UFF – FACULDADE DE ECONOMIA CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MACROECONOMIA I GUIA PARA OS ESTUDANTES E EXERCÍCIOS PARA O LABORATÓRIO PROFESSOR RESPONSÁVEL CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA NOTA: Este texto é uma tradução adaptada de alguns capítulos (2 a 9 e 18 a 21) ou de suas partes, do livro Macroeconomics, study guide and tutorial de autoria de David Findlay elaborado especialmente para apoiar o livro Macroeconomia de Olivier Blanchard, 2ª edição. Esta tradução, se destina unicamente a servir de apoio ao curso de Macro I, da UFF, do professor Claudio M. Considera. Procurou-se aqui adaptar o texto à 3ª e à 4ª edições do livro do Blanchard e também às características brasileiras. A tradução é de Renato Mayer e a revisão e adaptação de Claudio M. Considera. As respostas dos exercícios estão à parte e permaneceram em inglês. 1 Capítulo 2 UMA VISÃO GERAL DO LIVRO OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO Depois de passar por este capítulo e pelo material seguinte, espera-se que você esteja em condições de: (1) Definir Produto Interno Bruto (PIB). (2) Compreender as três óticas diferentes de mensurar o PIB. (3) Estabelecer a distinção entre PIB nominal e PIB real. (4) Compreender qual o papel que a formação hedônica de preços desempenha na construção das estimativas do PIB real. (5) Conhecer a definição e a construção da taxa (u) de desemprego. (6) Explicar a definição e a construção do deflator do PIB e do índice de preços ao consumidor. (7) Discutir por que os economistas se preocupam com a taxa de desemprego e a taxa de inflação. (8) Explicar e interpretar a lei de Okun. (9) Explicar o que representa a curva de Phillips. (10) Reconhecer qual papel os fatores de demanda e de oferta desempenham ao afetar a produção (i) no curto prazo; (ii) no médio prazo e (iii) no longo prazo. (11) Entender a construção do PIB real e das séries de índices. 1. DEFINIÇÃO E MENSURAÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) O PIB é o valor dos bens e serviços finais produzidos na economia durante um dado período. Há três formas distintas de mensurar o PIB. Deve ficar claro que todas as três levam ao mesmo valor do PIB. ÓTICA 1 (ÓTICA DO GASTO): O PIB é a soma do valor dos bens e serviços finais produzidos em um dado período. No exemplo do Capítulo 2, carros representam o único bem ou serviço final. Os $ 210 de receitas de vendas de carros representam o PIB. ÓTICA 2 (ÓTICA DO PRODUTO): O PIB é a soma dos valores adicionados na economia. O valor adicionado em certo estágio da produção de um bem é definido como o valor da produção menos o valor dos insumos intermediários (com exceção da mão-de-obra) utilizados no processo de produção. ÓTICA 3 (ÓTICA DA RENDA): O PIB é igual à soma das rendas na economia durante um dado período. Para ver como isso se dá, é preciso compreender que todo o valor adicionado no processo de produção, tanto de bens finais como de insumos intermediários devem ir necessariamente para: (1) os trabalhadores na forma de renda (rendimentos do trabalho) (2) o governo na forma de impostos indiretos (p.e., impostos sobre vendas) (3) a renda da firma na forma de rendimento do capital (lucro). 2 No exemplo do Capítulo 2, não há impostos indiretos; por isso, o PIB é igual à soma dos rendimentos do trabalho e dos lucros da firma. Dicade deAprendizagem Aprendizado Dica Se somássemos somássemos simplesmente simplesmente oo valor valor de de todos todos os os bens bens ee serviços serviços (tanto (tanto intermediários intermediários como como Se finais) trocados trocados na na economia economia durante durante um um dado dado período, período, estaríamos estaríamos superestimando superestimando oo valor valor do do finais) PIB por duas razões: PIB por duas razões: (1) Algumas Algumas das das transações transações ocorridas ocorridas no no ano ano tt representam representam oo valor valor dos dos bens bens intermediários. intermediários. (1) Se somássemos, somássemos, por por exemplo, exemplo, tanto tanto oo valor valor do do novo novo sedan sedan Ford Ford Taurus Taurus 1999 1999 ee oo valor valor dos dos Se pneus Goodyear que a Ford adquiriu da Goodyear, estaríamos fazendo uma ―dupla contagem‖ pneus Goodyear que a Ford adquiriu da Goodyear, estaríamos fazendo uma ―dupla contagem‖ do valor valor dos dos pneus; pneus; do (2) Alguns bens finais vendidos vendidos em em 1999 1999 foram foram produzidos produzidos em em um um período período anterior anterior e, e, (2) Alguns bens finais portanto, já já foram foram incluídos incluídos na na medição medição do do PIB PIB do do período período anterior anterior (p.e., (p.e., oo valor valor de de um um carro carro portanto, usado, um computador pessoal usado, etc). usado, um computador pessoal usado, etc). 2. PIB NOMINAL E REAL (1) PIB Nominal O PIB Nominal no ano t ($Yt) é a soma das quantidades de bens e serviços finais produzidos no ano t vezes os seus preços correntes. $Yt mede o valor do PIB no ano t aos preços do ano t. O PIB Nominal também é chamado de PIB em dólares (ou reais) correntes. Dica Dicade deAprendizagem Aprendizado Muitocuidado cuidadoao ao interpretar variações no PIB Nominal (ou variações no de valor de Muito interpretar variações no PIB Nominal (ou variações no valor qualquer qualquer variável medida em termos nominais, ou seja, medida em dólares ou Reais variável medida em termos nominais, ou seja, medida em dólares correntes). Suponha que correntes). Suponha que $Yt aumenta emde1999 (acima seu nível Este $Y do seu 6% nível 1998). Estedo aumento emde $Y1998). t aumenta 6% em 1999 (acima t pode ocorrer aumento em $Yt pode ocorrer por duas razões: por duas razões: (1) O montante bense eserviços serviçosfinais finaisproduzidos produzidospode, pode,dedefato, fato,terteraumentado; aumentado;e/ou e/ou (1) O montante dedebens (2)OsOspreços preçosdesses dessesbens bense eserviços serviçosfinais finaispodem podemterteraumentado. aumentado. (2) (2) PIB Real (a preços constantes do ano anterior ou de um determinado ano)1 O PIB Real no ano t ($Yt) é a soma das quantidades de bens e serviços produzidos no ano t vezes os preços desses mesmos bens e serviços em algum ano particular. Este ―ano particular‖ é denominado ano-base. Para calcular $Yt, devemos, em primeiro lugar, escolher um ano-base. Uma vez este escolhido (digamos que seja 1992), o PIB Real naquele ano é o valor dos bens e serviços finais daquele ano medido em preços de 1992. O PIB Real é 1 Tome cuidado para não fazer confusão entre o adjetivo real (valor a preços constantes de um ano bOAe) e o substantivo Real referente ao atual padrão monetário brasileiro. 3 também chamado PIB em termos de bens, PIB em dólares (Reais) constantes, PIB ajustado pela inflação e PIB em dólares (Reais) de 1992. Dica de Aprendizagem economistassesecentram centramno noPIB PIBReal, Real,pois pois este este elimina elimina os os efeitos das variações de OsOseconomistas de preços preços mensuraçãodadaprodução. produção. Por Porexemplo, exemplo, se se oo PIB PIB Real Real de 1999 (medido em preços nanamensuração preços de de 1992)aumentou aumentoudede3% 3%sobre sobreoonível nível do do PIB PIB Real Real de de 1998, sabemos que a produção 1992) produção total total aumentou.Quando Quandorecebemos recebemosinformações informaçõesdo doPIB PIB Nominal, Nominal, não não ficamos sabendo se o PIB aumentou. PIB Nominalvariou varioudevido devidoa avariações variaçõesnonomontante montantededebens bense eserviços serviçosproduzidos produzidosouousesedevido devidoa Nominal a variações preços. variações nosnos preços. Os economistas utilizam o PIB Real Yt para calcular o crescimento do PIB no ano t. O crescimento do PIB no ano t é definido como (Yt - Yt-1) / Yt-1. Isso mede a variação percentual no PIB Real entre os anos t e t-1. Expansões são períodos de crescimento positivo do PIB. Recessões são períodos de dois ou mais trimestres consecutivos de crescimento negativo do PIB. 3. PROGRESSO TECNOLÓGICO E FORMAÇÃO HEDÔNICA DE PREÇOS Dois aspectos na economia complicam o cálculo do PIB: (1) o surgimento de novos bens; e (2) bens, cujas características variam de ano para ano (como, por exemplo, os computadores pessoais). Quando as características de um bem mudam de ano para ano, o preço daquele bem pode variar de modo a refletir as mudanças em suas características. Os economistas usam uma abordagem chamada de formação hedônica dos preços para ajustar os preços efetivos às variações nas características dos produtos. Dica de Aprendizagem Reveja a discussão da formação hedônica dos preços no Capítulo 2. A revisão do problema # 7 centrará na formação hedônica dos preços. 4 4. DEFINIÇÃO E CONSTRUÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO ut A taxa de desemprego representa o percentual da força de trabalho que está desempregada. Especificamente, ut = U/L, onde: U é o número de indivíduos desempregados; L é o número de indivíduos na força de trabalho; L é igual ao número de indivíduos desempregados mais o número de indivíduos empregados (N), de modo que L = U + N Para ser contado como desempregado, um indivíduo: (1) deve não ter um emprego; E (2) deve ter procurado trabalho nas últimas quatro semanas. Dica de Aprendizagem Deve-se entender que para fazer parte da força de trabalho, um indivíduo deve estar: (1) ou empregado; ou (2) desempregado e estar ativamente procurando trabalho. Os indivíduos desempregados que cessam de procurar trabalho não mais serão contados como parte da força de trabalho. Esses indivíduos são chamados trabalhadores desalentados. A saída da ou a entrada na força de trabalho de trabalhadores desalentados pode alterar a taxa de desemprego sem causar qualquer variação no número de trabalhadores empregados. A revisão do problema #8 centrará nesta questão. A taxa de participação é definida como a razão da força de trabalho e a população em idade de trabalhar. Uma taxa de desemprego elevada está tipicamente associada a uma baixa taxa de participação. Por quê? Porque quando a taxa de desemprego for elevada um número maior de indivíduos desempregados deixará a força de trabalho (ou seja, se tornarão trabalhadores desalentados). 5. ÍNDICES DE PREÇOS: O DEFLATOR DO PIB E O ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (IPC) O deflator do PIB no ano t (Pt) é definido como a razão do PIB Nominal para o PIB Real no ano t: Pt = $Yt / Yt. O deflator do PIB dá o preço médio de todos os bens e serviços incluídos no PIB. Dica de Aprendizagem Pt = 1 no ano-base. Por quê? No ano-base (digamos que seja 1992), $Y92 = Y92. Em outras palavras, no ano-base, o valor do PIB Real e do PIB Nominal será o mesmo, uma vez que, ao se obter o PIB Real, usaremos os preços correntes para calcular essa medida da produção ajustada pela inflação. A revisão dos problemas #1 e #2 permitirão verificar isso. Como interpretar o tamanho do Pt ? Suponhamos que Pt = 1,37. Isso indica que o preço médio dos bens e serviços no ano t é 37% maior do que no ano base. Podemos rearranjar a definição de Pt de modo a ilustrar por que as variações no PIB Nominal podem ocorrer por duas razões. Multiplique ambos os lados por Yt de Tal maneira que $ Yt = Pt Yt. Um aumento em Pt e/ou um aumento em Yt produzirá aumentos em $ Yt$ Yt. 5 O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mede o preço de uma determinada ―cesta‖ de bens e serviços consumidos pelas famílias. A cesta atual de bens e serviços se baseia no comportamento das despesas do consumidor em 1982-1984; portanto, 1982-1984 representa o período-base. Dica de Aprendizagem Suponhamos que o IPC em 2000 seja igual a 1,70. Isso indica que o preço médio dos bens e serviços no ano 2000 é 70% mais elevado do que o preço médio da mesma cesta de bens e serviços no período-base (ou seja, 198284). Preste atenção em que, embora tanto o deflator do PIB como o IPC sejam índices de preços e, em geral, se movam juntos ao longo do tempo, há períodos nos quais a variação do IPC difere da variação do deflator do PIB. Isso se deve a: (1) O IPC inclui o preço de alguns bens que NÃO estão incluídos no PIB e que, portanto, não são levados em conta no deflator do PIB (como, por exemplo, o preço dos bens importados). (2) O deflator do PIB inclui o preço de todos os bens e serviços finais produzidos na economia. Alguns desses bens NÃO são consumidos pelas famílias e, portanto, não são incluídos no IPC (como, por exemplo, alguns itens de dispêndio do governo e das empresas). O deflator do PIB e o IPC podem ser usados para se calcular a taxa de inflação. A taxa de inflação entre o ano t e o ano t-1 (utilizando-se o deflator do PIB) é igual a (Pt - Pt-1 / Pt-1).2 Dica de Aprendizagem Atenção quando interpretar índices de preços e a taxa de inflação. Se o IPC em 2000 for igual a 1,7, isso NÃO significa que haja uma taxa ANUAL de inflação da ordem de 70% entre os períodos 1982-84 e 2000. Esse número indica que o preço médio da cesta de bens e serviços aumentou 70% em TODO o período. A taxa de inflação quase sempre é calculada, tomando-se uma base anual, a qual indica, por exemplo, a variação percentual no nível médio de preços de um ano para outro. 6. POR QUE ESTUDAMOS A INFLAÇÃO E O DESEMPREGO? Estudamos a taxa de desemprego porque: 2 Lembramos que no Brasil existem vários índices de preços ao consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), calculado pelo IBGE, é utilizado como o índice de inflação oficial e como referência para a meta de inflação estipulada pelo Banco Central do Brasil. Consulte a metodologia e o ano de referência em www.ibge.gov.br 6 (1) A taxa de desemprego nos fala algo do estado corrente da economia relativamente a um nível tido como normal (quando aumenta a taxa de desemprego, o crescimento do PIB tende a diminuir); e (2) A taxa de desemprego nos diz algo acerca dos possíveis impactos sobre o bem-estar dos desempregados. Estudamos a inflação porque: (1) A inflação pode afetar a distribuição de renda (por exemplo, um aumento na inflação pode causar uma redução no valor real da renda dos indivíduos que recebem rendimentos nominais fixos); (2) A inflação pode causar variações nos preços relativos e, portanto, causar distorções; (3) Se a faixa de incidência da tributação não for ajustada pela inflação, a inflação pode provocar distorções ao levar as pessoas para faixas tributárias mais elevadas; e (4) Como conseqüência de (2) e de (3), a inflação pode causar incertezas. Esta maior incerteza tem efeitos negativos sobre a atividade econômica. 7. DESEMPREGO E A ATIVIDADE ECONÔMICA: A LEI DE OKUN Um crescimento elevado do PIB se associa com freqüência a uma redução na taxa de desemprego. Essa relação entre variações no desemprego e no crescimento do PIB é conhecida como a Lei de Okun. Essa relação tem duas implicações: (1) Se ut for muito alta, será necessária uma elevação no crescimento do PIB para reduzir ut; e (2) Se ut for muito baixa, será necessária uma redução no crescimento do PIB para aumentar ut. Dica de Aprendizagem A relação entre a taxa de desemprego e o crescimento do PIB tem um apelo intuitivo. Por exemplo, suponha que o crescimento do PIB seja relativamente alto. O que as empresas estarão fazendo para provocar um crescimento do PIB a uma taxa relativamente acelerada? Muito provavelmente estarão contratando trabalhadores. À medida que cresce o emprego, a taxa de desemprego tende a cair. A recíproca também é verdadeira. 8. INFLAÇÃO E DESEMPREGO: A CURVA DE PHILLIPS A curva de Phillips representa a relação entre a taxa de desemprego e a variação da taxa de inflação. Embora tal relação possa sofrer variações ao longo do tempo e ser diferente para diferentes países, tendemos a observar o seguinte: (1) Quando o desemprego é baixo, a taxa de inflação tende a subir; e (2) Quando o desemprego é alto, a taxa de inflação tende a cair. 7 A curva de Phillips pode ser ilustrada graficamente, com a variação da taxa de inflação em um eixo e a taxa de desemprego no outro. 9. DETERMINANTES DAS VARIAÇÕES NA PRODUÇÃO Em períodos curtos de tempo (ou seja, no curto prazo), as variações na produção dependem basicamente de variações na demanda por bens e serviços. Em períodos longos de tempo (ou seja, no longo prazo), as variações na produção dependem de fatores de oferta, tais como o estoque de capital, o tamanho e a capacitação da força de trabalho e a tecnologia. Em períodos de tempo que variam entre o curto e o longo prazo (ou seja, no médio prazo), tanto fatores da demanda como da oferta induzem a variações na produção. 10. CONSTRUÇÃO DO PIB REAL E DAS SÉRIES DE ÍNDICES A construção do PIB Real acima descrita recorre ao mesmo conjunto de preços para um ano particular: este ano é denominado ano-base. Há várias questões associadas à utilização dessa abordagem no cálculo do PIB Real: (1) a escolha de um ano-base específico estabelece os pesos (isto é, os preços) atribuídos a cada bem ou serviço, mas nós sabemos que os preços relativos se alteram no tempo; (2) como os preços relativos se alteram ao longo do tempo, as taxas calculadas de crescimento do PIB Real vão depender do ano-base escolhido; e (3) quando varia o ano-base, as taxas calculadas de crescimento do PIB Real irão variar. Para evitar tais problemas, os economistas utilizam-se agora de séries de índices de modo a poderem calcular as taxas de crescimento do PIB Real. Isso envolve vários passos, a saber: A taxa de crescimento do PIB Real entre 1999 e 1998 está baseada na utilização de preços médios em 1998 e 1999. A taxa de crescimento do PIB Real entre 2000 e 1999 se baseia na utilização de preços médios em 2000 e 1999. Obtém-se um índice do PIB Real ligando/vinculando as taxas calculadas de variação para cada ano. O índice é fixado como igual a um para algum ano escolhido arbitrariamente (1992). Ao se multiplicar este índice pelo PIB Nominal em 1992 (o ano para o qual o índice é igual a um), obtemos uma medida do PIB Real em dólares de 1992. Dica de Aprendizagem Alguns professores enfatizarão o material contido no Apêndice 1 do texto. Uma revisão sucinta do material no Apêndice 1 foi incluída na seção que se segue. Esta revisão contém um sumário deste material e algumas perguntas. Você deve dar uma olhada neste material e trabalhar utilizando os problemas. 8 APÊNDICE 1 CONTAS NACIONAIS – RENDA E PRODUTO OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO Alguns instrutores gastam um tempo considerável com o material incluído neste apêndice. Se é o caso do seu instrutor, procure dar uma revisada no material incluído abaixo. Sugerimos que seja repassado, mesmo se não for motivo de ênfase. Após passar por este apêndice e pelo material seguinte, você estará em condições de: (1) Reconhecer que há uma ótica da renda e uma ótica do produto nas Contas Nacionais. (2) Perceber a distinção entre Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Nacional Bruto (PNB). (3) Compreender os componentes da renda nacional. (4) Compreender a relação entre renda nacional, renda pessoal e renda pessoal disponível. (5) Conhecer os componentes do Produto Interno Bruto com base na ótica do produto nas contas nacionais. (6) Reconhecer que precisamos de atenção e cuidado ao interpretar o Produto Interno Bruto como medida da atividade econômica e ao examinar os componentes do Produto Interno Bruto. 1. OA CONTAS DE RENDA E PRODUTO As contas de renda das contas nacionais ilustra a relação entre o PIB, o PNB, a renda nacional, a renda pessoal e a renda pessoal disponível. As contas do produto das contas nacionais enfoca os bens e serviços comprados pelas famílias, empresas e governos (em todos os níveis). A ótica do dispêndio (ou do gasto) mostra que o PIB é igual à soma do consumo, compras do governo, investimento, exportações líquidas e variações de estoque. 2. A RELAÇÃO ENTRE O PIB E O PNB O PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelos fatores de produção (isto é, trabalho, capital, etc) dentro de um país. O PNB é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos por fatores de produção fornecidos por residentes deste país. Recebimentos de renda dos fatores provenientes do resto do mundo representam renda de capital daquele país ou de residentes do país que estejam no exterior. 9 Pagamentos de renda dos fatores ao resto do mundo representam renda recebida por capital estrangeiro ou por trabalho de estrangeiros no país. Dicas de Aprendizagem Para compreender a diferença entre o PIB e o PNB, lembre que o PIB é o valor de todos os bens e serviços produzidos pelo trabalho e outros insumos dentro, por exemplo, dos Estados Unidos. Uma parte do trabalho e de outros insumos localizados dentro dos Estados Unidos é fornecida por residentes estrangeiros. Ao mesmo tempo, uma parte do trabalho e do capital fora dos Estados Unidos é fornecida por residentes dos Estados Unidos. Para se chegar ao PNB, nós: (1) primeiramente, acrescentamos ao PIB os recebimentos de rendas dos fatores do resto do mundo e, então, (2) subtraímos do PIB os pagamentos de rendas dos fatores do resto do mundo. O resultado líquido é o PNB. 3. COMPONENTES DA RENDA NACIONAL A Renda Nacional é igual à soma dos seguintes tipos de renda: Pagamentos de empregados: salários, ordenados e outros ajustes Lucros de empresas Juros líquidos: juros líquidos pagos pelas empresas e juros líquidos pagos pelo resto do mundo Rendas de autônomos: rendimentos de indivíduos que trabalham por conta própria Rendas de aluguéis: rendas de imóveis mais rendas imputadas de casas e apartamentos ocupados pelos próprios proprietários 4. RENDA NACIONAL, RENDA PESSOAL E RENDA PESSOAL DISPONÍVEL Nem toda a Renda Nacional vai para as famílias. Para se chegar à renda pessoal, partindo da Renda Nacional, temos que: Subtrair os lucros das empresas Acrescentar de volta aquela fração dos lucros das empresas que os indivíduos recebem como renda de dividendos pessoais Subtrair todos os pagamentos líquidos de juros das empresas Acrescentar de volta os pagamentos líquidos de juros das empresas que as famílias recebem Acrescentar as transferências 10 A renda pessoal é a renda efetivamente recebida pelas famílias. Para se chegar à renda pessoal disponível, devemos: Subtrair da renda pessoal os impostos pessoais e os pagamentos pára-fiscais. A renda pessoal disponível representa a renda que permanece disponível para as famílias após os impostos, pagamentos à previdência, etc. 5. A VISÃO DO PIB DA ÓTICA DO DISPÊNDIO OU DO GASTO Para entender esta ótica do PIB, imagine simplesmente os bens e serviços finais comprados pelas famílias, pelo governo e pelas empresas. As despesas de consumo pessoal (consumo) são iguais à soma dos bens e serviços adquiridos por pessoas residentes nos Estados Unidos e incluem a aquisição de: (1) bens duráveis; (2) bens não duráveis; e (3) serviços. O investimento fixo doméstico privado bruto (investimento) é a soma do investimento não residencial (novas fábricas, equipamentos e maquinário) com o investimento residencial (a aquisição de novas casas e apartamentos pelas pessoas). As compras do governo (nos níveis federal, estadual e municipal) são iguais à aquisição de bens e serviços pelos governos mais o pagamento da remuneração dos empregados do governo. Dicas de Aprendizagem De fato, nas contas nacionais brasileiras aparece o consumo do governo e seus investimentos. O governo consome tudo que produz que são serviços não mercantis (não são vendidos em mercado). O valor dos serviços não mercantis produzidos pelo governo é calculado somando seu consumo intermediário com as remunerações de seus empregados (civis e militares) As aquisições do governo NÃO incluem os pagamentos de transferência ou os pagamentos de juros sobre a dívida As exportações líquidas (a balança comercial) é igual às exportações menos as importações, onde: (1) As exportações correspondem às aquisições, pelo exterior, de produtos dos Estados Unidos (Brasil); e (2) as importações correspondem às aquisições de bens produzidos no exterior por residentes dos Estados Unidos (Brasil). 11 As variações nos estoques equivalem às alterações no volume físico dos estoques mantidos pelas empresas. È também igual à produção menos vendas e, portanto, pode ser tanto positiva como negativa ou igual a zero. 6. ADVERTÊNCIAS O PIB e o PNB não são medidas perfeitas da atividade econômica agregada. Por quê? Alguma atividade econômica (como, por exemplo, os trabalhos domésticos das donas de casa ) se dá fora dos mercados formais e, por conseguinte, está excluída tanto do PIB como do PNB. A classificação de algumas despesas pode parecer inconsistente. Por exemplo: (1) A aquisição de novas máquinas pelas empresas (as quais produzirão bens futuramente) é investimento, ao passo que a aquisição de educação (a qual permitirá aos indivíduos produzirem no futuro bens e serviços) é encarada como consumo; e (2) A aquisição de uma nova casa ou apartamento é investimento, enquanto que os serviços habitacionais proporcionados pelo novo imóvel estão incluídos no consumo. 12 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 2 DO BLANCHARD TESTE O SEU CONHECIMENTO 1. Defina Produto Interno Bruto. 2. Explique a diferença entre o PIB Nominal e o PIB Real. 3. O que constitui a formação hedônica de preços utilizada para se calcular o PIB? Explique. 4. O que mede a taxa de desemprego? Explique em poucas palavras como é calculada? 5. O que é o deflator do PIB e como é calculado? 6. O que é o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e como é calculado? 7. Por qual razão devemos nos preocupar com um aumento na taxa de desemprego? Explique concisamente. 8. Aumentos na taxa de inflação podem provocar efeitos negativos na economia. Explique em poucas palavras dois (2) desses efeitos. 9. O que devemos entender por lei de Okun? 10. O que a curva de Phillips representa? 11. Como se calcula o PIB Real usando séries de índices? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. Considere uma economia imaginária que produz apenas três bens – bifes, ovos e vinho. Os dados das quantidades e preços de cada bem vendido durante dois anos são informados abaixo: 1987 1997 Produção Bifes (libras) 10 7 Ovos (dúzias) 10 13 Vinho (garrafas) 8 11 Preço Bifes (libra) Ovos (dúzia) Vinho (garrafa) $ 2,80 $ 0,70 $ 4,00 $ 3,10 $ 0,85 $ 4,50 13 Para essa economia hipotética, calcule o dado que se requer para cada um dos anos: a. O PIB Nominal b. O PIB real em dólares constantes de 1987 (i.e., tome 1987 como ano-base) c. O deflator do PIB d. A variação percentual do PIB Real e do deflator do PIB entre 1987 e 1997. 2. Com base em sua análise no exercício 1, pergunta-se: o PIB nominal em 1987 era maior, menor ou igual ao PIB Real em 1987? Se os valores para o PIB Nominal e Real em 1987 diferem, explique por que isso ocorre. 3. Suponha que você receba as seguintes informações sobre uma economia, a qual consiste de apenas três empresas. COMPANHIA SIDERÚRGICA Receitas de vendas Despesas - Salários - compras de aço Lucros MONTADORA DE CARROS EMBALADORA DE LAGOSTAS $ 400 $ 1000 $ 200 $ 340 $ 60 $ 500 $ 400 $ 100 $ 160 $ 40 a. Utilizando a abordagem dos bens finais, de quanto é o PIB? b. Calcule o valor adicionado para cada uma das três empresas. Com base em seus cálculos, de quanto é o PIB, utilizando-se a abordagem do valor adicionado? c. A quanto soma a massa salarial (total de salários ou rendimentos do trabalho) nesta economia? Qual o total de lucros nesta economia? Utilizando seus cálculos e a abordagem pelo lado da renda, de quanto é o PIB? d. Compare os níveis do PIB obtidos nos itens (a), (b) e (c). Qual dessas abordagens apresenta o maior nível do PIB? E qual o menor? Explique. e. Com base em sua análise, qual o percentual do PIB alocado: (1) aos rendimentos do trabalho; e (2) aos lucros? 4. Suponha que o PIB Nominal em 1999 tenha crescido de 7% (sobre o nível de 1998). Com base nesta informação, o que aconteceu com a taxa de inflação (medida pelo deflator do PIB) e de crescimento real do PIB entre 1999 e 1998? Explique. 14 5. Utilize os dados abaixo para responder às seguintes questões:3 Ano PIB Nominal (bilhões de dólares) 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 3777,2 4268,6 4539,9 4900,4 5250,8 5546,1 5724,8 6020,2 6343,3 Deflator do PIB (1987 = 1) 0,91 0,94 0,969 1,00 1,039 1,085 1.133 1,176 PIB Real (em dólares de 1987) 4296,5 4979,5 1,235 Fonte: Survey of Current Business, Setembro de 1994 a. Qual foi o PIB Nominal em 1985? Qual o deflator do PIB em 1992? b. Utilizando o deflator do PIB (pelo qual 1987 =1), calcule o PIB real para os demais anos. Em quais desses anos, se é que em algum, o PIB Real caiu? Se, de fato, ocorreram reduções no PIB Real, o que isso nos diz acerca do nível de atividade econômica naqueles anos? c. Com base em seus cálculos no item (b), compare os níveis do PIB Real com os níveis do PIB Nominal para cada ano. O que sugere esta comparação acerca dos preços (daquele ano com relação a 1987 )? d. Explique por que os economistas se centram no PIB Real mais do que no PIB Nominal ao analisarem o nível da atividade econômica. 6. Explique concisamente como o PIB Nominal pode aumentar e o PIB Real diminuir em um mesmo período de tempo. 7. Suponha que uma economia produza apenas três bens: batatas, automóveis e computadores. Suponha, além disso, que, nos últimos dez anos, o preço real das batatas aumentou 20%, o dos automóveis 50% e o preço real dos computadores não variou. Se um índice hedônico de preços fosse calculado para cada um dos três bens ao longo deste período, como a formação hedônica de preços afetaria a variação do preço do bem ao longo do período (quando comparada à variação real do preço, seria maior, menor ou a mesma)? Explique. 3 As contas nacionais brasileiras são produzidas pelo IBGE (www.ibge.gov.br). Nas contas sinóticas, tabela 5, há informações sobre o PIB brasileiro (total e per capita) a preços correntes (valores nominais), a preços do ano anterior (valores reais) e as variações anuais dos deflatores do PIB. Como exercício, escolha um ano base e transforme os valores reais a preços desse ano base e construa uma série de deflatores referente a esse ano base. 15 8. Suponha que você receba as seguintes informações sobre uma economia. Há 100 milhões de indivíduos em idade de trabalhar nesta economia. Desses 100 milhões, 50 milhões estão trabalhando, 10 milhões estão procurando trabalho, 10 milhões pararam de procurar trabalho há dois meses e os restantes 30 milhões não querem trabalhar. a. Calcule o número de indivíduos desempregados, o tamanho da força de trabalho, a taxa de desemprego e a taxa de participação. b. Suponha, agora, que, dos 10 milhões de indivíduos procurando trabalho, 5 milhões parem de procurar. Tendo em vista essa mudança, calcule o que acontecerá ao tamanho da força de trabalho, à taxa de desemprego e à taxa de participação. A taxa de desemprego e a taxa de participação se deslocaram na mesma direção? Explique. c. Utilize os números originais para responder ao item (c). Suponha que as empresas experimentem um aumento na demanda por seus produtos e que respondam pelo aumento do emprego. Em particular, 2 milhões de indivíduos anteriormente desempregados passam agora a ter empregos. Dada essa mudança, calcule o que acontecerá à força de trabalho, à taxa de desemprego e à taxa de participação. d. Se os trabalhadores desalentados fossem oficialmente contabilizados como desempregados, explique o que ocorreria a: (1) o tamanho da força de trabalho; (2) o número de indivíduos empregados; (3) o número de indivíduos desempregados; (4) a taxa de desemprego; e (5) a taxa de participação. QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. Suponha que o PIB Nominal tenha decrescido durante um determinado ano. Baseado nesta informação, é sempre verdadeiro que: a. o PIB Real tenha caído neste ano b. o deflator do PIB tenha caído neste ano c. o PIB Real e/ou o deflator do PIB caíram neste ano d. tanto o PIB Real como o deflator do PIB caíram neste ano 2. Suponha que o PIB Nominal tenha aumentado de 5% em 1996 (sobre o seu nível anterior de 1995). De posse dessa informação, sabemos com certeza que: a. o nível agregado de preços (isto é, o deflator do PIB) aumentou em 1996 b. o PIB Real aumentou em 1996 c. tanto o nível agregado de preços como o PIB Real aumentaram em 1996 d. falta informação para responder a essa questão 3. Suponha que o PIB Nominal em 1980 tenha sido menor do que o PIB Real em 1980. De posse dessa informação, sabemos com certeza que: a. o nível de preços (isto é, o deflator do PIB) em 1980 foi maior do que o nível de preços no ano-base b. o nível de preços em 1980 foi menor do que o nível de preços no ano-base c. o PIB Real em 1980 foi menor do que o PIB Real no ano-base d. o PIB Real em 1980 foi maior do que o PIB Real no ano-base 16 Utilize os dados fornecidos abaixo para responder às questões 4, 5 e 6. Suponha que esta economia consista de apenas três empresas. COMPANHIA SIDERÚRGICA Receitas de vendas $ 600 Despesas - Salários $ 440 - compras de aço Lucros $ 160 MONTADORA DE CARROS $ 2000 PRODUTORA DE BATATAS $ 400 $ 1200 $ 600 $ 200 $ 260 $ 140 4. O valor adicionado criado pela montadora de carros é: a. $1400 b. $ 200 c. $ 800 d. $1200 5. O valor adicionado criado pela produtora de batatas é: a. $ 140 b. $ 260 c. $ 400 d. $ 120 5. O PIB para esta economia é: a. $ 3000 b. $ 500 c. $ 2400 d. $ 2000 7. A formação hedônica de preços é utilizada: a. para converter valores nominais em valores reais b. para calcular a diferença entre PIB Nominal e PIB Real c. para medir a taxa de variação do deflator do PIB d. para ajustar o preço dos bens a mudanças em suas características Utilize a informação fornecida abaixo para responder às questões 8 – 11, que se seguem. Suponha que você recebeu as seguintes informações acerca de uma economia. Há 200 milhões de indivíduos em idade de trabalhar nesta economia. Desses 200 milhões, 100 milhões estão trabalhando atualmente, 20 milhões procurando trabalho, 20 milhões pararam de procurar trabalho há dois meses e os restantes 60 milhões não querem trabalhar. 17 8. O tamanho da força de trabalho nesta economia é: a. 200 milhões de indivíduos b. 100 milhões de indivíduos c. 120 milhões de indivíduos d. 140 milhões de indivíduos 9. Considerando as definições correntes, utilizadas para classificar a força de trabalho nos Estados Unidos, o número de indivíduos desempregados nesta economia é de: a. 20 milhões de indivíduos b. 40 milhões de indivíduos c. 60 milhões de indivíduos d. 100 milhões de indivíduos 10. Considerando as definições correntes, utilizadas para classificar a força de trabalho nos Estados Unidos, a taxa de desemprego é de: a. 10% b. 16,7% c. 20% d. 14,3% 11. Considerando as definições correntes, utilizadas para classificar a força de trabalho nos Estados Unidos, a taxa de participação nessa economia é de: a. 86% b. 83% c. 70% d. 60% 12. Suponha que um relatório recente indique que o número de indivíduos que caem na categoria de ―trabalhadores desalentados‖ tenha aumentado. Com base nas definições utilizadas para determinar o tamanho e a composição da força de trabalho e, considerando que todos os demais fatores permaneçam constantes, este relatório estaria indicando que: a. o número de indivíduos empregados diminuiu b. a taxa de desemprego foi reduzida c. o percentual da força de trabalho que está desempregada aumentou d. aumentou o número de trabalhadores desempregados 13. Considerando as definições correntes, utilizadas para classificar a força de trabalho nos Estados Unidos, qual dos seguintes indivíduos seria considerado como desempregado: a. um indivíduo que não tem trabalho e que parou de procurar trabalho há seis semanas b. um indivíduo que não tem trabalho e que parou de procurar trabalho há cinco semanas c. um indivíduo que tem trabalho, mas que está trabalhando menos de 40 horas por semana (ou seja, trabalha em tempo parcial) d. um indivíduo que não tem trabalho e que está no momento procurando trabalho e. um indivíduo que não tem trabalho e que nunca procura trabalho 14. Suponha que o deflator do PIB no ano t seja igual a 1,2 e a 1,35 no ano t+1. A taxa de inflação entre o ano t e o ano t+1 é: a. 0,15% b. 15% c. 12,5% d.1,125% 18 15. Dos itens abaixo, quais preços são incluídos no deflator do PIB, mas não incluídos no Índice de Preços ao Consumidor? a. bens e serviços intermediários b. compras pelas empresas de novas fábricas e novo maquinário c. importações d. bens de consumo e serviços 16. A curva de Phillips ilustra a relação entre: a. variações na taxa de inflação e na taxa de desemprego b. a taxa de desemprego e o crescimento do PIB c. a taxa de desemprego e a taxa de participação da força de trabalho d. a taxa de variação do deflator do PIB e o Índice de Preços ao Consumidor 17. A lei de Okun ilustra a relação entre: a. a taxa de desemprego e a taxa de participação da força de trabalho b. variações na taxa de desemprego e o crescimento do PIB c. a taxa de inflação e a taxa de desemprego d. a taxa de variação do deflator do PIB e o Índice de Preços ao Consumidor 18. No médio prazo, variações no PIB são causadas por variações: a. nos fatores da demanda b. nos fatores da oferta c. nos fatores da demanda e da oferta d. somente da política monetária 19. A taxa calculada de crescimento do PIB Real entre os anos de 2001 e 2002 estará baseada em qual dos seguintes anos, utilizando-se a metodologia corrente (isto é, deséries de índices)? a. a média dos preços em 2001 e 2002 b. os preços no ano-base, 1992 c. a média dos preços em 2002 e 2003 d. os preços em 2002 19 PROBLEMAS DE REVISÃO DO APÊNDICE 1 1. Defina Produto Nacional Bruto (PNB). 2. Com base na visão da ótica do produto nas contas nacionais, indique quais componentes do PIB. são os 3. Dê duas razões pelas quais a Renda Nacional não é igual à Renda Pessoal. 4. Por que a renda pessoal disponível é menor do que a renda pessoal? 5. Quais são os dois componentes do investimento interno privado bruto? 6. Quais são os três componentes do consumo? 7. As exportações líquidas podem ser negativas? Se sim, explique em breves palavras. 8. a) Em um determinado ano, é possível que o PNB de um país seja maior do que o seu PIB? Se sim, explique em breves palavras. b) Em um determinado ano, é possível que o PNB de um país seja menor do que o seu PIB? Se sim, explique em breves palavras. QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. Se o PNB exceder o PIB, sabemos com certeza que: a. existe um déficit orçamentário b. existe um déficit comercial c. a renda recebida do resto do mundo excede os pagamentos de renda feitos ao resto do mundo d. a renda recebida do resto do mundo é menor do que os pagamentos de renda feitos ao resto do mundo 2. O Produto Nacional Líquido (PNL) é igual a: a. o PIB menos o consumo de capital fixo b. o PNB menos o consumo de capital fixo c. a renda pessoal disponível mais o pagamento líquido de juros d. a renda pessoal mais o pagamento líquido de juros 3. Qual item dos apresentados abaixo NÃO é um componente da Renda Nacional? a. salários e ordenados b. os lucros das empresas c. a renda de aluguel d. os impostos indiretos 20 4. Qual item dos apresentados abaixo NÃO é um componente do consumo? a. a aquisição de uma nova casa b. a compra de bens duráveis c. a aquisição de serviços habitacionais d. a aquisição de serviços de educação 5. Qual ou quais das atividades seguintes NÃO seria(m) incluída(s) na mensuração oficial do PIB? a. a aquisição de uma nova casa b. a compra de uma nova fábrica por uma empresa c. a compra de uma nova máquina por uma empresa d. salários e vencimentos recebidos por empregados do governo e. compras dos governos estaduais e locais f. a compra de bens intermediários 6. As variações nos estoques dos negócios serão positivas quando: a. a produção excede as vendas b. a produção é menor do que as vendas c. a produção é igual às vendas d. existe um déficit orçamentário e. existe um déficit comercial 7. Qual dos itens que se seguem NÃO é componente do investimento? a. despesas com educação b. a compra de uma nova fábrica por uma empresa c. a compra de uma nova máquina por uma empresa d. a aquisição de uma nova casa 8. Se as importações excedem as exportações, sabemos com certeza que: a. o PNB é maior do que o PIB b. o PIB é maior do que o PNB c. existe um déficit orçamentário d. existe um déficit comercial 21 CAPÍTULO 3 O MERCADO DE BENS OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO Depois de passar por este capítulo e pelo material seguinte, espera-se que você esteja em condições de: (1) Compreender a interação entre a demanda, a produção agregada e a renda. (2) Familiarizar-se com a composição do PIB e com o tamanho relativo de cada um dos seus componentes. (3) Conhecer a distinção entre variáveis endógenas e exógenas. (4) Compreender as características da função consumo. (5) Discutir e explicar o que se entende por produção de equilíbrio. (6) Conhecer a diferença entre dispêndio autônomo e os outros componentes do dispêndio que dependem da renda. (7) Reconhecer que os modelos possuem três tipos de equação: (1) equações de comportamento; (2) condições de equilíbrio; e (3) identidades. (8) Ilustrar e explicar graficamente os efeitos das variações do dispêndio autônomo sobre a demanda e sobre a produção de equilíbrio. (9) Discutir e explicar o multiplicador. (10) Explicar a relação entre o investimento e a soma das poupanças pública e privada. (11) Explicar o que significa o paradoxo da poupança. 1. INTERAÇÃO ENTRE PRODUÇÃO AGREGADA, RENDA E DEMANDA Para compreender a interação entre a produção agregada, a renda e a demanda, imaginem o seguinte cenário: suponha que a economia está em equilíbrio (isto é, uma situação em que não há pressão alguma para alterar a produção). Suponha, agora, que ocorre um evento capaz de causar um aumento na demanda por bens a cada nível de produção (por exemplo, em decorrência de um aumento das despesas do governo). As empresas respondem a esse aumento na demanda com o aumento da produção. Conforme observamos no Capítulo 2, a renda é igual ao produto. Este aumento na renda provocará um segundo aumento na demanda, uma vez que as famílias aumentam suas compras de bens e serviços (ou seja, o consumo aumenta). 22 As empresas responderão a este segundo aumento na demanda produzindo ainda mais bens e serviços. Este processo continua até que um novo nível de equilíbrio seja alcançado. 2. COMPONENTES DO PIB4 Existem três diferentes agentes na economia: as famílias (tanto as do país como do exterior), as empresas e os governos (em todos os níveis). Para compreender os componentes do PIB, imagine como é o dispêndio desses três grupos. Consumo (C) As famílias compram bens e serviços. A aquisição desses bens pelas famílias representa consumo (C). O consumo é também o componente maior do PIB. Observação: alguns dos bens e serviços comprados pelas famílias representam bens produzidos no exterior. Investimento (I) O investimento representa a aquisição de novas fábricas e equipamentos pelas empresas (investimento não residencial) e a aquisição de novas casas e apartamentos pelas famílias (investimento residencial). A soma do investimento residencial com o não residencial é denominada de investimento fixo (I). Dicas de Aprendizagem Preste atenção quando se referir ao investimento. A partir de agora, investimento estará sempre significando a soma do investimento residencial com o não residencial. O investimento não se refere à aquisição de ações ou títulos ou ao montante de fundos que um estudante tem à sua disposição na conta de poupança, por exemplo. Despesas do Governo (G) As despesas do governo (G) representam a compra de bens e serviços pelos governos nos diversos níveis: federal, estadual, municipal ou local. Dicas de Aprendizagem G não inclui os pagamentos de transferência, tais como pagamentos da seguridade social ou auxílio desemprego. 4 As variáveis econômicas são geralmente identificadas por sua primeira letra em maiúsculas (por exemplo, I representando investimento); essas letras referem-se usualmente a sua denominação em inglês e nunca foram traduzidas de forma a serem identificadas por sua primeira letra em português (no caso do I a primeira letra da palavra em inglês -- Investment -- é semelhante àquela em português); muitas vezes a primeira letra de uma variável já está ocupada identificando outra variável, forçando a que se opte, por exemplo, por sua segunda letra (é o caso de exports e imports que são identificadas por X e M, respectivamente), ou ainda, por uma letra assemelhada (é o caso de income que é representada por Y, já que o I está ocupado por investimento). 23 Exportações Líquidas (X – M)5 Alguns dos bens e serviços adquiridos pelas famílias, pelas empresas e pelos governos podem ser bem estrangeiros. Essas aquisições de bens e serviços produzidos no exterior representam as importações (M). Alguns dos bens e serviços produzidos no país são vendidos a famílias, empresas e governos estrangeiros (você consegue listar ‗‘ ‗‘exemplos relevantes?). As vendas para agentes no exterior de bens e serviços produzidos internamente representam as exportações (X). A diferença entre X e M representa as exportações líquidas; as exportações líquidas são mais comumente denominadas balança comercial. Se X > M, existe um superávit comercial; se M > X, existe um déficit comercial. Investimentos em Estoques (I s ) O investimento em estoque (I s ) é a diferença entre a produção e as vendas. I s pode, portanto, ser positivo, negativo ou zero. Por exemplo, se a produção for maior que as vendas, I s é positivo e os estoques de bens das empresas devem estar subindo. Ainda que esses bens não sejam adquiridos durante o período corrente, foram obviamente produzidos e, por conseguinte, devem ser incluídos em nossa medida da atividade econômica (isto é, o PIB). 3. DISTINÇÃO ENTRE VARIÁVEIS EXÓGENAS E ENDÓGENAS Uma variável endógena é uma variável que é determinada dentro do (ou pelo) modelo. No Capítulo 3, o produto (Y) é uma variável endógena. Uma variável endógena é uma variável que adotamos como sendo dada (isto é, determinada fora do modelo). Mudanças em variáveis exógenas (por exemplo, mudanças na confiança dos consumidores) provocarão mudanças nas variáveis endógenas (por exemplo, em C e Y). Mudanças nas variáveis endógenas, no entanto, não causarão mudanças nas variáveis exógenas. 4a. A FUNÇÃO CONSUMO Supomos que o consumo é uma função crescente da renda disponível (YD). Ou seja, aumentos na renda disponível provocarão aumentos no consumo. C é representado pela seguinte equação de comportamento: C = c0 + c1 YD onde c0 e c1 são ambos parâmetros. c1 representa o efeito sobre o consumo de uma determinada variação na renda disponível. Por exemplo, se c1 = 0,85, um aumento de $1 na renda disponível levará a um aumento de 85 centavos no consumo. [Pergunta: O que acontece aos 15 por cento remanescentes do aumento na renda disponível? Respondemos a esta pergunta na seção 4b, logo abaixo.] c1 é um parâmetro referido como propensão marginal a consumir e é igual a C / YD, onde C 5 No caso das importações, a terceira e a quarta edição do livro do Blanchard em inglês identificam as importações por IM, denominação que foi adotada pelo tradutor para o português. Preferimos adotar apenas a letra M como ocorre com a maioria dos livros de macroeconomia. 24 e YD representam a variação no consumo e a variação na renda disponível (a letra grega é lida como ―variação em‖). Uma vez que YD = C + S, qualquer variação na renda disponível será dividida entre consumo e poupança. Daí porque c1 será maior do que 0 e menor do que 1. c0 representa o nível de consumo que ocorre quando YD = 0. Como é possível haver consumo positivo quando YD = 0? Isso vai ocorrer via despoupança (os indivíduos irão desaplicar seus ativos ou tomar dinheiro emprestado). c0 pode ser referido também como consumo autônomo, aquela porção de consumo que independe da renda. Graficamente, temos: C C = c0 + c1 YD C c0 YD YD Dicas de Aprendizagem Se c0 aumenta (devido a, por exemplo, um aumento na confiança do consumidor), a função consumo se deslocará para cima pelo tanto de variação em c0 (observar que a inclinação não se altera quando c0 varia). Se c1 aumenta, a função consumo fica mais inclinada. O que se intui deste resultado? Que qualquer aumento dado agora em YD causa um aumento ainda maior no consumo – e isso é representado pela função consumo com maior inclinação. Qualquer variação em YD causará movimentos ao longo da função consumo. YD (ou seja, YD = Y – T) aumentará quando a renda total (Y) aumentar e/ou os impostos (T) caírem. Dada a definição de renda disponível, a função consumo pode ser reescrita como C = c0 + c1 [Y – T]. 25 4b. A FUNÇÃO POUPANÇA As funções poupança e consumo são intimamente relacionadas, uma vez que YD = C + S. Além do mais, qualquer aumento na renda disponível gerará um aumento no consumo e um aumento na poupança. O grau em que tanto o consumo como a poupança aumentarão depende da propensão marginal a consumir. Conforme vimos no texto, a função poupança é dada pela seguinte equação: S = -c0 + (1 – c1) [Y – T]. Se estabelecermos YD = 0 (isto é, Y – T = 0), vemos que S = - c0. Conforme discutimos acima, C = c0 se YD = 0. Dicas de Aprendizagem Como pode haver consumo quando YD = 0? Os indivíduos devem estar ou desaplicando seus ativos ou pedindo dinheiro emprestado. Qualquer uma das situações traduz despoupança, caso em que S < 0. O que representa a expressão (1 – c1)? Seja c1 = 0,85. Se YD aumentar de $1, o consumo aumentará de 85 centavos. O que acontece aos 15 centavos remanescentes do adicional de renda disponível? Deverá ser usado para aumentar a poupança. A expressão (1 – c1) representa, portanto, a propensão marginal a poupar. A propensão marginal a poupar mede a extensão em que a poupança varia em decorrência de uma dada variação na renda disponível. Graficamente, temos: S S = -c0 + (1 – c1) YD S YD - c0 YD 26 Dicas de Aprendizagem Qualquer aumento em c0 (isto é, um aumento no consumo autônomo) levará a função poupança a se deslocar para baixo pelo montante da variação em c0. Qualquer aumento em c1 levará a função poupança a se tornar mais plana (ou seja, diminui a inclinação da função poupança). Variações em YD levará a movimentos ao longo da relação de poupança. 5. PRESSUPOSTOS DO MODELO E DEMANDA (Z) Neste capítulo, damos como pressupostos que: a. as empresas não mantêm estoques; b. a economia é fechada (isto é, X = M = 0); c. as empresas produzem o mesmo bem; encaramos, portanto, o mercado como de bem único; e d. as empresas se dispõem a vender qualquer quantidade deste bem a um determinado preço. Para esta economia, a demanda pelos bens (Z) se define como Z = C + I + G. Substituindo C pela função consumo, temos: Z = c0 + c1 [Y – T] + I + G Dicas de Aprendizagem Recorde que tanto I como G (e, para este propósito, T) são exógenas. Além do mais, c0, T, I e G serão referidas como despesas autônomas. Despesas autônomas são aquelas despesas que são independentes da renda. Observe que o consumo total (C) não é autônomo, pois depende da renda. O equilíbrio no mercado de bens se dará quando a produção (Y) for igual à demanda (Z). Essa condição de equilíbrio (isto é, Y = Z) ajuda a explicar a interação entre a produção agregada, a renda e a demanda. Qualquer evento que provoque um aumento nas despesas autônomas gerará um aumento na renda. À medida que Y aumentar, Z aumentará como conseqüência do aumento no consumo induzido pela renda. No entanto, há apenas um único nível de produção (dados os valores de c0, c1, T, I e G) que satisfará a condição de equilíbrio. 27 6. A PRODUÇÃO DE EQUILÍBRIO A condição de equilíbrio indica que as empresas estabelecerão a produção de tal modo que iguale a demanda. Conforme vimos no texto, o nível de produção de equilíbrio é representado pela seguinte equação: Y = [1 / (1 – c1)] [ c0 – c1 T + I + G]. Dicas de Aprendizagem Se você tiver alguma dificuldade em seguir os passos descritos no texto, lembre-se do curso de álgebra que você completou no colégio. Temos uma equação (isto é, Y = Z) e uma variável desconhecida (isto é, Y). A equação acima representa o nível de equilíbrio da produção, dados os parâmetros (c0 e c1) e as variáveis exógenas no modelo (T, I e G). Deve ficar claro que, se qualquer um desses parâmetros ou variáveis exógenas sofrer alteração, o nível de produção de equilíbrio também se alterará. Dicas de Aprendizagem A expressão entre colchetes, c0 – c1 T + I + G, tem uma interpretação simples. Ela representa o nível de demanda que se daria, caso Y fosse zero. Representa também o nível de demanda que não depende da renda; em suma, representa o dispêndio autônomo. O outro termo, 1 / (1 – c1), será algum número maior do que um, já que c1 <1. Por exemplo, se c1 = 0,8, o termo será igual a 5. Este termo ―multiplica‖ o efeito do dispêndio autônomo e é, por conseguinte, denominado o multiplicador. Deve ficar claro que, à medida que c1 aumenta, o multiplicador também aumenta. Para checar isso, calcule o multiplicador quando c1 aumenta para o valor de 0,9. A produção de equilíbrio também pode ser ilustrada graficamente. Para fazê-lo, primeiramente plotamos a função de demanda Z no espaço Z-Y (isto é, um gráfico com Z no eixo vertical e Y no eixo horizontal), sendo a demanda representada pela linha ZZ na figura abaixo: 28 Z ZZ Y Dicas de Aprendizagem A interseção vertical é simplesmente o dispêndio autônomo (isto é, se Y = 0, Z = c0 – c1 T + I + G). Essa linha se inclina para cima porque à medida que aumenta Y, as famílias aumentam o consumo. Este aumento no consumo causa um aumento na demanda. A inclinação de ZZ é, portanto, igual à propensão marginal a consumir (c1). Qualquer variação no dispêndio autônomo levará ao deslocamento de ZZ. Uma variação em c1 provocará a mudança na inclinação de ZZ. Para determinar a produção de equilíbrio, incluímos agora na figura uma linha de 45 graus que tem a inclinação de 1. Essa linha de 45 graus ilustra a relação entre a produção e a renda. Uma vez que a produção e a renda sejam a mesma, um aumento no valor de unidade 1 na renda é igual, por definição, a um aumento de unidade 1 na produção. Conforme podemos ver graficamente, há apenas um nível de equilíbrio que produz um nível de demanda (Z) igual à renda; este ocorre no ponto Y0. Para qualquer outro nível de produção, Z não será igual a Y. Se a produção for maior do que Y0, então Y > Z. O problema de revisão # 9 ajudará a reforçar este conceito. 29 Z ZZ 45º Y Y0 7. O MULTIPLICADOR O que acontece à produção se as despesas autônomas variarem? Examinaremos isso tanto gráfica como algebricamente. Suponhamos que o dispêndio governamental caia de 100. Suponhamos, além disso, que a propensão marginal a consumir é 0,8. Algebricamente, a variação na produção causada pela redução em G é igual a 1/(1-0,8)(-100) = -500. Ou seja, cada variação de um dólar em G causa uma variação de $ 5 na produção de equilíbrio. Graficamente, observamos que a redução em G causa uma redução de um dólar por um dólar nas despesas autônomas. Este declínio em G, portanto, leva a relação de demanda, ZZ, a deslocar-se para baixo em 100. Z A ZZ G ZZ‘ A‘ B Y Y1 Y0 30 Este declínio inicial em G leva a demanda a cair para o ponto B. À medida que a demanda cai, a produção varia em 100. À medida que a renda cai, a demanda cai novamente, uma vez que nos movemos ao longo da nova linha ZZ. A produção varia novamente e o processo continua até que a economia esteja no ponto A‘, no qual Y = Z em um nível mais baixo de produção. Tanto gráfica, como intuitivamente, observamos que essa redução permanente, de uma vez, de G leva a queda em Y a exceder a queda inicial nas despesas autônomas. O multiplicador indica a extensão na qual Y irá variar conforme uma dada variação nas despesas autônomas. No caso aqui, o multiplicador é 5. 8. POUPANÇA, INVESTIMENTO E O PARADOXO DA POUPANÇA A produção de equilíbrio pode ser alcançada, utilizando-se a condição de equilíbrio Y = Z. A produção de equilíbrio também pode ser ilustrada, recorrendo-se a uma abordagem que enfoca a relação entre investimento e poupança. Conforme visto no Capítulo 3, S = I + G –T quando a economia está em equilíbrio. Rearrumando esta equação, tem-se I = S + (T – G). Tal equação nos permite obter uma interpretação alternativa da produção de equilíbrio, a saber: S representa a poupança privada das famílias. T – G representa a poupança pública. A soma das poupanças privada e pública representa a poupança nacional. Em resumo, a economia está também em equilíbrio quando o investimento é igual à poupança nacional. Um entendimento básico desta relação investimento-poupança, combinado ao entendimento do modelo acima apresentado lançará luz sobre o paradoxo da poupança. Em especial, quais são os efeitos de um aumento na poupança? Qualquer aumento autônomo na poupança se fará representar por uma redução igual no consumo autônomo ( c0 < 0). Dicas de Aprendizagem Se você entender o elo entre o consumo e a poupança, a resposta à pergunta acima formulada torna-se óbvia. Um declínio em c0 (aumento na poupança autônoma) gerará uma redução de mesma proporção na demanda a cada nível de produção. Esta redução na demanda provocará uma queda na produção igual à variação de c0 vezes o multiplicador. O que acontece com a poupança? Uma vez que I, G e T são todas variáveis autônomas, elas não variam quando a renda cai. Isso implica, dada a interpretação alternativa do equilíbrio (S = I + G – T), que o nível de poupança permanecerá invariável à variação inicial da poupança. Qualquer tentativa de aumentar a poupança causará: (1) uma redução na produção; e (2) nenhuma variação permanente no nível de poupança. Esses dois resultados são denominados como o paradoxo da poupança. O problema de revisão # 12 nos permitirá trabalhar com um problema numérico de modo a ilustrar esses dois resultados. 31 Dicas de Aprendizagem O Apêndice 3 (Uma Introdução à Econometria) contém uma introdução útil à análise estatística. O exemplo que é usado para ilustrar esses conceitos é a propensão marginal a consumir. Alguns instrutores gostam de enfatizar esta matéria. Se for o seu caso, leia com atenção este apêndice. Para ajudá-lo em sua compreensão, inclui um sumário da matéria na seção seguinte. 32 APÊNDICE 3 UMA INTRODUÇÃO À ECONOMETRIA OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO Após passar por este apêndice e pelo material seguinte, voe estará em condições de: ___ ____ (1) Compreender e explicar a relação entre ( Ct - C) e ( Y Dt - Y D). (2) Explicar como a econometria é utilizada para obter estimativas da propensão marginal a consumir. (3) Compreender e explicar os resultados obtidos com a utilização da econometria. (4) Explicar a diferença entre correlação e causalidade, recorrendo ao exemplo do consumo e da renda disponível. (5) Interpretar uma equação de consumo que inclui valores defasados no tempo da renda disponível. ___ ____ 1. A RELAÇÃO ENTRE ( Ct - C) E ( Y Dt - Y D) Como podemos obter uma estimativa de c1? Se estimarmos (há mais material sobre como fazemos isso abaixo) os efeitos das variações do nível de renda disponível sobre o nível de consumo, obteremos uma propensão marginal a consumir próxima de 1 e, por conseguinte, um multiplicador muito elevado. Dicas de Aprendizagem Verifique por conta própria. Qual é o multiplicador quando c1 = 0,8; c1 = 0,9; c1 = 0,95; c1 = 0,99? Para evitar este problema, podemos medir os efeitos sobre o consumo das variações na renda disponível acima ou abaixo do normal. Para tanto: Obtenha a variação média trimestral do consumo ( C). Como C tem, em geral, se elevado ao longo do tempo, C > 0; Obtenha a variação média trimestral da renda disponível ( YD). Como Y tem, em geral, se elevado ao longo do tempo, YD > 0; Obtenha a variação efetiva em C para cada trimestre ( Ct); e Obtenha a variação efetiva em YD para cada trimestre ( YDt). Usamos os dados acima para calcular: 33 (1) ( Ct - C). Essa expressão representa a variação em C enquanto desvio de sua média: pode ser positiva, negativa ou igual a zero; e ____ (2) ( Y Dt - Y D). Essa expressão representa a variação em YD enquanto desvio de sua média: pode ser positiva, negativa ou igual a zero. ___ ____ A Figura 4-3, adiante apresentada, ilustra a relação positiva entre ( Ct - C)e ( YDt - YD). Quando a renda disponível se eleva acima do normal, o consumo também se eleva acima do normal. 2. COMO OBTER UMA ESTIMATIVA DA PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR? Recorremos à econometria para obter uma linha que melhor se ajuste aos pontos correspondentes aos dados na Figura 4-3. A ―melhor‖ linha (indicada na Figura 4.4) é escolhida de modo a minimizar a soma do quadrado da distância dos pontos à linha de ajustamento. Este método é denominado de mínimos quadrados ordinários. A equação estimada é denominada regressão. A linha é denominada linha de regressão. Dicas de Aprendizagem Suponha que você tenha diante de si a seguinte equação: ___ ___ ( Ct - C) = 0,34 ( YDt - YD) + resíduo Como interpretá-la? A estimativa 0,34 indica que um aumento na renda disponível de $ 1 bilhão acima do normal levaria a um aumento no consumo de $ 0,34 bilhão acima do normal. 0,34 representa também a inclinação da linha de regressão e, por conseguinte, constitui-se no valor estimado da propensão marginal a consumir (c1 = 0,34). ___ ___ Conforme vimos na Figura 2, a relação entre ( Ct - C) e ( YDt - YD) não é perfeita (isto é, nem todos os pontos se situam na linha de regressão). Uma variação no consumo pode ser decomposta em duas partes: uma causada por variações na renda disponível e a outra por outros fatores. O resíduo representa justamente este outro componente. Se as variações no consumo forem causadas por variações na renda disponível, tanto melhor será o ajustamento da linha de regressão e, por conseguinte, menor o resíduo. 34 3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ECONOMÉTRICOS Suponha que lhe dêem as seguintes informações: ___ ___ ___ ( Ct - C) = 0,42 ( YDt - YD) R2 = 0,20 (5,46) Período da amostra: 1º trim/1960 a 4º trim/1995 Observações utilizáveis: 144 Graus de liberdade: 143 Como interpretar essas informações? O problema de revisão # 10 o ajudará na compreensão desta matéria. * Variável dependente: é a variável que estamos tentando explicar (neste caso é: ___ ( Ct - C) ). * Variáveis independentes: são as variáveis usadas para explicar a variável dependente (neste caso é ( YDt - YD)). * Coeficiente: É o coeficiente estimado, 0,42 (neste caso, a propensão marginal a consumir estimada). Um aumento de $ 1 bilhão na renda disponível (acima de sua média) no período t gerará um aumento de $ 0,42 bilhão no consumo (acima de sua média) no período t. A propensão marginal a consumir é 0,42. * Estatística-t: Para cada coeficiente estimado, obtém-se uma estatística-t. A estatística-t nos diz qual o grau de confiança que podemos ter de que o verdadeiro valor do coeficiente estimado difere de zero. A estatística-t para a equação acima é o número entre parênteses que fica abaixo do coeficiente estimado (ou seja, 5,46). Se a estatística-t for maior do que 2, podemos ter 95% de certeza de que o coeficiente estimado é diferente de zero. Se a estatística-t for maior do que 5,2 , podemos ter 99,99% de certeza de que o coeficiente estimado é diferente de zero. __ __ 2 * R : É uma medida de quanto a linha de regressão se ajusta aos dados. R2 varia entre 0 e 1. Quanto mais alto for o seu valor, melhor a linha se ajusta aos dados. * Observações utilizáveis: O número de observações dos dados em um período amostral (neste caso, todos os trimestres, desde o 1º de 1960 até o 4º de 1995, o que dá 144). * Graus de liberdade: È o total de observações utilizáveis menos o número de coeficientes estimados (neste caso, 143). 35 4. CORRELAÇÃO E CAUSALIDADE A plotagem dos dados nas Figuras 4-3 e 4-4 e a propensão marginal a consumir estimada indicam que o consumo e a renda disponível se movem na mesma direção (isto é, são positivamente correlacionadas). Nossa interpretação desses resultados sugere que são as variações de YD que causam as variações em C. Há, no entanto, duas possíveis explicações para tal resultado. À medida que YD aumenta, as pessoas aumentam o consumo; então, variações de YD provocam variações no consumo. Se os indivíduos decidem aumentar o consumo como conseqüência de, por exemplo, um aumento da confiança dos consumidores, a demanda, a produção e, portanto, a renda disponível aumentarão. Neste caso, variações em YD não causam variações no consumo. Na verdade, é a variação no consumo que causa a variação em YD. O coeficiente estimado e, portanto, o valor estimado da propensão marginal a consumir poderia ―captar‖ (isto é, incluir) alguns dos efeitos de C sobre YD. Para contornar este problema, os economistas usam a estimativa da variável instrumental. Como isso é feito? Em primeiro lugar, encontre variáveis exógenas, variáveis que afetem a produção (e, por conseguinte, YD) , mas que não são afetadas por variações na produção. Em seguida, examine as variações no consumo em resposta a variações de YD que sejam causadas por variáveis exógenas. Ignore as variações de YD que sejam causadas por variações no consumo. Essas estimativas refletirão o efeito de variações de YD sobre o consumo e não o inverso. Dicas de Aprendizagem As variáveis exógenas usadas na estimativa da variável instrumental são chamadas de instrumentos. A estimativa da variável instrumental produzirá, em geral, estimativas mais baixas quando comparadas às estimativas obtidas pelo método dos mínimos quadrados ordinários. Por quê? Porque esta abordagem elimina o efeito do consumo sobre YD. Daí ser menor o valor estimado da propensão marginal a consumir. O mesmo se passa com o tamanho do multiplicador. A interpretação dos resultados de uma equação estimada pela utilização dos métodos da variável instrumental é a mesma que antes. 36 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3 O MERCADO DE BENS TESTE O SEU CONHECIMENTO (As respostas devem ser procuradas nas páginas do Apêndice 3, mais adiante) 1. Qual o maior componente do PIB? 2. Explique a diferença entre variáveis exógenas, endógenas e autônomas. 3. Qual é a diferença entre o investimento fixo e o investimento em estoques? 4. O investimento em estoques pode assumir valores negativos (positivos)? Explique sua resposta. 5. Explique o que é a propensão marginal a consumir. 6. Qual é o efeito, se é que algum, que terá um aumento da confiança dos consumidores sobre: (1) a função consumo; e (2) a linha de demanda ZZ? 7. Quais variáveis determinam a interseção vertical e a inclinação da linha ZZ? 8. Por que a linha de demanda (ZZ) tem inclinação para cima? 9. Explique o que se deve entender pelo multiplicador. PROBLEMAS DE REVISÃO 1. A tabela baixo inclui informações sobre o PIB Real (medido em bilhões de dólares de 1987) para os Estados Unidos nos anos de 1993 e 1994. Consumo (C ) Investimento (I) Não residencial Residencial Despesas do Governo (G) Exportações (X) Importações (M) Investimento em Estoques (IS) 1993 3459 805 592 213 930 603 676 15 1994 3579 903 672 231 923 655 769 52 a. Calcule o nível do PIB para 1993 e 1994. Calcule, a seguir, a taxa de crescimento do PIB entre 1993 e 1994. Com base em seus cálculos, explique brevemente o que ocorreu com a atividade econômica entre 1993 e 1994. b. Calcule a taxa de crescimento ou de queda para cada um dos componentes do PIB entre 1993 e 1994. Qual dos componentes do PIB apresentou o maior crescimento e qual apresentou o menor durante esses dois períodos? Calcule a parcela de cada componente do PIB entre 1993 e 1994. Algum dos componentes do PIB experimentou variações em seu tamanho relativamente à produção total? Comente sucintamente. c. Com base nos dados dessas duas tabelas, indique o que teria acontecido ao tamanho do déficit comercial dos Estados Unidos nesses dois anos. Se houve variação no déficit, esta teria ocorrido basicamente por variação nas exportações ou nas importações? Explique. 37 2. A definição do PIB inclui (ou, de forma equivalente, leva em conta) o valor das alterações nos estoques (isto é, investimentos em estoques). Suponha que tenhamos desenvolvido uma medida alternativa do PIB que ignore o investimento em estoques. Descreva e explique, primeiramente, uma situação em que a exclusão do investimento em estoques levaria o valor desta alternativa de medida (a propósito, incorreta) do PIB a ser maior do que o valor do produto obtido ao se recorrer à medição usual do PIB. Em seguida, descreva e explique uma situação em que a exclusão do investimento em estoques levaria o valor desta alternativa de medida do PIB a ser menor do que o valor do produto obtido ao se utilizar a medição usual do PIB. Finalmente, considerando sua análise, discuta brevemente por que é importante incluir os investimentos em estoques ao se medir o valor corrente do produto. 3. A definição do PIB inclui (ou, de forma equivalente, leva em conta) o valor das exportações líquidas (X – M). Suponha que tenhamos desenvolvido uma medida alternativa do PIB que ignore as exportações líquidas. Descreva e explique, primeiramente, uma situação em que a exclusão das exportações líquidas levaria o valor desta alternativa de medida (a propósito, incorreta) do PIB a ser maior do que o valor do produto obtido ao se recorrer à medição usual do PIB. Em seguida, descreva e explique uma situação em que a exclusão das exportações líquidas levaria o valor desta alternativa de medida do PIB a ser menor do que o valor do produto obtido ao se utilizar a medição usual do PIB. Finalmente, considerando sua análise, discuta brevemente por que é importante incluir as exportações liquidas ao se medir o valor corrente do produto. 4. Suponha que o consumo nos Estados Unidos da América seja representado pela seguinte equação: C = 200 + 0,5 YD, onde YD = Y – T e T = 200. a. Qual o nível de consumo nesta economia, se YD = 0? Explique sucintamente como os indivíduos conseguem pagar por este consumo quando YD = 0. b. Dados os parâmetros acima, calcule o nível de consumo se Y = 1200. Suponha que Y aumente para 1300. O que acontece com o nível de YD quando Y se eleva para 1300 (ou seja, pede-se que você calcule a variação que ocorre em YD)? o que acontece com o nível de consumo quando Y aumenta para 1300? Com base nesta análise, qual é a propensão marginal a consumir desta economia? c. Escreva a função poupança para esta economia. Qual é o nível de poupança (S) quando Y D = 0? Explique como e por que isto ocorre. Qual é a propensão marginal a poupar desta economia? Como você sabe disso? 5. Suponha que os dados seguintes reproduzam as condições econômicas correntes e o comportamento em determinada economia: C = 400 + 0,75 YD onde YD = T – T, T= 400 e Y = 2000. a. Primeiramente, trace graficamente a função consumo acima no espaço C - YD (com C no eixo vertical e YD no eixo horizontal). O que representa a interseção vertical? Explique. Qual é a inclinação da função consumo? Explique. Sendo Y =2000, qual é o nível de consumo desta economia? 38 C YD b. Supondo que Y não se altera, ilustre graficamente (na figura acima) e explique os efeitos de uma redução para 0,5 na propensão marginal a consumir. Calcule o que acontece como nível de consumo. 6. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes equações: Z=C+I+G YD = Y – T C = 400 + 0,5 YD G = 600 T = 400 I = 200 a. Qual é a propensão marginal a consumir nesta economia? Qual a propensão marginal a poupar? b. Escreva a equação que indica como a demanda (Z) é uma função da renda (Y) e das despesas autônomas restantes. Qual será o nível de demanda se Y = 0? O que este nível de demanda representa? Além disso, dada a sua equação, o que acontecerá com o nível de demanda (z) se Y aumentar de $1? O que este número representa? c. Com base em sua resposta no item (b), calcule o nível de demanda (Z) para os seguintes níveis de renda: Y = 1600, Y = 1800, Y = 2000, Y = 2200 e Y = 2400. Agora, compare o nível de demanda que você calculou para cada nível de renda com o nível de renda correspondente. A economia está em equilíbrio em algum desses níveis de renda? Explique. d. Utilize seus cálculos no item (c) para responder a esta questão. Fazendo Y = 1600, compare os níveis de renda e de demanda. Como as empresas irão responder a esta situação? Explique em poucas palavras. Fazendo Y = 2400, compare os níveis de renda e de demanda. Como as empresas vão responder a esta situação? Explique em poucas palavras. 7. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes equações: 39 Z=C+I+G YD = Y – T C = 300 + 0,5 YD G = 1000 T = 400 I = 200 a. Dadas as variáveis acima, calcule o nível de equilíbrio da produção. Dica: especifique, em primeiro lugar (utilizando os números acima), a equação de demanda (Z) para esta economia. Em seguida, usando a condição de equilíbrio, iguale essa expressão a Y. Tendo feito isso, ache o nível de equilíbrio da produção. Utilizando o gráfico ZZ – Y (isto é, um gráfico que inclua a linha ZZ e a linha de 45 graus, estando Z no eixo vertical e Y no eixo horizontal), ilustre o nível de equilíbrio da produção para esta economia. Z Y b. Suponha, agora que aumenta a confiança dos consumidores, levando a um aumento no consumo autônomo (c0) de 300 para 400. Qual é o novo nível da produção de equilíbrio? De quanto varia a renda como conseqüência deste evento? Qual é o multiplicador para essa economia? c. Ilustre graficamente (na figura acima) os efeitos desta variação no consumo autônomo sobre a linha da demanda (ZZ) e sobre Y. Indique claramente em seu gráfico os níveis inicial e final de equilíbrio da produção. d. Explique, em poucas palavras, por que este aumento na produção é maior do que o aumento inicial no consumo autônomo. 8. Repita a análise feita para a pergunta 7, itens (a) – (c). Dessa vez, no entanto, suponha que a propensão marginal a consumir é 0,8. a. Ver # 7, item (a). b. Ver # 7, item (b). c. O que ocorreu à inclinação da linha ZZ como resultado do aumento na propensão marginal a consumir? Explique. d. O que ocorreu às variações na produção e, por conseguinte, ao tamanho do multiplicador como resultado do aumento em c1? Explique. 40 e. Ilustre graficamente, utilizando o gráfico ZZ – Y,os efeitos de um aumento em c1 sobre a produção de equilíbrio. Z Y 9. Utilize o gráfico ZZ – Y abaixo para responder às seguintes questões: a. O que a distância AO representa? Discuta e explique sucintamente quais eventos poderiam ocorrer neste modelo que fariam a distância AO diminuir. b. Explique, em poucas palavras o que representam as seguintes distâncias: OY1, Y1E, Y1F. Esta economia se encontra em equilíbrio quando a produção é igual a Y1? Explique. c. Explique, em poucas palavras o que representam as seguintes distâncias: OY2, Y2B, Y2C. Esta economia se encontra em equilíbrio quando a produção é igual a Y2? Explique. d. Considerando sua análise nos itens (b) e (c), qual é o nível da produção de equilíbrio? O que é preciso ocorrer com esta economia para encontrar-se em equilíbrio? Ilustre esta condição no gráfico abaixo. Z F ZZ C E A B O Y2 Y1 Y 41 10. a. Calcule o multiplicador para cada um dos seguintes valores da propensão marginal a consumir: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1 = 0,9. Explique sucintamente o que acontece ao multiplicador quando aumenta a propensão marginal a consumir. b. Explique o que acontece, se é que acontece, à linha de demanda (ZZ) quando a propensão marginal a consumir assume os seguintes valores: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1 = 0,9. Explique sucintamente o que acontece à produção de equilíbrio quando aumenta a propensão marginal a consumir. c. Suponha que os responsáveis pela política econômica tenham a intenção de aumentar a produção de equilíbrio de 1000. Para cada um dos valores a seguir, assumidos pela propensão marginal a consumir, calcule a variação necessária no dispêndio do governo para que se obtenha o aumento desejado na produção de equilíbrio: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1 = 0,9. 11. Suponha que haja duas economias diferentes, ambas representadas pelo modelo indicado no Capítulo 3. Suponha também que o nível de equilíbrio da produção seja o mesmo em ambos os países. Por simplicidade, podemos ilustrar o equilíbrio para ambas as economias em um mesmo gráfico. A linha de demanda para a economia A (B) é representada por ZZA (ZZB). Esta situação é apresenta no gráfico que se segue. Z ZZA ZZB Y0 Y a. Em primeiro lugar, discuta brevemente as diferentes características das linhas de demanda para essas duas economias. b. Suponha, agora, que os responsáveis pela política em ambos os países decidam aumentar as despesas do governo pelo mesmo montante (por exemplo, G aumentará de, digamos, $ 100 bilhões). Primeiramente, explique, em poucas palavras, o que sucederá ao nível de despesas autônomas em cada uma das economias. Em seguida, indique graficamente (na figura acima) o que acontecerá com as linhas de demanda como resultado deste aumento idêntico em G. c. Serão os efeitos deste aumento de $ 100 bilhões das despesas do governo sobre a produção de equilíbrio os mesmos nas duas economias? Explique. 42 12. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes equações: Z=C+I+G YD = Y – T C = 300 + 0,9 YD G = 2000 T = 1000 I = 200 a. Calcule o nível de equilíbrio da produção. b. Após ter calculado a renda de equilíbrio, calcule o nível de consumo para esse nível da produção. Dica: se você conhece o montante dos impostos e da renda, você consegue chegar facilmente ao nível da renda disponível de modo a calcular o consumo. c. Escreva a função poupança para esta economia. A seguir, calcule o nível de poupança que se verifica no nível de equilíbrio da produção. d. Suponha, agora, que as famílias decidam aumentar sua poupança autônoma de 100. Equivalentemente, as famílias terão decidido cortar o seu consumo autônomo em 100. Calcule o novo nível de equilíbrio da produção que se verifica como resultado do decréscimo do consumo autônomo em 100. Este aumento desejado na poupança teve um efeito positivo ou negativo sobre a atividade econômica? Explique. e. Com base em sua análise no item (d), calcule o nível de poupança que se verifica neste novo nível de equilíbrio da produção. Compare este nível de poupança com o nível de poupança obtido no item (c). O que aconteceu ao nível de poupança nesta economia como conseqüência do desejo aumentado de poupar? Explique. 13. Para cada um dos seguintes eventos, explique o efeito que o evento produz sobre: (1) as despesas autônomas; (2) a produção de equilíbrio; (3) a inclinação de ZZ; e (4) o multiplicador. a. redução na confiança nos rumos da economia, resultando em redução no investimento não residencial b. aumento na confiança dos consumidores, resultando em aumento no investimento residencial c. aprovação, pelo Congresso, de um orçamento que obriga a uma redução no dispêndio governamental d. aumento na propensão marginal a consumir e. aumento na propensão marginal a poupar QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. Uma redução nas despesas de governo (G) poderá ocorrer caso: a. o dispêndio governamental ao nível estadual diminuir b. o dispêndio governamental ao nível local diminuir c. o dispêndio governamental ao nível federal diminuir d. todas as possibilidades acima 43 2. Suponha que a economia dos Estados Unidos da América seja uma economia aberta. Com esta informação, podemos esperar que: a. as exportações (X) excedam as importações (M) b. X < M c. X = M = 0 d. as famílias norte-americanas (além do seu governo e dos setores empresariais do país) comercializem bens e serviços com indivíduos/empresas de outros países 3. Acabamos de estudar, neste capítulo, a diferença entre variáveis endógenas e exógenas. Há uma ou mais variáveis endógenas em nosso modelo de mercado de bens? Assinale a resposta correta. a. consumo e poupança b. despesas do governo e consumo c. investimento e poupança d. impostos e. todas as variáveis acima f. nenhuma delas 4. Há uma ou mais variáveis exógenas em nosso modelo de mercado de bens? Assinale a resposta correta. a. poupança e investimento b. despesas do governo e impostos c. renda disponível e impostos d. demanda por bens (Z) e. todas as variáveis acima f. nenhuma delas 5. Qual ou quais das seguintes variáveis é ou são variáveis endógenas em nosso modelo de mercado de bens? a. consumo autônomo e propensão marginal a consumir b. dispêndios governamentais c. impostos d. consumo Responda às questões que se seguem (isto é, de # 6 a # 9), usando a informação contida na seguinte equação de comportamento: C = 200 + 0,75 YD 6. Para esta economia, um aumento de uma vez só, mas permanente, na renda disponível (YD) de 200 levará o consumo a aumentar de: a. 150 b. 200 c. menos de 150 d. mais de 200 44 7. Se YD = 0, sabemos que: a. a poupança é igual a 0 b. a poupança é igual a 200 d. tanto a poupança como o consumo são ambos iguais a 0 c. a poupança é igual a -200 8. A função poupança para a economia acima descrita seria: a. S = 200 + 0,25 YD b. S = 0,75 YD c. S = 200 + 0,75 YD d. S = - 200 + 0,25 YD 9. O multiplicador para esta economia é igual a: a. 0,75 b. 0,25 c. 4 d. 1,33 e. 1 10. Quando a economia está em equilíbrio, sabemos com certeza que: a. a poupança privada é igual ao investimento b. a poupança pública é igual ao investimento c. o orçamento federal está equilibrado (isto é, G = T) d. a renda é igual à demanda e. o consumo é igual à poupança privada 11. Um aumento na propensão marginal a poupar tende a gerar: a. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo impacto menor na produção de equilíbrio b. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo impacto maior na produção de equilíbrio c. uma redução no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo impacto menor na produção de equilíbrio d. um a redução no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo impacto maior na produção de equilíbrio ter um ter um ter um ter um 45 12. Um aumento na propensão marginal a consumir tende a gerar: a. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo impacto menor na produção de equilíbrio b. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo impacto maior na produção de equilíbrio c. uma redução no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo impacto menor na produção de equilíbrio d. uma redução no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo impacto maior na produção de equilíbrio ter um ter um ter um ter um Responda às cinco questões seguintes (isto é, de # 13 a # 17), utilizando-se da seguinte informação. Suponha que a economia dos Estados Unidos seja representada pelas seguintes equações: Z=C+I+G YD = Y – T C = 300 + 0,5 YD G = 2000 T = 1600 I = 200 13. As variáveis endógenas nesta economia são: a. as despesas do governo (G) d. o consumo e a poupança (C e S) b. os impostos (T) c. o investimento fixo (I) 14. Dadas as variáveis acima, o nível de equilíbrio da produção para esta economia é: a. 900 b. 1800 c. 1700 d. 2500 e. 3400 15. O multiplicador para a economia acima é: a. 0,5 b. 1 c. 2 d. 4 16. Suponha que os responsáveis pela política fiscal implementem uma política que leve o dispêndio governamental a aumentar de 200 (ou seja, o novo nível de despesas do governo será 2200). Com base em nosso entendimento de como funciona a economia acima, podemos esperar que a produção de equilíbrio venha a: a. aumentar em 200 d. aumentar em 100 b. aumentar em menos do que 200 c. aumentar em 400 46 17. Além de usar a renda disponível para o consumo, as famílias também utilizarão uma parcela da renda disponível para poupança. A função poupança para a economia acima que sintetiza o comportamento das famílias é dada por: a. S = 300 + 0,5 YD b. S = - 300 - 0,5 YD c. S = - 300 + 0,5 YD d. S = 300 + 0,5 Y e. S = - 300 + 0,5 Y 18. Suponha que as famílias experimentem uma redução em seu nível de confiança. Suponha, em seguida, que esta redução na confiança redunde em uma redução do consumo autônomo (c0). Essa redução em c0 causará: a. nenhuma variação na produção e nem no nível final de consumo b. uma redução na produção e uma redução no nível de poupança c. nenhuma variação na produção caso o nível de poupança não se alterar d. nenhuma redução no nível de poupança 19. Um aumento na propensão marginal a consumir gerará: a. um aumento na produção e um aumento do multiplicador b. uma redução na produção e uma redução do multiplicador c. um aumento na produção e uma redução do multiplicador d. uma redução na produção e um aumento na propensão marginal a poupar 20. Um aumento no investimento fixo (I) gerará: a. uma redução na produção e uma redução do multiplicador b. um aumento na produção e um aumento do multiplicador c. um aumento na produção e nenhuma variação do multiplicador d. nenhuma variação do multiplicador e, por conseguinte, nenhuma variação na produção 47 EXERCÍCIOS DO APÊNDICE 3 UMA INTRODUÇÃO À ECONOMETRIA TESTE O SEU CONHECIMENTO __ 1. Suponha que lhe apresentem dados para a seguinte variável: ( Ct - C). O que esses dados medem? 2. O que é a linha de regressão e como é obtida? 3. Qual é a diferença entre uma variável independente e uma variável dependente? 4. Como podem as variações no consumo afetarem e causarem variações na renda disponível? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. Suponha que lhe dêem as seguintes informações: ___ ___ ___ ( Ct - C) = 0,49 ( YDt - YD) R2 = 0,24 (3,34) Período da amostra: 1º trim/1960 a 4º trim/1997 Pergunta-se: a. Quantas observações utilizáveis existem para esse estudo? b. Quantos graus de liberdade existem para esse estudo? c. Como interpretar o número 0,49? d. Qual o grau de confiança que podemos ter de que o verdadeiro coeficiente é diferente de zero? Por quê? __ e. O que significa o tamanho de R2 ? ___ f. O valor acima de R2 sugere um ajustamento bom ou ruim? Explique em poucas palavras. ___ g. Se você tivesse que colocar no gráfico a linha de regressão acima, com ( Ct - C) no ____ eixo vertical e ( YDt - YD) no eixo horizontal, o que significa o coeficiente? 2. Suponha que tenhamos estimado a equação de consumo para os Estados Unidos e para o Canadá e obtido os seguintes resultados: ___ ___ Resultados para os Estados Unidos: ( Ct - C) = 0,60 ( YDt - YD) R2 = 0,20 ___ (3,34) ___ Resultados para o Canadá: ( Ct - C) = 0,50 ( YDt - YD) R2 = 0,24 (3,98) 48 a. Qual é a propensão marginal a consumir e o multiplicador nos Estados Unidos? b. Qual é a propensão marginal a consumir e o multiplicador no Canadá? c. Quais são as variáveis independentes nessas duas equações? d. Quais são as variáveis dependentes nessas duas equações? e. Qual dessas duas equações representa o ―melhor‖ ajustamento? Explique. QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA __ 1. Um R2 com valor entre 2 e 5,2: a. não pode ocorrer b. sugere que a linha de regressão representa um bom ajustamento aos dados c. indica que nosso grau de confiança é de pelo menos 95% de que o verdadeiro coeficiente seja diferente de zero d. sugere que seja utilizado o método da variável instrumental 2. A linha de regressão obtida usando-se o método dos mínimos quadrados ordinários é escolhida de modo a: a. maximizar o tamanho do coeficiente estimado b. minimizar a soma dos quadrados das distâncias dos pontos à linha de regressão c. maximizar o tamanho do multiplicador e. minimizar o tamanho do multiplicador 3. Uma estatística-t próxima a zero indica que: a. a linha de regressão se ajusta bem aos dados b. a regressão não se ajusta bem aos dados c. o resíduo é pequeno d. não podemos ter um grau de confiança de 95% de que o verdadeiro coeficiente seja diferente de zero 4. O método da variável instrumental é utilizado quando: a. acredita-se que as variações na variável dependente possam estar influenciando variações na variável independente b. acredita-se que as variações na variável independente possam estar influenciando variações na variável dependente ___ c. o R2 é baixo d. nenhuma das proposições acima 49 Capítulo 4 OS MERCADOS FINANCEIROS OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO Depois de passar por este capítulo e pelo material seguinte, espera-se que você esteja em condições de: (1) Saber distinguir entre moeda e títulos. (2) Reconhecer a diferença entre poupança, aplicações, riqueza, renda e investimento. (3) Compreender a diferença entre variáveis de fluxo e de estoques. (4) Explicar os determinantes da demanda por moeda. (5) Explicar o que significa, no caso, a velocidade e explicar como as variações da taxa de juros influenciam a velocidade. (6) Explicar os determinantes da taxa de juros e familiarizar-se com a relação LM. (7) Discutir o balanço dos bancos e avaliar o balanço do Banco Central. (8) Entender os componentes e determinantes da oferta de moeda. (9) Explicar os efeitos dinâmicos das operações de mercado aberto sobre a oferta de moeda. (10) Compreender os determinantes da taxa de juros com base no funcionamento do mercado de moeda do Banco Central. 1. DISTINÇÃO ENTRE MOEDA E TÍTULOS Neste capítulo, supomos que haja somente dois ativos financeiros: moeda e títulos. (1) Moeda A moeda é um ativo financeiro que pode ser utilizado nas transações e sobre o qual não incidem juros. Há várias definições de moeda (isto é, M1, M2, etc). M1, como será aqui considerado, consiste de: (1) moeda corrente (MC) ou dinheiro: moedas e notas emitidas pelo Banco Central; e (2) depósitos em conta corrente: depósitos bancários conversíveis em dinheiro a qualquer momento por meio, por exemplo, de cheque. Dicas de Aprendizagem M1 inclui também os cheques de viagem (―travelers checks‖ ). Na discussão que se segue, porém, os cheques de viagem serão ignorados, pois representam menos de 1% do M1. 50 (2) Títulos Os títulos são ativos financeiros que pagam uma taxa de juros (i), mas que não podem ser usados para transações correntes. Deve-se ter cuidado para não confundir moeda e títulos com as seguintes variáveis: Poupança: a parte da renda disponível que não é consumida Riqueza: o valor dos ativos financeiros menos o valor dos passivos financeiros Renda: os recebimentos por trabalho, rendas de aluguel, juros e dividendos Investimento: a aquisição de novas fábricas e equipamentos pelas empresas e a compra de novas casas e apartamentos por proprietários particulares Dicas de Aprendizagem É fácil confundir as variáveis acima, pois, com freqüência, são utilizadas alternativamente (e incorretamente!). Por exemplo, pense se há algo de errado nas seguintes afirmativas. É caso de corrigi-las? Ou de melhor qualificá-las? ―Espero ganhar um monte de dinheiro depois que me formar.‖ ―Ela tem um montão de investimentos na bolsa de valores.‖ (3) Variáveis de estoque versus variáveis de fluxo Podemos usar as variáveis acima para fazer a distinção entre variáveis de estoque e de fluxo. Uma variável de fluxo é uma variável que deve ser expressa em unidade de tempo. Exemplos: a renda anual; a poupança por trimestre; o déficit orçamentário anual. Uma variável de estoque pode ser medida em qualquer momento de tempo. Riqueza e moeda são variáveis de estoque, pois podem ser mensuradas a qualquer momento. 2. A ESCOLHA ENTRE MANTER MOEDA E TÍTULOS Os indivíduos decidem como alocar sua riqueza entre moeda (dinheiro) e títulos. Dois casos extremos podem ilustrar os fatores que afetam esta decisão. Caso 1: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em títulos. Esta alocação de portfólio: (1) maximizará o rendimento de juros; mas também (2) maximizará os custos (custos de transação), associados à conversão dos títulos em dinheiro quando você precisar comprar qualquer coisa. Caso2: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em moeda. Esta alocação: 51 (1) minimizará os custos (de fato, estes serão zero) associados à conversão de títulos em dinheiro; mas também (2) minimizará o rendimento de juros percebidos por sua riqueza (o rendimento de juros será igual a zero). Os indivíduos tenderão, portanto, a manter tanto moeda como títulos. 3. OS DETERMINANTES DA DEMANDA POR MOEDA (Md) A demanda por moeda (Md) depende de: (1) Do nível de transações: À medida que aumenta o nível das transações, os indivíduos alocarão à moeda uma maior proporção do seu portfólio. Incluímos a renda nominal ($Y) no lugar do nível de transações. Por quê? Ao contrário do nível de transações, $Y pode ser mensurada. À medida que $Y aumenta, o nível de transações aumenta, levando Md a crescer também. (2) Da taxa de juros sobre os títulos (i): Quando i se eleva, os indivíduos ficam mais dispostos a aceitar os custos adicionais de conversão de títulos em dinheiro para se beneficiar de uma maior taxa de juros sobre títulos. Quando i se eleva Md diminui. Md é, pois, função crescente de $Y e função decrescente de i. Escreve-se Md como Md = $YL(i). Como interpretar isso? (1) Md é proporcional a $Y. Se sua renda nominal subir 5%, sua demanda por moeda aumentará 5%. (2) Aumentos na taxa de juros causam uma redução na demanda de moeda. Este efeito é capturado pela função L(i). Md é indicada graficamente na Figura 4-1. A respeito de Md deve ficar claro o seguinte: (1) Cada curva de demanda de moeda é desenhada para um determinado nível de $Y. (2) A demanda por moeda tem inclinação para baixo porque, à medida que aumenta i, os indivíduos aumentam seus ativos em títulos e reduzem seus ativos em dinheiro (a curva NÃO se desloca); e (3) Variações em $Y causarão variações na demanda por moeda e, por conseguinte, deslocamentos da curva de demanda por moeda. 4. DEMANDA POR MOEDA, TAXA DE JUROS E VELOCIDADE Duas características podem ser vistas nas Figuras 4-2 e 4-3. (1) Os aumentos em i causam reduções em M/$Y, o que é consistente com o pressuposto de que a demanda por moeda é uma função decrescente da taxa de juros. (2) A razão M / $Y, após ter-se levado em conta a taxa de juros, tem decrescido ao longo do tempo. 52 A velocidade da moeda é a razão $Y / M. A velocidade aumentará quando: (1) a taxa de juros aumentar. Uma taxa de juros mais elevada provoca uma redução na demanda por moeda e, para uma dada $Y, um aumento em $Y/M; e (2) ocorrem inovações que permitem aos indivíduos diminuir o montante médio mantido em dinheiro. Exemplos de tais inovações são: (1) o crescente uso de cartões de crédito; e (2) a crescente disponibilidade e uso de caixas automáticos. Dicas de Aprendizagem Cartões de crédito NÃO representam moeda. Os cartões de crédito permitem que se ajuste o pagamento por bens e serviços para um determinado dia do mês. Os indivíduos diminuem o montante médio mantido consigo em dinheiro e a velocidade aumenta. 5. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE JUROS: A ABORDAGEM DO MERCADO DE MOEDA (1) Introdução Os mercados financeiros encontram-se em equilíbrio quando a oferta de moeda (M) é igual à demanda por moeda: M = $YL(i). Esta condição de equilíbrio é chamada a relação LM. O que significa essa relação LM? Para que ocorra o equilíbrio, a taxa de juros deve situar-se em um nível que leve os indivíduos a manter um montante de moeda (Md) igualo ao estoque existente de moeda (isto é, M = Md). A Figura 4-4 ilustra essa relação. Dicas de Aprendizagem Se M = Md, sabemos também que a oferta de títulos (B) é igual à demanda por títulos. Por quê? Suponha que sejam dados os estoques de moeda e de títulos. Md + Bd = $Riqueza Também sabemos que M + B = $Riqueza Por conseguinte, Md + Bd = M + B Então, se Md = M, Bd deve ser igual a B. Certifique-se de que possa explicar por que a curva de oferta de moeda é vertical. Reposta: As variações na taxa de juros não causam variações na oferta de moeda. As variações na oferta de moeda é que causarão deslocamentos da curva de oferta de moeda. (2) Variações de i A taxa de juros será alterada quando $Y ou a oferta de moeda variarem. 53 Variações da $Y Um aumento da $Y causa um aumento de Md. À taxa de juros inicial, Md excede a oferta de moeda (Md > M). A taxa i deve aumentar para que se reduza o montante de moeda que os indivíduos buscam manter. Isso ocorre no ponto i‘ na Figura 4-5. Quando i se torna mais elevada, M torna a se igualar à demanda de moeda. Dicas de Aprendizagem Observação: O aumento em $Y causa um deslocamento da curva de demanda de moeda. O aumento na taxa de juros causa um movimento ao longo da curva agora mais elevada de demanda de moeda. Certifique-se de que tenha ficado clara a distinção entre um deslocamento da curva em contraposição a um movimento ao longo da curva. Variações da oferta de moeda Um aumento da oferta de moeda causa um deslocamento para a direita da curva de oferta de moeda. À taxa inicial de juros i, a oferta de moeda agora excede a demanda de moeda. A taxa i deverá cair de modo a induzir os indivíduos a manterem mais moeda. Isso ocorre no ponto i‘ na Figura 4-6. Quando i se torna mais baixa, M torna a se igualar à demanda de moeda. 6. POLÍTICA MONETÁRIA, OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO E O MERCADO DE TÍTULOS (1) O mercado de títulos No mercado de títulos: Os indivíduos que vendem títulos (em troca de dinheiro, de moeda) querem aumentar a proporção de moeda em seu portfólio; Os indivíduos que compram títulos querem reduzir a proporção de moeda em seu portfólio; e No equilíbrio, a taxa de juros é tal que B = Bd (ou, conforme visto anteriormente, M = Md). (2) O Banco Central e o mercado de títulos O Banco Central pode variar o estoque de moeda comprando ou vendendo títulos no mercado de títulos (as chamadas operações de mercado aberto). Aumento da oferta de moeda: O Banco Central compra títulos e paga pelos títulos criando moeda. Isso tem dois efeitos no balanço do Banco Central: (1) O maior número de títulos agora detidos representa um aumento dos ativos do Banco Central; e (2) O aumento de moeda em circulação representa um aumento do passivo do Banco Central. 54 Redução da oferta de moeda: O Banco Central vende títulos e recebe moeda (dinheiro) como pagamento por esses títulos. Isso tem dois efeitos no balanço do Banco Central: (1) O menor número de títulos agora detidos representa uma redução dos ativos do Banco Central; e (2) A redução da moeda em circulação representa uma diminuição do passivo do Banco Central. Dicas de Aprendizagem Deve ficar clara e compreensível a relação que existe entre o preço de um título ($PB) e a taxa de juros. Para um título de um ano que promete um pagamento fixo, nominal, de $100 ao cabo de um ano, a taxa de juros se define como: i = ($100 - $PB) / $PB Essa definição indica que, quanto mais alto for $PB, menor será a taxa de juros. Quanto mais baixo for $PB, maior será a taxa de juros. Faz sentido porque, por exemplo, se $PB cair, o numerador ($100 - $PB) — o seu ganho, no caso — fica maior E o denominador, $PB, torna-se menor. A taxa i, conseqüentemente, se eleva. Alternativamente, o retorno por dólar alocado em títulos se eleva à medida que cai o preço do título. (3) Política Operações expansionistas de mercado aberto – Essa compra de títulos pelo Banco Central aumentará a demanda por títulos, elevará o seu preço, reduzirá a taxa de juros e aumentará a oferta de moeda. Operações contracionistas de mercado aberto – Essa venda de títulos pelo Banco Central aumentará a oferta de títulos, baixará o seu preço, elevará a taxa de juros e diminuirá a oferta de moeda. 7. OS BANCOS E A OFERTA DE MOEDA (1) Introdução Os bancos são instituições financeiras. Eles recebem fundos oferecendo depósitos sacáveis por meio de cheque (D) e utilizam estes fundos para comprar títulos, fazer empréstimos e acumular reservas (R). Os depósitos constituem os passivos bancários. Os títulos, empréstimos e reservas compõem os ativos dos bancos. Na presença dos bancos, o Banco Central continua a controlar a moeda do Banco Central. Esta, denominada base monetária, é dada por: H = CU + R; onde 55 H é a base monetária (moeda do Banco Central); anteriormente era denominada M mas agora com a capacidade que os bancos comerciais têm de multiplicar a oferta de moeda a moeda do Banco Central é denominada de moeda de alta potência (o H vem do inglês ―High Potency‖) CU (abreviatura do inglês ―currency‖), moeda corrente, compõe-se de papel-moeda e moedas metálicas; c é o parâmetro que representa a proporção da demanda por moeda que os indivíduos desejam manter como CU; conseqüentemente, CU = c Md R são as reservas é a razão de reserva (a parcela dos depósitos que os bancos pretendem manter como reservas) conseqüentemente, R = D. Dicas de Aprendizagem É possível que, em cursos análogos, você tenha vindo a se deparar com um parâmetro denominado razão moeda-depósito. O parâmetro c neste texto NÃO é a razão moeda-depósito. A razão moedadepósito representa a parcela, em relação aos depósitos, que os indivíduos desejam manter como moeda. Aqui, c representa a parcela de moeda (portanto, a soma da moeda corrente e dos depósitos de curto prazo, sacáveis a qualquer momento) que os indivíduos desejam manter como moeda ou dinheiro. (2) Caso 1: CU = 0 Quando CU = 0, H = R e M = D. O total de depósitos sacáveis por meio de cheque, é dado por D = (1/ )R. Se = 0,2 e R = $ 100 milhões, a oferta de depósitos sacáveis será de $ 500 milhões. Por quê? Quando = 0,2, os bancos manterão $20 de reservas para cada $ 100 dólares de depósitos de curto prazo. Se R = $100 milhões, isso significa que os bancos podem liberar $500 milhões de depósitos sacáveis. Uma vez que M = D, sabemos que M = (1/ )R. A oferta de moeda é igual ao multiplicador de moeda, (1/ ), vezes a base monetária, R. (3) Caso 2: CU > 0 Na presença de CU, sabemos que: (1) H = CUd + Rd (isto é, a oferta de moeda do Banco Central = a demanda por moeda do Banco Central); (2) H = cMd + (1 – c) Md = [c + (1 – c)] Md; e, portanto, (3) H / [c + (1 – c)] = Md; (4) Quando o mercado monetário está em equilíbrio, sabemos que H / [c + (1 – c)] = Md = M. 56 A expressão 1/ [c + (1 – c)] é o multiplicador de moeda. Suponha que c = 0,6 e = 0,2. O multiplicador de moeda é 1,47. Uma variação de $1 em H causará uma variação de $ 1,47 na oferta de moeda. Dicas de Aprendizagem O balanço do Banco Central é essencialmente o mesmo em presença da moeda (notas de papelmoeda e moedas metálicas). O Banco Central ainda controla o total da moeda do Banco Central. A moeda do Banco Central pode agora ser mantida na forma de moeda e reservas. O Banco Central pode aumentar o montante de moeda do Banco Central ao comprar títulos. O Banco Central pode reduzir o montante de moeda do Banco Central ao vender títulos. (4) Sumário de M A oferta de moeda é uma função: da base monetária (H); da razão de reservas ( ); e do parâmetro c. Se qualquer um desses três parâmetros/variáveis sofrer alterações, a oferta de moeda irá variar. Por exemplo, se o Federal Reserve Bank (Fed) comprar $200 milhões de títulos, H aumenta de $200 milhões. A variação final na oferta de moeda será igual ao multiplicador de moeda vezes a variação de $200 milhões na base monetária. Os problemas de revisão # 14 e #15 tratam desta matéria. 8. DETERMINAÇÃO DAS TAXAS DE JUROS: O MERCADO PARA A MOEDA DO BANCO CENTRAL Pode-se usar o mercado monetário (isto é, a oferta e demanda de moeda) acima descrito para a análise dos determinantes da taxa de juros. Pode-se também usar o mercado para a moeda do Banco Central para se examinar a determinação da taxa de juros. (1) Oferta de moeda do Banco Central (H) O Fed (no caso dos Estados Unidos) tem o controle completo da oferta de moeda do Banco Central (H). Para se variar H, o Fed ou vende ou compra títulos. (2) Demanda por moeda do Banco Central Há dois componentes na demanda por moeda do Banco Central: a demanda por papel-moeda e moedas metálicas e a demanda por reservas. 57 Demanda por papel-moeda e moedas metálicas: CUd. Esta é dada por: CUd = cMd. Demanda por reservas: Rd. Esta é dada por Rd = D = (1-c) Md. Demanda por moeda do Banco Central. Trata-se da soma dos dois componentes acima, CUd + Rd. (3) O mercado por moeda do Banco Central A interação entre a oferta e a demanda por moeda do Banco Central pode ser também utilizada para examinar os determinantes da taxa de juros. Ou seja, a taxa de juros será ajustada de modo a igualar H a [CUd + Rd]. Isso é ilustrado graficamente a Figura 4-10. Dicas de Aprendizagem Há várias características do mercado de moeda do Banco Central que você deve conhecer. A quantidade de moeda do Banco Central, H (não M), se mede ao longo do eixo horizontal. O Fed controla a oferta de H recorrendo às operações de mercado aberto. A demanda por moeda do Banco Central é uma função decrescente da taxa de juros, pois, à medida que i se eleva, os indivíduos tenderão a manter menos moeda. Quando Md diminui, tanto a demanda (dos indivíduos) por papel-moeda e moedas metálicas como a demanda (dos bancos) por reservas se reduz. A demanda por moeda do Banco Central é determinada para certo nível de renda. Se a renda se modifica, a demanda por moeda e, conseqüentemente, a demanda por papel-moeda e moedas metálicas e a demanda por reservas sofrerão variações. (4) Determinação da taxa de juros A taxa de juros sofrerá ajustes de modo a equilibrar este mercado de moeda do Banco Central. Este modelo pode ser utilizado para examinar o que causaria uma variação na taxa de juros de equilíbrio. Operações de mercado aberto. A aquisição ou venda de bens pelo Fed ou qualquer outro Banco Central gerará uma variação na oferta de moeda do Banco Central e, por conseguinte, uma nova taxa de juros de equilíbrio. Variações em $Y. Qualquer variação da renda gerará uma variação da demanda por moeda, uma variação da demanda por papel-moeda e moedas metálicas e da demanda por reservas e, portanto, uma variação da demanda por moeda do Banco Central. Por exemplo, um aumento na demanda por moeda do Banco Central provocará um aumento na taxa de juros. 58 Dicas de Aprendizagem Você deve procurar se familiarizar com ambos os modelos de determinação da taxa de juros: (1) o do mercado monetário; e (2) o do mercado de moeda do Banco Central. Para efeito de prática, pode começar analisando, em ambos os modelos, os efeitos de uma variação nos parâmetros c e . Você pode também querer despender algum tempo revendo a discussão do mercado de reservas. Alguns instrutores gostam de trabalhar esta interpretação do material. Uma compreensão deste mercado de reservas lhe permitirá entender a determinação da taxa dos fundos federais. 59 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 4 DO BLANCHARD TESTE O SEU CONHECIMENTO 1. Compare as características da moeda e dos títulos. 2. Defina cada uma dessas categorias: riqueza e poupança 3. Explique a diferença entre uma variável de estoque e uma variável de fluxo 4. Qual o efeito que terá sobre a demanda por moeda um aumento na taxa de juros (i)/ Explique em poucas palavras. 5. Qual o efeito que terá sobre a demanda por moeda um aumento na renda nominal ($Y)? Explique em poucas palavras. 6. Por que a curva de demanda por moeda tem inclinação para baixo? 7. Se o Fed ou outro Banco Central qualquer quiser aumentar a oferta de moeda, deverá vender ou comprar títulos? Explique sucintamente. 8. Discuta o que se deve entender por ―velocidade‖. 9. O que representa a relação LM? 10. Qual o efeito que terá sobre a taxa de juros um aumento na oferta de moeda? Demonstre-o graficamente. 11. Qual o efeito que terá sobre a taxa de juros um aumento na renda nominal? Demonstre-o graficamente. 12. Qual o efeito que terá uma operação contracionista de mercado aberto sobre o preço dos títulos, a taxa de juros e a oferta de moeda? 13. Defina a moeda do Banco Central (ou seja, a base monetária) e explique o que é o multiplicador de moeda. 14. Quais são as três variáveis/parâmetros que, na presença de papel-moeda e moedas metálicas, determinam a oferta de moeda? 15. O que é o mercado para a moeda do Banco Central? 16. O que é o mercado de fundos federais? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. O propósito dessa questão é certificar que você apreendeu as definições das diversas variáveis discutidas neste capítulo. a. É possível alguém ter renda zero e um grande montante de riqueza? Explique sucintamente. b. É possível alguém ter poupança zero e riqueza positiva? Explique sucintamente. c. A riqueza para uma pessoa pode ser negativa? Explique. 2. O que se segue é uma lista de variáveis recém estudadas por você: riqueza, poupança, investimento, estoques comerciais, oferta de moeda, capital e renda. a. Quais das variáveis acima é uma variável de fluxo? b. Quais das variáveis acima é uma variável de estoque? 60 3. Qual efeito uma redução da renda monetária terá sobre a demanda por moeda? Explique. 4. Explique sucintamente o que acontece à demanda e à oferta monetária como conseqüência dos seguintes eventos: a. um aumento de 10% em $Y b. uma redução em i c. uma operação expansionista de mercado aberto 5. Use os dados e o espaço abaixo para responder às seguintes questões. Ano $Y M i $Riqueza 1964 1974 1984 1994 648,0 1458,6 3777,2 6736,9 160,3 274,3 552,1 1147,6 4,03 7,82 11,89 6,27 1997,2 4078,9 11409,6 19493,4 Velocidade $Y é o PIN Nominal medido em bilhões; M é M1 medido em bilhões; $Riqueza é a riqueza nominal (para a cifra da $Riqueza do o ano de 1994, foi tomado o valor da $Riqueza de 1993); e i é a taxa de juros em títulos da dívida pública de 3 anos do Tesouro dos Estados Unidos. Fonte: The Economic Report of the President, 1995. a. Calcule a velocidade para os quatro anos acima. Comente, em poucas palavras, o que teria acontecido, se é que algo, à velocidade durante o período acima. b. Suponha que as variações acima na taxa de juros representem a única variação nos mercados financeiros. As variações da velocidade que você calculou são compatíveis com o que você poderia esperar dados os nossos pressupostos sobre a demanda de moeda? Explique. c. Com base no modelo de demanda por moeda apresentado neste capítulo, qual efeito sobre a velocidade tiveram as variações acima indicadas na $Riqueza? Explique sucintamente. 6. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. a. Dadas a demanda por moeda e a oferta de moeda, explique qual tipo de situação existe quando a taxa de juros é igual a i”. Com esta taxa de juros, qual é o montante de moeda que os indivíduos desejam manter? Com esta taxa de juros, quanto de moeda efetivamente existe? b. Com base em sua análise do item (a), o que deve ocorrer à taxa de juros para que se verifique o equilíbrio do mercado financeiro? O que acontece à demanda por moeda e à oferta de moeda quando i varia? c. Dadas a demanda por moeda e a oferta de moeda, explique qual tipo de situação existe quando a taxa de juros é igual a i’. Com esta taxa de juros, qual é o montante de moeda que os indivíduos desejam manter? Com esta taxa de juros, quanto de moeda efetivamente existe? d. Com base em sua análise do item (c), o que deve ocorrer à taxa de juros para que se verifique o equilíbrio do mercado financeiro? O que acontece à demanda por moeda e à oferta de moeda quando i varia? 61 MS i‖ i‘ Md M 7. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. MS i Md M a. Qual a quantidade de moeda que os indivíduos mantêm à taxa inicial de juros (i)? Aponte isso no gráfico. b. Suponha que haja uma redução em $Y. Qual o efeito que isso terá sobre a demanda monetária e a taxa de juros? Demonstre-o graficamente. c. À taxa inicial de juros i, o que terá acontecido à demanda por moeda? d. O que deve acontecer com a taxa de juros para que o equilíbrio seja restaurado? 62 e. Quando i varia, o que acontece à demanda por moeda? f. Com esta nova taxa de juros, qual o montante de moeda que os indivíduos desejam manter? Compare sua resposta aqui com sua resposta do item (a). 8. Utilize o espaço abaixo para responder à questão. MS i Md M a. Qual a quantidade de moeda que os indivíduos mantêm à taxa inicial de juros (i)? Aponte isso no gráfico. b. Suponha que haja uma redução na oferta de moeda. Qual o efeito que isso terá sobre a curva de oferta de moeda e a taxa de juros? Demonstre-o graficamente. c. À taxa inicial de juros i, o que terá acontecido à efetiva quantidade de moeda? d. O que deve acontecer com a taxa de juros para que o equilíbrio seja restaurado? e. Quando i varia, o que acontece à demanda por moeda? f. Com esta nova taxa de juros, qual o montante de moeda que os indivíduos desejam manter? Compare sua resposta aqui com sua resposta do item (a). 9. Suponha que um título remunere $200 por ano. Calcule a taxa de juros deste título quando o preço do título ($PB) é: a. $150 b.$160 c.$180 d. $195 e. O que acontece à taxa de juros quando cai o preço do título? 10. Suponha que um título remunere $200 por ano. Calcule o preço do título quando a taxa de juros é: a. 5% (0,05) b. 10% (0,10) c. 15% (0,15) d. O que acontece ao preço do título quando aumenta a taxa de juros? 11. Para esta questão, suponha que toda a moeda esteja mantida na forma de papel-moeda e moeda metálica. Suponha que a moeda do Banco Central totalize inicialmente $100 milhões. Suponha gora que o Fed pretende uma operação expansionista do mercado aberto da ordem de $ 10 milhões. Tomando em conta esta informação, explique qual o efeito que terá sobre: a. o ativo total do Fed b. o passivo total do Fed c. o preço dos títulos 63 d. a taxa de juros f. a moeda do Banco Central e. a curva de demanda por moeda g. a curva de oferta de moeda 12. Para esta questão, suponha que toda a moeda esteja mantida na forma de papel-moeda e moeda metálica. Suponha, novamente, que a moeda do Banco Central totalize inicialmente $100 milhões. Suponha gora que o Fed pretende uma operação contracionista do mercado aberto da ordem de $ 20 milhões. Tomando em conta esta informação, explique qual o efeito que terá sobre: a. o ativo total do Fed b. o passivo total do Fed c. o preço dos títulos d. a taxa de juros e. a curva de demanda por moeda f. a moeda do Banco Central g. a curva de oferta de moeda 13. Para esta questão, suponha que os indivíduos não mantenham papel-moeda e moedas metálicas e que a razão de reserva ( ) seja 0,2. Suponha também que a base monetária seja igual a $500 milhões. Com estes dados em mãos, calcule: a. o total de reservas b. o total de depósitos sacáveis c. a oferta de moeda d.o multiplicador da moeda 14. Com base em sua análise da questão #13, calcule o que acontece às seguintes variáveis quando o Fed compra $50 milhões em títulos: a. a base monetária b. o total de reservas c. o total de depósitos sacáveis d. a oferta de moeda 15. Com base em sua análise da questão #13 (e usando os números originais), calcule o que acontece às seguintes variáveis quando o Fed vende $10 milhões em títulos: a. a base monetária b. o total de reservas c. o total de depósitos sacáveis d. a oferta de moeda 16. A expressão (1/ ) representa o multiplicador de moeda quando CU (a moeda corrente, composta de papel-moeda e moedas metálicas) = 0 a. Calcule o multiplicador de moeda para os seguintes valores de : 0,1; 0,2; 0,3; 0,4 e 0,5 b. O que acontece ao tamanho do multiplicador de moeda quando aumenta? c. Dê uma explicação curta e intuitiva dos efeitos de um aumento em sobre o multiplicador da moeda. 17. Utilize os dados abaixo para responder às seguintes questões; R = 50 CU = 250 D = 500 a. Calcule a razão de reserva b. Calcule o valor do parâmetro c c. Calcule o tamanho da base monetária d. Calcule o tamanho da oferta de moeda e. Calcule o multiplicador de moeda 64 f. No espaço abaixo, preencha com os dados dos balanços, respectivamente, dos bancos e do Banco Central. Em particular, qual é o valor em dólares dos títulos mantidos pelos bancos? E qual é o valor em dólares dos títulos mantidos pelo Banco Central? Balanço dos Bancos Ativo Passivo Balanço do Banco Central Ativo Passivo 18. Utilize seus cálculos da questão #17 para responder às seguintes perguntas. a. Suponha que o Fed deseje aumentar a oferta monetária de $100 milhões. Que tipo de operação de mercado aberto deve realizar? Qual é o montante em dólares em títulos que o Ced deve comprar ou vender para que M aumente de $100 milhões? b. Esse tipo de ação do Fed deve causar qual impacto sobre o preço dos títulos? Explique. c. Suponha que o Fed deseje diminuir a oferta monetária de $40 milhões. Que tipo de operação de mercado aberto deve realizar? Qual é o montante em dólares em títulos que o Ced deve comprar ou vender para que M diminua em $40 milhões? d. Esse tipo de ação do Fed deve causar qual impacto sobre o preço dos títulos? Explique. 19. a. Admita c = 0,2. Calcule o multiplicador de moeda para cada um dos seguintes valores da razão de reserva ( ): 0,1; 0,2 e 0,5. b. O que acontece ao multiplicador de moeda quando a razão de reserva aumenta? c. Dê uma explicação intuitiva dos efeitos de um aumento da razão de reserva sobre o multiplicador de moeda. 20. a. Admita = 0,1. Calcule o multiplicador de moeda para cada um dos valores de c: 0,1; 0,2 e 0,5. b. O que acontece ao multiplicador de moeda quando aumenta o parâmetro c? c. Dê uma explicação intuitiva dos efeitos de um aumento em c sobre o multiplicador de moeda. 65 21. Utilize o mercado de moeda do Banco Central para responder às seguintes questões. Demonstre graficamente e explique em poucas palavras o impacto dos seguintes eventos sobre a taxa de juros. Faça uma comparação sucinta se suas conclusões aqui diferem de alguma maneira daquelas a que chegaria se utilizasse o mercado monetário para a análise desses eventos. a. uma venda de mercado aberto pelo Fed ou outro Banco Central qualquer b. uma redução da renda c. um aumento da razão de reserva QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. Qual das variáveis que se seguem NÃO é uma variável de estoque? a. a oferta de moeda b. a $Riqueza c. o investimento d. a base monetária 2. Um aumento na renda nominal ($Y) gerará: a. um aumento na demanda por moeda b. um aumento na moeda do Banco Central c. um aumento da base monetária d. um aumento da oferta de moeda 3. O governo dos EUA atualmente garante cada conta bancária até qual nível? (Esta pergunta é anterior à crise econômico-financeira de 2008.) a. $ 25.000 b. $50.000 c. $75.000 d. $100.000 4. Uma elevação da taxa de juros (i) gerará: a. um deslocamento para a direita da demanda por moeda b. um deslocamento para a esquerda da demanda por moeda c. um aumento na oferta de moeda d. uma redução na demanda por moeda 5. Qual dos seguintes acontecimentos causará uma redução da taxa de juros? a. uma venda de títulos pelo Banco Central b. uma redução na oferta de moeda c. uma redução em $Y d. um aumento da demanda por moeda 6. Qual das variáveis seguintes constitui-se em ativo nos balanços dos bancos? a. reservas b. depósitos sacáveis (de curto prazo) c. a base monetária d. papel-moeda e moedas metálicas 7. Qual das variáveis seguintes constitui-se em passivo nos balanços dos bancos? a. papel-moeda e moedas metálicas b. depósitos sacáveis (de curto prazo) c. títulos d. reservas 66 8. Qual das variáveis seguintes constitui-se em passivo no balanço do Banco Central? a. depósitos sacáveis (de curto prazo) b. títulos c. papel-moeda e moedas metálicas d. empréstimos 9. Uma compra de títulos pelo Banco Central provocará qual dos eventos seguintes? a. uma redução na base monetária b. um aumento na base monetária c. uma redução no preço dos títulos d. um aumento no preço dos títulos 10. Uma operação expansionista de mercado aberto tenderá a gerar: a. um aumento no preço dos títulos ($PB) e um aumento na taxa de juros (i) b. um aumento em $PB e uma redução em i c. uma redução em $PB e uma redução em i d. . uma redução em $PB e um aumento em i 11. Uma operação contracionista de mercado aberto causará: a. uma redução na oferta de moeda b. um aumento na oferta de moeda c. um aumento na base monetária d. uma queda na taxa de juros 12. Qual dos seguintes eventos deverá ocorrer quando aumentar a taxa de juros? a. o preço dos títulos cairá b. a curva de demanda por moeda se deslocará para a esquerda c. a curva de demanda por moeda se deslocará para a direita d. a curva de oferta de moeda se deslocará para a direita 13. Suponha que um título remunere $ 1000 em um ano. Se o preço do título é $ 750, sabemos que a taxa de juros incidente sobre o título é de: a. 7,5% b. 15% c. 25% d. 33% 14. Suponha que a demanda por moeda seja maior do que a oferta de moeda a uma dada taxa de juros. Com base nessa informação, sabemos que: a. a taxa de juros (i) deve sofrer uma queda para que o equilíbrio se restabeleça b. i deve aumentar para que o equilíbrio se restabeleça c. o mercado de títulos está em equilíbrio a essa dada taxa de juros d. nenhuma das respostas anteriores 15. Suponha que os indivíduos não guardem papel-moeda ou moedas metálicas e que a razão de reserva dos bancos é 0,25. O multiplicador de moeda é: a. 1 / (1 – 0,25) = 1,33 b. 2,5 c. 4 d. 5 67 16. Suponha que a razão do papel-moeda e moedas metálicas em relação aos depósitos sacáveis seja 0,5 e que a razão de reserva ( ) é 0,25. O multiplicador de moeda é: a. 1 / 0,75 = 1,33 b. 1,6 c. 1 / (1 – 0,75) = 4 d. 5 17. Qual dos eventos seguintes causará um aumento no multiplicador de moeda? a. um aumento da razão de reserva b. um aumento do parâmetro c d. uma redução da razão de reserva d. um aumento da base monetária 18. Qual dos eventos seguintes causará um aumento da oferta de moeda? a. um aumento da taxa de juros b. um aumento da razão de reserva c. uma aquisição de títulos pelo Banco Central d. um aumento do parâmetro c 19. A taxa dos fundos federais se determina em qual dos seguintes mercados? a. o mercado de moedas do Banco Central b. o mercado de reservas c. o mercado monetário d. o mercado de títulos 20. Suponha que os indivíduos mantenham tanto papel-moeda e moedas metálicos como depósitos sacáveis. Com base neste dado, qual das expressões que se seguem representa o multiplicador de moeda? a. 1 / [c + (1 –c)] b. 1 / c. [c + (1 –c)] d. 1 / [ 1-c] e. 1 / [1 - ] 68 Capítulo 5 O MERCADO FINANCEIRO E DE BENS. O MODELO IS-LM OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO Depois de passar por este capítulo e pelo material seguinte, espera-se que você esteja em condições de: (1) Compreender os determinantes do investimento. (2) Interpretar e explicar a relação IS. (3) Compreender como se deriva a curva IS, explicar seu formato e explicar os fatores que a levam a deslocar-se. (4) Explicar a relação entre a oferta efetiva de moeda e a demanda efetiva de moeda. (5) Compreender como se deriva a curva LM, explicar seu formato e explicar os fatores que a levam a deslocar-se. (6) Entender o que significa o equilíbrio no modelo IS-LM. (7) Analisar e examinar os efeitos da política fiscal no modelo IS-LM. (8) Analisar e examinar os efeitos da política monetária no modelo IS-LM. (9) Discutir o que se entende por ―combinação de políticas‖. (10) Explicar como os outros fatores, além das políticas monetária e fiscal, afetam o modelo IS-LM. (11) Reexaminar as implicações do modelo IS-LM quando se introduz a dinâmica. 1. OS DETERMINANTES DO INVESTIMENTO Admite-se agora que o investimento seja: (1) uma função crescente das vendas; e (2) uma função decrescente da taxa de juros. Vendas. Quando as vendas aumentam, as empresas aumentam suas aquisições de equipamento e constroem novas fábricas e usinas. Quando as vendas diminuem, as empresas cortam o investimento. Dicas de Aprendizagem Neste capítulo, partimos do pressuposto que a produção sempre equivale às vendas. O investimento é, portanto, uma função crescente da produção. A taxa de juros. Quando i aumenta, o custo da tomada de empréstimos se eleva. Se o custo dos empréstimos se eleva, algumas empresas deixarão de adquirir novos equipamentos, pois o custo agora mais elevado do empréstimo é maior do que os lucros adicionais proporcionados pelos novos equipamentos. 69 2. A RELAÇÃO IS E A CURVA IS (1) Introdução A condição de equilíbrio no mercado de bens é representada pela relação IS: Y = C (Y – T) + i(Y, i) + G. Utilizamos a relação IS para obter a curva IS. A curva IS representa a relação entre a taxa de juros e o nível de equilíbrio da produção no mercado de bens. (2) A inclinação da curva IS Uma redução da taxa de juros gera um aumento no investimento. Um aumento em I provoca um aumento na demanda (Z). O amento em Z gera um aumento na produção de equilíbrio por meio do efeito multiplicador. Uma i mais baixa, portanto, leva a um aumento na produção de equilíbrio no mercado de bens. A curva IS tem inclinação decrescente no sentido de refletir isso. Dicas de Aprendizagem A curva IS é obtida examinando-se os efeitos das variações de i sobre I e sobre Y. Variações em i e Y NÃO causam deslocamentos da curva IS, apenas movimentos ao longo da curva IS. (3) Deslocamentos da curva IS Qualquer fator, que não uma variação em i, que causa uma variação em Y na Figura 5-1 (isto é, na linha de 45º ZZ do gráfico) causará um deslocamento da curva IS. A curva IS se desloca para a direita quando aumentam as compras do governo (G), os impostos (T) caem, se amplia a confiança dos consumidores, etc. A curva IS se desloca para a esquerda quando cai G, T aumenta, a confiança dos consumidores diminui, etc. Dicas de Aprendizagem Para com Para compreender os deslocamentos, considere o seguinte exemplo. Suponha que G sejam paP reduzidas em 100. Vamos também manter i arbitrariamente fixa. A redução de G leva Y a cair por um montante igual à variação ocorrida em G vezes o multiplicador. Mantida a mesma i, a produção de equilíbrio é agora mais baixa. Precisamos de uma nova curva IS para refletir esta situação. A curva IS, neste caso, desloca-se para a esquerda com a distância horizontal igual à variação em G vezes o multiplicador. 70 3. OFERTA EFETIVA DE MOEDA, DEMANDA EFETIVA DE MOEDA E A RELAÇÃO LM (1) Introdução A condição de equilíbrio dos mercados financeiros é agora expressa em termos reais, efetivos. Isso quer dizer que o equilíbrio ocorre quando a taxa de juros torna a oferta efetiva de moda igual à demanda efetiva por moeda, o que ´r representado pela seguinte relação LM: M/P = Y L (i) Dicas de Aprendizagem M/P é a oferta efetiva de moeda. Y L(i) é a demanda efetiva de moeda. Um aumento de 5% na renda real gera um aumento de 5% na demanda efetiva de moeda. Um aumento da taxa de juros (i) gera uma redução na demanda efetiva de moeda. A curva LM representa a relação entre a renda (Y) e a taxa de juros de equilíbrio nos mercados financeiros. (2) Inclinação da curva LM Um aumento da renda causa um aumento da demanda efetiva por moeda. À taxa inicial de juros, a demanda por moeda é agora maior do que a oferta de moeda. i deve elevar-se para restaurar o equilíbrio nos mercados financeiros. Uma Y maior, portanto, requer um aumento na taxa de juros para manter o equilíbrio dos mercados financeiros. A curva LM tem inclinação ascendente no sentido de refletir isso. (3) Deslocamentos da curva LM A curva LM se deslocará sempre que a taxa de juros de equilíbrio do mercado financeiro variar devido a outros fatores que não uma variação em Y. A curva LM é traçada a partir de determinados valores da oferta efetiva de moeda (M/P). Uma variação em M/P gera uma variação na taxa de juros de equilíbrio para cada nível de produção. A curva LM desloca-se para baixo quando M/P aumenta porque se requer uma i mais baixa de modo a manter o equilíbrio nos mercados financeiros. A curva LM desloca-se para cima quando M/P diminui porque se requer uma i mais elevada de modo a manter o equilíbrio nos mercados financeiros. 71 Dicas de Aprendizagem M/P pode aumentar quando M aumenta ou quando P cai. Variações em M (ou em P) causarão, por conseguinte, deslocamentos na curva LM. Uma variação em Y (ou uma variação em i) NÃO causa deslocamentos na curva LM, apenas deslocamentos ao longo da curva. Se você não compreender como variações em M/P são responsáveis por deslocamentos da curva LM, volte à Figura 5-6. Para um dado nível de Y, varie M/P. Esta variação em M/P provoca uma variação em i. Esta variação em i determina a extensão pela qual a curva LM se deslocará para cima ou para baixo. 4. EQUILÍBRIO NO MODELO IS-LM A curva IS representa a relação entre a taxa de juros e o nível de produção que mantém o equilíbrio no mercado de bens. A curva LM representa a relação entre a taxa de juros e o nível de produção que mantém o equilíbrio nos mercados financeiros. Fazendo referência à Figura 5-7, há uma e somente uma i e somente um único nível de produção que, simultaneamente, mantêm o equilíbrio em AMBOS os mercados, de bens e financeiros. Este equilíbrio é chamado de equilíbrio geral. Uma vez que a economia está operando tanto nas curvas IS e LM, sabemos que os mercados de bens e financeiros se encontram em equilíbrio. Dicas de Aprendizagem Recorde-se que: (1) A curva IS pode se deslocar quando, por exemplo, ocorrem variações em G, T ou na confiança dos consumidores. Qualquer deslocamento da curva IS criará um novo equilíbrio geral; (2) A curva LM pode se deslocar quando ocorrem variações n oferta efetiva de moeda. Qualquer deslocamento da curva LM criará um novo equilíbrio geral. (3) Quando as curvas IS e LM se deslocam, a taxa de juros, o nível de produção e a composição da produção podem também sofrer variações. 72 5. POLÍTICA FISCAL Uma expansão fiscal se verifica quando aumentam as compras governamentais (G) ou quando os impostos são reduzidos. Uma contração fiscal se verifica quando se reduzem as compras governamentais ou quando se aumentam os impostos. Considere os efeitos de uma redução de G no modelo IS-LM; a análise gráfica é idêntica a aquela encontrada na Figura 5-8. O corte em G causa o deslocamento para a esquerda da curva IS. O tamanho do deslocamento horizontal é igual à variação de G vezes o multiplicador. O deslocamento para a esquerda da curva IS cria um novo equilíbrio na interseção da nova curva IS e da curva LM original. Este corte em G provoca uma redução de Y e uma redução em i. Dicas de Aprendizagem Você deve poder explicar intuitivamente esses deslocamentos e a resposta da economia a esses deslocamentos. O decréscimo em G causa uma redução na demanda (Z). A redução na demanda leva as empresas a cortarem a produção. À medida que cai Y, os indivíduos reduzem sua demanda por moeda. Caindo a demanda por moeda, a taxa de juros deve baixar para que se restaure o equilíbrio nos mercados financeiros. A uma taxa de juros mais baixa, a demanda por moeda será novamente igual à oferta de moeda. Pergunta: Por que Y não cai para o nível YC? Resposta: quando i cai, uma parte da queda de Y é compensada pelos efeitos positivos de uma taxa de juros i mais baixa sobre o investimento. Resumindo, uma contração fiscal provocará: Uma redução em Y Uma taxa de juros i menor Uma redução no consumo e na poupança em decorrência da redução na renda disponível Efeitos ambíguos sobre o investimento: Uma taxa i mais baixa leva a um aumento em I Uma Y menor gera uma redução em I Dicas de Aprendizagem Certifique-se de que está em condição de explicar os efeitos de uma expansão fiscal. O problema de revisão #9 vai tratar disso. A análise acima se aplica a qualquer deslocamento para a esquerda na curva IS (por exemplo, um aumento nos impostos, redução da confiança dos consumidores, etc). 73 6. POLÍTICA MONETÁRIA Uma expansão monetária ocorre quando a aumenta a oferta de moeda. Uma contração monetária ocorre quando diminui a oferta de moeda. Uma aquisição de títulos pelo Banco Central (isto é, uma expansão monetária) provocará: Um aumento na oferta de moeda e um deslocamento para a direita na curva de oferta de moeda. O aumento na oferta de moeda requer uma redução da taxa de juros de modo a induzir os indivíduos a reter uma maior quantidade de moeda. A queda de i gera um deslocamento para baixo da curva LM. O deslocamento para baixo da curva LM cria um novo equilíbrio com uma taxa de juros i mais baixa e uma Y mais elevada. Outros resultados/explicações de uma expansão monetária: Por que Y aumenta? A taxa de juros i mais baixa leva a um aumento no investimento, o qual tem um efeito de multiplicador positivo sobre Y. O consumo e a poupança aumentam ambos via o aumento na renda disponível. O investimento aumenta por duas razões. Tanto a redução em i como o aumento de Y levam I a aumentar. Dicas de Aprendizagem O aumento na oferta de moeda ou a redução na taxa de juros levam a curva IS a se deslocar? NÃO ! O que ocorre é um movimento ao longo da curva IS. Certifique-se de que você consegue explicar o exemplo oposto (uma contração monetária). Deve ficar claro que variações na razão de reserva ( ) e no parâmetro c (a razão papel-moeda e moedas metálicas / depósitos sacáveis) também causarão variações na oferta de moeda e, portanto, levarão a curva LM a se deslocar. Um deslocamento na demanda por moeda causada por fatores outros que não variações de Y também levarão a curva LM a se deslocar. O problema de revisão #8 vai tratar disso. 7. A COMBINAÇÃO DE POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL A combinação de política monetária e política fiscal é chamada combinação de política monetária-fiscal ou ―mix‖ monetário-fiscal. O ―mix‖ de políticas refere-se a situações em que ambas as curvas LM e IS sofrem deslocamentos. Há quatro possíveis casos de ―mix‖ ou de combinação de políticas: Caso 1: Política monetária expansionista e política fiscal expansionista (LM deslocase para baixo e a curva IS desloca-se para a direita). Caso 2: Política monetária expansionista e política fiscal contracionista (LM deslocase para baixo e a curva IS desloca-se para a esquerda). 74 Caso 3: Política monetária contracionista e política fiscal contracionista (LM desloca-se para cima e a curva IS desloca-se para a esquerda). Caso 4: Política monetária contracionista e política fiscal expansionista (LM desloca-se para cima e a curva IS desloca-se para a direita). Dicas de Aprendizagem Em cada caso, os efeitos da combinação de políticas sobre uma das variáveis endógenas (Y ou i) serão sempre ambíguos (a menos que conheçamos a magnitude exata das variações de política). O efeito sobre as outras variáveis endógenas será conhecido. Por exemplo: No caso 2, a taxa de juros i cai inapelavelmente com a variação de Y dependendo do tamanho dos deslocamentos das curvas IS e LM. Na figura associada ao exemplo da Reunificação Alemã (Caso 4), a taxa de juros i aumenta inapelavelmente e a variação de Y dependerá novamente do tamanho dos deslocamentos. Certifique-se de que você está em condições de explicar os efeitos de cada uma dessas combinações de política monetária e política fiscal. Certifique-se também de que pode explicar os efeitos das combinações sobre o consumo, a poupança e o investimento. 8. INTRODUÇÃO DA DINÂMICA NO MODELO IS-LM Quando a curva IS se desloca, Y não se ajustará de imediato ao novo nível de equilíbrio em virtude de três fatores: (1) Y responderá com certa defasagem às variações na demanda. (2) C responderá com certa defasagem à variação da renda disponível. (3) O investimento pode responder com uma defasagem às variações nas vendas. Na Figura 5-10, Um deslocamento para a direita da curva IS causará um movimento lento de Y do ponto YB para o ponto YA. Um deslocamento para a esquerda da curva IS causará um movimento lento de Y do ponto YA para o ponto YB. Os mercados financeiros, no entanto, se ajustarão com rapidez às variações da oferta e da demanda. Podemos supor que a economia está sempre sobre a curva LM. Dicas de Aprendizagem A hipótese de um rápido ajustamento dos mercados financeiros não é irrealista. Reflita sobre quão rapidamente o mercado de títulos responde a qualquer variação nas condições de oferta ou de demanda. Reveja a discussão com relação à Figura 5-11. Certifique-se de que consegue repetir esta análise para uma situação na qual 75 diminui a oferta de moeda. Os efeitos dinâmicos de um aumento nas compras governamentais são indicados no gráfico que se segue: Taxa de juros IS’ LM IS i‘ A‘ A i Y Y‘ Produto, Y O aumento em G leva a um aumento na demanda (Z). As empresas respondem, aumentando lentamente Y. Assim que Y começa a aumentar, a demanda por moeda se eleva e i sobe para manter o equilíbrio dos mercados financeiros. Por conseguinte, à medida que Y aumenta, a economia se movimenta ao longo da curva LM. Y continua a aumentar (e i a subir) até que um novo equilíbrio seja alcançado em A‘. 76 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 5 DO BLANCHARD TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1. Quais são os dois determinantes do investimento? 2. O que a curva IS representa? 3. Por que a curva IS tem inclinação para baixo? 4. Mudanças em quais variáveis causam o deslocamento da curva IS? 5. O que a curva LM representa? 6. Por que a curva LM tem inclinação para cima? 7. Mudanças em quais variáveis causam o deslocamento da curva LM? 8. O que se deve entender por equilíbrio geral no modelo IS-LM? 9. Por que são ambíguos os efeitos da política fiscal sobre o investimento? 10. Qual efeito terá sobre Y e i uma expansão fiscal? 11. Qual efeito terá sobre Y e i uma expansão monetária? 12. O que se deve entender por combinação de políticas? 13.No modelo IS-LM que incorpora a dinâmica, quais mercados (o de bens ou os financeiros) responderão mais rapidamente a uma variação na oferta de moeda? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. Suponha que o investimento seja representado pela expressão I = 200 – 20 i + 0,1Y. a. Seja Y = 5000. Calcule o nível de investimento para os seguintes valores de i: 5%, 10% e 15%. Faça i = 5 quando a taxa de juros é 5% e assim por diante. O que acontece com o investimento à medida que aumenta a taxa de juros i? b. Seja i = 5. Calcule o nível de investimento para os seguintes valores de Y: 5500, 6000 e 6500. O que acontece com I à medida que Y cresce? 77 2. Suponha que o mercado de bens seja representado pelas seguintes equações: C = 180 + 0,7 YD I = 100 – 18 i + 0,1 Y Y=C+I+G YD = Y – T T = 400 G = 400 a. Ache o nível de produção de equilíbrio. Ou seja, obtenha uma equação com Y do lado esquerdo e todas as outras variáveis do lado direito. b. Calcule o nível de produção que ocorre quando a taxa de juros i for: 5%, 10%, 15% e 20% (isto é, i = 5 e assim por diante). Numa folha separada de papel, ponha em um gráfico essas quatro combinações de i e Y. O que essa curva representa? c. À medida que o mercado de bens se ajusta a esses aumentos em i, o que acontece com o consumo, a poupança e o investimento? Explique concisamente porque cada variável está sujeita a variações. d. Calcule o nível de produção de equilíbrio quando i = 8% (seja i = 8). Em seu gráfico, onde se localiza este ponto? Suponha que i continue sendo 8%. Calcule o nível de produção de equilíbrio quando G aumenta de 100 (passa para 500). Qual é o tamanho do multiplicador? e. O que sua análise no item d sugere a respeito do que acontece com a curva IS em seu gráfico? Explique em poucas palavras. 3. Suponha que o mercado de bens seja representado pelas equações apresentadas na questão #2. Observe que nenhum cálculo é necessário aqui, apenas breves explicações. Explique, então o que deveria ocorrer com a curva IS em conseqüência de cada um dos seguintes eventos: a. redução da taxa de juros b. aumento da taxa de juros c. uma redução em c0 de 180 para 100 d. um aumento nos impostos 4. Suponha que a moeda seja representada apenas pelas moedas metálicas e notas retidas pelos indivíduos (ou seja, não existem depósitos sacáveis nos bancos). Suponha que um indivíduo, dada sua renda corrente, deseja sempre ter bastante dinheiro à mão para comprar por dia três garrafas de sua bebida predileta. a. Suponha que uma garrafa desta bebida custe $1. Quanto dinheiro em moedas e notas esse indivíduo irá reter? Essa é a sua demanda nominal por moeda. b. Suponha agora que o preço da bebida aumenta para $1,20. O que ocorrerá à sua demanda nominal por moeda? Quanto, em notas e moedas metálicas (em termos nominais), esse indivíduo passará a reter? Explique. c. Por simplicidade, suponha que o deflator do PIB aumente de 1 para 1,2 durante este mesmo período. O que aconteceu com a demanda real por moeda desse indivíduo? Explique sucintamente. d. Suponha agora que a renda real do indivíduo tenha aumentado. Explique sucintamente o que irá ocorrer com o seu consumo (inclusive seu consumo da bebida). O que você acha que irá ocorrer à demanda real por moeda do indivíduo. Explique em poucas palavras. 78 5. Utilize os gráficos abaixo para responder às questões que se seguem. Taxa de juros Taxa de juros MS A i0 Md M/P Y0 Y a. Seja inicialmente i = i0 e Y = Y0. Suponha que Y caia para Y1. Ilustre o que acontece à demanda por moeda como conseqüência desta queda em Y. À taxa inicial de juros, que tipo de situação é esta? Explique sucintamente. b. O que deve ocorrer a i em conseqüência desta queda em Y? Explique em poucas palavras. Denomine A‘ a este novo equilíbrio. No gráfico à direita, plote os pontos A e A‘. c. Repita a análise dos itens (a) e (b), supondo que Y caia mais ainda para Y2. Denomine A‖ a este novo equilíbrio e plote-o no gráfico da direita. d. O que essa plotagem de pontos no gráfico acima representa? Explique. 79 6. Utilize os gráficos abaixo para responder às questões que se seguem. Taxa de juros, i Taxa de juros M S A i0 Md M/P Y0 Y a. Seja inicialmente i = i0 e Y = Y0. Suponha que a oferta efetiva de moeda caia para M‘/P. Ilustre o que acontece à curva de oferta efetiva de moeda como conseqüência desta queda em M/P. À taxa inicial de juros, que tipo de situação é esta? Explique sucintamente. b. . O que deve ocorrer a i em conseqüência desta queda na oferta efetiva de moeda? Explique em poucas palavras. Denomine A‘ a este novo equilíbrio. c. Qual o efeito que esta redução na oferta efetiva de moeda tem sobre a posição da curva LM? Ilustre esse efeito no gráfico acima. 7. Suponha que a oferta efetiva de moeda e a demanda efetiva de moeda sejam representadas pelas seguintes equações: Md = 6Y – 120 i MS = 5400 a. Iguale as expressões acima para a demanda efetiva de moeda e a oferta efetiva de moeda e ache i. Ou seja, i deve ficar no lado esquerdo com todas as outras variáveis no lado direito. b. Calcule i quando Y é igual a 1000, 1100 e 1200. Em uma folha separada de papel, plote essas combinações de i e Y. O que esta curva representa? c. Calcule i quando Y = 1400. Onde se situa este ponto na curva? Suponha que Y permaneça em 1400. Suponha que a oferta real de moeda caia para 5000. Calcule a nova taxa de juros de equilíbrio i quando M cai de 400. De quanto varia a taxa de juros i? d. O que sua análise do item (c) sugere que vai acontecer à curva LM? Explique sucintamente. 80 8. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Suponha que os mercados financeiros estão em equilíbrio e que Y não varie. Taxa de juros Taxa de juros M S LM A A i0 Md M Y a. Qual o feito que tem o crescente uso e disponibilidade dos cartões de crédito sobre a demanda por moeda? Explique em poucas palavras. b. Ilustre os efeitos disso sobre a demanda por moeda no gráfico acima. Explique sucintamente o deve se passar com a taxa de juros i para que se restaure o equilíbrio. c. O que sua análise sugere que aconteça à posição da curva LM, dado que a renda (Y) não sofreu variações? d. Durante os períodos de férias, os indivíduos com freqüência aumentam as quantidades de moeda retidas em seu poder, ainda que a taxa de juros e suas rendas não tenham variado. Qual o efeito que este comportamento teria sobre a curva LM? Explique em poucas palavras. 9. Utilize o modelo IS-LM para responder às perguntas que se seguem. a. Suponha que aumentem as compras governamentais. Qual o efeito que terão sobre a curva IS e sobre a curva LM? b. Qual efeito terá este aumento em G sobre a taxa de juros i e sobre Y? c. Qual efeito terá este aumento em G sobre o consumo e a poupança? Explique em poucas palavras. d. Qual efeito terá este aumento em G sobre o investimento? Observação: Certifique-se de que consegue ilustrar graficamente os efeitos dessa variação em G. 81 10. Utilize o modelo IS-LM para responder às perguntas que se seguem. a. Suponha que decresça a oferta de moeda. Qual efeito terá isso sobre a curva IS e sobre a curva LM? b. Qual efeito terá este decréscimo de M sobre a taxa de juros i e sobre Y? c. Qual efeito terá este decréscimo de M sobre o consumo e a poupança? Explique sucintamente. d. Qual efeito terá este decréscimo de M sobre o investimento? Observação: Certifique-se de que consegue ilustrar graficamente os efeitos dessa variação em M. 11. Os efeitos de uma expansão fiscal sobre o investimento são ambíguos. a. Por que são ambíguos? b. É possível que o investimento aumente quando aumentam as compras governamentais? Explique. c. É possível que o investimento aumente quando G se reduz? Explique. 12. Suponha que a economia seja representada pelas seguintes equações (idênticas, aliás, a aquelas incluídas nas questões #2 e #7). Md = 6Y – 120 i MS = 5400 C = 180 + 0,7 YD I = 100 – 18 i + 0,1 Y Y=C+I+G YD = Y – T T = 400 G = 400 a. Escreva a equação de equilíbrio do mercado de bens. Em particular, procure e ache o nível de produção de equilíbrio. Ou seja, obtenha uma equação com Y do lado esquerdo e todas as outras variáveis do lado direito. Recorde-se que você já fez isso no item a da #2. b. Escreva a equação que fornece a taxa i de equilíbrio no mercado financeiro. Em particular, iguale as expressões acima para a demanda efetiva de moeda e a oferta efetiva de moeda e ache i. Ou seja, i deverá aparecer do lado esquerdo, com todas as outras variáveis do lado direito. Recorde-se que você já fez isso no item a da questão #7. c. Leve a expressão para i (no item (b)) para sua equação para Y (no item (a)). Calcule então o nível de equilíbrio geral da produção. d. Calcule a taxa de juros de equilíbrio i, levando o valor de Y do item (c) para sua equação em (b). e. Neste nível de equilíbrio, qual é o nível de consumo e de investimento? f. Calcule o novo valor de equilíbrio de Y, i, C e I, quando G aumenta de 10 (isto é, de 400 para 410). O que aconteceu ao investimento como resultado desta expansão fiscal? Comente brevemente. g. Usando os valores originais das variáveis, calcule os novos valores de equilíbrio de Y, i, C e I quando M aumenta de 200 (de 5400 para 5600). O que aconteceu ao investimento como resultado desta expansão monetária? 82 13. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Suponha que, inicialmente, a economia se encontre no ponto A do gráfico. Admita que o dispêndio governamental esteja aumentando. Taxa de juros LM A i Y Produto, Y a. Qual efeito terá este aumento em G sobre a curva IS? b. Suponha que o Banco Central deseje manter i em seu nível inicial. Que tipo de política deve perseguir o Banco Central (isto é, contracionista ou expansionista) para manter a taxa de juros em seu nível inicial? Qual efeito terá esta política do Banco Central sobre a curva LM? Ilustre os efeitos de uma G mais elevada e a resposta do Banco Central sobre as curvas IS e LM. Em seu gráfico, aponte claramente o novo equilíbrio. c. O que acontece ao consumo, à poupança e ao investimento como resultado desta combinação de políticas. Explique sucintamente. 14. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Suponha que, inicialmente, a economia se encontre no ponto A do gráfico. Suponha que os impostos tenham sido reduzidos. a. Qual efeito terá este corte em T sobre a curva IS? b. Suponha que o Banco Central deseje manter Y em seu nível inicial. Que tipo de política deve perseguir o Banco Central (isto é, contracionista ou expansionista) para manter a produção em seu nível inicial? Qual efeito terá esta política do Banco Central sobre a curva LM? Ilustre os efeitos de um T mais reduzido e a resposta do Banco Central sobre as curvas IS e LM. Em seu gráfico, aponte claramente o novo equilíbrio. c. O que acontece ao consumo, à poupança e ao investimento em decorrência desta combinação de políticas? Explique sucintamente. 83 Taxa de juros LM A i Y Produto, Y 15. Discuta brevemente qual efeito cada um dos seguintes eventos terá sobre a curva IS, a curva LM, a produção, a taxa de juros, o consumo e o investimento. a. um aumento na confiança dos consumidores b. uma redução na confiança dos consumidores c. um aumento no uso dos cartões de crédito 16. Suponha que Y responda lentamente a variações na demanda (isto é, leve a dinâmica em conta). Suponha que haja um aumento dos impostos. a. Qual efeito isso terá sobre a curva IS? Explique sucintamente. b. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Em seu gráfico IS-LM, trace o caminho que a economia toma em resposta a este aumento dos impostos. Qual será o equilíbrio final. Mostre isso em seu gráfico. c. O que acontece ao consumo, à taxa de juros e ao investimento durante este ajustamento? 84 Taxa de juros LM A i Y Produto, Y 17. Suponha que Y responde lentamente a variações na demanda (ou seja, leva a dinâmica em conta). Suponha que haja um aumento na oferta de moeda. a. Qual efeito isso terá sobre a curva LM? Explique sucintamente. b. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Em seu gráfico IS-LM, trace o caminho que a economia toma em resposta a este aumento da oferta de moeda. Qual será o equilíbrio final? Mostre isso em seu gráfico. c. O que acontece ao consumo, à taxa de juros e ao investimento durante este ajustamento? Taxa de juros LM A i Y Produto, Y 85 18. Suponha que o investimento seja independente da taxa de juros. Ou seja, variações em i não têm qualquer efeito sobre I. a. Como seria a curva IS em uma tal economia. Explique sucintamente. b. Em uma tal economia, em qual escala as variações na oferta de moeda afetariam a produção? Explique. c. Em uma tal economia, em qual escala as variações em G (ou nos impostos) afetaria a produção? Explique. QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. No modelo IS-LM, um aumento na renda (Y), tudo o mais permanecendo constante, causará: a. um aumento no consumo b. um aumento na demanda por moeda c. um aumento no investimento d. nenhum dos eventos acima 2. No modelo IS-LM, um aumento na taxa de juros i, tudo o mais permanecendo constante, causará: a. um aumento na oferta de moeda b. uma redução no investimento c. uma redução na oferta de moeda d. nenhum dos eventos acima 3. Um corte nos impostos causará: a. um deslocamento da curva IS para a direita b. um deslocamento da curva IS para a esquerda c. um deslocamento da curva LM para baixo d. um deslocamento da curva LM para cima 4. Uma redução nas compras do governo causará: a. um deslocamento da curva IS para a direita b. um deslocamento da curva IS para a esquerda c. um deslocamento da curva LM para baixo d. um deslocamento da curva LM para cima 5. Um aumento da confiança dos consumidores causará: a. um deslocamento da curva IS para a direita b. um deslocamento da curva IS para a esquerda c. um deslocamento da curva LM para baixo d. um deslocamento da curva LM para cima 6. Uma redução da oferta de moeda causará: a. um deslocamento da curva IS para a direita b. um deslocamento da curva IS para a esquerda c. um deslocamento da curva LM para baixo d. um deslocamento da curva LM para cima 86 7. Um aumento da demanda de moeda causado por fatores outros que não uma variação da renda (ou da taxa de juros) causará: a. um deslocamento da curva IS para a direita b. um deslocamento da curva IS para a esquerda c. um deslocamento da curva LM para baixo d. um deslocamento da curva LM para cima 8. A curva IS tem a inclinação para baixo porque: a. um aumento das compras governamentais gera um aumento na renda b. um aumento da oferta de moeda gera um aumento na renda c. uma redução da taxa de juros gera um aumento no investimento e na renda d. um aumento da taxa de juros gera uma redução na demanda por moeda 9. A curva LM tem inclinação para cima porque: a. um aumento da renda gera um aumento na demanda por moeda e um aumento da taxa de juros b. um aumento na oferta de moeda gera uma redução da taxa de juros c. uma redução na oferta de moeda gera um aumento da taxa de juros d. ocorrem todos os eventos acima 10. Uma compra de títulos pelo Fed ou por outro Banco Central qualquer gerará: a. um deslocamento para cima da curva LM b. um deslocamento para baixo da curva LM c. uma taxa de juros menor, um aumento no investimento e um deslocamento para a direita da curva IS d. uma taxa de juros maior, uma redução no investimento e um deslocamento para a esquerda da curva IS 11. No modelo IS-LM apresentado neste capítulo, sabemos com certeza que uma expansão fiscal causará: a. um aumento na taxa de juros e um deslocamento para cima da curva LM b. um aumento da taxa de juros e um aumento na produção c. um aumento da taxa de juros e uma redução no investimento d. um aumento na produção e um aumento no investimento 12. Uma contração monetária causará: a. um aumento na taxa de juros e uma redução no investimento b. um aumento em i, uma redução em I e um deslocamento para a esquerda da curva IS c. um deslocamento para baixo da curva LM d. uma redução em Y, uma redução na demanda por moeda e uma redução da taxa de juros 13. Uma expansão monetária, combinada a uma expansão fiscal, causará: a. um aumento em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i b. uma redução em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i c. um aumento em i com efeitos ambíguos sobre Y d. uma redução em i com efeitos ambíguos sobre Y 87 14. Uma expansão monetária, combinada a uma contração fiscal, causará: a. um aumento em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i b. uma redução em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i c. um aumento em i com efeitos ambíguos sobre Y d. uma redução em i com efeitos ambíguos sobre Y 15. Uma contração monetária, combinada a uma expansão fiscal, causará: a. um aumento em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i b. uma redução em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i c. um aumento em i com efeitos ambíguos sobre Y d. uma redução em i com efeitos ambíguos sobre Y 16. Uma contração monetária, combinada a uma contração fiscal, causará: a. um aumento em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i b. uma redução em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i c. um aumento em i com efeitos ambíguos sobre Y d. uma redução em i com efeitos ambíguos sobre Y 17. No modelo IS-LM que incorpora o ajustamento dinâmico do mercado de bens, sabemos que uma variação na oferta de moeda será responsável por: a. uma variação imediata da taxa de juros sem variações na produção b. uma variação imediata tanto na taxa de juros como na produção c. deslocamentos tanto da curva IS como da curva LM d. nenhum dos eventos acima 18. No modelo IS-LM que incorpora o ajustamento dinâmico do mercado de bens, sabemos que uma redução da oferta de moeda será responsável por: a. um ajustamento imediato da taxa de juros ao nível final de equilíbrio geral b. uma elevação inicial da taxa de juros para acima do seu nível final de equilíbrio geral c. um ajustamento imediato da produção d. nenhum dos eventos acima 19. No modelo IS-LM que incorpora o ajustamento dinâmico do mercado de bens, sabemos que uma variação na oferta de moeda será responsável por: a. um ajustamento imediato da taxa de juros ao nível final de equilíbrio geral b. uma elevação inicial da taxa de juros para acima do seu nível final de equilíbrio geral c. um ajustamento lento, ao longo do tempo, da produção e, portanto, da taxa de juros d. um aumento na taxa de juros e um deslocamento para a esquerda da curva IS. 88 Capítulo 6 O MERCADO TRABALHO E CAPÍTULO 7 JUNTANDO TODOS OS MERCADOS O MODELO OA-DA6 OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO I. OBJETIVOS DESTE CAPÍTULO Ao final destes capítulos você deverá ser capaz de: 1) Entender a derivação e a interpretação da curva OA; 2) Entender a derivação e a interpretação da curva DA; 3) Ser capaz de explicar porque o produto retorna, no médio prazo, ao seu nível natural; 4) Explicar os efeitos de curto e de médio prazo devidos a mudanças na política monetária; 5) Explicar os efeitos de curto e de médio prazo devidos a mudanças na política fiscal; 6) Explicar os efeitos de curto e de médio prazo devidos a mudanças nos preços do petróleo. II. A OFERTA AGREGADA A oferta agregada expressa os efeitos do produto sobre o nível de preços e é derivada do que foi descrito no cap. 6. Ela é representada pela seguinte equação: e Curva OA: P = P (1+µ) F [1-(Y/L), z] (II.1) Lembre-se que ela deriva do capítulo 6 em que você estudou o mercado de trabalho representando todos os fatores de produção no médio prazo (já que o capital e os recursos naturais são considerados constantes no curto e no médio prazo). Naquele capítulo, foi visto como funciona o mercado de trabalho com ênfase no efeito da taxa de desemprego (u) e dos aspectos institucionais (z) sobre os salários. Como os assalariados, em suas negociações, se preocupam com o salário real e não o nominal importa também qual a expectativa de inflação, e ou seja, o nível de preços esperados (P ) e não o nível de preços corrente (P). Daí deriva a relação de fixação de salários (WS – wage setting relation): 6 Preferimos aqui juntar os dois capítulos. Note que eventualmente você encontrará no lugar de OA (oferta agregada) a denominação em inglês AS (agreggate supply) e, em lugar de DA (demanda agregada), a denominação em inglês AD (agreggate demand). 89 e W = P F [1-(Y/L), z] (II.2) Lembre-se que Y = N, pois, o único fator de produção é o trabalho e que a produtividade foi considerada com sendo igual a 1 (A = 1 na função de produção). Portanto a taxa de desemprego está representada por 1 – N/L, onde N/L é a taxa de ocupação (emprego). E, ainda que a variável z representa as instituições de proteção ao trabalhador. e Considerando P = P e manipulando a equação temos: W/P = F [1-(Y/L), z] (II.3) No capítulo 6 também foi visto como funciona a fixação de preços por parte dos empresários; os preços são fixados pelos empresários adicionando um mark up (µ) sobre seus custos, que no médio prazo se resume ao custo do trabalho, ou seja, o salário W. Logo, a relação de fixação de preços (PS – price setting relation) é: P = (1+µ)W (II.4) A manipulação desta equação PS levou á seguinte expressão: P/W = (1+µ) que invertida ficou: W/P = 1/(1+µ) (II.5) Aprendemos no capítulo 6 que para haver equilíbrio no mercado de trabalho, o salário real resultante da determinação dos salários deve ser igual ao salário real resultante da determinação de preços. Ou seja, que: F [1-(Y/L), z] = 1/(1+µ) (II.6) Por fim é necessário lembrar que a taxa de desemprego de equilíbrio é denominada de taxa natural de desemprego; logo a taxa de emprego de equilíbrio também é identificada como taxa natural de emprego e, portanto, o produto, que é igual ao emprego natural, também é aqui chamado de produto natural Yn. E, a expressão anterior ficaria: F [1-( Yn/L), z] = 1/(1+µ) (II.7) Recordando então: e W = P F [1-(Y/L), z] P = (1+µ)W (II.2) (II.4) Substituindo o valor de W da expressão (II.2) na expressão (II.4), temos a equação de oferta agregada (relação de equilíbrio do mercado de trabalho) que expressa os efeitos de médio prazo do produto sobre o nível de preços. 90 e Curva OA: P = P (1+µ) F [1-( Y/L), z] (II.1) E, quando Y = Yn, mantidos constantes µ e z, P = P e É necessária que você entenda duas características chave desta equação de oferta agregada: 1) Um aumento no nível esperado de preços acarreta um aumento proporcional no nível de preços corrente. Atenção para esta dica Se P aumentar em 5%, o salário nominal aumentará em 5% a os empresários irão aumentar seus preços em 5%. e Se P cair, a seqüência oposta ocorrerá. e Neste capítulo, P t = Pt-1, ou seja, o nível de preços esperado deste ano é igual ao preço ao preço corrente do ano anterior. e 2) Um aumento em Y acarretará um aumento em P. Atenção para esta dica A relação positiva entre Y e P está representada pela inclinação positiva da curva OA. Por que a curva OA tem inclinação positiva? o Se o produto cresce, o emprego (N) cresce; (Y↑ » N↑, já que Y = AN, sendo A=1) o Se o emprego cresce, a taxa de desemprego (u) cai; (N↑ » u↓, já que L = N + U e U/L = u) o Reduções na taxa de desemprego aumentam o poder de barganha dos trabalhadores e, portanto, acarretam aumentos nos salários nominais; (u↓ » W↑, já que W = F (u, z)) o Conforme o salário nominal cresce as firmas elevam seus preços; (W↑ » P↑, já que P = (1+µ) W) o Portanto, um aumento em Y está associado a aumentos nos preços. (Y↑ » P↑) e Você também precisa entender as relações entre P, P , Yn e a curva OA. Estas relações são: e 1) Cada curva OA está traçada para um determinado P . De tal maneira que sobre ela P = e P; e e 2) Se P = P , Y tem que ser igual a Yn. Ou seja, pela equação (II.1), se P = P , então Y = Yn; 91 e 3) Quando Y > Yn, P será maior do que P , pois se estará forçando a economia acima do seu nível natural (estrutural ou potencial), aumentando a demanda por trabalho acima do seu nível natural, fazendo aumentar o salário e, portanto o preço. O aumento do salário faz com que o preço corrente se eleve acima do preço esperado previamente; e 4) Por razões opostas, quando Y < Yn, P < P (veja se você consegue demonstrar isso em palavras). Atenção para esta dica Se você desenhar uma linha vertical no nível de produto natural, tal que Y = Yn cada e curva OA intercepta esta linha vertical no ponto onde P = P . e Se P varia, a curva OA deverá se mover para cima ou para baixo no montante da e variação de P . A medida que a curva OA se move, ela se move ao longo da linha vertical em que Y = Yn P OA OA e P=P P=P e Y Y = Yn Você ainda precisa refletir sobre o que ocorre quando os parâmetros µ e z mudam, ou seja o que acontece com a curva OA. e Quando µ aumenta, P aumenta; quando P > P , Y > Yn; quando isso ocorre o salário aumenta, provocando um aumento contínuo do preço e do nível de preços esperado, deslocando a curva OA para a esquerda e reduzindo o produto, até que o produto se iguale outra vez ao produto natural; nesse ponto e P=P . Tente reproduzir o argumento oposto quando µ se reduz. Quando há mudanças institucionais que aumentem a proteção ao emprego, o salário tende a aumentar, provocando um aumento no preço corrente; quando o preço corrente se torna superior ao preço esperado, o produto corrente também está acima do produto esperado. A pressão sobre o mercado de trabalho fará os 92 salários aumentarem e os preços correntes também; Estes efeitos deslocarão continuamente a OA para a esquerda até o ponto em que Y = Yn; nesse ponto e P=P . Tente reproduzir o argumento oposto quando z se reduz. III. A DEMANDA AGREGADA A demanda agregada expressa os efeitos do nível de preços sobre o produto, dado o equilíbrio no mercado de bens e financeiro, e é derivada do que foi descrito no cap. 5. Relembrando, o equilíbrio no mercado de bens e no mercado monetário requer que: Mercado de bens IS: Y = C (Y-T) + I (Y, i) + G (III.1) Y = 1/(1 - c1 – b1) [c0 – c1T + I0 – b2i + G] Onde: c0 » Consumo autônomo c1 » Propensão marginal a consumir (III.1) I0 » Investimento autônomo b1 » parcela marginal investida dependente de Y b2 » parcela marginal investida dependente de i e, Y, T, e G são velhos conhecidos. Mercado monetário s LM: M /P = L (i) s i = 1/(m2) [m1Y - M /P] (III.2) Logo o equilíbrio simultâneo no mercado de bens e monetário é obtido substituindo a expressão da taxa de juros i (III.2) na expressão do produto (III.1) Logo, a DA pode ser escrita como: s Curva DA: Y = 1/(1 - c1 – b1) [c0 – c1T + I0 – b2{1/(m2) [m1Y - M /P]}+ G] (III.3) Esta expressão de DA seria uma expressão para uma curva empírica. Podemos considerar todos os parâmetros como endógenos e trabalharmos unicamente com as variáveis exógenas. Ficaríamos assim apenas com a expressão teórica que determina o produto. Em termos simplificados podemos escrever a relação DA como: Relação DA: Y = Y [(M/P), G, T] (III.4) Você deve entender duas características da curva DA: 1) Por que ela é inclinada para baixo, ou seja, por que sua tangente é negativa? s Uma queda de P acarretará uma oferta real de moeda (M /P) maior; a LM se desloca para a direita, pois, O aumento da oferta de moeda provoca uma queda na taxa de juros 93 A medida que a taxa de juros cai, o investimento privado cresce e o produto (Y) cresce de maneira a restaurar o equilíbrio nos dois mercados; Portanto, uma queda em P, acarreta um aumento no produto tornando a relação DA de determinação do produto inversamente relacionada com P, ou seja, sua tangente é negativa. Atenção para esta dica Você pode explicar essa inclinação da curva DA da seguinte maneira: o Uma redução em P provoca uma queda na demanda nominal por moeda (o valor das transações se reduz) o A medida que a demanda nominal por moeda cai, a taxa de juros i deve cair para manter o equilíbrio no mercado monetário; o Com uma taxa de juros menor, os investimentos aumentarão provocando uma demanda maior por bens e, portanto um aumento do produto Y; o Logo, uma queda em P provoca um aumento em Y. 2) A segunda característica da curva DA a ser entendida é o que provoca seus deslocamentos? Qualquer evento, diferente de variações de P, que desloque a curva IS ou a curva LM, acarretará um deslocamento da curva DA: o Aumentos em G, M, na confiança dos consumidores e, reduções em T provocarão um aumento no produto e, portanto, o deslocamento da curva DA para a direita, ou seja, para a cima; o Mudanças no sentido contrário ás acima enumeradas provocarão um deslocamento da curva DA para a esquerda, ou seja, para baixo. P DA Y IV. O AJUSTAMENTO PARA Yn Para entender o ajustamento de Y, você deve entender que: e 1) A curva OA este ano depende do nível de preços esperado deste ano (P t); 94 e 2) P t = Pt-1; e, portanto, 3) A posição da curva OA deste ano depende do nível de preços do ano anterior. O ajustamento quando Y está acima de Yn: e Para Y > Yn, P > P , No fim do ano o nível de preço esperado aumentará fazendo que a curva OA se desloque para cima, ou seja, para a esquerda; Este deslocamento na OA fará com que P cresça e que Y caia e Enquanto Y for maior do que Yn [e, portanto, enquanto P > P ], os preços continuarão a crescer a medida que a curva OA se desloca para cima; e Quando Y = Yn, P = P e o preço não crescerá mais. Atenção para esta dica Tenha certeza de que você consegue explicar o que acontece quando Y > Yn. Lembre que a curva OA do próximo ano depende do nível de preços deste ano. À medida que P varia, a curva OA se move ao longo da curva DA: a curva DA não se desloca. No curto prazo, Y pode ser maior ou menor do que Yn. No médio prazo, Y é sempre igual à Yn. Esteja certo de que você consegue representar graficamente o que foi dito nesta seção. V. OS EFEITOS DAS EXPANSÕES E DAS CONTRAÇÕES MONETÁRIAS Suponha inicialmente que Y = Yn. s Um aumento na oferta nominal de moeda M acarretará um aumento na demanda agregada e, portanto, no produto Y. e O aumento em Y acarretará um aumento em P (acima de P ). A medida que P se ajusta, os salários nominais e o nível de preços aumentam conforme a curva OA se desloca para cima. Enquanto Y > Yn, as expectativas se ajustam e a curva OA continuará a se deslocar para cima. O deslocamento da OA fará com que P cresça e Y caia. O ajustamento termina quando Y = Yn, outra vez. 95 Atenção para esta dica Uma mudança em M (oferta nominal de moeda) não tem efeito sobre o produto e a taxa s de juros real no médio prazo. M é dita ―neutra‖ no médio prazo: s o Se, por exemplo, M aumentar em 10% isto, eventualmente, acarretará, no médio prazo, um aumento de 10% nos preços. o O resultado disto será um aumento o retorno da LM (considerando a oferta real de moeda) à sua posição original deixando imutável a taxa de juros real de médio prazo. o No curto prazo, a taxa de juros (real) realmente cai; contudo, no médio prazo, à medida que os preços sobem, o estoque real de moeda retorna ao seu nível original; Os efeitos de curto prazo sobre Y derivados de uma mudança em M dependerá da inclinação da curva OA, que associa preços e salários. Esteja certo de que você consegue explicar os efeitos de curto e de médio prazo de uma s redução de M . De forma mais geral, esteja certo de que você entendeu a diferença entre o curto e o médio prazo. s VI. OS EFEITOS DAS EXPANSÕES E DAS CONTRAÇÕES FISCAIS Variações em G ou T acarretam variações na demanda agregada. Estas variações na demanda agregada, como já vimos anteriormente, afetam o produto (no curto prazo) e os s preços (no médio prazo), da mesma maneira que a variação em M o faz: 1) Um aumento em G acarretará um aumento no produto no curto prazo; 2) Eventualmente o produto retorna ao nível do produto natural à um nível de preços mais alto. Atenção para esta dica No curto prazo o efeito, sobre o produto e os preços, de uma redução em G serão s similares àqueles de uma redução em M (conforme você deve ter visto ao seguir o conselho da dica anterior); Y cai e P cai. No médio prazo, o efeito, sobre o produto e os preços, de uma redução em G serão s similares àqueles de médio prazo de uma redução em M : Y retorna ao seu nível natural e P fica permanentemente mais baixo. s Portanto, enquanto M é neutra no médio prazo, variações em G, T ou na confiança dos consumidores não o são. 96 s Variações em M é neutra no médio prazo, variações em G, T ou na confiança dos consumidores não o são: Uma redução em G acarreta um deslocamento para a esquerda da cursa IS e dessa forma uma queda na taxa de juros i. No médio prazo o deslocamento para a esquerda na curva DA, provocado pelo efeito acima da redução de G, reduz o produto, para baixo do produto natural, e com isso reduz os preços; Na medida em que os preços continuam a cair, o estoque real de moeda cresce e a curva LM se desloca para a direita, reduzindo ainda mais a taxa de juros; Com isso os investimentos começam a crescer, acarretando um aumento do produto; Sabemos que o preço continuará a cair, o estoque real de moeda continuará a crescer, a taxa de juros continuará a cair, o investimento continuará a crescer e o produto continuará a crescer até o ponto em que se igualará ao produto natural; Isto implica que uma queda em G será compensada por um aumento igual em I, no médio prazo. Atenção para esta dica Mudanças em G, T, e na confiança dos consumidores não terão efeito de médio prazo no nível de produto. Entretanto, essas mudanças nestas variáveis, por afetarem a taxa de juros i, afetarão a composição do produto. O governo terá menos importância. Este é um bom momento para alguns lembretes: o Por questão de realismo, estamos tentando aqui um dinamismo que o nosso modelo de estática comparativa não está apto a mostrar. o Além disso, ao fazer essa separação entre curto, médio e o, ainda, não mencionado, longo prazo estamos também trabalhando com uma forte simplificação da realidade: No curto prazo está contido o médio e o longo prazo. Por exemplo, os preços no curto prazo começam a se mover principalmente nos setores cuja produção está já no limite do produto natural; No curto prazo alguns investimentos que começaram a ser feito propiciarão aumento da capacidade produtiva e, portanto, do produto natural. Mas, este é um assunto para alguns períodos do curso à frente quando você estudará as teorias do crescimento econômico. Em resumo, vamos continuar considerando, por motivos de simplificação de nosso raciocínio, que os preços só variam no médio prazo e que o produto natural como resultado do investimento (acumulação de capital) só varia no longo prazo. Adiante veremos que há situações que o produto natural pode cair abruptamente. 97 VII. OS EFEITOS DE VARIAÇÕES NO PREÇO DO PETRÓLEO No capítulo 6 fizemos uma enorme simplificação no modelo ao considerar que o único fator de produção a variar no médio prazo era o trabalho; mantivemos constantes o capital (que consideramos que varia apenas no longo prazo) e os recursos naturais cuja oferta é considerada inalterável no curto e médio prazo. Sabemos que isto pode, em situações extremas, não ocorrer; e, isto de fato aconteceu de forma diferente quando os produtores mundiais de petróleo resolveram reduzir a oferta de forma a aumentar os preços e seus lucros. Isto ocorreu com a criação em 1973 da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que de forma cartelizada, decidiram estabelecer um limite de produção e exportação para cada um de seus membros de forma a forçar um aumento dos preços de petróleo. Em 1979 houve uma segunda rodada de redução da oferta de petróleo fazendo seus preços crescerem ainda mais. Entre os anos de 1973 e 1982 os preços do petróleo quase triplicaram. Este fato trouxe grandes alterações na apropriação mundial da renda em prol dos países produtores de petróleo e em detrimento de todas as economias mundiais principalmente para os maiores consumidores de petróleo. As conseqüências foram bastante drásticas para a economia mundial com uma prolongada elevação dos preços e queda no produto, um fenômeno que se batizou de estagflação. Vamos examinar estes fatos à luz de nossa teoria: 1) Efeitos de médio prazo: As empresas produzem utilizando além de trabalho, matérias primas (no caso petróleo). Quando o preço de um insumo cresce sabemos que isso representa: Um aumento nos custos Dado o nível de salário as empresas aumentarão seus preços para manter seu seus lucros. Este aumento de P representa de fato um aumento no seu mark up µ sobre os salários. Um aumento em µ acarreta: Um salário real menor em conseqüência do comportamento dos fixadores de preço; Um deslocamento da curva PS para baixo; Uma redução no salário real de equilíbrio Um aumento na taxa natural de desemprego un; o A medida que un cai, Yn cai. Ou seja, o aumento no preço de petróleo reduz o emprego e o produto natural; o O aumento do preço de petróleo representa uma redução na capacidade produtiva da economia mundial ao mesmo nível de preços anterior. Portanto, um aumento em µ acarreta um aumento em P a cada nível de produto. Portanto, a curva OA se desloca para cima: a oferta agregada se reduz. Atenção para esta dica Você deve entender porque a curva OA se deslocou para a esquerda: A nova curva OA passa pelo ponto onde o produto se iguala ao novo produto Yn ao nível de preço Pt-1. A distância horizontal entre as duas curvas OA representa a variação em Yn. 98 2) Efeitos no curto prazo: Um aumento no preço do petróleo acarretará: O deslocamento da curva OA para a esquerda, a queda de Yn e o crescimento de P; Y inicialmente permanece acima do novo Y‘n inferior; À medida que as expectativas vão se ajustando, a curva OA continuará se deslocando para a esquerda até que Y se iguale ao novo Y‘n. Portanto, um aumento em P e uma redução permanente em Y. Acarretará, também, um aumento na taxa natural de desemprego e uma redução em W/P. Atenção para esta dica Supõe-se que a variação no preço do petróleo não causa mudanças na curva DA; apenas na curva OA. Assegure-se que você consegue explicar os efeitos de uma redução no preço do petróleo. 99 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 6 DO BLANCHARD TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1. Quais são os dois componentes da força de trabalho? 2. Qual é a diferença entre a taxa de participação e a taxa de desemprego? 3. O que são desligamentos (demissionários e demitidos) e quais as duas causas para que ocorram? 4. O que é a taxa de exigüidade de empregos? 5. As taxas mensais de desligamentos tendem a ser altas para quais grupos? 6. Qual é a relação entre a proporção de trabalhadores desempregados que buscam um emprego a cada mês e a taxa de desemprego? 7. O que o salário de reserva representa? 8. Como o poder de barganha pode afetar a determinação do salário? 9. O que se entende por ―salários de eficiência‖? 10. Por que tanto as empresas como os trabalhadores se preocupam com os salários reais? 11. Por que os salários nominais dependem do nível esperado de preços? 12. Um aumento na taxa de desemprego produzirá qual efeito sobre os salários? 13. Quando a função de produção é dada por Y = N, qual é o custo marginal da produção? 14. Por que P (nível de preços) é maior do que W (salários nominais)? 15. Por que a relação que estabelece os salários tem inclinação para baixo? 16. Por que a relação que estabelece os preços é uma linha horizontal? 17. O que é a taxa natural de desemprego? 18. Qual efeito terá um aumento dos benefícios do desempregado (auxílio-desemprego) sobre o salário real e a taxa natural de desemprego? 100 PROBLEMAS DE REVISÃO 1. Utilize os dados fornecidos abaixo para responder às questões que se seguem; População civil não-institucional (PIA)..........250 Empregados...........................................150 Desempregados...................................... 12 a. Qual é o tamanho da força de trabalho (PEA)? b. Quantos indivíduos estão ―fora da força de trabalho‖? c. Calcule a taxa de participação. d. Calcule a taxa de desemprego. f. Calcule a taxa de exigüidade de empregos. 2. Com base em sua compreensão da teoria do salário de eficiência, explique qual efeito um aumento no salário acarretará sobre: (a) o volume de abandono do emprego; (b) a produtividade. 3. Explique o que deve ocorrer para que a duração média do desemprego se amplie. 4. Explique o que deve ocorrer para que aumente a taxa de desligamentos. 5. Quais são as diferenças básicas entre os mercados primário e secundário de trabalho? 6.Utilizando a equação de salários [W = PeF (u,z), onde W é o salário nominal, Pe é o nível de preços esperado, u é a taxa de desemprego e z é a variável que capta todo o resíduo referente às variáveis institucionais], explique em poucas palavras como cada um dos seguintes eventos afetará o salário nominal. a. uma redução em Pe b. uma redução na taxa de desemprego c. uma redução no seguro desemprego 7. Explique em poucas palavras como cada um dos eventos que se seguem afetará o preço estabelecido pelas empresas. a. maior atividade de fusões levando os mercados a tornarem-se menos competitivos b. legislação antitruste mais rigorosa levando ao aumento da concorrência c. uma redução no salário nominal 8. A questão focaliza a relação WS que estabelece os salários. a. Explique sucintamente qual efeito uma redução na taxa de desemprego terá sobre o salário real. b. Por que a relação WS tem inclinação para baixo. c. Qual efeito terá uma redução nos benefícios do desempregado sobre a curva WS? d. Qual efeito terá um aumento da taxa de variação estrutural sobre a curva WS? e. Qual efeito terá um aumento do nível de preços sobre a relação WS? 101 9. Para os seguintes valores de (o mark-up do preço sobre o custo), calcule o salário real. a. = 0,1; 0,2; 0,3 e 0,4. b. O que acontece ao salário real quando aumenta? c. Explique por que o salário real sofre variações quando aumenta. 10. Suponha que todos os mercados sejam perfeitamente concorrenciais. a. Qual é o valor de quando existe a concorrência perfeita? b. Qual será o salário real pago pelas empresas quando todos os mercados são de concorrência perfeita? 11. Utilize as relações WS e PS para examinar os efeitos dos seguintes eventos sobe a taxa natural de desemprego e o salário real. Certifique-se de que está em condições de explicar os efeitos de cada evento sobre as relações WS e OS. a. uma redução no seguro desemprego b. um aumento na taxa de mudança estrutural do mercado de trabalho c. uma legislação antitruste menos rigorosa d. um aumento no salário mínimo 12. Com base em sua análise da questão #11, explique qual efeito cada evento terá sobre o nível de emprego e produção. QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA Utilize os dados fornecidos abaixo para responder às questões 1 – 4. População civil não-institucional..........200 milhões Empregados...........................................100 milhões Desempregados...................................... 6 milhões 1. A força de trabalho nesta economia é: a. 100 milhões b. 106 milhões c. 194 milhões d. 200 milhões 2. A taxa de desemprego nesta economia é: a. 6/100 = 6% b. 6/106 = 5,7% c. 6/194= 3,1% d. 6/200=3% 3. A taxa de participação da força de trabalho é: a. 100/200 = 50% b. 94/200 = 4,7% c. 94/100 = 94% d. 106/200 = 53% 4. A taxa de exigüidade de empregos nesta economia é: a. 100/200 = 50% b. 106/200 = 53% c. 100/106 = 94,3% d. 194/200 = 97% 5. Suponha que o fluxo mensal médio de trabalhadores que deixam de ser desempregados é de 3 milhões. Admita, além disso, que o número médio de indivíduos desempregados em cada mês é de 6 milhões. A duração média do desemprego será então de: a. 2 meses b. 3 meses c. 6 meses d. metade de um mês 102 6. Quais das seguintes variáveis devem ser incluídas nos desligamentos? a. abandonos de emprego b. demissões c. novas contratações d. todas acima e. ambas a e b 7. Entre 1968 e 1986, qual dos seguintes grupos de trabalhadores americanos apresentou a mais baixa taxa media mensal de desligamentos? a. mulheres, com idade entre 16 e 19 b. mulheres, com idade entre 35 e 44 c. homens, com idade entre 16e 19 d. homens, com idade entre 35 e 44 8. Suponha que as empresas decidam contratar menos trabalhadores. Isso tenderá a: a. aumentar as chances de perda do emprego do trabalhador atualmente empregado b. diminuir as chances de um trabalhador desempregado encontrar um emprego c. todas as duas acima d. nenhum dos eventos acima 9. Um aumento na taxa de desemprego tenderá a estar associado a: a. um aumento na parcela dos trabalhadores desempregados que encontram emprego b. uma redução na parcela dos trabalhadores desempregados que encontram emprego c. um aumento nos salários d. um aumento no poder de barganha 10. Uma redução da taxa de desemprego tenderá a estar associada a: a. uma redução da taxa de desligamentos b. um aumento da taxa de desligamentos c. uma redução dos salários d. uma redução do poder de barganha 11. Se for oferecido a um indivíduo um salário abaixo do seu salário de reserva, podemos esperar que: a. o indivíduo venha a preferir trabalhar por esse salário b. o indivíduo venha a preferir não trabalhar por esse salário c. o indivíduo permaneça indiferente a trabalhar ou ficar empregado, ao salário oferecido d. nenhuma das respostas anteriores 12. Suponha que tanto os trabalhadores como as empresas tenham a expectativa de que P aumentará de 5%. Dada essa informação, podemos esperar que: a. o salário nominal venha a aumentar de mais de 5% b. o salário nominal venha a aumentar de menos de 5% c. o salário nominal venha a aumentar de exatamente 5% d. o salário real aumente em 5% 103 13. Em um gráfico com o salário real no eixo vertical e a taxa de desemprego no eixo horizontal, qual das seguintes afirmações é verdadeira? a. a relação PS tem inclinação para baixo b. a relação PS tem inclinação para cima c. a relação WS é horizontal d. nenhuma das respostas anteriores 14. Uma redução no seguro desemprego causará: a. o deslocamento para cima da relação PS b. o deslocamento para baixo da relação PS c. o deslocamento para cima da relação WS d. o deslocamento para baixo da relação WS 15. À medida que os mercados vão se tornando mais competitivos, sabemos que: a. a relação PS se deslocará para cima b. a relação PS se deslocará para baixo c. a relação WS se deslocará para cima d. a relação WS se deslocará para baixo 16. Um aumento de preços devido ao aumento do mark-up sobre o custo causará: a. a relação PS se deslocará para cima b. a relação PS se deslocará para baixo c. a relação WS se deslocará para cima d. a relação WS se deslocará para baixo 17. Se o mark-up sobre o custo for zero ( = 0), sabemos que: a. o salário real é 1 b. o salário real é maior do que 1 c. o salário real é menor do que 1 d. a relação PS tem inclinação para cima 18. Uma legislação antitruste menos rigorosa tenderá a gerar; a. um aumento em un e um aumento em W/P b. um aumento em un e uma redução em W/P c. uma redução em un e uma redução em W/P d. uma redução em un e um aumento em W/P 19. Um aumento em un estará associado a: a. um aumento em N (nível natural de emprego) b. um aumento em Y c. uma redução em N d. nenhum dos eventos acima 104 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 7 DO BLANCHARD TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1. O que representa a relação OA e como é obtida? 2. Por que um aumento na produção causa um aumento no nível de preços? 3. Com base na relação OA, qual efeito tem sobre o nível efetivo de preços um aumento de 4% no nível esperado de preços? 4. O que representa a relação DA e como é obtida? 5. Suponha Y > Yn. Compare u com un e P com Pe. 6. Se P = Pe, compare Y e Yn. 7. A moeda é considerada neutra a médio prazo. O que isso significa? 8. No médio prazo, qual efeito uma redução em G terá sobre Y, I e i? 9. Qual efeito tem sobre um aumento no preço do petróleo? 10. Qual efeito tem sobre W/P, un, Yn e a curva OA um aumento no preço do petróleo? 11. Quais são os efeitos de médio prazo sobre P e Y de um aumento no preço do petróleo? 12. O que se deve entender por estagflação? 13. O que se deve entender por mecanismos de propagação? 14. Suponha Pt > Pt-1. O que acontecerá à curva OA no ano seguinte? 15. Aproximadamente quanto tempo leva para que os efeitos na produção de uma variação da oferta de moeda desapareçam? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. utilizando a relação OA, explique como cada um dos eventos abaixo afetará o nível de preços. a. 5% de aumento em Pe d. redução em b. 2% de redução em Pe e. aumento de Y c. aumento em f. redução de Y 105 2. Explique concisamente por que a relação OA tem inclinação para cima. 3. No gráfico abaixo, ilustre os efeitos sobre a produção de uma redução do nível de preços. Explique qual efeito uma queda em P tem sobre M, M/P, a demanda nominal por moeda, a taxa de juros i e o investimento I. i LM IS Y Produto, Y 4. Explique concisamente por que a relação DA tem inclinação para baixo. 5. Explique qual efeito terá cada um dos eventos que se seguem sobre a curva IS, a curva LM e a curva DA. a. aumento em G b. redução em G c. aumento em M d. redução em M e. aumento na confiança dos consumidores f. queda na confiança dos consumidores g. aumento em T h. redução em T i. aumento em P j. redução em P 6. Suponha Y > Yn a. Neste caso, compare u com um, N com Nn e P com Pe. b. O que acontecerá ao preço esperado no ano seguinte? c. O que acontecerá ao salário nominal no ano seguinte? d. O que acontecerá à curva OA no ano seguinte? 7. Suponha Y < Yn a. Neste caso, compare u com um, N com Nn e P com Pe. b. O que acontecerá ao preço esperado no ano seguinte? c. O que acontecerá ao salário nominal no ano seguinte? d. O que acontecerá à curva OA no ano seguinte? 8. a. Na questão #6, quando OA se desloca, o que acontece a M, M/P, i, I e Y? b. Na questão #7, quando OA se desloca, o que acontece a M, M/P, i, I e Y? 106 9. Suponha que a economia esteja operando inicialmente em Yn. Agora, suponha que o Banco Central empreenda uma contração monetária na qual a oferta nominal de dinheiro caia. a. Utilize o gráfico abaixo para ilustrar o equilíbrio inicial, o ajustamento dinâmico e o equilíbrio de médio prazo. Em seu gráfico, ilustre o equilíbrio para os próximos dois períodos (além do equilíbrio de médio prazo). Nível de preços OA A P DA Yn Produto, Y b. Quais são os efeitos iniciais de uma queda de M sobre P, M/P, i, I e Y? c. O que acontece a u e a Y relativamente aos seus níveis naturais durante: o curto prazo, o ajustamento dinâmico e o médio prazo? d. Quando Y é menor do que Yn, o que acontece à curva OA no ano seguinte? Explique. e. Quando a curva OA se desloca, o que ocorre com P, M/P, i, I e Y? f. Quais são os efeitos de médio prazo sobre P, M/P, i, I e Y de uma redução em M? g. Y retorna ao nível Yn? Se sim, o que isso sugere acerca de P e de Pe no médio prazo? 10. As perguntas seguintes se baseiam em sua análise da questão #9. Suponha que M tenha caído de 6% no enunciado da questão #9. a. De quanto caíram P e Pe no médio prazo? b. A queda em M causou algum efeito de médio prazo sobre as variáveis reais (i, Y, I, etc)? c. Quais são os efeitos de médio prazo sobre os salários nominais e reais? 11. Suponha que a economia esteja operando inicialmente em Yn. Agora, admita um aumento em G. a. Utilize o gráfico que se segue para ilustrar o equilíbrio inicial, o ajustamento dinâmico e o equilíbrio de médio prazo. Em seu gráfico, mostre o equilíbrio para os próximos dois períodos (além do equilíbrio de médio prazo). 107 Nível de preços OA A P DA Yn Produto, Y b. Quais são os efeitos iniciais sobre P, M/P, i, I e Y do aumento de G? c. O que acontece a u e a Y relativamente aos seus níveis naturais durante: o curto prazo, o ajustamento dinâmico e o médio prazo? d. Quando Y é maior do que Yn, o que acontece à curva OA no ano seguinte? Explique. e. Quando a curva OA se desloca, o que acontece a P, M/P, i, I e Y? f. Quais são os efeitos de médio prazo sobre P, M/P, i, I e Y do aumento de G? g. Y retorna ao nível Yn? Se sim, o que isso sugere acerca de P e de Pe no médio prazo? 12. O aumento de G na questão #11 teve algum efeito sobre variáveis reais a médio prazo? Explique. 13. Foi atribuído a um aumento no preço do petróleo a elevação do nível de preços e a redução do nível de produção. a. Utilize o gráfico IS-LM, em uma folha de papel à parte, para ilustrar os efeitos do aumento do preço do petróleo sobre a taxa de juros. b. Com base em sua análise, o que ocorre a C e a I como resultado do aumento do preço do petróleo? 14. Em meados dos anos 80, o preço do petróleo nos Estados Unidos caiu. Utilizando o gráfico que se segue, explique qual efeito terá uma redução do preço do petróleo sobre , o salário real e un. 108 W/P 1/(1+ μ) PS WS u 15. Utilizando o gráfico OA-DA e o gráfico IS-LM, ilustre e explique os efeitos de curto prazo e médio prazo de uma redução no preço do petróleo. Explique o que acontece a P, Y, i, W/P, I e u. i P LM OA A A DA IS Produto, Y Yn Produto, Y 16. Utilizando os gráficos OA e DA, WS e PS e IS-LM, ilustre e explique os efeitos de curto prazo e de médio prazo de uma redução nos auxílios aos desempregados. Explique o que 109 acontece a P, Y, i, W/P, I e u. Recorra a uma folha de papel à parte para indicar os seus gráficos. QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. Com base na relação OA, um aumento em qual das variáveis abaixo causará um aumento no nível de preços (P)? a. Pe b. μ c. a produção d. todos os citados 2. Com base na relação OA, um aumento de 4% em Pe acarretará: a. que P tenha um aumento superior a 4% b. que P tenha um aumento inferior a 4% c. que P tenha um aumento de exatamente 4% d. que não haja variação em P 3. É parte de nossas hipóteses que os fixadores dos salários tenham a expectativa de que o nível de preços para o período t seja igual a: a. o P real no período t b. o P real no período t -1 c. o P esperado no período t - 1 4. Quando Y = Yn, sabemos que: a. P > Pe b. P < Pe c. P = Pe d. nenhuma dessas hipóteses 5. 4. Quando Y < Yn, sabemos que: a. P > Pe b. P < Pe c. P = Pe d. nenhuma dessas hipóteses 6. A curvaAD tem inclinação para baixo devido aos efeitos: a. de G sobre a curva IS b. da oferta nominal de moeda sobre a curva LM c. de P sobre M/P d. de G sobre i 7. Qual dos eventos seguintes provocará um deslocamento para a direita da curva DA? a. um aumento de P b. uma redução de P c. um aumento de T d. um aumento de M 8. Um aumento na oferta de moeda levará a qual dos seguintes eventos no curto prazo? a. um aumento de i b. P > Pe c. u > um d. uma queda em i e um deslocamento para a direita da curva IS 9. Um aumento em M levará a qual dos seguintes eventos no médio prazo? a. nenhuma variação no salário real b. nenhuma variação na composição da produção c. um salário nominal mais elevado c. todos os eventos anteriores 110 10. Uma redução em M causará: a. uma queda proporcional de P no médio prazo b. uma redução em i no curto prazo c. um aumento em i no médio prazo d. uma redução em W/P no médio prazo 11. A moeda é considerada como ―neutra‖ por não ter efeito sobre: a. as variáveis nominais no médio prazo b. as variáveis reais no médio prazo c. as variáveis nominais no curto prazo d. as variáveis reais no curto prazo 12. Uma redução em G terá qual dos seguintes efeitos no curto prazo? a. um aumento em P b. um aumento em i c. P > Pe d. P < Pe 13. Uma redução em G terá qual dos seguintes efeitos no médio prazo? a. nenhuma alteração em i b. um aumento de I c.uma redução em P d. todos os eventos anteriores d. tanto b como c 14. Uma redução de impostos implicará qual dos seguintes efeitos no curto prazo? a. uma taxa i mais baixa b. uma taxa i mais elevada c. um deslocamento para a esquerda da curva DA c. P < Pe 15. Um aumento real de $ 100 bilhões em G implicará qual dos seguintes efeitos no médio prazo? a. nenhuma variação de I ou Y b. uma redução de I igual a $ 100 bilhões c. uma redução deI superior a $ 100 bilhões d. uma redução de I inferior a $ 100 bilhões 16. Um aumento no preço do petróleo tenderá a causar qual dos efeitos seguintes no curto prazo? a. redução de Y e redução de P b. aumento de P de um deslocamento para a esquerda da curva DA d. redução de Y e aumento de P d. aumento do salário real 17. Um aumento no preço do petróleo tenderá a causar qual dos efeitos seguintes no médio prazo? a. aumento de i b. diminuição de W/P c. redução de Y e aumento de P d. todos esses eventos 18. Uma diminuição do preço do petróleo tenderá a causar qual dos efeitos seguintes no médio prazo? a. aumento de Y e aumento de P b. aumento de Y e redução de P c. uma taxa i menor d. tanto a como b e. tanto b como c 111 19. Quando P > Pe, sabemos que: a. Y > Yn b. u > un c. N < Nn d. todos os eventos acima 112 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 8 DO BLANCHARD TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1. Quais são os determinantes da inflação? 2. Dada a curva original de Phillips, por que há uma relação negativa entre a inflação e a taxa de desemprego? 3. O que se deve entender por ―espiral preços-salários‖? 4. Dê duas razões para a curva original de Phillips ter desaparecido? 5. Como se distingue a curva original de Phillips da curva modificada de Phillips? 6. O que acontece com a inflação quando é baixa a taxa de desemprego? 7. Defina a taxa natural de desemprego. 8. Liste os determinantes de un. 9. O que acontece à inflação quando u > un? O que acontece à inflação quando u < un? 10. Qual é o nível de um hoje nos Estados Unidos? 11. O que representa a indexação salarial? 12. Qual efeito tem um aumento na indexação salarial sobre a relação entre a taxa de desemprego e as variações da inflação? 13. Compare o nível de um e os fluxos de trabalhadores nas economias do Japão e dos Estados Unidos? 14. O que tem acontecido com un nos Estados Unidos desde os anos 1960? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. Para cada uma das variáveis seguintes, explique como uma redução na variável afeta a taxa de inflação: (a) πet; (b) μ; e (c) z. 2. Utilize a curva original de Phillips para responder às perguntas que se seguem. a. Suponha que os responsáveis pela política desejem reduzir a taxa de desemprego. O que deverá ocorrer com π? Explique. b. Suponha que os responsáveis pela política desejem reduzir π. O que deverá ocorrer com u? Explique. 3. Seja πet = θ πt-1. Suponha πt-1 = 10%. a. Para cada um dos seguintes valores de θ, calcule πet: θ = 0,4; θ = 0,6; θ = 0,8 e θ = 1,0. b. O que acontece com πet quando θ aumenta? Explique. 4. Suponha que a curva de Phillips seja representada pela seguinte equação: πt = πet + 0,10 – 2 ut, onde πet = θ πt-1. a. Suponha θ = 0,25. Calcule un. b. Agora, suponha θ = 1. Calcule un. 113 c. O que acontece a un quando θ varia? Explique em poucas palavras. 5. Suponha que a curva de Phillips seja representada pela seguinte equação: πt = πet + 0,20 – 2 ut, onde πet = θ πt-1. a. Suponha θ = 0,5, πt-1 = 0,06 (6%) e ut = 0,08 (8%). Calcule πt. b. Suponha que ut aumente para 10%. Calcule o que ocorre com πt. De quanto varia πt? Explique sucintamente por que a inflação em t varia quando ut varia. c. O que acontece com πet quando ut aumenta? Explique sucintamente. 6. Suponha πet = πt-1 e que a curva de Phillips para os Estados Unidos seja dada pela seguinte equação: πt - πt-1 = - 1,5 ( ut – un). Suponha ut = 0,06, un = 0,05 e πt-1 = 0,04. a. Calcule πt. É πt maior, igual a ou menor do que πt-1? b. Calcule πt para cada um dos seguintes valores de ut : 0,07; 0,08 e 0,09. c. O que acontece à variação na inflação em t para cada 1% de aumento em ut? d. Quando ut aumenta, a inflação no período t está aumentando ou diminuindo? 7. Suponha πet = πt-1 e que a curva de Phillips para os Estados Unidos seja dada pela seguinte equação: πt - πt-1 = - 1,5 ( ut – un). Suponha ut = 0,07, un = 0,08 e πt-1 = 0,04. a. Calcule πt. É πt maior, igual a ou menor do que πt-1? b. Calcule πt para cada um dos seguintes valores de ut : 0,06; 0,05 e 0,04. c. O que acontece à variação na inflação em t para cada 1% de redução em ut? d. Quando ut cai, a inflação no período t está aumentando ou diminuindo? 8. Suponha πet = πt-1 e que a curva de Phillips para os Estados Unidos seja dada pela seguinte equação: πt - πt-1 = - 1,5 ( ut – un). Suponha ut = 0,06, un = 0,06 e πt-1 = 0,04. a. Calcule πt. É πt maior, igual a ou menor do que πt-1? b. Calcule πt para cada um dos seguintes valores de πt-1 : 0,03 e 0,06. c. Levando em conta sua análise no item b, compare πt com πt-1 quando ut = un. 9. Utilize sua análise nas questões 6, 7 e 8 para responder às perguntas que se seguem. a. Suponha que a inflação esteja aumentando em um país. Dada essa informação, ut é maior, igual a ou menor do que un? Explique. b. Suponha que a inflação esteja diminuindo em um país. Dada essa informação, ut é maior, igual a ou menor do que un? Explique. c. Suponha que a inflação mantém-se constante em um país. Dada essa informação, ut é maior, igual a ou menor do que un? Explique. 10. Suponha que haja duas economias: A e B, onde uAt = 6% e uBt = 5%. a. Fornecidos estes dados, o que você pode dizer, se algo, acerca da variação da inflação nessas duas economias? Em particular, o que aconteceu a πt ( relativamente a πt-1) nessas duas economias? Explique sucintamente. b. Suponha πAt < πAt-1 . Fornecido este dado, onde está uAt relativamente à taxa natural de desemprego? c. Suponha πBt > πBt-1 . Fornecido este dado, onde está uBt relativamente à taxa natural de desemprego? 114 11. a. Suponha que os responsáveis pela política mantenham u inferior a un. O que acontecerá à inflação ao longo do tempo? b. Suponha que os responsáveis pela política mantenham u superior a un. O que acontecerá à inflação ao longo do tempo? 12. Suponha que a proporção de contratos indexados nos Estados Unidos decline. Uma dada redução no desemprego agora terá um maior ou menor efeito sobre a inflação? Explique. 13. Suponha que os benefícios pagos aos trabalhadores (p.e., o seguro saúde) pelas empresas declinem. Qual efeito isso terá sobre o salário real de equilíbrio e sobre un? Explique. 14. Explique como um aumento no preço do petróleo poderia não ter qualquer efeito sobre a taxa natural de desemprego. Com base em sua análise, esta variação no preço do petróleo terá algum efeito sobre o nível natural de produção e o salário real de equilíbrio? QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. Um aumento em qual das seguintes variáveis causará um aumento em πt? a. μ b. z c. πet d. em todas essas 2. Um aumento em qual das seguintes variáveis causará uma redução em πt? a. na curva de Phillips b. z c. ut d. nenhuma dessas 3. A curva original de Phillips representava uma relação entre: a. as variações da inflação e as variações do desemprego b. inflação e desemprego c. as variações da inflação e o desemprego d. inflação e variações do desemprego 4. Qual das equações seguintes representa a curva de Phillips (modificada)? a. πt = πet + (μ + z) - α ut b. πt - πt-1 = μ + z - α ut c. todas as equações acima d. nenhuma das equações acima 5. Suponha que a curva de Philips seja representada pela seguinte equação; πt - πt-1 = 12 - 2 ut A taxa natural de desemprego nesta economia é: a. 12% b. 6% c. o desemprego que ocorre quando a inflação está subindo d. 5,5% 6. A taxa natural de desemprego é representada pela seguinte expressão: a. α / (μ + z) b. μ / (z + α) c. z / (μ+ α) d. (μ + z) / α 115 7. Um aumento em qual das seguintes variáveis causará uma redução em un? a. μ b. z c. α d. πe 8. Qual das seguintes equações representa a curva de Phillips? a. πt = πet - α ( un - ut) b. πet = πt - α ( ut - un) c. πt = πet - α ( ut - un) d. nenhuma das equações acima 9. Admite-se que a taxa natural de desemprego nos Estados Unidos seja: a. em torno de 10% b. em torno de 8% c.em torno de 6% d. em torno de 4% 10. Suponha un = 7% e que πt-1 = 4%. Se ut = 8%, sabemos que: a. a inflação em t será inferior a 4% b. a inflação em t será igual a 4% c. a inflação em t será maior do que 4% d. mais dados são necessários para responder a esta questão 11. Suponha un = 7% e que πt-1 = 4%. Se ut = 6%, sabemos que: a. a inflação em t será inferior a 4% b. a inflação em t será igual a 4% c. a inflação em t será maior do que 4% d. mais dados são necessários para responder a esta questão 12. Suponha un = 7% e que πt-1 = 4%. Se ut = 7%, sabemos que: a. a inflação em t será inferior a 4% b. a inflação em t será igual a 4% c. a inflação em t será maior do que 4% d. mais dados são necessários para responder a esta questão 13. Qual das seguintes situações ajuda a explicar por que desapareceu a curva original de Phillips? a. indexação salarial b. preços do petróleo mais elevados c. empregos de baixos salários d. todas antes citadas e. nenhuma dessas situações 14. Quando diminui a parcela dos contratos indexados, podemos esperar que uma redução na taxa de desemprego levará a: a. um maior aumento na inflação b. um aumento menor na inflação d. uma redução maior na inflação e. uma menor redução na inflação 116 15. Quando a parcela dos contratos indexados se aproxima de 1, podemos esperar que: a. pequenas variações no desemprego causarão grandes variações na inflação b. a inflação esperada não terá qualquer efeito sobre a inflação efetiva c. pequenas variações na inflação provocarão pequenas variações na inflação e. nenhuma das hipóteses acima 16. O que explica o fato de un nos Estados Unidos ser maior do que un no Japão? a. maiores fluxos de emprego e desligamento nos Estados Unidos b. maiores fluxos de emprego e desligamento no Japão c. inflação mais elevada nos Estados Unidos d. maiores déficits orçamentários nos Estados Unidos 17. Qual dos seguintes fatos NÃO se constitui em explicação para a relativamente baixa inflação de preços e o aumento da inflação de salários nos Estados Unidos durante os anos 1990? a. a política do Fed no período b. a redução dos benefícios pagos pelas empresas aos trabalhadores c. os preços mais baratos das importações d. a queda no preço das matérias-primas 18. Admita que a taxa de desemprego no Canadá seja 8,9%. Se a taxa de inflação no Canadá é decrescente, sabemos que a taxa de desemprego natural no Canadá: a. é maior do que 8,9% b. é igual a 8,9% c. é menor do que 8,9% 117 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 9 DO BLANCHARD TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1. A Lei de Okun representa qual relação? 2. A demanda agregada representa qual relação? 3. Para manter a taxa de desemprego constante, o crescimento anual do produto tem que ser de, ao menos, 3%. Quais são os dois fatores que explicam esse fato? 4. O que se deve entender por ―taxa de crescimento normal‖ do produto? 5. O crescimento do produto em 1% além da taxa normal de crescimento leva o desemprego a cair de menos de 1%. Por que isso se dá dessa maneira? 6. A relação DA indica que a taxa de crescimento do produto é igual ao quê? 7. O produto deve crescer a qual taxa no médio prazo? 8. O que determina a inflação no médio prazo? 9. Defina ―crescimento nominal ajustado da moeda‖. 10. Qual será o desemprego no médio prazo? 11. Qual efeito tem uma redução no crescimento nominal da moeda em u, no crescimento do produto e na inflação no médio prazo? 12. O que deve ocorrer à taxa de desemprego no curto prazo para que caia a taxa de inflação? 13. Explique o que deve ser entendido por ―desemprego em excesso de um ponto por ano‖. 14. O que deve-se entender por razão de sacrifício? 15. Explique em poucas palavras no que consiste a crítica de Lucas. 16. O que deve-se entender por ―credibilidade da política monetária‖? 17. O que são as rigidezes nominais? 18. O que representa o escalonamento das decisões de fixação de salários? 19. Como o comportamento do Fed em 1980 afetou a sua credibilidade? 20. Estudo realizado por Laurence Ball indica que as desinflações mais aceleradas têm qual tipo de efeitos sobre a razão de sacrifício? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. a. Suponha que a produtividade do trabalho esteja crescendo à taxa de 2% ao ano. Isso posto, calcule, para cada uma das seguintes taxas de crescimento da força de trabalho, qual deve ser o crescimento do produto para que u seja mantido constante: 0, 1%, 2% e 3%. b. Explique sucintamente o que acontece à taxa normal de crescimento quando aumenta a taxa de crescimento da força de trabalho. c. Suponha que a força de trabalho esteja crescendo a 1% por ano. Isso posto, calcule, para cada uma das seguintes taxas de crescimento da produtividade do trabalho, qual deve ser o crescimento do produto para que u seja mantido constante: 0, 1%, 2% e 3%. d. Explique sucintamente o que acontece à taxa normal de crescimento quando aumenta a produtividade do trabalho. 118 2. Utilize a seguinte relação da lei de Okun para responder às questões: ut - ut-1 = - 0,4 (gyt – 3%). Suponha ut-1 = 6%. a. Calcule a variação em u (ut - ut-1) para cada um dos seguintes valores de gyt: 4%, 5% e 6%. O que acontece à variação no desemprego a cada 1% de aumento no crescimento do produto? b. Calcule a variação em u (ut - ut-1) para cada um dos seguintes valores de gyt: 2%, 1% e 0. O que acontece à variação no desemprego a cada 1% de redução no crescimento do produto? c. Calcule a variação em u (ut - ut-1) quando o crescimento do produto é 3%. Qual deve ser a taxa de crescimento do produto para que ut não varie? 3. Suponha que a taxa normal de crescimento seja de 2% e que o crescimento do produto seja atualmente de 1%. Explique por que essa taxa de 1% do crescimento do produto abaixo do normal leva a um aumento em u inferior a 1%. 4. O coeficiente da lei de Okun tem aumentado para um bom número de países. Este aumento leva u a ser mais ou menos sensível a desvios do crescimento do produto em relação ao normal? Explique sucintamente. 5. Utilize a relação DA para resolver esta questão. a. Admita πt = 3%. Calcule o crescimento do produto para cada um dos valores do crescimento nominal da moeda: 7%, 5%, 3% e 1%. O que acontece a gyt quando reduz-se o crescimento da moeda? b. Admita que o crescimento nominal da moeda seja 6%. Calcule o crescimento do produto para cada um dos seguintes valores da inflação: 6%, 4% e 2%. O que acontece a g yt quando cai a taxa de inflação? __ __ 6. Essa questão centra-se no médio prazo. Suponha gm = 7%, un = 6% e gy = 2%. a. Quanto serão gyt e ut no médio prazo. Explique sucintamente. b. Calcule qual será a taxa de inflação e o crescimento nominal ajustado da moeda no médio prazo. __ 7. Suponha que o Banco Central decida reduzir gm de 7% para 3%. Utilizando os números da questão #6, responda às seguintes perguntas. a. O que acontece a gyt e a ut no médio prazo como resultado da diminuição do crescimento da moeda? b. O que acontece à taxa de inflação e ao crescimento nominal ajustado da moeda no médio prazo como resultado da redução no crescimento da moeda? __ 8. Suponha que um Banco Central decida aumentar gm de 3%. Quais serão, no médio prazo, os efeitos deste aumento sobre gyt, ut e πt? 9. Suponha un = 6% e que ut = 8%. Calcule os pontos por ano de excesso de desemprego para cada um dos seguintes números de anos, admitindo-se que ut permaneça em 8%: 1, 2, 3, 4 e 5. O que acontece aos pontos por ano de excesso de desemprego quando aumenta o número de anos para os quais u = 8% ? 10. Suponha que o Banco Central tenha a intenção de reduzir a inflação de 8%. 119 a. Calcule os pontos por ano de excesso de desemprego necessários para reduzir a inflação de 8% para cada um dos seguintes valores de α: 1,5 ; 1,4 ; 1,15 e 1. b. O que acontece aos pontos por ano de excesso de desemprego quando α diminui de tamanho. Explique em poucas palavras. 11. Suponha que o Banco Central deseje reduzir a inflação de 9%. a. Se α = 1,15, qual é o número de pontos por ano de excesso de desemprego? b. Dada a meta de redução da inflação em 9%, o Banco Central pode influenciar o número de pontos por ano de excesso de desemprego, conforme calculado em a? Explique em poucas palavras. c. O Banco Central consegue escolher como distribuir o excesso de desemprego ao longo do tempo? Se sua resposta for sim, dê três exemplos. __ 12. Seja α = 0,5, gy = 2% e ut-1 = 6%. a. Para reduzir ut de 2%, qual deve ser a gyt? b. Para aumentar ut de 3%, qual deve ser a gyt? 13. Defina a razão de sacrifício. a. Calcule a razão de sacrifício para cada um dos seguintes valores de α: 1,5; 1,3; 1,15; 1 e 0,9. b. O que acontece como tamanho da razão de sacrifício quando α se reduz? Explique. __ 14. Admita β = 0,5, α = 1, gy = 3%, un = 6% e ut-1 = 6%. Suponha que o Banco Central deseje reduzir a inflação de 8% e queira que isso ocorra em um ano. a. Calcule qual deve ser ut para que se obtenha o declínio de 8%na inflação. b. Dada a lei de Okun e sua resposta no item a, calcule o crescimento do produto em t necessário para reduzir a inflação de 8%. __ 15. Suponha π = 18%, un = 6%, α = 1, gy = 3%, β = 0,5. Admita que, no ano 0, u = 6% e que o Banco Central decida que pretende iniciar uma desinflação no ano 1 para reduzir a inflação em 3%. Admita que o caminho desejado da inflação é: a inflação começa em 18% no ano 0 (antes de qualquer mudança da política monetária) e diminui 3% ao ano até chegar a 3%. a. Dada esta informação, construa uma tabela semelhante à Tabela 9-1 no texto. Inclua em sua tabela, para os anos de 0 a 8, os valores da inflação, desemprego, crescimento do produto e crescimento da moeda. b. Explique sucintamente a trajetória de cada variável em sua tabela. Em especial, por qual razão elas variam do modo como variam? 16. Considerando a crítica de Lucas, você acha que o Banco Central deveria anunciar com antecedência uma política de redução da inflação? Explique. 17. São as razões de sacrifício para os anos de 1983, 1984 e 1985 (que fazem parte da Tabela 9-2) compatíveis com as razões de sacrifício da: (1) abordagem tradicional; e (2) da crítica de Lucas? Explique. 120 QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. Qual das equações seguintes representa a relação da curva de Phillips? a. gyt = gmt - πt b. ut - ut-1 = - β (gyt -3%) c. πt - πt-1 = -α (ut - un) d. nenhuma das equações acima 2. Qual das seguintes equações representa a relação da lei de Okun? a. ut - ut-1 = - β (gyt -3%) b. ut - ut-1 = - β (3% - gyt) c. πt - πt-1 = -α (ut - un) d. gyt = gmt - πt 3. Qual das seguintes equações representa a relação DA? a. πt - πt-1 = -α (ut - un) b.gyt = gmt - πt c. ut - ut-1 = - β (gyt -3%) d. ut - ut-1 = - gyt 4. Qual das seguintes expressões representa o crescimento nominal ajustado da moeda ? ___ __ __ a. M/P b. gmt - πt c. gmt d. gm e. gm - gy 5. Qual dos seguintes fatos NÃO se constitui em razão para o crescimento de 1% do produto além do crescimento normal levar a uma redução de 0,4% no desemprego? a. manutenção de um estoque ou reserva de mão-de-obra b. variações na participação da força de trabalho c. o parâmetro α não é igual a 1 d. nenhum dos fatos acima 6. A taxa normal de crescimento da economia nos Estados Unidos é de aproximadamente: a. 4% b. 1,15% c. 3% d. 6% e. 0,4% 7. Seja o crescimento da moeda nominal igual a 10% e a taxa de inflação igual a 3%. Com esta informação, sabemos que a taxa de crescimento do produto é: a. 4% b. 3% c. 6% d. 7% e. 9% 121 8. Dada uma certa taxa de crescimento nominal da moeda, um aumento na inflação levará o crescimento do produto a: a. aumentar b. diminuir c. permanecer constante d. são necessárias mais informações para responder a essa questão 9. Qual dos seguintes eventos causará um aumento no tamanho da razão de sacrifício? a. um aumento em β b. uma redução em β c. um aumento em α d. uma redução em α 10. Qual dos seguintes eventos causará um aumento no crescimento nominal ajustado da moeda? __ __ a. uma redução em π b. um aumento em gy c. uma redução em gy __ d. uma redução em gm ___ 11. Qual das seguintes variáveis será afetada no médio prazo por uma variação em gm? a. u b. un d. π c. gy 12. No médio prazo, qual das seguintes expressões determina a taxa de inflação? __ __ __ __ __ a. gm - g y b. g y - gm c. u – un d. g y - g y‘ 13. Suponha que o Banco Central pretenda reduzir a inflação de 12%, que um = 6% e que α =1,2. Quantos pontos por ano de excesso de desemprego serão necessários para reduzir a inflação em 12%? a. 10 b. 12 c. 6 d. 10,8 14. Se α = 1,5, a razão de sacrifício é aproximadamente de: a. 0,5 b. 0,67 c. 2 d. 3 15. Suponha que o desemprego deva aumentar de 5% para reduzir a inflação em 5%. __ Admita un = 6%, β = 0,4, gy = 3% e ut-1 = 6%. A qual taxa por um ano deve ser igual o crescimento do produto para que ocorra um aumento de 5% em u (no ano t)? a. -9,5% b. -15,5% c. -2% d. -11% 16. A crítica de Lucas sugere que uma política anunciada de desinflação: a. não terá qualquer efeito em u b. não terá qualquer efeito em gyt c. gerará uma razão de sacrifício igual a zero d. acarretará todos esses efeitos e. não terá nenhum dos efeitos acima 122 17. A abordagem tradicional da desinflação requer qual das seguintes condições para que se reduza a inflação? a. ut > un b. α > 1 c. ut < un d. nenhuma das condições acima 18. Os estudos de John Taylor sobre o escalonamento das decisões de fixação de salários indicam qual das ações seguintes que o Banco Central deve conduzir para reduzir a inflação? a. uma redução acelerada, não anunciada, em gm b. uma redução lenta , não anunciada, em gm c. uma redução acelerada, anunciada, em gm d. uma redução lenta, mas gradualmente mais acelerada, anunciada, em gm 19. As rigidezes nominais referem-se a qual fato dentre os abaixo enunciados? a. uma política de desinflação b. que muitos salários e preços são fixados em termos nominais c. que variações no crescimento nominal da moeda provocam variações na inflação d. contratos que indexam (ou corrigem) os salários de acordo com a inflação 123 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 18 DO BLANCHARD7 TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1.Quais são as três noções de abertura? 2. Discuta brevemente o que são tarifas, cotas e controles de capital. 3. Explique como podem as exportações exceder o PIB. 4. Defina E, a taxa de câmbio nominal. 5. Qual é o efeito de um aumento em E sobre o valor do dólar? 6. Quando o dólar deprecia, o que acontece com E? 7. Defina a taxa de câmbio real. 8. O que acontece com o preço dos artigos alemães em termos de artigos dos EUA quando aumenta a taxa de câmbio real? 9. Um aumento em ε corresponde a uma valorização real ou a uma depreciação real da moeda doméstica? 10. O que é que o balanço de pagamentos mede? 11. Como é composta a taxa de câmbio real multilateral dos Estados Unidos? 12. Quais são os diferentes tipos de transações incluídos na conta corrente? 13. Quais são os diferentes tipos de transações incluídos na conta de capital? 14. Suponha que a taxa de câmbio nominal corrente entre o dólar e o euro seja Et. Quantos euros você pode obter com um dólar? 15. O que representa a expressão Eet+1? 16. Suponha que você tenha um dólar para investir em títulos alemães. Qual é a expressãoq eu representa o retorno esperado desses títulos alemães medido em dólares? 17. O que representa a expressão (Ee - E)/E? 18. Suponha que a taxa de juros nominal de um ano nos Estados Unidos seja 6% e na Alemanha seja 4%. Suponha, além do mais, que se mantém a relação de arbitragem. Com base nesta informação, pergunta-se: a expectativa é que o dólar se aprecie ou deprecie no próximo ano? De quanto? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. Suponha que a taxa de câmbio dólar/euro na segunda-feira seja 0,60 e que na sexta-feira seguinte tenha passado a 0,68. a. Discuta brevemente o que aconteceu ao preço da moeda estrangeira em termos de moeda doméstica. b. Quantos dólares podem ser comprados com 1 euro na segunda-feira? Quantos dólares podem ser comprados com 1 euro na sexta-feira? c. O valor do dólar sofreu apreciação ou depreciação ao longo da semana? Explique em poucas palavras. d. O dólar valorizou ou depreciou durante a semana? 7 Os exercícios dos capítulos 18 a 21 estão de acordo com a 2ª edição e a 3ª edição do livro do Blanchard, mas não são compatíveis com a 4ª edição. 124 e. O que ocorreu a E (taxa de câmbio nominal) durante esta semana? 2. Suponha que a taxa de câmbio dólar/euro na segunda-feira seja 0,60 e que na sexta-feira seguinte tenha passado a 0,50. a. Discuta brevemente o que aconteceu ao preço da moeda estrangeira em termos de moeda doméstica. b. Quantos dólares podem ser comprados com 1 euro na segunda-feira? Quantos dólares podem ser comprados com 1 euro na sexta-feira? c. O valor do dólar sofreu apreciação ou depreciação ao longo da semana? Explique em poucas palavras. d. O dólar valorizou ou depreciou durante a semana? e. O que ocorreu a E durante esta semana? 3. Suponha que a taxa de câmbio nominal E (conforme definida no capítulo) tenha diminuído. a. O que a queda em E sugere a respeito do preço das moedas estrangeiras em relação ao dólar? b. O valor do dólar aumentou ou diminuiu? c. O dólar valorizou ou depreciou? 4. Suponha que a taxa nominal de câmbio dólar/euro de uma semana atrás fosse 0,60. a. Se o dólar sofreu uma depreciação de 10% na semana passada, qual é a taxa corrente de câmbio dólar/euro? b. Se o dólar sofreu uma depreciação de 20% na semana passada, qual é a taxa corrente de câmbio dólar/euro? c. Se o dólar se valorizou 10% na semana passada, qual é a taxa corrente de câmbio dólar/euro? d. Se o dólar se valorizou 20% na semana passada, qual é a taxa corrente de câmbio dólar/euro? 5. Suponha que uma garrafa de vinho alemão custe 30 euros. a. Calcule o preço em dólar da garrafa de vinho alemão para cada uma das seguintes taxas de câmbio dólar/euro: 0,4; 0,5; 0,6 e 0,7. b. O que acontece ao preço da garrafa de vinho alemão medido em dólares quando E se eleva? c. O que sua análise sugere que aconteça ao preço dos artigos estrangeiros medidos em dólar quando E se eleva? d. O que sua análise sugere que aconteça ao preço dos artigos estrangeiros medidos em dólar quando E se reduz? 6. Suponha que uma garrafa de vinho doméstico norte-americano custe $ 10 e uma garrafa de vinho alemão custe 30 euros. a. Para cada uma das seguintes taxas de câmbio dólar/euro, calcule a razão do preço de uma garrafa de vinho alemão para o preço de uma garrafa de vinho norte-americano: 0,4; 0,5; 0,6 e 0,7. b. Com base em sua análise, o que acontece ao preço de um artigo alemão (no caso, uma garrafa de vinho) em termos de um artigo americano (no caso, uma garrafa de vinho), quando E aumenta? 125 c. Com base em sua análise, o que acontece ao preço de um artigo alemão (no caso, uma garrafa de vinho) em termos de um artigo americano (no caso, uma garrafa de vinho), quando E diminui? 7. Seja P o deflator do PIB nos Estados Unidos e P* o deflator do PIB na Alemanha. Suponha P = 1,6 e P* = 1,1. a. Calcule a taxa de câmbio real para cada uma das seguintes taxas de câmbio nominal dólar/euro: 0,4; 0,5; 0,6 e 0,7. b. O que acontece à taxa de câmbio real quando E aumenta? c. O que acontece com o preço dos artigos alemães em termos dos artigos norte-americanos quando E aumenta? d. Um aumento em E provoca uma apreciação real ou uma desvalorização real do dólar? 8. Utilize os seguintes dados para responder às questões: 1996 1997 E 0,60 0,66 P 1,5 1,65 P* 1,2 1,25 Obs.: E é a taxa de câmbio nominal dólar/euro. a. Calcule a taxa de câmbio real em 1996 e 1997. b. De quanto foi a variação percentual na taxa de câmbio real entre 1996 e 1997? Esta variação na taxa de câmbio real representa uma apreciação real ou uma depreciação real? c. Calcule a variação percentual na taxa de câmbio nominal entre os dois anos. Esta variação representa uma apreciação nominal ou uma depreciação nominal do dólar? d. Calcule a variação percentual em P e em P*. e. A apreciação (ou a depreciação) nominal foi maior, igual ou menor do que a apreciação (ou a depreciação) real? Explique. 9. Suponha que tanto P como P* estejam crescendo. Suponha agora que o dólar experimente uma depreciação nominal de 5%. a. Qual país está experimentando uma taxa mais alta de inflação se a moeda doméstica estiver passando por uma real valorização? Explique em poucas palavras. b. Qual país está experimentando uma taxa mais alta de inflação se a moeda doméstica estiver passando por uma real depreciação? c. Compare as variações em P e em P* caso a taxa real de câmbio não varie. 10. Suponha que você tenha um dólar e deseje obter a moeda alemã, presentemente o euro. a. Calcule quantos euros você obterá com cada uma das seguintes taxas de câmbio nominal: 0,4; 0,5; 0,6 e 0,7. b. Quando E aumenta, o que acontece à quantidade de euros que você obtém com um dólar. Explique em poucas palavras. 11. Seja i*t a taxa de juros de um ano obtida com títulos alemães. Seja i*t = 0,10 (10%). Suponha que você tenha um dólar e quer adquirir títulos alemães. Com base em sua análise na questão # 10, calcule quantos euros você terá ao final de um ano quando E for igual a 0,4; 0,5; 0,6 e 0,7. 126 12. Com base em sua análise da questão # 11, calcule o número de dólares que você deve receber por cada dólar investido se você considera que a taxa nominal de câmbio no próximo ano será de 1,0. 13. Utilize a informação que se segue e a equação (18.4) no capítulo correspondente do livro pra responder a esta questão: i* = 0,10; Et = 0,6; e Eet=1 = 0,7 a. Com base na informação acima, qual deve ser a taxa de juros doméstica para que se mantenha a relação de arbitragem? b. i é igual a i*? Se i não for igual a i*, qual título tem o retorno esperado mais elevado (medido em dólares)? Explique. 14. Utilize a informação que se segue e a equação (18.4) no capítulo correspondente do livro pra responder a esta questão: i* = 0,06 e Et = 0,6 a. Suponha Eet=1 = 0,58. As pessoas estão esperando que o dólar se valorize ou que se deprecie? Calcule a taxa esperada seja de valorização, seja de depreciação. Com base em sua análise, qual deveria ser a taxa de juros doméstica para satisfazer a relação de arbitragem? b. Suponha agora Eet=1 = 0,59. As pessoas estão esperando que o dólar se valorize ou que se deprecie? Calcule a taxa esperada seja de valorização, seja de depreciação. Com base em sua análise, qual deveria ser a taxa de juros doméstica para satisfazer a relação de arbitragem? c. Suponha agora Eet=1 = 0,62. As pessoas estão esperando que o dólar se valorize ou que se deprecie? Calcule a taxa esperada seja de valorização, seja de depreciação. Com base em sua análise, qual deveria ser a taxa de juros doméstica para satisfazer a relação de arbitragem? 15. Suponha que existe a expectativa do dólar se depreciar no próximo ano. A relação de arbitragem indica que a taxa de juros dos EUA é maior do que, igual a ou menor do que a taxa de juros do estrangeiro? Explique sucintamente. 16. Suponha que existe a expectativa do dólar se valorizar no próximo ano. A relação de arbitragem indica que a taxa de juros dos EUA é maior do que, igual a ou menor do que a taxa de juros do estrangeiro? Explique sucintamente. 17. Para cada um dos casos abaixo, determine se o indivíduo deve comprar títulos dos EUA ou do estrangeiro. a. i = 4%; i* = 6%, depreciação esperada do dólar de 3% b. i = 4%; i* = 6%, depreciação esperada do dólar de 1% c. i = 4%; i* = 6%, depreciação esperada do dólar de 2% d. i = 6%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 3% e. i = 6%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 1% f. i = 6%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 2% g. i = 5%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 3% h. i = 5%; i* = 5%, valorização esperada do dólar de 1% i. i = 5%; i* = 5%, valorização esperada do dólar de 2% j. i = 5%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 0% 127 QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. A taxa de câmbio nominal é: a. a quantidade de unidades de moeda doméstica que você consegue com uma unidade de moeda estrangeira b. o preço da moeda estrangeira em termos da moeda doméstica c. a quantidade de unidades de moeda estrangeira que você consegue com uma unidade de moeda doméstica d. tanto a como b e. tanto b como c 2. A taxa de câmbio real é: a. EP / P* b. o preço dos artigos estrangeiros em termos dos artigos domésticos c. o preço dos artigos domésticos em termos dos artigos estrangeiros d. tanto a como b 3. Um aumento em E representa: a. uma valorização real b. uma depreciação real uma depreciação nominal c. uma valorização nominal d. 4. Quando aumenta o valor do dólar (em termos de euros), sabemos que: a. aumenta E b. diminui E c. o dólar se depreciou d. nenhuma dessas respostas 5. Uma depreciação do dólar indica que: a. E diminuiu b. é necessária maior quantidade de moeda doméstica para adquirir uma unidade de moeda estrangeira c. E aumentou d. tanto b como c 6. Quando o dólar se valoriza, sabemos que: a. o preço em dólar da moeda estrangeira aumentou b. o preço em dólar da moeda estrangeira diminuiu c. aumentou E d. nenhuma das respostas anteriores 7. Qual das seguintes expressões representa a taxa de câmbio real? a. EP*/P b. EP/P* c. P*/EP d. P/EP* 128 8. Um aumento na taxa de câmbio real indica que: a. os artigos estrangeiros estão agora relativamente mais caros comparativamente aos artigos domésticos b. os artigos domésticos estão agora relativamente mais caros comparativamente aos artigos estrangeiros c. ocorreu uma desvalorização real da moeda doméstica d. tanto b como c 9. Uma redução na taxa de câmbio real indica que: a. os artigos estrangeiros estão agora relativamente mais caros comparativamente aos artigos domésticos b. os artigos domésticos estão agora relativamente mais caros comparativamente aos artigos estrangeiros c. ocorreu uma desvalorização real da moeda doméstica d. ocorreu uma valorização real da moeda doméstica e. tanto b como d 10. Qual dos seguintes eventos causaria uma desvalorização real da moeda doméstica? a. uma redução em E b. um aumento em E c. uma redução em P* d. um aumento em P 11. Qual dos seguintes eventos causaria uma valorização real da moeda doméstica? a. uma redução em E b. uma redução em P* c. um aumento em P d. todos os eventos anteriores e. nenhum dos eventos anteriores 12. Qual das seguintes transações é parte das contas correntes? a. discrepância estatística b. renda líquida de investimentos c. aumento em mãos de estrangeiros de ativos nos Estados Unidos d. aumento em mãos dos Estados Unidos de ativos no exterior 13. Qual das seguintes transações é parte da conta de capital? a. balança comercial b. renda líquida de investimentos c. aumento em mãos de estrangeiros de ativos nos Estados Unidos d. todas as transações acima e. tanto b como c 14. Suponha que um país tenha um déficit em transações correntes. Dada esta informação, sabemos que: a. as exportações deste país excedem suas importações b. este país empresta para o resto do mundo c. existe um déficit na conta de capital d. existe um superávit na conta de capital 129 15. Com base nas definições de PIB e PNB, sabemos que: a. PNB = PIB + pagamentos líquidos a fatores do resto do mundo b. PIB = PNB + pagamentos líquidos a fatores do resto do mundo c. PNB = PIB + balanço de pagamentos d. PNB = PIB + renda líquida de investimentos e. PNB = PIB + fluxos líquidos de capital do resto do mundo 16. Qual das seguintes expressões representa o retorno esperado (em dólares) de um título alemão? a. i* b. (1+ i)Eet+1 c. (1/ Eet+1)(1 +i*)Et d. (1/Et)(1+ i*) Eet+1 17. Suponha que prevalece a condição de paridade de juros. Se i = 5% e i* = 7%, sabemos que: a. os indivíduos deterão apenas títulos domésticos b. os indivíduos deterão apenas títulos estrangeiros c. espera-se que o dólar valorize 2% d. espera-se que o dólar se deprecie em 2% 18. Suponha que prevalece a condição de paridade de juros. Se i = 10% e i* = 8%, sabemos que: a. o retorno esperado de títulos dos EUA é maior do que o retorno esperado de títulos alemães b. o retorno esperado de títulos dos EUA é menor do que o retorno esperado de títulos alemães c. espera-se que o dólar valorize 2% d. espera-se que o dólar se deprecie em 2% 19. Suponha que prevalece a condição de paridade de juros e que os indivíduos tenham a expectativa de que o dólar se valorizará 4% no próximo ano. Com esta informação, sabemos que: a. i > i* b. i < i* c. i = i* d. os indivíduos deterão apenas títulos dos EUA 20. Admita que prevaleça a condição de paridade de juros. Suponha i* = 10% e que se tenha a expectativa de que o dólar se desvalorize 2% no próximo ano. Para cada dólar que um indivíduo investe em títulos estrangeiros, quanto poderá receber em dólares em um ano? a. 1,02 b. 1,08 c. 1,10 d. 1,12 21. Admita que prevaleça a condição de paridade de juros. Suponha i* = 10% e que se tenha a expectativa de que o dólar se valorize 3 % no próximo ano. Para cada dólar que um indivíduo investe em títulos estrangeiros, quanto poderá receber em dólares em um ano? a. 1,03 b. 1,07 c. 1,10 d. 1,13 130 22. Suponha i = 10%, i* = 8% e que se tenha a expectativa de uma depreciação de 3% do dólar para o próximo ano. Com esta informação, sabemos que: a. os indivíduos vão preferir deter títulos dos EUA b. os indivíduos vão preferir deter títulos alemães c. o retorno esperado de um título alemão (medido em dólares) será igual a 5% d. o retorno esperado de um título alemão (medido em dólares) será igual a 11%. e. tanto a como c f. tanto b como d 23. Suponha i = 10%, i* = 8% e que se tenha a expectativa de uma valorização de 3% do dólar para o próximo ano. Com esta informação, sabemos que: a. os indivíduos vão preferir deter títulos dos EUA b. os indivíduos vão preferir deter títulos alemães c. o retorno esperado de um título alemão (medido em dólares) será igual a 5% d. o retorno esperado de um título alemão (medido em dólares) será igual a 11%. e. tanto a como c f. tanto b como d 131 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 19 DO BLANCHARD TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1. Quais são os componentes da demanda doméstica por artigos (ou bens)? 2. Quais são os componentes da demanda por bens produzidos internamente? 3. Por que devemos multiplicar Q por ε para obter o valor das importações? 4. Quais são os dois determinantes das importações? Explique brevemente como um aumento em cada uma delas afeta as importações. 5. Quais são os dois determinantes das exportações? Explique brevemente como um aumento em cada uma delas afeta as exportações. 6. Por que a linha NX tem a inclinação para baixo? 7. O que acontece ao tamanho do multiplicador quando se introduzem as exportações líquidas? 8. Qual o efeito que um aumento em G produz sobre a demanda, a linha ZZ, as importações, as exportações e as exportações líquidas? 9. Um aumento em Y* leva a um aumento nas exportações, um aumento na renda (Y) e a um aumento nas importações (à medida que aumenta Y). Dado que tanto as exportações como as importações aumentam, o que acontece com a balança comercial quando aumenta Y*? 10. Qual efeito um aumento em ε terá sobre os volumes de importações e de exportações? 11. Qual efeito um aumento em ε terá sobre o custo das importações? 12. Explique sucintamente o que se entende pela condição Marshall-Lerner. 13. Se prevalecer a condição Marshall-Lerner, qual efeito um aumento em ε terá sobre a relação NX? 14. Suponha que os responsáveis pela política tenham a intenção de reduzir um déficit comercial mantendo, ao mesmo tempo, Y sem variações. Que tipo de política para a taxa de câmbio e/ou fiscal devem adotar? 15. Suponha que NÃO prevaleça a condição Marshall-Lerner. Uma depreciação de 12% terá qual efeito sobre os volumes de importações e de exportações e sobre a balança comercial? 16. O que representa a curva J? 17. Em 1996, os Estados Unidos tiveram um déficit comercial. O que isso sugere acerca da relação entre a poupança privada, a poupança pública e o investimento? 18. Quais são os possíveis efeitos de um país que aumenta a sua poupança (privada ou pública)? 19. Qual efeito tem um aumento na propensão marginal a importar sobre o tamanho do multiplicador? 132 PROBLEMAS DE REVISÃO 1. Suponha que você tenha recebido as seguintes informações sobre uma economia: C = 1200; I = 300; G = 500; X = 450 e Q = 400. Admita, além disso, que todas as variáveis se expressam em termos de bens domésticos. a. Calcule o nível da ―demanda interna por bens‖, o nível da ―demanda por bens produzidos internamente‖ e as exportações líquidas. Qual é a diferença entre a demanda interna (ou doméstica) por bens e a demanda por bens produzidos internamente (ou domésticos)? Compare isso com a balança comercial. b. Repita a análise do item a. Dessa vez, suponha, porém, que Q = 500 e que todas as outras variáveis permanecem constantes. c. Repita a análise do item a. Dessa vez, suponha, porém, que X = 400. Utilize os valores originais para as outras variáveis. d. Com base em sua análise dos itens a, b e c, sob qual condição a demanda por bens produzidos internamente será maior do que, menor do que ou igual à demanda interna por bens? 2. Suponha que o mercado de bens possa ser representado pelas seguintes equações de comportamento. C = 500 + 0,5 YD X = 0,1Y* + 100ε Y* = 1000 Z=C+I+G+X–εQ I = 500 – 2000r + 0,1 Y Q= 0,1Y - 100ε r = 0,05 (5%) G = 500 T = 400 ε=1 Y = Z em equilíbrio a. Calcule o PIB de equilíbrio (Y). b. Considerando sua resposta no item a, calcule C, I, X e Q. c. Neste nível de produto, a economia está passando por um superávit ou por um déficit comercial? d. Suponha que G aumente de 100 (para 600). Calcule o novo nível de equilíbrio do produto. Qual o tamanho do multiplicador? e. Com base em sua resposta ao item d, calcule o novo nível de Q. Calcule a variação nas exportações líquidas provocada por este aumento em G. 3. Repita a análise desenvolvida na questão #2 (itens a – d). Suponha, porém, dessa vez que a propensão marginal a importar é 0,2. Ou seja, Q = 0,2Y - 100ε. Suponha que todas as outras variáveis permaneçam constantes. 4. Esta questão refere-se à sua análise nas questões # 2 e #3. Compare as variações em Y causadas pelo aumento em G assinalado nas questões #2 e #3. O que aconteceu ao tamanho do multiplicador à medida que aumenta a propensão marginal a importar? 5. Para cada um dos eventos que se seguem, suponha que o mercado de bens está inicialmente em equilíbrio e que existe um superávit comercial (NX >0) ao nível inicial do produto. Explique qual efeito cada um desses eventos terá sobre a demanda por bens produzidos 133 internamente, a linha ZZ, a produção de equilíbrio, as exportações, as importações, a balança comercial e a linha NX. a. um corte nos impostos b. uma redução em G c. uma queda em Y* d. uma redução em ε e. um aumento simultâneo em ε e em G 6. Suponha que a economia doméstica esteja inicialmente passando por um déficit comercial. Suponha, ademais, que as autoridades governamentais estão interessadas em eliminar o déficit comercial. a. Que tipo de política (interna) deveria ser conduzido de modo a eliminar o déficit comercial? Qual efeito essa política teria sobre o produto? Explique. b. Que tipo de política para a taxa de câmbio deveria ser conduzido de modo a eliminar o déficit comercial? Qual efeito essa política teria sobre o produto? Explique. c. Suponha que os responsáveis pela política interna possam pôr pressão sobre os responsáveis pela política externa no sentido de alterar sua política fiscal. Que tipo de política fiscal externa poderia ser implementada com vistas a eliminar o déficit comercial? Qual efeito essa política teria sobre a produção doméstica e a produção estrangeira? Explique. 7. Suponha que o comércio esteja equilibrado (NX = 0) ao nível inicial do produto. Suponha, além disso, que o governo pretende aumentar Y e, ao mesmo tempo, deixar o comércio em estado de equilíbrio. Discuta e explique qual tipo de políticas deve ser adotado de modo a alcançar este objetivo. 8. Suponha que NX < 0 e que o governo tenha a intenção de aumentar Y e, simultaneamente, eliminar o déficit comercial em um novo nível de equilíbrio do produto. Discuta e explique qual tipo de políticas deve ser adotado de modo a alcançar este objetivo. 9. Suponha que Y seja demasiadamente elevada e que NX > 0. Suponha, ademais, que o governo deseje reduzir Y sem alterar o superávit comercial. Discuta e explique qual tipo de políticas deve ser adotado de modo a alcançar este objetivo. 10. Para esta questão, suponha que NÃO prevaleça a condição Marshall-Lerner. Suponha, ademais, que, no nível inicial do produto, existe um déficit comercial. Suponha, agora, que ocorre uma depreciação real da moeda. a. Discuta e explique qual efeito essa depreciação terá sobre X, Q, NX, a linha NX, a linha ZZ e a produção doméstica. . No gráfico que se segue, ilustre os efeitos dessa depreciação. Aponte claramente, no gráfico, o novo equilíbrio. 134 Linha de 45º Demanda,Z A ZZ Y Produto Exportações Líquidas, NX YTB 0 Produto déficit comercial NX b. Com base em sua análise desenvolvida ema, qual tipo de política de taxa de câmbio deveria ser adotada no curto prazo (quando não prevalece a condição Marshall-Lerner) de modo a expandir a atividade econômica? 11. Suponha que a taxa de câmbio real sofra uma depreciação de 12%. Para cada um dos casos seguintes, explique sucintamente se prevalece a condição Marshall-Lerner e explique qual efeito a desvalorização real de 12% terá sobre NX e Y. a. X aumenta de 4%, Q cai de 6% b. X aumenta de 7%, Q cai de 4% c. X aumenta de 7%, Q cai de 6% d. X aumenta de 6%, Q cai de 7% e. X aumenta de 5%, Q cai de 9% 12. Suponha que prevaleça a condição Marshall-Lerner. Utilize a equação seguinte para responder à questão abaixo formulada. NX = S = (T - G) – I Para cada um dos eventos que se seguem, explique o que ocorre com as exportações líquidas, com a produção, e com cada uma das variáveis do lado direito da equação acima. a. decréscimo em Y* b.decréscimo de T c. decréscimo em ε d. decréscimo em G e. simultâneo decréscimo em G e decréscimo em Y* 135 QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA Obs.: A menos que especificado em contrário, suponha sempre que prevaleça a condição MarshallLerner. Utilize os dados abaixo fornecidos para responder às questões 1 e 2. Suponha a economia interna em estado de equilíbrio e que: C = 1000 I = 200 G = 400 Exportações = 300 Importações = 350 Todas as variáveis acima estão medidas em termos de bens produzidos internamente. 1. O nível da ―demanda por bens produzidos internamente‖ é: a. 1550 b. 1600 c. 1900 d. 2250 2. O nível da ―demanda doméstica por bens‖ é: a. 1550 b. 1600 c. 1900 d. 2250 3. Qual das expressões que se seguem representa a ―demanda por bens produzidos internamente‖? a. C + I + G b. C + I + G + X d. todas as expressões acima c. C + I + G + εX – Q e. nenhuma das expressões acima 4. Qual das expressões que se seguem representa as exportações líquidas (NX)? a. X - Q b. Q - X c. Q - εX d. X – εQ 5. Qual dos seguintes eventos seria capaz de produzir uma redução nas exportações? a. aumento em ε b. aumento em Y c. redução em Y* d. todas esses eventos 6. Qual dos seguintes eventos seria capaz de produzir uma redução nas importações? a. aumento em Y* b. redução em Y* c. aumento em ε d. aumento em Y 7. A linha de exportações líquidas tem inclinação para baixo devido aos efeitos de: a. Y sobre Q b. Y* sobre X c. ε sobre X d. ε sobre Q 136 8. No modelo apresentado neste capítulo, uma redução em G provocará: a. um deslocamento para baixo pela variação em G tanto da linha ZZ como da linha NX b. uma redução em Y e uma redução nas importações c. um aumento nas exportações e um aumento nas exportações líquidas d. um aumento nas exportações líquidas e um deslocamento para cima da linha de exportações líquidas 9. Qual dos seguintes eventos acarretará um aumento tanto de Y como de NX? a. aumento em ε b. redução em Y* c. aumento em G d. redução em T 10. Um aumento na propensão marginal a importar levará: a. a inclinação da linha ZZ a ficar menos acentuada e uma determinada variação em G a ter um efeito menor sobre a produção b. a inclinação da linha ZZ a ficar menos acentuada e uma determinada variação em G a ter um efeito maior sobre a produção c. a inclinação da linha ZZ a ficar mais acentuada e uma determinada variação em G a ter um efeito menor sobre a produção d. a inclinação da linha ZZ a ficar mais acentuada e uma determinada variação em G a ter um efeito maior sobre a produção 11. Suponha que prevaleça a condição Marshall-Lerner. Uma valorização real da moeda acarretará: a. um deslocamento para cima da linha NX c. um aumento em Y b. uma redução em NX d. todos esses eventos 12. Uma redução em Y* tenderá a provocar: a. um deslocamento para baixo da linha ZZ b. um deslocamento para baixo da linha NX c. uma redução de Y d. todas os eventos acima f. nenhuma dos eventos acima 13. Suponha que o governo pretenda aumentar Y e deixar NX sem alterações. O governo, neste caso, deveria: a. aumentar G b. reduzir T c. aumentar G e aumentar ε d. aumentar ε 14. Suponha que o governo pretenda reduzir Y e aumentar NX. Qual das seguintes políticas estaria mais próxima de alcançar essas metas? a. aumentar ε b. reduzir G c. aumentar G e aumentar ε d. reduzir ε 137 15. Suponha que NÃO esteja prevalecendo a condição Marshall-Lerner. Uma depreciação real da moeda tenderá a acarretar: a. uma redução em NX e uma redução em Y b. um aumento em NX e uma redução em Y c. um aumento em NX e um aumento em Y d. uma redução em NX e um aumento em Y 16. A curva J ilustra os efeitos de: a. Y sobre NX c. uma desvalorização real sobre NX b. Y* sobre as exportações d. Y sobre as importações 17. O mercado de bens está em equilíbrio quando: a. NX = 0 b. Y é igual à demanda por bens produzidos internamente c. Y é igual à demanda interna por bens d. a demanda interna é igual à demanda por bens produzidos internamente 18. No modelo apresentado neste capítulo, uma redução no déficit orçamentário causaria: a. um aumento em NX d. todos esses eventos b. um aumento em I c. uma redução na poupança 19. No modelo apresentado neste capítulo, um superávit comercial (NX > 0) indica que: a. a poupança pública mais a privada excede o investimento b. existe um déficit orçamentário c. existe um superávit orçamentário d. a economia está em equilíbrio 138 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 20 DO BLANCHARD TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1. Quais são os determinantes do consumo? 2. Quais são os determinantes do investimento? 3. Quais são os determinantes das exportações líquidas? 4. Discuta brevemente a condição de paridade dos juros. 5. Um aumento na taxa de juros terá qual efeito sobre a taxa de câmbio? 6. Explique sucintamente a relação entre i e E. 7. Suponha i < i* e que prevaleça a condição de paridade dos juros. O que se espera que aconteça com o valor das moedas doméstica e estrangeira no próximo ano? 8. No mercado de bens, as variações na taxa de juros têm agora dois efeitos sobre a produção. Quais são eles? 9. Qual efeito um aumento em G produz sobre Y, i, E e NX sob condições de taxas flexíveis de câmbio? 10. Qual efeito uma redução de M produz sobre Y, i, E e NX sob condições de taxas flexíveis de câmbio? 11. Discuta sucintamente a diferença entre taxas fixas de câmbio e o regime de bandas móveis (regime de minidesvalorizações ou minivalorizações contínuas, progressivas e controladas). 12. Discuta brevemente a diferença entre uma desvalorização e uma revalorização. 13. Sob condições de taxas fixas de câmbio, com perfeita mobilidade do capital, o Banco Central dever fazer o quê para manter estável o valor da moeda? 14. Sob condições de taxas fixas de câmbio, um aumento no dispêndio governamental terá qual efeito sobre Y, i e E? 15. Como responde o Banco Central ao aumento em G no caso da questão #14? 16. Quais são os dois ativos que os bancos centrais detêm? 17. Sob condições de taxas fixas de câmbio, com perfeita mobilidade do capital, o que se passa no balanço do Banco Central se este intentar aumentar a oferta de moeda? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. Suponha que a taxa esperada de câmbio entre o dólar e o euro em um ano seja 0,80 (ou seja, com 80 centavos compra-se um euro). Agora, suponha que a taxa de juros de um ano nos Estados Unidos seja de 5% (i = 0,05) e na Alemanha seja de 7% (i* = 0,07). Suponha também que prevalece a paridade dos juros. a. Calcule a taxa de câmbio corrente, dadas as informações acima. b. Calcule a taxa de câmbio corrente, se i aumentar para 6%. c. Calcule a taxa de câmbio corrente, se i aumentar para 7%. d. Calcule a taxa de câmbio corrente, se i aumentar para 8%. e. Com base em sua análise, desenvolvida nas respostas aos itens a a d, o que acontece com E quando i aumenta? O dólar se aprecia ou deprecia quando i aumenta? 139 f. O que acontece ao valor do euro quando i aumenta? 2. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros. a. O que acontece à taxa esperada de apreciação ou depreciação do dólar quando i aumenta? Explique. b. O que acontece à taxa esperada de retorno sobre os títulos alemães quando i aumenta? __ 3. Para dados valores de Ee e i*, por que a relação de paridade dos juros tem inclinação para baixo? __ 4. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros e que i = 6%, i* = 6% e Ee = 0,9. a. Qual é a taxa corrente de câmbio? b. De quanto é a taxa esperada de apreciação ou depreciação? c. Qual é a taxa esperada de retorno dos títulos alemães? d. Com base em sua análise, se i = i*, o que os mercados financeiros e de moeda estrangeira esperam que venha a acontecer com a taxa de câmbio no próximo ano? Explique. 5. Suponha uma economia que, inicialmente, é fechada. Agora, suponha que o país se ―abra‖ com um regime de taxas flexíveis de câmbio. O que acontece à inclinação da curva IS quando a economia se torna aberta com taxas flexíveis de câmbio? Explique. 6. a. No gráfico que se segue, ilustre os efeitos de uma redução em G sob o regime de taxas flexíveis de câmbio. Suponha inicialmente que NX = 0. Taxa de juros Taxa de juros LM Paridade dos juros A i A IS Produto Y E Taxa de câmbio b. Explique qual efeito a queda em G acarreta sobre i, Y e E. c. Explique o que acontece a C, I e NX. 140 7. Com base em sua análise desenvolvida na questão #6, o que você acha que aconteceria ao déficit comercial dos EUA caso G fosse reduzido (ou T aumentado) de modo a cortar o déficit orçamentário? Explique. 8. O texto inclui um exemplo no qual M cai sob taxas flexíveis de câmbio. Suponha que NX fosse inicialmente zero antes da queda em M. a. Discuta qual efeito esta queda em M tem sobre C e I. b. Qual efeito tem esta queda em M sobre E e Y? Por que E varia? c. Qual efeito tem esta queda em M sobre NX? Explique. 9. a. No gráfico que se segue, ilustre os efeitos de um aumento em M sob o regime de taxas flexíveis de câmbio. Suponha inicialmente que NX = 0. b. Explique qual efeito o aumento em M acarretará sobre i, Y e E. c. Por que E varia? d. O que acontece com a taxa esperada de retorno sobre títulos estrangeiros como resultado do aumento em M? O que acontece com i*? e. O que acontece com C e I como resultado do aumento em M? f. Explique o que acontece com NX como resultado do aumento em M. Taxa de juros Taxa de juros LM Paridade dos juros A i A IS Produto Y E Taxa de câmbio 141 10. Use o gráfico que se segue para responder à questão. Suponha que a economia esteja operando inicialmente no nível de produção Y0 e que NX = 0. Taxa de juros Taxa de juros LM Paridade dos juros A i A IS Produto Y0 E Taxa de câmbio a. Suponha que G aumente. Suponha, ademais, que o Banco central deseje manter o produto no nível inicial do produto. Qual tipo de política o Banco central deve adotar com vistas a manter Y em seu nível original? Explique e demonstre isso no gráfico. b. O que acontece com i e E como resultado dessa política combinada fiscal e monetária? c. Discuta o que acontece aos componentes da demanda como resultado desta ação combinada de políticas. 11. O capítulo inclui um exemplo no qual G aumenta sob regime de taxas fixas de câmbio. a. O que acontece a C e a I neste exemplo? b. O que acontece à taxa de câmbio neste exemplo? c. O que acontece às exportações líquidas neste exemplo (supondo que NX inicialmente era negativo, existe um déficit comercial)? 12. Utilize o gráfico IS-LM abaixo para responder a esta questão. Suponha que o dispêndio governamental diminua sob regime de taxas fixas de câmbio. a. Ilustre graficamente o que acontecerá com a economia como resultado desta diminuição de G. b. O que o Banco Central dever fazer para manter a taxa de câmbio em banda móvel, ou seja, acompanhando controladamente os movimentos da moeda? O que acontece com a oferta de moeda? c. O que acontece com C e com I? d. O que acontece às exportações líquidas. Suponha inicialmente que NX < 0. 142 Taxa de juros LM A i IS Produto Y 13. Suponha que haja dois países. A e B, que são idênticos em todos os aspectos, salvo pelo seguinte: A opera sob o regime de taxas fixas de câmbio e B opera sob o regime de taxas flexíveis de câmbio. Suponha que G seja reduzido pelo mesmo montante em ambos os países. a. Em qual dos dois países será maior a queda em Y? Explique. b. Com base em sua análise no item a, qual efeito terá a escolha de taxas fixas versus taxas flexíveis de câmbio nos impactos da política fiscal sobre o produto ? Explique. 14. Sob o regime de taxas fixas de câmbio, qual efeito terá sobre o modelo um aumento em i*? Explique. 15. Sob o regime de taxas fixas de câmbio com perfeita mobilidade do capital, qual efeito terá uma contração monetária sobre Y, i e a composição do balanço do Banco Central? 16. Sob o regime de taxas fixas de câmbio com mobilidade imperfeita do capital, pode o Banco Central conduzir uma política de redução de Y? Explique. QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA Obs.: A menos que especificado em contrário, suponha sempre que prevaleça a condição MarshallLerner. 1. O investimento NÃO depende de qual das seguintes variáveis? a. Y b. r c. r* d. de nenhuma dessas variáveis 143 2. Qual dos seguintes eventos levará a um aumento nas exportações líquidas? a. um aumento em Y b. uma redução em Y c. uma redução em Y* d. uma redução em E 3. Se tanto os níveis de preços domésticos como no exterior são fixos (ou seja, não variam), sabemos que: a. Y = Y* b. r = i c. NX = 0 d. E > 1 4. A condição de paridade dos juros indica que a taxa de câmbio (E) é uma função de qual conjunto de variáveis? ___ a. Ee, i, i* b. i, i*, Y c. i, i*, Y* d. nenhum desses conjuntos 5. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros e que i = 8% e i* = 6%. Isso implica que: a. espera-se que o dólar se valorize em 2% b. espera-se que o dólar se desvalorize em 2% c. espera-se que a moeda estrangeira se desvalorize em 2% d. o retorno esperado (medido em dólares) dos títulos estrangeiros é inferior ao retorno esperado dos títulos dos EUA 6. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros. Um aumento em i causará: a. um aumento em E b. uma redução em E c. um aumento em i* d. uma redução em i* 7. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros. Uma redução em i causará: a. a expectativa de que o dólar se valorize no próximo ano b. a expectativa de que o dólar se deprecie no próximo ano c. uma redução em E d. uma redução em i* 8. No modelo de economia aberta, a relação IS indica que um aumento em i agora tem efeitos sobre quais componentes da demanda? a. I e NX b. C e NX c. NX e G d. somente I 9. Um aumento em G sob taxas flexíveis de câmbio causará: a. uma redução em E b. uma depreciação da moeda doméstica c. um aumento em Y e um aumento em NX d. todos os resultados acima 10. Uma redução em G sob taxas flexíveis de câmbio causará: a. um aumento em NX d. todos esses resultados b. um aumento em E c. uma redução em Y 144 11. Uma expansão monetária sob taxas flexíveis de câmbio causará: a. uma redução em i, uma redução em E e um aumento em Y b. um aumento em E e um aumento em Y c. efeitos ambíguos sobre I uma vez que i cai e Y aumenta d. uma redução em i* e uma redução em E 12. Uma contração monetária sob taxas flexíveis de câmbio causará: a. uma redução em i e uma redução em Y b. um aumento em E c. um aumento em i e um deslocamento para a esquerda da curva IS d. uma depreciação da moeda doméstica e uma redução em Y 13. Suponha que haja uma simultânea redução em G com aumento em M sob taxas flexíveis de câmbio. Com esta informação, sabemos ao certo que: a. E aumenta b. E diminui c. Y aumenta d. Y diminui 14. Em um regime de taxa fixa de câmbio, sabemos que: a. i = i* b. i > i* c. i < i* d. E = 1 15. Sob taxas fixas de câmbio, o Banco Central deve agir com vistas a manter: a. Y = Y* b. NX = 0 c. i = i* d. constante a oferta de moeda 16. Em um regime de taxa fixa de câmbio, um aumento em G causará: a. um aumento em Y b. um aumento em M c. nenhuma alteração na taxa doméstica de juros d. todos os resultados acima 17. Um aumento em G tenderá a ter um maior impacto sobre Y em qual dos seguintes casos? a. taxas fixas de câmbio, tudo o mais fixo b. taxas flexíveis de câmbio, tudo o mais fixo c. taxas flexíveis de câmbio, com o Banco Central simultaneamente reduzindo a oferta de moeda d. taxas flexíveis de câmbio, com o Banco Central não acomodando o aumento em G 18. Com taxas fixas de câmbio e mobilidade imperfeita do capital, uma tentativa do Banco Central de aumentar o produto resultará em: a. um aumento nos ativos em divisas b. uma redução nos ativos em divisas c. uma redução nos ativos em títulos d. um aumento em i 145 EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 21 DO BLANCHARD TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS 1. Discuta o que ocorre à taxa nominal de câmbio quando se verificam uma desvalorização e uma revalorização. 2. O que sugere a condição de paridade de juros que aconteça quando as taxas de câmbio são fixas? 3. Explique qual efeito tem um aumento no nível de preços (P) sobre a taxa real de câmbio, as exportações líquidas, a demanda e o produto. 4. Quais são os efeitos de curto prazo de uma desvalorização sobre a taxa real de câmbio, as exportações líquidas, a demanda agregada, o nível de preços e o produto? 5. Quando Y se encontra acima de Yn, o que acontece ao longo do tempo com a curva de oferta agregada e o nível de preços? 6. Um aumento no nível de preços tem qual efeito sobre a taxa real de câmbio? 7. Quais são os efeitos de médio prazo de uma desvalorização sobre a taxa real de câmbio, as exportações líquidas, a demanda agregada, o nível de preços e o produto? 8. O que se deve entender por uma taxa real de câmbio supervalorizada? 9. Qual efeito terá uma taxa real de câmbio supervalorizada sobre as exportações líquidas e sobre o produto? 10. Suponha Y = Yn e que existe um déficit comercial. Uma desvalorização pode por si só eliminar este déficit comercial? Explique. 11. Suponha que os mercados de divisas estrangeiras estejam na expectativa de uma desvalorização. O que deve acontecer com a taxa de juros doméstica para que se mantenha a condição de paridade de juros? 12. Quais são os dois custos com os quais se defronta um país ao resistir à desvalorização? 13. Quais são os três argumentos que se levantam contra a desvalorização? 14. Se você investir um artigo norte-americano em títulos dos EUA com vencimento em um ano, qual é a expressão que representa quantos artigos norte-americanos você terá ao final de um ano? 146 15. Se você investir um artigo norte-americano em títulos alemães com vencimento em um ano, qual é a expressão que representa quantos artigos norte-americanos você terá ao final de um ano? 16. A condição de paridade de juros implica que a taxa real de juros doméstica será aproximadamente igual ao quê? 17. Suponha que a taxa real de juros doméstica no período de um ano seja maior do que a taxa real de juros no exterior. Dada esta informação, o que podem esperar para o próximo ano os investidores financeiros? 18. Quais são os determinantes da taxa real de câmbio? 19. O que determina a taxa real de câmbio no longo prazo? 20. Um aumento na taxa real de juros doméstica de longo prazo terá qual efeito sobre a taxa real de câmbio? 21. Se a taxa real de câmbio de longo prazo é constante, o que poderia levar εt a aumentar (isto é, provocar uma depreciação real)? 22. A análise neste capítulo indica que as flutuações do dólar norte-americano na década de oitenta foram causadas basicamente por qual razão? 23. Quando um banco central inesperadamente reduz a taxa de juros doméstica de 3% em 4 anos, o que deverá acontecer hoje com a moeda doméstica? 24. Quando os participantes do mercado financeiro estão com a expectativa de uma desvalorização, quais são as possíveis respostas do Banco Central e do governo? PROBLEMAS DE REVISÃO 1. a. Explique brevemente qual efeito uma redução em P terá sobre a taxa real de câmbio, as exportações líquidas, a demanda e o produto. b. Com base no item (a), pergunta-se: uma redução em P levará a curva DA a se deslocar? Explique. __ 2. Discuta brevemente qual efeito uma revalorização tem sobre E, a taxa real de câmbio, e sobre as exportações líquidas. b. Com base no item (a), qual efeito uma revalorização tem sobre a curva DA? Explique sucintamente. 147 3. ―Uma depreciação real da moeda doméstica causará um deslocamento para a direita da curva DA‖. Esta afirmação é verdadeira, falsa ou incerta? Explique. 4. Na versão com economia aberta do modelo de oferta agregada e demanda agregada, por que a curva DA tem inclinação para baixo? Explique. 5. Suponha inicialmente que Y = Yn. a. Discuta, em poucas palavras, o efeito de médio prazo de uma desvalorização de 5% sobre a taxa real de câmbio, P e Y. b. Considerando (a), quais os efeitos de médio prazo de uma desvalorização de 5% sobre as exportações líquidas. Explique sucintamente. c. As desvalorizações são consideradas neutras no médio prazo. Explique. 6. Suponha que a economia esteja operando inicialmente no nível natural de produção. Suponha, em seguida, que o governo revaloriza a moeda doméstica em 10%. Discuta e explique os efeitos de curto prazo e longo prazo desta revalorização sobre a taxa real de câmbio, sobre P, sobre as exportações líquidas e sobre a produção. Utilize o gráfico abaixo para ilustrar os efeitos dinâmicos da revalorização. OA A P AD D Yn Y 7. Suponha que a economia esteja operando inicialmente no nível natural de produção. Suponha, em seguida, que o governo aumente as despesas governamentais. Discuta e explique os efeitos de curto prazo e longo prazo deste aumento em G: sobre a taxa real de câmbio; sobre P; sobre as exportações líquidas; e, sobre a produção. Em uma folha separada de papel, ilustre os efeitos dinâmicos da revalorização. 148 8. Suponha Y > Yn. a. Se o governo permite a economia se ajustar a essa situação por si mesma, discuta o que acontecerá ao nível de preços P, à taxa real de câmbio, às exportações líquidas e ao produto. b. Se o governo pretende alterar E para alcançar Yn (quando Y > Yn), o que deve o governo fazer? Explique brevemente. 9. Suponha que a economia esteja inicialmente operando no nível natural de produção. Suponha, agora, que o governo reduza o dispêndio governamental. a. Discuta e explique os efeitos de curto prazo e médio prazo deste decréscimo em G sobre a taxa real de câmbio, sobre P, sobre as exportações líquidas e sobre a produção. b. Este decréscimo em G produz um efeito permanente no déficit comercial? Explique sucintamente. c. Para evitar qualquer variação de curto prazo sobre a produção quando G é reduzida, __ __ __ deveria o governo aumentar E, diminuir E ou deixar E fixa em seu nível atual? Explique. __ 10. Suponha (inicialmente) que E = Ee = E e que i = i* = 5%. Seja i e i* a taxa de juros de um ano de títulos domésticos e estrangeiros. a. Suponha que os mercados de divisas tenham a expectativa de uma desvalorização de 5% para o próximo ano. Calcule o que deve ocorrer a i para que se mantenha a condição de paridade de juros. b. Com base em sua resposta no item (a), o que acontecerá com a demanda agregada e o produto? Explique. c. Para evitar uma variação em i, o que dever o governo fazer em resposta a esta esperada desvalorização? Explique. OBS.: Para as questões seguintes, a menos que especificado em contrário, a taxa de câmbio refere-se à taxa real de câmbio; a taxa de juros doméstica refere-se à taxa real de juros doméstica; e a taxa de juros no exterior refere-se à taxa real de juros no exterior. 11. εt é a taxa real de câmbio (o preço relativo de bens e artigos alemães em termos de bens e artigos dos EUA). a. Para cada um dos valores que se seguem de εt, calcule quantos bens e artigos alemães uma pessoa receberá para cada bem e artigo dos EUA que trocar (com vistas a, como examinaremos mais tarde, investir em títulos alemães): 0,4; 0,5; 0,6 e 0,7. b. O que acontece com a quantidade de artigos alemães que a pessoa recebe quando εt aumenta? 12. Suponha que: (1) εt = 1,2; (2) a taxa real de câmbio esperada para daqui a um ano é 1,3; e (3) r* = 0,05 (5%). a. Calcule o retorno real esperado (medido em moeda doméstica) dos ativos estrangeiros retidos. b. Qual deve ser a taxa real de juros doméstica para que se mantenha a condição de paridade dos juros? c. A expectativa é de que a moeda doméstica se deprecie ou que se valorize? d. Com base em sua análise, desenvolvida nos itens (a) e (b), pergunta-se se r=r*. Por que ou por que não? 149 13. Suponha que se mantém a condição de paridade dos juros. Seja r* = 0,06 (6%). a. Para cada um dos seguintes valores de r, calcule a taxa esperada de depreciação (valorização) real: 0,03; 0,05; 0,06; 0,07 e 0,09. b. Com base em sua resposta em (a), quando r < r*, εt é maior do que, menor do que ou igual à taxa real de câmbio esperada? c. Com base em sua resposta em (a), quando r < r*, os participantes do mercado financeiro têm a expectativa de uma depreciação real ou de uma valorização real? d. Com base em sua resposta em (a), quando r > r*, εt é maior do que, menor do que ou igual à taxa real de câmbio esperada? e. Com base em sua resposta em (a), quando r > r*, os participantes do mercado financeiro têm a expectativa de uma depreciação real ou de uma valorização real? f. Com base em sua resposta em (a), quando r = r*, εt é maior do que, menor do que ou igual à taxa real de câmbio esperada? g. Com base em sua resposta em (a), quando r = r*, os participantes do mercado financeiro têm a expectativa de uma depreciação real ou de uma valorização real? 14. Suponha que a taxa real de juros para 10 anos no exterior seja 4% (r* = 0,04). a. Para cada um dos seguintes valores da taxa real de juros doméstica para 10 anos, calcule a valorização (ou depreciação) real esperada para os próximos 10 anos: 0,02; 0,03; 0,04; 0,05 e 0,06. b. O que acontece com o tamanho da depreciação (ou valorização) real esperada quando se amplia a diferença entre r e r*? Explique. c. Com base em sua análise desenvolvida no item a, o que acontece à taxa real de retorno esperada dos títulos estrangeiros (medido em dólares) à medida que r varia? 15. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros, que rn = 0,05, rn* = 0,05, e que εet+n = 2. Suponha que rn* e εet+n não variem. a. Com base na informação acima, calcule a taxa real de câmbio corrente. b. Suponha que r caia abaixo de 5%. Explique o que deve ocorrer com ε t. Em particular, como respondem os investidores a esta variação de r? c. Dada εet+n, espera-se agora que ocorra uma valorização real ou uma depreciação real? 16. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros, que rn = 0,05, rn* = 0,05, e que εet+n = 2. Suponha que rn* e εet+n não variem. a. Novamente, qual é a taxa real de câmbio corrente, uma vez dada essa informação (veja sua resposta ao item (a) da questão #15)? b. Suponha que r se eleve acima de 5%. Explique o que deve ocorrer com εt. Em particular, como respondem os investidores a esta variação de r? c. Dada εet+n, espera-se agora que ocorra uma valorização real ou uma depreciação real? 17. Nesta pergunta, suponha que a taxa real de câmbio de longo prazo não sofra variações e que r > r*. a. Nessas condições, espera-se que o dólar se valorize ou que se deprecie? Explique sucintamente. b. Suponha que r aumente. Qual efeito isso terá na taxa real de câmbio no período t? 150 c. Qual efeito este aumento em r terá sobre o tamanho da valorização ou da depreciação esperada? Explique. d. O que sua análise sugere que deva acontecer com a taxa real de câmbio εt quando aumenta a diferença (r - r*)? 18. Nesta pergunta, suponha que a taxa real de câmbio de longo prazo não sofra variações e que r < r*. a. Nessas condições, espera-se que o dólar se valorize ou que se deprecie? Explique sucintamente. b. Suponha que r caia. Qual efeito isso terá na taxa real de câmbio no período t? c. Qual efeito esta redução de r terá sobre o tamanho da valorização ou da depreciação esperada? Explique. d. O que sua análise sugere que deva acontecer com a taxa real de câmbio εt quando aumenta a diferença entre r e r*? 19. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros, que rn = 0,05, rn* = 0,05, e que εet+n = 2. Suponha que rn* e εet+n não variem. a. Novamente, qual é a taxa real de câmbio corrente, uma vez dada essa informação (veja sua resposta ao item (a) da questão #15)? b. Calcule o que acontece com εt quando εet+n aumenta para 2,2. c. Calcule o que acontece com εt quando εet+n aumenta para 2,4. d. Calcule o que acontece com εt quando εet+n diminui para 1,8. e. Calcule o que acontece com εt quando εet+n diminui para 1,6. f. Com base em sua análise, qual efeito sobre εt terá um aumento na taxa real de câmbio de longo prazo? g. Com base em sua análise, qual efeito sobre εt terá uma redução na taxa real de câmbio de longo prazo? 20. a. Admita r > r*. Suponha que aumente a diferença entre r e r* e que, simultaneamente, aumente a taxa real de câmbio εt. Como isso é possível acontecer? b. Suponha que diminua a diferença entre r e r* e que, simultaneamente, diminua a taxa real de câmbio εt. Como isso é possível acontecer? 21. Por simplicidade, admita que não há inflação, nem aqui, nem nos EUA ou em outro pais. Admita, também, inicialmente, que as taxas de juros doméstica e no exterior sejam iguais. Suponha que o Banco Central anuncie inesperadamente que a taxa de juros de um ano será 3% inferior nos próximos dois anos e que, após esse período, as taxas retornarão ao nível normal. a. O que se passa hoje com a taxa de câmbio quando a taxa de juros cai 3%? Em particular, de quanto varia hoje a taxa de câmbio? b. A variação percentual na taxa de câmbio hoje é maior do que, menor do que ou igual à variação na taxa de juros? Explique. 22. Repita a análise desenvolvida na questão #21. Dessa vez, suponha, no entanto, que o Banco Central anuncie inesperadamente que a taxa de juros de um ano será 2% maior nos próximos quatro anos e que, passado este período, as taxas voltarão ao normal. 151 23. Suponha que a taxa de câmbio dólar-euro seja fixa e que os participantes do mercado financeiro passem de repente a esperar uma desvalorização do euro. Suponha que se acredite agora haver 50% de chance de uma desvalorização de 10% no próximo mês e 50% de chance de não haver desvalorização alguma. a. De quanto deve o Banco Central Europeu elevar a taxa mensal de juros de modo a manter a paridade dos juros? De quanto aumenta a taxa de juros quando expressa em uma taxa anual? b. Repita a analise desenvolvida no item (a). Dessa vez, no entanto, suponha que a desvalorização esperada é de 20%. O que acontece com o aumento requerido em i quando aumenta o tamanho da esperada desvalorização? Explique sucintamente. c. Repita a analise desenvolvida no item (a). Dessa vez, no entanto, suponha que a chance de uma desvalorização seja maior, igual a 75%. O que acontece com o aumento requerido em i quando aumenta a chance da esperada desvalorização? Explique sucintamente. d. Quando varia a taxa de juros nas situações indicadas em (a), (b) e (c), o que ocorre com a demanda por bens na União Européia? Explique sucintamente. 24. a. Quando os participantes do mercado financeiro têm a expectativa de uma desvalorização e o Banco Central não aumenta a taxa de juros, o que acontece com a atratividade relativa dos títulos domésticos? Explique em poucas palavras. b. O que o Banco Central terá que fazer para manter a taxa de câmbio corrente se ele não elevar a taxa de juros? Quanto tempo isso durará? 25. Por que um aumento na taxa de juros em resposta a uma esperada desvalorização da moeda é encarada como uma opção desagradável? QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 1. Uma desvalorização representa: __ __ a. um aumento em E b. uma redução em E taxa real de câmbio 2. Uma revalorização representa: __ a. um aumento em E b. uma redução em P opções anteriores c. um aumento em P c. um aumento em P* d. uma redução na d. nenhuma das 3. A versão da economia aberta da curva DA tem inclinação para baixo porque: a. uma redução em P leva a um aumento em M/P, a uma queda de r e a um aumento no investimento __ b. um aumento em E causa um aumento nas exportações líquidas c. um aumento em P provoca uma apreciação real da moeda e uma diminuição na demanda por bens produzidos internamente d. um aumento em Y causa um aumento nos salários nominais e um aumento em P 152 4. Qual dos eventos que se seguem NÃO provocará uma depreciação real da moeda doméstica? __ a. uma redução em P b. um aumento em E c. um aumento em P* d. nenhuma das opções anteriores 5. Qual dos eventos que se seguem NÃO causará um deslocamento para a direita da curva DA? __ a. uma redução em P b. um aumento em E c. um aumento em P* d. uma redução de T 6. Sob regime de taxas fixas de câmbio, podemos esperar: a. que as exportações líquidas sejam zero b. que i = i* c. que i > i* d. que as exportações líquidas sejam negativas (isto é, que haja um déficit comercial) 7. Uma desvalorização de 5%: __ a. representa um aumento de 5% em E b. levará P a aumentar 5% no médio prazo c. não causará qualquer variação na taxa real de câmbio no longo prazo d. todas essas possibilidades e. nenhuma dessas possibilidades 8. No curto prazo, uma desvalorização de 10% causará: a. um aumento nas exportações líquidas c. uma depreciação real e. nenhuma dessas possibilidades b. um aumento de P de menos de 10% d. todas essas possibilidades 9. Suponha inicialmente que Y = Yn. No médio prazo, uma desvalorização terá: a. nenhum efeito sobre Y b. nenhum efeito sobre P c. nenhum efeito sobre as exportações líquidas d. todos esses efeitos e. tanto o efeito a como o efeito c 10. Suponha que o país tenha uma taxa real de câmbio supervalorizada e que Y < Yn. Em uma tal situação, podemos esperar que: a. P se elevará ao longo do tempo até que Y = Yn b. à medida que a economia se ajusta por sim mesma, as exportações líquidas irão aumentar já que ocorre uma depreciação real __ c. uma queda em E causará um deslocamento para a direita da curva DA e um aumento do produto d. os bens produzidos internamente se tornarão menos competitivos à medida que a economia se ajuste por si mesma 11. Suponha que o país tenha uma taxa real de câmbio supervalorizada e que Y = Yn. Qual dos eventos seguintes causará um aumento permanente nas exportações líquidas? __ __ a. um aumento em E b. uma redução em E c. um aumento nas despesas do governo d. uma redução nas despesas do governo 153 12. Suponha que o país tenha uma taxa real de câmbio supervalorizada e que Y = Yn. Qual das seguintes combinações de políticas terá maiores probabilidades de reduzir o déficit comercial sem causar variações na produção? __ a. um aumento nas despesas do governo (G) e um aumento em E __ b. um aumento nas despesas do governo (G) e uma redução em E __ c. uma redução em G e um aumento em E __ d. uma redução em G e uma redução em E 13. Suponha inicialmente que Y = Yn. Uma revalorização de 5% causará: a. um aumento no médio prazo de 5% em P b. uma redução no médio prazo de 5% em P c. um aumento permanente nas exportações líquidas d. uma redução permanente nas exportações líquidas 14. Suponha que os mercados de divisas estejam na expectativa de uma desvalorização. Qual das seguintes ações ajudaria a manter a condição de paridade dos juros? __ a. um aumento em i b. uma redução em i c. uma redução em E d. nenhuma dessas ações Obs.: Nas questões que se seguem, a menos que especificado de outra forma, suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros. 15. Suponha que a taxa real de câmbio (o preço relativo dos artigos alemães em termos dos artigos norte-americanos) seja 0,8. Um artigo norte-americano irá comprar: a. 0,2 artigos alemães b. 0,8 artigos alemães c. 1,25 artigos alemães d. 5 artigos alemães 16. Suponha que a taxa real de câmbio seja 0,8, a taxa real de juros internos de um ano (r) seja 12% e a taxa real de juros no exterior de um ano (r*) seja 2%. A taxa real de câmbio esperada para daqui a um ano será: a. 1,8 b. 0,81 c. 0,88 d. 0,72 17. Seja r = 5% e r* = 3%. Dada essa informação, espera-se que a taxa real de câmbio: a. se desvalorize em 2% c. se valorize em 8% b. se desvalorize em 8% c. se valorize em 2% 18. Seja r = 4% e r* = 6%. Dada essa informação, espera-se que a taxa real de câmbio: a. aumente em 2% b. diminua em 2% c. aumente em 10% d. diminua em 10% 154 19. Quando r = r*, sabemos que: a. εet+1 = 1 b. εet+1 < 1 longo do ano c. εet+1 > 1 d. não se espera que a taxa real de câmbio varie ao 20. Um aumento na taxa real de juros doméstica de longo prazo acarretará: a. um aumento em ε e uma depreciação real esperada da moeda b. um aumento em ε e uma valorização real esperada da moeda c. uma redução em ε e uma depreciação real esperada da moeda d. uma redução em ε e uma valorização real esperada da moeda 21. Um aumento em qual das seguintes variáveis causará um aumento na taxa real de câmbio? a. na taxa real de câmbio esperada b. nas taxas reais de juros domésticos de longo prazo c. nas taxas reais de juros de longo prazo no exterior d. em todas as variáveis acima e. tanto em a como em c 22. Um aumento na taxa real de juros de longo prazo no exterior acarretará: a. um aumento em ε e uma depreciação real esperada da moeda b. um aumento em ε e uma valorização real esperada da moeda c. uma redução em ε e uma depreciação real esperada da moeda d. uma redução em ε e uma valorização real esperada da moeda 23. A taxa real de câmbio de longo prazo e a taxa real de câmbio com a qual: a. r = r* b. NX = 0 c. tanto a inflação doméstica como no exterior são iguais a zero d. todas as situações acima Utilize as informações que se seguem para responder às próximas 5 questões. Suponha que o Banco Central anuncie inesperadamente que irá cortar a taxa de juros sobre títulos de um ano de 3% nos próximos 6 anos. Ao final dos 6 anos, a taxa de juros retornará ao seu nível anterior. 24. Após esse anúncio, podemos esperar uma redução na taxa de juros incidente sobre: a. títulos de um ano b. títulos de cinco anos c. títulos de dez anos d. todos os títulos acima e. tanto os títulos do item a como do item b 25. Após esse anúncio, podemos esperar: a. que a taxa de câmbio de longo prazo se valorize b. que a taxa de câmbio de longo prazo se deprecie c. que a taxa de câmbio corrente se deprecie d. que a taxa de câmbio corrente se valorize 155 26. Nos próximos 6 anos, espera-se que a moeda doméstica: a. se valorize b. se desvalorize c. permaneça igual ao nível inicial d. seja igual ao seu valor de longo prazo 27. Este anúncio fará a moeda doméstica: a. se desvalorizar 18% no dia do anúncio b. se valorizar 18% no dia do anúncio c. se desvalorizar 2% no dia do anúncio d. se valorizar 2% no dia do anúncio 28. Qual dos seguintes componentes da demanda este anúncio tenderá a aumentar? a. I b. NX c. G c. todos os três d. tanto o componente a como o b 29. Suponha que os participantes do mercado financeiro aguardem uma desvalorização. Qual dos seguintes eventos pode ocorrer como resultado das ações do governo ou do Banco Central (em resposta à esperada desvalorização)? a. b. c. d. aumento nas taxas de juros perda de reservas em divisas desvalorização todos esses eventos 30. Suponha que os participantes do mercado financeiro aguardem uma desvalorização. Suponha, ademais, que o governo e o Banco Central não desejem implementar uma política que possa resultar em perda de produção. Levando em conta essa informação, qual das seguintes ações será provavelmente adotada? a. b. c. d. aumento nas taxas de juros desvalorização revalorização nenhuma dessas 156