LÍNGUA PORTUGUESA IV AULA 18: OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO ANUAL VOLUME 4 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. A questão relaciona colocação dos termos na oração e o sentido correspondente. A alternativa correta é a B. Trata-se de um complemento da forma verbal via, deslocado de sua posição “normal”, para chamar a atenção sobre ele, visto que, no início de frase, é alvo de comentário. Eliminam-se naturalmente as alternativas A e C , porque analisam de forma incorreta a função do segmento grifado. A alternativa D é falsa, porque o que está em jogo é a expressão grifada, deslocada de sua posição canônica, posterior à forma verbal via. A ênfase por deslocamento não se coloca para Mas, porque é uma conjunção adversativa típica, sem mobilidade. A alternativa E é falsa, porque o termo tem relação sintática com o resto do período, sendo o objeto direto do verbo, e não se presta a indicar pensamentos desordenados. Resposta: B 02. Em A, capital: sujeito. Em B, tudo: comprar é verbo transitivo direto, portanto tudo é objeto direto. Em C, atração: predicativo do sujeito. Em D, alugar: sujeito. Em E, pela manhã: adjunto adverbial de tempo. Resposta: B 03. O verbo “estimar”, no sentido de “ter apreço por, dar valor a (alguém, algo ou a si mesmo); prezar(-se), valorizar(-se)” funciona como verbo transitivo direto e não requer preposição. No item C, a preposição utilizada é de uso facultativo. Isso configura o complemento como objeto direto preposicionado. Resposta: C 04. Em “... prólogo é o que contém menos coisas”, o termo “o” tem valor morfológico de pronome demonstrativo, pois equivale a “aquele”, e funciona como predicativo do sujeito “O melhor prólogo”; em “ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado”, o primeiro termo destacado é um pronome relativo (equivale a qual) e funciona como sujeito do verbo dizer; o segundo termo destacado é complemento verbal do verbo dizer e tem valor de pronome oblíquo átono, funcionando como objeto direto; em “o processo extraordinário que empreguei na composição destas Memórias”, o termo destacado é um pronome relativo (equivale a qual) e funciona como objeto direto do verbo empregar. Resposta: A 05. A questão trata de gramática, precisamente, do advérbio (adjunto adverbial). O candidato deve reconhecer, numa mesma forma, diversas funções que esta assume. O advérbio aqui aparece nas quatro frases e exige-se, para analisá-lo corretamente, não apenas conhecimento de sua classe gramatical, mas capacidade de análise sintática, uma vez que, embora aqui seja classificado como advérbio e sua função mais comum seja adjunto adverbial, pode, em alguns casos assumir outras funções. É o que observam Cunha & Cintra (1985:530): “Sob a denominação de adverbios reúnem-se, tradicionalmente, numa classe heterogênea, palavras de natureza nominal e pronominal com distribuição e funções às vezes muito diversas.” Lima (1992:114) chega a reunir, dentre os pronomes demonstrativos, as formas aqui, aí, ali, lá, embora não discuta as funções que podem assumir. Encontra-se tal discussão em Bomfim (1988:36), que afirma: “(...) os advérbios e as locuções adverbiais têm implícita ou explícita uma preposição. No caso dos dêiticos (...) pode ou não haver preposição implícita, dependendo da função sintática que exerçam na frase. Nos exemplos [Aqui é o melhor lugar do mundo, Lá continua um paraíso] não há preposição implícita porque os dêiticos estão na função de sujeito.” Assim, na primeira frase “Aqui continua um paraíso”, o advérbio exerce função de sujeito (Fortaleza continua um paraíso) e, logo, não poderia ser retirado da frase sem prejuízo de informação relevante: “continua um paraíso”— O que continua um paraíso? — seria a pergunta natural diante dessa omissão. Na frase II: “Aqui ele chegou em 1930”, o advérbio exerce, segundo a gramática tradicional, função de adjunto adverbial de lugar, e tem como preposição implícita a preposição a: “Ele chegou a Fortaleza (aqui) em 1930”. Na frase III: “Aqui onde ele mora viveu José de Alencar”, o advérbio também exerce, segundo as gramáticas normativas, função de adjunto adverbial de lugar, mas a preposição implícita é outra, no caso, a preposição em: “Neste lugar onde ele mora viveu José de Alencar.”. Na frase IV: “Aqui faz muito calor”, o advérbio exerce função de adjunto adverbial e também a preposição implícita é em: “Em Fortaleza, faz muito calor.” Desse modo, a opção correta é a opção D, pois apenas nas frases II, III e IV temos uma preposição implícita. A opção A é falsa porque, na frase I, o advérbio expressa uma informação primária, uma vez que a função é a de sujeito da frase. A opção B é falsa porque, o advérbio aqui indica o lugar onde se encontra o falante, portanto, não indica proximidade do ouvinte, mas do falante. O advérbio que indicaria proximidade do ouvinte seria aí. A opção C é falsa porque na frase I o advérbio é sujeito e nas outras duas adjunto adverbial. Mesmo que se considere, como Lima (1992), nas frases II e III, a existência de um “complemento circunstancial”, uma vez que expressam informação tão primária quanto na frase I, ainda assim, não temos nas três frases a mesma função. E, finalmente, a opção E é falsa pela mesma razão explicitada na justificativa da opção C, ou seja, em II e IV aqui é adjunto adverbial e em I, sujeito. Resposta: D Vicentina 28/08/13 – REV.: ILM 7360713_fix_Aula 18 - Objeto Direto e Objeto Indireto OSG.: 73607/13