1 DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS PARA ANÁLISE DE IMPEDÂNCIA COM VISTAS AO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DE FALHAS EM ESTRUTURAS COM MÚLTIPLOS SENSORES ALAN CARLOS BERNARDES1 VALDER STEFFEN JÚNIOR2 RESUMO Dispositivos Eletrônicos Para Análise De Impedância com Vistas ao Processo de Identificação de Falhas em Estruturas com Múltiplos Sensores Nos dias atuais, um campo muito importante de estudos conhecido como Monitoração da Integridade Estrutural está crescendo significativamente. Neste ponto de vista, o equipamento de análise da estrutura deve detectar, controlar e identificar os danos e também determinar o tempo restante da mesma antes que o colapso ocorra. Normalmente, para aplicar a técnica da Monitoração da Integridade Estrutural baseado no método da impedância é necessário um analisador de impedância . Este equipamento é muito caro (em torno de U$30.000) e robusto, difícil de ser usado em testes de campo. Para superar este problema, são discutidos alguns dispositivos eletrônicos portáteis e de fácil utilização que, conectada a uma placa de aquisição de dados instalada em um laptop (analisador de sinal) podem substituir o analisador de impedância para análises de monitoramento. São discutidos diversos circuitos e analisados sua viabilidade técnica e financeira. São também mostrados circuitos que possuem filtros de sinal, melhorando as características relacionadas à qualidade do sinal. Esses circuitos foram simulados tanto computacionalmente como em bancada mostrando suas vantagens e desvantagens. Porém, foi implementado na prática somente um protótipo. Com este estudo, espera-se que os testes de campo se tornem mais praticáveis em um custo razoável, tornandose viável o uso do método da impedância. Palavras-chave: Monitoramento da integridade estrutural; Impedância eletro-mecânica; Identificação de falhas; Amplificadores operacionais. 2 ABSTRACT Structural Failure Identification Process by the Use of Electronic Device for Impedance Signal Analysis Nowadays, a very important field of studies known as SHM (Structural Health Monitoring) is growing significantly. Thus, the equipment of the structural analysis should detect, control and identify the damages, and also, to determine the remaining time of that structure before the collapse happens. Usually, to apply the technique of impedance-based SHM it is necessary an impedance analyzer. This equipment is very expensive (U$30.000) and robust, difficult to be used in real tests. In this work, are discussed some portable electronic devices, which with a data acquisition card coupled to a laptop (sign analyzer), they can substitute the impedance analyzer for SHM purposes. Also, it is discussed financial and technical viability for several circuits. Here are shown some circuits with sign filters, improving signal quality characteristics. These circuits were simulated as well as experimentally done, highlighting their advantages and disadvantages. However, experimentally only one prototype was done. With this study, turn it possible to do field tests, cause it is more practicable in a reasonable cost, becoming viable the use of the impedance method. Keywords: Structural health monitoring; Electro-mechanical impedance; Fault identification; Operational amplifiers. 3 1. Introdução com os modos locais, avaliando, assim, O monitoramento de estruturas com vistas apenas as informações correspondentes à à identificação de falhas utilizando o PZT área de atuação de cada PZT. O princípio como da básico consiste em monitorar a variação da impedância elétrica. O PZT é utilizado impedância mecânica, causada devido à como sensor, pois a tensão elétrica obtida presença de uma mudança estrutural por ele é proporcional à deformação (falha), através da impedância elétrica. sensor, requer a medição espacialmente integrada pela área que ele ocupa, ou seja, ele é um transdutor eletromecânico (transforma energia mecânica em energia elétrica ou viceversa). Observa-se um sensor PZT na figura 1. Danos como trincas, corrosão, cortes, causam alterações na massa, rigidez e amortecimento das estruturas, tais como: Figura 1 – Sensor PZT (piezoelétrico) freqüências naturais, modos de vibrar e fator de amortecimento. Existem técnicas utilizando A impedância elétrica é definida como bastante parâmetros difundidas modais para sendo a razão entre a tensão elétrica de entrada e a corrente resultante. A avaliação de falhas estruturais, porém, o impedância mecânica é definida como a emprego desta metodologia não é trivial e razão entre a força aplicada e a velocidade apresenta alguns obstáculos. Um exemplo resultante no domínio da freqüência. Sendo é o fato da falha ser um fenômeno local, mais fácil medir a impedância elétrica do enquanto as informações modais refletem que a mecânica, esta característica pode ser as informações globais do sistema. Neste utilizada com vantagens para muitas sentido, aplicações. utilizaremos impedância elétrica o detectar da e A técnica da impedância elétrica utiliza localizar as falhas em uma estrutura. O faixas de freqüência relativamente altas, método isto faz com que a resposta em freqüência emprega para método atuadores/sensores piezoelétricos (PZT) para excitar/medir a seja impedância elétrica em altas faixas de delimitando desta forma, a área de atuação freqüências (geralmente acima de 10 kHz). de cada PZT. Falhas estruturais tais como: Esta faixa de freqüência permite trabalhar dominada pelos modos locais, 2 trincas e perda de conexão produzem necessária a colagem de PZT’s nas regiões variação nas características dinâmicas do que se deseja monitorar, ou seja, nas sistema e essas mudanças podem ser regiões mais propícias de ocorrerem falhas. medidas. Os modos locais são mais A análise de problemas estruturais é feita sensíveis à presença de uma falha do que o utilizando-se alguns métodos específicos, modo global, neste sentido, monitorando o sendo um deles do monitoramento da valor da impedância elétrica de cada PZT, integridade estrutural é possível isolar o local onde a falha está impedância. Essa presente, obtendo-se assim, a posição monitoramento geométrica do dano. piezelétricos Para monitorar as condições da estrutura, a freqüências elevadas, que variam de 10 técnica utiliza uma faixa de freqüência kHz a 100kHz. Essas medidas são feitas para excitar a estrutura. No caso de uma com a utilização de um analisador de falha incipiente, cuja presença não causa impedâncias do tipo HP 4194 A, que pode mudanças mensuráveis através das técnicas ser visto na figura 2, a partir do qual os globais, é necessário um comprimento de dados adquiridos são transferidos para um onda para excitação menor do que o computador comprimento da falha para que a mesma avaliação. Esse aparelho possui um preço seja detectada (Stokes, 1993). Neste muito elevado que é da ordem de sentido, a faixa de freqüência geralmente US$40.000 o que impossibilita a sua empregada é algo abaixo de 100 kHz. A utilização faixa de freqüência utilizada é encontrada monitoramento. Outra desvantagem se na base da tentativa e erro, sendo escolhida deve ao seu tamanho e peso que dificulta a a região onde se encontram o maior aquisição dos dados, procedimento que número de ressonâncias (picos), isto deve ser feito periodicamente. O material normalmente indica que existe uma grande dos interação dinâmica. Deve ser notado que como os piezelétricos, permite a conversão altas freqüências limitam a área de da impedância elétrica para mecânica, sensibilidade de cada PZT (Raju, 1998). sendo que tal característica permite a Como já foi dito, o PZT excita os modos obtenção locais, sendo assim, esta técnica é sensível mecânica da estrutura pelo monitoramento apenas às alterações ocorridas próxima à da impedância elétrica do sistema. região onde o PZT está colado. Portanto, Diante no monitoramento de uma estrutura é mencionados, a solução seria a criação de para em envolve com utilizam posterior certos transdutores dos técnica feito que de baseado da problemas o sensores faixas análise tipos eletromecânicos, dados em de e de tais impedância anteriormente 3 um aparelho portátil e de baixo custo, o 2. Materiais e Métodos que possibilitaria a utilização dessa técnica Normalmente o método de realizar a em lugares que antes eram de difícil acesso medida da impedância elétrica através do ou HP4194A é medindo o ganho e a fase, que mesmo impossível, usando o procedimento tradicional, com o medidor são de impedância anteriormente descrito. combinação destes parâmetros representa Assim, o monitoramento em tempo real de ambas as características de resistência e peças que compõem as fuselagens de reação da impedância elétrica 15 tipos de aviões, dutos petrolíferos, estruturas off- parâmetros shore, etc, por exemplo, podem ser Entretanto, apenas a função R-X é viabilizados de maneira mais simples e geralmente utilizada no monitoramento. A eficiente. letra R representa a componente real da medidos simultaneamente. podem ser A avaliados. impedância em ohms e X a componente imaginária em ohms. Em um circuito em série equivalente esta impedância é igual a Z = R + jX , sendo j= −1 (operador imaginário). A impedância Z pode ser expressa por representação polar (módulo e ângulo), equação (1): • Figura 2 - Analisador de impedâncias do tipo HP 4194 A O objetivo central deste artigo é focado na criação de um equipamento capaz de captar os sinais de impedância, com custo acessível em comparação com o aparelho até aqui utilizado (HP 4194 A), além de Z = Z ∠θ (1) Sendo: Z = módulo ou magnitude da impedância Z. θ =ângulo de fase O módulo da impedância, Z, e o ângulo de fase, θ , podem ser calculados pelas equações (2) e (3). possuir um tamanho reduzido, é portátil, Z = R2 + X 2 possibilitando o seu uso em variados locais θ = arctg ⎜ para medições no campo. ⎛X⎞ ⎟ ⎝R⎠ (2) (3) Em vez de se utilizar a magnitude (Z) e fase ( θ ), a componente R é geralmente 4 empregado no monitoramento estrutural. A tensão elétrica de saída é proporcional à Isto se deve ao fato da componente R ser corrente que atravessa o resistor. Como o mais sensível à falha ou mudanças na resistor R1 está em série com o PZT, a integridade estrutural, enquanto X é mais corrente que atravessa o resistor R1 é a sensível a mudanças devido à temperatura mesma que atravessa o PZT, utilizando a (Raju 1998). lei de Kirchoff. Então, assim, podemos O procedimento desenvolvido para encontrar a corrente que atravessa o PZT. mensurar a impedância elétrica do PZT Aplicando as leis de Kirchoff, encontramos utiliza um software comercial de análise as equações 4, 5 e 6. modal, o ACE®, que é encarregado de Vi − Z PZT * I − R1 * I = 0 gerar o sinal de excitação no PZT e de ® medir sua resposta, ou seja, o ACE é um sistema de aquisição de sinal. A impedância elétrica de Vo = R1 * I ⇒ I = (4) Vo R1 (5) Vi − R1 * I = Z PZT * I um PZT vinculada à estrutura é igual à tensão elétrica aplicada no PZT dividido pela Z PZT * I = Vi − Vo Z PZT = Vi − Vo I aproximação para a impedância elétrica ⎛ V −V ⎞ ⎛V ⎞ Z PZT = ⎜ i o ⎟ * R1 = ⎜ i ⎟ * R1 − R1 ⎝ Vo ⎠ ⎝ Vo ⎠ gerada é a razão entre a tensão elétrica Se for utilizada uma resistência R1 com aplicada pelo programa ACE® no circuito, pequeno valor, pode-se estimar o valor da Vi , e a corrente que atravessa o PZT. Um impedância elétrica Z do PZT, como sendo bom artifício é colocarmos uma resistência aproximadamente: em série com o PZT, pois assim podemos Z PZT ≅ corrente que atravessa o mesmo. Uma medir a tensão elétrica de saída Vo , como mostra a figura 3. Vi * R1 Vo (6) (7) Os PZT’s são elementos que possuem propriedades capacitivas, portanto, a corrente que atravessa o mesmo muda em função da freqüência, logo um aumento de freqüência acarreta um aumento da corrente, diminuindo assim a impedância. Contrariamente, para valores de freqüência Figura 3 - Circuito para medida aproximada da impedância do PZT têm-se valores de impedância, visto pela equação (8). 5 Z capacitivo = 1 1 = ω * C 2π f * C (8) sendo ω a velocidade angular e f a A configuração do amplificador inversor apresenta algumas vantagens sobre a freqüência da onda. configuração do amplificador não inversor. Neste caso, como poderemos ter valores No que se diz respeito ao ganho de tensão muito baixos utilizarmos um de Vo, circuito é necessário amplificador. Existem duas configurações possíveis de do circuito, as duas configurações apresentam-se bastante estáveis, como pode ser visto na tabela 1. amplificadores operacionais (AO’s) que poderemos utilizar neste caso: a Tabela 1 – Comparação do Ganho das duas realimentação negativa (ou amplificador configurações amplificadoras não-inversor), que pode ser vista na figura Amplificador não- Amplificador 4 e a realimentação de tensão inversora (ou inversor inversor 1 simplesmente amplificador inversor), que G= está representado pela figura 5. G → ganho de tensao do circuito ⎛ A ⎞ Rf G = −⎜ d ⎟* ⎝ Ad + 1 ⎠ R1 Se A d e' muito alto A d → ganho diferencial do AO G≅− 1 B ( Ad * B ) +1 Se A d e' muito alto G= R2 1 →B= B R1 + R2 G ≅ 1+ R1 R2 Rf R1 O sinal negativo indica que o sinal de saída é “invertido” do sinal de entrada, ou seja, defasado de 180º do sinal de entrada Figura 4 – Amplificador não-inversor A impedância de entrada do amplificador não inversor apresenta-se maior, ou seja, não exigindo corrente da carga a qual está conectada, fator importante para se conseguir total fidelidade do sinal que deve ser amplificado. Esta comparação pode ser vista na tabela 2. Figura 5 – Amplificador inversor 6 Tabela 2 - Comparação da impedância de entrada das duas configurações Amplificador não-inversor Amplificador As distorções no sinal e a tensão de off-set de saída terão seus valores reduzidos se Z inCL = R1 ⎛ R2 ⎞ Z inCL = ⎜ 1 + Ad ⎟ * Z inOL R ⎝ 1 + R2 ⎠ utilizado o amplificador inversor. Neste Isto ocorre Z inCL → impedância de devido ao terra entrada à malha fechada virtual. tipo de configuração pode-se considerar que a tensão de off-set de entrada não é amplificada, fato que só se assemelha a impedância de este, no amplificador não inversor, quando entrada à malha aberta Quanto à impedância amplificador inversor o mesmo estiver em realimentação unitária de saída, apresenta o a vantagem de possuir uma impedância muito baixa, próxima de 0 Ω, cujo comportamento se assemelha a um curtocircuito. Dessa forma este componente não consome parte da tensão que amplificou, entregando-a totalmente à carga que a ele será conectada. Esta comparação pode ser vista na tabela 3. Amplificador inversor se A d e ' muito alto Z outCL ≅ 0Ω Z outCL → de saída à malha fechada realimentação), configurado como buffer. A configuração buffer se comporta como um perfeito “casador de impedâncias” (não exigindo corrente da carga a qual está conectada). Caso contrário, a tensão de off-set do amplificador não inversor sofre um determinado ganho e é amplificado na saída do amplificador operacional, fato que não ocorre no amplificador não inversor. A off-set das duas configurações pode ser Tabela 4 - Comparação da distorção das ⎛ A Z outCL = ⎜ Rf * d 1 + Ad ⎝ se A d e ' muito alto Z outCL ≅ 0Ω ⎞ ⎛ Z outOL ⎞ ⎟ // ⎜ ⎟ ⎠ ⎝ 1 + Ad ⎠ Amplificador não- Amplificador inversor inversor VdistCL = impedância de duas configurações amplificadoras inversor Z outOL ⎛ R2 ⎞ 1 + Ad * ⎜ ⎟ ⎝ R1 + R2 ⎠ resistores vista nas tabelas 4 e 5 respectivamente. saída das duas configurações Z outCL = (sem comparação da distorção e da tensão de Tabela 3 - Comparação da impedância de Amplificador não- impedância de saída à malha aberta inversor Z inOL → Z outOL → VdistOL R2 1 + Ad R1 + R2 VdistCL → distorção à VdistCL = VdistOL 1 + Ad 7 malha fechada VdistOL → sendo amplificado, e em muitos casos, saturando o AO. distorção à Saturação malha aberta é o estado em que o amplificador operacional possuirá em seus Tabela 5 - Comparação da tensão de off-set terminais de saída o mesmo valor de sua alimentação (ou valores próximos à sua Amplificador não-inversor VoffoutCL ⎛ ⎞ ⎜ ⎟ A d ⎟V =⎜ offoutINOL ⎜ ⎛ R2 ⎞ ⎟ 1 ⎜⎜ + Ad ⎜ R + R ⎟ ⎟⎟ 2 ⎠⎠ ⎝ 1 ⎝ VoffoutCL → Amplificador inversor alimentação), o que ocasionará uma grande ⎛ A ⎞ VoffoutCL = ⎜ d ⎟ VoffoutINOL ⎝ 1 + Ad ⎠ Se A d e ' muito alto distorção do sinal, pois só observaremos VoffoutCL ≅ VoffoutINOL correspondente nível de a tensão continuo alimentação dos terminais de saída deste componente. Se a tensão de off- set de saída à malha fechada VoffoutINOL → um tensão de off- set de saída à malha aberta tensão de off-set é indesejável, e você não irá trabalhar com sinais com nível DC, basta projetar um filtro passa alta, de modo a eliminar os níveis DC. No nosso caso, iremos usar duas baterias de 9V cada uma Esta tensão de off-set, é um nível contínuo como fonte de alimentação ao amplificador (DC) de tensão que todo amplificador operacional, pois devemos amplificar o operacional apresenta no terminal de saída, sinal do PZT ao valor máximo de 1,25V, ou seja, este nível de tensão desloca o sinal que é o valor limite exigido nos terminais que vai ser amplificado, positivamente ou da placa ACE®. Portanto, usaremos filtros, negativamente, o que torna o sinal pois não iremos trabalhar com sinais assimétrico em relação ao eixo de origem contínuos (freqüência nula ou próxima de (0V). O fabricante fornece este dado no zero). datasheet do amplificador e a título de E a freqüência de corte do AO é a exemplo, o amplificador 741 C, um dos freqüência a partir da qual o mesmo não mais baratos e simples que existe, possui consegue mais amplificar o sinal, isso um off-set de entrada de 2mV. Dessa depende forma, se o mesmo estiver configurado realimentamos o amplificador, temos que como amplificador não inversor e estiver ter em mente que a freqüência de corte sintonizado para fornecer um ganho ao unitária (sinal com ganho unitário, ou seja, sinal de entrada que seja muito grande, não é mais amplificado) diminui, e diminui valores de tensão continua muito elevados sempre na proporção do ganho de tensão deslocarão o sinal que realmente esta do circuito que você define. Neste quesito do amplificador. Quando 8 nenhum circuito apresenta vantagem sobre de 180º, retornando o sinal à situação o outro, já que o ganho é definido pelo original. projetista. Vemos na tabela 6 a comparação entre as duas configurações à respeito da Tabela 6 - Comparação da freqüência de corte das duas configurações freqüência de corte. Portanto, torna-se claro que o amplificador Amplificador inversor não-inversor sobre apresenta o algumas amplificador vantagens não-inversor, fc = principalmente em relação ao problema mais comum, que é o problema de off-set. que possui malha fechada uma não inversora, pois R1 R1 + Rf ⎛ R1 ⎞ f c = funity * ⎜ ⎟ ⎝ R1 + Rf ⎠ funity → diferença muito visível em relação à configuração f c = funity * B B= de corte do AO à amplificador a configuração inversora, esta G f c → freqüência Portanto, foi decidido usar como circuito configuração f unity Amplificador inversor freqüência de corte do AO à malha o aberta amplificador inversor defasa o sinal de G→ 180º, enquanto que o amplificador não- ganho de tensão inversor não defasa este sinal de entrada. O fato de a configuração inversora inverter o sinal de entrada em nosso projeto não será visto como prejudicial, e mais adiante a configuração não inversora também será utilizada neste projeto, para projetarmos filtros, isto em resposta ao melhoramento Então, um amplificador não inversor para o circuito irá provocar uma larga faixa de saída. O circuito para medição aproximada de impedância com amplificador é apresentado na figura 6. do projeto, e conseqüente aprimoramento de circuitos. Caso aja a necessidade da não inversão do sinal, basta usarmos outro amplificador operacional na configuração inversora em série com o primeiro, com ganho unitário, assim o sinal de saída estará em fase com o sinal de entrada, pois no primeiro AO ocorre uma inversão de 180º, e no segundo ocorrerá outra inversão Figura 6 – Circuito para medição da impedância elétrica com amplificador 9 Utilizando este amplificador, a tensão elétrica de saída, Vo é amplificada pelo fator que é o ganho de tensão do amplificador inversor, ou seja, G = − sendo a tensão de saída Rf , R1 após o amplificador como na equação 9. Vsaida = − Rf V0 R1 Figura 7 – Esquema da cadeia de medição 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES (9) O primeiro circuito proposto foi o descrito abaixo, e é um modelo inspirado no trabalho inicial de Daniel M. Peairs (Peairs O circuito da figura 6 possibilitará a 2002) do Virginia Polytechnic Institute and medição da impedância elétrica, sendo State University e também do Grupo necessário para (GMSINT) da Faculdade de Ilha Solteira. realizar a medida. Para se realizar medidas Utilizando um amplificador operacional de necessitamos, configurado como inversor, e aprimorando ainda, de um microcomputador (no nosso o circuito da figura 6, podemos obter uma caso será usado um lap-top, já adquirido larga faixa de tensão de saída se utilizar pelo será um potenciômetro (resistor variável) no da lugar de Rf. O protótipo para medição outros impedância grupo responsável equipamentos elétrica de pelo pesquisa), que gerenciamento medida, um sistema de geração de sinal, aproximada uma vez que deveremos excitar a estrutura, amplificador é apresentado na figura 8. e um sistema de aquisição de sinal, Utilizando este modelo, a tensão elétrica de equipamentos estes já adquiridos pelo entrada, Vo é amplificada pelo fator de grupo de pesquisa. Juntamente com o lap- ganho do amplificador inversor, ou seja, top, temos o software ACE®, e uma placa de aquisição de dados, responsável pela G=− de impedância com Rf , sendo que a tensão de saída é R1 interface entre o sensor e o software dada ACE®. Além destes equipamentos, será anteriormente. pela equação 9, já definida necessário também o uso de filtros, Rf condicionadores e amplificadores de sinal. 1 3 2 Vi R1 4 +Vcc 2 - V- V0 B2 OUT Rs 3 + V+ se seguirá na cadeia de medição. PZT B1 5 6 + 1 Vs - 7 Na figura 7, está o diagrama de blocos que -Vcc 0 0 0 Etapa amplificadora 10 Figura 8 – Circuito para medição da 400mV impedância elétrica aprimorado 200mV A figura 9 é a simulação da amplificação de um sinal de freqüência 10 kHz e com 0V 1.0Hz V(R3:2) 100Hz 10KHz 1.0MHz Frequency Figura 10 – Resposta em freqüência amplitude 30mv, sendo utilizado como amplificador operacional nesta simulação o É possível observar pela figura 10 que o LF351. É possível observar um pequeno amplificador deslocamento no sinal amplificado e sua obedecer a sua configuração de ganho para conseqüente assimetria, que demonstra freqüências que sejam superiores a 80 kHz justamente o efeito indesejável da tensão aproximadamente, desta forma o uso do de off-set que se faz presente neste circuito. mesmo torna-se inviável, uma vez que Podemos corrigir tal problema utilizando sinais de freqüências superiores a esta pinos que são amplificador possibilitam próprios ajuste não consegue de cada deverão ser certamente aplicados ao e que circuito amplificador, para a captação da operacional o LF351 dessa tensão, impedância. deslocando o sinal, para que o mesmo Como resposta ao aprimoramento do esteja sobre o eixo de origem (0v). Outra circuito da figura 8, fora proposto a solução é o uso de filtros passa alta que são implementação de uma etapa composta de também capazes de corrigir tal problema. filtros, para que problemas como o de off- O mesmo circuito possui uma resposta em set não prejudique a resposta de saída do freqüência que varia de acordo com o circuito, bem como a possível escolha de amplificador empregado, pois cada um uma banda de freqüência adequada para a possui sua freqüência de corte específica. perfeita aquisição da impedância, que se Para o LF351 utilizado verifica-se a sua torna possível agora com a criação de um resposta em freqüência na figura 8. filtro passa-faixa. Outra solução importante é a utilização de um amplificador de 400mV instrumentação, 0V em substituição aos simples amplificadores operacionais, que é -400mV 0s 0.5ms 1.0ms V(R3:2) Time um componente especial, e que traz grandes vantagens e benefícios ao circuito, Figura 9 – Simulação computacional do circuito da figura 7 bem como grande fidelidade que o mesmo 100MHz 11 possibilita ao sinal que será amplificado, e apresentam que será discutido mais adiante. principalmente Um filtro é geralmente projetado para ganhos maiores que um, ou seja, sempre passar sinais dentro de um intervalo atenuam o sinal. Contudo utilizando-se específico de freqüências e rejeitar ou amplificadores operacionais, é possível atenuar sinais cujo espectro de freqüência construir filtros RC ativos que possuam esteja fora dessa faixa aceitável. Os filtros tamanho reduzido e que possam fornecer mais comuns são os filtros passa baixas, ganhos apreciáveis ao sinal. que passam baixas freqüências e rejeitam Há varias configurações de projeto de altas freqüências; filtros passa alta, que filtros passam altas freqüências e bloqueiam as Butterworth, Chebyshev, Bessel e outros. baixas; filtros passa faixa, que passam Utilizaremos o mais popular dos filtros alguma faixa de freqüência em particular e ativos, conhecidos como Butterworth ou rejeitam todas as freqüências fora do filtros maximantes planos. intervalo; e filtros rejeita faixa, que são A característica ideal de freqüência para especificamente projetados para rejeitar um filtro passa faixa é mostrada na figura uma faixa em particular e passar todas as 11. outras freqüências. fisicamente realizável é também mostrada. Para o protótipo, foi implementado um Idealmente, gostaríamos que o filtro passa filtro passa faixa, sintonizado em uma faixa cortasse todas as freqüências abaixo faixa de freqüência específica, na qual se de uma freqüência ω1 e acima de uma consegue com maior precisão, observar freqüência ω2 permitindo que apenas uma através do estudo da impedância, possíveis faixa previamente definida possa ser falhas na estrutura que estará sendo amplificada. volumosos estes ativos, Uma não e caros, possibilitam conhecidos característica e típica como ou monitorada. Os filtros podem ser divididos em passivos e ativos. Os filtros passivos são implementados utilizando-se componentes como capacitores, indutores e resistores e os filtros ativos, utilizam além desses componentes, amplificadores operacionais, transistores, mosfet’s e outros Figura 11 – Diagrama de resposta de um filtro passa faixa semicondutores. A grande desvantagem Na figura 12, uma rede de atraso é dos filtros passivos é que os indutores se acrescentada do lado da entrada de um 12 amplificador de tensão não inversor. Na tensão de entrada, definido pela equação banda média do amplificador, o ganho de 12. tensão em malha fechada é definido pela equação 10. G= R1 +1 R2 (10) para a saída. Se a freqüência de corte f c , do circuito de desvio, for muito menor do f 2cl , abaixo para a freqüência de corte, e acima desta freqüência o ganho de tensão diminuirá a uma taxa de 20 dB por década, ganho do amplificador desta forma que o filtro em questão é um operacional),então a freqüência de corte passa baixa, pois permite a passagem de fica definida pela equação 11. todas as freqüências até a freqüência de de corte pela equação 12, o ganho de tensão estará 3 dB do freqüência (produto (12) Dessa forma, como ficou evidente na Este é o ganho da entrada não inversora que 2 Po v v 1 1 = o (jωc ) = ⇒ o (jωc ) = ≅ 0.707 ⇒ 20 log10 T(jωc ) ≅ −3dB 2 Pi S = jω c vi 2 vi 2 para o circuito da figura 12. Observamos corte e acima desta, a resposta de 1 fc = 2π RC freqüência (11) cai, ou seja, o circuito funcionará como atenuador para o sinal. Podemos também transformar um filtro 3 Vin + V+ 7 R B1 - B2 Butterworth passa baixa em um filtro 6 5 R1 Vout Butterworth passa alta usando circuitos de R2 acoplamento em vez de redes de desvio. 4 C V- OUT 2 1 0 0 Freqüentemente utilizaremos a palavra Figura 12 – Filtro passa baixa de um pólo pólo, como uma discussão preliminar, um pólo é um circuito de desvio que aparece A freqüência de corte de um filtro, definida em um filtro ativo. Por exemplo, o circuito matematicamente pela equação 11, é da figura 12 tem um pólo, pois ele tem geralmente definida fisicamente como a apenas freqüência à qual a potência do sinal de Matematicamente, cada pólo em um filtro saída, é metade da potência do sinal de produz entrada. transferência do circuito. Dado que a potência é um um circuito fator J de na desvio. função de proporcional ao quadrado da tensão, a esta Assim, para se construir um filtro passa freqüência tem alta, em vez de um circuito de desvio, aproximadamente 70.7% do valor da usamos um circuito de acoplamento com a tensão de saída uma resistência R e uma capacitância C, 13 colocados de forma inversa, ao circuito da atenuacao = n * 20dB / decada figura 12. Um circuito como esse da figura 13 permite a passagem das freqüências A forma mais simples de construir um altas, porém bloqueia as freqüência baixas. filtro de três pólos é conectando em cascata A freqüência de corte ainda é dada pela (em série) um filtro de um pólo com um de equação 11. dois pólos. Para manter uma resposta 2 3 + V+ 7 C 1 (13) Vin B1 2 B2 maximante plana, o ganho de tensão de 1 6 5 R1 cada seção tem de ser precisamente Vout correto. Na tabela 7, temos os respectivos 4 R - V- OUT R2 0 ganhos que devem ser aplicados para se 0 conseguir uma perfeita resposta. Tabela 7 – Ganhos para os Filtros Figura 13– Filtro passa alta de um pólo Butterworth Abaixo da freqüência de corte, a tensão de saída diminui 20dB por década. Todavia, podemos melhorar a faixa de resposta do filtro, no que diz respeito a sua Ganhos para os Filtros Butterworth Pó- Atenua- 1º Seção (1 2º Seção ( 3º los ção (dé- ou 2 pólos ) 2 pólos ) Seção cada) capacidade de atenuação, bastando para isso utilizar um maior número de pólos. (2 pólos ) 1 20 dB Opcional ___ ___ 2 40 dB 1,586 ___ ___ 3 60 dB Opcional 2 ___ 4 80 dB 1,152 2,235 ___ rapidamente do que a anterior (um pólo). 5 100 dB Opcional 1,382 2,382 Isto porque temos dois circuitos de desvio, 6 120 dB 1,068 1,586 2,482 Em um filtro com dois pólos, teremos que o ganho de tensão diminuirá 40 dB por década, que equivalem a 12dB por oitava. Esta inclinação diminui duas vezes mais sendo que cada um produz uma queda de 20dB por década. Em geral, um filtro de três pólos produz 60dB por década, um de quatro pólos produz 80 dB por década, e assim por diante. Ou seja, a atenuação em dB por década é dada pela equação 13, onde n é o número de pólos do circuito. Neste artigo não será feita demonstração matemática para se provar os valores dos ganhos da tabela 2, até mesmo porquê esses cálculos são complexos e não é este o intuito. A tabela 7 foi retirada do livro Eletrônica, volume II, autor Malvino, 4ª edição, na página 276. 14 O circuito que foi implementado na 1,25V, ajuste este fixado pela placa de prática, que se trata de um circuito aquisição de dados. amplificador que utiliza um amplificador Nas figuras 15, 16, 17 e 18 temos de instrumentação e em série um filtro exemplos de diferentes ganhos em passa-faixa de 3 pólos nas faixas de diferentes sinais de entradas no circuito da freqüência desejada. figura 14. Os sinais de entrada são os Após análise de diversos amplificadores sinais de cor vermelha e os sinais de saída operacionais, chegou-se a conclusão que a são os de cor verde. Na figura 15, é um melhor exemplo do ganho de 10 vezes. Na entrada opção operacional seria AD817, o pois amplificador o mesmo temos um sinal de 125mV e freqüência apresentou as melhores respostas na faixa 50kHz e na saída temos um sinal de 1,25V de freqüência em que desejamos trabalhar. com a mesma freqüência. Na figura 16, O circuito implementado foi o circuito da temos um exemplo de um ganho de 50 figura 24. vezes. Na entrada temos um sinal de 200mV e na saída um sinal de 10V, ambos com freqüência de 50 kHz. A figura 17 exemplifica um ganho de 100 vezes, temos na entrada um sinal de 80mV e freqüência de 10kHz. E por último, na figura 18, temse um ganho de 5 vezes em um sinal de 250mV, obtendo na saída o sinal máximo de 1.25V; ganho este que é possível ser Figura 14 – Circuito confeccionado para o protótipo obtido através do potenciômetro de 100k, ajustando a resistência dele para 5k. Como se pode ver na figura 14, foi implementado um circuito com quatro ganhos diferentes, três ganhos fixos e um 1.0V 0V -1.0V ganho variável. Os ganhos fixos foram de 0s V(R7:2) 50us V(V2:+) 100us 150us 200us 250us Time 10, 50 e 100 vezes respectivamente, e um potenciômetro de 100k, para se ter assim um ganho variável entre 1 e 100, pois assim facilita o ajuste do sinal de saída, que tem que ter um módulo máximo de Figura 15 – Ganho de 10 em um sinal senoidal de 125mV e freqüência 50kHz 15 5.0V 0V -5.0V 0s 50us V(R7:2) 100us V(V2:+) 150us 200us 250us 300us 350us 400us 450us 500us Time Figura 16- Ganho de 50 vezes em um sinal senoidal de 200mV e freqüência 50kHz Vista Superior Protótipo Figura 19 – Protótipo construído para a pesquisa 5.0V 0V -5.0V 0s 0.1ms 0.2ms V(R7:2) V(V2:+) 0.3ms 0.4ms 0.5ms 0.6ms 0.7ms 0.8ms 0.9ms 1.0ms Como este circuito, permite apenas a Time Figura 17 – Ganho de 100 em um sinal entrada de um sinal proveniente de um senoidal de 80mV e freqüência 10 kHz PZT, e geralmente, nas estruturas, possuem vários sensores PZT´s para monitoramento, ou seja, com este circuito, torna-se possível analisar apenas um PZT por vez. Para o 2.0V trabalho possibilitar aplicações em campo, 0V é interessante o desenvolvimento de um -2.0V 0s 0.1ms 0.2ms V(R7:2) V(V2:+) 0.3ms 0.4ms 0.5ms 0.6ms 0.7ms 0.8ms 0.9ms 1.0ms Time Figura 18 – Ganho variável de 5 em um sinal de 250mV e freqüência de 10kHz circuito comparador de sinais que permite a multiplexação de sinais, ou seja, a entrada de diversos sinais provenientes de diferentes PZT´s e que fique acoplado próximo à estrutura em análise (eliminando Na figura 19 temos a foto do circuito neste caso, a utilização de fios longos e/ou confeccionado para o protótipo, tanto com cabos), e que possa ser calibrado para vista superior dos componentes como uma monitorar a estrutura constantemente, visão do protótipo já na caixinha e pronto comparando o sinal da estrutura íntegra para ser utilizado. O mesmo ainda está com os sinais monitorados. Em caso de sendo validado pela equipe do grupo de alguma falha estrutural, o dispositivo pesquisa, e um outro protótipo está sendo eletrônico comparador identificará a falha construído pelo grupo de pesquisa. em questão, caracterizando também o local e de qual PZT está vindo o sinal. Isto foi implementado através de um componente microcontrolador do tipo PIC. Observe o 16 diagrama de blocos simplificado do dispositivo na figura 20. Para eliminar-se o uso de um computador próximo da estrutura, seria também interessante desenvolver uma pesquisa para utilização de transmissores e receptores wireless (sem fio), ou seja, eliminando desta maneira fios e/ou cabos, e permitindo que a estrutura esteja distante do computador e/ou laptop, de tal maneira que o circuito a ser desenvolvido esteja no campo, distante do Figura 21 – Circuito em teste em protoboard computador de monitoramento. Está sendo usado e em fase de implementação o uso da rede wireless (sem fio) especificação 802.11b, padronizado internacionalmente com interfaceamento em Windows. Figura 22 – Foto do microcontrolador do tipo PIC Figura 20 – Diagrama de Blocos Simplificado do Dispositivo Eletrônico Nas figuras 21, 22 e 23 tem-se fotos do circuito ainda em fase de testes, em protoboard. Na figura 21 tem-se uma visão do amplificador AD817 e do PIC. Já na figura 22 tem-se uma foto do PIC e na figura 23 tem-se outra foto do circuito em fase de testes no protoboard. Figura 23 – Outra foto do circuito em fase de teste no protoboard. 17 E na figura 24 tem-se uma visão do evidente a amplitude do estudo aqui amplificador utilizado no projeto, o proposto, particularmente no que tange os AD817. materiais inteligentes. Acredita-se que nos próximos anos haverá um forte aumento do interesse das indústrias pelos Materiais e Sistemas Inteligentes aplicados a procedimentos de identificação de falhas embarcados, principalmente nos setores aeronáutico e espacial, com o conseqüente aumento da Figura 24 – Amplificador AD817 demanda por pesquisadores qualificados. Concluindo, este trabalho de pesquisa 4. CONCLUSÃO O circuito eletrônico desenvolvido é um permitirá alcançar uma sensível independência frente aos dispositivos de importante avanço para o grupo de medição de impedância importados, além pesquisa de falhas estruturais, pois com o de tais dispositivos poderem ser desenvolvimento deste equipamento, será considerados “descartáveis” para testes em possível consolidar a utilização do método aplicações reais em campo, ampliando a da impedância elétrica para o gama de trabalhos já desenvolvidos pelo monitoramento de falhas em estruturas, grupo de pesquisa sobre o tema em sem que aja a necessidade de questão, ou seja, identificação de falhas. desprendimento de grande quantia de dinheiro. Isto é importantíssimo, haja vista 5. AGRADECIMENTOS que o analisador de impedâncias é muito O primeiro autor agradece ao CNPq pela caro e robusto, não sendo possível a bolsa de iniciação científica (IC) fornecida medição com o mesmo em determinados e à equipe do grupo de pesquisa, em locais. Além disso, novas pesquisas estão especial a José dos Reis Vieira de Moura surgindo e novos dispositivos estão sendo Júnior. pesquisados pelo grupo. A utilização deste equipamento tornará a metodologia 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS sugerida uma proposta atraente. Como os Malvino, A. P., “Eletrônica”, Volume 2, 4ª dispositivos a serem desenvolvidos estão edição, São Paulo, Makron Books, também inseridos neste contexto, fica 1995. Boylestad, R., Nashelsky, L., “Dispositivos 18 Eletrônicos e Teoria dos Structural Impedance Sensors,” Semicondutores”, São Paulo, LTC, Journal of Intelligent Material Systems 1998. and Structures, Vol. 11, No. 3, 206– Bhalla, S., Naidu, A. S. K., and Soh, C. K., 2002, “Influence of 214. 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