Antigo reitor da Universidade de Lisboa critica proposta

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ID: 50446515
24-10-2013
Tiragem: 0
Pág: 3
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,60 x 26,14 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
OE/2014
Antigo reitor da
Universidade
de Lisboa critica
proposta
O antigo reitor da Universidade de
Lisboa classifica o Orçamento do
Estado para 2014 de “absurdo”. Em
entrevista à Renascença, Sampaio
da Nóvoa considera que o documento avança com cortes de forma
cega. O ex-responsável pela academia da capital acusa o Executivo de
estar a hipotecar o futuro, quando
não aposta no conhecimento nem
na educação e, por isso, manifestase solidário com o actual reitor, António Cruz Serra, na luta que está a
travar em protesto contra o Orçamento do Estado.
“Estou totalmente solidário com o
novo reitor da Universidade de Lisboa e com as lutas que ele está a
travar em relação a este Orçamento, que é de facto uma coisa absurda. Não podemos cortar de maneira
cega”, acusa o antigo reitor.
Para Sampaio da Nóvoa, Portugal
“só tem futuro se soubermos exactamente onde podemos cortar,
exactamente onde não podemos
cortar, porque isso é a dimensão em
que o futuro não pode ser hipotecado e o futuro de Portugal passa em
grande parte pela educação, pela
cultura, pelo conhecimento, pela
tecnologia, pela capacidade de por
a cultura, o conhecimento e a tecnologia ao serviço da economia e da
sociedade”.
O antigo responsável, que esteve
ontem na associação 25 de Abril,
a convite do blogue “Ânimo”, lamentou que os direitos estejam a
ser atropelados: “Os direitos são
mais importantes do que as leis e
as leis não podem atropelar certos
direitos.”
Referindo-se à Carta-Encíclica “Pacem in Terris” do Papa João XXIII,
publicada a 11 de Abril de 1963,
Sampaio da Nóvoa lembra que “os
Governos que não respeitam esses
direitos deixam de ter a legitimidade da sua acção”. “Isso é uma coisa
que está a acontecer hoje em dia.”
Sem referir casos concretos, Sampaio da Nóvoa diz estar a pensar
numa “ideia que é a ausência de
um rumo de futuro, porque os sacrifícios fazem-se e pedem-se em
nome de uma ideia de futuro, não
se fazem nem se pedem para pagar
uma dívida”.
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