51º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005 Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4 [email protected]; [email protected] Palavras Chaves: LOH, MIS, carcinoma, laringe da Silva Jr, RL1; Maia, NT1; Barros, PS1; Curado, MP1,3; da Silva, CC1,2,* ; da Cruz, AD1,2,3,* ¹Núcleo de Pesquisas Replicon. Departamento de Biologia, Universidade Católica de Goiás; ²LaGene – Laboratório de Citogenética Humana e Genética Molecular , SuLeide, SES/GO; ³Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia, Associação de Combate ao Câncer em Goiás; 4Bolsista do CNPq. Análise da instabilidade de microssatélites e perda da heterozigose em carcinoma de células escamosas da laringe A idéia de que os tumores surgem de alterações genéticas somáticas surgiu no início do século XX, mas somente com o desenvolvimento de técnicas de biologia molecular que tornou-se possível relacionar mutações em genes específicos com a iniciação e progressão de tumores. Atualmente aceita-se que todos os cânceres, mesmo na ausência de qualquer componente hereditário aparente, resultam de mutações em células somáticas tendo sua progressão o envolvimento da expressão muitos oncogenes. Uma maior compreensão do papel dos oncogenes e dos genes supressores de tumor no controle do crescimento celular normal e da diferenciação celular tem contribuído para elucidar alguns fatores relacionados à carcinogênese em tumores de cabeça e pescoço em geral. O uso de marcadores de microssatélites têm-se demostrado uma importante ferramenta na investigação de perdas e ganhos alélicos, como fatores que predispõe a ativação de oncogenes e a inativação de genes supressores de tumor. O objetivo do presente estudo foi avaliar o polimorfismo alélico dos loci cromossômicos 17p13.1 (D17S1678), 17q22 (STS-M95585), 11p15 (D11S4962), 9p21 (RH68036), WI20580, 8p21 (RH17792), 6q13 (RH92600) e 3p13 (STS-AA027856) em 20 pacientes com CEC da laringe mediante a amplificação por PCR. Amostras de DNA total obtidas do anel leucocitário de sangue periférico e de biópsias a fresco de cada paciente foram utilizadas para a comparação de alelos. Após a PCR os amplicons foram resolvidos em gel de poliacrilamida a 6% desnaturante e a 8%, ambos corados com nitrato de prata. Para a região correspondente a 6q13, todos os indivíduos apresentaram-se homozigotos e, portanto, pouco informativos para esse estudo. Nas regiões 8p21 e 8p22 foram observadas 20% (4/20) de MIS, em ambas, e 5% (1/20) de LOH para 8p21. Para as regiões 17q22 e 11p15 foi observada a mesma freqüência de MIS de 30% (6/20). Foram encontrados ainda, 20% (4/20) de LOH e 5% (1/20) de MIS em 3p13 e 30% (6/20) de LOH correspondente a região 9p21. Para a região 17p13.1 observou-se que 20% (4/20) das amostras analisadas apresentavam LOH e 35% (7/20) MIS. A alta freqüência de MIS encontrada no estudo sugere que a carcinogênese do CEC da laringe segue o mecanismo de fenótipo mutante. Alterações adicionais em regiões previamente estudadas e a investigação de outros fatores associados aos carcinomas laríngeos poderão vir a ser ferramentas importantes na estimativa do prognóstico da progressão tumoral e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Apoio: PROPE/UCG, CNPq e LaGene/SES-GO. 942