Projeto Hydro Therapeia - Tiago Pimenta

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Introdução
A água, para o ser vivo, representa um dos elementos essenciais para a
sua sobrevivência. Ao Ser Humano, para além de inúmeras utilidades, este
líquido engloba benefícios incalculáveis quando é utilizado em terapias de
diversos tipos.
A imersão do corpo em piscina aquecida, tendo e conta os seus efeitos
físicos, fisiológicos e cinesiológico é um recurso fisioterapêutico importante
para a reabilitação e/ou para a prevenção de alterações funcionais, ao qual se
dá o nome de Hidroterapia. De acordo com Candeloro e Caromano (2007), as
propriedades físicas e o aquecimento da água desempenham um papel
vantajoso na melhoria e na manutenção da amplitude de movimento das
articulações, do relaxamento e na redução da tensão muscular.
A diminuição do impacto articular durante actividades físicas aquáticas,
proporcionada pela flutuação, conduz à redução da sensibilidade da dor,
diminuição da compressão nas articulações doridas, diminuição dos espasmos
e uma maior liberdade de movimento. Segundo o que dizem Candeloro,
Caromano (2007) e Sacchell, Accacio (2007) os exercícios de fortalecimento
com paciente submerso estão fundamentados nos princípios físicos da
hidrostática, que permitem gerar resistência multidimensional constante aos
movimentos.
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Historiã
A água na cultura Proto-india (2400 anos A.C.) servia apenas para
rituais e higiene, no tempo de hipocarates (460-375 A.C.) deu-se a introdução
da água como meio de cura de doenças musculares, reumáticas e articulares.
No tempo dos romanos a mesma começou a ter função recreativa e
curativa com a formação de termas e saunas devido aos efeitos da água
quente no ser humano.
Em 1928 dá-se a introdução dos tanques Hubbarde, com as funções
semelhantes aqueles que vemos nas piscinas, devido às propriedades quentes
da água a resistência articular assim como a muscular são eliminadas,
facilitando os movimentos para aqueles que estão mais debilitados dos
mesmos.
A partir de 1930, existe bastante evolução em relação às técnicas
utilizadas na hidroterapia como: hidroterapia ativa, Halliwick, método dos anéis
de Bad Ragaz, water specific therapy, Ai Chi e Watsu.
As diferentes técnicas podem ser utilizadas em determinadas patologias
assim como um determinado número de pacientes.
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Descrição do Projecto
A hidroterapia alterna de água quente e fria para o tratamento do paciente. A
imersão do corpo em água quente aumenta a temperatura corporal e provoca a
dilatação dos vasos sanguíneos o que resulta numa melhor circulação do
sangue na pele e no músculo. A água fria produz a construção dos vasos
sanguíneos, reduzindo o fluxo sanguíneo na pele e nos músculos mas
aumentando a circulação nos órgãos internos.
Ao estar o corpo submergido, a "redução do peso" é de 90%, diminuindo desta
forma pressão nas articulações e nos músculos e criando uma sensação de
relaxamento.
A hidroterapia recomenda-se em:

Gerontes
Nos idosos, a terapia aquática apresenta vários benefícios, dentre os
quais se destacam: diminuição da frequência cardíaca, aumento do
desempenho cardiopulmonar, fortalecimento e aumento da capacidade
elástica dos músculos, aumento da amplitude articular, diminuição e/ou
eliminação das tensões mentais (Bornachela, 1999; Candeloro, 2009).
Exercícios regulares podem auxiliar os idosos na ampliação de sua
qualidade de vida e reduzir a taxa de declínio do seu estado funcional. A
hidroterapia é uma prática segura para programas aeróbicos, além de
ser importante para o tratamento de patologias associadas ao
envelhecimento tal com Parkinson, osteoporose e artrose (Candeloro,
2009).

. Deficientes físicos
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As propriedades físicas da água e sua relação com o corpo oferecem ao
portador de deficiência maior possibilidade de mobilidade, afastando-o
momentaneamente da utilização de próteses, bengalas, cadeira de roda,
etc. Contribui significativamente para o desenvolvimento psicomotor do
indivíduo (Rocha, 1994).
De acordo com o mesmo autor, a hidroterapia relaxa, estica e reforça a
musculatura, através de movimentos coordenados; aguça os reflexos
proporcionando melhor domínio dos músculos exercitados; melhora a
flexibilidade; evita tensões e rompimento de músculos. Conduz,
portanto, a efeitos psíquicos benéficos, como a sensação de vivacidade
e de bem-estar, predisposição ao prosseguimento intensivo do trabalho
através do aquecimento e melhora a capacidade de concentração

Gestantes
Canderolo (2009) cita pesquisas onde gestantes que praticaram
exercícios físicos como a hidroterapia tiveram filhos com a capacidade
cognitiva mais aguçada, pelo fato da melhor oxigenação dos fetos e
disponibilidade de nutrientes aos mesmos.
Para a gestante, algumas das vantagens da hidroterapia são o alívio das
dores da coluna, melhora da estética corporal e a condição
cardiorrespiratória, além do aumento da flexibilidade.
Para Candeloro (2009), gestantes que apresentam uma boa condição
física correm menos riscos de passarem por complicações durante o
parto e no pós-parto, conduzindo à rápida recuperação. A hidroterapia
permite que a mulher desempenhe exercícios aeróbicos de uma forma
segura, protegendo-a contra quedas e impactos, fortalecendo os
músculos do assoalho pélvico (Cirullo, 2000).
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
Portadores
de
disfunções
músculo-esqueléticas
da
coluna
vertebral
Os exercícios aquáticos ajudam no fortalecimento da musculatura da
coluna, melhorando a postura corporal. A imersão isolada destes
músculos estabilizadores na água aquecida diminui a dor e tem suporte
externo da pressão hidrostática (McNamora; Thein, 2000).

Portadores de doenças ortopédicas e reumáticas
Com a água aquecida há uma diminuição da dor e do espasmo
muscular; a flutuação facilita a influência da ação da gravidade, a qual
aumenta a espasticidade, com isso alivia-se o estresse das articulações,
especialmente das sustentadoras do peso corporal (Campion, 2000;
Giesecke, 2000).Relaxamento.
A hidroterapia é aplicada tanto em crianças como em adultos. Em crianças com
paralisia cerebral é de grande ajuda, porque melhora o controle dos
movimentos e a respiração.
Muitos pacientes que padecem de artritis reumatoidea têm como parte do
tratamento a hidroterapia, que lhes dá um grande alívio para as articulações
"travadas" ou com pouca mobilidade, comum nos pacientes com esta doença.
Este projecto visa incluir em todas as Piscinas do concelho de Valongo uma
modalidade de tratamento disponível para o melhoramento da saúde e bemestar, bem como a qualidade de vida de todos os munícipes do Concelho de
Valongo. Sendo que as aulas para pessoas portadoras de deficiência teriam de
ser realizadas na Piscina Municipal de Valongo, pois seria necessário a
instalação de um elevador nas piscinas, sendo que a instalação do mesmo esta
idealizada para as Piscinas de Valongo devido a esta infra-estrutura estar
devidamente equipada através de acessos e locais adequados para receberem
pessoas portadoras de deficiência, reunindo desta forma (na minha opinião) as
melhores condições para que a instalação do elevador para a colocação das
pessoas com deficiência dentro de água seja realizada nestas Piscinas.
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Publico Alvo
A água é um meio ideal para o paciente em reabilitação por algum
impedimento físico. Ao estar o corpo imerso na água, o paciente poderá
realizar movimentos que não vão ser possíveis em outras condições.
A hidroterapia é aplicada em todas as faixas etárias em pessoas que
necessitem de um meio de reabilitação, posto isto, o público-alvo inerente este
projecto são todos os Munícipes do Concelho de Valongo, que precisem de um
meio de tratamento para combaterem as suas necessidades. Sendo que a
hidroterapia recomenda-se em:

Gerontes;

Deficientes Físicos;

Gestantes;

Portadores de disfunções músculo-esqueléticas da coluna vertebral;

Portadores de doenças ortopédicas e reumáticas.
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Limite Temporãl do Projecto
O limite temporal deste projecto tem uma duração inicial de 11 meses,
isto devido ao facto, das estruturas municipais para onde está idealizado o
projecto (Piscinas de Alfena; Piscinas de Ermesinde; e Piscinas Municipais de
Valongo) estarem encerradas durante o mês de Agosto.
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Orçãmento do Projecto
Orçamento anual para o Professor:
Existem 5 Freguesias (Alfena; Ermesinde; Valongo; Campo; Sobrado),
leccionando duas aulas semanais para cada Freguesia, faz um total de 10
aulas semanais; (Hidroterapia)
Aulas para pessoas portadoras de deficiência, teriam de ser aulas
individuais pois requerem bastante mais atenção e um acompanhamento mais
personalizado, deste modo é difícil de calcular um número de aulas semanais e
um valor correto relativamente a estas aulas;
10 número de aulas semanais;
10x10=100 (Preço semanal para Professor, sendo que cada aula é paga
a 10€);
100x47=4700 (Orçamento final para os 11 meses (47 semanas) de
duração do projecto para pagamento do Professor).
Orçamento de o Elevador: (Anexo A)
4536.25 € Elevador de Piscina Liftech fixo MT600, na empresa Liftech.
Local de instalação:
Tanque Médio das Piscinas Municipais de Valongo
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Referenciãs:
Accacio, L. M. P.; Sacchelli, T. Propriedades físicas da água. In: MONTEIRO,
C. G.; Gava, M. V. (Org.). Fisioterapia aquática. São Paulo: Manole, 2007a.
cap.1, p.1-12.
Bonachela, V. M. Manual básico de hidroginástica. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint,
1999
Campion, M. R. Hidroterapia princípios e prática. São Paulo: Manole, 2000.
Candeloro, J. M.; Caromano, F. A. Efeito de um programa de hidroterapia na
flexibilidade e na força muscular de idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia,
v.11, n.4, p. 303-309, 2007.
Candeloro; Hidroterapia para a 3ª idade. 2008. Disponível em:
http://www.poolterapia.com.br/3idade.htm. Acesso em: 01/06/2009.
Candeloro; Hidroterapia para gestantes. 2008. Disponível em:
http://www.poolterapia.com.br/hidroges.htm. Acesso em: 01/06/2009.
Cirullo, J. Reabilitação aquática para pacientes obstétrica e ginecológ ica. In:
Ruoti, R. G.; Morris, D. M.; Cole, A. J. Reabilitação aquática. São Paulo:
Manole, 2000. cap.10, p. 191-213.
Giesecke, G. L. Reabilitação aquática de pacientes com lesão da medula
espinhal. In: Ruoti, R. G.; Morris, D. M.; Cole, A. J. Reabilitação aquática. São
Paulo: Manole, 2000. cap. 8, p. 141-165.
McNamara, C.; Thein, L. Reabilitação aquática de pacientes com disfunções
musculoesqueléticas da coluna vertebral. In: Ruoti, R. G.; Morris, D. M.; Cole,
A. J. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole, 2000. cap. 6, p. 95-115.
Rocha, J. C. C. Hidroginástica: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint,
1994.
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