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RENDIMENTO DE ÓLEO ESSENCIAL DE ESPÉCIES ACHILLEA SP.
Daniele Pereira de Castro/Pesquisadora
Maria das Graças Cardoso/Doutora em Química Orgânica/DQI/UFLA/[email protected]
Jair Campos de Moraes/Pesquisador/DFP/UFLA
Fabiana Rezende Muniz/Iniciação Científica/DQI/UFLA
Luiz Gustavo de L. Guimarães/Pesquisador/DQI/UFLA
Alcilene de Abreu Pereira/Pesquisador/DQI/UFLA
1. INTRODUÇÃO
A espécie Achillea millefolium é perene, herbácea, que se enraíza formando novas cepas.
Os caules aéreos crescem 30 a 70 cm de altura. Folhas pecioladas, opostas, alternas e
peninérveas. A inflorescência é do tipo corimbo, formando pequenos capítulos florais dispostos
em grupos aplanaidos. As flores são pedunculadas e pequenas, com cálice tubular, de cor cremeclaro e as lígulas, em número de cinco, brancas. Distingue-se de A. moschata por possuir as
folhas estreitas (Silva Júnior & Verona, 1997).
O teor de óleos essenciais varia com a espécie, a parte da planta coletada, estágio de
maturação da planta, manejo, solo e clima. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo
avaliar o rendimento da Achillea millefoilum em estágio vegetativo e de florescimento em
diferentes intervalos de extração do óleo essencial, bem como comparar o rendimento de óleo
essencial
de
duas
espécies
de
Achillea
sp,
encontradas
no
Horto
de
Plantas
Medicinais/UFLA/MG.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizadas plantas de mil-folhas, crescidas em canteiros localizado no Horto de
Plantas Medicinais/DAG/UFLA, de aproximadamente 6 anos de idade. As duas espécies de
Achillea sp. foram cultivadas sob as mesmas condições, porém em canteiros diferentes.
A exsicata do material vegetal, encontra-se registrada no Herbário do Departamento de
Biologia/UFLA. O registro da exsicata da planta Achillea millefolium é ESAL 17495 e da planta
Achillea sp. é ESAL 17496.
O método de extração para obtenção do óleo essencial foi o de “arraste a vapor”,
utilizando-se o aparelho de Clevenger modificado (Craveiro, et al.1981). Cerca de 25g de folhas
frescas da provável Achillea millefolium sp. foram submetidas à extração durante 1 hora e 1,5
hora obtendo-se 100mL de hidrolato. Este, foi particionado com diclorometano. Reuniram-se as
frações orgânicas, secou-se com MgSO4 anidro por 24 horas. Em seguida filtrou-se e evaporouse em um evaporador rotatório do tipo Büchi R-114 sob pressão reduzida (200 mm Hg). O óleo
essencial obtido foi colocado em vidro previamente seco e tarado, deixado em estufa a 35 ºC até
peso constante.
A metodologia descrita acima foi aplicada em paralelo, com a planta em estágio de
floração, coletando-se toda a parte aérea incluindo as flores. Em ambos os casos, foram
realizados três repetições.
Para a outra espécie Achillea sp. extraiu-se o óleo essencial apenas das folhas, por esta se
encontrar em estágio vegetativo. A extração foi realizada através da mesma metodologia citada
anteriormente, utilizando-se apenas 1 hora de extração.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pela exsicata das duas espécies do gênero Achillea sp não foi possível classificá-las
taxonômicamente. As duas plantas são morfologicamente idênticas, apesar de uma delas produzir
óleo essencial de coloração azul, provavelmente devido a presença de azuleno. Os óleos
essenciais das duas espécies em estudo apresentaram aroma semelhante.
Em relação ao tempo de extração no rendimento de óleo essencial, não houve diferenças
significativas. O rendimento do óleo essencial da Achillea millefolium obtido com 1,5 horas foi
de 1,530 mg, enquanto que com 1 hora obteve-se 1,461mg, utilizando-se 100g de material
vegetal fresco.
O rendimento de óleo essencial a partir da Achillea millefolium em estágio de
florescimento foi de 1,4610mg de óleo essencial em 100g de material. Em contrapartida, o
material coletado da planta em estágio vegetativo foi um pouco superior rendendo 1,7452mg de
óleo em 100g de material, apesar dessa diferença não ser significativa no teste de variância.
Comparando-se o rendimento de óleo essencial das duas espécies de Achillea pode-se
dizer que a espécie não identificada que produz o óleo essencial de coloração azul (1,8986 mg em
100g de folha), o produz em maior quantidade que a Achillea millefolium (1,7452 mg em 100g de
folhas).
4. CONCLUSÕES
A espécie Achillea sp. produz maior quantidade de óleo essencial do que a espécie
Achillea millefolium; sendo que a Achillea sp produz óleo essencial de coloração azul, inferindo a
presença de azuleno, enquanto a espécie Achillea millefolium produz óleo essencial de coloração
amarelada. O rendimento de óleo essencial de diferentes partes da planta não é significamente
diferente.
5. AGRADECIMENTOS
CNPq, CAPES, FAPEMIG.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRAVEIRO, A.A.; FERNANDES, A.G.; ANDRADE, C.H.S.; MATOS, FJ.de A.; ALENCAR,
J.W.; MACHADO, M.I.L. Óleos essenciais de plantas do Nordeste. Fortaleza: edições UFC,
210p., 1981.
SILVA JUNIOR, A. A. S.; VERONA, M. L. F. Plantas Medicinais e Aromáticas. Ministério do
Meio Ambiente, Fundo Nacional do Meio Ambiente, Itajaí, SC, 1997.
PALAVRAS-CHAVE: Achillea millefolium, rendimento, óleo essencial.
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