UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Enfermagem Jéssica Balduino Livia Aparecida Rebolo Costa Tamires Alves de Souza CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O CÂNCER DO COLO UTERINO E DO EXAME PAPANICOLAOU LINS – SP 2016 JÉSSICA BALDUINO LIVIA APARECIDA REBOLO COSTA TAMIRES ALVES DE SOUZA CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O CÂNCER DO COLO UTERINO E DO EXAME PAPANICOLAOU Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Enfermagem, sob a orientação do Professor Dr. Silvio Fernando Guideti Marques e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni. LINS – SP 2016 Balduino, Jéssica; Costa, Livia Aparecida Rebolo; Souza, Tamires Alves Conhecimento dos acadêmicos de Enfermagem sobre o câncer de B149c colo uterino e do Exame Papanicolaou / Jéssica Balduino; Livia Aparecida Rebolo Costa; Tamires Alves de Souza. – – Lins, 2016. 30p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Enfermagem, 2016. Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Silvio Fernando Guideti Marques 1. Câncer de Colo Uterino. 2. Papanicolaou. 3. Enfermagem. 4. Conhecimento. I Título. JÉSSICA BALDUINO CDU 616-083 JÉSSICA BALDUINO LIVIA APARECIDA REBOLO COSTA TAMIRES ALVES DE SOUZA CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O CÂNCER DO COLO UTERINO E DO EXAME PAPANICOLAOU Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Aprovada em: _____/_____/_____ Banca Examinadora: Prof. Orientador: Silvio Fernando Guideti Marques Titulação: Doutor em Bases Gerais da Cirurgia e Cirurgia Experimental pela Faculdade de Medicina - UNESP/Botucatu. Assinatura ______________________________ 1º Profª: Daniela da Silva Garcia Regino Titulação: Mestre em Enfermagem e Especialista em Enfermagem em Saúde Pública e Enfermagem do Trabalho. Assinatura _____________________________ 2º Profª: Helena Ayako Mukai Titulação: Mestre em Ciências da Saúde pela FAMERP – São José do Rio Preto Assinatura _____________________________ 3º Profª: Viviane Cristina Bastos Armede Titulação: Mestre em Doenças Tropicais pela Faculdade de Medicina – UNESP/Botucatu Assinatura _____________________________ Dedico este trabalho aos meus pais Anderson e Sandra, meus alicerces nesses 5 anos, sem eles nada disso seria possível. Obrigada por todo amor, carinho e compreensão. Vocês são minha inspiração! Essa conquista é nossa! Amo muito vocês! Jéssica Balduino Dedico este trabalho à minha mãe. Mulher de caráter inigualável, honesta, guerreira e amiga, que nos momentos mais difíceis sempre me confortou com suas palavras e me deu forças para continuar essa jornada. Obrigada por tudo mãe, sem o seu apoio nada seria possível. Te amo! Livia Aparecida Rebolo Costa Dedico este trabalho aos meus pais, Márcia e Roberto, que um dia sonharam comigo, que há muito sorriram ao meu primeiro choro e choraram ao meu primeiro sorriso, vocês me ensinaram a dizer “obrigado”, mas não avisaram que neste dia não haveria palavras… e, hoje, só posso dizer: pai, mãe, amo vocês! Tamires Alves de Souza Agradecimentos Se tem uma palavra que me define nesse momento é GRATIDÃO, primeiramente obrigada Deus por cuidar de cada detalhe e me sustentar para superar os obstáculos enfrentados no decorrer deste Trabalho de Conclusão de Curso. Agradeço aos meus pais Sandra e Anderson por não pouparem esforços para que este sonho fosse realizado, sempre me apoiando e me mantendo firme, mesmo diante das adversidades, essa vitória é nossa! Amo vocês! A minha família que sempre torceu por mim principalmente minhas tias Eliana e Cristina por fazerem parte deste sonho comigo e me socorrerem sempre. A minha mãe Adélia que mesmo distante sempre torceu e orou por mim. Te amo mãe! Aos meus colegas do CAIS Clemente Ferreira Lins, pela paciência, conselhos, incentivos, e todo apoio prestado a mim, vocês são demais! Aos meus colegas de classe que se tornaram grandes amigos. Aprendi muito com vocês, se tem uma palavra que nos define hoje é COMPANHEIROS, vocês foram essenciais para o meu crescimento, vou levá-los para sempre em meu coração. Obrigada PERFEITOS! Aos meus amigos Caik Souza, Jessyca Fidelis e Lucas Morais, por aturarem minhas lamentações no WhatsApp e por participarem dos momentos felizes também, amo vocês seus lindos! Amiga Livia Rebolo, faltam palavras para agradecê-la, pela amizade, companheirismo, cafés da tarde, risos, choros, foram 5 anos intensos ao seu lado, obrigada. Sem você a caminhada seria mais longa, encaramos juntas. Que essa parceria dure para sempre. Amo muito você! Amiga TAMIREEE, sua louca, obrigada por tudo, pela amizade nesses 5 anos. Soltamos muitas faíscas, mas a amizade sempre prevaleceu. Foi difícil, mas chegamos ao fim. Que essa parceria dure para sempre. Amo você! E não posso esquecer de agradecer ao Bacana, gato da Tamis que foi o quarto elemento desse grupo, nos divertindo muito em todas as reuniões tornando nosso trabalho mais leve e feliz! Te amo mascotinho! Ao meu amigo Daniel Solfa, que iniciou a faculdade ao nosso lado, se tornou um grande amigo e foi essencial no decorrer do curso. Obrigada pela ajuda no trabalho, por estar sempre presente em minha vida, te amo! Aos professores do curso, que com seus conhecimentos e lições de vida nos ensinaram a importância do trabalho em equipe, do amor ao próximo e principalmente por serem mais que professores, amigos mesmo. Vou levar cada um no meu coração, vocês me inspiram. A Coordenadora do curso de Bioquímica, Leda Maria, pela disponibilidade e carinho dispensados a nós, quando ninguém mais acreditava no nosso antigo projeto. A senhora é demais. OBRIGADA! Ao nosso orientador Silvio, pelo apoio e dedicação para que este trabalho fosse concluído com sucesso. A Professora Jovira por nos ajudar a desvendar os segredos do tão temido TCC. A senhora arrasa! E um agradecimento especial, a nossa Professora e amiga Balancieri, por nos dar a chance de iniciar um projeto maravilhoso que por circunstâncias fugiram do nosso controle, não pode ser concluído, mas mesmo assim, se manteve presente em nossas vidas, dando o maior incentivo e torcendo por nós. Amo você teacher! “Eu tentei 99 vezes e falhei. Mas na centésima tentativa eu consegui. Nunca Desista de seus objetivos, mesmo que eles pareçam impossíveis. A próxima tentativa pode ser a vitoriosa. ” (Albert Einstein) Jéssica Balduino Agradecimentos Querido Deus te agradeço pela vida, família e amigos. Por me mostrar a melhor direção diante dos desafios e por me dar forças nos momentos mais difíceis. Te peço que conduzas meu caminho, de acordo com o Teu querer que é o melhor para mim. Agradeço a minha mãe. Minha primeira amiga, exemplo de vida, que acima de tudo me apoiou nesta trajetória. Sou muito grata em ter a senhora na minha vida. Ao meu irmão, Tarso, que mesmo cursando sua faculdade em outra cidade, sempre se mostrava interessado e preocupado comigo. Aos meus tios, Neide e José, que vivenciaram a exaustão do último ano de faculdade e sempre me ampararam. A todos amigos que conheci durante o curso de Enfermagem. Com certeza são inesquecíveis, levo em meu coração cada lembrança de vocês. Em especial agradeço a Jéssica Balduino, grande amiga que a faculdade me deu e parceira de monografia. Por me mostrar o verdadeiro significado da amizade, por sempre ser assim, divertida, encantadora, confidente, alegre, companheira e irmã em todas as horas e todos os momentos. Que a nossa amizade seja eterna. Muito obrigada por tudo! Amo você! A Tamires Alves, amiga e parceira de monografia. Que apesar das dificuldades e das brigas, fez o que estava ao seu alcance para finalizar este trabalho. Obrigada por tudo amiga, guardo você com muito carinho em meu coração. E seu gato, Bacana, o quarto elemento deste Trabalho de Conclusão de Curso! Ao meu querido amigo Daniel Solfa, por transbordar alegria e felicidade, e estar sempre ao meu lado! Muito obrigada por tudo! Amo você! Ao trio, Ana Laura Amaro, Jéssica Gregório e Laís Lourenço, por todo carinho e amizade durante esses anos! Aos professores do curso, que me ensinaram a verdadeira essência do amor, companheirismo e trabalho em equipe. A Professora Leda Maria, por nos apoiar incondicionalmente. Ao nosso Orientador Silvio, pelo incentivo, princípios e dedicação para que este trabalho fosse concluído. A Professora Jovira, pela paciência, disponibilidade, ensinamentos e nos apoiar sempre. A Professora e amiga Ludmila Balancieri, que mesmo ausente se fez presente em todos os momentos. E por ser minha inspiração, como profissional e como ser humano! Possibilidades " Cultiva a paciência sem esmorecer. Por maiores as dificuldades para a execução das tarefas que te cabem, trabalham e espera. Não te rendas ao desânimo e insiste no bem. Guarda contigo a possibilidade do limite, mas Deus tem a possibilidade do impossível." (Emmanuel) Livia Aparecida Rebolo Costa Agradecimentos Certamente, em primeiro lugar devo agradecer a Deus que sempre me proporcionou e me deu grande força para estar aqui hoje, nessa reta final da faculdade, onde concluo minha graduação em enfermagem bacharelado. Jamais me esquecerei de agradecer a compreensão das pessoas especiais da minha vida, que são minha família, minhas irmãs Bruna, Beatriz e Paulo, meu cunhado José, Diego, meus tios Vera Lucia, Humberto, Sebastião, Marina, as minhas primas Marine e Sabrina as quais me deram ânimo e que sempre torceram pelo meu sucesso fazendo com que eu nunca desistisse, mesmo diante a tais circunstâncias que me ocorreram, que sempre entenderam quando minha presença não foi plausível e quando o meu medo, minha preocupação e atenção pareciam se voltar exclusivamente para este trabalho, fica aqui minha eterna gratidão. Ao meu noivo Caio, me falta palavras nesse momento para agradecer o quanto foi importante, e o quanto foi imprescindível sua companhia ao longo desses anos. Você é essencial na minha vida, e sem você não estaria aqui de pé, firme, e forte, você é meu alicerce. Te amo!! Aos meus colegas de trabalho da Neonatal da Santa Casa de Lins, a Enfermeira Márcia, Fernanda, Janaina, Marilene, Rubiana, Dr. Davi, Dr. Célia, que sempre me incentivaram a terminar o curso. Aos meus companheiros de trabalho da Unimed Lins que são minha segunda família, que me proporcionaram horários flexíveis para que eu pudesse realizar o estágio obrigatório A Jessica Balduino e Lívia Rebolo que sempre permaneceram fieis ao trabalho, fazendo com que esse trabalho se concretizasse. Jamais me esquecerei de agradecer a compreensão das pessoas especiais da minha vida, que são minha família, que me deu ânimo para que eu nunca desistisse, mesmo diante a tais circunstâncias que me ocorreram, que sempre entenderam quando minha presença não foi plausível e quando o meu medo, minha preocupação e atenção pareciam se voltar exclusivamente para este trabalho, fica aqui minha eterna gratidão. Ao meu amigo Daniel Solfa, que mesmo distante sempre se disponibilizou trazendo amparos e alegria aos nossos dias turbulentos. E ao meu gato Bacana, pelas travessuras que nos acompanharam durante a evolução do nosso trabalho, deixando um clima mais divertido. TE AMO! Agradeço também aos meus professores que de alguma forma, contribuíram para o desenvolvimento do meu intelecto, em especial, o Paulo, a Viviane, a Fabiana, Thais, Patrícia, Daniela, e aos nossos orientadores que aceitaram acompanhar o nosso trabalho, dando-nos um alento exclusivo, fica aqui o meu estime real valor a vocês Silvio e Leda Maria. Em especial a Professora Ludmila Balancieri, que foi um anjo iluminado no nosso caminho. “O fruto de um trabalho de amor, atinge sua plenitude na colheita, e esta chega sempre no seu tempo certo. ” Autor desconhecido Tamires Alves de Souza RESUMO A cada ano mais mulheres adoecem por falta de conhecimento sobre como prevenir o câncer de colo uterino, além do fato dos profissionais de saúde não estarem preparados para lidar com situações que coloquem a mulher em constrangimento. Para que se tenha uma mudança nessa realidade, é preciso que os profissionais de saúde, dentre eles o enfermeiro, consigam planejar, sistematizar, organizar e orientar os serviços de prevenção com vistas à promoção da saúde. Os objetivos deste estudo foram analisar o conhecimento dos acadêmicos do curso de enfermagem sobre o câncer do colo uterino e o exame Papanicolaou e avaliar o progresso do conhecimento desde a entrada ao ensino superior até o término do curso de Enfermagem quanto à importância do exame Papanicolau e o câncer uterino. Trata-se de uma pesquisa exploratóriadescritiva de abordagem quantitativa, mediante aplicação de questionário aos acadêmicos do curso de Enfermagem do Unisalesiano - Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Lins SP. Participaram da pesquisa 123 estudantes regularmente matriculados no curso de Enfermagem. Verificou-se que a média de idade dos entrevistados foi de 25,52 anos, sendo que 42,3% fazem o uso ocasionalmente do preservativo e 53,7% afirmaram que a primeira relação sexual foi entre os 15 e 17 anos. Foi observado que 95,1% entrevistados já ouviram falar sobre o Exame Papanicolaou e 89% sabem qual a finalidade do mesmo. Identificou-se que 95,1% dos entrevistados tem conhecimento sobre os cuidados prévios necessários para realização do Exame Papanicolaou. A maioria dos entrevistados (89%) não receberam a vacina contra o HPV. Diante da coleta de dados observou-se que o nível de conhecimento dos acadêmicos de enfermagem é pouco satisfatório, visto que se trata de um curso da área da saúde onde estarão lidando diretamente com esse tipo de assunto e abordagem devido a profissão. Conclui-se que apesar do exame Papanicolaou ser ofertado gratuitamente, ainda existem estudantes que não possuem conhecimento adequado acerca deste tema. Sugerindo a Instituição realizar trabalhos dinâmicos que envolvam a participação da família do estudante e da comunidade em geral, buscando a sensibilização sobre a importância da prática regular do exame Papanicolaou e a longo prazo a conscientização dos futuros profissionais da saúde sobre esse tema tão significativo atualmente. Palavras-chave: Conhecimento. Câncer de Colo Uterino. Papanicolaou. Enfermagem. ABSTRACT Every year more women get sick because of the lack of knowledge of how to prevent uterine cancer, beside the fact that health professionals are not prepared to deal with situations where women can be exposed to embarrassment. To occur any change about this reality it is necessary that health professionals, between them the nurse, to be able to plan, systematize, organize and orient prevention systems aiming a health promotion. The main goals about this study were, to analyze the nursing academics knowledge about uterine cancer and Pap test and to evaluate knowledge progress starting from the beginning of college to the end of Nursing school about the uterine cancer and Pap test importance. It is a descriptive-exploratory research of quantitative approach by application of a questionnaire to the nursing academics from Unisalesiano – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Lins SP. 123 students, regularly enrolled in Nursing school, participated in this research. It was checked that the average age of the interviewed people was 25,52 years and from this average 42,3% usually use condom and 53,7% of them said that the their first sexual intercourse was between the age of 15 and 17. It was analyzed that 95,1% of the interviewed people have ever heard about the Pap test and 89% know what it is about. It was identified that 95,1% of the interviewed people have knowledge about the previous care needed to take the Pap test. Most of the interviewed people (89%) didn’t take the HPV vaccine. Facing the data collect, it was observed that the nursing academics knowledge’s level is unsatisfactory since it is about a health area school where they are going to deal directly with this kind of subject and approach because of their profession. It was concluded that despite the Pap test be offered for free, there still are students that do not have adequate knowledge about this topic. It is an institution duty to perform dynamic tasks which involve the student’s family’s participation and the community in general, trying to achieve the future health professionals’ sensitization about this topic so significant currently. Keywords: Uterine cancer. Papanicolaou. Nursing. Knowledge. LISTA DE FIGURAS Figura 01: Diferença entre tumor benigno e tumor maligno................................24 Figura 02: Sexo dos participantes da pesquisa..................................................44 Figura 03: Quantidade de participantes que possuem ou não filhos...................46 Figura 04: Quantidade de participantes que fizeram ou não curso prévio na área da saúde antes de ingressar na faculdade.........................................................46 Figura 05: Quantidade de participantes que fazem uso ou não de métodos contraceptivos....................................................................................................48 Figura 06: Quantidade de participantes que sabem para que serve o Exame de Papanicolaou.....................................................................................................51 Figura 07: Quantidade de participantes que sabiam que o Exame Papanicolaou detecta o câncer do colo do útero, assim como, doenças transmissíveis e infecções em gerais............................................................................................54 Figura 08: Quantidade de participantes que possuem histórico familiar de câncer do colo uterino....................................................................................................55 Figura 09: Opinião dos participantes sobre a periodicidade que as mulheres devem realizar o Exame Papanicolaou..............................................................56 Figura 10: Quantidade de participantes que receberam ou não a dosagem da vacina contra o HPV...........................................................................................58 LISTA DE QUADRO Quadro 1: Estádios Clínicos e seus Tratamentos…………………………………28 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Idade dos participantes da pesquisa.................................................45 Tabela 02: Número de alunos participantes da pesquisa segundo os semestres do curso.............................................................................................................45 Tabela 03: Quantidade de filhos dos participantes que possuem filhos..............46 Tabelo 04: Quantidade de participantes que realizaram curso prévio na área da saúde.................................................................................................................47 Tabela 05: Ano de ingresso dos participantes na faculdade...............................47 Tabela 06: Qual foi a idade da primeira relação sexual dos participantes (em anos)..................................................................................................................47 Tabela 07: Métodos contraceptivos mais utilizados pelos participantes.............48 Tabela 08: Frequência do uso de preservativos pelos participantes...................49 Tabela 09: Número de parceiros sexuais dos participantes nos últimos 3 meses................................................................................................................ 49 Tabela 10: Quantidade de participantes que já realizaram algum tratamento para DST....................................................................................................................50 Tabela 11: Quantidade de participantes que já ouviram falar sobre o exame Papanicolaou.....................................................................................................50 Tabela 12: Frequência dos participantes na submissão do Exame Papanicolaou.....................................................................................................51 Tabela 13: Participantes que nunca foram submetidos ao Exame Papanicolau.......................................................................................................52 Tabela 14: Quais são os motivos das mulheres para não realizarem o Exame Papanicolau.......................................................................................................52 Tabela 15: Qual era a idade dos participantes na primeira coleta do Papanicolaou.....................................................................................................53 Tabela 16: Opinião dos participantes sobre o momento certo para a realização do Exame Papanicolaou.....................................................................................53 Tabela 17: Quantidade de participantes que sabem como é realizada a coleta do Exame Papanicolaou.........................................................................................55 Tabela 18: Opinião dos participantes em relação as mulheres que devem fazer o Exame de Papanicolaou..................................................................................55 Tabela 19: Opinião dos participantes sobre onde o Exame Papanicolaou pode ser realizado.......................................................................................................56 Tabela 20: Opinião dos participantes em relação aos cuidados prévios necessários para realização do Exame Papanicolaou.......................................57 Tabela 21: Quantidade de participantes da pesquisa que sabem qual doença é prevenida com a vacina contra o HPV, recém-liberada no Sistema Único de Saúde (SUS), porém muito utilizada no sistema particular.................................57 Tabela 22: Quantidade de participantes que receberam a dosagem da vacina contra o HPV se tiveram ou não alguma reação após recebê-la.........................58 Tabela 23: Comparativo de questões do conhecimento acerca do tema com os alunos do 2º semestre e do 10º semestre...........................................................60 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AJCC: Amerian Joint Committee on Cancer CCV: Câncer de Colo Úterino DSTs: Doenças Sexualmente Transmissíveis FIGO: Internacional Federation of Gynecology and Obstretrics HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana HPV: Papilomavírus Humano INCA: Instituto Nacional do Câncer JEC: Junção Escamocolunar LIE: Lesões intra-epiteliais NIC: Neoplasia Intra-epitelial Cervical OMS: Organização Mundial da Saúde SIL: Lesão Intra-epitelial escamosa RNM: Ressonância Nuclear Magnética TC: Tomografia Computadorizada TCLE: Termo de Consentimento Livre Esclarecido TNM: Tumor Linfonodo Metástase UICC: União Internacional Contra o Câncer USG: Ultrassonografia WHO: World Health Organization SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................. 20 CAPÍTULO I - CONHECENDO O CÂNCER DE COLO UTERINO .................. 23 1 DEFINIÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO .......................................... 23 2 ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO ......................................... 25 2.1 Genitália externa feminina .......................................................................... 25 2.2 Genitália interna feminina ........................................................................... 26 3 FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE COLO UTERINO ............................... 26 4 ESTADIAMENTO .......................................................................................... 27 5 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................... 29 6 FATORES DE RISCO ................................................................................... 31 7 DIAGNÓSTICO.............................................................................................. 32 8 TRATAMENTO .............................................................................................. 33 8.1 Radioterapia................................................................................................ 34 8.2 Quimioterapia.............................................................................................. 34 8.3 Cirurgia ....................................................................................................... 35 CAPÍTULO II - PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) E O EXAME PREVENTIVO PAPANICOLAOU ............................................................................................ 36 1 PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV)............................................................. 36 1.1 Definição de Papiloma Vírus Humano ........................................................ 36 1.2 Patogenia e história natural da infecção ..................................................... 36 1.3 Quadro Clínico ............................................................................................ 37 1.4 Tratamento.................................................................................................. 38 2 EXAME PREVENTIVO PAPAPANICOLAOU ............................................... 38 2.1 Definição do Exame Preventivo Papanicolaou ........................................... 38 2.2 Material necessário para exame colpocitológico ......................................... 39 2.3 Técnica de Coleta ....................................................................................... 40 CAPÍTULO III - A PESQUISA .......................................................................... 42 1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 42 2 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 44 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 61 CONCLUSÃO................................................................................................... 62 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 63 APÊNDICES ..................................................................................................... 70 ANEXOS .......................................................................................................... 80 20 INTRODUÇÃO O presente estudo tem como ponto principal a avaliação do conhecimento dos acadêmicos do curso de enfermagem de uma instituição particular do interior paulista acerca do câncer de colo de útero, e a importância do Papanicolaou. De acordo com Fernandes e Narchi (2007) este câncer há décadas vem sendo amplamente estudado pela comunidade cientifica, ocupando lugar de destaque para as causas de mortalidade e morbidade na população feminina. Em suma “leva a morte grande contingente de mulheres em idade útil, social e economicamente ativa” (FOCCHI, RIBALTA e SILVA apud HALBE, 2000). Os custos para o tratamento do câncer são elevados e a reabilitação das pacientes na maioria das vezes é cara, levando precocemente ao óbito. Focchi, Ribalta e Silva (2000) relatam que o câncer de colo de útero é o que ocorre com maior frequência no aparelho genital feminino, destacando-se como um dos mais incidentes entre os tumores ginecológicos malignos. World Health Organization (WHO) (2016 apud INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA, 2016), expressam que a contingência de mortalidade por câncer de colo de útero, pode ser controlada através de programas organizados de rastreamento, trazendo como benefício a redução da morbimortalidade. Para o INCA (2006) o câncer de colo uterino é a quarta causa de morte por câncer no Brasil, respondendo por cerca de 530 mil casos novos por ano no mundo, e em 2016, para o nosso país foram estimados cerca de 16.340 casos. Sendo mais frequente nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Na região Norte é o segundo mais incidente. Para Zugaib (2012) existem certos fatores que acrescem para a ocorrência deste tipo de câncer, como o início precoce da vida sexual, imunossupressão – gestação, diabetes, infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), colagenoses, transplante de órgãos, utilização de drogas imunossupressoras ou corticoterapia, história prévia de doenças sexualmente transmissíveis (Chlamydia trachomatis, Neisseria gnorrhoiae e herpes) e tabagismo. INCA (2011) recomenda que tais circunstâncias devem ser prioritárias para o rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil através do exame Papanicalaou: mulheres entre 25 e 60 anos ou que já tenham vida sexual ativa 21 antes dessa faixa etária; e mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas; Embora o aumento de acesso ao exame preventivo tenha aumentado no país, isto não foi suficiente para reduzir a tendência de mortalidade por câncer do colo do útero e, em muitas regiões, o diagnóstico ainda é feito em estádios mais avançados da doença. O diagnóstico tardio pode estar relacionado com: (1) a dificuldade de acesso da população feminina aos serviços e programas de saúde; (2) a baixa capacitação dos recursos humanos envolvidos na atenção oncológica (principalmente em municípios de pequeno e médio porte); (3) a capacidade do Sistema Público de Saúde para absorver a demanda que chega às unidades de saúde e (4) as dificuldades dos gestores municipais e estaduais em definir e estabelecer um fluxo assistencial, orientado por critérios de hierarquização dos diferentes níveis de atenção, que permita o manejo e o encaminhamento adequado de casos suspeitos para investigação em outros níveis do sistema (BRASIL, 2013). Guimarães (2012) declara que ainda permanece uma grande dificuldade na aceitação das mulheres para a realização do exame de Papanicolaou. A literatura afirma que, independente do diagnóstico, mais de 80% delas relatam desmotivação ou vergonha, 60% referem que os médicos não a examinam e, cerca de 50% apontam que o tempo de espera para ser atendida e a lentidão no agendamento dificultam a realização do exame citopatológico. Contudo, a prática do exame depende da iniciativa do médico e da constância da coleta que é demarcada pela procura de consulta, de mulheres que apresentem os sintomas. A partir da questão “os futuros profissionais da saúde têm conhecimento sobre o câncer do colo uterino e da importância do Exame Preventivo Papanicolau?” levantou-se a seguinte hipótese que norteia o trabalho: a cada ano mais mulheres adoecem por falta de conhecimento sobre como prevenir o câncer de colo uterino, além do fato dos profissionais de saúde não estarem preparados para lidar com situações que coloquem a mulher em constrangimento. Para que se tenha uma mudança nessa realidade, é preciso que os profissionais de saúde, dentre eles o enfermeiro, consigam planejar, sistematizar, organizar e orientar os serviços de prevenção com vistas à promoção da saúde (SANTOS et al., 2014). Cabe ainda ressaltar a importância 22 do impacto psíquico que o diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível e precursora do câncer terá em adolescentes e adultas jovens na construção da autoimagem e da sexualidade. Mulheres jovens sexualmente ativas devem ser orientadas sobre a anticoncepção, exames preventivos, doenças sexualmente transmissíveis e práticas de sexo seguro. Essas medidas podem ser implementadas sem a necessidade da inclusão no programa de rastreamento (USA/CDC, 2006). O trabalho em questão tem como objetivo primário analisar o conhecimento dos acadêmicos do curso de enfermagem sobre o câncer do colo uterino e o exame Papanicolaou. O objetivo secundário foi avaliar o progresso do conhecimento desde a entrada ao ensino superior até o término do curso de Enfermagem quanto à importância do exame Papanicolau e o câncer uterino. Para demonstrar na prática a veracidade da hipótese, foi realizada pesquisa, no Unisalesiano – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins – SP, cujos métodos e técnicas estão escritos no Capítulo III. O trabalho está assim organizado: Capítulo I: trata teoricamente sobre o Câncer de Colo Uterino. Capítulo II: descreve sobre o Papiloma Vírus Humano (HPV) e Exame Preventivo Papanicolaou. Capítulo III: descreve e analisa a pesquisa realizada no Unisalesiano – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins – SP. Encerrando o trabalho vêm a proposta de intervenção e conclusão. 23 CAPÍTULO I CONHECENDO O CÂNCER DE COLO UTERINO 1 DEFINIÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO O câncer de colo uterino tem seu início através de uma lesão pré-invasiva com chance de cura em até 100% dos casos (anormalidades epiteliais conhecido como displasias e carcinoma in situ ou diferentes graus de neoplasia intraepitelial do colo – NIC), estas podem progredir lentamente por anos, até atingir o estágio mais agressivo da doença, tornando-se assim mais difícil sua cura, em alguns casos impossível (MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). O câncer é a definição dada a uma coleção de mais de 100 doenças que compartilham de um crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos circunvizinhos, segundo INCA (2011). “A neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o homem’’ (INCA, 2011, p. 19). Segundo Otto (2002) o Câncer de Colo Uterino (CCU) inicia-se no colo do útero da mulher, onde é localizado no fundo da vagina. O útero é o órgão que acopla o embrião durante a gestação e ao nascer de parto natural, o feto passa pelo canal vaginal. Esse tipo de câncer tem comportamento anormal e lento, onde suas células se tornam diferenciadas. De início é considerada como displasia, dando origem a uma série de alterações significativas, progredindo assim para o desenvolvimento de um câncer maligno. 24 Figura 1. Diferença entre tumor benigno e tumor maligno Fonte: Figueiredo, 2013. As neoplasias benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de forma organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos. Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes. As neoplasias malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de autonomia e são capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro (ABC DO CÂNCER, 2011, p.19). Para Oncoguia (2015) as células malignas se modificam e multiplicam-se rapidamente, disseminando para o fundo do colo uterino. Este tipo de câncer pode ser desenvolvido de duas formas distintas; a) carcinoma de células escamosas; b) adenocarcinoma. De acordo com o INCA (2016) o carcinoma epidermóide (células escamosas), é o tipo mais incidente e que acomete o epitélio escamoso (representa cerca de 90% dos casos), e o adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular (cerca de 10% dos casos). Classificação citológica mais atual do esfregaço cervical é o Sistema de Bethesda, Maryland, Estados Unidos. Essa classificação incorporou vários conceitos e conhecimentos adquiridos que, resumidamente, são: o diagnóstico citológico deve ser diferenciado para as células escamosas e glandulares; inclusão do diagnóstico citomorfológico sugestivo da infecção por HPV, devido às fortes evidências do envolvimento desse vírus na carcinogênese dessas lesões, dividindo-as 25 em lesões intra-epiteliais de baixo e alto graus, ressaltando o conceito de possibilidade de evolução para neoplasia invasora; e a introdução da análise da qualidade do esfregaço. (INCA, 2006, p. 15) O carcinoma epidermóide também conhecido como lesões intra-epiteliais escamosas (LIE), são caracterizados pela alteração da maturação e transformações nucleares que acometem vários tipos de níveis do epitélio, assim divididas de acordo com seu agravamento e extensão. Classificadas segundo Bthseda em Neoplasia Itra-epitelial Cervical (NIC); a) NIC I – células atípicas confinadas ao terço inferior do epitélio b) NIC II – células atípicas confinadas aos dois terços inferiores do epitélio c) NIC III ou carcinoma in situ - acomete toda a espessura desse. (PALO, 2002). 2 ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO 2.1 Genitália externa feminina A vulva representa a entrada da vagina, que em sua normalidade, cobre e protege o meato uretral. O monte púbico (monte de Vênus) é composto principalmente de tecido adiposo, rico em folículos pilosos com distribuição característica (MONTENEGRO e REZENDE FILHO, 2014; ZUGAIB, 2012). Os grandes lábios são duas pregas cutâneas alongadas que delimitam entre si uma fenda. Os pequenos lábios são duas pregas cutâneas pequenas localizadas medialmente aos grandes lábios, a partir deles a pele possui outras características como, umidade acentuada e ausência de pelos (MONTENEGRO e REZENDE FILHO, 2014; ZUGAIB, 2012). O vestíbulo da vagina é uma fenda elítptica delimitada pelos pequenos lábios, se estende do clitóris até a borda posterior do hímen. Os orifícios da uretra, vagina, glândulas parauretrais e de Bartholin têm suas aberturas no vestíbulo. O clitóris é uma pequena projeção arredondada na porção superior dos pequenos lábios, é composto por dois corpos cavernosos (MONTENEGRO e REZENDE FILHO, 2014; ZUGAIB, 2012). 26 2.2 Genitália interna feminina O útero está localizado no aparelho reprodutor feminino, localizado inferiormente ao abdômen, atrás da bexiga e na frente do reto, sendo composto pelo corpo e colo. O colo uterino que é a porção inferior do útero, fica situado dentro da vagina, ele é composto pelo canal cervical, que é recoberto por células caliciformes, responsáveis pela produção de muco. A parte que mantém contato com a vagina, é a externa, revestida por células planas, definida como epitélio escamoso ou estratificado. A junção escamocolunar (JEC) situa-se dentro do canal cervical, presente na ecto e na endocervice, de acordo com a alteração hormonal feminina (JONES; WENTZ; e BURNETT, 1996). Meldau (2010) cita também que a localização da junção escamo colunar em relação ao orifício cervical externo pode variar, de acordo com a idade, o estado menstrual, a gravidez e o uso de pílulas anticoncepcionais. O útero tem como função primordial implantar e acoplar embriões, sendo responsável pela ejeção do feto no momento do parto, induzida por contrações para que este momento ocorra (DEZEM; SAMPAR, 2006). De acordo com Dangelo e Fatini (2003), o útero fisiologicamente possui um formato de uma pera, dividido em quatro partes, composto pelo fundo, corpo, istmo e cérvix. O fundo do útero, conhecida como cúpula, é espaçada, e recebe o nome de cérvix. Segundo Smeltzer e Bare (2002) O útero em sua parte superior mede cerca de 7 (sete) cm de comprimento e 5 (cm) de largura, com uma espessura de 1,35 aproximadamente. A variação do tamanho do útero ocorre em virtude do número de filhos concebidos, ou quando a mulher é acometida por tumor (p. ex., fibróides). 3 FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE COLO UTERINO O câncer de colo cervical tem início através de uma infecção pertinente causada por algum tipo de vírus da classe do HPV, conhecido também como oncogênicos, responsáveis pelo crescimento desordenado de células, contribuindo para o surgimento do tumor canceroso INCA (2016). O revestimento do colo uterino contém várias camadas de células epiteliais pavimentosas, 27 dispostas de uma maneira bem ordenada. No câncer as estratificações destas células ficam indispostas ou desordenadas (INCA, 2016). As lesões tendem a crescer internamente ao tecido, quanto externamente em forma de projeções, podendo ser chamados de endofíticas ou exofíticas. Esses casos tem uma grande importância clínica, pois podem disseminar-se, atingindo a bexiga anteriormente, o reto posteriormente, as paredes pélvicas lateralmente, a vagina e de forma extensiva o tecido paracervical, como relatam Freitas et al. (2011). De acordo com INCA (2008), as células alteradas em sua morfologia e as consideradas normais fisiologicamente independentes, se multiplicam de uma forma muito rápida, quando o seu tecido é menor, e com um ritmo mais lentificado quando seus volumes forem maiores. Quanto menor for o tumor, mais fácil acontecerá a quebra, tornando-as sensíveis para os quimioterápicos e radioterápicos, utilizados no tratamento de controle do câncer de colo uterino. Quando um tumor maligno alcança cerca de 1 cm de diâmetro, torna-se detectável pelos métodos diagnósticos disponíveis e contem cerca de 109 células. Acredita-se que é necessário um longo período de tempo para o tumor alcançar este tamanho, talvez alguns anos. Ele apresenta tempos diferentes de duplicação em momentos diferentes de sua história natural e, em alguns deles, bem antes desta detecção provavelmente já ocorreu a metastatização hematogênica (INCA, 2008, p.55) O sistema imunológico humano, por meio de uma rede complexa de células, é capaz de reconhecer os invasores internos e externos, afim de criar uma barreira para eliminar e destruir, todavia, neutralizando as alterações advindas do agente causador. Isso ocorre devido à grande quantidade de células de defesa que o corpo humano possui, capazes de se auto reconhecerem, fazendo com que as células respondam rapidamente, de uma maneira coerente e harmônica, prevenindo assim os prejuízos para o organismo humano (INCA, 2008). 4 ESTADIAMENTO O estadiamento é a maneira que se faz a descrição do câncer, de acordo com sua localização e disseminação, obtendo dados de afetamento do órgão conseguinte. Quem faz a solicitação de exames específicos para se detectar o câncer é o profissional médico. A doença com um estadiamento pré-definido 28 contemporiza ao médico escolher o tipo de tratamento mais adequado ao paciente, resultando em um bom prognóstico trazendo uma boa recuperação (ONCOGUIA, 2014). O estadiamento do colo do útero é clinico e baseia-se nos dados do exame fisico e dos exames subsidiados- urografia excretora que pode ser substituída por ultrassonografia- USG para avaliação dos rins, vias urinárias, retossigmoidoscopia e raio-X de tórax, embora não altera o estadiamente quando possíveis, podem ser realizadas a tomografiacomputadorizada- TC, com contraste intravenoso, ou a Ressonância Nuclear Magnética- RNM, de abdômen e pelve- a vantagem na escolha da RNM, porque ela avalia as dimensões do tumor e a invasão parametrial (MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011. p. 651). Para Oncoguia, (2014), o estadiamento se torna uma forma simples, desenvolvida pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), que descreve através de um sistema, para que todos os profissionais da área da saúde compreendam de uma maneira rápida o comprometimento da doença. Os sistemas utilizados para estadiar a variação do câncer de colo de útero, são: 1. o sistema FIGO (International Federation of Gynecology and Obstetrics); 2. o sistema TNM da AJCC (American Joint Committee on Cancer) (ONCO GUIA, 2014). Segue abaixo os estádios clínicos e suas especificidades em relação ao tratamento. Quadro 1. Estádios Clínicos e seus Tratamentos. Estádio Clínico Tratamento Estádio clinico IA1 Estádio inicial, com pequena invasão e profundidade (até 3mm), o tratamento pode ser conservador e o risco de contaminação para linfonodos pélvicos é muito baixo. IA2 O tratamento de escolha para este estádio é a histerectomia radical modificada, linfadenectomia pélvica caso não se evidencie invasão linfovascular na peça de conização, pode ser considerada a possibilidade de histerectomia extra facial, e linfadenectomia pélvica. Estádio IB1 e O tratamento preconizado é cirúrgico realizando-se histerectomia parametrectomia e II A ≤ 4 cm colpectomia proximal, além do esvaziamento linfonodal pélvico por laparotomia ou histerectomia radical por via vaginal associada a linfadenectomia pélvica por videolaparoscopia. A diferença entre as modalidades cirúrgicas e radioquimioterápicas está nos seus efeitos colaterais. Estádios IB2, IIB, III, IV O tratamento de escolha é a radioterapia associada a quimioterapia, com finalidade sensibilizante. Excepcionalmente, pode ser realizada a histerectomia, com anexectomia, após o termino do tratamento radioquimioterapico. Fonte: Adaptado de Moron; Camano e Kulay Junior, 2011 29 São muito semelhantes. O sistema AJCC classifica o câncer de colo do útero com base em 3 fatores: extensão do tumor (T), se o câncer disseminou para os linfonodos (N) e se ele disseminou para locais distantes (M) (ONCOGUIA, 2014). TNM é abreviatura de tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M): a) T- pelo sistema TNM, o T acompanhado de um número (0 a 4) é usado para descrever o tumor primário, particularmente o seu tamanho. Pode também ser atribuída uma letra minúscula “a” ou “b” com base na ulceração e taxa mitótica. Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras áreas. b) N - o N no sistema TNM representa os linfonodos regionais, e também é atribuído a ele um número (0 a 3), que indica se a doença disseminou para os gânglios linfáticos. Pode também ser atribuída uma letra minúscula “a”, “b” ou “c”. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais ou se há evidência de metástases em trânsito. c) M – o M no sistema TNM indica se a doença se espalhou para outras partes do corpo. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo (ONCOGUIA, 2014). Para a ação do enfermeiro, o conhecimento do estadiamento é fundamental para traçar o plano de assistência, compreender as bases terapêuticas do tratamento médico instituído, orientar adequadamente o raciocínio clínico diante dos sinais e sintomas apresentados pelo cliente e, finalmente, para poder estabelecer com o cliente uma relação profissional orientada pelo respeito e por critério prognóstico mais realista (INCA, 2008, p 70). 5 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Na grande maioria dos casos de câncer de colo uterino, não é possível identificar os sintomas, essa fase é chamada de pré-clínica. O principal sintoma é detectado através do exame preventivo Papanicolaou, onde é evidenciado nos casos de câncer, lesões no colo do útero, que podem estar ou não em um estágio mais avançado, segundo INCA (2016). 30 Em sua fase inicial, a doença costuma ser assintomática, apesar de a paciente poder observar uma secreção vaginal aquosa; os sintomas iniciais incluem sangramento pós-coito, sangramento vaginal irregular ou escape de sangue entre as menstruações ou após a menopausa, e secreção com odor fétido; com a progressão da doença, o sangramento torna-se mais constante e é acompanhado por dor que se irradia para as nádegas e pernas, assim como por sintomas urinários e retais que podem ser devidos à invasão desses órgãos; perda de peso, anemia, edema dos membros inferiores e febre assinalam que já se trata de doença em fase avançada (NETTINA, 2012, p. 850-51). Smeltizer e Bare (2002) definem que o câncer cervical, fortuitamente apresenta sintomas e que estes podem se apresentar como uma secreção vaginal liquida podendo passar despercebidas pela mulher, após o banho ou relação sexual. Quando já estiver ocorrendo as manifestações clinicas, como o sangramento irregular, ou sangramento após a relação íntima com o parceiro, a doença pode estar em um estágio avançado. ONCOGUIA (2014) destaca os principais sintomas apresentados pela mulher na fase em que a doença já se encontra em um nível avançado, acometendo tecidos próximos ao colo do útero: a) sangramento vaginal irregular; b) menstruação mais longa do que de costume; c) sangramento presente após menopausa; d) sangramento após relação sexual; e) dor durante o ato sexual. Ao exame especular podem ser evidenciados sangramento, tumoração, ulceração e necrose no colo do útero. O toque vaginal pode mostrar alterações na forma, tamanho, consistência e mobilidade do colo do útero e estruturas subjacentes (BRASIL, 2013, p.46) O câncer do colo uterino pode ocasionar algumas complicações como disseminação para a bexiga e reto; metástase para pulmões, mediastino, osso e fígado. As complicações relacionadas ao tipo de tratamento incluem cistite, proctite, estenose vaginal, perfuração uterina e irradiação externa na radioterapia intracavitária. E depleção da medula óssea, obstrução intestinal e fístula na irradiação externa (NETTINA, 2012). 31 6 FATORES DE RISCO As prevalências das neoplasias malignas se destacam nas regiões geográficas e geoeconômicas, tendo menor prevalência nos países escandinavos, como a Dinamarca, Suécia e Noruega, apresentando maior incidência nos países da América Latina, segundo relatos de Halbe (2000). Vários fatores têm contribuído para etiologia do câncer, dentre eles se destacam as alterações da condição imunológica, nutricional, do tabagismo e do uso de contraceptivos, considerados cofatores de grande importância clínica. O câncer de colo uterino tem como causa principal a infecção advinda do HPV, que ocorre em cerca de 99,7% dos casos, por se tratar de uma DST é relativamente grave, pois envolve mulheres e homens, que são acometidos, e não desenvolvem sintomas na maioria dos casos. Certamente os fatores de risco estão diretamente ligados ao comportamento sexual (MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). Segundo INCA (2002), a multiplicidade de parceiros, a história de infecções sexualmente transmitidas, relação sexual precoce, multiparidade, são considerados de alto risco para se contrair o câncer de colo uterino. Estudos epidemiológicos relatam que o tabagismo, a alimentação inadequada, e o uso contínuo de anticoncepcionais aumentam o risco de desenvolver a doença. Organização Mundial da Saúde (OMS) (apud INCA, 2002) ressalta ainda que a insistência pelo HPV em cargas virais elevadas retrata um grande fator de risco, porém, compreende que o Vírus do Papiloma Humano, não é o bastante para progressão do câncer de colo de útero. É de conhecimento na literatura, a existência de mais de 150 tipos de HPV. Responsáveis em causar o câncer de colo de útero os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, e 82. São classificados como alto risco para oncogênese, apenas 15 deles, causadores do papiloma vírus humano, como também os outros subtipos, em especial os tipos 16, e 18, causadores de 70% das neoplasias malignas, consideradas também as mais importantes no mundo (MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). 32 7 DIAGNÓSTICO As células malignas do câncer de colo uterino, surgem da camada escamosa da ectocervice e da camada colunar do canal cervical. O carcinoma epidermoide simula uma taxa de 90% dos casos, ficando apenas 10% para os casos de adenocarcinoma. Existem ainda os raros casos de sarcomas e linfomas, de células linfocitóides. De acordo com Moron; Camano e Kulay Junior (2011) para se fazer o diagnóstico correto, necessita-se de uma completa anamnese, juntamente com um exame físico detalhado, e como subsidio a citologia cervicovaginal, a colposcopia e por fim uma biopsia. O INCA (2002) ressalta que o Diagnóstico apropriado se estabelece através do resultado obtido do exame de Papanicolaou, juntamente com a análise do tecido obtido do colo uterino afirmando a neoplasia maligna Segundo atualizações recentes do Instituto Nacional do Câncer (2000), o diagnóstico é estabelecido através de exames gerais e específicos: a) anamnese: Onde se realiza as coletas de informações, dirigidas aos fatores de risco e aos sinais pautados sobre o câncer. b) exame Físico: Abrange a palpação do fígado, das regiões supraclaviculares e inguinais a procura de nódulos que possam identificar uma possível metástase, no caso em que a doença seja localizada e que esta se encontra em um período avançado. c) citologia: é uma das formas mais eficazes de rastreamento do câncer cervical para se avaliar as células neoplásicas, exceto quando existe sangramento, tecido necrótico juntamente com células inflamatórias que dificultam uma visualização adequada. A citologia pode indicar um falso negativo na maioria das vezes, todavia a paciente que apresentar sintomas relacionado ao câncer, deve ser considerado como um resultado definitivo. d) colposcopia e biopsia dirigida: tem como função primordial demarcar a extensão da doença no colo e na vagina, seguida da biopsia para sustentação do diagnóstico. Fundamentada na propedêutica do carcinoma invasor inicial do colo uterino. Quando o exame 33 histopatológico ratifica lesões lealmente invasivas, a biopsia é um bem aliado para confirmação do diagnóstico. e) fica como dever médico o correto preenchimento do prontuário da paciente, juntamente com um gráfico que representa o tamanho da lesão, sua localização e extensão, indicando os locais em que foram coletadas as amostras para biopsia. f) exames básicos: Inclui, hemograma completo, coagulograma, glicose, uréia, creatinina sérica, eletrólitos, urinálise, raio X de tórax, eletrocardiograma, anti-HIV com o assentimento ou consentimento da paciente, Transaminase Glutâmica Oxolacética (TGO), Transaminase Glutâmica Pirúvica (TGP), e fosfatase alcalina (opcional) (INCA, 2000). Outros exames de avaliação: usados como complemento para a monitorização dos diagnósticos, os marcadores virais de hepatites B e C, são requisitos opcionais, solicitados pelo médico. Os exames de imagem são aconselhados para definir de forma mais cuidadosa a extensão ou estadiamento da doença nos casos mais avançados: a) ultrassonografia abdominopélvica: Indicada nos estádios iniciais até IBI, porém não se faz uma avaliação linfonodal; b) tomografia computadorizada abdominopélvica: comporta uma estimativa do fígado, do trato urinário e de estruturas ósseas, avaliando também a possível existência de linfadenomegalias; c) ressonância magnética: determina a dimensão do tumor, o estado dos linfonodos, sua extensão parametrial, avalia a profundidade da invasão do tecido. Não está disponível nas unidades de saúde, por se tratar de um exame opcional. d) uretrocistoscopia e retossigmoidoscopia: indicados quando há suspeita de envolvimento, da bexiga ou do reto (INCA, 2000). 8 TRATAMENTO WHO (apud INCA, 2000) relata que a cirurgia e a radioterapia, estão entre os principais tratamentos para o câncer de colo uterino. A conduta terapêutica, 34 dependerá do estadiamento do tumor, de acordo com seu tamanho, levando em conta a idade, e o desejo da mulher em manter a fertilização ativa. Estão entre os principais procedimentos cirúrgicos, a conização, ou seja, a retirada de um pedaço do útero em forma de cone, para biopsia, ou a traqueclectomia radical (extirpação do colo uterino, juntamente com seus respectivos linfonodos). Nos casos de lesões invasivas, menores do que 2 cm, são indicadas as cirurgias conservadoras, preservando possíveis mortes decorrentes de complicações (INCA, 2000). 8.1 Radioterapia A radioterapia tem um papel importante para o tratamento dos tumores invasivos do colo uterino, pois tem grande potencial curativo em estágio inicial (SANTOS et al. apud FREITAS, et al. 2011). Em pacientes com doença extrauterina de alto risco, o benefício da radiação foi definido há quase 20 anos, porém o impacto na sobrevida é um tema escasso na literatura (SANTOS et al. apud FREITAS et al., 2011). 8.2 Quimioterapia Os recentes avanços alcançados na taxa de sobrevida dos pacientes com câncer de colo uterino foram obtidos através de diagnóstico precoce e não no desenvolvimento terapêutico, afinal a taxa de sobrevida de 5 anos nos estágios avançados permanecem inalteradas (SANTOS et al. apud FREITAS et al., 2011). Quimioterapia é também a alternativa padrão na doença disseminada, na recidiva ou na falha terapêutica/impedimento de uso da hormonioterapia (cardiopatias hipertensivas ou isquêmicas, obesidade e/ou diabete melito). Embora vários agentes quimioterápicos utilizados em mono ou poliquimioterapia possam induzir remissões objetivas, o tratamento do câncer de endométrio avançado é paliativo, sem impacto na sobrevida dos pacientes (SANTOS et al. apud FREITAS et al,. 2011, p.501) As respostas ao tratamento surgem por volta de 3 a 6 meses, os agentes quimioterápicos que demonstram atuação são: cisplatina, carboplatina, 35 doxorrubiana e epirrubiana, sendo sua taxa de resposta superiores a 20% SANTOS et al. apud FREITAS, et al. 2011). 8.3 Cirurgia O tratamento cirúrgico é considerado paliativo de acordo com cada caso. É definido através do estadiamento da doença, do tamanho do tumor que é um relevante fator na escolha inicial, da idade, e do desejo de ter filhos. A cirurgia e a radioterapia estão entre os mais utilizados. No estádio IA1, pode ser indicada a histerectomia total (abdominal, vaginal ou via laparoscópica), dando-se preferência pela via vaginal, sendo de menor custo, menor morbidade e menor tempo de internação. A conização do colo uterino é a retirada de um cone do colo, que abrange a ectocérvice e o canal endocervical, está indicada para pacientes sem prole definida. A ooforectomia é a remoção de um ou ambos ovários, é opcional na dependência da idade da mulher. No estádio IA2 pode ser realizada a histerectomia radical modificada (tipo II de Rutledge e Piver), que envolve colpectomia do terço superior de vagina, ressecção de metade dos ligamentos útero-sacros e paramétrios, associandose à linfadenectomia pélvica. Traquelectomia radical com linfadenectomia pélvica pode ser indicada em pacientes que desejem ter filhos. Existem ainda as contraindicações para tratamento cirúrgico, que inclui portadores de doenças que contraindiquem cirurgia de grande porte, e obesidade mórbida (INCA, 2006). 36 CAPÍTULO II PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) E O EXAME PREVENTIVO PAPANICOLAOU PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) 1.1 Definição de Papiloma Vírus Humano O Papiloma vírus vem da família Papovaviridae e pode ser dividido em dois tipos: mucosa e cutâneo. Os HPVs denominados de mucosa compreendem três subtipos, um alto risco associado ao câncer de colo uterino, o intermediário e o baixo (FREITAS et al., 2011). O câncer de colo uterino é a principal consequência da infecção pelo papilomavírus humano, é uma neoplasia maligna que acomete 500.000 mulheres por ano em todo o mundo, sendo responsável por aproximadamente 230.000 mortos, o que corresponde a um óbito a cada 2 minutos. (MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011, p. 528) Segundo o INCA (2008), na classificação geral, o câncer de colo uterino ocupa, o segundo lugar, entre as neoplasias que mais afetam as mulheres no Brasil, perdendo apenas para o câncer de mama. Porém vale a pena ressaltar que algumas regiões do Brasil, o câncer de colo uterino ocupa o primeiro lugar nas estatísticas, como é o caso da região Norte. Alguns hábitos e fatores de risco podem tornar a mulher mais propícia e vulnerável a infecção pelo papilomavírus humano, como promiscuidade sexual, múltiplos parceiros, tabagismo, dieta, baixo nível econômico também pode influenciar, pois com isso pode haver deficiências higiênicas e nutricionais NETTO e FOCCHI apud MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). 1.2 Patogenia e história natural da infecção Compreende-se que esta infecção é ocasionada pela penetração do vírus 37 em microerosões ou microfissuras dos genitais, isso permite ao HPV aderir células mais profundas do epitélio (NETTO e FOCCHI apud MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). Nessa instância, a replicação viral não ocorre. Entretanto, a medida que prosseguem a maturação celular e sua transformação em células intermediárias e superficiais, ricas em citoqueratinas, tornam-se permissíveis a síntese de capsídeos proteicos e a formação de vírions completos. Com a natural descamação da fase final do ciclo celular, escamoso, os novos vírus são liberados e acabam por acometer as células vizinhas, preservando o processo de infecção (NETTO e FOCCHI apud MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011, p. 584). Sua transmissão ocorre por contato sexual. Utilizar o preservativo masculino não evita a transmissão, pois o mesmo não protege toda região genital externa, nesse caso o ideal seria utilizar o preservativo feminino (NETTO e FOCCHI apud MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). Após ocorrido a inoculação, o período de incubação é de aproximadamente 3 semanas a 8 meses até que as lesões induzidas apareçam (NETTO e FOCCHI apud MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). O ciclo da infecção tem diversas formas e os diferentes fatores de risco podem interferir na sua evolução, porém a regressão espontânea da doença ocorre em caso de resposta imunológica eficaz (NETTO e FOCCHI apud MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). Em contrapartida, sua ação é expressivamente maior em mulheres que utilizam medicamentos ou aquelas que tem patologias que afetam sua imunidade, como no caso de pacientes transplantados e com Lúpus, mulheres portadoras de HIV estão mais suscetíveis a apresentar infecção por HPV, e a incidência de neoplasias é sensivelmente maior para elas (NETTO e FOCCHI apud MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). 1.3 Quadro Clínico O HPV é considerado o mais comum das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), e tem três diferentes formas: 1. Infecção Latente: é a mais comum de todas as formas, não tem potencial oncogênico, mas é responsável por desencadear as outras formas da doença. 38 2. Infecção Subclínica: esta forma da doença, pode ser diagnosticada através de colpocitologia e colposcopia realizando o exame ginecológico/preventivo, sua incidência é menor que a anterior. Sua principal característica são as áreas esbranquiçadas no colo uterino. 3. Infecção Clínica: essa infecção pode ser detectada pela mulher ou pelo exame preventivo de rotina, se manifesta através de formações verrucosas, ou tumorações, que se apresentam geralmente no introito vaginal, pequenos e grandes lábios e as regiões anal e perianal. Para detectar o grau da lesão é necessário a realização com exames de colposcopia e anatomopatológico (NETTO e FOCCHI MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). 1.4 Tratamento O tratamento depende do grau e local da lesão. Os métodos disponíveis até o presente momento são: 1. Químicos: ceratolíticos – ácido metacresol sulfônico, ácido tricloroacético, resina de podofilina, podofilotoxina, 5-fluoracil e imiquimod. 2. Físicos: diatermo, criocauterização e eletrocoagulação; 3. Cirúrgicos: excisão com tesoura e bisturi, cirurgia de alta frequência e laser (NETTO e FOCCHI apud MORON; CAMANO e KULAY JUNIOR, 2011). 2 EXAME PREVENTIVO PAPAPANICOLAOU 2.1 Definição do Exame Preventivo Papanicolaou O exame Papanicolaou é o principal método utilizado para detectar lesões precursoras e diagnosticar o câncer de colo uterino, podendo ser realizado em qualquer posto de saúde da rede pública e clínicas privadas, desde que tenham profissionais capacitados para a coleta. É necessário que esses locais façam um trabalho de prevenção intenso, alertando quanto a importância da realização do exame periodicamente o que permite reduzir a mortalidade de mulheres com 39 câncer de colo uterino. O procedimento é indolor, simples e rápido, pode causar um leve desconforto, necessita de um preparo básico no dia anterior ao exame como: não ter relação sexual (mesmo com camisinha), não realizar duchas ou medicamentos vaginais nas 48 horas que antecedem o exame e principalmente não estar menstruada, pois o sangue pode alterar o resultado do exame. (INCA, 2016) O exame citológico do colo do útero, também chamado de citopatológico, citologia cervicovaginal, esfregaço de Papanicolaou, Pap test, foi utilizado para detecção do câncer de colo uterino e suas lesões precussoras por Papanicolaou e Traut, em 1943. Com isso foi possível realizar o diagnóstico precoce das neoplasias cervicais, e consequentemente obteve-se queda na taxa de mortalidade (HALBE, 2000). “A citologia é o método de rastreamento universal para patologia do colo do útero. Não estabelece diagnóstico definitivo, mas conduz à propedêutica” (HALBE, 2000, p. 2133) Segundo Dexeus e Lópes-Marin; Herbest (apud HALBE, 2000), a taxa de falso-negativo é de 5 a 25%, e falso-positivos ocorrem em torno de 5% devido a infecções, atrofias e HPV, podem ocorrer falhas por coleta inadequada, má fixação do esfregaço na placa, e até mesmo erro de leitura do citologista. 2.2 Material necessário para exame colpocitológico Para que haja boa qualidade da coleta do material, é importante que se tenha local adequado e material disponível para essa ação, além de uma equipe capacitada para realizar o procedimento. Material necessário para a coleta: 1. Avental/camisola para uso da mulher. 2. Luvas de vinil, ginecológicas ou luvas de látex. 3. Espéculos de tamanhos pequeno, médio, grande. 4. Pinça de Chevron. 5. Espátula de Ayre. 6. Escovinha do tipo Campos-da-Paz. 7. Lâminas de vidro com extremidade fosca. 8. Frasco porta-lâmina ou caixa para transporte. 40 9. Solução fixadora, álcool a 96% ou polietilenoglicol líquido ou spray de polietilenoglicol. 10. Gaze. 11. Fita adesiva de papel para a identificação dos frascos. 12. Requisição do exame. 13. Lápis grafite. 14. Lençóis, preferencialmente descartáveis. (INCA, 2008, p. 592) 2.3 Técnica de Coleta a) deve-se orientar a paciente a deitar na maca em posição ginecológica; b) explicar o procedimento; c) calçar as luvas; d) expor o colo do útero introduzindo o espéculo; e) a coleta das células é feita com a espátula de Ayre na junção escamocolunar, e a coleta cervical com a escova adequada. f) Após a coleta, deve-se realizar o esfregaço na lâmina e imediatamente fixar, com álcool 95% ou com fixador próprio à base de polietilenolicóis e álcool etílico. O exame citológico de esfregaços cervicais reconhece grau de maturação epitelial, alterações celulares, flora bacteriana e alterações virais. A partir da classificação de Papanicolaou, em cinco classes, temse desenvolvido o interesse em um diagnóstico descritivo dos achados, inclusive com uma antevisão do provável aspecto histológico existente. O citologista nos informa sobre citologia normal, sobre compatibilidade com neoplasia intra-epitelial, sobre invasão incipiente, sobre microcarcinoma, sobre carcinoma francamente invasivo. Revela, ainda, se existem alterações inflamatórias, presença de microrganismos e de lesões virais (HALBE, 200, p. 2134). Em 1988, no Simpósio do “Nathional Institutes of Health”, foi estabelecido o chamado Sistema Bethesda para classificar os achados em citologia cervical. As terminologias de lesões epiteliais escamosas, são divididas em 3 grupos: 1. Células escamosas atípicas de significado indeterminado: são as atípicas secundárias à atrofia, a processos inflamatórios e a traumatismos. É aconselhável melhorar o meio cervicovaginal e repetir a coleta. Estão indicados estrogenioterapia, se o esfregaço for atrófico e tratamento de processo infeccioso presente. 41 2. Lesão intra-epitelial escamosa (SIL), dividida em SIL de baixo grau (NIC I) e SIL de alto grau (NIC II e III). 3. Carcinoma de células escamosas. As alterações ocorridas por HPV, fazem parte da SIL de baixo grau (HALBE, 2000). O “American College of Obstretricians and Greynecologists” e a “International Academy of Citology” recomendam a primeira coleta aos 18 anos ou no início da atividade sexual, e anualmente por toda a vida. A “American Cancer Society” sugere que se inicie aos 20 anos ou no início da vida sexual ativa, e anualmente até se obter dois testes negativos; sugere-se então a coleta a cada 3 anos se a paciente não for de risco (HALBE, 2000, p. 2134). Em 1988, em uma reunião convocada pelo Ministério da Saúde, foi decidido que no Brasil a prioridade de rastreamento é para mulheres de 25 (vinte e cinco) aos 60 (sessenta) anos de idade, principalmente mulheres que nunca realizaram a citologia oncótica, deve-se proceder o exame a cada três anos apenas após dois resultados negativos com intervalos de um ano (HALBE, 2000). Porém, se o exame for realizado anualmente, diminui as chances de um resultado falso-negativo ser detectado três anos depois, podendo acarretar prejuízos a mulher. Para que os resultados tenham exatidão, todos os processos precisam ser respeitados e feitos com maior precisão possível. Realizar o exame anualmente proporciona uma maior segurança preventiva às mulheres (HALBE, 200). 42 CAPÍTULO III A PESQUISA 1 INTRODUÇÃO Diante da abrangência mundial e nacional de câncer de colo uterino, e ação da enfermagem na prevenção e detecção do mesmo, motivou-se o desenvolvimento desta pesquisa que teve como objetivos: analisar o conhecimento dos acadêmicos do0 1 113.42 541.15 Tm[(s 0 -3()18(sa0(e)-3rs-0.17e)-3( )-3 43 de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas. Para Barros e Lehfeld (2007), na pesquisa exploratória-descritiva realizase o estudo, a análise, o registro e a interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador. Segundo Gil (2008), esse tipo de pesquisa é utilizado para estudar as características de um determinado grupo: idade, sexo, raça, origem, escolaridade, ocupação, estado de saúde entre outros. 1.1.2.Métodos e técnicas Para alcançar as metas delineadas, utilizou-se de um instrumento elaborado pelas autoras. Este instrumento contém 4 questões discursivas referente ao sexo, idade, curso, semestre de Enfermagem e 24 questões objetivas e múltipla escolha, contendo perguntas informativas e opinativas acerca do tema abordado. Para atender os critérios de inclusão desta pesquisa, os acadêmicos deveriam estar regularmente matriculados no curso de Enfermagem da Instituição pesquisada, pois acredita-se que os profissionais de saúde não estão preparados para lidar e orientar as mulheres nesta situação de possível constrangimento. Os alunos foram comunicados mediantes seus professores e autorização para a aplicação do questionário. A coleta de dados discorreu no período noturno. Inicialmente foi realizada a leitura da Carta de Informação ao Participante, onde os alunos foram orientados sobre os objetivos, benefícios e riscos da pesquisa e a necessidade de aceitação mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE / Termo de Assentimento. Após a coleta de dados, os resultados serão apresentados mediante o uso da estatística descritiva, acompanhada de gráficos e tabelas representativas. 1.1.3. Local da Pesquisa A pesquisa foi realizada no Unisalesiano – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins, no curso de Enfermagem. 44 1.1.4 Sujeitos da Pesquisa Conforme apresentado, os sujeitos do estudo foram convidados a participar da pesquisa mediante a assinatura do TCLE /Termo de Assentimento. Participaram da pesquisa 123 acadêmicos do curso de Enfermagem. Não houve recusas. A coleta teve duração de 20 minutos em cada sala. Uma semana foi necessária para a coleta em todas os semestres de Enfermagem. 2 RESULTADOS E DISCUSSÃO Para melhor contextualização e explicação dos temas, os resultados serão apresentados mediante gráficos e tabelas. As 4 primeiras perguntas questionando sexo, idade, curso e semestre, serão discutidas a seguir, respectivamente. Figura 02: Sexo dos participantes da pesquisa. 23 19% Femino Masculino 100 81% Fonte: Elaborado pelas autoras. Segundo Pinho (2002) a predominância dos trabalhadores nos hospitais é do sexo feminino, principalmente na enfermagem, explicada em função do arquétipo, atribuído às mulheres. Fato que também é elucidado em diversas 45 culturas, onde a assistência e higienização dos doentes são consideradas como extensão dos afazeres da mulher. Tabela 01: Idade dos participantes da pesquisa. Idade < 18 18 - 21 22 – 25 26 – 29 30 - 33 > 34 TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 2 50 26 8 19 18 123 % 1,6 40,7 21,1 6,5 15,4 14,7 100,0 Participaram da pesquisa 123 acadêmicos do curso de Enfermagem, com idade de 17 a 57 anos de idade. Com idade média de 25,52. Esse dado revela um perfil bastante jovem dos estudantes e também o quão precocemente estes profissionais poderão se inserir no mercado de trabalho. Segundo Wetterich (2007) em estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, a idade de mais predominância no ingresso a faculdade, é entre 17 a 21 anos. Faixa etária, na qual os jovens se veem diante da tomada de decisão e se tornam responsáveis legalmente para assumir suas atitudes. Tabela 02: Número de alunos participantes da pesquisa segundo os semestres do curso. Semestre 2º 4º 6º 8º 10º TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 24 31 24 16 28 123 % 19,5 25,2 19,5 13,0 22,8 100,0 É interessante a distribuição dos participantes em relação aos semestres. Isto mostra o quanto o curso de Enfermagem é valorizado na região de Lins. E ressalta a importância que os jovens e pessoas que independentemente da idade, buscam o conhecimento e aprimoramento pessoal diante dos novos aprendizados adquiridos e da realização da formação em uma graduação de ensino superior. 46 Figura 03: Quantidade de participantes que possuem ou não filhos. 31 25% Sim Não 92 75% Fonte: Elaborado pelas autoras. Tabela 03: Quantidade de filhos dos participantes que possuem filhos. Quantidade 01 02 03 TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 16 14 1 31 % 51,6 45,1 3,3 100,0 De acordo com a idade média de 25,5 anos, já era esperado uma grande quantidade de participantes que não possuem filhos. Questão 02. Figura 04. Quantidade de participantes que fizeram ou não curso prévio na área da saúde antes de ingressar na faculdade. 48 39% 75 61% Fonte: Elaborado pelas autoras. Não Sim 47 Tabela 04: Quantidade de participantes que realizaram curso prévio na área da saúde. Cursos Auxiliar de Enfermagem Técnico em Enfermagem Técnico em Farmácia Técnico em Radiologia TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 2 44 1 1 48 % 4,2 91,6 2,1 2,1 100,0 As mulheres que realizaram curso prévio na área da saúde (n= 25), 20 se submeteram ao exame preventivo Papanicolaou. Porém, 5 entrevistadas que já deram início a sua atividade sexual, ainda não realizaram o exame Papanicolaou e relatam a vergonha e/ou medo como motivo. Questão 03. Tabela 05: Ano de ingresso dos participantes na faculdade. Ano 2011 2012 2013 2014 2015 2016 TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 2 30 18 24 28 21 123 % 1,6 24,4 14,6 19,5 22,8 17,1 100,0 A maioria dos participantes da pesquisa estão de acordo com a matriz curricular do curso de Enfermagem (5 anos). Apenas dois estão em atraso na matriz curricular, ou trancaram a matrícula e retornaram anos depois, ou até mesmo uma dependência de disciplina, fazendo com que o estudante conclua o curso com outra turma. Questão 04. Tabela 06: Qual foi a idade da primeira relação sexual dos participantes (em anos). Idade 12 – 14 15 – 17 18 – 20 21 ou mais Não teve TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 13 66 27 8 9 123 % 10,6 53,7 22,0 6,5 7,2 100,0 48 Segundo Brasil (2008) relacionamento amoroso geralmente se inicia nesta etapa de transição. Há uma aceitação das mudanças físicas, procedendo em um corpo adulto com capacidade de reprodução. Inicia a fase com que as meninas começam a utilizar roupas mais curtas que expõem seu corpo. No namoro as brincadeiras vão tomando uma proporção maior, resultando numa relação sexual genital. A sexualidade colabora com a formação da identidade do adolescente e aumento da autoestima, afinal esta fase é rodeada de mudanças físicas e psicológicas. Questão 05 e 06 Figura 05: Quantidade de participantes que fazem uso ou não de métodos contraceptivos. 31 25% Não Sim 92 75% Fonte: Balduino, Costa, Souza, 2016. Tabela 07: Métodos contraceptivos mais utilizados pelos participantes. Método contraceptivo DIU Injeção anticoncepcional Pílula anticoncepcional Pílula do dia seguinte Preservativo TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 3 9 49 0 43 104 % 2,8 8,7 47,1 0 41,4 100,0 49 Tabela 08: Frequência do uso de preservativos pelos participantes. Frequência Sempre As vezes Nunca Quando dá tempo TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 36 52 34 1 123 % 29,3 42,3 27,6 0,8 100,0 É de extrema importância elucidar que a maioria dos entrevistados fazem o uso de algum método contraceptivo. Isso mostra que eles possuem uma noção básica sobre os métodos disponíveis no mercado e na saúde pública. “Há ainda muita controvérsia na relação entre o uso de anticoncepcional oral e a infecção HPV. Este vírus é responsivo in vitro ao uso de esteroides, e estes interferem estimulando a atividade transformadora dos oncogenes virais” (GELLER, 2008 apud FREDIZZI et al., 2008, p.78). O uso prolongado de anticoncepcionais orais, induz um aumento do risco de câncer de colo uterino. Ressaltando que em mulheres que fazem o uso desses medicamentos por mais de 10 anos, o risco é duas vezes maior. (CASTELLSAGUÉ; MUÑOZ, 2003) Segundo Silveira (2011) apesar do preservativo ser indicado para prevenir infecções causadas por DST’s, este método não evita a contaminação pelo Papilomavírus Humano em todos os casos. Qualquer contato pele a pele com o condiloma pode haver a transmissão do vírus. Por isso é recomendado o uso de preservativo feminino, já que o mesmo garante uma proteção maior da região genital feminina. A frequência também foi questionada e 27,6% afirmam que nunca usaram o preservativo. Dado alarmante, visto que o questionário foi aplicado em um curso da área de saúde, e sabe-se que o preservativo é um método contraceptivo disponibilizado de forma gratuita que ajuda na prevenção de muitas doenças sexualmente transmissíveis. Questão 07. Tabela 09: Número de parceiros sexuais dos participantes nos últimos 3 meses. Quantidade Nenhum parceiro 1 parceiro 2 parceiros 3 ou mais parceiros TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 20 98 3 2 123 % 16,3 79,7 2,4 1,6 100,0 50 Segundo Albuquerque et al. (2011) e Eduardo et al. (2012), há um aumento na incidência de lesões cervicais por HPV em mulheres cujo número de parceiros sexuais for maior que dois. Gerando, assim, uma situação de alarde para as mulheres que não possuem um parceiro fixo. Estão vulneráveis a qualquer tipo de infecção e doença sexualmente transmissíveis. Ao longo dos anos, estudos reforçam a ideia da associação do câncer de colo uterino com a atividade sexual das mulheres, sendo que as mulheres com múltiplos parceiros sexuais, que iniciaram a atividade sexual muito cedo e também que tiveram muitos filhos são mais predispostas a desenvolverem este tipo de câncer. (HAMMOUDA et al., 2005 apud MOURA et al., 2010, p. 98) Questão 08. Tabela 10: Quantidade de participantes que já realizaram algum tratamento para DST. Alternativas Sim, com ajuda de profissionais Sim, por conta própria Não Não me lembro TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 5 1 117 0 123 % 4,1 0,8 95,1 0 100,0 O histórico de doenças sexualmente transmissíveis (DST), principalmente na exposição ao vírus papiloma humano (HPV), é um fator de risco de grande significância para o câncer de colo do útero. Estando o HPV presente em 99% dos casos de câncer de colo do útero, estudos vêm demonstrando papel importante no desenvolvimento da neoplasia das células cervicais e nas suas transformações em células cancerígenas (MOURA et al., 2010, p.95). É de extrema importância que os acadêmicos de enfermagem, tenham o conhecimento sobre as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis, e os métodos contraceptivos e de proteção da própria saúde e da saúde do parceiro. Questão 09. Tabela 11: Quantidade de participantes que já ouviram falar sobre o exame Papanicolaou. Alternativas Sim e sei para que serve Sim, porém não sei para que serve Não TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 117 6 0 123 % 95,1 4,9 0 100,0 51 De acordo com a tabela acima, 95,1%, ou seja, 117 dos entrevistados responderam que já ouviram falar sobre o exame Papanicolaou e sabem para que serve. Portanto, o resultado foi satisfatório em relação a este conhecimento, segundo Ferreira (2009) a maioria das mulheres demonstram conhecer a finalidade do exame e a procedência da importância do mesmo para sua saúde. Questão 10. Figura 06: Quantidade de participantes que sabem para que serve o Exame de Papanicolaou. 14 11% Não Sim 109 89% Fonte: Elaborado pelas autoras. O exame de Papanicolaou foi desenvolvido como forma preventiva, de diagnóstico e de tratamento das possíveis alterações cervicais. O principal objetivo do exame é o tratamento da infecção pelo HPV, a remoção das lesões condilomatosas, que leva a cura das pacientes na maioria dos casos. Se não houver tratamento, as lesões condilomatosas podem desaparecer, permanecerem inalteradas ou aumentarem em tamanho ou número (BRASIL, 2006 apud MOURA et al., 2010, p. 95) Questão 11. Tabela 12: Frequência dos participantes na submissão do Exame Papanicolaou. Frequência Semestralmente Anualmente A cada 2 anos Nunca fiz TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 7 67 6 43 123 % 5,7 54,5 4,8 35,0 100,0 52 Tabela 13: Participantes que nunca foram submetidos ao Exame Papanicolaou. Sexo Feminino Masculino TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 20 23 43 % 46,5 53,5 100,0 Segundo Pinho et al. (2002), mulheres que não realizaram com periodicidade recomendada ou nunca realizaram o exame Papanicolaou tem maior probabilidade de desenvolverem o câncer de colo uterino. Questão 12. Tabela 14: Quais são os motivos das mulheres para não realizarem o Exame Papanicolaou. Motivos Vergonha Medo Não acha necessário Não teve relação sexual Não sabe para que serve TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 9 5 4 1 1 20 % 45 25 20 5 5 100,0 Os motivos: “não teve relação sexual” e “não sabe para que serve” se encaixaram na opção “Outros” da questão. Sabe-se que para o andamento do exame preventivo Papanicolaou, a mulher precisa expor o seu órgão genital com a posição ginecológica, que muitas vezes geram uma sensação de desconforto, desproteção, vergonha, medo e constrangimento, embora a mesma reconheça a necessidade e importância da realização deste exame para sua saúde. (FONSECA, 2010). Dentre os principais motivos para a não realização do exame Papanicolaou, a vergonha é um sentimento muito relatado pelas mulheres que não se submetem ao exame, esse número pode aumentar quando o profissional que realiza o mesmo é do sexo masculino (FERREIRA, 2009) 53 Questão 13. Tabela 15: Qual era a idade dos participantes na primeira coleta do Papanicolaou. Idade 12 – 15 16 – 19 19 – 22 23 ou mais TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 9 40 25 6 80 % 11,3 50,0 31,3 7,4 100,0 Sabe-se que se detectado precocemente, levando em consideração as condições de vida e de saúde dessa mulher, o câncer de colo uterino pode ter cura. (MOURA et al, 2010) Por sua vez, dentre as causas, o diagnóstico tardio pode estar relacionado com: 1) dificuldade de acesso da população feminina aos serviços de saúde; 2) a baixa capacitação de recursos humanos envolvidos na atenção oncológica, principalmente em municípios de pequeno e médio porte; 3) a capacidade do sistema público em absorver a demanda que chega as unidades de saúde; 4) a dificuldade dos gestores municipais e estaduais em definir e estabelecer uma linha de cuidados que perpasse todos os níveis de atenção - atenção básica, média complexidade e alta complexidade – e de atendimento promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos (BRASIL, 2006, p. 58) Questão 14. Tabela 16: Opinião dos participantes sobre o momento certo para a realização do Exame Papanicolaou. Alternativas Antes da primeira relação sexual Após a primeira relação sexual Não existe momento correto Não responderam TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 10 86 10 17 123 % 8,1 70,0 8,1 13,8 100,0 “O exame citopatológico deve ser realizado em mulheres de 25 a 60 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos. ” (BRASIL, 2006, p. 58) Observa-se o bom nível de conhecimento em relação ao momento certo para a realização da citologia oncótica. 54 Questão 15. Figura 07: Quantidade de participantes que sabiam que o Exame Papanicolaou detecta o câncer do colo do útero, assim como, doenças transmissíveis e infecções em gerais. 14 11% Não 109 89% Sim Fonte: Elaborado pelas autoras. Em relação aos dados obtidos nesta tabela, é preocupante 14 entrevistados do curso da saúde não terem o conhecimento da finalidade do Exame Preventivo Papanicolaou. Pois sabe-se que esses conhecimentos básicos deveriam ser disponíveis para toda a população, independente do acesso ao curso de graduação e cursos profissionalizantes. Responsabilidade das instituições de ensino e públicas de saúde em abordar este tema tão atual em forma de campanhas, promoção à saúde e palestras à comunidade, focando no conhecimento do câncer do colo uterino e da importância do exame preventivo Papanicolaou. Além das responsabilidades das instituições é de responsabilidade dos profissionais de saúde realizar na prática esses programas de promoção a saúde, realizando busca ativa, durante as visitas domiciliárias, para que se tenha total abrangência das atividades. 55 Questão 16. Figura 08: Quantidade de participantes que possuem histórico familiar de câncer do colo uterino. 109 89% Não Sim 14 11% Fonte: Elaborado pelas autoras. Questão 17, 18 e 19. Tabela 17: Quantidade de participantes que sabem como é realizada a coleta do Exame Papanicolaou. Alternativas Coleta de sangue Coleta de material citológico do colo do útero Exame de urina Não responderam TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 0 120 % 0 97,6 0 3 123 0 2,4 100,0 Tabela 18: Opinião dos participantes em relação as mulheres que devem fazer o Exame de Papanicolaou. Toda mulher a partir da primeira relação sexual Toda mulher a partir do primeiro ciclo menstrual Mulheres que apresentam fatores de risco para câncer do colo do útero Não responderam TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 92 % 74,8 24 19,5 4 3,3 3 123 2,4 100,0 56 Figura 09: Opinião dos participantes sobre a periodicidade que as mulheres devem realizar o Exame Papanicolaou. 17 14% 5 4% Uma vez por ano Uma vez a cada dois anos Depende de cada mulher 101 82% Fonte: Elaborado pelas autoras. O exame Papanicolaou consiste da exposição do colo do útero com introdução do espéculo, e com uma espátula de Ayre é realizado a coleta das células na junção escamocolunar (HALBE, 2000) Segundo Brasil (2013) é preconizado que toda mulher, entre 25 a 64 anos de idade, que já iniciou sua vida sexual, deve realizar o exame preventivo, de início, anualmente. Após dois exames consecutivos com resultados negativos para displasia ou neoplasia do colo uterino, este é preconizado a realização a cada 3 anos. Questão 20 e 21. Tabela 19: Opinião dos participantes sobre onde o Exame Papanicolaou pode ser realizado. Alternativas Postos de Saúde Hospitais Clínicas Particulares Não responderam TOTAL N 115 9 62 3 189 % 60,8 4,8 32,8 1,6 100,0 Observação: 38 participantes escolheram 2 (duas) alternativas; 9 participantes escolheram as 3 alternativas. Fonte: Elaborado pelas autoras. 57 Segundo a Resolução COFEN Nº 381/2011 (ANEXO B) a coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método Papanicolaou é privativa do enfermeiro, ou seja, todas as unidade e equipes de atenção primária que tenham um enfermeiro capacitado e dotado de conhecimento técnico, científico e prático, poderá realizar o exame preventivo Papanicolaou. Nas clínicas particulares o próprio médico ginecologista e/ou obstetra realiza o procedimento. Sendo em casos específicos realizado em hospitais, já que o mesmo refere um local de atenção secundária. Tabela 20: Opinião dos participantes em relação aos cuidados prévios necessários para realização do Exame Papanicolaou. Alternativas Não estar menstruada, não ter tido relação nas últimas 48h e não ter realizado ducha vaginal Apenas não estar menstruada Nenhum fator interfere na coleta do Papanicolaou TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 117 % 95,1 6 0 4,9 0 123 100,0 Os locais de maior realização do exame citológico são de caráter ambulatoriais, destacando assim os Postos de Saúde e Clínicas Particulares. Os cuidados prévios necessários para uma coleta adequada de Papanicolaou abrangem: a abstinência sexual nas últimas 48h, não estar menstruada e não ter realizado ducha vaginal. Essas condutas devem ser realizadas para que se tenha uma boa qualidade na realização do exame e um prognóstico com clareza pelo citologista. Questão 22. Tabela 21: Quantidade de participantes da pesquisa que sabem qual doença é prevenida com a vacina contra o HPV, recém-liberada no Sistema Único de Saúde (SUS), porém muito utilizada no sistema particular. Alternativas Sífilis Gonorreia Câncer do colo do útero Não sei Não responderam TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 9 0 106 6 2 123 % 7,3 0 86,2 4,9 1,6 100,0 58 De acordo com a tabela, evidenciou-se que 106 entrevistados acertaram a questão escolhendo a alternativa “Câncer do colo uterino”. Pois sabe-se que a imunização profilática evita a infecção pelo HPV e as doenças a ela associadas e as terapêuticas levam ao retrocesso das lesões pré-cancerosas e remissão do câncer agressivo (FRANCO, 2005). Questão 23 e 24. Figura 10: Quantidade de participantes que receberam ou não a dosagem da vacina contra o HPV. 14 11% Não 109 89% Sim Fonte: Elaborado pelas autoras. Tabela 22: Quantidade de participantes que receberam a dosagem da vacina contra o HPV se tiveram ou não alguma reação após recebê-la. Alternativas Não Sim TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 14 0 14 % 100,0 0 100,0 “As vacinas vêm se mostrando mais efetivas quando administradas antes do início da atividade sexual e as campanhas de vacinação deverão ter como alvo os adolescentes e os pré-adolescentes” (SOPER, 2006; AULT, 2006 apud NADAL, 2006, p. 339). Espera-se, com o uso disseminado da vacina, que 70% dos cânceres cervicais sejam evitáveis, bem como a mesma magnitude das outras doenças 59 anogenitais relacionadas à infecção pelo Papilomavírus Humano. (GONIK, 2006 apud NADAL, 2006). “Devido à pouca idade do público-alvo para a vacinação, os médicos e os pais deverão auxiliar na tomada de decisão” (GONIK, 2006 apud NADAL, 2006, p. 339). De qualquer forma, a imunização contra o HPV é uma das perspectivas para o futuro e a proposta do programa de vacinação, quando a mesma estiver disponível, deverá ser clara, precisa e com informação educativa tanto para a população em geral como para os profissionais de saúde. (GONIK, 2006 apud NADAL, 2006). Em relação aos efeitos adversos das pessoas imunizadas pela vacina do HPV, felizmente nenhuma das nossas entrevistadas, apresentaram no local de aplicação sintomas como astenia (perda ou diminuição da força física), dor, distúrbio gastrointestinal, cefaleia, prurido e rash cutâneo (HARPER et al, 2004; HARPER et al, 2006 apud GIRALDO, et al, 2008). Outro ponto importante a ser destacado em relação ao HPV, é que muitos estudantes desconhecem que o homem pode ser um portador sintomático do HPV (FERNANDES et al, 2009). O homem deve se preocupar com as questões e métodos de profilaxia, mesmo sem apresentar sintomas, pois contribuem para a dispersão do vírus e infecção da mulher, que passa a ter uma maior probabilidade de desenvolver câncer de colo uterino, uma vez que o HPV tem alta prevalência nas neoplasias cervicais precursoras do câncer (FERNANDES et al, 2009). De acordo com a Tabela 23, pode-se perceber que não há diferenças significativas entre os acadêmicos ingressantes e os concluintes do curso de Enfermagem acerca do nível de conhecimento sobre o Câncer de Colo Uterino e a importância do Exame Preventivo Papanicoalou. Porém observa-se que os alunos dos períodos finais, ou seja, 28 entrevistados, tiveram 100% de acertos em algumas questões. 60 Tabela 23: Comparativo de questões do conhecimento acerca do tema com os alunos do 2º semestre e do 10º semestre. 2º Semestre 10º Semestre N % Questão 10. Para que serve o exame de Papanicolaou? Detecção de lesão precussora do câncer do colo do útero 54,2 100 Proteção da mulher contra o câncer 33,3 Não sei 12,5 Questão 14. Em sua opinião qual é o momento correto para realizar o exame? Antes da primeira relação sexual 8,3 3,6 Após a primeira relação sexual 50,0 96,4 Não existe momento correto 8,3 Não responderam 33,4 Questão 15. O exame do Papanicolaou detecta o câncer do colo de útero, assim como, doenças sexualmente transmissíveis e infecções em gerais, você sabia disso? Não 8,3 Sim 62,5 100 Não responderam 29,2 Questão 17. Como é realizada a coleta do Papanicolaou? Coleta de material citológico do útero 87,5 100 Não responderam 12,5 Questão 18. Quem deve fazer o exame de Papanicolaou? Toda mulher a partir da primeira relação sexual 75,0 82,1 Toda mulher a partir do primeiro ciclo menstrual 16,7 14,3 Mulheres que apresentam fatores de risco para câncer do 8,3 3,6 colo do útero Questão 19. De quanto em quanto tempo deve-se fazer o exame de Papanicolaou? Uma vez por ano 83,4 89,3 Uma vez a cada dois anos 7,1 Depende de cada mulher 8,3 3,6 Não responderam 8,3 Questão 20. Onde este exame pode ser realizado? Postos de Saúde 52,6 73,7 Hospitais 10,5 Clínicas Particulares 36,9 26,3 1º semestre: 8 entrevistados escolheram duas respostas (Postos de Saúde e Clínicas Particulares) e 4 entrevistados escolheram as três alternativas (Postos de Saúde, hospitais e clínicas particulares). N= 38 10º semestre: 10 entrevistados escolheram duas respostas (Postos de Saúde e Clínicas Particulares). N= 38 Questão 21. Quais os cuidados prévios necessários para realização do Papanicolaou? Não estar menstruada, não ter tido relações nas últimas 83,4 100 48h, e não ter realizado ducha vaginal Apenas não estar menstruada 8,3 Nenhum fator interfere na coleta do Papanicolaou 8,3 Questão 22. A vacina contra o HPV, recém liberada no Sistema Único de Saúde (SUS), porém a muito tempo utilizada no sistema particular, tem como intuito prevenir qual doença? Sífilis 3,6 Câncer do colo do útero 83,4 96,4 Não sei 8,3 Não responderam 8,3 N = 24 N = 28 entrevistados entrevistados Fonte: Elaborado pelas autoras. 61 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Ao expor sobre câncer de colo uterino e exame preventivo Papanicolaou, a importância da prevenção à saúde, tanto no âmbito individual quanto na comunidade, que é primordial para se obter uma qualidade de vida. Com isso é necessário que se tenha uma boa instrução acadêmica principalmente para os profissionais de enfermagem que estão a frente deste processo, que aborde temas do cotidiano que facilmente podem ser resolvidas. Sugerindo a Instituição realizar trabalhos dinâmicos que envolvam a participação da família do estudante e da comunidade em geral, buscando a sensibilização sobre a importância da prática regular do exame Papanicolaou e a longo prazo a conscientização dos futuros profissionais da saúde sobre esse tema tão significativo atualmente. Diante dos resultados, é de extrema importância que se intensifique o tema abordado, não só na teoria, porém desenvolvendo trabalhos dinâmicos, encontros e participação em eventos específicos com foco de demonstrar a importância da prevenção, através de palestras, distribuição de folders, exibição de vídeos, educação em saúde, técnicas sobre a coleta do exame preventivo, orientações, possibilitando ao acadêmico vivências que o permitirão desenvolver um trabalho eficaz e humanizado para que os índices dessa patologia sejam amenizados. E que as mulheres tenham mais entendimento da importância do exame preventivo Papanicolaou, e a gravidade desta doença para a vida da mulher. 62 CONCLUSÃO Em virtude do término desta pesquisa “Conhecimento dos Acadêmicos de Enfermagem sobre o câncer do Colo Uterino e do Exame Papanicolaou” com objetivos de analisar o conhecimento dos acadêmicos do curso de enfermagem sobre o câncer do colo uterino e o exame Papanicolaou e avaliar o progresso do conhecimento desde a entrada ao ensino superior até o término do curso de Enfermagem quanto à importância do exame Papanicolau e o câncer uterino. Ao contestar a pergunta problema observa-se que o nível de conhecimento dos acadêmicos foi pouco satisfatório, porque podemos constatar erros em perguntas simples e por se tratar de uma graduação em Enfermagem, onde os mesmos irão atuar diretamente com a população, tendo como papel principal, a prevenção, acredita-se que esse resultado deveria ser muito satisfatório porque além da maioria dos participantes ser do sexo feminino e sexualmente ativas, alguns tem curso prévio na área da saúde e a matéria saúde da mulher está presente na matriz curricular. Verificou-se que 42,3% fazem o uso ocasionalmente do preservativo, onde foi observado que 95,1% ouviram falar sobre o Exame Papanicolaou e também 95,1% dos acadêmicos entrevistados tem conhecimento sobre cuidados prévios necessários para a realização do Exame Papanicolaou. Diante disto, a hipótese exposta no início do trabalho foi comprovada visto que os futuros profissionais da saúde necessitam do conhecimento teórico, científico e prático para orientar, sistematizar e organizar os serviços de prevenção buscando sempre a promoção da saúde da população alvo. Realizando ações educativas, com palestras de explicação da finalidade do exame preventivo Papanicolaou, as etapas do procedimento, onde o mesmo pode ser realizado, quem pode se submeter ao exame e quem pode realizá-lo, garantindo a segurança e privacidade das mulheres. 63 REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, Z. B. P., Tavares SBN, Manrique EJC, Souza ACS, Neves HCC, Valadares JG, et al. Atendimento pelo SUS na percepção de mulheres com lesões de câncer cervicouterino em Goiânia-GO. Rev Eletrônica Enferm [periódico na Internet]. 2011 13(2):239-49. 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Disponsível em: http://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/2447/2803 Acesso em: 15 out. 2016 70 APÊNDICES 71 APÊNDICE A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO (T.C.L.E) Eu ......................................................................................................................... , portador do RG n°. .................................................., atualmente com ............. anos, residindo na ................................................................................................................................... , no curso de ..............................., ............... Semestre no Unisalesiano – Lins, após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA PESQUISA, devidamente explicada pela equipe de pesquisadores JÉSSICA BALDUINO, LIVIA APARECIDA REBOLO COSTA E TAMIRES ALVES e pesquisador responsável SILVIO FERNANDO GUIDETI MARQUES, apresento meu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa proposta, e concordo com os procedimentos a serem realizados para alcançar os objetivos da pesquisa, esta que terá como benefícios a conscientização dos acadêmicos da relevância do tema para o conhecimento profissional, interesse na realização do exame preventivo Papanicolaou e autoconhecimento do entrevistado acerca do tema da pesquisa. Já os riscos relacionamse ao constrangimento do público alvo. Concordo, também, com o uso científico e didático dos dados, preservando a minha identidade. Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012, e estou ciente de que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo profissional e que, a qualquer momento, posso solicitar a minha exclusão da pesquisa. Ciente do conteúdo, assino o presente termo. Lins, ............. de ....................... de 2016 ............................................................. Assinatura do Participante da Pesquisa .......................................................... Pesquisador Responsável: Silvio Fernando Guideti Marques Rua Walter Quintela, 70 - Residencial Leonel Brizola Telefone: (14) 3523-9625 72 APÊNDICE B: TERMO DE ASSENTIMENTO (No caso de menores entre 12 e 17 anos 11 meses e 29 dias) Eu ......................................................................................................................... , portador do RG n°. ............................................................, atualmente com ............. anos, residindo na ................................................................................................................................... , no curso de ..............................., ............... Semestre no Unisalesiano – Lins, após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA PESQUISA, devidamente explicada pela equipe de pesquisadores JÉSSICA BALDUINO, LIVIA APARECIDA REBOLO COSTA E TAMIRES ALVES e pesquisador responsável SILVIO FERNANDO GUIDETI MARQUES, tendo o consentimento do meu responsável já assinado, apresento meu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa proposta, e concordo com os procedimentos a serem realizados para alcançar os objetivos da pesquisa estando o meu responsável ciente e de acordo com aquele consentimento. A mesma irá apresentar como benefícios a conscientização dos acadêmicos da relevância do tema para o conhecimento profissional, interesse na realização do exame preventivo Papanicolaou e autoconhecimento do entrevistado acerca do tema da pesquisa. Já os riscos relacionam-se ao constrangimento do público alvo. Concordo também como o uso científico e didático dos dados, preservando a minha identidade. Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou ciente de que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo profissional. A qualquer momento, posso solicitar a minha exclusão da pesquisa. Ciente do conteúdo, assino o presente termo. Lins, ............. de ....................... de 2016 ............................................................. Assinatura do Participante da Pesquisa ............................................................. Pesquisador Responsável: Silvio Fernando Guideti Marques Rua Walter Quintela, 70 - Residencial Leonel Brizola Telefone: (14) 3523-9625 73 APÊNDICE C: CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE PESQUISA A pesquisa “CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE O CÂNCER DO COLO UTERINO E DO EXAME PAPANICOLAOU” realizada pela equipe de pesquisadores JÉSSICA BALDUINO, LIVIA APARECIDA REBOLO COSTA e TAMIRES ALVES DE SOUZA junto com o pesquisador responsável SILVIO FERNANDO GUIDETI MARQUES tem como objetivos analisar o conhecimento dos acadêmicos do curso de Enfermagem sobre o câncer do colo uterino e a importância do exame de Papanicolaou, bem como, avaliar o progresso do conhecimento dos alunos desde a entrada ao ensino superior até o término do curso de Enfermagem neste contexto. A mesma irá apresentar como benefícios a conscientização dos acadêmicos da relevância do tema para o conhecimento profissional, interesse na realização do exame preventivo Papanicolaou e autoconhecimento do entrevistado acerca do tema da pesquisa. Já os riscos relacionam-se ao constrangimento do público alvo. Caso concorde com os termos e condições apresentadas, uma vez que os dados obtidos serão utilizados unicamente para pesquisa e ensino, preservando a sua identidade, você ou representante legal, deve assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e está Carta de Informação ao Participante da Pesquisa, ressaltando que tem total liberdade para solicitar sua exclusão da pesquisa a qualquer momento, sem ônus ou prejuízo algum. Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e estou ciente de que todo trabalho realizado se torna uma informação confidencial guardada por força do sigilo profissional e que, a qualquer momento, posso solicitar a minha exclusão da pesquisa. Por estarem entendidos, assinam o presente termo. Lins, ............. de ....................... de 2016 ............................................................. Assinatura do Participante da Pesquisa ............................................................. Pesquisador Responsável: Silvio Fernando Guideti Marques Rua Walter Quintela, 70 - Residencial Leonel Brizola Telefone: (14) 3523-9625 74 APÊNCIE D: QUESTIONÁRIO UTILIZADO NAS COLETAS Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Idade: __________ Curso: ____________________ Semestre: ________ 1. Você tem filhos? ( ) Não ( ) Sim Quantos? _________________________ 2. Fez curso prévio na área da saúde antes de ingressar na faculdade? ( ) Não ( ) Sim Se sim, qual? ______________________ 3. Em qual ano ingressou na faculdade? ( ) 2012 ( ) 2015 ( ) 2013 ( ) 2016 ( ) 2014 Outro ano: ________________________ 4. Qual foi a idade da primeira relação sexual? (em anos) ( ) 12 – 14 ( ) 15 – 17 ( ) 18 – 20 ( ) 21 ou mais ( ) Não teve 5. Faz uso de métodos contraceptivos? ( ) Não ( ) Sim Se SIM, qual? ( ) Preservativo ( ) Pílula anticoncepcional ( ) Pílula do dia seguinte ( ) DIU ( ) Injeção anticoncepcional ( ) Outro: __________________________ 6. Qual a frequência do seu uso de preservativos? ( ) Sempre ( ) As vezes 75 ( ) Nunca ( ) Quando dá tempo 7. Qual o número de parceiros sexuais nos últimos 3 meses? ( ) Nenhum parceiro ( ) 1 parceiro ( ) 2 parceiros ( ) 3 ou mais parceiros 8. Já fez algum tratamento para DST? ( ) Sim, com ajuda de profissionais ( ) Sim, por conta própria ( ) Não ( ) Não lembro 9. Você já ouviu falar sobre o exame de Papanicolaou? ( ) Sim e sei para que serve ( ) Sim porém não sei para que serve ( ) Não 10. Para que serve o exame de Papanicolaou? ( ) Detecção de lesão precursora do câncer do colo do útero. ( ) Proteção da mulher contra o câncer. ( ) Não sei. 11. Com que frequência você realiza o exame do Papanicolaou? ( ) Semestralmente ( ) Anualmente ( ) A cada 2 anos ( ) Nunca fiz 12. Caso NÃO TENHA REALIZADO o exame do Papanicolaou, responda: Por qual motivo? ( ) Vergonha ( ) Medo ( ) Não acha necessário ( ) Sexo masculino ( ) Outros: ________________________ Caso TENHA REALIZADO o exame responder questões 14 e 15: 13. Com que idade foi realizada a primeira coleta do Papanicolaou? ( ) 12 à 15 anos ( ) 16 à 19 anos ( ) 19 à 22 anos 76 ( ) 23 ou mais 14. Em sua opinião qual é o momento correto para realizar o exame? ( ) Antes da primeira relação sexual ( ) Após a primeira relação sexual ( ) Não existe momento correto 15. O exame do Papanicolaou detecta o câncer do colo de útero, assim como, doenças sexualmente transmissíveis e infecções em gerais, você sabia disso? ( ) Sim ( ) Não 16. Tem histórico familiar de câncer do colo do útero? ( ) Sim ( ) Não 17. Como é realizada a coleta do Papanicolaou? ( ) Coleta de sangue ( ) Coleta de material citológico do colo do útero ( ) Exame de urina 18. Quem deve fazer o exame de Papanicolaou? ( ) Toda mulher a partir da primeira relação sexual ( ) Toda mulher a partir do primeiro ciclo menstrual ( ) Mulheres que apresentam fatores de risco para câncer do colo do útero 19. De quanto em quanto tempo Papanicolaou? ( ) Uma vez por ano ( ) Uma vez a cada dois anos ( ) Depende de cada mulher deve-se fazer o exame de 20. Onde este exame pode ser realizado? ( ) Postos de Saúde ( ) Hospitais ( ) Clínicas Particulares 21. Quais os cuidados prévios necessários para realização do Papanicolaou? ( ) Não estar menstruada, não ter tido relação nas últimas 48hs e não ter realizado ducha vaginal ( ) Apenas não estar menstruada ( ) Nenhum fator interfere na coleta do Papanicolaou. 22. A vacina contra o HPV, recém-liberada no Sistema Único de Saúde (SUS), porém a muito tempo utilizada no sistema particular, tem como intuito prevenir qual doença? 77 ( ( ( ( ) Sífilis ) Gonorréia ) Câncer do colo do útero ) Não sei 23. Você recebeu a dosagem da vacina contra o HPV? ( ) Sim ( ) Não 24. Ocorreu alguma reação após receber a dosagem da mesma? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual o tipo de reação? __________________________________ 78 APÊNDICE E: TABELAS Tabela da Figura 02 - Sexo dos participantes da pesquisa. Sexo Feminino Masculino TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 100 23 123 % 81,3 18,7 100,0 Tabela da Figura 03 - Quantidade de participantes que possuem ou não filhos. Alternativas Não Sim TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 31 92 123 % 25,2 19,5 100,0 Tabela da Figura 04 - Quantidade de participantes fizeram ou não curso prévio na área da saúde antes de ingressar na faculdade. Alternativas Não Sim TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 75 48 123 % 61,0 39,0 100,0 Tabela da Figura 05 - Quantidade de participantes que fazem uso ou não de métodos contraceptivos. Alternativas Não Sim TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 31 92 123 % 25,2 74,8 100,0 Tabela da Figura 06 - Quantidade de participantes que sabem para que serve o Exame de Papanicolaou. Alternativas Detecção de lesão precursora do câncer do colo do útero Proteção da mulher contra o câncer Não sei TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 104 % 84,6 15 4 123 12,2 3,2 100,0 79 Tabela da Figura 07 - Quantidade de participantes que sabiam que o Exame Papanicolaou detecta o câncer do colo do útero, assim como, doenças transmissíveis e infecções em gerais. Alternativas Não Sim Não responderam TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 7 105 11 123 % 5,7 85,4 8,9 100,0 Tabela da Figura 08 - Quantidade de participantes que possuem histórico familiar de câncer do colo uterino. Alternativas Não Sim Não responderam TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 114 6 3 123 % 92,7 4,9 2,4 100,0 Tabela da Figura 09 - Opinião dos participantes sobre a periodicidade das mullheres que devem realizar o Exame Papanicolaou. Alternativas Uma vez por ano Uma vez a cada dois anos Depende de cada mulher TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 101 5 17 123 % 82,1 4,0 13,9 100,0 Tabela da Figura 10 - Quantidade de participantes que receberam ou não a dosagem da vacina contra o HPV. Alternativas Não Sim TOTAL Fonte: Elaborado pelas autoras. N 109 14 123 % 88,6 11,4 100,0 80 ANEXOS 81 ANEXO A: RESOLUÇÃO COFEN Nº 381/2011. Normatiza a execução, pelo Enfermeiro, da coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolaou O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 242, de 31 de agosto de 2000; CONSIDERANDO o Artigo 11, inciso I, alínea ” m “, da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, segundo o qual o Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe, privativamente, a execução de cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; CONSIDERANDO a magnitude epidemiológica, econômica e social do câncer do colo do útero, e a Portaria GM/MS nº 2.439, de 8 de dezembro de 2005, que institui a Política Nacional de Atenção Oncológica; CONSIDERANDO a coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolaou como um procedimento complexo, que demanda competência técnica e científica em sua execução; CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos e privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem; e CONSIDERANDO tudo o mais que consta nos autos do PAD/Cofen nº 680/2010 e a deliberação do Plenário em sua 404ª Reunião Ordinária, RESOLVE: Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolaou é privativa do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão. Parágrafo único: O Enfermeiro deverá estar dotado dos conhecimentos, competâncias e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao 82 procedimento, atentando para a capacitação contínua necessária à sua realização. Art. 2º O procedimento a que se refere o artigo anterior deve ser executado no contexto da Consulta de Enfermagem, atendendo-se os princípios da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher e determinações da Resolução Cofen nº 358/2009. Art.3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. MANOEL CARLOS NERI DA SILVA – Presidente GELSON LUIZ DE ALBUQUERQUE – Primeiro Secretário Publicada no DOU nº 140, pág. 229 – seção 1. 83 ANEXO B: PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP 84 85