autorização comitê de ética em pesquisa

Propaganda
1
Estudo da Mortalidade por Câncer de Útero em uma Capital do Nordeste Brasileiro
Mortality Study of Cancer of Uterus in a Capital of the Northeast Brazil
Estudio de Mortalidad del Cáncer de Útero en una Capital del Noreste Brasil
AUTORES:
José Francisco Ribeiro1, Francisca Maria Gonçalves de Sousa2, Nadya Mariane Alves de
Carvalho3, Vera Lúcia Evangelista de Sousa Luz4, Danieli Maria Marias Coêlho5, Jaqueline
Carvalho e Silva Sales6
1Enfermeiro,
Centro
de
Mestre em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Piauí, docente do
Ensino
Unificado
de
Teresina
(CEUT),
Teresina-PI,
Brasil.
E-mail:
[email protected]
2Enfermeira
egressa, Centro de Ensino Unificado de Teresina/CEUT. Teresina (PI), Brasil. E-
mail: [email protected]
3Enfermeira
egressa, Centro de Ensino Unificado de Teresina/CEUT. Teresina (PI), Brasil. E-
mail: [email protected]
4Enfermeira,
Especialista em Saúde Pública e Materno-Infantil pela Universidade Federal do
Piauí, docente do Centro de Ensino Unificado de Teresina (CEUT), Teresina-PI, Brasil. E-mail:
[email protected]
5Enfermeira,
Centro
de
Mestre em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Piauí, docente do
Ensino
Unificado
de
Teresina
(CEUT),
Teresina-PI,
Brasil.
E-mail:
[email protected].
6Enfermeira,
Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí, doutoranda em
Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí, docente do Departamento de Enfermagem
da Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI, Brasil. E-mail: [email protected]
Autor responsável pela troca de correspondência:
Danieli Maria Marias Coêlho
Enfermeira, Mestre em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Piauí, docente do
Centro
de
Ensino
Unificado
de
Teresina
(CEUT),
Teresina-PI,
Brasil.
E-mail:
[email protected].
Endereço: Rua Farmacêutico João Carvalho, 4962, Bairro Santa Isabel, CEP 64.053-150,
Teresina-PI, Brasil.
Artigo constituído da Monografia intitulada “Estudo da Mortalidade por Câncer de Útero
em uma Capital do Nordeste Brasileiro’
2
Desenvolvida em um hospital de referência em oncologia para o estado do Piauí e Maranhão,
com financiamento próprio e apresentado à Coordenação do curso de bacharelado em
enfermagem da Estácio/Ceut. Nível Graduação, Teresina PI
Resumo
Objetivo: descrever o perfil sociodemográfico e clínico da mortalidade por câncer de útero
de mulheres cadastradas na base de dados de uma instituição de referência em oncologia
no Piauí. Método: estudo descritivo e retrospectivo constituído de 103 óbitos por câncer de
útero. Dados coletados em junho de 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa,
CAAE nº 30763013.6.0000.5584. Resultados: houve predominância da faixa etária de 50
anos e mais idade (68,9%), pardas (46,6%), casadas (47,6%), ensino fundamental incompleto
(40,8%), do lar (46,6%), multíparas (44,7%) e encaminhadas pelo Sistema Único de Saúde
(93,2%), carcinoma de células escamosas (59,2%), estadiamento inicial III(46,1%),
tratamento quimioterápico coadjuvante a radioterapia (37,9%); óbito por câncer do colo do
útero (73,8%) e taxa de mortalidade de 5,99/100.000 mulheres na faixa etária de 70 anos e
mais. Conclusão: necessidade de novas estratégias na implementação das políticas de
saúde, visto grande número de diagnósticos em estágios avançados.
Descritores: Neoplasia; Câncer do Colo do Útero; Mortalidade.
Abstract
Goal:
describe
the
sociodemographic
and
clinical
profile
of
mortality
through
uterine cancer in women of Teresina-PI, from 2008 to 2012. Method: descriptive study ,
observing
103
electronic
medical
records
of
women
that
died of uterine cancer at an institution of reference in oncology in the state of Piauí, with
use
of
form(documents).
uterus
in
women
brown,
47.6%
aged
married,
Results:
50
40.8%
68.9%
years
with
and
of
older.
incomplete
deaths
46.6%
primary
from
of
cancer
women
education,
were
46.6%
of
housewife, 44.7% and 93.2% multiparous forwarded by the Unified Health System 59.2%
presented
III
and
died
new
37.9%
of
100,000
squamous
had
uterus
women
strategies
cell
combination
cancer
aged
in
carcinoma,
the
70
of
and
years
chemotherapy
the
mortality
and
implementation
number of diagnoses in advanced stages.
46.1%
older.
of
health
and
initial
staging
radiotherapy.
rate
was
Conclusion:
politics,
since
73.8%
5.99
/
need
of
extensive
3
Descriptors: Neoplasia; Cancer of the Cervix; Mortality.
Resumen
Objetivo: describir el perfil sociodemográfico y clínico de la mortalidad por cáncer de
útero, en mujeres de Teresina-PI, 2008-2012. Método: estudio descriptivo, consultándose
103 prontuarios electrónicos de mujeres que fueron a óbito por cáncer de útero en una
institución de referencia en oncología en Piauí, utilizándose formulario. Resultados: 68,9%
de los óbitos por cáncer de útero en mujeres con 50 años o más de edad. 46,6% de las
mujeres eran pardas, 47,6% casadas, 40,8% con enseñanza fundamental incompleta, 46,6%
ama de casa, 44,7% multíparas y 93,2% encaminadas por el Sistema Único de Salud. 59,2%
presentaban carcinoma de células escamosas, 46,1% nivel inicial III y 37,9% hicieron
asociación de quimioterapia y radioterapia. 73,8% murieron por cáncer del cuello del útero
y la tasa de mortalidad fue de 5,99/100.000 mujeres en faja etaria de 70 años o más.
Conclusión: necesidad de nuevas estrategias en la implementación de las políticas de
salud, frente al gran número de diagnósticos en niveles avanzados.
Descriptores: Neoplasia; Cáncer del Cuello del Útero; Mortalidad.
1 Introdução
Tumor maligno ou câncer é a denominação utilizada para um grupo de doenças que
possuem em comum o crescimento desordenado de células, com poder infiltrativo e
capacidade de produzir metástases. Inicia-se a partir da mutação genética de uma célula,
que leva a uma transformação maligna. Esse dano ocorre geralmente por influências
externas que modificam os genes ao longo da vida.1,2
Por muitos séculos o câncer foi considerado como uma doença característica de
países desenvolvidos, no entanto esta situação tem se modificado, pois o número tem
aumentado gradativamente nos países em processo de desenvolvimento, principalmente
aqueles com pouco e médio recursos. Tal fato tem confirmado o câncer como um problema
de saúde pública mundial. Assim, foi estimado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
que, no ano de 2030, pode-se esperar 27 milhões de casos incidentes, 17 milhões de mortes
e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer.3
Dentre os tipos de câncer, temos o de útero que geralmente surge no corpo do útero,
principalmente na sua porção mais interna, no endométrio; câncer do útero porção não
especificada e o Câncer de Colo do Útero (CCU), que surge exclusivamente no colo do
4
útero. De acordo com Ferreira (2007)4 e Wolschick, Consolaro, Suzuki, Boaer (2007)5,
destaca-se o câncer cérvico-uterino que é considerado como um problema de saúde pública
no mundo e caracteriza-se por ser uma neoplasia que apresenta elevada taxa de
prevalência e de mortalidade em mulheres de baixo nível socioeconômico e em fase
produtiva. Estas mulheres, uma vez doentes, ocupam leitos hospitalares, o que
compromete seu papel no mercado de trabalho, trazendo um prejuízo social importante,
além de privá-las do convívio com a família.
No Brasil, configura-se como o segundo tumor mais frequente entre as mulheres e
aparece como a quarta causa de morte por câncer na população feminina. A cada ano são
4.800 óbitos e 18.430 novos casos. O número de mortes em 2009 foi de 5.063 e a estimativa
de casos novos para 2012 é de 17.540 casos. Esses valores demonstram que nos últimos anos
aumentou a capacidade do diagnóstico precoce. Nos dias de hoje, 44% dos casos são lesões
in situ, ou seja, localizadas, que, se tratadas adequadamente têm chance de 100% de
cura.3
O CCU é uma doença progressiva caracterizada por alterações intraepiteliais
cervicais, que pode se desenvolver para um estágio invasivo ao longo de uma a duas
décadas. Esse tipo de câncer está associado, na maioria dos casos a fatores relacionados ao
ambiente e ao estilo de vida, destacando-se baixa condição sócio-econômica, início da
atividade sexual precoce, promiscuidade, higiene íntima inadequada, dentre outros.
Estudos recentes mostram ainda que o papiloma vírus humano (HPV) tem papel importante
no desenvolvimento da neoplasia das células cervicais e na sua transformação em células
cancerosas. Este vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero.6
Estudos sobre essa temática tem evidenciado que o CCU possui etapas bem definidas
é de lenta evolução, pode ser interrompido a partir de diagnóstico precoce com tratamento
adequado e baixo custo. Assim, as medidas de prevenção são consideradas de grande
importância, pois envolvem o rastreamento de lesões na população sintomática e
assintomática, identificando o grau das mesmas e o tratamento adequado.
No Brasil, utiliza-se o exame de Papanicolau como método para o rastreamento do
CCU, que é oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade
sexual. Esta faixa etária é priorizada pelo fato de possuir maior ocorrência de lesões de alto
grau passíveis de tratamento sem evolução para o câncer.8
5
Nesse sentido, o Papanicolaou é considerado como a principal estratégia para
detectar lesões precursoras e estabelecer o diagnóstico da doença. Pode ser realizado em
Unidades Básicas de Saúde e ambulatórios da rede pública que tenham profissionais
capacitados e que orientem as pacientes sobre a importância do exame, já que a sua
realização periódica permite reduzir a mortalidade provocada pelo CCU.8
Assim, realizar a descrição sociodemográfica e clínica da população de mulheres que
cursaram óbito por câncer de útero no município de Teresina, é de grande necessidade por
permitir avaliar o padrão de acontecimento e evolução da mortalidade em diversas idades,
avaliar de maneira indireta os programas de rastreamento e identificar características
sociodemográfica e clínicas de maior risco. A realização deste estudo tem como objetivo:
Descrever o perfil sociodemográfico e clínico da mortalidade por câncer de útero em
mulheres residentes em Teresina-PI, 2008-2012.
3 Método
Estudo de natureza quantitativa, descritiva, visto que tem como objetivo a descrição
de características de determinada população ou fenômeno em paralelo ao estabelecimento
de relações entre variáveis.10
A população da pesquisa foi constituída por 103 mulheres que foram a óbito por
câncer de útero no período de 2008 a 2012, residentes em Teresina, cadastradas no banco
de dados de um hospital de referência em oncologia nesta capital, na faixa etária de 20
anos de idade e mais. As faixas etárias utilizadas foram: 20-30, 30-39, 40-49, 50-59, 60-69 e
70 anos ou mais, sendo que optou-se por estes intervalos de idades devido ao período de
latência do CCU ser de aproximadamente dez anos, não sendo muito comum registro de
óbitos anteriores aos vinte anos.
Foram incluídos apenas os registros que apresentaram a Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) igual a: C53 (neoplasia
maligna do colo do útero), C54 (neoplasia maligna do corpo do útero), e C55 (neoplasia
maligna do útero, porção não especificada).9
O estudo foi realizado em um hospital filantrópico de referência para o Estado do
Piauí no atendimento e tratamento de pacientes com doenças oncológicas. No Piauí, o
citado hospital conta com uma equipe multidisciplinar especializada e presta atendimento
ao paciente em diversas especialidades, desde a prevenção ao diagnóstico e tratamento do
6
câncer e outras patologias em geral, de forma integral, além de atuar em parceria com a
Associação Piauiense de Combate ao Câncer.
A coleta de dados foi realizada no mês de junho de 2014, utilizando-se o banco de
dados da referida Instituição, pesquisando-se todos os óbitos por câncer do útero de
mulheres com 20 anos ou mais de idade, residentes em Teresina, correspondentes ao
período de primeiro de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2012. O instrumento de coleta
de dados utilizado foi um formulário previamente elaborado com informações sobre o perfil
sociodemográfico e clínico da mortalidade dessas mulheres existentes no banco de dados
(prontuário eletrônico), levando-se em consideração variáveis como: faixa etária, raça,
estado conjugal, grau de instrução, tratamento e classificação de câncer de útero conforme
CID 10 (C53, C54 e C55).9
Após a coleta de dados, para apresentar as variáveis selecionadas para o presente
estudo, foram confeccionadas tabelas cuja análise foi realizada através do programa
estatístico Startistical Product Service Solucions (SPSS), versão 20.0, em que os dados foram
inseridos e depois conferidos para análise e discussão com base no referencial teórico
abordado.
Para o cálculo da taxa de mortalidade por câncer de útero (neoplasia maligna do colo
do útero, neoplasia do corpo do útero e neoplasia do útero porção não especificada),
dividiu-se o número de óbitos por faixa etária pela média da população nacional de
mulheres dos anos do estudo, em cada faixa de idade11, conforme o tipo de neoplasia
verificada.
A pesquisa respeitou a confidencialidade e o anonimato dos sujeitos de acordo com a
resolução nº 466/1212, de forma que foi autorizada pelo hospital de referência, local do
estudo, assim como também foi encaminhada e registrada na Plataforma Brasil do Sistema
Nacional de Ética em Pesquisa (SISNEP), sendo aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital
São Marcos (HSM/APCC), de acordo com o Certificado de Apresentação para Apreciação
Ética – CAAE nº 30763013.6.0000.5584.
4 Resultados
Descreveu-se uma população de 103 mulheres constituída de 2008 a 2012 que foram
a óbito por câncer de útero, conforme a CID-10, identificadas com os códigos C53, C54 e
C55.9
7
Tabela 1: Caracterização sociodemográfica dos óbitos por câncer de útero. Teresina (PI),
2008 a 2012.
Variáveis
N
%
Faixa Etária
20 a 30 anos
06
5,8
30 a 39 anos
14
13,6
40 a 49 anos
12
11,7
50 a 59 anos
24
23,3
60 a 69 anos
20
19,4
70 anos e +
27
26,2
Raça/cor
Branca
15
14,6
Parda
48
46,6
Preta
36
35,0
Amarela
1
0,9
Sem informação
3
2,9
Estado conjugal
Casada
49
47,6
Solteira
23
22,3
Viúva
21
20,4
Desquitada/Divorciada/separada
7
6,8
Sem informação
3
2,9
Escolaridade
Analfabetas
25
24,3
Ensino Fundamental Incompleto
42
40,8
Ensino Fundamental Completo
25
24,3
Ensino Médio incompleto
4
3,9
Ensino Médio completo
5
4,9
Ensino Superior Completo
1
0,9
Sem informação
1
0,9
Ocupação
Do lar
48
46,6
Aposentada
24
23,3
Doméstica
8
7,7
Outras
13
12,7
Sem informação
10
9,7
Origem
SUS
96
93,2
Não SUS
5
4,9
Sem informação
2
1,9
Fonte: Hospital Filantrópico de referência em oncologia para o Estado do Piauí.
Tabela 2: Distribuição dos óbitos por câncer de útero, conforme paridade. Teresina (PI),
2008 a 2012.
Variáveis
N
Paridade
Nulípara
26
Primípara
9
Secundípara
8
Multípara
46
Sem Informação
14
Fonte: Hospital Filantrópico de referência em oncologia para o Estado do Piauí.
%
25,2
8,7
7,8
44,7
13,6
8
Tabela 3: Caracterização clinica dos óbitos por câncer de útero. Teresina (PI), 2008 a 2012.
Variáveis
N
%
Tipo histológico
Carcinoma de células escamosas
61
59,2
Adenomas
Carcinoma/Adenocarcinoma
22
3
21,4
2,9
Outros
12
11,6
5
4,9
Zero
1
1,0
I
8
7,8
II
26
25,5
III
47
46,1
IV
20
19,6
1
1,0
Radioterapia
9
8,7
Quimioterapia
2
1,9
39
37,9
2
1,9
36
35,0
1
1,0
14
13,6
Sem informação
Estadiamento inicial
Sem informação
Tratamentos realizados
Quimioterapia e radioterapia
Cirúrgico e Histerectomia
Cirurgia, Radioterapia e Quimioterapia.
Cirurgia e Radioterapia
Outros
Fonte: Hospital Filantrópico de referência em oncologia para o Estado do Piauí.
Tabela 4: Distribuição dos óbitos por câncer de útero, segundo a Classificação Internacional
de Doenças (CID) por faixa etária. Teresina (PI), 2008 a 2012.
Faixa etária
CID
C 53*
C 54**
C 55***
20 a 30
anos
4
(5,2%)
30 a 39
anos
10
(13,2%)
40 a 49
anos
8
(10,5%)
50 a 59
anos
18
(23,7%)
60 a 69
anos
10
(13,2%)
70 anos
ou mais
26
(34,2%)
Total
76
(100%)
1
(10,0%)
2
(20,0%)
2
(20,0%)
4
(40,0%)
1
(10,0%)
0
(0,0%)
10
(100%)
2
2
2
2
9
0
17
(11,8%)
(11,8%)
(11,8%)
(11,8%)
(52,9%)
(0,0%)
(100%)
Fonte: Hospital Filantrópico de referência em oncologia para o Estado do Piauí
Legenda: *Neoplasia maligna do colo do útero; **Neoplasia maligna do corpo do útero;
***Neoplasia maligna do útero, porção não especificada.
Tabela 5: Distribuição dos óbitos e taxa média de mortalidade do câncer de útero por
100.000 mulheres, segundo a faixa etária e a Classificação Internacional de Doenças (CID).
Teresina (PI), 2008 a 2012.
*C53
FAIXA ETÁRIA
N
**C55
***C54
TM
N
TM
N
TM
20 - 30
4
0,92
1
0,23
1
0,23
30 - 39
10
2,30
2
0,46
2
0,46
40 - 49
8
1,84
2
0,46
2
0,46
50 - 59
18
4,15
4
0,92
2
0,46
60 - 69
10
2,30
1
0,23
9
2,07
9
70 OU MAIS
26
5,99
0
0
0
0
Fonte: Hospital Filantrópico de referência em oncologia para o Estado do Piauí.
Legenda: *Neoplasia maligna do colo do útero; **Neoplasia maligna do corpo do útero;
***Neoplasia maligna do útero, porção não especificada.
5 Discussão
Neste estudo foi observado que houve uma prevalência de óbitos por neoplasia
maligna do útero nas mulheres com 50 anos e mais, destacando-se a faixa etária de 70 anos
e mais. Esses achados estão de acordo com um estudo realizado no Rio de Janeiro, de
forma que os autores encontraram uma acentuada relação entre idade a partir dos 60 anos
e mortalidade por câncer de útero, porção não especificada. Relatam ainda que isso pode
ser explicado pelo fato de que as idosas tem menos preocupação com os exames
preventivos por conta de não estarem mais em idade fértil.
13
Pode ser explicado também pelo fato de que a faixa etária de 70 anos e mais não
tem recomendação formal do Ministério da Saúde para a busca ativa e realização do exame
citopatológico do colo de útero (Papanicolaou) de rotina.
8
Em um estudo recentemente realizado em Teresina,
14
os autores ao traçarem o
perfil sociodemográfico e clínico de mulheres idosas com câncer de colo de útero,
encontraram em uma amostra de 226 idosas, 26,5% constituída por mulheres com 75 anos e
mais idade, corroborando com esses dados.
A prevalência das raças parda e preta está de acordo com um estudo realizado em
Teresina em 2013 com 699 mulheres, de forma que 82,1% destas eram das raças parda e
preta. É importante que seja evidenciado que a cor da pele é algo auto definido, ou seja, a
pessoa tem a liberdade de indicar a raça/cor a que pertence. A cor da pele e a baixa
escolaridade atualmente estão associadas aos fatores socioeconômicos, o que dificulta a
importância pela procura dos serviços de saúde.15
Analisando a situação conjugal, verificou-se maior percentual de óbito nas mulheres
casadas, quando comparadas com as solteiras, viúvas e desquitadas. Esse achado não
corrobora com os dados de um estudo realizado no Japão em que mulheres divorciadas
apresentaram elevado risco de morte por câncer de colo do útero e as não casadas exibiram
risco duplicado para a infecção de papilomavirus humano quando comparadas com as
mulheres casadas13. É possível que as casadas não usem os métodos preventivos para as
doenças sexualmente transmissíveis por acreditarem que seus cônjuges não tenham
10
atividade sexual desprotegida com outras mulheres. Em Teresina, no período de 2008 a
2012 ocorreram 306 casos de neoplasias malignas dos órgãos genitais femininos em
mulheres casadas.16
Quanto à escolaridade, foi observado que a maioria das pacientes possuíam nenhuma
ou pouca escolaridade, destacando-se as mulheres com ensino fundamental incompleto. Em
uma pesquisa observacional realizada no Brasil com a finalidade de caracterizar o câncer de
colo do útero, os autores descobriram que 49% das mulheres possuíam o ensino fundamental
incompleto, corroborando com o encontrado nesta pesquisa.1
É verificada a predominância da presença de alteração celular epitelial em mulheres
de baixa escolaridade (ensino fundamental incompleto), sugerindo a falta de conhecimento
sobre a importância do exame de Papanicolaou e os benefícios de realizá-lo de rotina, além
da frequência de outros fatores de risco associados ao câncer do colo do útero, nos
indivíduos com baixos incide de desenvolvimento humano (IDH).18
Com relação à ocupação, um percentual bastante elevado de óbitos ocorreu em
mulheres com atividades exclusivas do lar. Essa proporção corrobora com a encontrada em
Santiago, no Chile, em que 66% dos óbitos ocorridos por câncer de útero, em 1995, eram
donas de casa e com menos de seis anos de estudo.19
Um estudo realizado sobre educação em saúde para prevenção do câncer de colo do
útero em mulheres do Município de Santo Ângelo/RS mostrou que das mulheres que
aceitaram participar das palestras sobre prevenção do câncer nos grupos de convivência,
72% trabalhavam fora, possuindo renda própria e 28% eram donas de casa. Isso revela
alterações em seus papeis e estilo de vida, mostrando que as mulheres que desenvolvem
atividades trabalhistas fora de casa procuram mais oportunidades junto aos serviços de
saúde.20
Apesar da Instituição de saúde, local da pesquisa, ser filantrópica, a maioria das
pacientes foram encaminhadas inicialmente pelo SUS, corroborando com uma pesquisa
realizada em Recife-PE, no período de 2000 a 2004, que apresentou percentual de 90,2%
das mulheres pertencentes à rede assistencial do SUS. Esse dado reforça o fato de haver
maior mortalidade em mulheres com mais baixa condição econômica, usuárias do sistema.19
5.2 Caracterização Obstétrica e Clínica da Mortalidade por Câncer de Útero
Quanto à paridade foi mostrado nesse estudo que as multíparas apresentaram um
acentuado percentual dos óbitos. Em um estudo realizado no México na década de 1998,21
11
com 251 mulheres com CCU, observou-se que a alta paridade ou grande número de
gestações, mais de 12 gestações ou partos, têm forte associação com o câncer uterino. Em
um estudo realizado em 1999
sobre a correlação com o início da atividade sexual e a
paridade, realizado no Triângulo Mineiro, demonstraram que a maioria das mulheres
apresentavam mais que 4 gestações ou partos.22Essa relação entre multiparidade e câncer
de útero pode estar relacionada ao fator socioeconômico.
Com relação ao tipo de câncer, tiveram maior representatividade os óbitos ocorridos
por carcinoma de células escamosas. Nesse estudo são encontrados resultados semelhantes
ao realizado no município de Vitória, Espírito Santo, em que numa amostra de 1.266
mulheres originada entre os anos de 2000 e 2005, contemplou 87% de mulheres com
diagnóstico do citado tipo de câncer.
23
Estadiamento significa a avaliação da extensão do câncer uterino antes do
tratamento, tendo por finalidade o planejamento da terapêutica e elaboração de
prognóstico de evolução de doença, segundo a Classificação de Tumores Malignos (TNM) da
União Internacional Contra o Câncer (UICC). Quanto ao estadiamento inicial, as
classificações II e III foram bastante expressivas para o óbito conforme classificação em
C53, C54 e C55.9 Em um estudo realizado em Espirito Santo, encontraram-se dados
próximos ao dessa pesquisa, para estadiamento inicial II (31,4%) e III (44%). O estadiamento
é de grande relevância no tratamento da doença, embora sejam observados os fatores
socioeconômicos como marcadores para um elevado numero de óbitos dentro destes
estágios.17
O elevado percentual de estadiamentos avançados pode ser considerado um fator
determinante para o elevado índice de metástases e recidivas locais, contribuindo, para as
elevadas taxas de mortalidade, já que somente o diagnóstico precoce pode interferir na
morbimortalidade por câncer do colo uterino. Dessa forma, o alto percentual de mulheres
com até ensino fundamental incompleto pode contribuir para o grande número destas com
diagnóstico tardio da doença.23
Analisando-se o tratamento, foi observado que um percentual bastante significativo
dos óbitos ocorreu em mulheres com os seguintes tratamentos: quimioterapia em
associação com a radioterapia e a associação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Em
um estudo realizado em Teresina, foi detectado que houve destaque para o tratamento
quimioterápico (17,2%), tratamento radioterápico (51,7%) e 17,2% realizaram tratamento
12
quimioterápico coadjuvante a radioterapia.14 Em outro estudo realizado em Teresina, no
Hospital São Marcos, os pesquisadores utilizaram a quimioterapia adjuvante orientada pelo
incurso linfonodal em uma paciente, das margens cirúrgicas comprometidas em duas
pacientes; e em outras duas pacientes a quimioterapia foi administrada por opção do
oncologista clínico, a quimioterapia e a radioterapia são opções de tratamento bastante
utilizadas no tratamento do câncer do útero.24 A necessidade de tratamentos associados
pode estar relacionada com maior percentual de estadiamentos avançados.
Quanto à porção do útero acometida pela neoplasia maligna, analisou-se C53neoplasia maligna do colo do útero, C54- neoplasia maligna do corpo do útero e C55neoplasia maligna da porção não especificada.9 Nesse estudo obteve-se uma elevada
proporção dos óbitos por câncer de colo do útero e na faixa etária de 70 anos e mais idade,
confirmando com um estudo realizado no município do Rio de Janeiro em que houve
predomínio dos óbitos por CCU (56,5%), aumento progressivo dos óbitos por câncer porção
não especificada a partir dos 40 a 49 anos e por câncer do corpo do útero a partir da faixa
etária de 50 a 59 anos.13
Em uma pesquisa realizada no estado do Paraná os autores encontraram um total de
4006 óbitos por câncer de colo do útero (C53) no período de 1980 a 2000, com aumento da
taxa de mortalidade no período do estudo. Em São Paulo a mortalidade por CCU encontrase em recuo, ou seja, sem apresentar modificações em período de 20 anos.25 Classificar a
localização do câncer no útero é de grande importância na observância do tratamento e
evolução do mesmo, a partir da localização do câncer será possível mensurar melhor
medidas de cuidados e tratamentos mais específicos.
Tratando-se da taxa mortalidade conforme faixa etária foi observado maior
relevância para o câncer de colo de útero na faixa etária de 70 anos e mais. A taxa de
mortalidade por CCU, no município do Rio de Janeiro foi de 4,8/100.000 mulheres, por
câncer de corpo do útero foi 1,55/100.000 mulheres, e de câncer de porção do útero não
especificada 1,89/100.000 mulheres25, corroborando com os dados encontrados nesta
pesquisa.
Em um estudo realizado em Minas Gerais, os dados revelaram uma população de
12.606 casos de câncer de útero, sendo que 53,42% eram casos de câncer de colo de útero e
46,58% eram casos de câncer de útero porção não especificada. Mostrou também uma
13
diminuição gradativa da taxa mortalidade por CCU e câncer porção não especificada, de
9,18/100.000 mulheres em 1980 para 5,70/100.000 em 2005.26
6 CONCLUSÃO
Os resultados desse estudo mostram uma alta mortalidade por câncer de colo do
útero (CID C53) em mulheres na faixa etária de 70 anos e mais, em sua maioria casadas,
com ensino fundamental incompleto, do lar, com maior prevalência de câncer do tipo
carcinoma escamoso, nos estágios II e III, com maior taxa de mortalidade do câncer na
porção do colo (câncer de colo de útero). O tratamento de destaque foi à quimioterapia
coadjuvante a radioterapia. O estudo das características sociodemográficas e clínicas
mostra claramente a necessidade de implementação de programas de rastreio para o
câncer uterino.
Nessa perspectiva, os resultados apontam para a necessidade de novas estratégias na
implementação das políticas de saúde não só na prevenção primária, mas também na
secundária, tendo em vista o grande número de mulheres diagnosticadas em estágios
avançados da doença, necessitando de tratamentos mais complexos. São necessários
também maiores investimentos em educação, visando uma mudança no perfil de
morbimortalidade da doença.
Como dificuldade, no primeiro momento, ao se deparar com a base de dados do
hospital em que foi realizado o estudo, as informações apresentavam-se de forma
fragmentada, a palavra câncer de colo do útero parece conter os demais tipos de câncer do
útero. Dessa forma, observa-se que o Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero no
Estado do Piauí apresenta um banco de dados ainda muito limitado.
Em algumas referências utilizadas neste estudo foi observado que alguns autores
retratam o CCU como o único tipo de câncer do útero. Este estudo mostra a necessidade da
existência de documentos mais específicos para detalhar melhor as informações sobre o
tipo de câncer em estudo.
Referências
1. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e
Vigilância. Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de
doenças e agravos não transmissíveis: Rio de Janeiro: INCA, 2005.
2. Gates RA, Fink RM. Segredos em enfermagem oncológica: respostas necessárias ao dia- adia - 3ª edição - Porto Alegre: Artmed, 2009.
14
3. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações
Estratégicas. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2012: incidência de câncer
no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2011.
4. Ferreira MLS. M. Análise da percepção de mulheres de uma unidade básica de saúde
sobre o exame de Papanicolaou e de mama. Rev Ciênc Méd[Internet].2007[cited 2014 Jun
01]; 16(1):5-13. Available from: http://periodicos.puccampinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/view/1070/1046.
5. Wolschick NM, Consolaro MEL, Suzuki LE, Boaer CG. Câncer do colo do útero: tecnologias
emergentes no diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. Rev Bras Anal
Clin[Internet]. 2007[cited 2014 Jun 01]; 39(2):123-129. Available from:
http://www.sbac.org.br/rbac/007/97.pdf
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer.
Coordenação de Prevenção e Vigilância. A situação do câncer no Brasil. Rio de Janeiro:
INCA, 2006.
7. Derossi AS, Paim JS, Aquino E, Silva LMV. Evolução da mortalidade e anos potenciais de
vida perdidos por câncer cérvico - uterino em salvador (BA) – 1979-1997. Saude
soc[Internet]. 2000[cited 2014 Jun 01]; 9(1-2):49-60. Available from:
http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v9n1-2/04.pdf.
8. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Diretrizes brasileiras para o
rastreamento do câncer do colo do útero - Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral
de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Rio de Janeiro:
INCA, 2011.
9. Organização Mundial da Saúde - OMS {Centro Colaborador da OMS para Classificação de
Doenças em Português da USP}: Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde. 10ª revisão (CID 10). São Paulo: EDUSP, 1997.
10. Richardson RJ et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª edição. São Paulo: Atlas,
1999.
11. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria executiva: Departamento de Informática do SUS Datasus. Informações de saúde: informações demográficas e socioeconômicas: População
residente [Internet]. [cited 2014 Jun 01]. Available from: http://www.datasus.gov.br/.
15
12. Brasil. Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resolução
Nº 466 de 12 de dezembro de 2012: trata de pesquisas em seres humanos e atualiza a
resolução 196. Diário oficial da união. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
13. Meira KC, Gama SGN, Silva CMFP. Perfil de Mortalidade por Câncer do Colo do Útero no
Município do Rio de Janeiro no Período 1999-2006. Rev Bras Cancerol [Internet]. 2011[cited
2014 Jun 01]; 57(1):7-14. Available from:
http://www.inca.gov.br/rbc/n_57/v01/pdf/03_artigo_perfil_mortalidade_cancer_utero_rio
_de_janeiro_1999.pdf.
14. Araújo AOO, Lira ACB, Fortes CMMS, Ribeiro JF, Barros RGM. Perfil Clínico e
Epidemiológico da mulher idosa com câncer de colo do útero em Teresina-PI 2008-2012.
Rev. Multip. Saúde HSM. [Internet]. 2013[cited 2014 Jun 01]; 1(2):4-13. Available from:
http://ojs.saomarcos.org.br/ojs/index.php/cientifica/article/view/16/16.
15. Ribeiro JF, Silva ARV, Campelo V, Santos SLD, Coêlho DMM. Perfil sociodemográfico e
clínico de mulheres com câncer do colo do útero em uma cidade do nordeste. Rev Gestão &
Saúde [Internet]. 2015 May [cited 2015 July 30]; 6(2): 1367-8116. Brasil. Ministério da
Saúde. Secretaria executiva: Departamento de Informática do SUS - Datasus. Sistema de
Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) e Sistema de Informação do Câncer de
Mama (SISMAMA) [Internet]. [citado 2012 mar 26]. Available from:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?siscolo/ver4/DEF/uf/PIHCOLO4.def.
17. Thuler LCS, Bergmann A, Casado L. Perfil das Pacientes com Câncer do Colo do útero no
Brasil, 2000-2009: estudo de base secundária. Rev Bra Cancerol. [Internet]. 2012[cited 2014
Jun 01]; 58(3):351-357. Available from:
http://www.inca.gov.br/rbc/n_58/v03/pdf/04_artigo_perfil_pacientes_cancer_colo_utero_
brasil_2000_2009_estudo_base_secundaria.pdf.
18. Leal EAS, Leal Júnior OS, Guimarães MH, Vitoriano MN, Nascimento TL, Costa OLN.
Lesões Precursoras do Câncer de Colo em Mulheres Adolescentes e Adultas Jovens do
Município de Rio Branco - Acre. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [Internet]. 2003[cited 2014 Jun
01]; 25(2):81-86. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v25n2/v25n2a02.
19. Mendonça VG, Lorenzato FRB, Mendonça JG, Menezes TC, Guimarães MJB. Mortalidade
por câncer do colo do útero: características sociodemográficas das mulheres residentes na
cidade do Recife, Pernambuco. Rev. Bras Ginecol Obstet. [Internet]. 2008[cited 2014 Jun
01]; 30(5):248-55. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v30n5/a07v30n5.pdf.
16
20. Casarin M R, Piccoli JC. E. Educação em saúde para prevenção do câncer de colo do
útero em mulheres do município de Santo Ângelo/RS. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2011
[cited 2014 Jun 01]; 16(9):3925-3932. Available from:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n9/a29v16n9.pdf.
21. Castañeda-Iñiguez MS, Toledo-Cisneros R, Aguilera-Delgadillo M. Factores de riesgo para
cáncer cervicouterino en mujeres de Zacatecas. Salud Pública Méx. [Internet]. 1998 [cited
2014 Jun 01]; 40(4):330-338. Available from:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=10640405.
22. Murta EFC, Franca HG, Carneiro MC, Caetano MSSG, Adad SJ, Souza MAH. Câncer do
Colo Uterino: Correlação com o Início da atividade Sexual e Paridade. Rev. Bras. Ginecol.
Obstet. [Internet]. 1999 [cited 2014 Jun 01]; 21(9):555-559. Available from:
http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v21n9/a08.pdf.
23. Mascarello K, Zandonade E, Amorim MHC. Survival analysis of women with cervical
cancer treated at a referral hospital for oncology in Espírito Santo State, Brazil, 20002005. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2013 [cited 2014 Jun 01]; 29(4):823-831. Available
from: http://www.scielo.br/pdf/csp/v29n4/19.pdf.
24. Vieira SC, Costa DR, Meneses AD, Silva JB, Oliveira AKS, Sousa RB. Exenteração pélvica
para câncer do colo uterino recidivado pós-radioterapia: experiência de um centro terciário
do Nordeste brasileiro. Rev Bras Ginecol Obstet. [Internet]. 2009 [cited 2014 Jun 01];
31(1):22-72. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v31n1/v31n1a05.pdf.
25. Müller EV, Biazevic MGH, Antunes JLF, Crosato EM. Tendência e diferenciais
socioeconômicos da mortalidade por câncer de colo de útero no Estado do Paraná (Brasil),
1980-2000. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2011 [cited 2014 Jun 01]; 16(5):2495-2500.
Available from: http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n5/a19v16n5.pdf.
26. Alves CMM, Guerra MR, Bastos RR. Tendência de mortalidade por câncer de colo de
útero para o Estado de Minas Gerais, Brasil, 1980-2005. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2009
[cited 2014 Jun 01]; 25(8):1693-1700. Available from:
http://www.scielo.br/pdf/csp/v25n8/05.pdf.
Download