Pontos críticos no controle do processo de incubação

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Manejo de Incubação
Eduardo Costa
Fortaleza, 04 de setembro de 2013
Frango de corte aos 42 dias de idade
1990
2000
2010
2020
Peso (g)
1.588
2.041
2.495
2.948
Conversão alimentar
2,22
2,02
1,82
1,62
Gordura (%)
1,90
1,70
1,50
1,30
Rendimento (%)
67,0
70,0
74,0
78,0
Peito (%)
15,2
19,2
23,2
27,2
Participação da incubação no ciclo do
frango (2,5kg)
66 + 21 = 87
51 + 21 = 72
42 + 21 = 63
36 + 21 = 57
75,9%
70,8%
67,7%
63,2%
24,1%
29,2%
33,3%
36,8%
100,0%
80,0%
60,0%
40,0%
20,0%
0,0%
1990
2000
Incubação
2010
Produção
2020
Temos que acompanhar os avanços
genéticos
Temos que acompanhar as mudanças
genéticas
Manejo de incubação
Eclosão / eclosão dos ovos férteis
 Qualidade
Fatores envolvidos na qualidade dos
pintos
Genética
Sanidade
Estrutura e
Ambiente
Manejo e
Gestão de Processos
Nutrição
Biossegurança e Sanidade
Nutrição e qualidade do alimento
Ovo Incubável
O ovo fértil está tão vivo quanto um
pintinho, só não podemos ver.
A Qualidade do pintinho inicia com a
qualidade do ovo
Ovo Incubável
Característica do ovo incubável
• Formato característico com diferença clara
entre as extremidades
• Coloração de acordo com a linhagem
• Densidade de casca ≈ 1.080
Formato e Trincas
Características do ovo incubável
 Peso entre 52 e 70g???
Uniforme
 Ovo uniforme =
Pinto Uniforme
Características do ovo incubável
 Limpo
 Livre de contaminação
 Qualidade dos ninhos
 Qualidade da cama
 Qualidade das coletas
 ...
Qualidade e frequência das coletas
Desinfecção dos ovos
 Intervalo
entre a postura e a desinfecção
Método e desinfetante utilizado
Desinfecção dos ovos
Microorganismos e
Tratamento
População Inicial
Tempo de Explosão Minutos
2
4
6
8
E. coli
Ozônio
9,91
0,72
0,3
0,45
0
Folmaldeído
6,68
0
0
0
0
Ozônio
6,92
1,33
1,28
1,07
0,15
Folmaldeído
4,95
0
0
0
0
Ozônio
5,88
1,97
1,66
1,15
1,24
Folmaldeído
5,2
0
0
0
0
S. Typhimurium
Aspergillus fumigatus
Fonte: Sheldon & Brake
Desinfecção dos ovos
Antes da fumigação
128 UFC
Depois da fumigação
1 UFC
Cortesia de Thiago Rezende Asa Alimentos s/a
Ritmo de contaminação da superfície do
ovo
Momento
Bactérias na superfície
Momento da postura
350 a 500
15 minutos depois
1.500 a 1.800
1 hora depois
20.000 a 30.000
Gustin,2003
Invasão bacteriana
Cortesía de Mark Foot CVE
Um ovo recem
produzido tem entre
300-500 bactérias
Bactérias como a e-coli
podem reproduzir-se a
cada 15 min
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Estocagem de ovos
 O armazenamento dos
ovos começa na granja;
 Alterações no PH

crescimento bacteriano
 Tempo de incubação
Estocagem e transporte dos ovos
Transporte de ovos
Armazenamento de ovos
A
temperatura é determinada pelo tempo
armazenamento
 1 a 6 dias – 19 a 21°C
 7 a 10 dias – 18 a 19°C
 > 11 dias – < 17°C
Pré-aquecimento
Efeito da estocagem no nascimento
Helton – Cobb Vantress Brasil
Efeito da estocagem no nascimento
Mortalidade embrionária
Helton – Cobb Vantress Brasil
Relação do intervalo entre a bicagem
interna e a eclosão com o tempo de
estocagem. Decuypere, 2013
Interação do embrião com o ambiente
 Formato
 Porosidade
 Integridade da casca
 A casca do ovo é
impermeável, tudo que
entra e sai do ovo tem que
passar pelos poros
Interação do embrião com o ambiente
• 1 C₆H₁₂O₆ + 6 O₂
6 CO₂ + 6H₂O + (ATP + Calor)
O embrião tem acesso a:
•
•
•
•
•
40g de água
7g de proteína (albúmen e gema)
6g de lipídeos (basicamente gema)
500 mg carboidratos (70% glicose)
Minerais e vitaminas
– Oxidação de lipídeos – 90% da demanda energética
– Metabolismo da glicose – inicio do desenvolvimento
– Glicogênio acumulado através da atividade
glicogenica das proteínas e lipídeos
Adaptado de Wineland, 2013 & Calil, 2007
Produção de calor
 A produção de calor metabólico pelo embrião
não é constante e varia de acordo com:
 Linhagem
 Peso dos ovos
 Estágio de incubação
 O pico de produção de calor se alcança por
volta dos 18 dias de incubação. (Meijerhof,
2001)
Produção de calor
Balanço Térmico (produção de calor – perda evaporativa)
Necessidade de
fornecimento de calor
Necessidade de remoção
de calor
Temperatura do Embrião
 A temperatura do embrião é o equilíbrio da
produção de calor pelo embrião e a troca de
calor entre a casca e o ambiente.
 As aves atuais de alto rendimento de carne
produzem mais calor embrionário.
 A geração de calor metabólico dos embriões
modernos é praticamente 100% maior que se
observava na década de 80 (Lourens,2006 & Hullet
et al 2001)
Temperatura do Embrião

A temperatura do embrião pode ser estimada de
forma segura pela temperatura da casca.
 Termômetro auricular (thermoscan)
 Ovoscopia antes de leitura
Temperatura do Embrião
 Objetivos da temperatura entre 16 e 18 dias
de incubação
Temp. da Casca Classificação Consequência
°F
98,0 a 99,9
Muito Frio
Eclosão lenta
100,0 a 101,0
Ideal
Boa eclosão e qualidade
101,0 a 102,0
Quente
102,1 a 104,0
Muito
quente
Boa eclosão e qualidade
ruim
Eclosão e qualidade ruim
(100,0 a 100,5)
Temperatura do Embrião
 Uniformidade da temperatura dos embriões
Porta
Fundo
Temperatura da casca dos ovos no dia da transferência – incubadora etapa única
Temperatura do Embrião
 Uniformidade da temperatura dos embriões
Top
Porta
Fundo
Middle
Bottom
1
2
3
4
99,0-100,0
5
100,0-101,0
6
101,0-102,0
7
8
9
102,0-103,0
Temperatura da casca dos ovos no dia da transferência – incubadora etapa múltipla
Temperatura do Embrião
 Uniformidade da temperatura dos embriões
Top
Porta
Fundo
Middle
Bottom
1
2
3
4
97,0-98,0
5
98,0-99,0
99,0-100,0
6
100,0-101,0
7
8
9
101,0-102,0
Temperatura da casca dos ovos no dia da transferência – incubadora etapa múltipla
Temperatura do Embrião
Comparando ovos com temperatura de casca 100,0°F X 102,0°F,
Lourens et al, 2005/2007, y Lekersonpong, 2007, concluíram:
 no peso dos pintos sem gema (YFBM)
 comprimento do pintinho
 piora na qualidade do umbigo
 no peso do coração (Wineland et al, 2007)
 Predisposição a ascite (Lubritz y McPherson,
1994)
Temperatura do embrião
• Hill, 1997; Gladys et al, 1999; Walk et al,
1999 reportam diferenças de conversão
alimentar na ordem de 3 a 7 pontos.
Temperatura do Embrião
T. Normal (100°F T. Alta
/37,8°C)
(102°F/38,9°C)
Eclosão dos Férteis (%)
94,5 a
92,5a
Pintos de segunda (%)
0,2 a
0,9 b
Peso corporal (g)
40,6 a
37,2 b
Peso sem gema (g)
36,9 a
33,9 b
Comprimento (cm)
19,5 a
19,7 a
Peso do coração (g)
0,38 a
0,28 b
Mortalidade 42 dias (%)
8,4 a
12,5 b
Mort. associada a ascites (%)
2,8 a
6,6 b
Conversão alimentar (42 d)
1,91 a
1,93 a
Adaptado de Molenaar et al , 2011
Embriões sobreaquecidos normalmente
apresentam:









Debilidade e fatiga;
Desidratação;
Menores;
Coração e sistema digestivo menores;
Sistema inmune menos desenvolvido;
Saco da gema maior;
Mais problemas de perna;
Maior predisposição a infecções bacterianas;
Maior predisposição a ascite.
Perda de umidade
 O
embrião
necessita
perder umidade, pois é um
produto
do
seu
metabolismo.
(Boerjan,
2006;
Calil
2007;
Meijerhof, 2010)
 Importante
para
a
formação da câmara de ar
 Melhores resultados, com
perdas entre e 11,0 e
13,0% EM e 9,5 a 10,5% EU
Perda de umidade
 A perda de umidade pode ser influenciada por:
 Tipo de equipamento
 Umidade relativa das salas e equipamentos
 Idade do lote
 Tamanho do ovo
 Qualidade da casca
 Estocagem
Perda de umidade baixa
 Câmara de ar pequena
 Ponto de bicagem muito alto ou
múltiplo
 Pintos com abdômen rígido
 Pintos com penugem suja e pegajosa
Perda de umidade baixa
 Dificuldades para o pintinho chegar
a câmara de ar e sair do ovo
 Bico vermelho
 Tarso vermelho
Perda de umidade
Posição correcta – correta
perda de umidade
Cabeça invertida - vai ter
dificuldade para sair da casca
Perda de umidade
Bicagem suave e linear:
correta perda de umidade
Baixa perda de umidade –
Grande abertura na casca
sem romper a membrana.
Esforço para sair do ovo.
Janela de nascimento
Objetivo de nascimento
dos pintos:
-24 horas antes: max 25%
-12 horas antes: max 75%
Janela de nascimento
 Composição da carga de incubação
 Idade das reprodutoras
 Estocagem dos ovos
 Pré-aquecimento (etapa múltipla)
 Baixa fertilidade
 Problemas de ventilação/umidade/temperatura
 Climatização da planta de incubação
 Uniformidade da temperatura (microclimas)
Limpeza da casca
Excesso de mecônio no resíduo é um bom indicador
que os pintinhos nasceram muito cedo ou a janela de
nascimento está muito aberta.
Apropiado
Muito sujo
Desenvolvimento do empenamento
Empenamento muito desenvolvido – nascimento adiantado
Empenamento desuniforme – janela de nascimento aberta
Avaliação Pré-saque
 Janela de nascimento
 Programa Step Down
 Momento da retirada
 Conforto térmico dos
pintinhos
Teoria da pipoca
Conforto Térmico
 A temperatura interna deve permanecer entre
40,4°C e 40,6°C desde o momento que os pintinhos
estão secos no nascedouro até os primeiros dias na
granja.
Pintos sobre aquecidos
Consumo de alimento
Espera de pintos e transporte
 Os pintos devem ser enviados a granja o mais
rápido possível
 Manter a temperatura dentro das caixas a 32°C
 Não permitir vento direto sobre as aves
 Densidade mínima de 21 cm2 por pinto
Alimento nas caixas
Avaliação da qualidade dos pintos
Conclusões
 Os melhores parâmetros para medir a qualidade
dos pintos são a mortalidade e o peso aos 7 dias.
 Tudo que fazemos antes ou durante a incubação
vai refletir no comportamento e desempenho das
aves.
 Todos os esforços desde a postura do ovo até o
alojamento na granja vão ser recompensados
pelo desempenho do lote.
Muito Obrigado!
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