Atos dos Apóstolos – Aula 12 Escola de Teologia Discípulos

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Atos dos Apóstolos – Aula 12
Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade
de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.
As visitas pastorais dos bispos não são de hoje, mas desde o tempo de Paulo de Tarso.
As ações dos cristãos do cristianismo primitivo, desde o tempo dos apóstolos, foram atividades
missionárias que revolucionaram todo o mundo conhecido na Antiguidade. A chegada de
Paulo a Atenas, marca o início oficial da chegada do evangelho no mundo grego. E mesmo
Atenas não tendo mais tanta influência cultural sócio-filosófica desde a época de Platão e
Sócrates, e antes deles dos filósofos pré-socráticos, ainda assim Atenas carrega consigo o peso
histórico-filosófico de ser referência na Antiguidade de sabedoria. O novo testamento que
conhecermos hoje foi traduzido da língua grega clássica. A mesma língua que foi escrita o livro
“A República” de Platão, o livro clássico dele, a sua magnum opus. Esse filósofo grego que
tanto influenciou Santo Agostinho. Enquanto o filósofo grego Aristóteles, discípulo de Platão,
influenciou São Tomás de Aquino. Então, Paulo entra numa cidade, que é Atenas, que já tem
uma grande fama na Antiguidade, mesmo não sendo a mesma fama de outrora. Então, a
cultura bíblia se encontra com a cultura pagã. E devido a sua convicção judaica, segundo o
novo testamento, há um espírito inquietante em Paulo com relação aos gregos, por causa do
politeísmo da antiga religião grega. Se bem que os gregos antigos também tinham a
representação do Deus das religiões monoteísta, era representado como “O Deus
desconhecido”, que eles, os gregos, consideravam um Deus tão abstrato, elevado, e
metafísico, que eles até evitavam falar Dele. Tem até um poema de Nietzsche que encontrei
na internet em que Nietzsche, filósofo alemão do século 19, ateu declarado, se coloca a serviço
desse Deus desconhecido.
Então Paulo vai primeiramente à sinagoga, pois como Jesus disse que veio primeiro
para salvar aqueles da casa de Israel, e depois Paulo vai à Ágora, uma Praça em Atenas em que
o famoso filósofo grego Sócrates proferia seus discursos filosóficos. Mesmo não tendo a
mesma importância da época dos filósofos mais antigos, ainda assim a Ágora ainda tem certa
importância como o centro filosófico e cultural de Atenas. E Paulo fala desse Deus
desconhecido em Atenas. Paulo no seu discurso em Atenas inicia o discurso falando da
importância e da religiosidade dos gregos. O papa João Paulo II também, em um dos seus
discursos no Brasil, também rasga elogios ao Brasil. Então, se desarma para poder discursar,
uma técnica muito utilizada pelos grandes oradores na história da humanidade. Existe até uma
expressão em latim, que não me lembro agora, que representa essa técnica da oratória.
Deus colocou no coração dos homens, o desejo de procurar a divindade, e os gregos
usavam a filosofia para procurar essa divindade em tudo que se manifesta. E Paulo tenta
mostrar a através de uma teologia fundamental, dizer que os gregos podem também procurar
essa divindade através de um novo embaixador dessa divindade: Jesus Cristo. Como já disse,
imagine um gráfico X versus Y, e Deus sempre existiu como escala negativa, e depois da criação
do universo, Deus passa a existir como escala positiva. E Deus enviou seu filho Jesus para ser
embaixador dessa luz que é o cristianismo, a nova religião. Aliás, o termo Cristo é um termo da
língua grega clássica, que quer dizer: ungido. Como disse o apóstolo João: “E o verbo se fez
carne e habitou entre nós...” Se Jesus conseguiu em uma só vida chegar ao patamar o que
Nietzsche chama de último homem, que é o destino final de todos os super-homens (heróis),
então o destino de todos os homens é serem além de santos, os santos são como o superhomem de Nietzsche, são os heróis para os católicos. E Jesus veio mostrar que o homem pode
ir além dessa condição de ser santo. E o homem, mesmo ainda não chegando a essa condição
de ser alguém para além dos santos, ainda assim pode fazer coisas maiores do que Jesus fez,
tanto que Jesus diz no evangelho: “E surgirão outros que farão coisas maiores do que eu fiz”. E
nesse momento, mesmo que não seja permanente, mas nesse momento em que esses
homens conseguem fazer coisas maiores do que Jesus fez, então, esses homens conseguem
roçar a divindade, assim como os santos roçaram a divindade.
Autor: Victor da Silva Pinheiro
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