EIXO TEMÁTICO 3: História, Sociologia e Filosofia da Ciência na Educação em Ciências e Biologia. MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL – CO.01 DARWINISMO E RELIGIÃO: INTERAÇÕES E DISTANCIAMENTOS Luciano Caldas Camerino, Universidade Federal de Juiz de Fora, [email protected] Claudete I. de Souza Gomes, Universidade Federal de Juiz de Fora, [email protected] Cláudio Magno Gomes Berto, Universidade Federal de Minas Gerais, [email protected] RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo apresentar as (im)possibilidades da articulação entre a Ciência – no caso, a teoria darwinista – e a Religião. Nasceu da experiência docente de dois dos autores: um professor da área de Filosofia da Ciência e uma professora da rede pública estadual de Minas Gerais, no ensino médio e EJA, na disciplina de Biologia. Pretendemos mostrar as diferentes formas de relacionamento entre Ciência (Darwinismo) e Religião, indicando alguns dos principais autores – e suas obras – que se filiam a cada perspectiva indicada, facilitando assim o estudo dessa importante temática, e como os textos e autores sugeridos podem contribuir com os professores/as que estão atuando com esses temas em sala de aula. Palavras-chave: darwinismo; religião; ensino de ciências e biologia A escola é o espaço formal de educação e traz consigo ricas possibilidades de descobertas e conhecimento. E como ela não está isolada da sociedade, traz também, para dentro de seus limites, muitas das questões, contradições, paradoxos e conflitos que permeiam o cotidiano dos agentes que a compõem. É o espaço que muitos conhecem e ocupam desde a primeira infância e que alguns escolhem para se desenvolver pelo trabalho docente e assim se realizar profissionalmente. Atualmente vivemos com a proposta da redescoberta da educação, com novas discussões e transformações que demonstram que, a partir dessa redescoberta se estabelece uma relação que deixa claro que as instituições educacionais, longe de serem neutras, tem um impacto bastante significativo, ainda que controverso, sobre as sociedades contemporâneas (Schwartzman, 1991). Contudo, é sabido que em sociedades integradas e globalizadas como as de hoje, não faz sentido transmitir, pela via da escola, um conjunto compartimentalizado, segmentado e enlatado de conhecimentos que se chocam, ou que não se relacionam com a realidade que entra diariamente pelos olhos e ouvidos das crianças e adolescentes, na televisão, no rádio, nas conversas em casa, nos jornais, na internet. E no entanto, esta realidade cotidiana é fugidia, não guarda sentido de história e tradição, e se alimenta da visibilidade de eventos ocasionais e espetaculares, sem o entendimento de suas características mais permanentes ou profundas (Schwartzman, 1991). Nesse sentido, temos que o ensino de ciências se torna um importante condutor de informações inovadoras e dinâmicas, com potencial para despertar e manter o interesse do/a aluno/a durante as aulas, estendendo as discussões para os espaços além da escola. E nesse espaço de conteúdos curriculares, o tema Origem e Evolução da Vida desempenha papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem, porém, em algumas situações, vai de encontro a crenças e sentimentos religiosos, que também estão presentes nesse espaço. Se a escola responder a uma motivação e a um interesse do educando, e se esta motivação e interesse forem estimulados, ela será bem aceita; caso contrário, ela será, inevitavelmente, rechaçada (Schwartzman, 1991). Nesse sentido, Amorim e Leyser afirmam que nas aulas de Biologia, muitos são os assuntos que trazem à tona esse sentimento de religiosidade, como também algumas crenças e visões de mundo impregnadas de senso comum. Esses elementos emergentes podem enriquecer o momento pedagógico com a pluralidade cultural da qual a sociedade é tecida, ou tumultuar o ambiente a partir da perspectiva de que a diversidade deve necessariamente trazer consigo conflito e oposição. São dois caminhos que poderão ser seguidos a partir dos encaminhamentos metodológicos escolhidos e do posicionamento ético assumido pelo professor. (Amorim e Leyser, 2009, p. 2) Segundo Amorim e Leyser (2009), a Evolução Biológica (EB) é defendida por muitos autores como um conceito fundamental para as Ciências Biológicas, sendo, dessa forma, um elemento indispensável para a compreensão apropriada da grande maioria de seus conceitos e teorias. Os autores ressaltam ainda que professores de Biologia apresentam inúmeras dificuldades no ensino da EB, seja por falta de domínio conceitual do tema, seja por motivos de insegurança em relação a questões e implicações de natureza filosófica e religiosa relacionadas a esse contexto. Mesmo assim, nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM), lê-se que: Um tema de importância central no ensino de Biologia é a ‘origem e evolução da vida’. Conceitos relativos a esse assunto são tão importantes que devem compor não apenas um bloco de conteúdos tratados em algumas aulas, mas constituir uma linha orientadora das discussões de todos os outros temas. (...) A presença do tema origem e evolução da vida ao longo de diferentes conteúdos não representa a diluição do tema evolução, mas sim a sua articulação com outros assuntos, como elemento central e unificador no estudo da Biologia. (Brasil, 2006, p. 22) É também preocupante e desafiador a dificuldade que alguns professores/as possuem de identificar suas próprias limitações e lidar com os assuntos que geram polêmica e discussões que necessitem de uma abordagem mais filosófica ou mesmo científica mais abrangente. Daí nosso estímulo ao trazer para conhecimento e discussão algumas obras e autores que se debruçam sobre os temas aqui citados e que podem auxiliar na compreensão e embasamento dos profissionais da educação em ciências, para assim nortearem as discussões em sala de aula. Para isso, seguimos a tipologia apresentada pelo Prof. Ian G. Barbour, importante estudioso das interfaces entre ciência, filosofia e religião, autor de diversas obras sobre o assunto. Segundo ele, as relações entre o Darwinismo e a Religião podem ser assim resumidas como relações de (1)CONFLITO, (2)INDEPENDÊNCIA, (3)DIÁLOGO OU (4)INTEGRAÇÃO. 1. CONFLITO Segundo essa perspectiva, não é possível ser teísta e neodarwinista, ao mesmo tempo. Na visão dos darwinistas ortodoxos, o materialismo evolucionista, por meio do acaso e da necessidade, da seleção natural e das variações aleatórias explicadas pelas leis da genética, pode explicar o desenvolvimento da vida, sem que se precise recorrer a qualquer fator espiritual ou transcendente. Alguns autores inscritos nessa corrente chegaram mesmo a empreender uma crítica à religião, vista como obscurantista e intolerante. Podemos relacionar os seguintes pensadores que se inscrevem nessa visão, e suas obras, a saber: Dawkins (1989; 1998; 2001; 2007; 2009), Dennett (1998), Jacob (1995) e Monod (1971). Pelo lado dos pensadores religiosos, há um esforço para desqualificar o darwinismo mesmo enquanto teoria científica, argumentando-se, por exemplo, no sentido da inexistência da macro evolução e da impossibilidade do acaso gerar estruturas complexas. São relevantes, nessa perspectiva, dentre outros, Behe (1997) e Johnson (1994). Cabe destacar, ainda, a existência da Sociedade Criacionista Brasileira, que se dedica a estudos nessa linha de abordagem, cujos trabalhos podem ser verificados no sítio do 1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente, que se realizou em 2014. Essa visão opõe literalistas bíblicos e cientistas ateus, que se veem como adversários, e cuja proximidade somente poderia gerar conflitos apaixonados. 2. INDEPENDENCIA Conforme essa leitura, ciência e religião – por terem métodos distintos, se referirem a diferentes campos da realidade e desempenharem funções diferentes na vida humana – mantém entre si distância e independência, não sendo possível que entrem em conflito, nem tampouco se aproximem numa possibilidade de integração. A ciência se ocupa do domínio empírico do real, valendo-se para tal do método científico sujeito à testabilidade, enquanto a religião depende especialmente da crença e da fé que se apoia na revelação. Não é válido que cientistas, a partir da ciência, façam afirmações a respeito de Deus, do sentido da vida ou da moral, conforme os autores da primeira perspectiva aqui indicada costumam praticar. Da mesma forma, os religiosos não têm legitimidade para se manifestar nos campos específicos da ciência, conforme já fizeram desastradamente em muitos momentos da história da humanidade, sendo o mais emblemático deles a condenação das ideias de Galileu pela Igreja Católica. Assim, o conflito entre afirmações científicas e doutrinas religiosas não faz sentido, porque esses campos não se acham no mesmo espaço, sendo claramente distintos e compartimentalizados. Destaca-se, nessa perspectiva, Gould (1990; 2004a; 2004b; 2014). 3. DIÁLOGO A tese do diálogo, indo além daqueles que propõem a independência entre os dois campos, pretende mostrar que a ciência e a religião podem propor conceitos análogos para determinados aspectos da realidade. Por exemplo, a enigmática ideia da auto-organização, segundo a qual é difícil explicar como as moléculas orgânicas apareceram antes da presença dos processos reprodutivos que funcionam segundo as leis da genética e da seleção natural. As teorias da complexidade sugerem que os sistemas físicos e químicos, perturbados em seu equilíbrio, podem dar origem a níveis maiores de complexidade, mostrando que o acaso e a desordem podem gerar ordenações complexas e mais amplas, sendo possível que a vida tenha surgido por perturbações dessa natureza. Nessa perspectiva, o reducionismo e o determinismo, que caracterizam algumas correntes ortodoxas do darwinismo, são rejeitados. De acordo com essa filosofia, os organismos biológicos exibem uma hierarquia de múltiplos níveis de sistemas e subsistemas, atuando em níveis inferiores e superiores conjuntamente. Existe a hierarquia física (átomos, moléculas, etc.), a hierarquia reprodutiva (gene, genoma, organismo, população), a hierarquia neural (molécula, sinapse, neurônio, redes neurais, cérebro, corpo), além das hierarquias sociais das quais também os seres humanos participam. Embora a ciência opere através da redução metodológica, decompondo os níveis superiores em seus componentes para fins de estudo e pesquisa, há diferenças ontológicas entre os níveis. Um organismo é maior que a soma de suas células, tendo uma identidade própria, não sendo apenas a expressão de um “gene egoísta”. Assim, a vida não viola as leis da física, da química, mas as organiza de uma forma que as supera; quando as fronteiras da ciência produzem questões-limite, temos uma fecunda possibilidade de diálogo entre ela e as ideias filosóficas e as revelações religiosas. Temos diversos autores que podem ser enquadrados nessa leitura da realidade (Gleick, 1990; Lovelock, 1990; Yunes, 1995; Prigogine, 1996; Maturana e Garcia, 1997; Prigogine e Stengers, 1997; Sheldrake, 1997; Maturana, 2001). 4. INTEGRAÇÃO A categoria da integração tem algumas versões, todas buscando uma maior aproximação entre ciência (darwinismo) e religião, mais íntima que a buscada na ideia do diálogo. Para a teologia natural, a evolução é um processo direcional, em que permanece a abertura para a novidade e para uma espécie de criação contínua, em que o universo não é uma obra finalizada de um engenheiro divino, mas algo que está em perpétua elaboração, inclusive com a colaboração humana. Variedade e novidade fazem parte desse processo, acaso e lei são elementos que se complementam, ao invés de se excluírem. A ação de Deus no mundo se dá de modo criativo e parcial, como alguém que compõe uma sinfonia que jamais se finda. A substância da realidade é plena de potencialidades, que vão se manifestando conforme seja possível, sem que a onipotência de Deus faça da realidade uma reprodução autoritária de um projeto divino. Alguns pensadores falam mesmo de uma autolimitação de Deus, onde o Absoluto voluntariamente se abstém de dirigir o curso dos acontecimentos, permitindo que a realidade seja. Alguns dos autores que se colocam nessa abordagem são Archanjo (1980), Arnould (1999), Chardin (1970) e Haught (2002). 5. Indicamos ainda algumas outras obras relevantes para pensar temáticas que aproximam ou contrastam o Darwinismo e a Religião: 5.1. ESTUDOS ANIMAIS: discussões sobre a relação dos homens com os animais e sobre o estatuto filosófico da animalidade (Morris, 1990; 1996; Maciel, 2011). 5.2. EPISTEMOLOGIA DA BIOLOGIA: obras que discutem a cientificidade da Biologia e suas características específicas enquanto ciência, dotado de uma epistemologia regional (Hull, 1975; Freire-Maia, 1988; Mayr, 2005). 5.3. Há, ainda, filósofos que refletiram sobre temas diversos na relação entre a biologia e a filosofia (Popper, 1975; Angioni, 1999; Frezzatti Jr., 2001; Marques, 2012). 5.4. Finalmente, há também algumas obras que tratam do darwinismo de modo geral (Kayser, 1998; D'ottaviano e Gonzales, 2000; Rose, 2000; Peters e Bennett, 2003; Carroll, 2006). CONSIDERAÇÕES FINAIS Consideramos que, na educação básica, os/as professores/as devem buscar maneiras construtivas de demonstrar à/ao aluna/o a necessidade de se relacionar com o mundo ao seu redor, do qual a ciência faz parte. A ciência, no período da modernidade, teve raízes cristãs e, ainda que tais raízes não tenham permanecido na contemporaneidade, muitos cientistas, assim como professores/as são, ainda hoje, homens e mulheres religiosos/as, e isso muitas vezes se mescla nas atividades curriculares. É necessário reconhecer e mostrar que a pesquisa científica tem dado contribuições formidáveis à humanidade, e desde os primeiros anos da educação formal é relevante que essas informações cheguem ao/à estudante. No dia a dia, é comum a referência à expressão "teoria" como sendo algo superficial, simplório, uma especulação. Entretanto, nas investigações científicas, o termo se refere a uma hipótese confirmada por inúmeras experimentações, com alto grau de precisão, durante muito tempo. Assim, estas são dignas de bastante credibilidade. A Teoria da Evolução, assim como a Teoria da Gravitação Universal, são alguns exemplos, que na literatura científica é possível confirmar, assim como obter atualizações constantes, já que precisamos admitir que a ciência é extremamente dinâmica e para a prática educativa eficiente e prazerosa é importante que as novidades sejam sempre informadas e discutidas em sala de aula, com nossos/as alunos/as. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMORIM, M. C.; LEYSER, V. 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