Quando o governo anunciou o envio ao Congresso de um projeto de

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O
Deputado
Jovair
Arantes (PTB-GO) faz o
seguinte pronunciamento na
sessão de 1º de dezembro
de 2010:
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados;
A
economia
brasileira
alcançou
índices
elevados e positivos em praticamente todos os setores. O
Brasil é hoje um país dos mais promissores para os
próximos anos.
Isto leva ao aumento da produção nas
empresas e por conseguinte a abertura de novos postos de
trabalho.
Num mercado globalizado em que vivemos,
a competição por profissionais capacitados que não
comprometam a qualidade, será fundamental para a
expansão nesse momento altamente favorável para o
Brasil.
Precisamos de mão de obra verdadeiramente
capacitada para resolver com rapidez e não comprometer a
qualidade.
Para a realização da copa do mundo em
2014 e a olimpíada de 2016, já estamos com um déficit de
330 mil trabalhadores com qualificação nas áreas de
COMÉRCIO, ALIMENTAÇÃO e CONSTRUÇÃO CIVIL,
segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada – IPEA.
Porisso, o poder público resolveu investir nos
cursos profissionalizantes, que é a única saída para o
problema. Cursos profissionalizantes de nível médio e
tecnológicos, que são cursos superiores de graduação de
dois
ou
três
anos
de
duração,
e
focados
numa
especialização.
O Ministério da Educação, no Governo LULA
já investiu 885 milhões de reais em infraestrutura,
mobiliário e equipamentos do plano de expansão. Tem
previsão de investimentos na ordem UM BILHÃO E CEM
MILHÕES de reais para investir nessa área de cursos
técnicos, quando será totalizada a quantia de 354 escolas
Federais no Brasil, a serem entregues até ao final do ano
de 2010.
Nos discursos do Presidente LULA, ele tem
destacado a importância que está dando aos cursos
profissionalizantes de ensino médio, quando sempre
lembra da evolução que teve em seu Governo, pois antes
haviam até o ano de 2002, apenas 140 escolas, desde o
Governo de Getúlio Vargas, que foi quem iniciou essa
modalidade de Ensino no País.
GETÚLIO VARGAS, do PTB, já em 1930
teve a iniciativa dos cursos profissionalizantes no Brasil. De
lá para cá, sempre houve a necessidade de criação de
mais e mais cursos profissionalizantes a nível de ensino
médio.
Já se anunciam em algumas áreas da
produção nacional que poderá acontecer um APAGÃO DE
MÃO
DE
OBRA,
ou
APAGÃO
DE
RECURSOS
HUMANOS.
Com o início do novo governo no ano que
vem, presume-se que o crescimento da economia possa
atingir o patamar de taxas de 7% a 8% ao ano, o que é
muito bom para a economia brasileira, e isso vai exigir mão
de obra qualificada, quando ao certo seria que os nossos
jovens matriculados em ensino médio optassem por cursos
técnicos profissionalizantes, mas somente 10% desses é
que fazem cursos técnicos, chegando a um milhão, mas o
ideal seria que fosse 30%.
Se compararmos outros países, veremos que
a Argentina tem 25% dos estudantes em ensino médio
optando por cursos técnicos. Na Coréia do Sul são 37%, e
na Alemanha, quase 70%. O Brasil precisa então investir
na formação de mão de obra qualificada, pois não adianta
o crescimento da economia e não termos a mão de obra
especializada.
Estamos no momento do Ensino Técnico.
Faltam
técnicos
ligados
à
operação,
engenheiros, e desenvolvimento de sistemas e infraestrutura para máquinas e redes de computadores. Nestas
áreas a graduação e pós-graduação nem são levadas em
conta, mas os cursos de especialização.
Para os jovens também é muito melhor, pois
as vagas do emprego se abrem, já que o mercado atual
exige que o trabalhador seja um técnico em sua área de
atuação.
Dizem os especialistas da área que o correto
e o ideal seria que a formação profissional ocorresse
durante o ensino médio, para corrigir algumas distorções
causadas por práticas políticas e educativas anteriores.
Durante muito tempo houve uma desatenção
do poder público para com as classes menos favorecidas e
um foco muito grande no ensino superior para as classes
média e alta.
Nos anos 1990, com o acesso facilitado ao
ensino superior privado, houve um abandono da formação
técnica, ministrada na fase do ensino médio, que está
sendo bastante sentida agora. Os profissionais técnicos
respondem com maior rapidez o que o mercado de trabalho
exige e precisa.
Com o alvorecer de novos tempos e com o
mercado aquecido, há uma sinalização para a melhoria em
cursos técnicos profissionalizantes, e o poder público
poderá investir nas famílias menos favorecidas e terá uma
maior integração desses jovens com o mercado de
trabalho.
As áreas ligadas ao comércio também
sentem a falta de funcionários especializados no mercado.
Os cursos de informática e tecnologia da informação são
bastante procurados e exigem atualização constante. As
áreas se destacam de acordo com o cenário econômico.
A falta de mão de obra especializada é um
mal que se pulverizou por todos os setores. De acordo com
o cenário econômico, nos próximos anos, com a realização
da copa do mundo em 2014, e das olimpíadas de 2016,
com certeza, teremos escassez e uma maior necessidade
de técnicos em turismo, hotelaria e gastronomia.
Na área rural a realidade não é diferente das
demais áreas, aliás, a situação é ainda mais complicada,
principalmente pelo fato de que há a influência da baixa
escolaridade encontrada nesse meio de trabalhadores
rurais, e do pequeno produtor.
Hoje, o Governo tem o SENAR – Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural, que oferece educação
profissional pra trabalhadores rurais, às vezes até mesmo
nos seus locais de atuação, transformando o mundo rural
numa sala de aula.
O SENAR desenvolveu um sistema de
formação profissional rural não formal, que possibilita aos
cidadãos do campo a aquisição de conhecimentos,
habilidades e atitudes para um desempenho de maior
qualidade.
As
demandas
chegam
por
meio
dos
sindicatos dos produtores rurais. Os parceiros ficam
responsáveis por organizar o grupo em propriedades rurais,
daí, o cenário pedagógico fica mais facilitado.
A maioria dos alunos já estão em seus locais
de trabalho, o que facilita em muito a aprendizagem,
geralmente nas principais áreas, tais como; operadores de
máquinas agrícolas, pecuária de corte e leite, e na
aplicação de defensivos, que requerem muito cuidado e
conhecimentos de segurança do trabalho.
Uma das características desse pessoal é a
rotatividade de atividades, pois numa fazenda o lavrador
desempenha múltiplas funções. Ele ordenha a vaca, ara a
terra, faz o plantio e a colheita, opera máquinas pesadas e
conduz o gado no pasto.
O SENAR, além dos cursos, ministra também
palestras, seminários e outras atividades no mundo rural.
Se a educação é uma prioridade máxima de
todos os governos, o ensino técnico e profissional deve ser
a prioridade número um do país, a fim de evitarmos que
sempre estejamos importando mão de obra técnica, e
nosso o Governo do Presidente LULA investiu bastante
com o plano de Expansão da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica.
A qualificação para o exercício de atividades
laborais nos diversos setores da economia (agrícola,
industrial, comercial e de serviços), por meio de cursos
técnicos, representa o atendimento de uma demanda das
classes médias e populares urbanas e agora também rural,
no sentido de que lhes fossem oferecidas maiores
condições de mobilidade social.
Muito obrigado.
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