociais ou legais. Diferentemente dos hospitais para doentes agudos, nessa instituição em sua maior parte os pacientes permanecem hospitalizados durante todo o tratamento e não apenas até uma melhora clínica. Foram analisados todos os prontuários de pacientes que receberam alta hospitalar no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005, tendo tido como causa da internação tuberculose. A fonte de coleta de dados utilizada para o presente estudo foi composta pela seleção dos prontuários que possuíam as informações descritas no anexo 1. Para cada prontuário foi preenchida uma ficha (anexo 1) com informações relativas a sexo, idade, motivo da internação, tipo de TB, meio diagnóstico, co-morbidade, tratamento prévio, tipo de alta, tipo de encaminhamento e tempo de internação. Os dados Resultados Foram identificados 731 prontuários no período, sendo que destes nove foram excluídos por não possuírem informações sobre data do primeiro diagnóstico e tratamentos anteriores. Ausência de teste de sensibilidade bacteriana não foi utilizada como critério para exclusão do estudo, uma vez que o resultado do mesmo estava disponível em apenas 270 prontuários, ou seja, 37,4% da amostra utilizada. Dos 722 prontuários incluídos no estudo, 601 (83,2%) eram homens com média de idade de 42 e mediana de 41 anos, 53,8% exerciam atividades rurais e 36,5% atuavam na economia informal. Quanto à origem do encaminhamento para a internação, 36% vieram de hospitais gerais, 35,4% de serviços básicos de saúde, 26,7% de ambulatórios especializados e 1,9% do sistema prisional, prontoatendimento e consultórios particulares (tabela 1). Com relação ao número de tratamentos, 58,7% (424) estavam tratando tuberculose pela primeira vez, sendo que 40,4% (171) desses vieram de outros hospitais, 33,7% (143) de serviços de atenção básica de saúde e 25,9% (110) de ambulatórios especializados. Entre os outros 298 pacientes, 59,4% haviam iniciado dois tratamentos anteriores, 24,8%, três; 9,4%, quatro; 2,7%, cinco e 3,7% chegaram a iniciar seis vezes o tratamento da doença. Entre os pacientes que possuíam tratamento anterior, 57,9% estavam sendo tratados nessa internação Tabela 1. Co-morbidades dos pacientes internados segundo origem dos encaminhamentos. HNGR jan/2000 a dez/2005, Américo Brasiliense – SP, 2007 Origem dos encaminhamentos Co-morbidades Alcoolismo Unidades de atenção básica Hospitais Amb. Especialidades Outros Total N % N % N % N % N (%) 159 34,1 166 35,2 122 26,1 21 4,6 468 64,8 Paracoccidioidomicose 4 30,8 3 23,1 6 46,1 0 0 13 1,8 Insuf. Renal 10 58,8 4 23,5 2 11,9 1 5,8 17 2,3 Hepatite 13 42 10 32,3 7 22,5 1 3,2 31 4,3 Diabetes 11 35,5 13 42 6 19,3 1 3,2 31 4,3 Aids 8 31 10 38,4 6 23 2 7,6 26 3,6 Distúrbio Mental 10 40 7 28 7 28 1 4 25 3,5 Outros 35 31,4 43 38,6 22 20 11 10 111 15,4 32 Caliari JS, et al • Perfil de pacientes com tuberculose internados... Tabela 2. Tipo de alta hospitalar, segundo motivo de internação. HNGR jan/2000 a dez/2005, Américo Brasiliense – SP, 2007 Tipo da alta Motivo da Internação Erro a pedido Óbito Evadiu-se Transferência Cura Total N % N % N % N % N % N % N % Causas Sociais 3 1,8 4 2,4 7 4 19 11,3 57 33,8 79 46,7 169 23,9 Não-Adesão 2 1,2 3 1,9 3 1,9 30 18,2 75 45,8 51 31 164 22,7 Intoler. Medicamentos 1 0,5 3 1,5 23 11,6 29 14,6 89 45 53 26,7 198 27,4 Complicações Clínicas 2 1,8 1 0,9 36 32,7 8 7,2 15 16,6 48 43,6 110 15,2 Não mencionado -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 30 100 30 4,3 Outros 3 5,8 1 2 10 19,7 6 11,7 4 7,8 27 53 51 7 com o Esquema I; 23,4% com o Esquema IR e 18,7% com o Esquema III. Não foi possível obter informações sobre os motivos das interrupções dos tratamentos anteriores e nem da indicação dos esquemas terapêuticos utilizados nessa internação. Por sua vez, entre os 424 pacientes que estavam tratando TB pela primeira vez nessa internação, 90,9% utilizaram o Esquema I, 4,2% Esquema IR e os demais o Esquema III. Foram encontrados resultados de testes de sensibilidade bacteriana em apenas 270 prontuários, sendo que desses, 73,7% eram sensíveis. Quanto às formas de TB observou-se que 716 (99,2%) dos pacientes apresentavam TB pulmonar, um paciente TB renal, um TB ganglionar, um TB pleural e três pacientes TB miliar. Foram utilizados para diagnóstico a baciloscopia em 34% das vezes, o RX em 33% e a cultura também em 33% dos pacientes. Ao longo do tratamento o escarro foi o material utilizado para baciloscopias e culturas em 705 (97,6%) pacientes; lavado brônquico, lavado gástrico e biópsias em 2,4% dos casos. As co-morbidades associadas à TB identificadas nos prontuários foram o alcoolismo em 468 pacientes, seguido do diabetes em 34 e hepatite em 31 casos (tabela 1). A análise dos motivos de internação apontados mostrou que 27,4% dos pacientes foram internados por intolerância medicamentosa, 22,7% por não-adesão ao tratamento e 23,4% pelos chamados motivos sociais, como ausência de moradia ou renda fixa (tabela 2). O tempo de internação foi muito variado, sendo que 31,4% dos pacientes estiveram internados por até 100 dias, 47,6% por até 200 dias e 21% por mais de 400 dias. Houve pacientes que permaneceram no hospital por mais de 700 dias. A média de internação foi 141 dias. O motivo apontado para alta foi cura em 40% dos pacientes, transferência em 33,2% e em 1,4% erro de diagnóstico (tabela 2). Discussão A população em questão é predominantemente masculina, o que é justificado na literatura pelo fato de ser o grupo mais exposto à doença.(14) Os dados referentes a idade acompanham a distribuição etária observada atualmente no país. Estudo(15) mostra que nos últimos 20 anos houve uma elevação na incidência de casos de TB nas faixas etárias de 39-49 e nos mais de 60 anos, fazendo com que a mediana de idade seja de 41 anos. Isso pode ser explicado por um lado pela redução do risco de infecção na comunidade e por outro pelo crescimento da população de adultos e idosos no país.(15) A análise da situação da tuberculose em nível mundial revela que a doença está ligada, entre outros fatores, à pobreza e à má distribuição de renda,(16) dados esses confirmados pela população estudada, uma vez que 36,5% dos pacientes eram trabalhadores da economia informal. Observa-se que mais da metade dos pacientes estudados, provenientes de serviços hospitalares e da atenção básica, estavam tratando tuberculose pela primeira vez, sem a tentativa prévia de tratamento ambulatorial. No Brasil, na década de 1970, a Divisão Nacional de Tuberculose iniciou a política de desativação dos leitos hospitalares.(17,18) Segundo o Manual Técnico para o Controle da Tuberculose (MTCT), a hospitalização de pacientes portadores da doença só deve ser realizada em casos de complicações da própria doença, em casos sociais e em casos de retratamento ou falência do tratamento.(19) O número de cepas multirresistentes encontrado (26,3%) foi acima do índice encontrado na literatura, onde a taxa descrita de resistência inicial é de 8,5% e de resistência adquirida de 21%.(11) O hospital analisado não tinha como rotina a realização de teste de sensibilidade durante o período todo do estudo. Essa normalização só ocorreu mais recentemente e, 33 Rev Panam Infectol 2007;9(4):30-35 portanto, os números encontrados podem não representar a realidade dos casos de resistência para TB na instituição, uma vez que não correspondem ao total de pacientes investigados. Quanto ao diagnóstico da doença, verifica-se que são utilizados os meios tradicionais, como RX (33%), baciloscopia (34%) e cultura (33%). A bacteriologia (baciloscopia e cultura) permite o diagnóstico de certeza, uma vez que identifica o bacilo nos mais diferentes materiais, enquanto os demais métodos utilizados auxiliam o diagnóstico de modo indireto.(13) Dentre os materiais colhidos para serem examinados, observa-se que o mais solicitado foi o escarro, sendo este o principal exame para o diagnóstico da TB pulmonar.(20) Diante das co-morbidades apontadas, vê-se que o alcoolismo, assim como tem sido demonstrado na literatura, manteve uma associação significativa com a tuberculose.(14,21) A Aids, comprovadamente um dos mais importantes fatores de risco para tuberculose, (22) não aparece de forma expressiva nesse estudo por questões metodológicas. Fizeram parte desse estudo apenas os pacientes que tiveram como “motivo de internação” a tuberculose. Caso o que o levou à internação tenha sido a Aids, mesmo ele podendo apresentar tuberculose, não foi incluído no estudo. A intolerância medicamentosa (27,4%), a nãoadesão ao tratamento (22,7%) e as causas sociais (23,4%) apontadas no estudo como motivadores para que estes pacientes fossem internados são corroboradas na literatura como fortes indicadores de internação,(4) assim como o mau estado geral e a falência medicamentosa.(23) Analisando os motivos de alta hospitalar observa-se que as taxas de cura estão inferiores ao preconizado,(24,25) assim como as taxas esperadas de abandono.(26) Deve-se levar em conta que o elevado índice de alta por transferência pode justificar isso, uma vez que não foi possível identificar o motivo dessa transferência, mas pode-se supor que o paciente estaria continuando seu tratamento em outro local e lá seria registrada sua alta por cura. Pode-se concluir que essa população apresenta, em sua grande maioria, as formas, os meios de diagnóstico e os tipos de tratamentos clássicos de TB, além dos motivos para uma internação, reconhecidos na literatura, como fortes indicadores para a hospitalização. Sugere-se que medidas que facilitem o acesso e a permanência do paciente na rede básica de atenção à tuberculose sejam ampliadas. Estudos que avaliem os modelos de atenção existentes devem ser incentivados. Estratégias de 34 suporte social, tratamento supervisionado, maior flexibilidade nos horários e datas das consultas, melhor comunicação entre os diferentes equipamentos de saúde, convocação e visitas para os faltosos e ainda ações de acolhimento nos serviços de saúde podem minimizar esse quadro. Referências 1. Galesi VMN, Santos LAR. Tuberculose: a cura em estado de alerta. Prática Hospitalar. 2004 VI(32):61-67. Disponível em: www.praticahospitalar.com.br/pratica%20 32/paginas/materia%2014-32.html 2. 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