Universidade Federal Fluminense

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Universidade Federal Fluminense
Disciplina: Ecologia Geral
Professores: Agnaldo e Rejane
Grupo: Carolina Valença, Laís de Paula e Vanessa Iurif
Resumo
Estado Trófico, eutrofização e critérios de nutrientes em córregos
Os objetivos desta revisão são: definir o estado trófico dos córregos, clarificar as
relações entre os abastecimentos de nutrientes, estequiometria e definir uma linha de
base.
O estado trófico é a disponibilidade energética para uma cadeia alimentar, a
integridade da comunidade e funcionamento dos ecossistemas, incluindo a taxa de
produção de processos autotróficos e heterotróficos.
Como todos os ecossistemas, os córregos possuem uma comunidade biótica que
depende de um fornecimento de combustível de carbono e também fornece combustível
para as cadeias alimentares e mantém os organismos que vivem nela.
A definição
do estado trófico em córregos é mais difícil, pois há grande entrada de carbono a partir
de fontes terrestres, estando muitas cadeias dominadas por este fator.
O estado trófico é fundamental para a estrutura dos ecossistemas estando
intimamente ligado a integridade biótica e a qualidade das águas dos córregos, podendo
ser classificado como: oligotrófico ou improdutivo (com baixa disponibilidade
energética), mesotrófico (com produção intermediária) e eutrófico (alta produtividade).
As preocupações a respeito da qualidade das águas geraram muitos estudos
sobre o estado trófico e conduziram a um recente aumento de informações relacionadas
a fatores que controlam o estado trófico, em particular, como nutrientes podem ser
ligados ao estado trófico.
O fluxo de estado trófico (taxa de fluxo de carbono para a cadeia alimentar na
ausência de influência humana) é um modelo adaptativo pelo qual os organismos dos
córregos têm evoluído.
A eutrofização, que é o excesso de nutrientes em um corpo d’água, pode gerar
várias problemas, como: floração de algas nocivas, morte de peixes, gosto e odor
desagradáveis.
Deve-se incluir ao estado trófico os estados autotróficos e heterotróficos porque
ambos são fontes essenciais de energia. Sendo que o estado heterotrófico se justifica por
ter produção líquida do ecossistema negativa (respiração excede a produção bruta).
Ambos os estados são controlados por diferentes fatores, sendo que a luz tem maior
efeito controlador no estado autotrófico e a entrada de carbono alóctone (de fora do
sistema) tem maior impacto sobre o estado heterotrófico.
Estado heterotrófico pode ser uma função de C, taxa de fornecimento de N ou P e
outros controles, como hidrologia e atividade de consumidores. Uma abordagem
estequiométrica que considera heterotrofia e autotrofia, e relativos fluxos de C e
nutrientes inorgânicos ligados ao estado trófico foi justificada por experimentos na
floresta Apalache no córregos do Coweeta .
Exclusões de folhas e madeira que se inserem no córrego diminuíram a
produtividade secundária, incluindo as taxas de crescimento mais lento do topo da
cadeia alimentar animal, as larvas salamandra, Eurycea wilderae e diminuíram a
demanda de nutrientes heterotróficos microbianos.
Córregos da região que contém o valor normal de folhas também foram
manipulados com adições de nutrientes inorgânicos crônicos, aumentando a produção
secundária de invertebrados além das taxas esperadas e o crescimento das larvas
salamandras encontradas no fluxo.
Outras provas de que estado heterotrófico pode ser afetado por nutrientes é
fornecido por análises de água preta dos córregos na Carolina do Norte. Condições de
pouco O2 dissolvido que possam comprometer a integridade biótica estavam presentes
em vários destes riachos. Carregamento de P primariamente e de N secundariamente
estimulam a problemática de baixas condições de O2.
Tomados em conjunto, os resultados de Coweeta e de água preta confirmam
que os gestores precisam de considerar o fluxo de C, N e P para controlar o estado
trófico. Taxas de atividade tanto heterotróficas quanto autotróficas podem ser
controladas por nutrientes inorgânicos.
Modelo estequiométrico deve considerar que múltiplas limitações ocorrem e
que diferentes fatores podem simultaneamente controlar estados heterotróficos e
autotróficos.
Estado trófico basal é o estado trófico esperado na ausência da influência
humana. Determinar o estado trófico basal é necessário para o entendimento do modelo
adaptativo dos organismos de córregos assim como as taxas funcionais do ecossistema.
Técnicas utilizadas para estabelecer o estado trófico basal em lagos são baseadas
em registro de sedimentos. No entanto, outros métodos são necessários para determinar
o estado trófico de córregos antes da influência humana. Esses métodos necessitam
determinar as taxas externas de carbono, assim como indicar o total de nutrientes basais
disponíveis.
Mesmo Odum tendo reconhecido a importância da hetereotrofia em córregos, a
maioria dos estudos focam primariamente no estado autotrófico. Pouco se conhece
entre a ligação de nutrientes e o estado hetereotrófico e menos ainda sobre como o
estado trófico basal muda em escala espacial.
Estequiometra de luz e nutrientes são áreas ‘férteis’ para as pesquisas do estado
trófico e processos do ecossistema.É necessário determinar os valores basais para N, P,
fontes externas de carbono e luz, já que eles podem variar substancialmente entre os
biomas.
Nós agora temos as ferramentas necessárias para determinar o estado trófico
basal e, esforços devem ser feitos para manter a integridade biótica e/ou conservar as
espécies nativas.
Questões:
1- Defina estado trófico e estado trófico basal.
2- Explique a diferença entre oligotrófico, mesotrófico e eutróifco.
3- Porque definir estado trófico em córregos é mais difícil do que em lagos?
4- Explique como a ausência e o excesso de nutrientes podem afetar o ecossistema.
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