INSTITUTO FBV - CURSOS À DISTÂNCIA OPERADOR DE MICRO COMPUTADOR - BÁSICO E AVANÇADO TRABALHO DE INFORMÁTICA DENISE REGINA PONTES VIEIRA São Luís/MA 2011 1 A evolução da Microinformática Um dos aspectos mais importantes da sociedade moderna é o manuseio de dados, conhecimentos e informações, em grandes quantidades. O intenso fluxo de informações tem gerado cada vez mais a necessidade de armazenamento, combinação e transmissão destas. O surgimento e constante desenvolvimento do computador eletrônico representaram um imenso salto qualitativo no processamento de dados. Muitos autores reconhecem que o computador eletrônico foi elemento decisivo na revolução da informação, e não poderia ser diferente, pois propiciou o ingresso no que modernamente se conhece como sociedade da informação. Entende-se por tecnologias de informação aquelas que são controladas por um computador eletrônico, como explica Almeida Filho, quando afirma que “a expressão tecnologia de informação (TI) é empregada para identificar toda e qualquer tecnologia controlada por um computador eletrônico (mais precisamente um chip ou microprocessador)”. Atualmente, pode-se verificar que as tecnologias de informação se encontram profundamente difundidas, de modo que se podem encontrar processadores eletrônicos nas mais diversas espécies de aparelhos eletrônicos, como por exemplo, os celulares, televisões, relógios, câmeras, dentre outros. Como bem coloca Almeida Filho, “a tecnologia da informação tornou-se vital em praticamente todos os aspectos da vida contemporânea. O uso eficiente nas novas tecnologias com certeza significa a medida entre o sucesso e o fracasso”. Dentre todas as novas tecnologias, destaca-se o computador eletrônico, ou microprocessador. Na doutrina de Paesani, temos que: O moderno computador eletrônico é resultado de inúmeras tentativas que o homem vem realizando através dos séculos para ajudá-lo no trabalho de processamento de dados. Entretanto, à medida que cresce a sua sofisticação e utilidade, cresce paralelamente a dependência com relação a este instrumento. Almeida Filho afirma que [...] o computador é um equipamento capaz de receber, processar, transformar, armazenar e entregar informações. Os computadores eletrônicos são máquinas baseadas em programas (conjuntos de instruções), que permitem as mais variadas utilizações [...]. O computador enquanto equipamento funcional pressupõe dois elementos fundamentais, o software e o hardware, sendo este primeiro a parte física ou mecânica, e o segundo os programas destinados à execução de determinadas tarefas. O seu impacto na sociedade moderna é notável. Imagine-se a dinamização na circulação de dados pelo advento da internet, que remonta ao final da década de sessenta, e consiste em um 2 microprocessador doméstico conectado à linha telefônica por meio de um modem vinculado a um provedor de acesso. Ou ainda o salto que representou no armazenamento de dados, quando anteriormente tinham-se gigantescas bibliotecas que ocupavam enorme espaço físico, e hoje se pode guardar milhares de livros digitais em um disco rígido ou hard disc. Hardware e software Um sistema de computação é constituído basicamente por hardware e software. O hardware é composto por circuitos eletrônicos (processador, memória, portas de entrada/saída, etc.) e periféricos eletro-óptico-mecânicos (teclados, mouses, discos rígidos, unidades de disquete, CD ou DVD, dispositivos USB, etc.). Por sua vez, o software de aplicação é representado por programas destinados ao usuário do sistema, que constituem a razão final de seu uso, como editores de texto, navegadores Internet ou jogos. Entre os aplicativos e o hardware reside uma camada de software multi-facetada e complexa, denominada genericamente de Sistema Operacional. Sistemas de Informação De acordo com Wikipédia (2007), Sistemas de Informação descreve um sistema automatizado ou manual, que envolve pessoas, máquinas, e métodos para organizar, coletar, processar e distribuir dados para os usuários do sistema envolvido. Um Sistema de Informação pode ser usado para prover informação. As concepções mais modernas de Sistemas de Informação contemplam também os Sistemas de telecomunicações e/ou equipamentos relacionados; sistemas ou subsistemas interconectados que utilizam equipamentos na aquisição, armazenamento, manipulação, gestão, movimento, no controle, na exposição, na troca, no intercâmbio, na transmissão, ou na recepção da voz e/ou dos dados, e inclui o software e hardware utilizados. Em relação a esta última definição, é comum nos meios acadêmicos a utilização do termo Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Um sistema de informação possui vários elementos inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback. 3 Vantagens de um Sistema de Informação Em um Sistema de Informação bem construído, suas principais vantagens são: otimização do fluxo de informação permitindo maior agilidade e organização; redução de custos operacionais e administrativos e ganho de produtividade; maior integridade e veracidade da informação; maior estabilidade; maior segurança de acesso à informação. O profissional formado em Sistemas de Informação deve analisar, planejar e organizar o processamento, armazenamento e recuperação da informação e disponibilizá-la ao usuário. Sua principal função é analisar e entender os problemas de uma organização, buscando soluções com uso da tecnologia computacional, através de ferramentas disponíveis no mercado ou produzindo seus próprios sistemas. Memórias e Periféricos Hardware - Memória Para que o processador possa executar suas tarefas, ele busca na memória todas as informações necessárias ao processamento. Nos computadores as memórias são as responsáveis pelo armazenamento de dados e instruções em forma de sinais digitais. Existem dois tipos de memória, ROM e RAM: Memória ROM ROM (Read-Only Memory) como o nome diz é memória somente de leitura. Portanto, só permite leitura, ou seja, suas informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e não podem ser alteradas ou apagadas depois, podendo apenas ser acessadas. Ou seja, seu conteúdo é gravado de modo permanente. Existem alguns tipos básicos de memória ROM: - PROM ("Programmable Read-Only Memory"): gravação feita por aparelhos especiais que trabalham através de uma reação física com elementos elétricos. Os dados gravados na memória PROM não podem ser apagados ou alterados. - EPROM ("Electrically Programmable Read-Only Memory"): dados gravados na memória EPROM pode ser apagados pelo uso de radiação ultra-violeta permitindo sua reutilização. É o tipo de memória ROM geralmente usado para armazenar a BIOS do computador. - EEPROMs ("Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory"): similar à EPROM. Seu conteúdo pode ser apagado aplicando-se uma voltagem específica aos pinos de programação. Portanto, pode ter seu conteúdo modificado eletricamente, mesmo quando já estiver funcionando num circuito eletrônico. 4 - FlashROM: Memória flash semelhante às EEPROMs. São mais rápidas e de menor custo. É um tipo de chip de memória para BIOS de computador que permite que esta seja atualizada através de softwares apropriados. Essa atualização pode ser feita por disquete ou até mesmo pelo sistema operacional. Tudo depende dos recursos que o fabricante da placa-mãe em questão disponibiliza. - CD-ROM são discos ópticos que retêm os dados não permitindo sua alteração. Memória RAM Na placa-mãe também ficam encaixados os módulos da memória principal, também chamados de "pentes" de memória RAM ("Random Access Memory"), a memória de acesso aleatório. Esses módulos de memória são os responsáveis pelo armazenamento dos dados e das instruções que o processador precisa para executar suas tarefas. É para a memória RAM que são transferidos os programas (ou parte deles) e os dados que estão sendo trabalhados nesse momento. É principalmente nela que é executada a maioria das operações, portanto é nesta memória que ocorrem as operações da CPU. Este tipo de memória permite tanto a leitura como a gravação e a regravação de dados. No entanto, assim que os módulos deixam de ser alimentados eletricamente, ou seja, quando o computador é desligado, a memória RAM é apagada, ou seja, perde todos os seus dados. Assim, a memória RAM é uma memória temporária (volátil). Daí vem a necessidade de guardar ("salvar") o resultado do processamento no disco rígido antes de desligá-lo. A importância da memória RAM está na sua velocidade de leitura dos dados, que é muito grande. Todas as informações contidas nela podem ser acessadas de maneira mais rápida do que as informações que estão no disco rígido, no disquete ou no CD-ROM, que são consideradas tipos de memórias secundárias. Essas, apesar de terem acesso mais lento são permanentes, ou seja, as informações nelas gravadas ficam armazenadas mesmo quando o micro está desligado. Velocidade Os módulos, também chamados "pentes" de memória RAM variam em capacidade de armazenamento e em velocidade. Em princípio, quanto mais memória RAM o computador tiver, tanto mais rápido será o seu funcionamento e mais facilmente 5 ele suportará a execução de funções simultâneas. Os tamanhos de memória RAM foram aumentando gradativamente: 16, 32, 64, 128, 256, 512 MB, e assim por diante. Quando se escolhe um computador esta especificação é quase tão importante quanto a capacidade do processador, pois a simples adição de mais memória pode deixar um computador mais rápido, sem que haja a necessidade de trocá-lo por um modelo mais moderno. Evidentemente aumentar a memória RAM não garante um processador mais rápido, mas o torna mais eficiente, já que perde menos tempo para recuperar os dados armazenados na memória virtual. Essa memória é um recurso pelo qual o sistema operacional utiliza o de disco rígido como uma extensão da RAM quando essa memória está totalmente ocupada. Como a memória física é mais veloz que o disco rígido, o desempenho do computador melhora. Memória Secundária A memória de massa ou memória secundária é utilizada para gravar grande quantidade de dados que, assim, não são perdidos com o desligamento do computador. Exemplos: disco rígido e mídias removíveis como: Unidade de CD-ROM, DVD-ROM, Unidade de disquete, Pen Drive (Flash Memory). Como em geral a memória secundária não é acessada diretamente pela ULA (unidade de aritmética e lógica), mas por dispositivos de entrada e saída o acesso a essa memória é muito mais lento do que o acesso à memória primária. Assim, cada dispositivo encontra-se com um buffer de escrita e leitura para melhorar o desempenho. Entrada/saída (em inglês: Input/output, sigla I/O) é um termo utilizado quase que exclusivamente no ramo da computação (ou informática), indicando entrada (inserção) de dados por meio de algum código ou programa, para algum outro programa ou hardware, bem como a sua saída (obtenção de dados) ou retorno de dados, como resultado de alguma operação de algum programa, consequentemente resultado de alguma entrada. São exemplos de unidades de entrada de um computador: disco rígido, microfone, teclado, mouse, tela sensível ao toque, Scanner, Leitor de código de barras, Celular, Pendrive, Máquina fotográfica digital, Webcam, joystick e outros acessórios de jogos. 6 São exemplos de unidades de saída de um computador: monitor, caixas de som, impressora, disco rígido. Algumas unidades são de entrada e saída de dados ou também chamados Dispositivos Híbridos: disco rígido, disco flexível ou disquete, monitor sensível a toques, pendrive, joystick vibratório e impressora. As interfaces de entrada e saída são responsáveis pela conexão entre as várias partes de um sistema computacional baseado na arquitetura de Von-Neumann. Esta interface é responsável por conectar fisicamente o processador e a memória do sistema ao barramento, tornando-se o terceiro elemento do sistema computacional proposto. Ao contrário do que se pode pensar a interface de entrada e saída não é só o conector físico e sim também o responsável pela comunicação lógica entre o barramento e o dispositivo. Essa função de conexão foi basicamente desenvolvida para que seja possível a comunicação entre vários dispositivos, fazendo com que a velocidade do barramento seja mais bem aproveitada e ainda tanto os periféricos quanto os elementos essenciais tenham programação/produção mais voltada ao seu desempenho, deixando a interconexão com as interfaces de entrada e saída. Sistema operacional É um programa ou um conjunto de programas cuja função é servir de interface entre um computador e o usuário. O sistema operacional procura tornar a utilização do computador mais eficiente e mais conveniente. Para atingir os objetivos propostos, o sistema operacional oferece diversos tipos de serviços. Todo sistema operacional oferece meios para que um programa seja carregado na memória principal e executado. Talvez o serviço mais importante oferecido seja o que permite a utilização de arquivos e diretórios. Também o acesso aos periféricos é feito através do sistema operacional. À medida que diversos usuários compartilham o computador, passa a ser interessante saber quanto de quais recursos cada usuário necessita. Diversas informações sobre o estado do sistema são mantidas. Nessa categoria, temos a hora e a data correntes, a lista de usuários utilizando o computador no momento, a versão do sistema operacional em uso. Cabe também ao sistema operacional garantir que cada usuário possa trabalhar sem sofrer interferência danosa dos demais. Para cumprir seus objetivos de abstração e gerência, o sistema operacional deve atuar em várias frentes. Cada um dos recursos do sistema possui suas particularidades, o que impõe exigências específicas para gerenciar 7 e abstrair os mesmos. Sob esta perspectiva, as principais funcionalidades implementadas por um sistema operacional típico são: Gerência do processador: também conhecida como gerência de processos ou de atividades, esta funcionalidade visa distribuir a capacidade de processamento de forma justa entre as aplicações, evitando que uma aplicação monopolize esse recurso e respeitando as prioridades dos usuários. O sistema operacional provê a ilusão de que existe um processador independente para cada tarefa, o que facilita o trabalho dos programadores de aplicações e permite a construção de sistemas mais interativos. Também faz parte da gerência de atividades fornecer abstrações para sincronizar atividades interdependentes e prover formas de comunicação entre elas. Gerência de memória: tem como objetivo fornecer a cada aplicação uma área de memória própria, independente e isolada das demais aplicações e inclusive do núcleo do sistema. O isolamento das áreas de memória das aplicações melhora a estabilidade e segurança do sistema como um todo, pois impede aplicações com erros (ou aplicações maliciosas) de interferir no funcionamento das demais aplicações. Além disso, caso a memória RAM existente seja insuficiente para as aplicações, o sistema operacional pode aumentá-la de forma transparente às aplicações, usando o espaço disponível em um meio de armazenamento secundário (como um disco rígido). Uma importante abstração construída pela gerência de memória é a noção de memória virtual, que desvincula os endereços de memória vistos por cada aplicação dos endereços acessados pelo processador na memória RAM. Com isso, uma aplicação pode ser carregada em qualquer posição livre da memória, sem que seu programador tenha de se preocupar com os endereços de memória onde ela irá executar. Gerência de dispositivos: cada periférico do computador possui suas peculiaridades; assim, o procedimento de interação com uma placa de rede é completamente diferente da interação comum disco rígido SCSI. Todavia, existem muitos problemas e abordagens em comum para o acesso aos periféricos. Por exemplo, é possível criar uma abstração única para a maioria dos dispositivos de armazenamento como pen-drives, discos SCSI ou IDE, disquetes, etc., na forma de um vetor de blocos de dados. A função da gerência de dispositivos (também conhecida como gerência de entrada/saída) é implementar a interação com cada dispositivo por meio de drivers e criar modelos abstratos que permitam agrupar vários dispositivos distintos sob a mesma interface de acesso. 8 Gerência de arquivos: esta funcionalidade é construída sobre a gerência de dispositivos e visa criar arquivos e diretórios, definindo sua interface de acesso e as regras para seu uso. É importante observar que os conceitos abstratos de arquivo e diretório são tão importantes e difundidos que muitos sistemas operacionais os usam para permitir o acesso a recursos que nada tem a ver com armazenamento. Exemplos disso são as conexões de rede (nos sistemas UNIX e Windows, cada socket TCP é visto como um descritor de arquivo no qual se pode ler ou escrever dados) e as informações do núcleo do sistema. Gerência de proteção: com computadores conectados em rede e compartilhados por vários usuários, é importante definir claramente os recursos que cada usuário pode acessar as formas de acesso permitidas (leitura, escrita, etc.) e garantir que essas definições sejam cumpridas. Para proteger os recursos do sistema contra acessos indevidos, é necessário: a) definir usuários e grupos de usuários; b) identificar os usuários que se conectam ao sistema, através de procedimentos de autenticação; c) definir e aplicar regras de controle de acesso aos recursos, relacionando todos os usuários, recursos e formas de acesso e aplicando essas regras através de procedimentos de autorização; e finalmente d) registrar o uso dos recursos pelos usuários, para fins de auditoria e contabilização. Banco de dados É um conjunto de registros dispostos em estrutura regular que possibilita a reorganização dos mesmos e produção de informação. Um banco de dados normalmente agrupa registros utilizáveis para um mesmo fim. Um banco de dados é usualmente mantido e acessado por meio de um software conhecido como Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD). Normalmente um SGBD adota um modelo de dados, de forma pura, reduzida ou estendida. Muitas vezes o termo banco de dados é usado, de forma errônea, como sinônimo de SGBD. O modelo de dados mais adotado hoje em dia é o modelo relacional, onde as estruturas têm a forma de tabelas, compostas por tuplas (linhas) e colunas. Um Sistema de Gestão de Bases de Dados, (SGBD) não é nada mais do que um conjunto de programas que permitem armazenar, modificar e extrair informação de um banco de dados. Há muito tipos diferentes de SGBD. Desde pequenos sistemas que funcionam em computadores pessoais a sistemas enormes que estão associados a mainframes. Um Sistema de Gestão de Base de Dados implica a criação e manutenção de bases de dados, 9 elimina a necessidade de especificação de definição de dados, age como interface entre os programas de aplicação e os ficheiros de dados físicos e separa as visões lógica e de concepção dos dados. Assim sendo, são basicamente três as componentes de um SGBD: 1. Linguagem de definição de dados (especifica conteúdos, estrutura a base de dados e define os elementos de dados); 2. Linguagem de manipulação de dados (para poder alterar os dados na base); 3. Dicionário de dados - guarde definições de elementos de dados e respectivas características – descreve os dados, quem os acede, etc. Software de segurança A partir de meados da década de 1990, o mercado mundial de Tecnologia da Informação sofreu uma mudança revolucionária, impulsionada pelas redes de trocas de dados, em especial a Internet e várias organizações estenderam seus negócios para a Web, disponibilizando informações e serviços aos clientes através de Websites. Paralelamente surgiram as questões de segurança, relacionadas a esse novo contexto. Como as tecnologias de redes de computadores não haviam sido planejadas para trocas comerciais e negócios em geral, elas naturalmente não contavam com mecanismos adequados de segurança. Em pouco tempo, os prejuízos para as empresas começaram a ser manchete de jornal, junto com os vilões causadores dos mesmos: os hackers. Segundo Yourdon (2002), nós iremos presenciar um enorme aumento nas técnicas e tecnologias para a proteção das redes de telecomunicações, dos sites, dos portais de Internet e de outros elementos dependentes da tecnologia dos computadores. Surge, portanto um novo mercado que é ainda muito novo, pouco definido e difundido: o da Segurança de Informações Eletrônicas. Através da definição dos principais conceitos da área de Segurança da Informação, dos mecanismos utilizados e de uma análise do mercado das empresas de segurança, procuramos apresentar este campo da Tecnologia da Informação (TI) como uma oportunidade de negócio para novos empreendedores de tecnologia no país. Apontamos uma centralização dos tipos de atuação em segurança, que estariam migrando para as grandes empresas integradoras de tecnologias, e destacamos as áreas voltadas para o desenvolvimento de software de segurança como as mais importantes para o fomento por parte do governo. 10 Como principal contribuição, esperamos apresentar a Segurança da Informação como um nicho de mercado viável e promissor na Nova Economia, apontando possíveis direções a serem seguidas. Esta área requer maior atenção do governo, no sentido de incentivar tais empresas em relação a financiamento, formação de recursos humanos e criação de marca no exterior. Proteção de dados armazenados A integridade dos dados armazenados na empresa, seja em bancos de dados, disquetes ou mesmo nas estações de trabalho dos funcionários, é um dos conceitos mais antigos em relação à Segurança da Informação. E nos remete a uma das tecnologias mais conhecidas quando se fala em segurança: os antivírus. Estes são softwares capazes de detectar e remover arquivos ou programas nocivos, de e-mails e demais recursos lógicos dentro da empresa. Processador Unidade de processamento, ou processador, ou CPU (do inglês Central Processing Unit - Unidade de Processamento Central), fica acoplada na placa-mãe. A CPU (ou processador) é composta por uma unidade de aritmética e lógica (ULA): é a unidade central do processador, que realmente executa as operações aritméticas e lógicas entre dois números. - uma unidade de controle (UC): é a unidade que armazena a posição de memória que contém a instrução que o computador está executando nesse momento. Ela informa à ULA qual operação a executar, buscando a informação (da memória) que a ULA precisa para executá-la. Depois, transfere o resultado de volta para o local apropriado da memória. A CPU é considerada a parte mais importante de um computador, pois é responsável pelo processamento de todos os tipos de dados e pela apresentação do resultado do processamento, ou seja, é a parte mais importante do computador, pois é ali onde são interpretadas e executadas as instruções fornecidas pelos aplicativos (softwares), como o sistema operacional e o editor de textos, por exemplo. As CPUs antigas eram compostas por vários componentes separados, mas desde meados da década de 1970, elas vêm sendo feitas em um único circuito integrado, tendo recebido ao nome de microprocessadores. 11 Assim, atualmente, a CPU é implementada fisicamente no processador, que tem um único chip, constituído por milhões de transistores, divididos em vários grupos de componentes, podendo-se citar entre eles as unidades de execução (onde as instruções são realmente processadas) e os caches. Funções e Tipos O processador tem 3 funções básicas: Realizar cálculos de operações aritméticas e comparações lógicas; Manter o funcionamento de todos os equipamentos e programas, pois a unidade de controle interpreta e gerencia a execução de cada instrução do programa; Administrar na memória central (principal) além do programa submetido, os dados transferidos de um elemento ao outro da máquina, visando o seu processamento. O processador se comunica com outros circuitos e placas que são encaixadas nas fendas, os "slots", ou seja, conectores da placa-mãe. O caminho pelo qual se dá essa comunicação entre o processador e as outras placas é denominado de barramento. Há dois tipos de barramento mais comuns: ISA ("Industry Standard Architecture") e PCI ("Peripheral Component Interconnect"). É importante notar que quanto mais rápido for o processador, maior será a velocidade com que os dados serão trabalhados e mais rapidamente as instruções serão executadas. O que determina se um processador é mais rápido que outro é a velocidade de execução de instruções, que geralmente é medida pelo seu clock na unidade mega-hertz (MHz = milhões de ciclos por segundo em unidades antigas, ou em GHz (giga-hertz) nos processadores mais novos. - Mega é um prefixo de origem grega que dá a ideia de grande, aplicado às unidades, utiliza-se "mega" para representar um milhão. Giga são mil milhões. - Hertz, é uma unidade de periodicidade que corresponde a um ciclo por segundo algo como uma "instrução-por-segundo". Logo, 100 Hz possibilitam 100 instruções/segundo. 100 MHz são 100 milhões de instruções por segundo. Mil mega-hertz (1000 MHz) equivalem a um giga-hertz (1 GHz) que, por sua vez, significa um bilhão de instruções por segundo. 12 Importante é lembrar que todo processador deve ter um cooler acoplado, peça que lembra um ventilador. O cooler é a responsável por manter a temperatura do processador em níveis aceitáveis, o que é essencial, pois quanto menor for a temperatura, maior será a vida útil do processador. A temperatura sugerida para cada processador varia de acordo com o fabricante, com o mecanismo e com o seu desempenho. Considera-se, de modo geral que 25ºC é um valor bom para qualquer processador (e para qualquer peça dentro do computador, já que não é apenas ele que esquenta). Modelos e empresas Os processadores mais conhecidos do mercado são os da família Pentium, fabricados pela "Intel" e os da família Athlon, fabricados pela "AMD". Em 2005, a empresa "Intel" oferecia modelos diferentes: Pentium e Celeron. A "AMD" (Advanced Micro Devices) tinha modelos Athlon e Sempron. Em uso, evidentemente, havia, ainda, muitos computadores funcionando com processadores mais antigos da "AMD" os Duron. As empresas são comparáveis e apesar de apresentarem números diferentes para seus processadores, a tecnologia de ambas é equiparável e apresentam o que há de melhor em processamento para os usuários. Portanto, para escolher, deve-se levar em consideração três principais fatores: a demanda pelo equipamento (o que você vai usar?), a relação custo/benefício (preço) e a tecnologia. Pode-se pensar em quarto fator, a flexibilidade para upgrades, ou seja, usar uma opção de compra superior ao que você precisa, de modo a não precisar trocar daqui a um ano. O barramento frontal - FSB ("Frontside Bus") é a medida com que o processador permite a comunicação entre a memória RAM e todos os outros componentes do PC com o processador. Em tese, quanto mais rápido o FSB, maior será a sinergia com os outros periféricos e mais capacidade o processador terá de ter seu clock aumentado. Os Pentium 4 sempre tiveram - e ainda têm - mais memória cache e um FSB superior aos Athlon. No início de 2005, o Pentium IV era o processador "top" de linha, com alta velocidade do barramento. As versões novas do Pentium rodavam, então, a 800 MHz de barramento, enquanto o concorrente Athlon da "AMD" chegava a 400 MHz. É importante lembrar que o processador Celeron é a opção de baixo custo da 13 "Intel", mas apresenta um desempenho inferior aos demais e nem sempre é o mais barato. Entretanto, os processadores "AMD" oferecem a melhor relação custobenefício entre todos os processadores e sobre a velocidade do barramento, deve-se ressaltar que nem sempre a diferença é perceptível. Assim, no geral, o top de linha da "Intel" não é recomendado para ambientes de trabalho (empresas) e para pessoas que precisem apenas usar programas de escritório, internet e, talvez, uns jogos, já que o preço não compensa. Ou seja, se o orçamento é restrito e precisa-se de um computador funcional, para atender as necessidades de casa e do escritório, não exagere nos gastos, comprando um processador "top de linha" para tarefas simples, como acessar a Internet e usar editores de texto, planilhas e apresentações. Mas, se você acha que jogará jogos de tiro ou estratégia com gráficos cinematográficos, vai precisar de mais capacidade de processamento. Single Core, Dual Core, Multicore Fala-se em tecnologia multicore quando o processador tem vários núcleos. "Dual core" em português significa dois núcleos, ou seja, há dois núcleos de processamentos embutidos em um chip, em vez de apenas um núcleo ("Single core"). Não equivale exatamente a ter dois processadores simultâneos, mas produz um resultado interessante, principalmente para quem trabalha com várias janelas e/ou muitos aplicativos abertos ao mesmo tempo. Na prática, o uso de "dual core" ainda não tem utilidade para jogos, mas existe certa diferença no ganho de desempenho para aplicativos de Internet e para as pessoas que adoram ter dezenas de programas abertos ao mesmo tempo, Nesse patamar, a "AMD" trabalha com o Athlon X2 e a "Intel" com o Pentium D, mas em novembro de 2005 ainda são raros no Brasil. A "AMD" prometeu ampliar investimentos na criação de um processador de quatro núcleos como parte de um plano tecnológico para os próximos dois anos. Deve ser lançado um novo design de núcleo em 2007, similar ao utilizado pelos processadores Opteron e Athlon 64. O novo processador vai contar com quatro núcleos conectados por uma nova versão da tecnologia de interconexão Hypertransport e vai suportar memória DDR3 ("Double Data Rate 3"). 14 Cuidados O processador é o componente que mais esquenta dentro de um computador. O calor excessivo pode levar a vários reiniciar e desligar continuamente, inviabilizando o uso do equipamento. Com relação ao gabinete do computador é importante: jamais tapar as perfurações que asseguram a ventilação, mantê-lo longe de ambientes úmidos ou de temperaturas elevadas e manter o interior o mais limpo possível. Redes de computadores São estruturas físicas (equipamentos) e lógicas (programas, protocolos) que permitem que dois ou mais computadores possam compartilhar suas informações entre si. Quando um computador está conectado a uma rede de computadores, ele pode ter acesso às informações que chegam a ele e às informações presentes nos outros computadores ligados a ele na mesma rede, o que permite um número muito maior de informações possíveis para acesso através daquele computador. Classificação das Redes Quanto à Extensão Física As redes de computadores podem ser classificadas como: LAN (Rede Local): Uma rede que liga computadores próximos (normalmente em um mesmo prédio ou, no máximo, entre prédios próximos) e podem ser ligados por cabos apropriados (chamados cabos de rede). Ex: Redes de computadores das empresas em geral. WAN (Rede Extensa): Redes que se estendem além das proximidades físicas dos computadores. Como, por exemplo, redes ligadas por conexão telefônica, por satélite, ondas de rádio, etc. (Ex: Internet, redes dos bancos internacionais, como o CITYBANK). Equipamentos Necessários para a Conexão em Rede Para conectar os computadores em uma rede, é necessário, além da estrutura física de conexão (como cabos, fios, antenas, linhas telefônicas, etc.), que cada computador possua o equipamento correto que o fará se conectar ao meio de transmissão. O equipamento que os computadores precisam possuir para se conectarem a uma rede local (LAN) é a Placa de Rede, cujas velocidades padrão são 10 Mbps e 100 Mbps (Megabits por segundo). 15 Ainda nas redes locais, muitas vezes há a necessidade do uso de um equipamento chamado HUB, que na verdade é um ponto de convergência dos cabos provenientes dos computadores e que permitem que estes possam estar conectados. O Hub não é um computador, é apenas uma pequena caixinha onde todos os cabos de rede, provenientes dos computadores, serão encaixados para que a conexão física aconteça. Quando a rede é maior e não se restringe apenas a um prédio, ou seja, quando não se trata apenas de uma LAN, são usados outros equipamentos diferentes, como Switchs e Roteadores, que funcionam de forma semelhante a um HUB, ou seja, com a função de fazer convergir as conexões físicas, mas com algumas características técnicas (como velocidade e quantidade de conexões simultâneas) diferentes dos HUBs. Referências Albuquerque, R., Ribeiro, B. Segurança no Desenvolvimento de Software. Rio de Janeiro: Campus, 2002. Almeida Filho, J.C.A. Manual de Informática Jurídica e Direito da Informática. Rio de Janeiro. Forense. 2005. Nunes, C.L. O trabalhador e a tecnologia na era da informação. In. ROVER. José Aires. Direito e Informática. Barueri, SP. Manole. 2004. Oliveira, Rômulo Silva de, Carissimi, Alexandre da Silva e Toscani, Simão Sirineo. Sistemas Operacionais. Editora SagraLuzzatto, ISBN 85-241-0643-3, 2001. Paesani, L.M. Direito de Informática. Comercialização e Desenvolvimento Internacional do Software. 6ª Ed. São Paulo. Atlas. 2007. Ribeiro, B.P., Segre, L.M., Quintao, P.L. Segurança da informação: definições, mecanismos, mercado e estratégias de negócio. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005. 16 Rover, A.J. As novas tecnologias e o Direito: Fatores que condicionam o desenvolvimento da sociedade. Disponível em: http://www.conpedi.org/manaus/arquivos/anais/recife/teoria_da_justica_aires_rover.pdf. Acesso em 02.04.2011. Silberschatz, A., Galvin, P., Gane, G. (2001). Sistemas Operacionais – Conceitos e Aplicações. Campus. Yourdon, E. Byte Wars: The Impact of September 11 on Information Technology. Prentice Hall PTR, 2002. Wikipédia. Sistema de Informação. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_de_informa%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 02.04.2011.