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O imponente
Amber Fort é
uma obra com
elementos
culturais hindus
e muçulmano
Rajastão,terra dos marajás
Prédio que
serviu de
inspiração ao
Taj Mahal, que
aparece nas
fotos acima
Batizada de Terra dos Reis, por
causa dos excêntricos marajás,
a região do Rajastão é a Índia
mostrada nas novelas. Elefantes e
camelos pelas ruas, mulheres com
joias e sáris coloridos e palácios
gigantes no deserto árido.
A chegada a Jaipur, a capital
do Estado, impressiona pelas
construções em cor avermelhada,
como o Hawa Mahal, o Palácio
dos Ventos. O suntuoso prédio,
com 900 janelas, foi assim construído por um marajá para que as
mulheres de seu harém pudessem
ver a movimentação da rua sem
serem vistas pela população.
A próxima parada foi no imponente Amber Fort, obra com
elementos culturais hindus e
muçulmanos usada por uma
antiga família real indiana. Por ser
no alto de uma colina, elefantes
transportam turistas.
Estive em Jaipur na tradicional
festa das tintas, o holi indiano.
A celebração ocorre na primeira
lua cheia de março, e suas origens
remetem a diferentes lendas
mitológicas dos hindus. Milhões
de pessoas vão às ruas para celebrar a data com música, comida,
bebida e pós multicoloridos.
A cerca de 400 quilômetros
dali, minha segunda parada: a
romântica Udaipur. Muitos a
chamam de Veneza do Oriente,
mas não achei sequer parecida.
De fato, há belos lagos artificiais,
mas o que encanta mesmo é a
disposição da cidade e o seu pôr
do sol. Do alto de uma colina, em
frente ao Lago Pichola, assisti a
um entardecer de cinema.
Aliás, a cidade ficou famosa
por aparecer em 007 Contra
Octopussy (1983). A pedida é
fazer um happy hour em um
dos inúmeros terraços, onde
diariamente o filme é rodado nos
telões. Também vale conhecer
o belo Palácio da Cidade (City
Palace) e bater perna.
Dali, segui para a pequena e
tranquila Pushkar, a cerca de 380
quilômetros. De cara, fui cativada
pelo lago sagrado, onde as cinzas
de Gandhi foram atiradas.
No local, também está um dos
poucos templos dedicados ao
deus Brahma, que, ao lado de
Vishnu e Shiva, forma a tríade
suprema do hinduísmo.
SEGUE
Nova Délhi, capital pluricultural
Se de um lado você desembarca
no moderno Aeroporto Internacional Indira Gandhi e pega um
confortável e limpo metrô até o
coração da cidade, a próxima parada será de ruelas insanas, onde
bicicletas, tuk-tuks, carretas, vacas
e pessoas se cruzam incessantemente. E, pasme: ainda assim,
parece estar tudo dentro de um
relativo caos organizado.
A capital da Índia congrega
jovens, burocratas, transeuntes e
doentes. Mas, em Délhi, também
há recantos menos agitados, já que
tranquilidade é quase impossível.
É o caso do Gurudwara Sis Ganj
Sahib, templo situado em umas
das ruas mais peculiares da velha
Délhi, a Chandni Chowk Road.
O templo é um reduto do sikhismo, religião monoteísta do século
15, que reúne elementos tanto
do hinduísmo quanto do islã. Lá
dentro, todos recebem lenços para
cobrir a cabeça, e é servido ao público o karah prasad, iguaria sagrada feita à base de farinha, açúcar e
manteiga. Todos os participantes
comem juntos, sem distinção de
casta ou crença religiosa.
A cidade abriga também construções belíssimas, como a Tumba
de Humayun, o Qutb Minar, o
Red Fort, o templo Lótus, o Portão da Índia e o singelo memorial
instalado na casa onde Mahatma
Gandhi foi assassinado, em 1948.
No Humayun, dedique um tempo
para observar a obra que serviu
de inspiração ao Taj Mahal. Se for
mais ao final do dia, pode-se ver
um pôr do sol deslumbrante.
Para ser sincera, o mais legal é
se perder pela cidade. Circulando
a pé, você depara com templos,
aprecia os sons e aromas, tem a
possibilidade de experimentar
comidas exóticas e saborosas. Mas
fica o alerta: preste atenção se o
local tem as mínimas condições de
higiene. Não são poucas as histórias de intoxicação alimentar.
A 200 quilômetros da capital
fica Agra, cidade do Taj Mahal.
Belo e fascinante, é considerado
a maior prova de amor do mundo
– foi construído pelo imperador
Shan Jahan, em homenagem a
sua esposa favorita, Aryumand
Banu Begam, que morreu após
dar à luz seu 14º filho.
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