junho 2005 • ano 2 • nº 8 Divulgação Por dentro da hipertensão arterial A presentamos entrevista com o diretor-executivo da Sociedade Brasileira de Cardiologia/Funcor (SBC/Funcor), Dr. Raimundo Marques Nascimento Neto (foto). Ele comenta dados relevantes acerca de hipertensão arterial – como o fato de que as mulheres, no geral, têm mais cuidado com a própria condição do que os homens. Além disso, explica que é possível prevenir a doença com a adoção de hábitos saudáveis e o controle regular e rigoroso de parâmetros, como a pressão arterial e os níveis de glicose, colesterol e triglicérides no organismo. Pág. 2 O cérebro precisa de atividade Mauricio Messa A perda da memória é um dos quadros que mais preocupam os idosos. “Os estímulos absorvidos pelos sentidos ficam no âmbito temporário e os mais importantes serão guardados na memória de longo prazo. A perda da memória é quando não se consegue resgatá-la para o presente”, explica a geriatra e clínicageral Cybelle Maria Costa Diniz (foto). Manter o cérebro em atividade é fundamental. Nesse sentido, a médica aconselha exercícios físicos e mentais para preservar ou pelo menos retardar a perda da memória. Destacamos alguns: exercícios aeróbicos, convívio social, dormir bem, viajar, praticar atividades como o caça-palavras, internet e tantas outras. Isto é, exercitar o cérebro. Ela salienta que as iniciativas de mudanças de rotina são muito úteis de ser realizadas, como é o caso de alterar o caminho habitual, conhecer pessoas, experimentar novos alimentos e assim por diante. Pág. 4 editorial Você como provedor de sua própria saúde A AxisMed acompanha o que há de mais atual no cuidado com a saúde. E isso inclui pesquisas realizadas em diversas áreas, que fornecem o perfil de uma série de doenças e ajudam a atualizar os parâmetros para seu tratamento e prevenção. Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia/Funcor (SBC/Funcor) divulgou resultados preliminares da pesquisa Corações do Brasil, que trouxeram dados interessantes no que diz respeito à hipertensão arterial no País. Foi constatado, por exemplo, que 93,5% da população com pressão alta e que está em tratamento com algum anti-hipertensivo não estão atingindo as metas ideais, ou seja, o nível de pressão arterial considerado ideal. A pesquisa (que teve como base 2.500 pessoas, Do total da população em 77 cidades do Brasil) com pressão alta e que se revelou também que as trata, 93,5% não estão mulheres cuidam mais atingindo metas ideais da saúde que os homens - dos 6,5% que se tratam e atingiram a meta, 65% são mulheres e 35% são homens. A SBC/Funcor ressaltou, ainda, que 48,1% da população que tem pressão alta sabem do problema e não fazem qualquer tipo de tratamento, sendo que 60% dos homens não se cuidam, enquanto entre as mulheres esse índice é de 40%. Tais resultados reforçam, mais uma vez, a importância da prevenção. Ainda mais se levarmos em conta que a hipertensão arterial é um fator de risco preocupante, já que, na maioria das vezes, não apresenta sintomas. Em sintonia com esse contexto, a AxisMed segue investindo na adoção de medidas preventivas e hábitos saudáveis. Tudo isso para que você possa atuar como provedor de sua própria saúde. Fábio de Souza Abreu Diretor-executivo da AxisMed palavra de médico Monitoramento tem papel importante no tratamento da hipertensão Nesta edição, o AxisMed Com Você ouve o Dr. Raimundo Marques Nascimento Neto, diretor-executivo da Sociedade Brasileira de Cardiologia/Funcor (SBC/Funcor). Ele comenta alguns dados levantados por pesquisa recente da entidade e, além disso, fornece informações importantes sobre a hipertensão arterial. Q uais são as causas da hipertensão arterial? Por que a maioria dos brasileiros que sofre de hipertensão arterial e se trata com algum anti-hipertensivo (93,5% dos doentes, de acordo com a SBC/Funcor) está fora da meta ideal dos níveis de pressão arterial? Existem duas formas de hipertensão arterial. Uma de origem primária e outra secundária. A hipertensão secundária tem causa específica. Uma doença renal, endócrina, uso de medicamentos que podem causar hipertensão, como, por exemplo, anticoncepcionais etc. Esta causa pode ser tratada e trazer a cura da hipertensão. A causa secundária representa de 5% a 10% dos casos de hipertensão. Entre 90% e 95% dos hipertensos têm o problema devido a uma somatória de fatores. Nesta situação, a predisposição genética, associada ao comportamento individual (sedentarismo, obesidade, tabagismo, uso abusivo de álcool, sal em excesso, estresse e envelhecimento), são as causas da Dr. Raimundo: acompanhamento hipertensão arterial. Divulgação Existem alguns fatores para esses números preocupantes. O primeiro é a desinformação da população quanto à gravidade da hipertensão arterial. Outra causa é a falta de distribuição da medicação para o tratamento da hipertensão. O preço dos medicamentos também é um fator que dificulta o tratamento. Por que a falta de cuidado com a saúde é mais presente entre os homens do que entre as mulheres? O homem usualmente é mais relapso. Vários fatores socioculturais estão envolvidos. A mulher, intuitivamente, talvez por perpetuação da espécie, é mais cuidadosa com a saúde. Em média, as mulheres vivem aproximadamente sete anos mais do que os homens. O senhor julga importante que o paciente hipertenso exerça um papel ativo na administração de seu quadro? Sem dúvida! Os pacientes devem ser estimulados, e o são pelas sociedades científicas, a formar associações de hipertensos, a reivindicar postos de saúde com equipes multidisciplinares para o atendimento. Essas associações podem fazer “pressão” junto aos órgãos públicos para a compra de um número adequado de medicamento para os pacientes hipertensos. É possível prevenir o desenvolvimento da doença? De que forma? A pressão alta pode ser prevenida, pois só se torna doença quando os níveis pressóricos elevados persistem por longo período. A prevenção parte da aferição rotineira da pressão arterial. Além disso, é preciso manter um estilo de vida apropriado para evitar o problema. Isso inclui praticar uma atividade física regular, reduzir ao máximo o uso de sal e de bebidas alcoólicas, controlar o peso e verificar regularmente os níveis de glicose, colesterol e triglicéride no organismo. O monitoramento ao paciente crônico pode contribuir para um melhor controle da doença? Realmente o acompanhamento rigoroso de uma equipe de profissionais, visitas domiciliares dessas equipes, palestras de esclarecimento sobre a importância do tratamento e motivação para uma modificação do estilo de vida contribuem para o sucesso do tratamento. expediente AxisMed Conselho editorial: Fábio Boihagian, Fábio de Souza Abreu, Flavio Artur e Silva, Heloísa Watanabe, Joel Rocha de Mello Endereço: R. Tabapuã, 111 - 3º andar - Itaim Bibi - São Paulo - SP - 04533-010 - Tel.: 55 11 3707 3200 - Fax: 55 11 3078 7537 Repórter e jornalista responsável: Neila Mara Lopes (MTb 39.354) • Produção editorial: Terra Comunicação 2 novos horizontes Atendimento que gera tranqüilidade A poucos minutos de casa, Antonio Rabelo Tomé, em pleno trânsito, começou a sentir fortes dores no peito. Imediatamente parou o carro e entrou em contato com a AxisMed, que providenciou todo o atendimento urgente ali mesmo A o receber o relato dos sintomas, o Call Center logo Mauricio Messa paciente. Além da visita mensal, a enfermeira e monitora concluiu: tratava-se de uma queiGisleine Quintaneiro, reguxa de dor precordial intensa, o que larmente, também entra em sugeria uma doença coronariana. contato com o paciente. “Ela Mesmo com fortes dores, Antonio sempre liga para saber como disse para a enfermeira que iria estou. É muito prestativa e tentar chegar a sua casa. A proeducada”, afirma ele. “Nas vifissional insistiu para que permasitas, ela mede a pressão, faz necesse no local, aguardando o o atendimento, verifica meu socorro. A ambulância chegou em peso, minha altura e vê a me15 minutos e ele foi levado para dicação”, explica. O paciente um hospital próximo com suspeita utiliza remédios para pressão de infarto, sendo internado numa e para o coração. “Antes de Antonio: AxisMed realiza um serviço atencioso UTI de onde saiu três dias depois. eu levantar, minha esposa já Graças ao atendimento regrado e em tempo hábil, a pergunta: ‘Tomou o remédio?’ – meu primeiro café da evolução do quadro foi um sucesso fazendo com que manhã é a medicação”, conta. Antonio voltasse logo às atividades profissionais. Além de sua esposa, Antonio também recebe o Trabalhando como representante comercial, com apoio de seus filhos. Aliás, o convívio com a família é um dia-a-dia bem movimentado, Antonio tem hoje a motivo de muitas alegrias para ele. “Vamos bastante segurança de poder contar com a AxisMed. Para ele, o para a nossa chácara, levamos amigos. É uma turma monitoramento da AxisMed proporciona mais do que grande”. E quando o assunto é seus dois netos, Antonio orientações para a saúde. “Tenho a tranqüilidade de estar se emociona: “Eles adoram a chácara, são maravilhosos. em qualquer lugar e poder ligar”, afirma ele, mostrando Os netinhos são a vida da gente”. Por recomendação telefone da central de atendimento em sua carteira. médica, o paciente também aproveita a chácara para O atendimento por telefone não acontece apepraticar uma atividade física: a natação. “Ajuda na nas nas emergências e com as eventuais ligações do respiração e no fluxo do sangue”, ressalta ele. relacionamento O inverno se aproxima e, junto com ele, o aumento da alergia e das doenças respiratórias em geral. Os sintomas de coriza, lacrimejamento dos olhos, tosse e febre devem ser relatados imediatamente ao seu médico ou à sua monitora de saúde. Não tome medicamentos sem a orientação do seu médico! As doenças mais comuns nas estações frias do ano são: resfriado, gripe, bronquite, pneumonia, alergia e sinusite. Cuide da alimentação com nutrientes essenciais para fortalecer seu sistema imunológico. Beba de oito a dez copos de água por dia, pois esse líquido amolece o muco e deixa os cílios pulmonares mais fortes, facilitando o trabalho de expulsão de microorganismos. Peça para sua monitora indicar os melhores alimentos para consumo no inverno. Procure não ficar muito tempo em ambientes fechados, pois isso facilita a transmissão do vírus da gripe, entre outros. Mantenha o hábito de fazer atividade física, como a caminhada, que o deixará mais disposto e com mais energia. Enquanto caminha, tente relaxar, inspire bons fluídos, expire tudo o que for ruim e mantenha pensamentos positivos. 3 qualidade de vida Boa memória exige cérebro ativo “S memória. Ora a ordem alfabética pode ajudar, ora o fato ligado àquela informação e assim por diante”, ilustra a especialista. A perda da memória é um dos quadros que mais têm preocupado os idosos, e os sinais já podem aparecer aos 40 ou 50 anos, dependendo de diversos fatores. e o cabelo, a pele, o coração mudam, por que o cérebro não iria mudar? Com a idade, ele fica mais lento para trabalhar”, afirma a geriatra e clínica-geral Cybelle Maria Costa Diniz. “Mais ou menos 60% dos idosos atendidos têm queixa de memória”, atesta. De acordo com a geriatra, os estímulos absorvidos pelos órgãos sensoriais (visão, audição, tato, olfato, paladar) permanecem na memória temporária ou operacional, que é a instância de curto prazo e, se tiverem grande importância para a pessoa, tais informações serão guardadas na memória de longo prazo. “A perda da memória é quando não se consegue resgatá-la para o presente”, explica a médica. O que pode ser feito Fotos: Mauricio Messa Em primeiro lugar, prevenir algumas doenças, como a hipertensão, o diabetes, o colesterol alto e outras que podem trazer lesões ao cérebro, seja por meio do fumo, álcool ou ausência de algumas vitaminas (B12, ácido fólico e outras). Além disso, são iniciativas muito importantes: • Manter atividade física e mental. O contato social é muito rico para o cérebro. • Dormir bem. • Ter cuidado com as medicações, pois há remédios que podem causar danos. • Modificar suas rotinas: fazer um novo caminho, experimentar outra comida, conhecer pessoas, viajar, fazer exercícios de caça-palavras, jogar xadrez, navegar na Internet e tantos outros. Enfim, fazer diferente sempre. Mecanismos de auxílio Para Cybelle, os dois exercícios são imprescindíveis: o físico e o mental “O organismo tem vários mecanismos de auxílio nesse resgate da perfil “Não tratamos a doença, mas sim o doente” Q A trajetória profissional lhe deu a oportunidade de ter hoje uma visão generalista da medicina. “Na universidade, sempre discutimos que não se trata a doença, mas o doente. E que ele, o doente, é caracterizado por uma infinidade de aspectos, desde suas crenças e valores até os fatores genéticos, passando pelos ambientais”, afirma. Para o Dr. Joel, o monitoramento Para o diretor da AxisMed, criterioso assegura vida saudável e com qualidade ao paciente essa visão vai ao encontro da proposta da empresa: “É fundamental avaliar o domicílio das pessoas, seus antecessores, hábitos e costumes”. uando você recebe a ligação de uma enfermeira, há um profissional muito importante que dá todo o suporte médico ao trabalho da AxisMed: o Dr. Joel Rocha de Mello. Diretor-médico da empresa, Joel é formado pela Escola Paulista de Medicina. Desde então, dedicou-se de corpo e alma à carreira escolhida. Fez vários cursos de especialização, entre eles o de cirurgia geral. Durante os 30 anos em que vem exercendo a medicina, trabalhou no exército, em grandes corporações e em hospitais. Foi pioneiro no trabalho de Assistência Médica Domiciliar. A paixão pela medicina não o impede, ainda, de dividir seu tempo como Chefe do Plantão e Regulador do Pronto Socorro Municipal do Hospital do Campo Limpo, uma das regiões mais violentas de São Paulo. 4