Dietas Coadjuvantes no Tratamento das Doenças Gastrointestinais: qual a mais indicada? Prof. Dr. Aulus Cavalieri Carciofi Depto Clinica e Cirurgia Veterinaria Serviço de Nutrição Clínica FCAV/Unesp - Jaboticabal Trato digestório Local de ingestão digestão absorção de Afecções gastrintestinais nutrientes eletrólitos fluidos 1. Prejuízo sistêmico doença desnutrição 2. Prejuízo ao órgão quebra das barreiras de defesa, menor digestão e absorção Mecanismos Naturais de Defesa GI • Defesas: – Digestão – Barreira física – Tecido linfóide associado ao intestino (TLAI) – Microbiota intestinal Barreira seletiva entre o meio externo e o meio interno dos animais Visão microscópica do íleo do cão A organização nodular do tecido linfóide. 3 1. Placas de Peyer 2. Nódulos entre as microvilosidades 3. A submucosa 1 2 Função Imunológica no Intestino • O intestino reconhece o conteúdo intestinal como “PRÓPRIO” vs. “ESTRANHO” • Secreta Anticorpos (IgA) • Estimulação do TLAI permite reações sistêmicas a patógenos invasores “PRÓPRIO” Nutrientes ... “ESTRANHO” Patógenos .. . Intestin Lymphoid cells al cells DESENVOLVIMENTO Proliferation REAÇÃO IMUNOLÓGICA IMUNOLÓGICO Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal aguda 1. Descanço gastro-entérico => casos de vômito incoercivel (vomita água), severamente desidratado, distúrbio hidro-eletrolítico ácido-básico => por 24h => realimentado nas próximas 24-72h em pequenas refeições (4 x dia) - pouca gordura (<10-15%) - pouca fibra (<2,5%) - não fornecer leite e derivados (lactose) - suplementar sódio, potássio e cloro (perda entérica) => após resolução clínica, reintroduzir alimento habitual lentamente, ao longo de 3 a 4 dias Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal aguda 2. Alimentar durante a diarréia => continuar alimentando a despeito dos sinais clínicos => procedimento recomendado recentemente em pediatria => redução de morbidade em casos de parvovirose => contra-indicado em vômitos incontroláveis e diarréias profusas (não mais que 24h de jejum) => risco de desenvolvimento de alergias alimentares devido à permeabilidade alterada do intestino => dieta de alta digestibilidade, moderada gordura, baixa fibra com proteína única e não habitual ao animal (? ?) Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal aguda De qualquer forma, assim que se controle o vômito deve-se alimentar o animal evitando-se: atrofia de vilosidades intestinais, imunossupressão local no intestino, translocação intestinal de bactérias com septicemia degradação da condição nutricional do paciente. Atrofia induzida por desnutrição Gato, enterotoxicidade induzida por metotrexato (Duodeno, 72h) Figura 1: dieta semipurificada a base de caseína Figura 2: dieta semipurificada a base de proteína de soja Figura 3: dieta semipurificada a base de aminiácidos purificados Figura 4: dieta comercial com proteína intacta Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica Supercrescimento bacteriano em intestino delgado Diarréia responsiva à antibioticoterapia => aumento do número de bactérias em I.D. - primária - secundária: cirurgias, drogas, hipocloridria, ... Doença inflamatória intestinal => alterações inflamatórias na mucosa I.D. - enterite linfocítica-plasmocítica - enterite eosinofílica Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica Linfangiectasia Enteropatia com perda protéica => doença intestinal com marcada perda de proteínas plasmáticas pelo trato digestivo. - hipoproteinemia, hipoalbuminemia, edema, acite, degradação da condição nutricional, emagrecimento, quilotórax, transudato peritoneal. - secundária a doença inflamatória intestinal, linfangiectacia (anormalidade nos dutos linfáticos), linfoma, ... Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica => Verificar a cobalamina (cianocobalamina/vitamina B12) e o folato (ácido fólico) http://vetmed.tamu.edu/gilab/service/assays/b12folate B12 – Absorvido no íleo, necessita de fator específico produzido pelo pâncreas. Valores abaixo do normal usual em IPE, supercrescimento bacteriano, doenças o final do intestino Delgado. Terapia com B12 Gato e cão pequeno - 250g/dose Cão – 40 a 80g/kg Injeções SC semanais, por 6 semanas e após 30 e 60 dias da última aplicação Folato – Absorvido apenas no intestine Delgado proximal. Valores acima do normal são consistentes com supercrescimento bacteriano em intestine Delgado. Valores abaixo do normal com doença de intestino Delgado proximal. Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica => dieta é terapia adjunta, não curativa => alta digestibilidade - nutrir o animal - reduzir risco carga antigênica - reduzir fluxo nutrientes para o cólon - hipoalergênica (mais de 50% dos cães respondem à dieta de eliminação!!) => probióticos, prebióticos (?) Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica Carboidrato – digerido no I.D. – adequadamente processado (arroz, milho, trigo) – fonte única (alergia – carboidratos purificados) Fibra – inicia-se com pouca fibra (<2,5%). – pode ser necessário seu aumento. Psillium (2%) (fibra solúvel de baixa fermentação). Dieta caseira = cenoura). Fibra - não para linfangiectasia. Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica Energia – adequada à necessidade do paciente, pode ser maior que a de manutenção em 15 a 30%, devido à má absorção. Emagrecimento e má condição dos pêlos são comuns (dieta nutricionalmente mais densa, maior quantidade, maior frequência). - Quantidade controlada (evitar sobrecarga) Condição corporal 1 - caquético 5 - ideal Costelas, vértebras lombares e ossos pélvicos facilmente visíveis. Não há gordura palpável. Afundamento da cintura e abdômen. Costela palpável, sem excesso de tecido adiposo. Presença de cintura após as costelas. Afundamento do abdômen. 9 - obeso Costelas palpáveis com dificuldade, recobertas por excesso de tecido adiposo. Depósitos de gordura sobre a região lombar e base da cauda. Não existe cintura, o abdômen está distendido. Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica Gordura a) pode ser empregada para aumentar E dieta b) pode induzir diarreia: bactérias convertem ácidos graxos não absorvidos e bile a ácidos graxos hidroxilados e ácidos biliares desconjugados agravando sinais clínicos e diarreia Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica Gordura - Avaliado individualmente => peso normal, intolerância a gordura: baixa gordura (5%) => perda de peso, tolerância a gordura: alta gordura (20%) => Casos “moderados”, gordura “moderada” (10-15%) - Tolerância dependente da habilidade das bactérias metabolizarem gordura - Casos de linfangiectasia requerem dieta com muito baixa gordura, para se controlar as efusões pleurais e peritoneais e a perda proteica pelas fezes (5%) => óleos vegetais, óleos de palma, gordura de frango, óleo de peixe. Afecções em Intestino Delgado Doença intestinal crônica Proteína => alta digestibilidade e valor biológico (eq aa) => fonte única (avaliar alergia/intolerância !!) => proteína hidrolisada => aumentada nos casos de perda proteica intestinal (até 30%) => frango, músculo, ovo, ... => Hidrolizada (dieta comercial), glúten é bom! (exceção Seter Irlandes) Fred, Shih Tzu, 8 meses, peso = 4,3kgs Linfangiectasia Animal chegou no HVGLN apresentando dispnéia, cansaço fácil e cianose. Ao exame físico foi constatado crepitação e abafamento pulmonar e ao exame radiográfico presença de efusão pleural. Hipoproteinemia (5,2g/dL) Hipoalbuminemia (2,09g/dL) Quilotórax (transudato modificado com concentração de triglicérides maior que a sérica). Terapia sintomática com cefalexina (25 mg/Kg/duas vezes ao dia) e Venoruton® (50 mg/Kg, três vezes ao dia) Colocação de dreno em tórax (drenagem efusão a cada 2 dias) Prescrição Alimento caseiro: restrição de gordura (5%) baixa fibra (2%) elevada proteína (35%) Após 7 dias de tratamento com a nova dieta houve controle dos sinais clínicos e melhora significativa do quadro clínico geral. Animal ficou bem, no retorno foi observado área de alopecia ao redor dos olhos. Na anamnese foi notado que proprietário comprou prebiótico ao invés de suplementação mineral e vitamínico. Animal voltou 2 vezes com efusão pleural, resultante de ingestão de lixo Após 12 meses, mudou para ração Digestive Low Fat LF22 Área alopécica ao redor dos olhos Após a suplementação adequada Em um dos retornos quando animal ingeriu lixo, e voltou a apresentar efusão pelural. Intestino Grosso Absorção de eletrólitos e água Ambiente de suporte para fermentação de compostos que escapam à digestão enzimática Órgão curto => cão – 60 cm => gato – 40 cm Fermentação no I.G. Produtos da fermentação Acetato Propionato Butirado Lactato Ácidos graxos de cadeia curta CO2 H2 Sulfito hidrogênio Metano Amônia Acidos graxos de cadeia ramificada Aminas Fenoles Indoles Produção determina o pH (5,5 a 7,5) Fermentação no I.G. Ácidos graxos de cadeia curta (burirato): energia para colonócitos (4,5 x mais que glicose) absorção de Na e H2O pela mucosa (ATP) estimula desenvolvimento da mucosa estimula síntese protéica e absorção nutrientes diminui a translocação bacteriana Bactérias residentes influenciam a estrutura e função da mucosa intestinal Butirado > acetato > propionato (efeito da dieta depende do tipo de AGCC e [ ] produzida) Efeito da Microbiota na Função Imunológica Giardia • Fixação de patógenos • Efeito direto – Alguns excretam fatores estimulantes imunológicos Other Outros Pathogens Pátógenos • Ácidos Graxos de Cadeia Curta – pH mais baixo patógenos não se proliferam bem • Melhor Integridade da barreira inibe absorção de toxinas Microflora Microbiota Afecções do Intestino Grosso Doença I.G. que leva à diarréia Reações adversas ao alimento Doença inflamatória intestinal Síndrome do cólon irritável Colite associada ao estresse Colite responsiva à fibra Colite associada ao Clostridium perfringens Etc,... => sinais de hematoquezia, tenesmus, muco nas fezes, urgência em defecar, maior número de defecações, ... Afecções do Intestino Grosso Doença I.G. que leva à diarréia Dieta 1. regular distúrbios de motilidade 2. influenciar a composição e atividade metabólica da microbiota intestinal 3. livre de antígenos (caso estejam envolvidos) - empregada por 2 a 6 semanas para se avaliar resposta Afecções do Intestino Grosso Doença I.G. que leva à diarréia Proteína - boa digestibilidade (digestão no I.D.) - ovo, peixe, frango, musculo ... Carboidrato - boa digestibilidade (digestão no I.D.) - arroz, milho, batata, trigo, ... (devem ser bem processados) Gordura - avaliar sua participação (<12%), nem sempre envolvida Afecções do Intestino Grosso Doença I.G. que leva à diarréia Fibra Adição de fibra, com o objetivo de se regular a motilidade e a composição e atividade da microbiota intestinal (pH, AGCC) - insolúvel não fermentável: Fibra de cana, farelo de trigo, farelo de aveia, celulose Efeito regulatório na motilidade e formação de fezes - parcialmente solúvel/fermentável: Polpa de beterraba - solúvel: cenoura, psillium Efeito no ambiente intestinal e qualidade de fezes - teor de inclusão avaliado individualmente: Moderado (3% a 5% de FB), elevado (>6% FB) Bebel, canina, Maltês, 4 anos, peso = 3,0kgs Doença Intestinal Inflamatória Bebel Fezes com muco, desconforto abdominal e as vezes fezes pastosa. Bactrim e Metronidazol por 10 dias, boa mellhora. Sem sintomas durante 1 ano, retornando com a mesma sintomatologia. Exame de fezes negativo. Foi repetido o tratamento, com melhora transitória. Administrou-se Panacur por 7 dias, não havendo melhora. Buscopan para aliviar desconforto abdominal Prescrição: 50 gramas em 2 refeições (Hipoalergenic DR 21) fezes normais, sem muco, sem desconforto abdominal Afecções do Intestino Grosso Doença I.G. que leva à constipação Obstipação, constipação, impactação, megacolon => defecação infrequente, fezes secas e duras, esforço para defecar, retenção de fezes, ... Billy, canino, SRD, 7 anos, macho , peso = 11,5kgs Fecaloma Região do fecaloma Billy Proprietário refere que animal não defecava há 35 dias, já havia sido feito 2 enemas. Foi atropelado com 1 ano de idade (fratura de bacia), e desde então faz esforço para defecar. Dieta a base de alimento + comida caseira . Enterotomia com retirada do fecaloma Prescrição: 170 gramas em 2 refeições (Alimento premium) + 2% psyllium (1,7g por refeição) menor esforço para defecar “Dieta leve” comercial Alimentos específicos (linha veterinária) “Leitura do rótulo” Proteína moderada – 22 – 28% cães 30 – 40% gatos Baixa fibra < 2,5% Gordura moderada – 10 – 15% Baixa matéria mineral < 7% (<1,5% Ca max) “Dieta leve” comercial Adequado processamento Moagem fina, boa aeração, flutuação de 100% Boa absorção de água Leitura da lista de ingredientes Carboidratos bom - arroz, milho ruim – farelo de trigo, farelo de arroz milho degerminado, etc... Proteína bom – frango, “carne fresca”, peixe, derivados purificados de milho e soja, ... Dietas caseiras – princípios e formulações Em muitas situações, seja por decisão do clínico ou do proprietário, opta-se pelo emprego de preparados caseiros no manejo nutricional de cães com doença gastrintestinal. - custo de dietas comerciais específicas, - problemas de palatabilidade, - desejo do proprietário, - falta de uma dieta específica Dietas caseiras – princípios e formulações => nutricionalmente completas e balanceadas => seguras e com composição consistente entre refeições => serem preparadas especificamente para o animal => são trabalhosas, dependem da estrita aderência do proprietário à fórmula e ao modo de preparo, são caras Dieta de manutenção para cães adultos Composição (% da MS) Proteína Bruta Carboidrato Extrato Etéreo Fibra Bruta Matéria Mineral Umidade Cálcio Fósforo 25,3 50,45 16,31 1,48 1,78 55,15 1,03 0,92 Fórmula (% da Matéria Original) Arroz cozido Carne moída bovina ou peito de frango Fígado bovino Cenoura 60 20 5 13 Fosfato Bicálcico Levedura de Cerveja Suplemento Mineral e Vitamínico Sal Óleo de soja 0,7 0,7 1 0,1 1 Energia Metabolizável Complet (www.complet.vet.br) 2,00 Kcal/g Dieta para cães com gordura reduzida Composição (% da MS) Proteína Bruta Carboidrato Extrato Etéreo Fibra Bruta Matéria Mineral Umidade Cálcio Fósforo 35,65 52,24 5 2,26 3,21 62,44 0,8 0,53 Fórmula (% da Matéria Original) Arroz cozido Peito de Frango Cenoura Carbonato de Cálcio Levedura de Cerveja Suplemento Mineral e Vitamínico Sal Energia Metabolizável Complet (www.complet.vet.br) 50 30 17 0,3 1 1 1 1,49 Kcal/g Dieta para cães com fibra aumentada Composição (% da MS) Proteína Bruta Carboidrato Extrato Etéreo Fibra Bruta Matéria Mineral Umidade Cálcio Fósforo 30,75 53,95 6,41 4,74 4,09 63,34 0,81 0,59 Fórmula (% da Matéria Original) Arroz cozido Músculo magro bovino ou peito de frango Fígado bovino Cenoura 40 15 5 15 Vagem Carbonato de cálcio Levedura de Cerveja Suplemento Mineral e Vitamínico Sal Óleo de soja 23 0,2 0,6 1 0,1 0,5 Energia Metabolizável Complet (www.complet.vet.br) 1,45 Kcal/g Dieta para cães com hipersensibilidade alimentar Fase I Composição (% da MS) Proteína Bruta Carboidrato Extrato Etéreo Fibra Bruta Matéria Mineral Umidade Cálcio Fósforo 27,55 58,62 6,66 4,24 2,93 73,1 0,013 0,26 Fórmula (% da Matéria Original) Batata Carne de cordeiro Energia Metabolizável 75 25 0,91 Kcal/g Dieta para cães com hipersensibilidade alimentar Fase II Composição (% da MS) Proteína Bruta Carboidrato Extrato Etéreo Fibra Bruta Matéria Mineral Umidade Cálcio Fósforo 25 55,12 12,45 4,14 3,29 65,74 0,8 0,7 Fórmula (% da Matéria Original) Batata Carne de cordeiro Carbonato de Cálcio Fosfato bicálcico 72 25 0,2 0,6 Óleo de soja Sal 2,2 0,1 Energia Metabolizável Complet (www.complet.vet.br) 1,22Kcal/g Dieta para cães com hipersensibilidade alimentar Fase IV Composição (% da MS) Proteína Bruta Carboidrato Extrato Etéreo Fibra Bruta Matéria Mineral Umidade Cálcio Fósforo + Suplemento Fórmula (% da Matéria Original) Batata Carne de cordeiro Carbonato de Cálcio Fosfato bicálcico Levedura de cerveja 65,74 Óleo de soja 0,8 Sal 0,6 25 55,12 12,45 4,14 3,29 vitamínico mineral (Centrum®) Energia Metabolizável 71,4 25 0,2 0,5 0,6 2,2 0,1 1,27 Kcal/g 1.Determinação das necessidades energéticas dos animais Cães adultos: - pesar o animal: _________ kg - calcular a necessidade energética de manutenção (NEM): NEM = 95 x (peso em kg) 0,75 NEM = _________ Kcal por dia Gatos adultos: - pesar o animal: _________ kg - calcular a necessidade energética de manutenção (NEM): NEM: Não obesos = 100 kcal x (PC, kg)0,67. Obesos: 130 kcal x (PC, kg)0,4. NEM = _________Kcal por dia 2. Cálculo da quantidade de alimento a ser administrada Para o cálculo da quantidade de alimento deve-se considerar a necessidade energética de manutenção (NEM) do animal, calculada anteriormente e a energia metabolizável (EM) por grama da dieta. Quantidade de alimento = NEM (Kcal por dia) / EM por grama de dieta Quantidade de alimento = ___________ gramas por dia 3. Como calcular e como prescrever a dieta Exemplo: Cão adulto, SRD de 10 kg. EM da dieta = 2,00 kcal por grama Etapa I: Calcular a necessidade energética do animal NEM = 95 x (peso em Kg) NEM = 95 x (10) 0,75 NEM = 534 Kcal por dia 0,75 Etapa II: Calcular a quantidade de alimento a ser administrada por dia em gramas Quantidade de alimento = NEM / EM dieta Quantidade de alimento = 534 Kcal por dia / 2,00 kcal por grama Quantidade de alimento = 267 gramas por dia (270 gramas) 3. Como calcular e como prescrever a dieta Etapa III: Calcular a quantidade de cada ingrediente da dieta Após calcular a quantidade a ser administrada em gramas por dia da dieta, deve- se calcular a quantidade de cada ingrediente da mistura: Ex: Arroz: Do total calculado (270 gramas), 60% será arroz: 270 gramas da dieta ------------------100 % (total) x gramas de arroz ----------------- 60% (% de arroz) x = 160 gramas de arroz por dia 3. Como calcular e como prescrever a dieta Etapa IV: Como prescrever Dieta calculada: Arroz cozido 160 gramas por dia Carne bovina moída 54 gramas por dia Fígado bovino 14 gramas por dia Cenoura 35 gramas por dia Fosfato bicálcico 1,87 gramas por dia Levedura de cerveja 1,87 gramas por dia Suplemento vitamínico-mineral Sal 2,67 gramas por dia Óleo de soja 0,26 gramas por dia 2,6 mL por dia